Você está na página 1de 23

Edição nº 125

Dezembro/2016

Informativo oficial - Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios.

C A PA

Magistratura mais atuante e unida


Pág 23

a m a g is i n f o r m a fA L A N D O d I R E I TO ESPECIAL artigos

Mobilização reúne Projeto forma sua Associados elegem Nesta edição,


Magistratura e MP em primeira turma de nova diretoria cinco artigos de
grande ato alunos (biênio 2016-2018) magistrados
PÁG. 17 PÁG. 19 PÁG. 20 PÁG. 28
Expediente Editorial
ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO DISTRITO FEDERAL
Presidente
Juiz Fábio Francisco Esteves A Associação dos Magistrados do Distrito Federal e
1º Vice presidente dos Territórios (Amagis-DF) chega ao final de 2016 com mais
Juiz Luiz Otávio Rezende de Freitas uma edição da Revista Tribuna Judiciária - a de número 125.
2º Vice presidente
No mês de dezembro, o periódico reúne as principais ativida-
Desembargador Sebastião Coelho da Silva
Secretária-Geral des da entidade, relativas ao último semestre do ano, em for-
Juíza Gabriela Jardon Guimarães de Faria mato de notas e matérias presentes na editoria Amagis Infor-
Diretor Financeiro ma. Destaque para as mobilizações realizadas em defesa do
Juiz Aimar Neres de Matos Poder Judiciário e contra as últimas decisões no Congresso
Diretora Social e Cultural Nacional, entre outras ações da associação e de magistrados.
Juíza Thaissa de Moura Guimarães Na editoria Especial, a Tribuna exibe matéria sobre a dire-
Diretor de Esportes e Lazer toria executiva eleita para estar à frente da Amagis-DF, no
Juiz Ricardo Norio Daitoku biênio 2016-2018 - encabeçada pelo novo Presidente, o Juiz
Diretora de Comunicação Social Fábio Francisco Esteves. Na reportagem, a revista apresenta
Juíza Ana Beatriz Brusco aos associados um breve perfil dos magistrados que com-
Diretor de Apoio ao Aposentado e Pensionista
põem o time da nova gestão da associação.
Juíza Eutália Maciel Coutinho
Conselho Fiscal - Titulares A Amagis-DF encerra o ano de 2016 comemorando
Juiz Edilson Enedino das Chagas inúmeras conquistas para os magistrados do DF nos últimos
Juíza Josélia Lehner Freitas Fajardo dois anos e, como reportagem de Capa, traz uma retrospec-
Juiz Lucas Sales da Costa tiva da sua atuação no último biênio, com recordação das
Juiz Luis Carlos de Miranda ações mais relevantes no período.
Juiz Matheus Stamillo Santarelli Zuliani Também, nesta edição, a revista apresenta os tra-
Conselho Fiscal - Suplentes balhos sociais realizados pela associação, em parceria com
Juíza Caroline Santos Lima magistrados que não medem esforços na construção de uma
Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio sociedade melhor e mais justa. Veja quais foram as últimas
TRIBUNA JUDICIÁRIA - Edição Nº 125 atividades de programas realizados e apoiados pela Amagis-
DF, que contam com juízes e juízas voluntários, com destaque
Produção e Diagramação para o Programa Cidadania e Justiça na Escola, com edição
Etcetera Comunicação anual encerrada no dia 9 de dezembro; e o Projeto Falando
(61) 3573-4992 Direito, que acaba de formar os primeiros 100 alunos, oriun-
comunicacao@amagis.org.br dos da rede pública de ensino.
Jornalistas Responsáveis A 125ª edição da revista traz, ainda, um total de cinco
Denise Margis e Marina Figueiredo
artigos disponibilizados por magistrados, com reflexões so-
Colaboração
Flávia Félix
bre temas e situações dos mais diversos.
Fotografias Por fim, a Associação dos Magistrados do DF apro-
Albert Russel, Charles Damasceno, Denise Margis, veita a ocasião desta última edição do ano para desejar a to-
Flávia Félix, Gláucio Dettmar, Márcia Foizer dos os associados e seus familiares um Feliz Natal e um Ano
-------------------------------------------------------------- Novo cheio de paz.
www.amagis.org.br
Fone: (61) 3103-7873/7548 Boa leitura!
E-mail: amagis@tjdft.jus.br | amagis@amagis.org.br
Endereço: Fórum Des. Milton Sebastião Barbosa
Praça Municipal Lote 01
Bloco B, 10° andar, Ala C
Zona Cívico-Administrativa
70094-900 Brasília-DF
Tiragem: 1.000 Brasil
exemplares

