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Meus filhos de 4 e 7 anos estão

sempre brigando, um bate no


outro, falam muito nome, como
ajudar em uma mudança ?

Quando os irmãos estão brigando muito, temos


algumas coisas para observar. Primeiro: qual é a
linguagem com que todos comunicam-se em
casa? É amorosa e com respeito? Ou é intolerante,
apressada e desrespeitosa? Tem chantagem,
ameças, gritos e punições? Este é o primeiro ponto
porque se essa é linguagem que temos em casa,
isso é o que as crianças aprendem e reproduzirão.
Segundo ponto é: qual a expectativa que eu tenho
neste relacionamento entre os irmãos?

Como era minha relação com meus irmãos, como eu


desejaria que fosse? Estou projetando? Estou exigindo
o que nem eu mesma não consigo? Outro ponto,
principal, é, como está meu relacionamento com
meus filhos? Como está nutrida nossa relação para
que eles não precisem disputar meu amor? Com que
o copinho do amor deles está sendo preenchido?

01
Todas esses questionamentos podem podem

trazer um direcionamento melhor para entender a

CAUSA dos conflitos. Em termos práticos, 4 e 7 anos

são crianças que precisam de supervisão,

precisam de ajuda dos adultos para interagir, que

os adultos percebam os limites e desejos de cada

um e ajudá-los a comunicar de outra maneira. É

preciso entender se fazemos (e parar) de colocar o

mais velho como responsável pelo mais novo,

respeitar a necessidade de ambos, entender que

os interesses e brincadeiras nessas idades são

diferentes e não forçar a interação sem supervisão.

02
4 anos, mamou até 3, desmame 

aconteceu naturalmente e nunca teve
outra regulação além de colo. Agora esteve
numa sala mais desafiadora, com crianças
q usavam o dedo e a chupeta para
autorregulação, passou a colocar o dedo
na boca em momentos de stress, ao ofertar
colo e pedir um abraço ela para. Qual
diálogo posso estabelecer c ela para evitar
o dedo na boca? Me preocupa os vírus etc.

Mais importante que os vírus que ele pode


adquirir pelo ar ou por colocar brinquedos e
qualquer outra coisa na boca é observarmos as
necessidades das crianças. Quando a criança
se desregula, a sucção realmente é uma forma
de se regular e liberar hormônios de bem estar,
mas não precisa ser a única; colo, abraço,
carinho, balanço, um canto podem ajudar na
regulação, mas o papel do adulto é entender,
qual é a necessidade que não foi atendida
antes da criança se desregular, porque uma
criança de 3/4 anos depende do vocabulário
que os adultos dão para ela.

03
Então, os pais podem ir acompanhando a
criança e dizendo, "você ficou bravo por isso
ou aquilo, podemos resolver desse jeito",
"Está difícil continuar brincando com o
amigo? Que tal descansarmos um pouco?",
"Você está querendo brincar, você pode
brincar com a mamãe, com este brinquedo
ou com essas pedrinhas".. 



Para, lá na frente, a criança perceber o que


ela precisa e saber como conseguir o que
precisa mas, quando a criança já estiver
desregulada, o acolhimento e conexão do
adulto é a principal fonte de corregulação.

04
4 anos, passou a apresentar episódios de
“condicionar ações”, como: só irei colocar a
roupa se vc me emprestar um batom, ou só
vou tomar banho se vc me der uma surpresa
(presente) e já teve tb: ou vc me dá “aquilo”
ou jogo tudo no chão (nunca jogou) me
parece reprodução de algo da escola. Como
devo orienta-lá? Qual a diferença/limite entre
negociar algo e chantagear o outro?

Isso é chantagem e a criança reproduz o que

aprende nessa idade. Então, o principal ponto é

um auto-questionamento, em que momentos eu

faço chantagem com meu filho? "Só vai assistir

depois de tomar banho, só vai comer chocolate

se comer toda a comida, só vai brincar com o

amigo se comportar-se bem, já que você não

ficou bonzinho você não vai mais chupar picolé..."

todo esse tipo de fala vai ensinando a criança

como fazer chantagem.

Se isso não acontece na sua casa, pode estender

esse questionamento para os principais espaços

e pessoas que a criança passa mais tempo. "Só

tem parquinho se ninguém chorar."

05
Além disso, precisamos pensar o quanto a criança
precisa fazer força e convencer de que precisa de
alguma coisa, ou pensar porque ela precisa resistir
tanto. Então, o que pode ser feito de ação prática é ir
sentindo o que a criança precisa, conversar com ela,
dar nome para ela (você está vontade disso), usar a
imaginação (a supresa pode ser uma brincadeira
legal, um enigma, um esonde-esconde) e ir
mostrando para a criança qual é o benefício e prazer
de fazer o que se faz (escovar os dentes da sensação
gostosa, tomar banho deixa a gente fresquinho.. ).

06
Como ajudar meu bebê de 1 ano 

parar de chupar dedo,chupa desde os
3 meses,não sei o que fazer pois tento
da muita atenção mesmo assim ele
chupa passamos o dia juntos.

A sucção é um movimento natural, um instinto


básico e uma forma de regulação emocional, o dedo
não é um vilão. A mãe/cuidador principal pode ir
acompanhando e ir contando para a criança sobre
o mundinho dela. "Amor, você está querendo brincar,
vamos brincar aqui. 



Amor, você ficou triste, venha no colinho. Amor, você


quer muito aquilo, vamos tentar pegar. Amor, doeu
quando caiu, vamos passar a mãozinho aqui e
esquentar.." E ir mostrando para a criança que para
cada desconforto, uma outra resposta também é
possível, como colo, cobertorzinho, massagem,
correr, se mexer, dormir... e assim, seguir dando
outros recursos e aguardar o momento que ele
puder deixar este recurso.

07
Bebê de 1 ano com mania de procurar
sujeira pelo chão no trilo da porta ou em
qualquer parte pra colocar na boca como
ajuda-lo nisso,tenho uma sobrinha da
idade dele e ela não faz isso.

A criança é curiosa e experimenta o mundo 



pela boca. Criança de 1 ano precisa de
acompanhamento constante e de perto. 



É preciso ir falando para a criança "olha que legal


isso que você achou, o que a gente acha no
chão a gente coloca num potinho, a comida a
gente põe na boca.", "Uau isso que você achou,
mostra pra mim". "Uau, você quer explorar?
Vamos explorar aqui também? Vamos procurar
pedrinhas para guardar?" E repetir, repetir e
repetir (porque a criança aprende com a
repetição) e acolher com colo e amor quando a
criança se frustrear porque queria muito por na
boca e você geltimente tiver tirado.

08
São algumas perguntas mas a que vem me
deixando oensativa e que gostaria de falar é: Meu
filho de 3 anos roendo as unhas, talvez tenha sido
muito rigorosa com ele em algum perido. Mas
agora não sou mais (pelo menos eu acho).

Aprendi sobre, e venho fazendo diferente, ele
roendo a unha desde menor, mas com a chegada
do irmão piorou, ele era agressivo com o irmão
hoje diminuiu bastante mas as vezes ainda é.


Sempre que vejo ele com roendo as unhas fico
mal e quando ele bate no irmão perco o controle.

Roer as unhas pode ser uma forma da criança tentar


conter sua raiva. Veja que na sua pergunta você fala
que quando tem raiva não consegue fazer diferente
("perco o controle") e isso é porque muitas vezes a
intenção é controlar a raiva. 



Todas as emoções são bem vindas e significam


alguma coisa, temos sempre que entender qual é a
necessidade que não está sendo atendida, qual limite
está sendo invadido, qual necessidade está sendo
invalidada e está gerando a sensação de injustiça. Este
é o primeiro ponto, entender o porque a raiva.

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Segundo ponto é traduzir com palavras
para a criança.chão, gritar na almofada,
chorar, ir no colo, se movimentar.. e essas
alterantivas vão sendo testadas e
construídas, um exercício para nós adultos
que só conhecemos engolir ou explodir.

Terceiro ponto é dar alternativas para


expressar essa raiva. Por exemplo, "Filho, você
está bravo porque a mamãe fica muito com o
bebê? Você está querendo ficar mais comigo?
Quero colo? Quer um brincadeira? É normal
ficar bravo, quando você sentir assim pode
falar: mamãe, preciso de você!". 



