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05/06/2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 9
REVESTIMENTOS

REVESTIMENTOS DE PAREDES

Conjunto de camadas que recobre as vedações e a estrutura de um


edifício com as funções de complementar a vedação, proteger o
edifício contra intempéries e constituir o acabamento final (funções
estéticas, de valorização econômica)

• É um elemento funcional do edifício com funções bem definidas,

Elemento do subsistema de vedação. No entanto, pela sua


importância muitas vezes é também conceituado como um
“subsistema” ou “sistema”’.
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REVESTIMENTOS DE PAREDES

FUNÇÕES DO REVESTIMENTO
• Auxiliar as vedações a cumprir suas funções:
Estanqueidade ao ar e a água;
Isolamento térmico e/ou acústico;
Proteção contra a ação do fogo;

• Estética;

• Valorização econômica;

• Sanidade, higiene, segurança na utilização...

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FUNÇÕES DO REVESTIMENTO

• Aderência;

 Propriedade do revestimento resistir às tensões normais e


tangenciais atuantes nas interfaces com a base;

 Resistência à tração;

 Resistência de aderência ao cisalhamento;

CLASSIFICAÇÃO
• Quanto ao elemento / ambiente a revestir:
Interno / Externo
Áreas secas / Áreas molhadas
Piso / Parede

• Quanto ao mecanismo de fixação:


Aderidos
Fixados por dispositivos (pregos, rebites, etc)
Não aderidos

• Quanto ao material:
Cerâmico
Pedra
Madeira
Sintéticos (vinílicos; melamínicos, etc.)
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REVESTIMENTOS
Etapas de execução:
1 - Com argamassa (interno ou externo) 2 - Com gesso (interno)

• Chapisco; • Chapisco rolado;


• Chapisco;
• Emboço; (quando aplicado sobre concreto)
• Emboço;
• Reboco; • Gesso;
• Rev. cerâmico;
• Pintura.

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Argamassa
Definição: Mistura homogênea de aglomerantes, agregados miúdos e água,
contendo ou não aditivos, dotada de capacidade de endurecimento e aderência
cuja composição de materiais varia de acordo com a utilização. Pode ser dosada
em obra ou produzida em instalação industrial.

Tipos e funções de argamassas:


• Assentamento de blocos e tijolos em alvenarias;
• Revestimentos de elevações e tetos;
• Regularização de pisos.

ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Argamassas de assentamento:

Usadas p/ unir blocos de concreto ou tijolos em alvenarias. Servem também p/


colocação de azulejos, tacos, ladrilhos, cerâmicas e pedras.

Funções:
• Unir solidamente as unidades de alvenaria
• Ajuda alvenaria a resistir aos esforços;
• Distribuir as cargas atuantes na parede por toda
a alvenaria;
• Absorver as deformações;
• Selar as juntas contra a penetração de água de chuva.
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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Argamassas de revestimento:

Têm a função de cobrir as alvenarias, devem proporcionar um acabamento


adequado às superfícies, protegendo-as de ações externas como as intempéries.

Devem apresentar resistência mecânica aos impactos


e resistência umidade e agentes agressivos, além de
oferecer boa aderência e estar livres de fissuras, bolhas, etc.

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Materiais constituintes

Quantidades determinadas por processos de dosagem racional dos


materiais para se atingir as propriedades adequadas.

• Aglomerantes;
• Agregados;
• Água;
• Aditivos;

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Materiais constituintes

Aglomerantes:
• Cimento Portland:
 Promove a resistência, aderência e retenção de água.
 Não há necessidade de elevadas resistências mecânicas;
 Carência prejudica resistência e aderência;
 Excesso gera retração, pequenas fissuras e reduz a capacidade de
deformação;
 Baixos consumos reduzem a resistência à abrasão, tornando a argamassa
pulverulenta

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Materiais constituintes

Aglomerantes:
• Cal - hidróxido de cálcio – Ca(OH)2:
 Ampla utilização no Brasil;
 Promove coesão;
 plasticidade;
 aderência;
 retenção de água;
 Minimiza a retração causada pelo cimento;

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Materiais constituintes

Agregados:
• Areia: 0,075 a 4,8 mm
 Agregados, aumentam o rendimento e minimizam retração;
 Areias grossas tendem a favorecer maior resistência;
 Areias finas favorecem a plasticidade;

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


Materiais constituintes

Traços Tradicionais
(cimento: cal : areia - em volumes)

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


A Influência dos aglomerantes

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ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS


A influência do cimento Portland

Argamassas muito ricas em cimento:

• Tem elevado módulo de elasticidade, deformando-se menos e


acumulando tensões elevadas, 9 a 12 vezes mais que em argamassas de
traço mais fraco, que são mais deformáveis.