Tiragem: 600 exemplares

Tribuna Judiciária 2
SUMÁRIO

CAPA
23 Uma recordação das lutas
e conquistas da Magis-
tratura do DF nos últimos
dois anos EVENTOS
AMAGIS INFORMA 40 Nesta edição: Festa Julina,
9 Foi Destaque: Amagis-DF
Dia dos Pais e Confraterniza-
ção de Fim de Ano
participa da abertura do
Mês Nacional do Júri
ESPECIAL
20 Amagis-DF sob nova dire-
ção. Saiba quem compõe
a nova diretoria (biênio
2016-2018)

AMAGIS INFORMA CONVÊNIOS


15 Preparação: ESMA-DF Saiba as novidades de 43
capacitará mediadores parcerias firmadas com a
judiciais Amagis com benefícios para
os associados
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

FOI DESTAQUE

Amagis participa do XXV Congresso Nacional da Abraminj Amagis apoia obra cinematográfica
contra violência doméstica
O então Presidente da Associação dos Magistrados do
Distrito Federal (Amagis-DF), Desembargador Sebastião
Coelho da Silva, marcou presença, no dia 29 de julho, Em 3 de agosto, a Amagis-DF participou da pré-estreia do filme
da abertura do XXV Congresso Nacional da Associação “Vidas Partidas”, que tem na Justiça, um de seus protagonistas. Juízes
Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude e servidores do TJDF foram prestigiados com convites para o evento,
(Abraminj), ao lado do Ministro do Supremo Tribunal que lotou a sala do Cine Brasília. Promovido pela Globo Filmes, com
Federal, Carlos Ayres Britto, do Vice-Presidente do o apoio da Amagis-DF, o longa-metragem foi inspirado nas alarmantes
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios estatísticas de crimes praticados contra a mulher no Brasil e no mundo.
(TJDFT), Desembargador J.J Costa Carvalho e da Juíza A Juíza Theresa Karina de Figueiredo, então Diretora de
Vera Debone, da Associação dos Magistrados Brasileiros Comunicação Social da Amagis-DF compareceu ao evento,
(AMB). representando a Associação. Para ela, o filme marca um momento
Na oportunidade, a Abraminj se reuniu em assembleia importante do trabalho que é desenvolvido pelos magistrados que
geral com seus associados para eleição da nova diretoria lidam com o problema da violência doméstica diariamente. “Gostaria
- biênio 2016/2018. O Juiz Renato Rodovalho Scussel de agradecer a todos os magistrados que prestigiaram a pré-estreia do
foi reeleito, por aclamação, para o seu terceiro mandato. filme, especialmente à Juíza Silvana Chaves, que propiciou o encontro entre a arte e a Justiça. A valorização do trabalho
O congresso contou, ainda, com palestra ministrada de cada um de nós encontra espelho na arte e na cultura”, destacou.
pelo Ministro Carlos Ayres Britto, sobo o tema “O Regime
Constitucional da Proteção à Criança, ao Adolescente e
ao Jovem”.

Justiça pela Paz em Casa Pauta feminina no Senado

Semana Mundial de Aleitamento Materno

No dia 2 de agosto, a então Secretária-Geral da Aleitamento Materno, entre os dias 1º e 7 de agosto.


