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Avaliação e interpretação de

resultados de ensaios de
aderência de sistemas de
revestimentos de argamassa
Profa. Helena Carasek
NUTEA - EEC
Universidade Federal de Goiás

Revestimento de Argamassa
Funções:
™Proteger alvenaria e estrutura contra a ação do
intemperismo;
™Integrar o sistema de vedação dos edifícios
contribuindo com diversas funções;
™Regularizar a superfície dos elementos de
vedação e servir como base para acabamentos
decorativos.

1
Argamassa de Revestimento
Propriedades mais importantes:
™ Trabalhabilidade;

™ Aderência;
™ Capacidade de absorver
deformações; Fissuração
™ Baixa Retração;
™ Baixa Permeabilidade à
água;
™ Resistência mecânica. Superficial

Revestimentos
Requisitos de Desempenho

• Não descolar
• Não fissurar
• Ter resistência superficial
adequada
• Ter baixa absorção e
permeabilidade (para evitar
infiltrações, manchas de bolor e
mofo)

2
ADERÊNCIA

1993

3
Últimos anos

2010

4
Quando se pensa
em aderência e
desempenho
Importante:
análise
sistêmica

Edifícios altos e com


estrutura esbelta

(Medeiros, 2007)

Edifícios atuais:
9 Métodos de dimensionamento das estruturas
mais sofisticados – estruturas mais esbeltas
9 Aumento da resistência do concreto – módulo
de elasticidade nem sempre acompanha
9 Altos - efeitos de vento – altas deformações
(grande esbeltez em 1 direção)
9 Rapidez na execução - retirada de formas e
escoramentos; levantamento da alvenaria ...
9 Grandes vãos ...

5
Fissuração da
alvenaria/revestimento

Deterioração dos
revestimentos
ao longo do tempo

6
ADERÊNCIA
Propriedade muito importante – usada para
avaliar desempenho de revestimentos
9Influência dos materiais
9Influência do processo executivo
9Deterioração ao longo do tempo
9Método de ensaio
Resultados de ensaios devem
ser analisados com cautela

ADERÊNCIA
Conceitos

7
Aderência
Deriva da conjunção de 3 propriedades da
interface argamassa/substrato:

™ Resistência de aderência à tração;


™ Resistência de aderência ao cisalhamento;
™ Extensão de aderência - razão entre a área
de contato efetiva e a área total possível de
ser unida.

MECANISMO DE ADERÊNCIA
ARGAMASSA/SUBSTRATO

™Fenômeno mecânico;

™Penetração da pasta aglomerante e


da própria argamassa nos poros e
entre rugosidades da base de
aplicação.

8
MECANISMO DE ADERÊNCIA
ARGAMASSA/SUBSTRATO POROSO

Substrato
SO4--
AlO4-
ARGAMASSA
Água Ca++
AlO4-
+
Cimento
Ca++ SO4--
etringita

9
ETRINGITA
MEV

(Carasek, 1996)

Bloco cerâmico chapiscado


(Lupa estereoscópica)

(Scartezini, Carasek, 2002)

10
Bloco cerâmico
chapiscado

(Scartezini, Carasek, 2002)

Interação
argamassa no
estado fresco / substrato
Teoria dos Poros Ativos

11
Interação de 2 sistemas de poros

Esqueleto de
grãos
sólidos dos
aglomerantes e
areia - espaços
intergranulares
Substrato Argamassa
Poros
Modelo: tubos cilí
cilíndricos paralelos preenchidos
independentes, abertos e por água
perpendiculares à superfí
superfície
DETRICHÉ et al. (1985); DUPIN, DETRICHÉ, MASO (1988)

Sucç
Sucção pelo
substrato
Φsubstrato < Φargamassa
Aperto mecânico
das partí
partículas
sólidas da
argamassa

Aceleraç
Aceleração da
cristalizaç
cristalização dos
produtos
hidratados
Substrato Argamassa

Φ médio da
Movimento da água argamassa

12
Φsubstrato > Φargamassa

Substrato Argamassa

Movimento da água

POROS ATIVOS DO SUBSTRATO


Poros da Poros do substrato
argamassa < 5 μm
0,001 μm a 5 μm Ativos

> 5 μm não tem força capilar


para vencer os poros da
Modificação: argamassa
• proporção aglomerante/agregado INOPERANTES
• distribuição granulométrica =
INATIVOS