• Sofrem maior retração e conseqüentemente surgem maiores tensões de


tração. A tração é causa de trincas e descolamentos do revestimento,
aumentando na medida que a espessura da argamassa cresce.

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REVESTIMENTOS
Chapisco
É uma preparação da base para melhorar a aderência.
Um revestimento pode ser aplicado sem chapisco desde que atenda às
exigências de aderência com o substrato.

Chapisco tradicional: aplicação manual, Chapisco através da peneira para


traço 1: 3 (areia grossa) acabamento mais uniforme

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REVESTIMENTOS
Chapisco
Os chapiscos industrializados possibilitam uma camada de revestimento
menos espessa e tem melhor aderência sobre as estruturas de concreto.

Chapisco industrializado com Chapisco rolado industrializado


desempenadeira dentada 20

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REVESTIMENTOS
Emboço:
Camadas de regularização
Com espessura entre 1,5 cm e 2 cm (interno) e de 3 a 4 cm (fachada), o
emboço corrige pequenas irregularidades, melhorando o acabamento da
alvenaria e protegendo-a de intempéries. É produzido com argamassa mista (à
base de areia, cal e cimento).

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REVESTIMENTOS
Execução do Emboço

Colocação de taliscas e mestras


Definição do plano vertical do emboço em parede interna

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REVESTIMENTOS
Execução do EmboçoF. H.;2001).
Nivelamento do emboço

Preparando a mestra a partir das taliscas.


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REVESTIMENTOS
Execução do EmboçoF. H.;2001).
Nivelamento do emboço

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REVESTIMENTOS
Execução do EmboçoF. H.;2001).
Desempeno com a desempenadeira de madeira

Acabamento final do emboço p/ minimizar o consumo de reboco.

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Revestimentos com argamassa


Preparada na obra :
Revestimento +- 2,0 cm

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Revestimentos com argamassa


Industrializada:

Revestimento Interno: 0,5 a 1 cm

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Revestimentos com argamassa


Industrializada:
Uma espessura mínima é fundamental para o revestimento poder cumprir as
suas funções de isolamento térmico/acústico, estanqueidade e estética.

Revestimento externo: + - 2 cm

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REVESTIMENTOS
Aplicação do reboco minimiza muito o consumo de massa corrida.

Aplicação de cal fino


* Argamassas industrializadas frequentemente são únicas, não necessitam de
reboco.
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Reboco com calfino

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REVESTIMENTOS
Aplicação de massa corrida

PVA – Interiores Acrílica - Exteriores

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Revestimentos internos
Paredes com acabamento em pintura:

• Exigência principal: não aparecimento de fissuras;


A pintura pode ocultar por um tempo as fissuras, mas as mesmas
voltarão a aparecer;

• A argamassa deve absorver alguma deformação;

• Acabamento superficial deve atender ao especificado;

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Revestimentos internos
Paredes com acabamento em pintura:
• Para a aplicação de massa corrida (PVA ou acrílica) o revestimento
deve apresentar superfície que proporcione:
Boa aderência ;
Economia no consumo de massa corrida;

• Para pinturas direto sobre o reboco a superfície deverá ser


homogênea e isenta de partículas soltas.
(Freitas, J. A. Jr.)
• Para a aplicação da tinta, a superfície deverá estar seca e ser
quimicamente estável.