E, além de enteder o que isso significa e tentar


atender a necessidade, pensar em
alternativas do que fazer quando está cheia
da energia de raiva como batendo os pés no

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Como reduzir minha frustração c a escola?
Como dizer para minha criança q n
concordo c a forma q eles educam? Tenho
pesquisado escolas para troca-lá, visitei
mais de 10 e nenhuma toca meu coração.
Quando começamos a perceber as violências no
mundo, nos deparamos com a dor da impotência
de não poder mudar. Precisamos acolher essa
dor e colocar nosso amor em movimento. 



Além de procurar outra escola, como você pode


se vincular com a professora? Como você pode
se colocar em diálogo com a escola? Além disso,
o fator protetivo que precisa sempre estar
presente para as crianças é o relacionamento
com os pais, eles precisam entender-se
importantes e que suas necessidades valem a
pena, são importantes e que elas têm espaço e
direito de contar sobre uma violência que
sofreram e, principalmente, saibam reconhecê-la.

11
Oi TD bem? Tenho um bebê de 1a e ele

começou a de vez em qd bater a cabeça na

parede e fazer birra aí eu sem falo que faz

dodói e direciono ele pra outro lugar! Mais

tem horas q perco a paciência e falo brava

com ele ! Qual a melhor forma de agir?

O principal recurso para a criança se

acalmar (regular emocionalmente) é a

conexão, colo e aconchego dos braços da

mãe ou cuidador principal. 



A brirra é uma sobrecarga emocional,

independente do motivo, se é porque

alguém gritou com ele ou porque não

deixaram ele colocar um inseto na boca e

ele queria muito, a liberação hormonal de

estresse é real e a criança precisa lidar

com isso. Ele sempre precisa de ajuda.

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A melhor forma é que um adulto (de
preferência o cuidador princiapl) se coloque
disponível, interessado e calmo para
entender o que a criança precisa e ficar com
ela até ela se acalmar por não ter tido. 



Mas veja, bater a cabe na parede já pode ser


um sinal de que ele entende que não é aceito
na raiva, que perde a conexão com os pais,
então mudar isso acolhendo sempre pode
fortalecer a relação de vocês.

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O que fazer nos momentos em que fico com muita
raiva do comportamento desafiador do meu
filho? Minha primeira reação automática é querer
gritar para descarregar aquele sentimento, não
sei o que fazer para me acalmar na crise. Quero
ensinar ele a lidar com a raiva (dele também),
mas não sei nem lidar com a minha. 



Eu falo que ele não pode bater, quebrar coisas


quando está com raiva, mas o que pode fazer
quando está com raiva? Que realmente ajude
(porque já tentei ensinar a respiração e não
funciona nem comigo nem com ele). Obrigada!

Bater ajuda ele? Então em que ele pode bater?


Uma almofada? Um saco de boxe? A raiva é uma
energia de movimento, respirar pode não ajudar
em muitos casos, então vocês podem tentar ver o
que serve para vocês. Correr? Bater? Gritar na
almofada? Bater o pé no chão? Jogar uma
bolinha de meia na parede? Sacudir o corpo? Em
qual lugar ele pode expressar e qual das
expressões são boas para ele? Aliviam? E para
você? Então, 1º tentar entender o que a raiva quer
contar, expressar ela e depois ver como atender a
necessidade ou estabelecer o limite necessário.

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Como ajudar meu filho, que se sente rechazado
pelos amigos na escola, hoje ja choramos juntos
e lo abracei muito. Me disse que foi no passeio de
hoje da escola sentado sozinho no onibus na ida e
na volta, que uma amiga queria sentarse sola e
ele disse fica aqui e ela saiu para otro lugar... eu ja
falei esse tema na escola, de outras vezes que
comeu na mesa do comedor da escola sozinho,
que ja chorou no recreio porque nao querem
jogar com ele e eles nao tem resposta. Acham
normal.



Meu filho gosta de quase todos esportes, menos


de futebol e a clase dele e futbolera, entao e mais
um motivo para deixarem ele de lado.

Hoje ele estaba muito triste e eu chorei muito
tambem, porque de verdade nao sei mais como
ajudalo, me disse que eles acham que ele è bobo,
que nao dao atencao nem valor para nada que
ele faz ou diz.



Obrigada, hoje estou muito ferida e ele tambem,


fiquei na cama com ele ate ele dormir e falamos
bastante, mas doi muito. beijos

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Cada situação que os filhos trazem é uma

oportunidade de olharmos para nossas dores

(como era essa situação quando eu tinha a

mesma idade? como eu reagia e como eu

gostaria de ser acompanhada?). A ação vai

depender da idade mas quando as crianças de

3a não conseguem interagir, por exemplo, entre si,

cabe ao adulto, no caso os professores

promoverem essa interação, mediar, ajudar,

proporcionar brincadeiras em grupo.



Maiorzinhos também, mesmo não conseguindo

impedir que eles fiquem com as crianças de

preferência, nos momentos em comum os

adultos têm que agir ativamente. E, além disso,

podemos refletir como é que dentro de casa

estou dando importância para quem meu filho é,

para o que ele gosta, o quanto ele se sente

pertencente dentro de casa. No mais, pense

também em como você ajuda a promover essas

interações, chamando amigos em casa, se

relacionando também com as famílias.

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Como motivar a criança a ter uma rotina? Se ela
não quiser comer no mesmo horário dos pais e
não quiser dormir no mesmo horário dos pais?

A criança tem um ritmo biológico que é natural e as


vezes não condiz com o ritmo imposto pelos
compromissos dos adultos. Claro que vai variar de
idade mas a melhor forma de motivar uma criança
é compreendê-la, ver qual a necessidade dela,
estar aberto e interessado pelo comportamento.
Por exemplo, se a criança não quer dormir a noite,
no mesmo horário dos pais, está querendo ir dormir
mais tarde que o normal, precisamos olhar o que
essa comunicação está querendo dizer, porque ele
não dorme, como está a rotina como um todo,
porque não está com sono ou porque se recusa a
dormir? E a partir daí agir, na causa. E a resposta é
sempre o relacionamento.

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Meu filho de 4 anos desfraldou o ano passado
mas ele não faz no toilet, só faz na fralda
chega em casa da escolinha e coloca a fralda,
essa semana a prof me disse q alguns amigos
estavam perguntando pq ele ainda usa fralda,
ele tinha ido de fralda para escolinha, pq teve
constipação e tava saindo de pouquinho. Não
me senti confortável como ela falou, nos
moramos na Austrália, eu ainda tenho
dificuldade de me expressar em inglês. 


O que eu posso fazer para ajudar meu filho?
Então seu filho não desfraldou. É preciso explicar
isso muito claramente para a escola e pedir ajuda
e respeito. Se ele precisa da fralda ainda para
fazer o cocô isso precisa estar bem alinhado com
a escola. É normal as crianças terem um tempo
diferente para tirar a fralda para o cocô e ter que
ficar preocupado com isso pode causar diversos
prejuízos (assista a aula de desfralde). Então você
ajuda seu filho oferecendo a fralda, normalizando
e conversando com os adultos.

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Me sinto mto permissiva com meu filho as
vezes ele me vence pelo cansaço, não sei o
que fazer, me ajuda? Tive uma infância
violenta, meus pais brigavam mto tenho
traumas e uma criança ferida, estou
fazendo terapia e tentando me curar para
não ferir meu filho. Vejo que meu marido
não deixa meu filho se frustrar isso me
preocupa mto, ele faz tudo que ele quer.

Se você já traz que você teve uma infância de


muitos traumas e com muitas brigas, certamente
não havia compassividade com as necessidades
da criança então tem uma probabilidade grande
de você considerar acolher o sentir da criança
como permissividade. A permissividade é quanto
nós atendemos todos os desejos sem nos
importarmos com a real necessidade da criança,
para não termos trabalho e principalmente para
não nos relacionar e a criança nos deixar em paz.

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Crianças se frustram a todo momento, quando
tem que acordar para ir para a escola, tem que
ficar em outro lugar e não com a mãe, a maior
parte da rotina a criança já não escolhe, a vida já
é frustrante por si só e acolher/acompanhar essa
frustração não é permissividade. Agora, vencer
pelo cansaço pode significar que a criança está
com muitos desejos (por exemplo pedindo
exaustivamente tela até cedermos) e isso pode
ser olhado mais a fundo, porque a tela não é uma
necessidade real, mas a conexão com você, sim é,
ele só não está sabendo falar o que precisa.