Amagis-DF, Juíza Caroline Santos Lima, participou da O tema escolhido para este ano foi “Aleitamento
abertura da Semana Mundial do Aleitamento Materno no Materno: presente saudável, futuro sustentável”. A ação
Distrito Federal. A cerimônia foi realizada no Berçário é apoiada pelo TJDF desde 2008. Várias palestras sobre
Nossa Senhora da Conceição, vinculado ao Fórum amamentação e assuntos relacionados foram realizadas A Semana Nacional Justiça pela Paz em Casa promoveu A Juíza Theresa Karina de Figueiredo, participou, no
de Brasília. Entre os convidados do evento estiveram por meio do Programa de Assistência Materno-Infantil uma vasta programação, com palestras, seminários, dia 15 de setembro, do projeto Pauta Feminina, realizado
presentes: o Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito (PROAMI). Além de oferecer apoio na fase de retorno ao oficinas, abertura de novos grupos reflexivos para homens, pela Procuradoria da Mulher do Senado Federal, no Anexo
Federal e dos Territórios, Desembargador Mário Machado trabalho e permitir que as mães amamentem seus bebês capacitações, caminhada pela Paz em Casa, entre outras II, Ala Alexandre Costa, Plenário nº 9, do Senado Federal.
Vieira Netto, os Juízes assistentes da Presidência - durante o expediente, o Programa tem como objetivo a atividades. A abertura, realizada em15 de agosto, na Casa No evento, intitulado “Toga Justa: O exercício profissional
Gilmar Tadeu Soriano e Carlos Alberto Martins filho; orientação e preparação da mãe magistrada, servidora da Mulher Brasileira, contou com a presença do então do Direito como fator de empoderamento feminino”, a
e o Corregedor da Justiça do Distrito Federal e dos ou ocupante de cargo de natureza especial durante a Presidente da Amagis-DF, Desembargador Sebastião magistrada compôs mesa, ao lado da Ministra do Tribunal
Territórios, Desembargador José Cruz Macedo. gestação. Coelho; ao lado do Presidente do TJDFT, Desembargador Superior do Trabalho, Delaíde Arantes; da Subprocuradora
Mais de 150 países participaram da Semana do Mário Machado; do 2º Vice-Presidente do TJDFT, da República do Ministério Público Federal, Ela Wiecko;
Desembargador J.J Costa Carvalho; do Promotor de da Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão do
Justiça do MPDFT, Thiago André Pierobom de Ávila; da Ministério Público Federal, Deborah Duprat; da Deputada
representante da Secretária Especial de Políticas para as Federal Éricka Kokay, entre outras convidadas.
Mulheres, Fátima Pelaes; do Defensor Público-Geral do O evento foi transmitido ao vivo, por meio do
DF, Ricardo Batista; e da Subsecretária de Políticas para E-Cidadania, do Senado Federal e foi gravado pela Rádio
Mulheres do DF, Lúcia Bessa. Senado, editado em formato de programa de rádio.

Tribuna Judiciária 6 7
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

Amagis é homenageada pela Rede Solidária Anjos do Amanhã

A Rede Solidária Anjos do Amanhã, programa de Sebastião Coelho, foi presenteada com uma estatueta
voluntariado da Vara da Infância e da Juventude do DF em agradecimento pelo apoio prestado à Rede em seus
(VIJ/DF), realizou, no dia 20 de outubro, cerimônia 10 anos de existência. O evento contou com a presença Mês Nacional do Júri
comemorativa ao seu decenário, que incluiu homenagem do Presidente do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT),
a voluntários da Rede e o lançamento do livro “O Anjos é Desembargador Mário Machado e do Juiz Titular da O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) Pública (Enasp), com o Conselho Nacional do Ministério
10!”, sobre a trajetória do programa. Na ocasião, a Amagis- VIJ, Renato Scussel, além de magistrados, servidores e promoveu, em novembro, o Mês Nacional do Júri. A Público (CNMP) e o Ministério da Justiça (MJ).
DF, na pessoa do então Presidente, Desembargador voluntários, que também foram homenageados. solenidade de abertura, realizada no dia 7 de novembro, no O objetivo é levar a julgamento os responsáveis por
auditório Sepúlveda Pertence, contou com a participação crimes dolosos contra a vida dando preferência aos
do então Presidente da Amagis-DF, Desembargador praticados sob violência doméstica, à luz da Lei Maria da
Amagis prestigia inauguração do novo Posto Avançado do CEJUSC Sebastião Coelho, que compôs mesa de honra, juntamente
com a Presidente do STF e do CNJ, Ministra Cármen
Penha/Feminicídio; praticados por policiais, no exercício
ou não de suas funções; e crimes oriundos de confrontos CMYK

26 • Cidades

Lúcia; o Presidente do TJDFT, Desembargador Mario dentro ou nos arredores de bares e/ou casas noturnas, sem
• Brasília, dom
ingo, 20 de nove
mbro de 2016
• CORREIO
BRAZIL IENSE

Machado; entre outros convidados. prejuízo dos demais crimes contra a vida.
Crônic
Foi inaugurado, em setembro, o posto avançado Direito Público - IDP, localizado no prédio da OAB- A mobilização nacional foi uma iniciativa dos órgãos Durante todo o mês adednovembro,
a Cidadeo TJDF julgou cerca por SeverinoFr
ancisco >> sever
inofr ancisco.df@da
br.com.br

do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de integrantes da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança H itchcock em 14 Circunscrições Judiciárias do DF.
de 201 processos
DF, 516 Norte. A então Secretária-geral da Amagis-DF no cerrado
e a adrenali
na
que insuport já alcança um grau
qua
frio: não precável. Mas, calma, sang se pro váv el que
>> (cartas: SIG,
Quadra 2, Lote
340 / CEP 70.61
0-901)