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Aplicação de massa corrida sobre emboço

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Lixamento mecânico da massa corrida antes de aplicar a tinta

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Aplicação de tinta acrílica com pistola

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Revestimentos de tetos:
• A superfície é horizontal (negativa);
• O peso da argamassa interfere na execução;
• Maior aderência com a base;
• Mais cuidado de preparação da argamassa e de execução;
• Cuidado especial em lajes sob ação do sol no seu lado superior;
• Argamassas com maior capacidade de deformação .

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Revestimentos externos
Acabamento em pintura:
• Há uma maior solicitação de vedação e estanqueidade.
A argamassa no estado fresco não deve sofrer fissuras de retração à
secagem.
• Importantíssimos a aderência e durabilidade do sistema.

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Revestimentos externos
Base para outros revestimentos
Cargas externas maiores, maior necessidade de aderência.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Cerâmica;
• Pastilhas de Porcelana;
• Pastilhas de Vidro;
• Porcelanato;

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Cerâmica
• Materiais de construção obtidos pela secagem e cozimento de materiais
argilosos;
• Placas cerâmicas: Azulejos, pisos, porcelanatos, pastilhas, peças
decorativas...
• Para fixação de cerâmicas em fachadas, com segurança, é necessária uma
argamassa flexível e com bastante aderência.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Cerâmica
• Tamanhos comuns p/ fachadas 10 x 10 cm e 10 x 20 cm;
• Muitos modelos e cores;
• Tamanhos maiores exigem mais cuidado com juntas;
• Mais resistente às intempéries que os azulejos de uso interno.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Cerâmica
• Grande variação no coeficiente de dilatação, tanto quanto as cores (mais
escuras absorvem mais calor);
• Cuidado com as juntas

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Pastilhas de Porcelana
Coladas em folhas de papel ou teladas, para otimizar a aplicação;
Tamanhos comuns: 2x2, 3x3, 4x4 e 5x5 cm;
Custo 50 a 100 % maior as cerâmicas comuns;
100% Impermeáveis e c/ resistência mecânica muito maior que os
materiais de cerâmica comum .

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Pastilhas de Porcelana
Largo emprego em fachadas e piscinas;
Resistência mecânica muito maior que a dos materiais de cerâmica
comum.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Pastilhas de Vidro
Custo mais elevado que as pastilhas de porcelana;
Largo emprego em banheiros;
Tamanho mais comum de 2,5 x 2,5 cm e placa de 29,5 x 29,5 cm.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Porcenalato
Peças grandes, geralmente
de 45 x 45 cm, 60 x 60 cm, 60
x 120 cm, 100 x 100 cm e
100 x 200 cm;
Fixação com argamassa
colante AC lll aplicada na
parede e na peça (dupla
camada);
Fixado por inserts em peças
com mais de 400 cm².
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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MATERIAIS
• Porcenalato
Possui alta resistência mecânica
(ideal para locais de alto tráfego,
como escolas, hospitais,
shopping centers e aeroportos);
Possibilidade de se utilizar
juntas de assentamento
mínimas;
Existem os pisos de porcelanato
retificado, estes, podem ser
assentados com juntas mínimas.
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REVESTIMENTO CERÂMICO
PRINCIPAIS PROPRIEDADES

• Durabilidade
Excepcional resistência à degradação das placas cerâmicas contra a
ação de todos os agentes agressivos ambientais

• Limpabilidade / Facilidade de higienização

• Impermeabilidade
Não-porosidade das placas cerâmicas
 Inalterabilidade da aparência com o tempo

• Deficiente conforto tátil

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MATERIAIS CONSTITUINTES

• Camada de acabamento:
 Placas cerâmicas
 Juntas de assentamento (entre placas)
Material – argamassas e pastas para rejunte
 Juntas de controle
Material – selantes elastoméricos

• Camada de fixação:
 Argamassa colante
 Pasta adesiva (à base de polímeros)
 Cola de reação (usualmente epóxi) 51

PLACAS CERÂMICAS

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CLASSIFICAÇÃO PEI

• PEI (Porcelain Enamel Institute): Instituto que regulamenta as normas


para a classificação da resistência à abrasão da superfície de cerâmicas.

• O PEI indica uma classificação da superfície da cerâmica com relação à


quantidade de trafego que ela pode receber.

