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Recursos Terapêuticos: Calor

Superficial
Prof. Me. Claudinir Leonel Aere
Devo usar recurso terapêutico quente ou
frio?
• 1. A área do corpo parece estar quente ao toque?
• 2. A área lesionada ainda está sensível ao toque leve a moderado?
• 3. A quantidade de edema continua aumentando com o tempo?
• 4. O edema aumenta durante a atividade (movimento articular)?
• 5. A dor limita a amplitude de movimento da articulação?
• 6. O processo de inflamação aguda ainda pode ser considerado ativo?
• 7.O paciente continua apresentando melhora com o uso de recursos
terapêuticos frios?
Indicações
• Condições inflamatórias subagudas e crônicas
• Dor subaguda ou crônica
• Remocado de edema subagudo
• ADM diminuída
• Resolução de edema
• Pontos-gatilho miofasciais
• Defesa muscular
• Espasmo muscular
• Tensão muscular subaguda
• Entorse muscular subagudo
• Contusão subaguda
• Infecção
Contra indicação Geral para uso do Calor
• Não aplicar em processo inflamatório agudo.
• Presença de déficit neurovasculares.
• Não aplicar em pacientes inconscientes ou dormindo.
• Tromboflebites
• Tromboses
• Áreas com infecção
• Aquecimento sistêmico em Gestantes com IC ou Hipertensa.
Modalidades de Calor Superficial
• Turbilhão

• Compressas Húmidas Quentes

• Banho de Parafina

• Infravermelho
Turbilhão
Turbilhão
• Modalidade – Frio / Calor
• Permite realizar exercícios.
• Modo de Transmissão do
Calor?
• Processo de Aeração e
Agitação.
Efeitos Físicos da Imersão na Agua
• Flutuabilidade – Força para cima (empuxo) – lei de
Arquimedes
• Gravidade Especifica do corpo = Agua – flutua logo
abaixo da superfície
• Gravidade Especifica do corpo > Agua – Afunda
• Gravidade Especifica do corpo< Agua – Flutua
• Resistencia – depende da velocidade do movimento
e proporção corporal.
• Mais velocidade – maior resistência
• Maior proporção do corpo – maior a resistência
• Pressão Hidrostática – Lei de Pascal
Efeitos do Turbilhão
• Relaxamento Muscular
• ↑ Fluxo Sanguíneo – aumenta
em 50% a 42oC
• Efeito Analgésico
• ↑ ADM
• Resistencia aos movimentos
rápidos.
Faixa de Temperatura
• Turbilhão frio
• 10 a 16°C. A temperatura é elevada conforme a proporção de área corporal
tratada aumenta.

• Turbilhão quente
• 32 a 49°C. A temperatura é diminuída conforme se aumenta a proporção da
área corporal tratada
Preparo
• Posicionar o paciente de forma confortável.

• Encher de agua até cobrir a área a ser tratada.

• Cuidado com termostato e a turbina – não ligar sem agua.

• Instruir o paciente a não mexer no equipamento

• Inspecionar a área a ser tratada.

• Tempo de aplicação 15 a 20 minutos


Limpeza do turbilhão
• Pós tratamento – esvaziar todo tanque
• Reencher o tanque até nível suficiente para operar a turbina.
• Limpar com alvejante indicado pelo fabricante.
• Drenar novamente.
• Esfregar esponja.
• Enxaguar bem.
Indicação
• Amplitude de movimento diminuída