Cidadania de Brasília (CEJUSC-BSB), no Núcleo de


tocar a narr ipitemos a ação e ue meu ela resp ond
s cálculos a: “Pe los

e coordenadora do CEJUSC-BSB, Juíza Caroline Santos


ativa passo vam
esvaziar o a passo para os rios, essa crise , no melhor dos cen de uma
ção
interesse.
O não a três só será reso á- haviam árvore retorcida. Lem
Já contei deve subi níve l de exci séculos”. Vira lvida me dito que brei
vou contar neste mesmo espaço, o desenlac r de maneira gradativa ta- bico) para o essa boca daqui feras quando as corujas que se enganou
(ou vira de

Práticas Jurídicas (NPJ) do Instituto Brasiliense de


novamente e, com até cerr esse seu alguém pas m cron
cia de susp uma expe
mas Não acredito o convém ao gênero. Não tenho ado, dona coruja! s ninhos.
Dei mais sa perto de paros ao comport ista. Quem fez re-
ense preguiça de amento das

Lima, participou da solenidade, ao lado do 2º Vice-


um exemplar hitchcokiano, emriên- lar de que as na superst
ição popu- numa tarde de sol cam prossegui, foi
mas a coru uma olhada e sábao Gustavo Falleiros, coru
atua como do Correio que rent coru
os. Com sua jas são bichos agou des cam feroz, atra inhar e, tra vez e, ja me atac dos e tam que escreve jas
vess
um Brazilie
cipais da tram dos personagen nse elas são exce visão aguda - Norte, pad o do Seto r de Aut ava o com o únicinstintivamente, me ou ou- senhora não bém usa barba. E, aos
quando, protegi
s prin lent à noit arqu ias
muito prov a. Se você é brasilien - e de vários inse es predadoras de ratoe, ferr oad a na cabde repente, senti uma um exemplar do
o objeto que
levava à mão elegante e gostou, poderia ser se a
avelmente Cor : enviar o prot mais
já viveu algu se, não tenho nen tos. Mas confesso s abrupto eça coruja dava reio luna esto
de asas e me, ouv i um rum or voos rasantesBraziliense. A Dad Senhor Redator, aos para a co-

Presidente do TJDFT, Desembargador José Jacinto Costa


aventura pare
cida. ma ruja hum fascínio que gras assu apli cava e bicava Squ cuid
Em Brasília, s. Sempre nido de gue stei com um suas aris i, ados
procuro igno pelas co- sa se dia com fúria garras nas manchet ou publicará as pois, com cert eza, de

Atuação de juíza é destaque no Correio Braziliense


com uma coru sempre é possível elas rra. O inst
acendeu e into de defe
topar ocu me pare cem perm rá-las, pois do em o corpo se - , principalme es do suas retif
nte quando tá a decantada fleu icações. Onde es-
ela
tidas cardíaca ja e... Imagino que padas em ane ntem ente esta do retesou to- se tratava da Ope
as de ma
suor começa s do leitor se aceleramba- rumbáticas, reflexões sombrias, pânico alerta. A sens das açõe ração Lav
a-Ja A coruja das corujas?”
so- Os páss era a mesma do pers ação de Devia s de nossa Câmara Legi to ou mirando ouviu tudo impassí

Carvalho; do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e


a escorrer ,o cavernosas
pelas têmpora Se voc e pess aros, onagem ser uma slati com o vel, me
s que acha ê perguntar a uma imistas. cado por mis de Alfred Hitchcock, de cheada de anú edição de domingo va. um verso de Nelssemblante austero
da crise econ coruja terio ata- vam ncios, pois , re- on de
ômica, é mui o Ao me mira sas aves. ente à ofen resistiu bra- mentou: “Tire o seu Cavaquinho e co-
to olhos r, divisei uma Decerto siva . que eu que sorriso do
atentos, pou ro cam
sada em cimacoruja de ninho, ela , quando me afastei Esse cronista passar com a minha inho

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes;


do galho me deixou de não entende dor.
em paz. Vire seu corujas. Ele
>> entrevista
para ela e não patavina de
tentei escl

REJANE SUX
i-me fala
arecer: “A
senhora m nas fábu sabe que as corujas
nos contos las de La só
de Monteiro Fontaine ou

BERGER
Lobato”.

do Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Marco Buzzi; Casos recentes


