Você está na página 1de 31

GESSOS

ODONTOLÓGICOS

Prof. Gilberto Araújo


EMPREGO
GESSO PARA MODELOS;

REVESTIMENTOS PARA
FUNDIÇÃO;

 GESSOS PARA MOLDAGEM.


CALCINAÇÃO (REAÇÃO 1)
SULFATO DE CÁLCIO DIIDRATADO
(GIPSITA)

TRITURA E 110 A 130°C

SULFATO DE CÁLCIO
HEMIIDRATADO
ANIDRITA ANIDRITA
GIPSITA GESSO SOLÚVEL NATURAL

CaSO4.2H2O (CaSO4)4.H2O CaSO4 CaSO4

110 - 130°C 130 - 200°C 200 - 1000°C


sulfato de cálcio sulfato de cálcio cristais cristais
di-hidratado hemi-hidratado hexagonais ortorrômbicos
cristais cristais (S/ÁGUA) (DESAGREGA)
monoclínicos ortorrômbicos
COMPOSIÇÃO
 GIPSITA;
 MATERIAIS ATIVOS - goma arábica
associada à cal - reduzir a água para
mistura;
 IMPUREZAS - anidritas hexagonal ou
ortorrômbica não-convertidas;
 SAIS - controlar tempo de presa e
expansão.
CLASSIFICAÇÃO:
ADA, especificação n°25.
 TIPO I - gesso para moldagem
 TIPO II - gesso comum
 TIPO III - gesso-pedra
TIPO IV - gesso-pedra de alta resistência
 TIPO V - gesso-pedra de alta resistência
e alta expansão
 GESSO SINTÉTICO.
GESSO COMUM OU PARIS
Gesso tipo II

 HEMIIDRATO
 Calcinação em caldeira, cuba ou forno a céu
aberto (110 - 120°C);
 Cristais com formas e tamanhos irregulares;
Cristais grandes, esponjosos com poros
capilares;
 Requer mais água na mistura;
 Características menos duras e menos
resistentes;
 Usado para modelo de estudo.
GESSO PEDRA – TIPO III
 HEMIIDRATO
Calcinação em autoclave com pressão de vapor
d’água (120 -130°C);
Formas prismáticas e mais densos;
Cristais clivados em forma de bastões e prismas,
menos porosos, tamanhos regulares;
Requer menos água na mistura;
Usado para modelos e troqueis com
características mais duras e resistentes.
GESSO PEDRA-ESPECIAL

Gesso tipo IV
-HEMIIDRATO MODIFICADO
Calcinação em autoclave numa solução de
cloreto de cálcio a 30% (120 a 130°C);
Formas e densidade mais regulares;
 Cristais pequenos e menos porosos, mais
lisos e densos;
 Utilizado na confecção de troquéis ou
modelos que requerem grande resistência.
GESSO TIPO V
Gesso produzido pelo processo de
calcinação em autoclave e com uma
complexa aditivação para atingir elevada
resistência à compressão, flexão, ...
Maior resistência á compressão após 1
hora = 48 MPa (diminuição da relação
A/P = 0,18-0,22).
 Maior expansão de presa - de 0,10%
para 0,30% após 2 horas (fundição).
Tempo de presa - 12±4 minutos.
GESSO SINTÉTICO
É possível fazer o (alfa) α-
hemiidratado e o (beta) β-hemiidratado
de subprodutos ou de produtos
perdidos durante a fabricação do ácido
fosfórico. Propriedades iguais ou
melhores que os gessos tradicionais.
INDICAÇÃO:
GESSO TIPO II – Modelo de estudo,
montagem em articulador;
GESSO TIPO III – Modelo de trabalho
(prótese total e ortodontia);
GESSO TIPO IV – Troquel e modelo PPR;
GESSO TIPO V – Troquel;
GESSO SINTÉTICO – Troquel.
REAÇÃO 1

SULFATO DE CÁLCIO
DIIDRATADO
+ (CALOR)

SULFATO DE CÁLCIO
HEMIIDRATADO
REAÇÃO 2
SULFATO DE CÁLCIO
HEMIIDRATADO
+ ÁGUA

SULFATO DE CÁLCIO
DIIDRATADO
+ CALOR
GIPSITA GESSO

DIIDRATADO HEMIIDRATADO
(insolúvel ) água (solúvel)
ESTÁGIOS DA REAÇÃO
1 - Quando o hemiidrato é misturado em
água, forma-se uma suspensão fluida e
manipulável;
2 - O hemiidrato dissolve-se até formar
uma solução saturada de íons de sulfato
de cálcio;
3 - Estes íons difundem-se e precipitam-se
(cristalizam-se) sobre núcleos de
cristalização pré-existentes.
SEQUÊNCIA TÉCNICA:
PROPORCIONAR A/P – MEDIR E PESAR;
POR PRIMEIRO A ÁGUA E DEPOIS O PÓ NA
CUBETA;