GALLEGOS (1995)

13
Poros ativos do substrato

Eliminando poros > 5 μm e Dados de Carasek (1996)


< 0,1 μm

INFLUÊNCIA DOS
MATERIAIS
CONSTITUINTES
DA ARGAMASSA
NA
ADERÊNCIA

14
AGLOMERANTES

ARGAMASSA IDEAL:

CIMENTO
+ CAL

15
• Cimento Ö Resistência de aderência

• Cal Ö Extensão de aderência


alta finura
× plasticidade × retenção de água
Durabilidade da aderência
™ Evita fissuras com grandes aberturas
™ Preenche vazios com a carbonatação
((Reconstituição autógena)

1.4
Resistência de aderência

13,808x
1.2 y = 0,0585e
2
R = 0,9882
1
16,353x
(MPa)

y = 0,0265e
0.8 2 T6-S
R = 0,9568
T6-U1
0.6
18.329x
T6-U2
y = 0.0155e
0.4 2
R = 0.8545
0.2

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25

Carasek (1996) Teor de cimento

Cuidado: alta rigidez compromete a durabilidade da


aderência

16
EXCESSO DE
CIMENTO

Argamassa
sem cal
1:3

EFEITO DA CAL
Ï Raderência
Ï Extensão
bloco
Argamassa
com cal

1: 1/4 : 3

CARASEK (1996)

bloco

17
Envelhecimento
IPT (1996)

10 ciclos de envelhecimento Menor % de ruptura na


Molhagem e secagem a 70oC interface com cal
Resistência de aderência (MPa)

0,45
0,4

0,35
0,3

0,25 Filito
0,2 Cal
0,15
0,1

0,05

90 dias após ciclo

Cuidado:
Aderência Inicial

Desempenho

18
CO2 calor
Calcário
CO2
carbonatação calcinação

Argamassa
CICLO
no estado
fresco
da Cal Virgem

CAL
água
Preparo
Hidratação/
Água da
extinção
calor
argamassa
areia
(cimento) Cal
Hidratada

ADITIVO
INCORPORADOR
DE AR

19
Aditivo Incorporador de Ar

+ 0,05% de aditivo
incorporador de ar

(Alves, 2002)

Pode reduzir a
Incorporador de ar
resistência de
aderência
Bolhas de ar
argamassa

Podem diminuir a
superfície de contato

bloco

LAWRENCE & CAO (1988) - MEV


CARASEK (1996) - LUPA e MEV

20
0,4

Resistência de aderência à tração (MPa)


0,3

0,2

0,1

0
20 22 24 26 28 30 32
Teor de ar (%)

(Alves, Bauer, 2002)

~20%
Resistência de aderência

Teor de ar da argamassa

21
(Carasek, 1996)

argamassa

bloco

Argamassa industrializada

Tempo de mistura

Argamassa
preparada em
obra

Teor de aditivo /
tempo de mistura
(Carvalho, Carasek, Cascudo, 2000; Crescêncio,
Parsekian, Barros, 2000; Monte, Uemoto, Selmo, 2003)

22
45
Teor de ar (%) 40
35
30
25
20
15 Brandão, Duarte, Carasek
10
(2005)
5
0
0 100 200 300 400

Tempo de mistura (s)


5

compressão (MPa)
Resistência à
4
Tempo de 3

Mistura 2

0
0 100 200 300 400

Tempo de mistura (s)

MONTE, UEMOTO, SELMO (2003)

23
ARGAMASSA
IDEAL:

CIMENTO CAL
+

+ Aditivo IAR
ADITIVO

ADITIVO
ADITIVO

ADITIVO

24
• Cimento Ö Resistência de aderência

• Cal Ö Extensão de aderência


Durabilidade da aderência

• Aditivo IAR Ö Extensão de aderência


Durabilidade da aderência
Melhoria da trabalhabilidade
Redução da relação a/c
Redução da retração plástica
Redução do módulo de elasticidade

Tensão de
Cisalhamento na
Base Interface
Revestimento
de
argamassa

τ c = E . ε . e/A
Onde:
τc = tensão de cisalhamento
E = módulo de elasticidade
ε = movimentação
e = espessura do revestimento
A = área de contato