20
Será que eu consigo mudar
meu comportamento ainda?

Sempre conseguimos mudar o comportamento,

mas as vezes precisamos de acompanhamento

de profissionais capacitados para nos ajudar.

Minha filha de 5 anos, tem muito medo de


muitas coisas, como tomar remédios, e trava,
não aceita tomar o remédio ou fazer algo
mesmo com acolhimento e muitas alternativas
lúdicas. Como auxiliar no medo nessas horas?

Crianças sentem medo e o medo pede segurança. 


A segurança do acompanhamento do adulto, do

respeito por seu corpinho, seus sentimentos, suas

necessidades, suas vontades. Então quando a criança

está com medo, ela precisa primeiro que alguém a

aceite, receba e acolha mesmo com medo, que leve

seu medo a sério e, na segurança do relacionamento,

proporcione outras alternativas, se este for o caso.

21
Referente a cada medo específico, precisamos

prestar atenção em que isso quer dizer e este

que você citou dos remédios, qual é o medo?

Ou é uma restrição oral? Há alternativas? Houve

algum trauma exatemente referente a isso?

Questione a respeito e veja a melhor solução

em cada caso pensando na proteção dele.

22
Meu filho fica no período da manhã com a
avó e em algumas situações de frustração
ele a agride, me sinto completamente sem
rumo e sem saber como agir. Sigo uma
educação respeitosa, comigo já houveram
episódios assim, acolhi e agi com firmeza e
hoje não acontece mais. Com a avó têm
ocorrido com frequência e ele implora para
que ela não me conte. Ele vai fazer 5 anos!

Crianças sentem medo e o medo pede


segurança. A segurança do acompanhamento do
adulto, do respeito por seu corpinho, seus
sentimentos, suas necessidades, suas vontades. 



Então quando a criança está com medo, ela


precisa primeiro que alguém a aceite, receba e
acolha mesmo com medo, que leve seu medo a
sério e, na segurança do relacionamento,
proporcione outras alternativas, se este for o caso.

23
Desde que descobri a gravidez veja seus videos e
tento aplicar no dia a dia, porem hoje (bebe com 3
anos) estou tendo dificuldades com as respostas
negativas, por exemplo, ele quer comprar alguma
coisa no mercado, e falamos q não, ele reage ao
extremo, ainda assim mantemos a calma,
tranquilizamos ele e tudo da certo no final
(problema que vai em torno de um hora cada vez
que temos q dizer um não.


Ele tem reagido de forma cada vez mais reativa
(exemplo se joga no chão) confesso que tento ao
meu máximo, porem tem dias que tudo acumula
(trabalho, casa e afins) e me sinto muito impotente

As crianças não conseguem acalmar seu sistema


nervoso sozinhas e precisam de ajuda com isso, sempre. 



Vamos pegar este exemplo, a criança pequena não


consegue filtrar todas as informações que nós
conseguimos, (sabe quando dirigimos e ignoramos
muitas coisas naquele caminho conhecido, o cérebro
descarta a informação do outdoor para se manter
eficiente e não gastar muita energia, o cérebro da criança
não consegue fazer isso) então recebe muitos estímulos,
como cores, sons, coisas, pessoas, não mexe aqui, não
mexe lá.. e ela não sabe dizer: mamãe, estou começando
a ficar desregulado, preciso de ajuda.

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Ela sabe dizer: mamãe, quero o doce.. e a mãe

responde não.. pronto, está fechada a conta da

frustração e desregulação emocional. 



Neste exemplo do mercado, um bebê de 3 anos,

preciso levar? Como posso dar tarefas e manter

o cérebro focado para não ficar tão

sobrecarregado? Posso evitar este estresse

para todos? Posso validar a vontade dele e

acalmar com muito colo? Se cada vez está

mais reativo, pode ser que não esteja sendo

compreendido exatamente no que ele precisa.

Tente voltar alguns minutos ou horas no dia,

antes da frustração e veja como estava o dia, o

relacionamento de vocês, os tempos de

brincadeira e descanço, as fontes de estresse,

para encontrar a causa do descontrole.

25
Pai e mãe moram em casas separadas, tem
tempo de qualidade c ambos, porém qdo
estamos juntos, não gosta q dialoguemos. Trás
pedidos enganados quando nos vê conversando.

Pensemos um pouco mais amplo no que essa


comunicação pode significar. Será que está
organizado na cabeça da criança que cada um
deve ficar no seu cantinho? Tem medo que
briguem porque essa é a experiência dela? Precisa
de mais atenção e acha que se vocês tem tempo
de atenção um com outro têm que dar para ela?
Tente incluir ela na conversa, manter no colo,
participar, mas sempre tentando preceber a causa.

26
Oi Flávia e equipe. Sou educadora parental e
enfrento algumas dificuldades em atendimento
com pais que buscam a educação respeitosa e
positiva, mas não entendem que a mudança
precisa ser deles. Como ajudar esses pais a
entenderem e ajudar sua criança entre 4 e 5 anos
de idade, que colabora de forma indireta (criança
neurotípica, morde, bate, joga coisas, não atende
aos pedidos dos pais).



Eu entendo que há muito por trás do


comportamento e que ela está se comunicando
como pode. Mas os pais não conseguem lidar
com suas frustrações de não terem uma criança
que colabora de forma direta (sendo boazinha e
obediente) e agem ainda tentando moldar o
comportamento da criança para caber dentro de
suas expectativas. 



Querem "ferramentas" para se tornarem pais


conscientes e positivos e tornarem as crianças
mais "fáceis" de lidar. Como posso ajudá-los?

27
Primeiro acolha o seu desconforto de, as vezes, não

conseguirmos acessar os pais da forma que

gostaríamos, o desconforto de não confiar sempre e

as vezes ter vontade de voltar para a educação

tradicional (que nos dava a falsa segurança de saber

como agir). 



Porque a educação positiva não tem receita e

depende da nossa sensibilidade. 



Depois disso, uma boa forma é trazer algumas coisas

mais científicas, como o funcionamento básico do

cérebro, sobre o que representa o desconforto

emocional, e algumas coisas mais práticas deixando

claro que o relacionamento fortalece a confiança da

criança. 



As vezes recomendar livros ou conteúdos curtos ajuda.

Mas também cada um tem sua forma de trabalho e os

pais precisam saber o que estão contratando quando

te procurarem.

28
Como ajudar o irmãos mais velho (4a6m de
diferença para o mais novo) a compreender
que suas necessidades de atenção e do
menor podem ser muito diferentes e que em
alguns momentos é preciso que os pais
ajudem mais o menor do que o maior, para
que tanto um quanto outro, não se sintam
menos válidos e importantes?

O mais velho conseguir fazer coisas sozinho não


significa que ele precise de presença menos do que o
irmão, ele precisa no tamanho da necessidade dele e
não na medida da disponibilidade do adulto. Por que
dizer isso? Para falar que antes de convencer a
criança que o pequeno precisa mais, podemos
validar que o maior também precisa e está sendo
visto e percebido na sua necessidade e não está
sendo invalidade. E assim, tentar equilibrar que o tipo
de interação muda mas a necessidade de sentir-se
importante e visto não diminui. E quando não for
possível atender na medida da necessidade dele,
acolha a frustração e tente compensar depois.

29
Boa tarde! Devido a muitos erros na primeira
infancia do meu filho, e a minha própria auto
cobrança, hoje ele com 9 anos tem sua auto
estima baixa e se cobra muito.


Como posso ajuda-lo a ser mais leve com ele
mesmo? Ensina-lo que ta tudo bem errar. 


Obrigada, Gisele.
O primeiro passo é pensar "o que eu mudei na minha
forma de ver o mundo e ver meu filho nesses anos
todos?". Porque depois de uma infância toda de
cobrança, as crianças algumas vezes não precisam
que ninguém mais as cobre, elas fazem isso sozinhas.
Então você precisa pensar em mudar a forma de
interação com ele, aceitar e interessar por aquilo que
ele demonstra e lidar bem com os erros dele. Além
disso, cabe também a reflexão de como eu me cobro
dos meus erros? Como eu lido quando eu erro? Como
eu trato ou falo de alguém que errou? Para recuperar
a autoestima é preciso amor incondicional e focar no
relacionamento com seu filho.