• Condições inflamatórias subagudas ou crônicas

• Promoção de relaxamento muscular

• Diminuição da dor e do espasmo muscular

• Artrites, artroses, hipertonias, artralgias, lesões musculares, lombalgias,


etc...
Contra Indicação
• Condições agudas nas quais a turbulência da agua pode irritar ainda
mais as áreas lesionadas ou nas quais o membro é colocado em uma
posição pendente
• Febre (no turbilhão quente)
• Pacientes que requerem suporte postural durante o tratamento
• Problemas de pele
Compressas Quentes Úmidas
Compressas Quentes Úmidas
• Bolsa de sílica ou similar capaz de
absorver agua.
• Aquecida em reservatório com agua a
71oC a 74oC.
• Forma de transferência de Calor?
• Capaz de manter a temperatura por
30 a 45 minutos.
• Aumento rápido de temperatura.
Compressa quente úmida
• Preparo
1. Certificar que não haja contraindicações.
2. Cobrir a bolsa com toalha dobrada própria, obtendo 5 a 6 camadas em
relação a pele.
3. Cobrir de forma confortável.
4. Não comprimir.
5. Verificar apor 5minutos a sensação do paciente.
6. Retornar a bolsa a unidade de aquecimento no mínimo 30 a 45 minutos
antes de ser reutilizada.
Compressa quente úmida
• Indicações
• Condições inflamatórias subagudas ou crônicas
• Redução de dor subaguda ou crônica
• Espasmo muscular subagudo ou crônico
• Diminuição da ADM
• Resolução de hematoma
• Aumento da elasticidade de musculo, tendão e fáscia
• Redução de contraturas articulares
• Infecção (ver procedimento em Preparo e aplicação das compressas úmidas
quentes)
Compressa quente úmida
• Contra Indicações
• Condições agudas: esse recurso terapêutico aumenta a resposta inflamatória na área.
• Doença vascular periférica: o calor não pode ser dissipado, portanto, a chance de
queimaduras é maior
• Circulação deficiente
• Regulação térmica ruim

• Precauções
• Não permitir que a compressa úmida quente entre em contato direto com a pele, pois
podem ocorrer queimaduras .
• Se as bolsas forem trocadas durante o curso do tratamento, deve-se ter o cuidado
adicional de prevenir queimaduras.
• Áreas infectadas precisam ser cobertas com gaze estéril ou outro tipo de material para
absorver as secreções.
• Não permitir que o paciente deite sobre a compressa quente. Se isso for inevitável,
acrescentar camadas extras de isolamento
Banho de Parafina
Banho de Parafina
• Agente de calor superficial para áreas
pequenas e irregulares.
• Mistura de Cera e Óleo mineral
(proporção 7:1).
• Temperatura – 47,8oC a 52,2oC.
• Baixo calor especifico – menor risco de
queimaduras.
• Agente de aquecimento e isolante.
Preparo
• Parafina colocada no estado solido com óleo mineral
• Proporção 7:1 de parafina e óleo mineral.
• Aquecer o tanque de aço temperatura de ± 70oC.
• Ponto de fusão a 54oC. Depois de totalmente fundida abaixa a
temperatura de 50oC.
• Assepsia da área a ser tratada.
• Manter o tanque fechado qdo não estiver em uso.
• Não reutilizar a parafina, descartar no lixo.
Método Luva
Efeito Primário
• Aumento da perspiração
• Aumento do fluxo sanguíneo e vasodilatação
• Aumento do metabolismo celular
• Indicações • Contraindicações
• Condições inflamatórias • Feridas abertas: cera e óleo
subagudas e crônicas (p. ex., podem irritar os tecidos
artrite nos dedos). • Infecções de pele: o ambiente
quente e escuro é excelente
• Limitação dos movimentos após para proliferação de bactérias
imobilização. • Perda sensorial
• Doença vascular periférica
Infravermelho
Infravermelho
• Onda eletromagnética que
produz aquecimento.
• Forma de transferência de
Calor?
• Possui comprimento de
onda de 0,7µm a 1,5µm.
• Fontes de IV – Sol,
Geradores luminosos.
Comportamento da radiação infravermelha
• Absorção
• Refração
• Reflexão
• Defração
Aplicação Clinica
• Lâmpada Luminosa / Não luminosa.

• Aquecimento
• luminosa – Imediato
• Não luminosa – 15 minutos.

• Posicionamento do paciente – confortável suficiente para


permanecer parada durante toda terapia.
• Cuidado com a pele – limpa, seca e descoberta.
Posicionamento da Lâmpada
• Incidência em ângulo
reto.

• Distancia - varia de
acordo com a potência da
lâmpada.
• De 50 a 75cm.
Riscos
• Pele – lesão aguda a uma única exposição excessiva a temperaturas
46-47oC .
• Presença de dor interromper.

• Dano ótico – queimadura da córnea, retina e cristalino.


• Cobrir os olhos.

• Pessoas susceptíveis – idosos podem sofrer desidratação, queda da


PA, cefaleia.
Contra indicações
• Sensibilidade térmica deficiente.
• Doença vascular avançada.
• Circulação periférica comprometida.
• Tecido cicatricial submetido a radioterapia.
• Processo oncológico na pele.
• Pessoas com alteração do nível de consciência ou compreensão.
Referencias
• Starkey, Chad. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. Disponível em:
Minha Biblioteca, (4th edição). Editora Manole, 2017.

• BAZIN, S.; KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências -


Clayton. 10 e 11ed.São Paulo: Manole, 1998 e 2003.

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