25
INFLUÊNCIA DO
SUBSTRATO
NA
ADERÊNCIA

Diferentes Bases

Alvenaria
• Bloco cerâmico
• Bloco de concreto
• Bloco de concreto
celular ...
Estrutura

26
50 x

(Scartezini; Carasek, 2003)

Bloco de concreto –

Bloco cerâmico

Importância dos testes


em obra
• Materiais das
argamassas
(cimento, cal,
areia, argamassa
industrializada,
etc.);
• Substratos
(blocos,
estrutura ...);
• Condições
climáticas

27
INFLUÊNCIA DO
PROCESSO DE
EXECUÇÃO
NA
ADERÊNCIA

LIMPEZA
DA BASE

28
Caso prático:

9 obras em Brasília
6 construtoras
(Carasek, Cascudo, Jucá, 2005)

DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS

2 problemas principais:

+
Baixa aderência Elevada retração
entre chapisco e da argamassa de
substrato revestimento

descolamento fissuração

29
Elevada Retração

Baixa Aderência
• Falta de limpeza do substrato
• Desmoldante base óleo
(alguns casos baixas diluições)
Superfície Impediu a
impregnada Ação penetração da pasta
de óleo hidrofugante aglomerante nos
poros do substrato

30
Fissuração
Mapeada – sem orientação preferencial
– cruzando em ângulos de aprox. 90o

Altos teores de
cimento
Elevada
retração
Condições
climáticas: alta
temperatura,
baixa UR e
ventos fortes

31
Escolha cuidadosa dos desmoldantes
Exemplo: Desmol
• Desmol - concreto aparente
• Desmol CD - base para revestimentos
• Desmol Betoneira - fôrmas metálicas
• Cera Desmoldante - pré-moldados

Limpeza –
Preparo da Base

Escovação manual ou mecânica

Apicoamento

+ Lavagem
Para remover
o pó

32
Lavagem – jato
de água sob
pressão

TRATAMENTO
SUPERFICIAL:
CHAPISCO
Função:
• Regularizar a absorção de água
• Aumentar a rugosidade

33
Tipos de Chapisco:
• Chapisco tradicional
• Chapisco rolado
• Chapisco industrializado

chapisco convencional

34
CHAPISCO
# Alta temperatura
# UR baixa
# Alta incidência de
ventos PULVERULÊNCIA

Importante:

CURA ÚMIDA DO CHAPISCO

Cura
Úmida

Chapisco
+
Revestimento de argamassa

35
Chapisco
Rolado

CUIDADO !!!

Chapisco Rolado
– cimento
– areia
– polímero
– água

• pode impermeabilizar a superfície

36
Caso prático: descolamento na
interface revestimento/chapisco

• Aplicação do chapisco rolado - base PVA e


acrílico;
• Diferentes tempos para aplicação da
argamassa de revestimento após a
aplicação do chapisco rolado
Estudos
em Obra

(Macedo, Ribeiro, Silva, Carasek,


Cascudo, 2007)

37
• 4 horas
• 24 horas
• 3 dias
• 1 mês
• 2 meses

Comportamento geral da resistência de


aderência
0,40
Média ±0,95 Intervalo de confiança ±Desvio padrão
0,38

0,36

0,34
Resistência de aderência (MPa)

0,32

0,30

0,28

0,26

0,24

0,22

0,20

0,18

* PVA e ACRÍLICO
0,16

* Revestimento 0,14
ensaiado
com 14 e 28 dias 4 24 72 672

Idade do chapisco (h)

38
Pesquisa em Laboratório
ANÁLISE AOS 3 DIAS E 28 DIAS
PVA Análise 3 e 28 dias - PVA Análise 3 e 28 dias - Acrílico
Acrílico
0,60 0,45

0,55
0,40

0,50
0,35

0,45
0,30
Rader (MPa)

Rader (MPa)
0,40
0,25
0,35

0,20
0,30

0,25 0,15

0,20 0,10

0,15
0,05
72 672
Análise 3 e 28 dias - SBR 72 672
Idade do chapisco (horas)
0,50 Idade do chapisco (horas)

0,45

Silva, Macedo, 0,40

Carasek, Cascudo 0,35


Rader (MPa)