30
Boa tarde! Desejo que esteja bem. Sou mãe do
Benício de 1 ano e 7 meses. Minha duvida principal
é sobre o desmame positivo, qro mto tirar o livre
demanda ele não mama mamadeira, nem bico,
fica o dia todo comigo, não conheço ninguém
próximo q poderia me dar apoio, me mudei de
estado a poucos dias. Pediatra me disse pra negar
peito, deixar chorando mais não tenho coragem. 



Ele as vezes pede pra mamar no lugar do almoço e


sinto que isso esteja prejudicando. Podem me dar
um norte? Se tiro de uma vez ou aos poucos? Obg!

No curso tem um bônus sobre desmame que você


pode ver e se aprofundar mais mas enquanto isso
você pode pensar se quer muito isso, o porque isso te
incomoda, se está realmente sendo um problema, se
seu filho está com problemas com peso e nutrientes,
qual é essa frequencia de troca de alimento por leite
materno. Mas a forma abrupta serve ao adulto e não
à criança.

31
O peito pode representar um alimento físico

mas também uma nutrição emocional e

fonte de corregulação, então cabe pensar

muito como está o relacionamento, como

você consegue introduzir outras formas de

regulação emocional, tentar ver em quais

momentos ele mais pede e o que estava

acontecendo, ver se pode substituir por

outras interações, deixando a noite por

último e quando ele estiver preparado.

32
Bom dia. Sou mãe de Ambra de 4 anos e Ariel de 6
anos e meio. Fazendo os cursos percebi a minha
violência com Ariel, que sempre estive encima
escolhendo para ela e a orientando sobre o que
seria melhor. Hoje percebo que ela tem dificuldades
em fazer escolhas/decisões em situações simples... 



Escolher o lanche, se prefere que fique sentada ou


deitada com ela e também tem um tipo de medo de
responder as perguntas na escola, mesmo que seja
algo que com certeza ela saiba a resposta. Gostaria
de saber como reverter esse excesso de controle
que tive.



Tento sempre deixar para que ela decida dentro das


opções disponíveis (se é o caso) mas parece que ela
tem medo de escolher e fala p eu escolher por ela.

Talvez ela sinta que só pode dar a resposta certa


ou que nenhuma resposta a agrada então tanto
faz a que os adultos escolherem. 



Veja, quando falamos das escolhas precisamos


lidar com o fato de que muitas vezes eles
escolherão coisas diferentes de nós e por vezes
utilizamos 'ferramentas' como ESCOLHAS LIMITADAS
e isso é uma violências porque a criança não gosta
nem quer nenhuma daquelas opções.

33
Então você pode ajudar com revisar isso

em você, falar sobre com sua filha e

começar a oferecer escolhas sem

pressionar para que ela decida se não

estiver confortável, principalmente se as

opções vieram só dos adultos. Por exemplo:

"você quer ir de bota ou tênis? Quero de

chinelo... Ah não, chinelo não pode... " Esse

tipo de interação faz a criança perder a

confiança no que decide sobre si mesma. 



Então comece com coisas pequenas,

coisas que você acha possível e vá

treinando a confiança dela de que não será

repreendida no qe escolher por si.

34
Profes dizendo q n pode falar comendo pq a
comida pode ir para o pulmão. O risco de
brônquioaspiração é significativo realmente ou
eh uma forma de manter as crianças em silêncio?

Depende muito da idade da criança e isso é uma


questão que você poderia consultar com o pediatra. 



Mas a questão é: Você consegue perguntar e


dialogar na escola? Perguntar se eles ameaçam
para tentar ensinar modos para as crianças?
Consegue falar que tem outras formas, como dizer a
verdade, para ensiná-los? Pense em como está seu
diálogo lá e que, infelizmente, a maioria das
instituições fazem o que é mais fácil para elas.

35
4 anos so apresenta crises emocionais

“birra” ou pedidos enganados só qdo está na
presença do pai e mãe (juntos), quando está
somente c um, eh super tranquilo o diálogo e
fluidez. Mesmo recebendo total atenção.. Pq?

Todo comportamento é comunicação. A pergunta é


o que ele quer comunicar. É muito difícil darmos total
atenção mas é possível que talvez tenha um clima
ou tensão diferente quando estão os dois e ele está
demonstrando essa questão do relacionamento de
vocês; pode ser que vocês discordem em algum
ponto em relação a ele e ele fica 'tenso' e sem saber
como se comportar. Cabe uma observação mais
atenta do que aconteceu alguns minutos ou horas
antes da crise emocional e também revisitar como
está o dia se e do pai quando estão juntos.

36
Sou professora e minhas crianças tem 2/3 anos.
Sei que o bater, agir impulsivamente, são
movimentos esperados nessa fase. 


Como conduzir esse movimento de maneira
respeitosa para criança que bateu e a criança
que apanhou? Eu acolho as duas, promovo
coregulação e então a que bateu verbaliza: “Eu
vou bater de novo. Vou bater em todo mundo.” 


Por mais que eu tente enxergar todas as
necessidades que estão por trás desse
comportamento, ainda fico em dúvida do que
fazer após uma fala dessa. Como lido com isso?
Como posso responder para essa criança?
Talvez a que bateu ainda não conseguiu que você
percebesse qual é a causa de ter batido e está
anunciando logo de cara. A criança precisa ser
vista na necessidade e que se nomeie isso para
ela. Você pode tentar levar para o lúdico, para a
brincadeira: "Você sente vontade de bater quando
algum amigo pega seu brinquedo? ou chega
muito perto? que tal criarmos então um canto de
bater? Aqui todo mundo pode bater quando ficar
bravo, eu vejo e bato junto? Que tal a gente criar
um espaço para arremessar as bolinhas?"

37
As vezes levamos para o lado literal e
esquecemos que 2 ou 3 anos nem sabe
exatamente o que está falando mas quando
você conseguir nomear a necessidade e ensinar
como pedir por isso de outra forma sem envolver
sentimento de vergonha e inadequação, esses
comportamentos melhoram. Por achar que é
normal da fase, as vezes acabamos não levando
tão a sério as necessidades reais.

38
Olá! Qual o link do documentário da aula 4?
Documentário "The Wisdom of trauma" - Dr. Gabor
Matè - https://thewisdomoftrauma.com/

39
Como lidar com o facto de o meu filho de 3
anos não aceitar o limite que lhe estou a
colocar e ainda faz deboche. Por exemplo,
digo para não pisar um bicho ou arrancar
flores e explico por que é que não pode,
mas ele vai lá e pisa o bicho ou arranca a
flor e ainda ri. 



É frustrante ele não aceitar o não, um


limite vindo dos pais, dá vontade de
ralhar logo. Me ajuda? Obrigado

A criança de 3 anos não tem controle inibitório


para não fazer alguma coisa que está com
muita vontade. Então, é a vontade de colaborar
com esse adulto que é uma autoridade e a
principal pessoa da vida dela que faz com que
a educação vá acontecendo e os
comportamentos vão sendo modelados. 



Além disso, quando a criança ri diante de uma


bronca dos pais, é o sistema nervoso dela
tentando de defender e falar para o seu: "Sou
amigável, não precisa me devorar, não sou
uma ameaça!".

40
Mas no caso, algumas coisas podem estar

acontecendo como: a criança está tentando

entender qual vai ser sua reação, quão errado é

isso, se cada vez você responde diferente, curiosa

mesmo; ou então o relacionamento está

desgastado e a comunicação (não pensada e

planejada) é "eu não quero/posso fazer mais isso

que você me pede, eu tenho a necessidade de

decidir por mim". 



Você precisa refletir se algo do tipo faz sentido e

sempre pensar em como você está comunicando

essas coisas: ele pega a florzinha e você vai lá,

olha a florzinha e amorosamente explica que faz

parte da natureza e pede para deixar lá.. se ele

arrancar, você fala que ela não sobrevive fora de

lá, repete a informação e mostra, estando junto,

outras coisas que ele pode pegar. Para cada não,

reflita: por que não? não mesmo? não sempre?

como comuniquei? Limites são difíceis, eu coloquei

o limite e me coloquei a disposição?

41
A me sinto um corpo ao lado dela qdo tem crises
de raiva, tenho dúvidas se n sinto espaço para
agir ou paraliso. 


Digo q percebo q ela está c raiva e deixo emergir. 