Para a juíza Re de violência contra a mu
da Coordenadora do Núcleo Permanente de Mediação e A Juíza Rejane Suxberger, titular do Juizado de
jane Suxberge lhe
r, titular da Var r estarreceram Brasília.
a de Violência É com
Doméstica de um a associação entre
Conciliação do TJDFT, Juíza Luciana Sorrentino; além Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de “Eles agrid Sobradinho, as
o consumo de agressões e o uso de beb
entorpecentes ida
não pode ser e drogas.

porque ela em a mulher


vir de pretexto
de juízes coordenadores dos CEJUSCs. Sobradinho, concedeu entrevista ao jornal Correio
Com o posto em funcionamento, as partes envolvidas Braziliense sobre violência doméstica, relação entre é mais vuln
em processos judiciais não precisarão mais se dirigir bebida e agressão e como o Judiciário trabalha nos casos
» ALESSANDR
ESPECIAL PARA

erável”
A MODZELE
O CORREIO
SKI

O
Fotos: Luís Tajes/
CB/D.A Press
retrato da violê
ncia contra

ao Tribunal ou a outro ponto de atendimento, podendo


São 16 mor a mulher no
tes
cada 20 dias registradas por feminicíd Distrito Fede

de violência acolhendo as mulheres agredidas. A matéria


. Outras 11.0 io em 2016,um ral assusta.
tubro. 87 consciência
de violência São três a cada duas sofreram agressões de a morte a de
crime e que, que aconteceu um
contra a mul horas. Nos últim janeiro a ou-
1,Vitor Mar
çal Duarte, her estarreceram da capi os dias, alguns caso do o mesmo se ele tivesse cometi- para efetuar as denúnc

realizar a conciliação no próprio NPJ do IDP. Uma vez


anos. Antes
disso, o jove 22 anos, atropelou a tal. No Riac s seria punido. com um homem, ele antes era briga, que ias. O que

“Eles agridem a mulher porque ela é mais vulnerável” foi


ho Fundo ocorria den
que resultou
em quatro dedo
m fechou a mãe
porta do carr Renata Marçal, 40 lher seria difer Por que com a mu- tro de casa, que não -
era
çou após uma s quebrado o na mão de penal disp ente? Nosso sistema ninguém, a gente fala visto por
cia, ele teria discussão envolvendo s.A sequência de violê Renata, o õe
nais; alguns de vários tipos pe- briga invisível, que que é uma
conf
internada no essado o uso de álco Vitor, a namorada e a ncia come- que o proc realmente permitem ma parte, hoje em dia, uém to-
ning

feito o acordo, ele será remetido ao TJDF e homologado


Hos pital de Base ol, maconha e mãe . À polí- esso apenas

publicada na edição do dia 20 de novembro, do jornal.


bou com a do DF. cocaína. com a con âmbito dom extrapola o
mor
meida, 36, mat te de Tatiane Leal Ribe Outro caso, em Sam A mãe está cordância continue âmbito da éstico, extrapola
ou a ex-comp iro, 38 anos. ambaia, Um exemplo da mulher. residência o
Ronaldo And aca- e
de 12 anos.
Os anheira ameaça. Ela típico é o crime de levada à sociedade, ao está sendo
tes e que Ron familiares relataram na frente da filha de 3 rade Al- precisa falar Judiciário.

pela juíza responsável.