(2007) 0,30
SBR
0,25

0,20

0,15

0,10
72 672
Idade do chapisco (horas)

Importância da Cura
Chapisco Rolado com PVA
PVA
0.6 100%

90%
0.5
80%
0.42
0.4 70%
0.4
64.44%
Ruptura cha/arg
RADER (MPa)

60%

0.3 50%

38.75% 40%
0.2 0.16
0.14 30%

20% 20%
0.1
11.75% 10%

0 0%
s/c R1 c/c R1 s/c R2 c/c R2
Tipo de aplicação Ruptura chap./arg.
RADER (Mpa)

Queiroz, Carasek (2008)

39
Chapisco Colante

Vantagens:
9 Resultados de
aderência muito
bons
(geralmente
superiores)
9 Não necessita
cura úmida

Oportunidade de
melhoria
Bolhas de ar,
espaços onde a
argamassa não
penetrou

Redução dos defeitos


Redução do custo

40
FORMATOS TESTADOS

Trapezoidal 6x10 Trapezoidal 4x8 Trapezoidal 8x8

Trapezoidal 5x8 Trapezoidal 12 mm Semi-circular

Circular 4 mm Convencional
(Oliveira, Cascudo, Carasek, 2008)

FORMATOS GERADOS

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

(a) Semi-circular;
(b) Trapezoidal 8x8;
(g) (h)
(c) Trapezoidal 12 mm;
(d) Trapezoidal 4x8;
(e) Trapezoidal 5x8;
(f) Circular 4 mm;
(g) Convencional;
(h) Trapezoidal 6x10

41
Convencional Trapezoidal 6 x 10
Resistência de aderência (MPa) 0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
Convencional Nova desempenadeira

Redução do consumo de argamassa ~8%

(Oliveira, Cascudo, Carasek, 2008)

Trapezoidal Circular 4 mm
6x10

Convencional

(Oliveira, Cascudo, Carasek, 2008)

42
Técnica alternativa – aplicação em
duas etapas
0,9
Mean ±SE ±0,95*SD

0,8
GRUPO 1
Resistência de aderência (MPa)

0,7 CV = 18%

0,6

Oliveira,
Cascudo, 0,5

Carasek
(2008)
CV = 29%
0,4

GRUPO 2
0,3

Rader: F(1,29) = 36,9732669, p = 0,000001


0,2
Convencional Nova Aplicação
Aplicação

• Ferramentas diferentes
• Duas etapas de aplicação

Chapado

Duas etapas

Oliveira, Cascudo, Carasek (2008)

43
Argamassa aplicada
APLICAÇÃO manualmente
DA
ARGAMASSA

Aperto da
argamassa
após
lançamento

44
Ergonomia
Pesquisa em
obra

(SANTOS, CARASEK,
LEMES, CASCUDO,
2008)

Coordenadas XY

45
Ergonomia
2,4 0,14 0,17
0,14
2,2 0,25
0,28
2,0 0,31
0,31
1,8 0,42 0,55 0,55

1,6 0,25
0,28
1,4 0,55 0,34

1,2
Y

0,76
0,31 0,39
1,0 0,50 0,39 0,44

0,8
0,42 0,25
0,6 0,55

0,4 0,28 0,34


0,31 0,25 0,5
0,2 0,4
0,3
0,0 0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4
0,1
X

(SANTOS, CARASEK, LEMES, CASCUDO, 2008)

Ergonomia

?
??
???
Dá para
executar
bem ????

46
Plataforma de Cremalheira

SOLUÇÃO:
MOTORIZAÇÃO

BALANCIM MOTORIZADO

Outras Vantagens:
• Garantir a execução
de todos os serviços
na fachada, com
intervalos de tempo
adequado
• Mapeamento da
fachada

47
Estudo dos locais
com espessuras
Mapeamento das fachadas críticas

Mapeamento da fachada

½ altura ½ altura
Pontos de leitura
à meia altura

Arame Pontos de leitura


sobre a viga

Arames posicionados para o


mapeamento da fachada

Projeção Mecanizada

48
Estudo de caso:
Obra Via Parque da Cidade -
Brasília
Estudo da influência do
processo de aplicação da
argamassa industrializada:
MANUAL X PROJETADA

Carasek, Cascudo, Carvalho, Jucá (2003)