Pergunto se quer um abraço no qual eh sempre
aceito, se n for exatamente na hora eh dali
alguns segundos. 


N aceitava q ela desse uns tapas, dizia q nessa
casa ngm batia em ngm e ela desaguava sua
raiva em choro.. depois q conheci a educação
positiva, repensei se n estava coibindo ela
expressar raiva .. desde então, permito os tapas
(ela n faz para machucar, eh de leve) ou então
joga algo no chão e/ou grita.. mas n aceita pulos,
bater c o pé no chão ou respirar. 


Costuma ser breve, mas nesse caso, estou sendo
permissiva? O fato de me sentir as vezes
paralisada seria pq precisa de um tempo mesmo
para ela acalmar ou estou deixando de agir?

42
Você saberá responder melhor se você está se acalmando

ou se está apavorada diante da expressão emocional da

sua filha. Uma questão importante aqui é que a raiva é

uma energia de movimento. 



Talvez ela não possa bater no outro realmente mas se ela

sinaliza que bater a acalma, será que ela pode bater em

um saco de boxe? Em um João bobo? No travesseiro? Será

que pode ter um espaço com algumas coisas que ela sim

pode arremessar e não irá nem feri-la e nem estragar

nada? Outra pergunta para você pensar é: como você lida

com a raiva? Geralmente engolimos ou explodimos. 



Nenhuma é a expressão saudável. Certifique-se só se este

'ficar do lado' não é algo do tipo "você não pode ir brincar e

ponto final, pode chorar a vontade" E aí ficamos

impassíveis do lado da criança frustrada, ou se é algo

"filha, você queria muito ir lá fora está chovendo tanto,

você precisa se movimentar, quer fazer outra coisa com a

mamãe? Não, era lá fora mesmo, sinto muito, estou aqui

com você para te acompanhar porque estou vendo que

está muito difícil para você". No primeiro eu estou ao lado

mas deixando esperando ela lidar sozinha, o outro estou

ajudando e mostrando compreensão.

43
O meu filho perto de 3 anos, está numa fase
de responder a tudo que lhe pergunto com
"cocô". Filho qual foi a brincadeira mais
divertida que fez na escola? resposta cocô.
Tudo é cocô, tento não dar importância mas
é dificil por vezes, ja faz mais de 2 semanas
que esta nesse registro. Como agir?

As vezes alguém riu ou fez uma carinha


engraçada quando ele falou cocô em um horário
diferente e ele achou interessante. Tente investigar
e trazer mais vocabulário "e essa brincadeira cocô
era como? A tia também brincou?" E trazer tudo
mais pro lúdico: "vamos inventar mais uma
palavras engraçadas? pitoti, petiti, pitati... " e tenta
fazer um momento engraçado e leve juntos. As
crianças as vezes fazem isso mesmo e nosso
incomodo pode reforçar o comportamento por
causa das expressões faciais 'engraçadas'.

44
Meu filho de quase 3 anos, está o dia na
creche, professoras dizem que está bem,
correu bem o dia, mas assim que eu chego
quer bater nos outros meninos. 



Não consigo perceber porque faz isso, não


consigo alcançar a razão por detrás desse
comportamento. Será que ele não está
bem na escola e quer me dizer que não
quer estar ali batendo nos outros meninos
quando me vê? Obrigado
Certamente a presença do cuidador principal é um
convite para liberar as tensões que a criança teve
que segurar. Ele pode estar comunicando que não
esteve bem, que foi tempo demais.. 



Ou então, perceba como é a sua interação com ele


ao chegar na creche, se interage com as outras
pessoas ou crianças antes dele. se ele quer se sentir
prioridade depois que você chegou , por exemplo. 



Você pode pedir ajuda para as professoras, quando


você chegar, acompanhá-lo mais de perto, para te
ver e guiar até seu encontro também.

45
Quando busco meu filho na escola, ele quer se
pendurar na grade para brincar. Todos os dias.
Mas suja muito a mão dele. Fica preta. Eu fico
cansada de todo dia ter q levar ele no banheiro
depois de passar muito tempo deixando ele
brincar e se sujar e lavar a mão. 


Como que eu posso de maneira respeitosa
fazer a minha vontade as vezes? Tenho que
sempre deixar ele brincar de sujar a mão?
Como fazer isso com apego seguro?
Depois da escola as crianças sempre estão com
necessidade de brincar livre, poder se expressar e se
movimentar. Deixar na escola provavelmente já se
trata mais de atender a necessidade do adulto do
que da criança que preferiria ficar livre ou com a
mãe, por exemplo. 



Então temos muitos situações que a vontade do


adulto que prevalece.

46
Mas dito isso, pensando que a necessidade é

brincar e ter um momento de qualidade com

você, se sujar a mãe te incomoda tanto, tente

oferecer outras alternativas que não sejam tão

sujas, combine um tempinho menor e ofereça

algo a seguir, explique sobre sua necessidade e

garanta que você está cuidando para estar

disponível para o que ele precisa, quem pode

modificar o dia é o adulto, a criança não

consegue isso.

47
Veio na agenda do meu filho para conversar com

ele pois ele machucou um amigo na escola.

Perguntei em casa e ele disse que não lembrava.

Aí meu marido ameaçou colocar de castigo (sem

celular) até ele contar.



Eu fui contra mas combinamos de não passar por

cima do outro na frente das crianças. 



Aí eu conversei com elezinho a sós depois e ele

me contou uma parte da estória. Como você faria

para q sua filha de 5 anos contasse p vc? Eu disse

q ele podia confiar na mamãe e que eu não ia

brigar com ele, só queria ajudar e entender.

Como você faria para conquistar a confiança da

sua filha de 5 anos para ela saber que pode pedir

ajuda para você? Pensemos um pouquinho no

lado dela, ela não foi compreendida na escola e

ajudada lá a perceber o que queria, além disso

deve ter sido repreendida e recebeu um bilhete

na agenda que é uma ameaça "vou contar tudo

para seus pais". Ela estava com medo de falar e

perder o amor, levar bronca ou ficar de castigo.

48
Quando sabemos algo desse tipo, precisamos dizer
a verdade para a criança e nunca colocar numa
armadilha para pegar ela na 'contradição': "Querida,
a tia colocou um bilhete falando isso e eu queria
muito saber o que aconteceu que você ficou tão
incomodada!" 



Pode ser que ela não queira contar mesmo assim e


chantagear não vai ajudar a ter confiança de que
vocês a acolherão e ajudarão. Uma criança que
bate precisava de ajuda e não recebeu. 



Então, veja nas mínima interações como você


conduz quando ela faz algo errado, como ela pode
confiar de que você está interessada em
compreender e ajudar, isso pode ser feito com amor
(embora normalmente conheçamos só a firmeza da
bronca, existe outra forma) que, fortalecendo essa
relação, ela virá compartilha para pedir ajuda.

49
Olá, sou mãe do Benício de 1 ano e 7 meses. 



Tenho tido vários conflitos com ele em relação


a não pegar coisas do chão e colocar na boca,
coisas sujas... ele as vezes pede um biscoito e
joga longe, abaixo cv com ele explico que não
pode fazer assim ofereço coisas que ele pode
morder, digo q se não é pra comer não peça. 



Não sei se estou abordando de forma correta


a situação, Podem me orientar de como cv ,
ele ainda é pequeno sei q tenho q repetir
milhares de vezes, mais isso me aciona um
gatilho as vezes, me cansa, dá raiva as vezes
falo não faça aí que ele faz mesmo. Obg!

Querida, como você mesma disse, ele é muito


pequeno e quem cuida dos gatilhos nossos
somos nós, nós que podemos buscar ajuda. 



Converse mais com sua criança que deve ter


sido duramente repreendida nesses momentos.
Com ele, você pode ir mostrando, "vixe.. agora a
comida estragou, onde a gente põe o que não
quer mais? Vamos colocar? Me mostra?

50
Vamos pegar um paninho para limpar? Olha só

essa bolinha ou esse bichinho.. este aqui adora

voar, por que a gente não joga ele longe? Vamos

experimentar até onde ele voa? " 



Arremessar é uma incrível habilidade que eles

aprendem e a gente não precisa reprimir, precisa

orientar. Tão pequeno assim você sempre pode ir

mais pro lúdico do que para a conversa.