aldo que a vítim e a ocorrênc , registrar
A cada 10 casoera alcoólatra. a teria sido da enteada ia.
mento da denúSe diante do recebi- Qual a importância do
s de agredida an- acol
atribuem o viol ncia, ela desi
ocorrido ao ência doméstica, pelo processar,
é possível stir de vítimhimento dessa mulher,
ne Suxberg uso de subs menos seis mento do o a da violência
er, tânc
“Não se pod titular da Vara de Viol ias químicas,relata agressores processo. arquiva- em uma , ao chegar
e a mais crimes Mas os de- vara espe
vai culminar falar que só porque se ência Doméstica, em juíza Reja- com
lesão corporal, o, por exemplo, a A vítima prec cializada?
inge Sobradinho.
utilizado comem uma agressão. Esse riu álcool isso nece belo, murros, como puxão de ca- pelo Judiciário, ela tem acolhida
isa ser
ssariamente
defende a juíz o uma desculpa para motivo não pode ser não deixam e outras lesões que o que vai acontece que saber
unic
por mês, cheg a. Na vara onde atua aquele comportamento amente ação penal marca, esse tipo de acontecendo. Ela nãoo que está
r,
, mais de 3
entrevista ao am mais de 250 novo mil processo agressivo”, da vontade
ocorre inde
pendente jogada. Por que as vítimpode ser
Corr eio, a juíza s caso s de violênci s tram itam e, da vítima. tem tanto
são, esclarece discutiu a dom de as desis-
mo isso imp u pontos envolvendo a relação entre a bebi éstica. Em Mas serve de cesso? Porq seguir com o pro-
acta na tram o perd da ue
diciário deve itação do proc ão da vítima ao agre e a agres- atenuante? acolhimento existe uma falta de
Se a mulher
receber essa
mulher e a esso, além de relatar ssor e co- rem as paze e o marido bem acolhida. Quando a vítima é
importância como o Ju- s fize- , quando
do acolhim
ento. uma pacificaç e se for constatada trâmite do process ela sabe o
É frequente ão no lar, ness acon tecer, com o, o que vai
a sos, o perd es ca-
com a violê relação álcool ão o acon
ncia doméstic no qual a violê para atenuar pode ser utilizado as consequências, tece, quais
ela
Como a Just
iça a? sive, existem ncia ocorre. Inclu- bradinho, a pena. Aqui em So- mais empoderada, mai se sente

Tribuna Judiciária 8 9
substâncias vê o uso de a
pos de psic gente tem dois gru- ra continuar. E quanto s forte pa-
químicas com tionam esse estudos que ques- Essa ass
desculpa para o mo causa da papel do álcool co- beb ociação as mulhere
ólogos, que da responsa à questão
a
O consumo violência? eu, se drogou “Sim, ele se s e os hom atendem ba o agre bilização, isso engl
do a questão violência, levantan- briga só comtransforma. Mas ele do eles voltam a con ens. Quan- atuo, em ssor. Na vara em que
o-
ca e de drog de bebida alcoóli-
as deria estar que o consumo po- cometeu a e de casa, com as mulheres dentro ou quando é filho e
viver juntos Sobradinho
por uma cons é a razão levantada violên mãe e a con- não fica no corr , a mulher
éstica é err cia
assumindo
autores e de iderável parcela de
caráter de mais um dom mã e com a esposa, com a ir- vivência vai continu edo
desc
comportame ulpa para aquele a ar, eles são agressor e da família r diante do
tuações viole mulheres nessas si- ada. costume de mãe, ou ele tem o encaminhados para
nto agressivo Porque ess esse sala , enq
que o que brigar na rua?” Por- Neles, é trabalhada com s grupos. diência, uanto ela aguarda a ta
dele . Nes
Nós sabemosntas dentro de casa. Por . e crime obse au-
toxicação aumque o estado de in- buscque os agressores tend envolve um brigam, eles rvamos é que eles mem a que stão da esse ho-
bre violê
são passado
s vídeos so-
a
violência entr enta as chances de mul ar como vítima principa a
em
outras quest série de agridem, masficam bêbados, eles porque ele agiu daq viol ênc ia, mulhere ncia doméstica. Mui
mais vulneráv eles agridem só o porque ele é violento
uela forma, s vêm até ped tas
ma. Mas isso e o agressor e a víti- heres? l as
indiv ões el, que, no Também sã só com ela. a medida protetiva ir para tirar
não Sem m
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

LANÇAMENTOS PROMOÇÕES
& REMOÇÕES

Curso de Direito Processual Civil Novos Desembargadores

O Juiz Fabrício Castagna Lunardi lançou, em 1º de


setembro, o livro “Curso de Direito Processual Civil”. O
evento foi realizado na Escola da Magistratura do Dis-
trito Federal (ESMA-DF), com apoio da Associação dos
Magistrados do DF (Amagis-DF), no Fórum Desembar-
gador Milton Sebastião Barbosa.
Em 904 páginas, o livro apresenta um curso completo
sobre o Direito Processual Civil, em volume único, com
intuito de proporcionar um estudo direcionado e integral
da matéria, sem deixar de ser crítico, reflexivo e propo-
sitivo. A obra está de acordo com o Novo CPC e com as
alterações promovidas pela Lei 13.256/2016.