A classificação vai de 0 a 5.
Quanto menor o número, menor é a resistência, e quanto maior,
melhor será a capacidade do piso para suportar as intempéries do
tempo e de tráfego.
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CLASSIFICAÇÃO PEI

• A abrasão ocorre devido ao atrito de calçados, pneus, equipamentos


de limpeza e outros utensílios residenciais, especialmente com
partículas de sujeira, como areia, pequenas pedras, terra etc.

 Com o tempo, a superfície da cerâmica sofre um


desgaste do esmalte.
 A vida útil de uma cerâmica vai depender, basicamente,
de dois itens: se o modelo adquirido continha um PEI
adequado ao local assentado e se há uma higienização
com produtos adequados.
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CLASSIFICAÇÃO PEI

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CLASSIFICAÇÃO PELA ABSORÇÃO

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RESISTÊNCIA A MANCHAS(NBR 13.818)

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


CAMADA DE FIXAÇÃO
• Utiliza-se, em larga escala, as Argamassas Colantes (AC’s);

Argamassas Colantes
“Produto industrial, no estado seco, composto de cimento Portland, agregados
minerais e aditivos químicos, que, quando misturado com água, forma uma
massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas
cerâmicas para revestimento.“
(NBR 14081:2012)

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ARGAMASSA COLANTE

• Funções:

 “Colar” a peça cerâmica ao substrato


 Absorver deformações naturais a que a o sistema de revestimento
cerâmico estiver sujeito

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ARGAMASSA COLANTE
Características essenciais:
• Resistência de aderência a tração
Paredes internas > 0,5 MPa
Paredes externas > 1,0 MPa

• Tempo em aberto (de abertura)


Mínimo de 15 minutos no local de aplicação e 50 minutos em
laboratório (resfriado)

• Deformação transversal (flexibilidade)


Mínimo: 5 mm de “flecha” e 5N de carga de ruptura
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ARGAMASSA COLANTE

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ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO

Funções:

• Vedar as juntas entre as peças cerâmicas


• Permitir a substituição de peças cerâmicas
• Absorver deformações e evitar tensões excessivas
• Melhorar a aderência da camada
• Função estética (compensar variações dimensionais das peças)

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ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO

Propriedades importantes:

• Trabalhabilidade
• Retração (deve ser baixa)
• Aderência
• Permeabilidade à água (devem ser estanques)
• Capacidade de absorver deformações sem fissurar (flexibilidade)
• Resistência ao manchamento e ao desenvolvimento de fungos/bolor
• Resistência mecânica

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REVESTIMENTO CERÂMICO
PROCEDIMENTO EXECUTIVO

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EXECUÇÃO
Ferramentas:
• Linha de nylon;
• Régua;
• Prumo;
• Trena;
• Nível de bolha;
• Nível de mangueira;
• Espaçadores e martelo de borracha;

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EXECUÇÃO

Ferramentas:
• Colher de pedreiro;
• Esquadro;
• Espátula;
• Pano e esponja;
• Lápis de carpinteiro.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


EXECUÇÃO
Ferramentas:

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PROCEDIMENTO EXECUTIVO

Condições para início do assentamento:

• Substrato homogêneo e limpo;


• Alvenaria sem fissuras;
• Emboço finalizado (sarrafeado ou desempenado com acabamento
grosso);
• 21 dias sobre emboço de argamassa com cal;
• 14 dias sobre emboço com argamassa industrializada;
• 3 dias para rejuntamento;

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
• 1 – Verificação do nível

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO

2 – Materializar Referências:

• Verificar os locais onde encontram-se janelas, portas, interruptores,


instalações, etc., pois nestes pontos, as placas receberão cortes.
• Evitar cortes em muito partes visíveis!

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
3 – Preparo da Argamassa Colante:

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
4 – Aplicação da Argamassa Colante:

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
4 – Aplicação da Argamassa Colante:

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
5 – Assentar as Placas Cerâmicas:
• Verificar o tempo em aberto na prática
• Assentar de preferência de baixo para cima, pressionando com as mãos e
depois batendo levemente com o martelo de borracha

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
5.1 – Fiada mestra e guias de prumo

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
5.2 – Fiadas superiores

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
5.3 – Fiada abaixo da fiada mestra

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
Detalhe do arremate dos azulejos com o piso:

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
6 – Rejuntamento:
• Após o assentamento, aguardar 3 dias para começar o rejuntamento.
• Utilizar rejuntes industrializados.