51
Olá, sou mãe do Benício de 1 ano e 7
meses. Ele ama animais, insetos e
ultimamente tem maltratado os bichos
batendo com vassoura ou pisando,
puxando cv , intervenho mais sinto que
não funciona, teriam alguma dica de
como lidar nessas situações ? Obg!

Talvez ele esteja muito curioso de como interagir


com esses bichinhos, você pode ajudar usando
ao lúdico, guiar, fazer a voz do animalzinho, ir
explicando como interagir com esses bichinhos.

A maior parte das vezes é sobre curiosidade e


exploração, sobre a forma de interagir menos
delicada mesmo e NÃO é violência. 



Acompanhe e guie os comportamentos, 



fazendo junto com ele, ele é muito pequeno para
conversas longas, tem que ser muito curtinha 

e mostrar mesmo fazendo e estando junto.

52
Quando precisamos fazer algo
imediatamente, como fazer com que
a criança coopere? Depois de acolher,
conversar, explicar, abraçar, se
conectar, mas ao mesmo tempo, o
certo é fazer algo, como fazer?

Se tem que ser feito (a criança vai correr e


atravessar a rua, você tem que pegar no colo e
proteger, não dá para explicar), tem que ser feito
e pode não ter espaço para a compreensão. A
questão é observar a frequencia, se isso era
realmente necessário e urgente, é coisa do dia a
dia, da rotina? Estamos forçando e criando um
relação ruim com hábitos diários? Mas pense
bem se esse explicar não significa que queremos
que a criança concorde e agradeça. Mas
exemplos específicos podem proporcionar
respostas mais assertivas.

53
O que fazer quando precisamos repetir
sempre a mesma coisa e mesmo assim
a criança não colcabora?

Tentar ser gentil, observar se estamos sendo


exemplo daquilo que estamos repetindo,
verificar como está a relação com a criança,
ver se o que estamos pedindo é razoável
para a criança, garantir se estamos
repetindo para ensinar e não simplesmente
querendo que eles obedeçam algo que não
querem, gostam ou vêem sentido e sempre
se lembrar que o cérebro realmente aprende
pela repetição, é fazendo, vendo e ouvindo
muitas vezes a mesma coisa que a
informação que ele aprende.

54
Comecei a tentar praticar a educação respeitosa
com meu filho já à algum tempo, mas tenho tido
muitas dúvidas. 


Meu filho tem 4 anos e é autista, ele não tem a
compreensão do que eu falo como uma criança de
4 anos deveria ter, ele entende o que falamos como
uma criança de menos de 2 anos de idade, ele
também ainda está em processo de aprender a
falar. 


Devido a isso fica muito difícil conversar, explicar
sentimentos e também o porque de ele não poder
ter algumas coisas em determinado horário, ele
fica muito frustrado com coisas simples. 


Também já percebi que punição e recompensa é
algo errado, nunca trabalhei com punição, agora
em relação a recompensa sempre utilizei para
ajudar ele a desenvolver. 


Ele faz duas horas de terapia ABA por dia e os
terapeutas fazem educação parental conosco 

e foi assim que me ensinaram a aplicar as
recompensas, pois o método ABA tem essa parte de
aprendizado e recompensa. Então minha dúvida é
como devo aplicar a educação respeitosa com ele?

55
Se as capacidades cognitivas de
entendimento são de uma criança de menos
de 2 anos então a condução precisa ser
também, com acolhimento mais corporal do
que através da fala. 



Colo, corpo, fala, contato visual são algumas


formas que pode usar. Seu filho pode ser mais
sensível ao estresse, aos efeitos de controle e
violências invisíveis também. 



Procure proporcionar que a maior


recompensa de todas seja sua presença, seja
você ajudá-lo a ver suas potencialidades, seja
você estar presente encorajando "Filho, eu vi
que você conseguiu isso e ficou feliz, como
você sente no seu corpinho?!"

56
Qualquer tipo de treinamento é desrespeitoso

com a criança e as vezes coisas que parecem
respeitosas com o adulto não é com a criança,
observe o que ele demonstra confiando na sua
comunicação, lembrando que ele é mais sensível
ao meio, às emoções dos outros e também é mais
capaz de expressar e lutar por suas necessidades,
não abrir mão daquilo que precisa, isso é uma
característica difícil para nós adultos mas
importante para ele. 



Lembre também que quando usamos


recompensas, isso pode ter um efeito bem
prejudicial a longo prazo como esperar cada vez
recompensas melhores ou maiores, sempre esperar
um motivador externo, então esteja disponível para
perceber como é para ele em específico.

57
Como nomear e acolher criança de 2a11m
que o pai decidiu nao visitar mais? Tenho
conduzido com minha criança como se
essa decisão fosse algo "normal". 



Qdo ela pergunta sobre ele eu respondo


normalmente, qdo pede p ver fotos eu
mostro, pediu p mostrar a letrinha do nome
dele e mostrei da mesma forma que faria
se ele estivesse presente. 



M pergunta ocasionalmente pq o pai nao


vem vê-la mais e eu digo que foi uma
decisão dele e que ela não tem nada a ver
com a decisão dele e que eu sempre estarei
aqui com e para ela.




Hoje eu vejo que essa decisão dele foi a


melhor que ele poderia tomar, qdo minha
raiva vem pelo excesso de
responsabilidade acolho e externo ( essa
parte ja aprendi com a Flavia).

58
Primeiro, lidando e olhando seu desconforto
como você citou que faz, sem projetar que isso
é uma falta dela. Tente perceber e nomear a
verdade da criança desde o ponto de vista
dela, exatamente sem demonizar o pai e
dando espaço para se alguma hora ela
demosntrar um desconforto. 



Responda sempre as perguntas que ela tiver.


O relacionamento dela com o pai você tem
possibilidade de facilitar? Se tiver e for
saudável, pode fazer, mas se não tiver,
eventualmente explique os motivos do papai,
as dores de adultos que impedem de
aproveitar a preciosidade da companhia de
uma criança e siga conduzindo como você
está fazendo. 



Está tudo bem tratar essa decisão dele como


é, uma decisão dele dentro do que ele tem
possibilidade.

59
Quando estou mto exausta percebo que fico
mais agressiva e acabo sendo mais violenta
grito, aperto o braço, me arrependo em seguida
, procuro me acolher , peço perdão para meu
pequeno e explico que estou num processo , mais
continuou me sentindo incapaz o que fazer ???
Percebo que ele anda tendo medo dele mim
E você consegue fazer alguma coisa a respeito?
Para não ficar tão exausta e a conta ficar com o
filhote? Claro que é difícil, sempre é e tem casos que
é muito mais, mas se ele está com medo de você,
ajude com palavras "você está com medo da
mamãe? Você pode me falar, isso foi assustador
mesmo" e ir cuidado de você para poder cuidar
dele. Busque ajuda se não conseguir sozinha!

60
Tenho uma filha de 2a3m. 


De um tempo pra cá ela passou a mostrar a
língua quando incomodada com algo. Quando
brava, frustrada. Sei que é uma forma de se
expressar e de se comunicar, mas confesso que
me incomoda.ela fala super bemenquanto
brinca, enquanto está"leve", consegue estruturar
suas ideias, mas quando frustrada,não. Sei queo
incomodo é meu quando ela mostra a língua. 


Temos acolhido, validado e nomeado o que ela
sente, falando queela pode usadas palavras para
se expressar e que isso facilita que a
entendermos e ajudemos,mas não sei se estou
fazendo certo ou se deveria, por exemplo, intervir
para que finde esse ato de mostrar a língua (por
vezes acompanhada de uns brrrrrrrrr,
respingando saliva em quem está perto.

Obrigada por nos ensinar tanto!

61
Ela é pequena e esse comportamento não
dura para sempre. O foco maior precisa
estar em ajudar ela a perceber o que ela
não gostou, ajudar ela a expressar de outra
forma e as vezes ela vai precisar de
alguma forma mais enégica de colocar o
limite ou expressar a frustração dela do que
simplesmente falar de forma calma que
não gostou. 



A raiva é uma energia de movimento, então


tavez alguma alternativa como apertar as
mãos ou bater o pé no chão. Mas veja,
como você disse, esse incômodo é seu (e
ela percebe e isso pode até reforçar a
comportamento) e ela não está fazendo
mal nem a ela e nem a ninguém, só se
expressando.

