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O frio é um recurso terapêutico sintomático muito importante, pois permite que haja
vasoconstrição, ou seja, diminuição do fluxo sanguíneo no local em que ele é aplicado.
Com a aplicação de frio no local, há remoção do calor corporal, diminuindo a temperatura
do tecido. Portanto, não se deve aplicar frio em feridas abertas, ou em pacientes com
problemas de circulação sanguínea.
Quando utilizar a Crioterapia?
•Feridas cirúrgicas;
•Hemorragias;
•Escaras;
•Luxações ou pancadas, antes de 24 horas;
•Doentes hemofílicos ou com fragilidade capilar.
_Feridas profundas: quando outras estruturas são atingidas, com músculos, tendões,
ossos e órgãos;
_Complexas: aquelas cuja evolução é lenta, com maior tendência para cronicidade.
Podem apresentar processo infeccioso (contaminadas, colonizadas ou infectadas), conter
tecidos desvitalizados, exsudação abundante e odor fétido.
ETIOLOGIA DA FERIDA
Feridas traumáticas
Aquelas provocadas acidentalmente. Podem ser causadas por diversos agentes, como:
•Corte ou Incisão: Originada por algum objeto cortante, como lâmina, faca, bisturi, entre outros.
Sendo que as feridas incisas possuem a mesma profundidade de uma extremidade a outra e as
feridas cortantes possuem a parte mediana mais profunda
•Laceração: Esmagamento do tecido, causada por excesso de pressão.
•Escoriação: Lesão na superfície da pele, retirada do tecido cutâneo (superfície da primeira
camada da pele, a epiderme).
•Perfuração : Se dá quando a ferida é causada por uma perfuração de um ou vários tecidos.
Exemplo: arma de fogo.
•Contusa: Feridas produzidas por objetos que causam choque ou trauma nos tecidos resultando
em lesões como equimoses, fraturas e luxações.
•E ainda as produzidas por agentes externos: Sendo queimaduras, úlceras por pressão, por
agentes químicos e físicos como o frio, calor ou radiação, entre outras.
Feridas cirúrgicas
Ocasionadas de forma premeditada,
com objetivo de algum tratamento específico
, sendo de forma asséptica, ou seja, livre
de contaminação.
Feridas patológicas
Onde os fatores sistêmicos, como a nutrição,
deficiências proteicas e doenças pré-existentes
influenciam no desenvolvimento da lesão. Como o
pé diabético, por exemplo.
EVOLUÇÃO
Feridas Agudas
São feridas recentes, que respondem rapidamente ao tratamento e
cicatrizam sem complicações.
Exemplos de feridas agudas: lesões decorrentes de acidentes, traumas,
cortes, queimaduras e incisões cirúrgicas.
Feridas Crônicas
Limpa
Contaminada
Infectada
Classificação das feridas quanto ao comprometimento tecidual:
•Estágio I: Não há perda tecidual com o comprometimento apenas da epiderme.
•Estágio III: Comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, porém não
atinge a fáscia muscular.
•Estágio IV: Há grande destruição de tecido, chegando a correr lesão óssea ou muscular.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
O processo de cicatrização pode ser dividido em três fases:
1. Inflamatória;
2. Proliferativa;
3. Reparadora.
A primeira coisa que acontece quando se tem a ruptura do tecido, é uma vasoconstrição
local, na tentativa de estancar o sangramento, além disso, fluem para a ferida as plaquetas,
para auxiliar no processo de hemostasia.
Fase Inflamatória
Outra reação que acontece nesta fase é a vasodilatação, ocorrendo com isso um aumento do
fluxo sanguíneo para o local da lesão. E esse aumento da irrigação promove a ruborização e o
aumento da temperatura local, presente em muitas feridas.
Existe, portanto, uma reação inflamatória local e essa reação ativa os mecanismos de defesa
do corpo.
Fase Proliferativa- regeneração, reconstrutiva ou fibroblástica: caracterizada pela mitose
celular e pode se estender por aproximadamente três semanas. O desenvolvimento do
tecido de granulação composto por capilares e a reconstituição da matriz extracelular
ocorre devido à deposição de colágeno, fibronectina e outros componentes protéicos,
visando ao final a promoção da contração e da epitelização.·
▪ CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO: constitui a melhor forma para o fechamento, estando associada à
lesão por instrumento cortante, ferida limpa com perda mínima de tecido e reduzindo o potencial para infecção,
sendo permitida a junção dos bordos através de suturas. Ocorre no tempo fisiológico, reduz incidência de
complicações e deixa cicatriz mínima.
▪ CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO: está associada a ferimentos infectados, com grandes perdas teciduais
não sendo possível a junção dos bordos e com isso implicando em retardo no reparo tecidual e uma cicatriz
significativa, ocorrendo maior incidência de defeitos cicatriciais (quelóide, cicatriz hipertrófica).
▪ CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÂO: está associada a lesões que inicialmente foram submetidas à
cicatrização por primeira intenção e que por fatores adversos tornou-se necessário deixar a incisão aberta para
drenagem, sendo posteriormente ressuturada.
Fatores que afetam a cicatrização
•Hematomas;
•Edema;
•Oxigenação;
•Corpo estranho;
•Tecido necrótico;
•Infecção;
•Ressecamento;
•Estado nutricional;
•Doenças crônicas;
•Tabagismo;
•Drogas e medicamentos;
•Idade avançada;
•Obesidade;
•Local da ferida
Exsudato
- Exsudato seroso: com coloração clara, é originado a partir do soro do sangue e secreções
de células. Geralmente, surge nas fases de desenvolvimento de reações inflamatórias agudas.
Também pode ser encontrado nos estágios precoces de infecção bacteriana.
• Realizar os curativos nas feridas estágio III, quando delegado pelo enfermeiro.
•Limpar a ferida;
•Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la;
•Tratar e prevenir infecções;
•Prevenir contaminação exógena;
•Remover corpos estranhos;
•Proteger a ferida contra traumas mecânicos;
•Promover hemostasia;
•Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos necróticos;
•Reduzir edemas;
•Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios;
•Diminuir odor;
•Manter a umidade da ferida;
•Fornecer isolamento térmico;
•Dar conforto psicológico ao paciente;
•Diminuir a intensidade da dor;
•Limitar a movimentação em torno da ferida.
Tipos de curativos