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SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO
7 – Limpeza:
• Após o término do rejuntamento, esperar um momento (varia de acordo
com o tipo de rejunte), para a limpeza do excesso de rejunte da superfície
das placas cerâmicas;
• Limpar primeiramente com uma esponja úmida e depois com pano seco.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS
• Agentes de deterioração
Geram movimento, tensões e deformações!

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS

• Agentes de deterioração
As agressões climáticas fazem
com que as peças dilatem
diferentemente entre elas!

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS
• Agentes de deterioração
Deformação da base submete as peças a tensões!

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS

• Agentes de deterioração
Quanto maiores as peças cerâmicas, menor o número de juntas e menos
deformações são absorvidas, logo terão maior risco de falhas.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS
• Agentes de deterioração
Para fixação é necessário uma argamassa com elevada aderência.
Importante utilizar rejunte capaz de absorver as tensões acumuladas nas peças
cerâmicas.

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JUNTAS DE CONTROLE
• Necessária a previsão em projeto de diferentes tipos de juntas:

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS

• Juntas de assentamento:
Preenchidas com rejunte rígido.

• Juntas de movimentação, e de dessolidarização:


Preenchidas com material flexível.

• Junta estrutural:
Preenchidas com enchimentos e material flexível ou dispositivos que suportem
grande deformação.

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas de assentamento:

Funções:
• Compensar a variação de bitola das placas;
• Atender a estética, harmonizando o tamanho das placas e as dimensões do pano;
• Oferecer poder de acomodação às movimentações;
• Facilitar o perfeito preenchimento;
• Facilitar a troca de placas cerâmicas em caso de necessidade de manutenção.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA

Juntas de assentamento
• Principais materiais utilizados:
A base de cimento;
Resina epóxi;
A base de resina.

Em geral preenchidas com


rejuntes cimentícios.

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas de movimentação:

• São juntas intermediárias, normalmente mais largas que as de


assentamento, projetadas para aliviar tensões geradas por
movimentações da parede e do próprio revestimento devido às
variações de temperatura e umidade ou por deformação lenta do
concreto da estrutura revestida.

• Devem ser aprofundadas até a superfície da parede, preenchidas com


materiais deformáveis e vedadas com selantes flexíveis.

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JUNTAS DE CONTROLE
Juntas de movimentação
– Normatização:
• NBR 13755 – Paredes externas e fachadas:
* Juntas horizontais a cada 3m ou a cada pé direito;
* Juntas verticais a cada 6m.

• NBR 13754 – Paredes internas:


* Juntas horizontais e verticais em paredes com áreas >= 32 m²
ou sempre que as dimensões do revestimento >= 8m;
* Locais expostos ao sol e/ou umidade: áreas >= 24 m2 ou
dimensões >= 6m

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Juntas de movimentação

• “Espaço regular cuja função é


subdividir o revestimento, para
aliviar tensões provocadas pela
movimentação da base ou do
próprio revestimento.” (NBR
13755/1997)

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Juntas de movimentação

• Interrompem o emboço subdividindo o revestimento;


• Projetadas para permitir o movimento e prevenir
fissuras no revestimento;
• Preenchidas com selante elastomérico.

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Juntas de movimentação

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas de dessolidação:

• Espaço regular cuja função é separar o revestimento para aliviar as


tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio
revestimento.

• Recomendação:
* Cantos verticais;
* Mudanças de direção do plano do revestimento;
* Encontro da área revestida com pisos, forros, colunas, vigas ou
outros tipos de revestimento;
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* Mudança de material da estrutura suporte.

REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS
Juntas de dessolidarização
• “Espaço regular cuja função é separar o revestimento para aliviar tensões
provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento.”
(NBR 13755/1997)

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


JUNTAS
Juntas de dessolidarização
• Divide o revestimento;
• Preenchidas com rejuntes flexíveis a base de silicone ou poliuretano.