Magistrados lançam livro sobre sentença penal Seis novos desembargadores são empossados no DF
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) deu Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF) também
posse a seis novos desembargadores, membros da Corte marcou presença na cerimônia, representada pelo então
No dia 18 de novembro, os Juízes Luiz Otávio Rezende e Fabrício Cas- local - todos Juízes Substitutos do 2º Grau DF promovi- Presidente, Desembargador Sebastião Coelho da Silva.
tagna Lunardi lançaram o livro “Curso de Sentença Penal: Técnica, Prática dos, em virtude da Lei 13.264/2016, que ampliou o nú- Os novos desembargadores, empossados na ocasião,
e Desenvolvimento de Habilidades”, pela Editora Juspodivm. A obra está mero de integrantes da segunda Instância. A solenidade, foram: James Eduardo da Cruz de Moraes Oliveira, Cesar
disponível nas maiores livrarias do país como um importante aliado do ma- realizada em 29 de julho, foi realizada na Sala de Sessões Laboissiere Loyola, Sandoval Gomes de Oliveira, Esdras
gistrado e do candidato à Magistratura no estudo da técnica de redação da Plenárias do Tribunal e contou com a presença do Go- Neves Almeida, Gislene Pinheiro de Oliveira e Ana Ma-
sentença penal, permitindo o desenvolvimento da habilidade de aplicar o vernador do DF, Rodrigo Rolemberg. A Associação dos ria Cantarino.
conhecimento jurídico exposto na prática do ato sentencial.
O livro tem o objetivo de levar o leitor a desenvolver a capacidade de
elaborar uma sentença técnica, bem fundamentada, objetiva e completa, no
menor tempo possível, e com toda a qualidade que se exige tanto na ativida-
Procurador Diaulas é empossado como Desembargador
de judicante quanto nos concursos públicos. A obra traz diversos exercícios
simulados de sentença penal, com espelho de correção, dando-se ênfase às Tomou posse, em 19 de agosto, como desem- Pós-Graduação em Direito; professor do Curso de Me-
provas mais recentes, a partir da experiência dos autores não só como mem- bargador do TJDFT, o procurador de Justiça, Dr. Diau- dicina da Universidade Católica de Brasília; doutor em
bros de bancas examinadoras de inúmeros certames da magistratura, mas las Costa Ribeiro. A solenidade foi realizada na Sala de Ciências Jurídico-Criminais - Universidade Católica Por-
também como professores de técnica de sentença. Sessões Plenárias do Tribunal e contou com a presença tuguesa, Lisboa; pós-doutor em Direito e Bioética Mé-
do então Presidente da Amagis-DF, Desembargador Se- dica - Universidade Complutense de Madrid; Faculdade
bastião Coelho; do Governador do DF, Rodrigo Rollem- de Medicina e Membro Titular da Comissão Nacional de
berg; do subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Revisão do Código de Ética Médica do CFM.
Gustavo do Vale Rocha, representando o Presidente da
Os autores República, Michel Temer; do Ministro do STF , Marco
Fabrício Castagna Lunardi é doutorando e mestre Luiz Otávio Rezende de Freitas é especialista em Di- Aurélio Mello; do Procurador-Geral do DF, Leonardo
em Direito pela UnB e bacharel em Direito pela UFSM. reito Administrativo pelo IDP e em Ciências Penais pela Bessa; além de magistrados, amigos e familiares.
Já atuou como advogado privado, Defensor Público (RS) e Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Já foi Diaulas ocupa vaga devida ao MPDFT. Indica-
Advogado da União. É professor de Direito dos cursos de membro de bancas examinadoras do CESPE/UnB em con- do em lista tríplice pelo TJDFT e enviada ao Presidente
Pós-Graduação do IDP, bem como na Escola de Adminis- cursos da magistratura federal (TRF 2ª Região e TRF 5ª da República, a escolha pelo procurador foi divulgada no
tração Judiciária do TJDFT e na Escola Superior da Magis- Região), trabalhista (TRT 5ª Região), militar da União e dia 26 de julho por Michel Temer. O desembargador é
tratura de Alagoas (ESMAL). Examinador em Bancas de estadual (TJPI, TJPA, TJMA, TJCE, TJES). É professor de conselheiro do Conselho Superior do Ministério Público;
Concursos Públicos organizados pelo CESPE/CEBRASPE. Técnica de Sentença do Curso Preparatório Mege. doutor em Direito e pós-doutor em Direito e Medicina;
diretor do Curso de Direito; professor do Programa de