62
Eu tenho um medo muito grande de magoar as
pessoas ou que elas fiquem chateadas
comigo.Estou sempre "pisando em ovos" quando
tenho que falar com as pessoas. Só quando fico
com raiva que eu falo tudo o que penso. Como
iniciar a liberação dessas amarras?
Primeiro entendendo que provavelmente vem
da infância esse trauma de perder o amor
quando você mostra que precisa de algo,
quando você é autêntica, quando você é você
mesma e então você tenta aguentar, até a raiva
mostrar que aguentou demais. Depois cudar
dessas feridas, experimentando espaços
seguros para se posicionar, criando relações
mais autências. Também terapias somáticas,
escrita curativa, meditações podem ajudar.

63
Eu gostaria de ser quem eu sou, mas na
verdade nem sei que eu sou e nem do que
realmente gosto. Como posso descobrir?
A educação tradicional pode nos tirar isso,
busque ajuda com terapias e principalmente
tendo interesse por você mesma: do que eu
gosto? O que me faz bem? Fiquei irritada,
porque? O que aconteceu? Como se você
fosse a pessoa por quem você mais se
interessa e a quem você vai se dedicar.

64
Porque tenho uma necessidade de comer,
uma certa compulsão. Quando sinto feliz
ou triste, preciso comer. Como aliviar está
necessidade?
Compreendendo os traumas você pode mudar
esses comportamentos. A compulsão é uma
tentantiva de se regular emocionalmente,
quando buscamos outras ferramentas,
podemos deixar para as "emergências" essas
outras velhas conhecidas.

65
Porque tenho uma necessidade de comer,
uma certa compulsão. Quando sinto feliz ou
triste, preciso comer. Como aliviar está
necessidade? Meu filho tem 6 anos e ele tem
um histórico de problemas com regras e
limites. 


O espaço escolar é o maior lugar de queixa.
Ele fica nervoso por motivos simples, coisas
cotidianas, e como não consegue se regular,
entra em um lugar que não permite nenhuma
intervenção mo sentido de acolhimento
mesmo. 


Eu enquanto estudiosa de educação positiva
e profissional de saúde mental, já tentei de
tudo para fazer com que ele entenda que é
preciso respeitar algumas normas sociais,
que pode sentir todas as coisas mas que
precisa expressar de forma saudável, mas de
alguma forma ele não consegue.

66
Eu estou exausta! Ele acabou de ser suspenso
por 3 dias em uma escola que realmente é
considerada referência em relação ao olhar
sobre as peculiaridades do aluno... Eu preciso
com urgência de um retorno de alguém
porque eu obviamente não posso desistir, mas
estou no limite de não me dedicar tanto. 


Não sei como enviar mais detalhes, não sei o
que precisaria dizer pra explicar melhor, mas
espero ter conseguido dizer o mínimo para
que consiga finalmente ter alguma fala de
afeto e de caminhos possíveis diante desse
caso. Desde já agradeço.
Sinto muito pela situação que você está
vivendo e saiba que se está difícil para você,
com certeza para ele é exaustivo também.

67
Então como atender o que ele precisa? Tem algo

que o deixa mais desregulado? Sons? Tons de voz?

Iluminação? Ficar parado muito tempo? quais

fatores contribuem para isso? São algumas

questões para você pensar e eu te encorajo a

buscar ajuda individualizada porque se você desistir

do seu filho, quem lutará por ele? Se tiver que

'desistir', desista por hoje, para descansar, chorar,

liberar suas emoções e tensões e volte fortalecida. 



E essa escola referência em peculiaridades,

realmente é respeitosa na forma de interagir com

ele ou já rotulou ele como problema e fim? Eles te

falam o porque ele se desregula ou simplesmente

passam o "problema"? Esteja atenta porque as vezes

o que atende a necessidade do adulto não é

respeitoso para a criança.

68
Como agir/ajudar criança que vive com

implicância, repete atitudes forçante?



Meu filho tem 5 anos e convive com o irmão

(2a 10m) e a prima (5a), no dia a dia só quer

o brinquedo que o outro ta usando, e as

vezes quando pede abraço e o outro recusa

ele vai pra cima pra forçar. 



Eu vou acolher ele não aceita, espero

acalmar pra conversar ele diz que

entendeu e faz de novo. Isso acontece com

falas também.

Ele pode entender e não conseguir não


fazer porque tem 5 anos e não tem controle

inibitório ainda. Não pode controlar um

impulso. Para ensinar é preciso muita

repetição da forma que ele pode agir e pedir 


o abraço e de acompanhamento dos adultos

para entender o que está por trás disso? Por

que ele sempre prefere o do outro?

69
Parece que ele tem um rótulo já, que é o que

"dá problema"? Então o primeiro passo é

parar de olhar para ele como implicante e

pensar que ele faz o que pode para

comunicar alguma coisa, mesmo que eu

não tenha entendido ainda que coisa é essa. 



E trabalhar na causa que pode ir desde

simplesmente estar espelhando o

comportamento do outro até a sentir que

todo mundo é mais interessante que ele.

70
Tenho fases de muito mau humor, não tenho
vontade de brincar com meu filho, me sinto irritada
e sem paciência, me culpo e me cobro pois o que
mais queria é me conectar com ele e me relacionar
de um lugar de amor, tento meditar, escrever,
conversar com a criança interior e parece que nada
adianta, continuo muito irritada, muitas vezes com
raiva do meu filho. Não quero sentir isso, quero dar a
ele todo o amor que ele merece. 



Não é sempre assim, alternado com essas fases de


irritação tenho fases onde realmente me relaciono
com ele, me conecto, sinto um amor profundo,
tenho clareza e me sinto segura e confiante de que
estou fazendo o melhor por ele, nessas fases me
sinto bem e tudo é mais leve. 



Como posso trabalhar isso e fazer com que as fases


de amor abundante sejam mais duradouras? Como
posso sair das fases de mau humor com mais
facilidade? Faço terapia, mas é TCC e sinto que não
está ajudando muito, pois ela não entende minhas
questões como mãe, acha que me cobro demais (o
que é verdade), que dou muita ênfase pros meus
erros, mas sinto que ele não me entende muito bem
ou que às vezes não consigo falar tudo que preciso.

71
Você pode buscar ajuda em outros tipos
de terapias que envolvam o corpo como
EFT, Experiências somática, terapias de
trauma, yoga, meditação e outros, além
dessas terapias cognitivas que você já faz.
Mas também pode ir percebendo, o que
acontece nessas fases? O que muda? Qual
o fator estressante? Tem a ver com o ciclo
menstrual? Tem um ciclo definido? 



E ao invés de só achar bom o que você


queria ser, como acolher o que você é por
inteiro e tentar descobrir o que essa
irritação diz de você e sua história? Esses
são alguns questionamentos e técnicas
que podem te ajudar.

72
Flá, querida. Minha dúvida é a seguinte.
Tenho uma filha de 4 anos. Ela está na
escolinha, e recentemente, começou a
falar muito de forma comparativa com
suas colegas. 


Eu sei que é um comportamento normal
da nossa sociedade que ensina as
crianças a competirem entre si. 


Ela é a mais nova das meninas, faz
aniversário no final do ano, enquanto as
colegas já estão fazendo 5. Então, ela tem
falado que "se sente pequena", que queria
ser maior, mais alta. Até seus lindos
cachinhos ela tem questionado, porque as
amigas têm cabelo liso.

73
Eu a acho maravilhosa exatamente como ela é,
e ela sabe. Me esforço para que ela se sinta
amada incondicionalmente. Inicialmente, eu
acolhi essa fala e simplesmente a ouvi, nomeei
o sentimento, falei sobre as diferenças entre as
pessoas, a beleza da diversidade. Nos olhamos
no espelho, nos admiramos, nos desenhamos. 


Mas o comportamento continuou e eu percebi
que isso me incomoda. Percebi que meu
acolhimento tem a intenção de interromper.
Não tenho orgulho de dizer, mas a verdade é
que eu gostaria que ela parasse. 


Me percebo impaciente. Não consigo
realmente me conectar, tampouco estou mais
segura do caminho a seguir. Sinto que me
incomoda no pessoal, é muito mais sobre mim
do que sobre ela. Pode me ajudar? Como
poderia de verdade ajudá-la?

