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TRABALHO DE MANUTENÇÃO E

ESTUDO DE PATOLOGIAS
Apresentação Sobre Manifestações Patológicas Em
Argamassas De Revestimento

Artigo; Descolamento de Revestimentos de Argamassa Acad.


Aplicados sobre Estruturas de Concreto–Estudos de Carlos de Azevedo
casos brasileiros (Carasek; Cascudo; Jucá 2011).
Hiago Gregório

Professor M.s Eduardo Damin


Medianeira- PR
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2021
Estudo Referente Manifestações
Patológicas De Revestimentos De
Argamassa

•Estudo de casos práticos ocorridos em obras no Brasil 2001 e 2003.


•Problemas com revestimentos de argamassa aplicados sobre estruturas
de concreto armado e protendido apresentaram manifestações
patológicas.
•Problema principal detectado nestas obras foi o descolamento geralmente
acompanhado de fissuração.

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Ensaios Realizados
• Determinação da resistência de aderência à tração. Foram realizados 96
pontos de ensaios, conforme a NBR 13528, tanto no revestimento aplicado
sobre as estruturas de concreto (vigas e pilares), como sobre a alvenaria (neste
caso, visando a confirmação de que o problema era somente sobre a
estrutura).

• Análise da composição da argamassa (reconstituição de traço) Foram


coletadas amostras de revestimento para a realização de uma reconstituição
de traço, visando a determinação do teor de cimento da argamassa
empregada. Esta análise foi realizada em um laboratório particular, por meio de
análise química com determinação do resíduo insolúvel e dos teores de óxido
de cálcio e sílica.
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Sintomatologia Típica do
Problema
Detalhe A –
Revestimento de
argamassa sobre
alvenaria

• O revestimento externo da caixa de escada.


• Observa- se que o revestimento descolou
somente na parte aplicada sobre a estrutura de
concreto; por outro lado, o revestimento aplicado
sobre a alvenaria mostrou-se bem aderido.

Figura 1 CASCUDO, 2011.


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Sintomatologia Típica do
Problema

• Descolamento de placas grandes e coesas com


ruptura na interface chapisco/estrutura.

6 cm • Espessura dos revestimentos: a espessura média


dos revestimentos que apresentaram problemas
oscilava entre 2,5 cm e 3,0 cm; no entanto,
existiram casos localizados de revestimentos com
até 6 cm.

Figura 2 CASCUDO, 2011.


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Sintomatologia Típica do
Problema
• Revestimento apresentando fissuração
mapeada típica de retração da argamassa.

• Fissuras se cruzando em ângulos próximos


a 90º.

• Patológica geralmente não se mostrava


homogênea ao longo dos panos de
revestimento.

Figura 3 CASCUDO, 2011.


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Resultados dos ensaios de
resistência de aderência à tração

• Em região ensaiada onde o revestimento de argamassa encontrava-se aplicado sobre a


estrutura de concreto e não apresentava fissuração e tampouco som cavo, observou-se
um resultado de aderência alto (em média 0,32 MPa), com maior incidência de ruptura na
interface revestimento de argamassa/chapisco e na interface chapisco/estrutura. Nestas
regiões ocorreram grandes variações nos resultados de aderência, os quais oscilaram
entre 0,06 MPa e 0,77 MPa, com um desvio padrão de 0,13 MPa.

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Resultados dos ensaios de
resistência de aderência à tração

• No revestimento fissurado e próximo às regiões apresentando som cavo, aplicado sobre a


estrutura de concreto, a resistência de aderência (média igual a 0,11 MPa) foi menor do que na
região sã, sendo o tipo de ruptura predominante, neste caso, na interface chapisco/estrutura, ou
seja, o chapisco é arrancado deixando à vista a estrutura de concreto.

• Os revestimentos aplicados sobre alvenaria apresentaram resultados de resistência de


aderência adequados (em média 0,29 MPa), rompendo principalmente na interface
chapisco/base (deixando exposta a alvenaria) e no interior do bloco cerâmico, mostrando que,
neste último caso, a resistência de aderência superou a resistência à tração do bloco cerâmico.
Isto ocorreu tanto em região fissurada como na região íntegra.

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Resultados da Reconstituição
de Traço e das Observações
em Lupa Estereoscópica
• A reconstituição de traço indicou um teor de cimento de aproximadamente 24% em
massa, o que representa uma argamassa de traço próximo a 1:3 (cimento, agregado,
em volume).

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Conclusões dos Principais
Resultados dos Questionários

• Locais com argamassa de chapisco, sem aditivo, ou com aditivos que não cumpriram
resultados desejável.

• A baixa aderência por falta de limpeza do substrato e principalmente no tipo de


desmoldante empregado nas fôrmas, empregado durante a concretagem.

• O desmoldante empregado foi de base óleo, típico para concreto aparente e, portanto,
inadequado para superfícies de concreto que seriam posteriormente revestidas.

• Elevada fissuração cruzando em ângulos próximos a 90º, denota a elevada retração sofrida
pela argamassa endurecida caracterizada por um alto teor de cimento, onde teve ajuda do
clima do local(quente, seco e com incidência de ventos fortes), o qual propiciou rápida
evaporação da água constituinte da argamassa. 10
Conclusões dos Principais
Resultados dos Questionários

Etapas do descolamento do
revestimento de argamassa
quando a aderência é baixa
e a retração é elevada.
(Observação: o fenômeno
foi exagerado na figura
visando torná-lo mais
visível.)

Figura 4 - CASCUDO, 2011.

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Referências

CARASEK, Helena; CASCUDO, Oswaldo; JUCÁ, Tatiana. Estudo De Casos De Descolamento


De Revestimento De Argamassa Aplicado Sobre Estrutura De Concreto. 07 Agosto 2011.

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