Equipamento –
bombeamento e
Mean ±0,95 Conf. Interval ±SD projeção
0,9

0,8
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA (MPa)

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

Manual Projetada mecanicamente


0,2
Carasek, Cascudo, MN MC
Carvalho, Jucá (2003) APLICAÇÃO

49
Comparação da aplicação

Projeção Mecânica Manual


(Canequinha)

Mecânica Manual
¾Área total:
8.800cm² ¾Área total:
8.800cm²
¾ Extensão de
aderência ¾ Extensão de
8.275,16 cm² aderência :
6.006cm²
94% 66%

Resistência de aderência 70% maior


Lacerda, Cascudo e Carasek (2008)

50
REVESTIMENTO DE
ARGAMASSA
# Alta temperatura
# UR baixa
# Alta incidência de ventos

Importante:
CURA ÚMIDA DO
REVESTIMENTO

Cura da Argamassa de Revestimento

Cura x RADER
(Carvalho, Carasek 2004)
Mean ±0,95 Conf. Interval ±SD
1,0

0,9 Realizado no
período
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA (MPa)

0,8

chuvoso.
No período
0,7

0,6
da seca a
0,5 influência
0,4 deve ser bem
0,3
maior!
0,2
N U
SEM CURA
CURA CURADO
Outros estudos: Pereira, Carasek, 2000

51
TÉCNICA DE
MEDIDA
DA
RESISTÊNCIA DE
ADERÊNCIA

O Ensaio de Avaliação da
Resistência de Aderência

TRAÇÃO

52
1 NBR 13528 - Revestimento
de paredes e tetos com
argamassas inorgânicas:
determinação da resistência de
aderência à tração

53
O PROBLEMA:
™ Alta dispersão dos
resultados
™ Valores diferentes quando
realizado por diversos
laboratórios

A SOLUÇÃO:

™ Pesquisas
™ Ajustar a metodologia –
revisão da NBR 13 528 (1995)

NBR 13 528 (2010)

Alta dispersão dos resultados


• CV = 10% a 35% (normais) ... Às vezes bem maior
• Depende dos materiais, mão de obra...
Intrínseco da Propriedade

Ciência dos materiais: materiais cerâmicos frágeis

Apresentam alta dispersão dos resultados de ruptura

Resistência à fratura é dependente da probabilidade da


existência de um defeito que seja capaz de iniciar uma
fissura

54
NBR 13 528 (2010)

• Número de CPs – 12 CPs

antes 6 CPs

Quadrada L = 10 cm Geometria e Circular φ = 5 cm


dimensão do CP

Na prática também:
Quadrada L= 5 cm
Circular φ = 10 cm
Corte quadrado,
pastilha circular
Etc...

55
NBR 13 528 (2010)
• Corpos de prova – seção circular
φ = 50 mm

Modelagem numérica

Concentração
de tensões

Elementos
Finitos

(Costa, Carasek, Almeida, Araújo, 2007)

56
Programa experimental
0,80

Média Intervalo de Confiança 95% Desvio-padrão


0,70
CV = 25%
Resistência de aderência à tração (MPa)

0,60

0,50

0,40
CV = 33%
0,30
Influência da
0,20
geometria e dimensão
0,10
dos corpos-de-prova

0,00
Quadrado 100 mm Circular 50 mm

Geometria e dimensão dos corpos-de-prova

(COSTA, CARASEK, 2009)

Corte do revestimento
¾ Corte a seco ou com água (ensaiar com
revestimento seco)
¾ Obra: Recomenda-se a utilização de um gabarito que
servirá de apoio durante a realização do corte.

57
Diferentes
Equipamentos

(Costa, Duarte, Carasek, 2006)

Estudo em obra:
•Operador – não exerceu influência
•Tipo de equipamento – significativo

58
Intervalo de confiança de 95% média desvio padrão

0,35

0,30
Resistência de aderência à tração (MPa)

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00
A B C D
Equipamento

(Costa, Duarte, Carasek, 2006)

NBR 13 528 (2010)


Equipamento:
• Dinamômetro de tração
• Aplicação contínua da carga
• Fácil manuseio
• Baixo peso
• Célula de carga
• Dispositivo de leitura digital
• Erro máximo de 2%.