74
Você mesma trouxe o ponto por onde começar.
Com quem você se compara? Com que
frequência? O quanto você cala isso em você e
banca um "empoderamento" que mais é
insegurança? Talvez se você aceitar o convite lindo
que ela está te trazendo e falar: "amor, a mamãe
também as vezes olha outra pessoa que acha
linda e penso que queria ser mais como ela do que
como eu!" e vocês podem ter uma conversa linda,
podem ir para o lúdico como você fez de desenhar
e tal, sempre lembrando que por vezes isso vai
acontecer e você pode dar nomes e acompanhar:
"filha, você está falando que acha ela muito legal?"
, "Você está dizendo que acha lindo o cabelo dela?
Imagina se todos tivessem o cabelo assim? A tia
penteou o cabelo dela e você também queria
isso?" .. Sabe, interessa pelo que ela quis dizer e
lidar com o desconforto da comparação que
inevitavelmente fazemos e eles acompanham.

75
Flávia, não quero mais violentar minha filha
como por exemplo nesta questão. É uma
briga para ela comer feijão e já estou
colocando muito pouco, duas colheres de
sopa no máximo, e mesmo assim é sempre a
mesma frase - eu odeio feijão. Eu ainda
estou dando pois acho que seja necessário
pela questão das propriedades e vitaminas
que o feijão tem, e os substitutos minha filha
também não quer. Ela faz acompanhamento
com a endocrinologista e a médica disse que
deveria comer pelo menos 3 vezes por
semana. O que eu faço? Estou indecisa nisso.

Precisamos confiar nas crianças. Por que ela tem


que comer feijão? Está adoecendo? Fez exame e
está com deficiência de alguma vitamnia? Tudo
que é obrigada acaba tirando o prazer, que só é
acessado se temos escolha. Então envolver ela nas
comidas, sempre oferecer, deixar a disposição,
tornar o ambiente (na mesa e no geral) leve e
permitir que ela faça escolhas e confiar que ela
sabe de si também pode facilitar esses processos.
Obrigar a criança a comer é uma violência e pode
piorar ainda mais a relação com a comida.

76
Como eu posso trabalhar o
autoacolhimento e a autocompaixão?
Muitas vezes eu tento me acolher e ter uma
conversa interna mas vem uma voz muito
crítica no meio da conversa que diz que
estou dando desculpas, que eu já deveria
saber, que eu deveria fazer melhor. Como
eu lido com essa voz? Como eu diminuo o
poder dela sobre mim?

Um dia de cada vez. Você pode usar a escrita

curativa. Seguir estudando. Buscar ajuda em

aconselhamento parental, em terapias, terapias

somáticas. Usar frases, mantras, meditação. Mas

é importante compreender o que essa voz quer

dizer sobre você e sobre sua história.

01
Como eu posso trabalhar o
autoacolhimento e a autocompaixão?
Muitas vezes eu tento me acolher e ter uma
conversa interna mas vem uma voz muito
crítica no meio da conversa que diz que
estou dando desculpas, que eu já deveria
saber, que eu deveria fazer melhor. Como
eu lido com essa voz? Como eu diminuo o
poder dela sobre mim?

Um dia de cada vez. Você pode usar a escrita

curativa. Seguir estudando. Buscar ajuda em

aconselhamento parental, em terapias, terapias

somáticas. Usar frases, mantras, meditação. Mas

é importante compreender o que essa voz quer

dizer sobre você e sobre sua história.

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Como agir quando o pai parte pra cima
da criança com a intenção de agredi-la
fisicamente? E como agir diante do pai
que o tempo todo ameaça, que vai
punir que vai por de castigo, que vai
bater, que vai dar chinelada?

Um dia de cada vez. Você pode usar a escrita


curativa. Seguir estudando. Buscar ajuda em
aconselhamento parental, em terapias, terapias
somáticas. Usar frases, mantras, meditação. 



Mas é importante compreendePrimeiro ver como


está o relacionamento entre você e esse pai?
Como é o respeito e como são os acordos? A
criança é a parte vulenrável e precisa ser
protegida. Agressão é contra a lei mas, as vezes,
mudanças muito maiores acontecem quando
amorosamente nos colocamos a disposição, para
compreender, não julgar e amorosamente
proteger nossos filhos. "Vejo que você está nervoso,
entendo e também fico e estou mas preciso
proteger nosso filho e você nessa situação."r o que
essa voz quer dizer sobre você e sobre sua história.

79
Eu já tenho consciencia de que a educação
tradicional não respeita a criança. E quero
educar de forma respeitosa. Como agir quando
a reação automática acontece, no meu caso,
eu grito...também dou ordens o tempo todo,
quero controlar o tempo todo. Como fazer
diferente? Quando olho pra minha infância,
tenho pouquissimas lembranças.

Podemos conseguir trabalhar sozinhos no


autoconhecimento e cura emocional através de
algumas técnicas como escrita curativa, meditações,
yoga e outros, mas buscar por ajuda pode acelerar
muito o processo tanto com terapias somáticas que
vão ajudar com essas reações automáticas, quanto
processos cognitivos para trazer a visão da sua criança.
Além do trabalho do educador parental para tentar
trazer a voz da sua criança, do que ela precisava, e
pensar junto como você pode agir em outra situação.

80
Não consigo que minha bebê de 19 meses
pare de chupar dedo, ela chupa o dia todo,
já está até entortando os dentes. Gostaria
de dicas e se devo tirar este hábito ?
Na aula sobre chupeta e desmame você pode
aprofundar nesse assunto. A questão não é
tirar, a questão é como acompanhar ela nos
processos de frustração ou desregulação
emocional, como dar outras ferramentas para
ela se acalmar, como acesso ao seu corpo,
seu colo, aconchego, para poder não precisar
mais tanto da sucção como úncia forma.

81
4A cama compartilhada desde sempre,

apegada comigo, mas curiosa em dormir


na tia e/ou amiga. Como dizer que não eh

seguro pra ela dormir longe dos pais? Não

confio em ngm (eu tive históricos de abuso

na família) como explicar o meu não, sem

colocar o peso da minha história?

Não precisa explicar para convencer a criança até 


ela concordar com você. Da mesma forma que não

deveríamos exigir isso da criança. Neste caso,

claramente são questões suas. Mas cabe a pergunta,

até quando vou segurar? Consigo criar uma rede em

quem sim eu confie? Porque dormir fora talvez nem

aconteça tão cedo mas passamos nossa

desconfiança adiante para nossos filhos, se continuo

com a visão de mundo que ele é perigoso e a

qualquer minuto algo pode acontecer, os filhos

compreendem isso também. 



Buscar ajuda com terapias de corpo e de trauma

podem ajudar. E lembrando que as crianças podem

lidar com a verdade, desde que seja falada em

palavras simples e seja a verdade dela e não uma

projeção. "A mamãe prefere que você não durma fora

ainda, sei que você gostaria muito mas você pode ir

brincar e eu te busco mais tarde."

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Quando criança fui abusada e diariamente
tolhida no meu sentir. Nunca choro, só me
emociono. E ao colocar limites a outros adultos,
sou dura e direta, os assusto e me sinto culpada
depois. Já fiz muita terapia, mas essa culpa de
ter feito algo errado me incomoda. Alguma dica
de como me livrar dessa sensação?
A terapia somente cognitiva (falada) as vezes não
acessa o corpo que é onde os traumas realmente
ficam instalados e não conseguimos mudar a
forma de pensar. Existem técnicas de terapais
somáticas como EFT, EMDR, Terapia de trauma,
experiências somática, além de meditação, yoga e
outras terapias que podem ir dessensibilizando
essas reações. Mas o fato de saber que isso é seu e
não projetar nos filhos ou nos outros já é um grande
passo, celebre também as conquistas.

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Sou separada do pai da minha filha!!! Ela
passa uma semana com cada um! Eu sou a
reguladora da minha filha e qdo ela volta da
educação tradicional do pai volta mal
humorada e negativa!!! Tenho como fazer
essa regulação na semana do pai? O q vc
acha de uma semana com cada?

Isso depende demais da idade da criança e da


necessidade dela. É bom para a criança ficar lá?
Ela sente bem? Ela gosta? Você consegue ajudar o
pai a fazer isso por ela também? Falar como você
acolhe e dar alguma dica de como ele pode fazer
em algum momento semelhante? Claro que é
difícil mas buscar mediação entre os adultos
sempre facilita a vida da criança.a

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