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JUNTAS

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JUNTAS

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas estruturais
• “Espaço regular cuja função é aliviar tensões
provocadas pela movimentação da estrutura de concreto.”
(NBR 13755/1997)

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas estruturais
• Principais materiais utilizados:
Dispositivos;
Mastiques.

Suportem grande
deformação!

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JUNTAS DE CONTROLE

Juntas estruturais

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DESCOLAMENTO

• Perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa


colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam
a capacidade de aderência das ligações entre a placa e a argamassa colante
e/ou emboço.

* Primeiro sinal: Som cavo (oco) nas placas ou estufamento da


camada de acabamento.

* Ocorrem primeiro geralmente nos primeiros e últimos andares do


edifício, devido ao maior nível de tensões observados nestes locais.

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DESCOLAMENTO

Causas mais comuns:

• Ineficiência ou deficiência de projeto, como inexistência de juntas;


• Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido;
• Variações higrotérmicas e de temperatura;
• Assentamento sobre superfície contaminada;
• Imperícia ou negligência da mão-de-obra na execução e/ou controle dos
serviços.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
MATERIAIS
• Pedras
As rochas, em geral, são permeáveis, podendo absorver água até 20% de
sua massa (porosidade);
Fixação:
duas maneiras básicas:

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
MATERIAIS
• Pedras

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
MATERIAIS
• Pedras
Grande variedade nas cores e nos padrões estéticos, por serem naturais;
Permite vários tipos de acabamentos superficiais;
Alguns tipos, em contato com água, apresentam alteração de cor que
provocam manchas não removíveis.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS

FIXAÇÃO DE PEDRAS
1. Sistema convencional
• A pedra é colada na alvenaria ou na estrutura
do Edifício
Aderente.
2. Inserts metálicos:
• Peças de aço inoxidável, ancoradas na
estrutura do edifício, suportam o peso da placa
de pedra
Não aderente.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS
1. Sistema convencional com argamassa grossa
• Argamassa preparada na obra;
• Ligação rígida entre a placa de pedra e a elevação;
• Grande diferença de movimentação, devido a dilatação
térmica;
• Sob a ação da água da chuva, absorve a umidade,
podendo resultar em eflorescências;
• Reforços com grampos de arame colados à pedra com
poliéster .

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS
1. Sistema convencional com argamassa fina
• Argamassa industrializada colante ACIII;
• Ligação semi-rígida entre a placa de pedra e a
elevação;
• Reforços com grampos de arame colados à
pedra com poliéster;
• Restrição a alturas superiores a 15 m em
ambientes externos (NBR 13707).

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS
1. Sistema convencional: Fixação de grampos e
chapisco na pedra para melhorar aderência

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS
• Peça de aço inoxidável suporta o peso da placa de pedra
superior e trava a placa inferior;
• Estrutura e as placas trabalham de forma independente.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS
• Os inserts metálicos afastam o revestimento da estrutura,
criando um espaço que evita o contato direto entre ambos;
• Melhor isolamento à umidade e termo-acústico.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PEDRAS

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


Fachadas Ventiladas

Trata-se de um revestimento externo composto por painéis ou placas


modulares, fixado à fachada principal da edificação com aço inoxidável ou
alumínio. O afastamento entre as duas estruturas cria uma cavidade de ar,
com largura média de 10 a 15 centímetros, por onde ocorre a ventilação
contínua no sentido vertical.

Isso é possível graças ao sistema de juntas abertas das placas do


revestimento. Ou seja, o espaço entre elas não é totalmente vedado nas
partes inferiores e superiores. Assim, o ar frio entra pela abertura inferior e
o ar quente sai pela abertura superior, criando o efeito chaminé.

REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


Fachadas Ventiladas

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Sistema da fachada ventilada


Basicamente, o sistema de fachadas ventiladas é formado por:

• Base suporte de fixação;


• camada de material isolante;
• câmara de ar;
• subestrutura auxiliar de fixação;
• material de revestimento;
• juntas entre os painéis ou placas;
• outros materiais necessários para seu completo funcionamento.