ESPATULAR POR 1 MINUTO;


USAR A MISTURA;
(VASAR O MOLDE SOB VIBRAÇÃO)

AGUARDAR A CRISTALIZAÇÃO DO
GESSO;
DESTACAR O MODELO.
RELAÇÃO ÁGUA/PÓ
(A:P=A/P)
 GESSO COMUM TIPO II - 0,45 a 0,50
 GESSO-PEDRA TIPO III - 0,28 a 0,30
 GESSO-PEDRA TIPO IV - 0,22 a 0,24
(MELHORADO)
*Teoricamente, 18,62% água/100g pó.
*Quanto maior a relação A/P, maior será o tempo
de presa e menor a resistência do produto.
* 100g de gesso comum para 50ml de água =
relação A/P=0,5.
MISTURA

 Manual

 Manual sob agitação

 Mecânica manual

 Mecânica - a vácuo ou não


TEMPO DE ESPATULAÇÃO (TE)

É o tempo transcorrido desde a adição


do pó à água até que a mistura se
complete.
* Mistura mecânica - 20 a 30 segundos
* Mistura manual - 1 minuto.

TEMPO DE TRABALHO (TT)


É o tempo disponível para que a
mistura esteja manipulável.
* O tempo de trabalho adequado é de 3 minutos.
TEMPO DE PRESA (TP) - é o tempo
transcorrido do início da mistura até que
o material “endureça”.
TEMPO DE PERDA DE BRILHO (TPB) -
do início da mistura até a perda do brilho
(momento máximo em que podemos usar a mistura).
 TEMPO DE PRESA INICIAL (TPI) - do
início da mistura até o momento em que a
agulha de Gillmore menor (113,5g e ponta
ativa 2,1mm de diâmetro) não deixe
impressões na superfície (indica quando se pode
trabalhar no modelo).
 TEMPO DE PRESA FINAL (TPF)
- do início da mistura até o
momento em que a agulha de
Gillmore maior (454g e ponta ativa
1,05mm de diâmetro) não deixe
mais impressão na superfície ou
marcas ligeiramente perceptíveis
(indica que o modelo está rígido).
TEMPO DE HIDRATAÇÃO

É o tempo transcorrido do início da


mistura até que atinja a temperatura
máxima.
CONTROLE DO TEMPO
DE PRESA
Processo de fabricação;
Impurezas;
Tempo de espatulação;
Relação A/P;
Temperatura da água (Quando exceder 50°,
ocorrerá um gradual retardamento, e próximo a 100°C não
ocorrera cristalização).
TEMPO DE PRESA
*ACELERADORES:
- Cloreto de sódio (-5%)
- Sulfato de sódio (-3,4%)
- Sulfato de potássio (+2%)
- Pó de gesso (diidratado).
*RETARDADORES:
- Cloreto de sódio (+20%)
- Sulfato de sódio (+12%)
- Bórax (2%)
- Colóides
- Citratos, acetatos e boratos
- Sangue seco.
EXPANSÃO NORMAL

 Gesso comum (II) - 0,2 - 0,3%


 Gesso-pedra (III) - 0,08 - 0,1%
 Gesso-pedra especial (IV) - 0,05 - 0,07%
 Gesso tipo (V) - 0,10 - 0,30%
EXPANSÃO DE PRESA
EXPANSÃO NORMAL - 0,06 a 0,5%.
EXPANSÃO HIGROSCÓPICA -
2(duas) vezes maior.

* Ocorre um crescimento adicional


dos cristais, o qual permite o
crescimento livre, em vez de serem
submetidos ao confinamento por
tenção superficial.
RESISTÊNCIA
ÚMIDA
(OU VERDE)

OU
SECA
POROS OU CAVIDADES

 Técnica de espatulação;
 Relação A/P;
 Técnica de vazamento do
gesso no molde.
DESINFECÇÃO:
 Soluções desinfetantes podem ser usadas sem
afetar a qualidade dos modelos de gipsita.
 Técnica de escolha – através de borrifadores.

CONTROLE DE INFECÇÕES

AGENTE DESINFETANTE:
IODO, ÁGUA SANITÁRIA OU
GLUTARALDEÍDO.
IMPORTANTE:
 O modelo de gesso é ligeiramente solúvel
em água.

Recomenda-se imergir em um recipiente com
água, onde esteja presente detritos de gesso
no fundo para promover a saturação da
solução de sulfato de cálcio.

Você também pode gostar