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LIGANTES

Aéreos
• Ligantes hidrófilos
Hidráulico

LIGANTES
Alcatrão

Betumes (naturais e artificiais)


• Ligantes hidrófobos
Asfaltos

Resinas

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LIGANTES LIGANTES

Aéreos
Principais aplicações:
• Ligantes hidrófilos
Hidráulico
✤ ligantes hidrófilos: argamassas e betões.
Alcatrão

✤ ligantes hidrófobos: impermeabilizações e Betumes (naturais e artificiais)


• Ligantes hidrófobos
pavimentos. Asfaltos

Resinas

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GESSO

Aéreos – gesso e cal aérea


A matéria prima do gesso é a
Hidráulico – cal hidráulica e cimento pedra de gesso ou gesso
bruto.

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PEDRA DE GESSO PEDRA DE GESSO

CaSO4.2H2O tratamentos térmicos

(sulfato de cálcio dihidratado)


✦ 130-160ºC - gesso de Paris, gesso para estuque
ou gesso calcinado (CaSO4.1/2H2O);

Pode conter algumas impurezas, tais como: sílica, alumina,


✦ 170-280ºC - anidrite solúvel (CaSO4);
óxido de ferro, carbonatos de cálcio e magnésio.
✦ 400-600ºC - anidrite insolúvel (não ganha presa);
✦ 1100ºC - anidrite de presa lenta (gesso para
pavimentos)
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CaSO4.1/2H2O + 1,5H2O ➜ CaSO4.2H2O


(gesso de Paris+água=pedra de gesso)
Gesso para construção:
CaSO4 + 2H2O ➜ CaSO4.2H2O
(anidrite solúvel+água=pedra de gesso)
60-70% CaSO4.1/2H2O + 40-30% CaSO4
forma-se uma fina malha de
reacção exotérmica
cristais em forma de longas
(expansiva)
agulhas que se interligam

COESÃO presa e endurecimento

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A presa e endurecimento dependem de:


Se a relação a/g for maior:
✦ natureza dos compostos desidratados;
✦ finura (se maior, a presa é mais rápida); ✦ vai aumentar o tempo de presa;
✦ presença de impurezas (atrasos na presa); ✦ aumenta a porosidade;
✦ presença de adjuvantes; ✦ diminui a resistência mecânica.
✦ quantidade de água de amassadura (se menor
a presa é mais rápida, até um mínimo para a
hidratação).

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Valores usuais:
Resistência Mecânica: vai depender da água
existente nos poros após a presa.
0,6 < a/g < 0,75
Ambiente não saturados Ambiente saturados

Inicio de presa: 2 a 6 minutos;


Fim de presa: 15 a 30 minutos. Vai endurecer Não vai endurecer

Para retardar o tempo de presa pode-se utilizar: gelatina, cola forte, cal apagada,
A solubilidade do gesso em água é de aproximadamente 2 g/l.
água quente.

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O gesso quando seco não resiste bem


à humidade, só podendo ser aplicado no
exterior em climas quentes e quando
embebido em água passa a ter 1/4 a 1/6
da resistência quando seco.

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Resistência (MPa)
Principais vantagens:
Gesso a/g Compressã Tracção
Fino 75% o
4,5 1,5 ❖ económico (para o seu fabrico é necessário entre 80-90
kg de carvão enquanto que para o cimento são
Grosso 60% 5,5 1,2 necessários 300 kg de carvão);
❖ bom acabamento;

Gesso Betão ❖ bom isolamento térmico e acústico;


❖ resistente ao fogo.
Rcomp = (3a4) Rcomp = 10 Rtracção
Rtracção

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Principais aplicações:
Principais desvantagens:
❖ estuque (só em obras de reabilitação): gesso calcinado
❖ não resiste à humidade; a 140ºC com cal, ou outro retardador.
❖ dissolve-se 5 vezes mais em água salgada do que em
água doce;
❖ corrosão do ferro e do aço;
❖ má aderência a superfícies lisas, principalmente à
madeira.

Fonte: Sampaio, 1975.

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Principais aplicações:
Principais aplicações:

❖ estafe (placas com 1-2 cm de espessura): gesso


❖ sancas e molduras

reforçado com fibras vegetais (estopa, sisal, linho, etc.)

Fonte: Sampaio, 1975.

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Principais aplicações:

❖ gesso cartonado “pladur” (placas de gesso presado


entre duas folhas de cartão) CAL AÉREA
E
CAL HIDRÁULICA

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850ºC
CaCO3 com < 5% impurezas cal viva cal aérea
Calcário CaCO3 (≈ 100%)

1000ºC
Calcário margoso CaCO3 + argila (< 50%)
CaCO3 + argila (8-20%) cal ± hidráulica

Marga calcária argila + CaCO3 (< 50%)


1050-1300ºC
CaCO3 + argila (20-40%) cimento natural

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Cais aéreas quanto ao teor de


impurezas:

CAL AÉREA • Gordas - teor de CO3 > 99%


(brancas);
• Magras - teor de argila entre 1-5%
(acizentadas).