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Vantagens das fachadas ventiladas

• Economia energética (de 30% a 50%) e conforto interno, com menos


absorção de calor nos meses quentes e menos dispersão nos meses
frios;
• Proteção contra ruídos do ambiente exterior;
• Possibilidade de reabilitação sobre a fachada sem necessidade de
remover o revestimento antigo;
• Renovação estética do edifício (retrofit);
• Simplicidade na montagem e desmontagem;
• Mínimo custo de manutenção, com possibilidade de substituir placas
sem desmontar o restante;
• Resistência mecânica das placas;

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Vantagens das fachadas ventiladas

• Possibilidade de combinar diferentes medidas de placa, cores e


texturas;
• Solução para encontros arquitetônicos com outros materiais e arremates
perimetrais de janelas;
• Economia com andaimes e balancins devido à rapidez na instalação;
• Maior longevidade da edificação;
• Dispersão da umidade;
• Eliminação do risco de destacamento de revestimento;
• Diminuição dos efeitos de dilatação térmica da estrutura do edifício;
• Possibilidade de correção da planimetria do acabamento final da
fachada;

Desvantagens das fachadas ventiladas:

• Custo econômico elevado;


• Maior controle de execução;
• Substituição trabalhosa de peças, dependendo do sistema de fixação
utilizado;
• Pouca especialização para instalação desses sistemas no Brasil.
• Ausência de normas brasileiras e de requisitos de desempenho que
agreguem valor comercial ao produto;
• Necessidade de mão de obra qualificada e com experiência;
• Dependendo dos materiais utilizados, baixa segurança contra incêndio;
• Exigência de projetos específicos e detalhados que definam o processo
de execução.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


NORMAS PERTINENTES
• NBR 8.214:1983 Assentamento de azulejos - Procedimento;
• NBR 13754:1996 Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e
com utilização de argamassa colante - Procedimento
• NBR 13.755:1997 Revestimento de paredes externas e fachadas com placas
de cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento;
• NBR 15.846:2010 Rochas para revestimento – Projeto, execução e
inspeção de revestimento de fachadas de edificações com placas fixadas por
insertos metálicos;
• NBR 14081 - 1 a 5:2012 Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas.
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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Fonte: Prof. Elton Bauer (Materials and Materiais), 2014.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
A falta de colocação ou desgaste de juntas podem gerar manifestações
patológicas no revestimento cerâmico
• tensões existentes no sistema não foram devidamente aliviadas.

Ausência de juntas de dessolidarização


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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Causas de manifestações patológicas nas juntas:
• Revestimentos porosos;
• Rejuntamento de elevada permeabilidade;
• Rigidez do material de rejunte;
• Inexistência de juntas;
• Expulsão do rejunte pelas variações térmicas;
• Qualidade dos selantes.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Destacamento:
• Resultantes da perda de
aderência das placas
cerâmicas, substrato ou
argamassa colante;
• É uma manifestação
patológica séria por conta
do alto custo de reparação e
alto risco de causar
acidentes.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Eflorescência:
• Depósito de sais solúveis na superfície das placas
cerâmicas transportados pelo fluxo de água
Infiltrações.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Trincas e fissuras:
• Ocorrem pela perda da integridade da superfície da placa cerâmica.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Deterioração das juntas:
• Afeta o revestimento cerâmico como um todo
juntas são elementos responsáveis pela estanqueidade e capacidade de
absorver deformações.

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Deterioração das juntas: Falhas em juntas flexíveis

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REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Deterioração das juntas: Ausência de juntas de dessolidarização

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Material para estudo:

Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=VOsPrDfluYk&list=RDCMUClPqvRUXMe6IPljXL
N9uFuQ&index=4
https://www.youtube.com/watch?v=V0hw0u6NogI

Para quem tiver interesse em saber mais sobre os diferentes tipos de argamassas
industrializadas:
https://www.youtube.com/watch?v=l7pMNo2oEtU

Para informações adicionais:


BORGES, Alberto de Campos. Prática das pequenas construções: volume 1. 9. ed., rev. e
ampl. São Paulo, SP: E. Blücher, 2009. ISBN 9788521204817 (Biblioteca virtual
Pearson) – Páginas 183 a 209
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/173297

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