59
NBR 13 528 (2010)

Outros Cuidados:

• Umidade dos revestimento


• Local de ensaio

UMIDADE DO REVESTIMENTO

1,00
Resistência de aderência à tração

0,90

0,80

0,70 y = -0,04x + 0,72


0,60 R2 = 0,55
(MPa)

0,50

0,40

0,30
0,20

0,10

0,00
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10, 11,0 12,
0 0
Pesquisa em laboratório Umidade absorvida (%)

(Costa, Carasek, 2008)

60
0,40
Resistência de aderência à tração
0,35
Resistência superficial

0,30

Valores médios (MPa)


0,25

0,20

0,15

Pesquisa em Obra
0,10

0,05

UMIDADE
0,00
Seco Úmido Saturado

Condição do revestimento

0,50

Resistência de aderência à tração (MPa)


Média Intervalo de confiança 95% Desvio-padrão

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
Saturado Úmido Seco

Condição do revestimento

(Carasek, Costa, Alves, Melo, 2008)

NBR 13 528 (2010)


Umidade dos Corpos-de-prova:

™ Informar a umidade do revestimento no


momento do ensaio

™ 3 determinações

Atenção com chuva e corte úmido !!!

61
Local do ensaio: Junta X Bloco

Grupo: Junta 1 cm
Bloco cerâmico

Junta de
assentamento
Grupo: Bloco

Revestimento de
2 cm argamassa

62
(Scartezini & Carasek, 1999)

0,35 0,35
Aderência à tração
Resistência de 0,3
0,25 0,27
(MPa)
0,2
0,15 0,17
0,1
0,05
0
Resistência Bloco
Tijolo Junta
Global

Confirmado com análises estatísticas

Outros estudos que confirmam: Angelim, Carasek (2000);


Pereira, Carasek (2000); Costa, Duarte, Carasek (2006)

NBR 13 528 (2010)

Distribuição dos CPs deve ser aleatória


O posicionamento dos CPs deve seguir a
proporção entre as áreas de superfícies de blocos
e de juntas do substrato.

63
9 Influência da forma de aplicação da carga:
0,40
Resistência de aderência à tração (MPa)

Média Intervalo de Confiança 95% Desvio-padrão


0,35

0,30

0,25
Sem excentricidade
0,20

0,15

0,10
CE – com excentricidade
0,05 SE – sem excentricidade

0,00 Com excentricidade


CE SE

Forma de aplicação da carga

9 Influência da forma de aplicação da carga:

Sem excentricidade Com excentricidade

A carga aplicada no centro da pastilha gera tensões médias da ordem de


0,22 MPa enquanto que a carga aplicada com excentricidade gera
tensões médias de compressão 0,55 MPa e na parte superior tensões de
tração equivalentes a 0,86 MPa.

64
Forma de ruptura para um sistema de revestimento
A B C
Pastilha
Cola
Argamassa
Chapisco
Substrato
Ruptura no substrato Ruptura na interface Ruptura no chapisco
substrato/chapisco

D E F G

Ruptura na interface Ruptura na Ruptura na interface Ruptura na interface


chapisco/argamassa argamassa argamassa/cola cola/pastilha

65
Rupturas nas Interfaces
(adesivas) são
perigosas

Resistência de aderência

9Tração
9Cisalhamento

66
Avaliação da resistência ao
cisalhamento

Santana, Ferreira, Silva (2010)


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PERNAMBUCO

AUMENTO DA
“Placas ecológicas” fabricadas a
partir de materiais recicláveis
RUGOSIDADE
(plástico – 75% e alumínio – 25%) DA SUPERFÍCIE DAS
Prensadas para criação da malha ESTRUTURAS DE
CONCRETO

Costa e Silva, A.J.; Carasek,


H.; Mota, J.M.F.; Barbosa,
F.R. (2010) Superfície do
concreto após
Forma desforma

67
ESPECIFICAÇÃO DE REVESTIMENTOS DE
ARGAMASSA - NBR 13.749

CONTROLE

Aderência - Inspeção
por percussão
Amostragem:
• 50 m2 para tetos
• 100 m2 para paredes
percussão - 1 m2 com
martelo de madeira

SOM CAVO

68
PERCUSSÃO
EM
FACHADAS

Obrigada pela
Atenção !!!

hcarasek@gmail.com

69

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