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CAL AÉREA EXTINÇÃO DA CAL VIVA

Cálcica Dolomítica CaO + H2O Ca(OH)2 + 15,5 cal


(cal viva) (cal apagada ou extinta)
(CaO) (CaO e MgO)

Q normas S
“pedras” de grandes
CL normas DL
dimensões (10-20
cm) ou em pó
Dolomite - Mg(CO3)
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Existem dois processos para extinção da cal viva:

✤ imersão - mergulhar as “pedras” de cal viva em


água (pasta de cal ou pasta de cal apagada); cal extinta = cal aérea
✤ aspersão - com aspersão de água com a
quantidade estritamente necessária à
hidratação. Aparência: mistura aquosa ou pó seco.

Norma: NP EN 459:2002

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ENDURECIMENTO DA CAL AÉREA CAL AÉREA

1ª fase - presa inicial, evaporação da humidade


em excesso Argamassas de cal: para evitar a retracção junta-

2ª fase - recarbonatação. se-lhe areia, a qual deve de ser siliciosa ou


calcária.
Ca(OH)2 + H2O + CO2 CaCO3 + H2O + 42,5 cal
(hidróxido de cálcio (carbonato de cálcio)
ou cal apagada)

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CAL AÉREA

Utilizada em:
argamassas;
caiar as casas
alentejanas; CAL HIDRÁULICA
massa de
e s t u q u e
juntamente com
o gesso; etc.

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Fases da calcinação em fornos:

A cal hidráulica é um produto que endurece tanto


• 500 a 700ºC - desidratação da argila
na água como ao ar. • 850ºC - decomposição do calcário
CaCO3 ➜ CaO + CO2↑
1000ºC • 1000-1100ºC - reacção da sílica e alumina da argila
CaCO3 + argila (8-20%) cal ± hidráulica
com o óxido de cálcio, originando silicatos e aluminatos
(calcário margoso)
SiO2 + CaO ➜ silicato de cálcio (SiO2.2CaO)
Al2O3 + CaO ➜ aluminato de cálcio (Al2O3.3CaO)

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Depois da calcinação obtêm-se:


A cal retirada do forno deverá de ser extinta,
para:
• silicatos de cálcio;
• aluminatos de cálcio;
• cal livre; • eliminar a cal viva;
• e ainda um pó inerte que é silicato • provocar a pulverização de toda a cal
hidráulica.
bicálcico.

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A extinção é realizada lentamente entre 130 e


400ºC, obtendo-se: Os grappiers serão separados do pó para
✦ pó; proceder à moagem dos mesmos.
✦ grappiers
Depois de moídos juntar-se-ão novamente ao
Grappiers - são grãos de material sobreaquecido, com
pó formando assim a cal hidráulica.
verdadeiras características de cimento, mais escuros e duros
e ricos em silicatos bicálcicos.

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Aparência: cor acizentada semelhante à do
cimento.
Presa e endurecimento:

Principais aplicações:
✦ hidratação dos silicatos e aluminatos de
• argamassa de revestimento;
cálcio (água e ar);
• argamassas para reboco de paredes;
✦ recarbonatação da cal apagada (ar).
• argamassa para alvenaria;
• etc..

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CAL HIDRÁULICA CAL HIDRÁULICA

NP EN 454:2002 - Cal de construção


Observações:

• nas cais hidráulicas ficam partes de CaO, as


quais ao serem extinguidas darão origem a
expansões;
• a cor do cimento e das cais hidráulicas é
semelhante o que poderá prestar-se a
falsificações, as quais podem ser desastrosas CL - cais aéreas cálcicas; HL - cal hidráulica;
já que o cimento tem resistências superiores. DC - cais aéreas dolomíticas; NHL - cal hidráulica natural.
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CAL HIDRÁULICA CAL POZOLÂNICA

NP EN 454:2002 - Cal de construção


Os romanos descobriram que, misturando uma cinza
vulcânica encontrada nas proximidades do Vesúvio
chamada pozolana com cal hidratada (numa
proporção de 25 a 45%), obtinham um aglomerante
que endurecia debaixo de água.

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CAL POZOLÂNICA CAL POZOLÂNICA

A capacidade hidráulica da cal pozolânica utilizada


pelos romanos permitiu que as fundações pudessem
Coliseu, Roma
ser lançadas mesmo sob a água, como por exemplo
em Ostia, a cidade portuária de Roma.

A pozolana de Pozzuoli (Itália, localidade próxima ao Monte Vesúvio) foi


utilizada em argamassas para construir a Via Ápia, os banhos romanos, o
Coliseu e o Pantheon em Roma.

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