Tribuna Judiciária 10 11
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

Novos Juízes Substitutos de 2º Grau Novo Juiz de Turma Recursal

Posse do Juiz Luís Gustavo


Barbosa de Oliveira
O Juiz Luís Gustavo Barbosa de Oliveira foi
empossado no cargo de Juiz Substituto de 2º Grau,
no dia 22 de julho. A solenidade de posse foi
conduzida pelo Presidente do Tribunal de Justiça do
DF (TJDFT), Desembargador Mario Machado, no
gabinete da presidência e contou com a participação
do então Presidente da Amagis-DF, Desembargador
Sebastião Coelho da Silva.
Natural de Brasília, o Juiz Luís Gustavo ingressou
na magistratura local em 1994, promovido a Juiz
de Direito, em 1996. A promoção no novo cargo
se deu em sessão do Tribunal Pleno, no dia 28 de
junho, pelo critério de merecimento de acordo com a Na ocasião da posse dos seis Juízes de 2º Grau, no dia 9 de Juiz de Direito Substituto da Justiça do DF, sendo
Portaria GPR1.217. de setembro, tomou posse também o Juiz Carlos Alberto promovido a Juiz de Direito em 2000. Foi juiz eleitoral,
Martins Filho, como membro das Turmas Recursais dos juiz do Núcleo de Cooperação Judiciária, membro de
Juizados Especiais do DF. O magistrado foi selecionado Turma Recursal e ocupou o cargo de Coordenador-
por meio de concurso de remoção, observado o critério Geral da Escola de Formação Judiciária do TJDFT e de
Seis juízes ascendem ao cargo de merecimento. Diretor-Geral da Escola Superior da Magistratura do DF
O Juiz Fábio Esteves, então vice-presidente da (ESMA-DF). Também integrou o Comitê de Priorização
O TJDFT deu posse, no dia 9 de setembro, a seis novos os Juízes Álvaro Luis de Araújo Sales Ciarlini, Fábio
Amagis-DF, prestigiou a solenidade, como integrante da de 1º Grau de Jurisdição do CNJ e a Coordenação do
Juízes de Direito Substitutos de 2º Grau, removidos Eduardo Marques, Carlos Pires Soares Neto, Demétrius
mesa de honra representando a Associação. Sistema dos Juizados Especiais do Distrito Federal, foi
em virtude da posse de seus ocupantes ao cargo de Gomes Cavalcanti, Robson Barbosa de Azevedo e Sandra
Natural do Rio de Janeiro, o Juiz Carlos Alberto 1º Vice-Presidente da Amagis-DF e hoje é Juiz Assistente
Desembargador, no dia 29 de julho. Os empossados são Reves Vasques Tonussi.
Martins Filho ingressou no TJDFT em 1993, como da Presidência do TJDFT e titular do 1º Juizado Cível de
técnico judiciário. Em 1996, tomou posse no cargo Brasília.

Amagis-DF prestigia posse de nova juíza de direito


Membros da diretoria da Amagis-DF prestigiaram,
no dia 22 de agosto, a solenidade de posse de mais uma
candidata aprovada no XLI Concurso Público para Juízes
Substitutos da Justiça do Distrito Federal: Bruna de Abreu
Färber.
Natural de Brasília, a nova juíza é graduada em Direito
pelo Centro Universitário de Brasília. É especialista
em Ministério Público e Ordem Jurídica pela Fundação
Superior do Ministério Público do DF. Aprovada em
concurso para agente da Policia Civil do DF, atuou na
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Foi
Defensora Pública do Estado do Rio Grande do Sul e
Analista de Apoio à Assistência Judiciária na Defensoria
Pública do DF.

Tribuna Judiciária 12 13
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

PREPARAÇÃO

Seminário reúne magistrados para avaliar novo CPC ESMA-DF capacitará mediadores judiciais

O Seminário “Primeiras Avaliações sobre o novo Có- Seminário. “Para nós, é uma alegria e uma honra muito
digo de Processo Civil (CPC)” foi realizado de 31 de grande sermos parceiros deste evento”, afirmou.
agosto a 2 de setembro, no auditório Sepúlveda Pertence Participaram da mesa de abertura o Presidente do
(TJDFT) e reuniu magistrados de todo o país, além de TJDFT, Desembargador Mário Machado; o Segundo Vi-
profissionais da área jurídica. O evento é oriundo da par- ce-Presidente do TJDFT, Desembargador José Jacinto No dia 21 de novembro, dia da abertura da Semana mediador judicial no TJDFT. A parte teórica do curso será
ceria entre a Amagis-DF, AMB e TJDFT e suas respecti- Costa Carvalho; o Diretor-Geral da Escola de Formação Nacional de Conciliação, a Escola da Magistratura do ministrada na ESMA e a parte prática em um dos CEJUS-
vas escolas, e teve como objetivo compartilhar e discutir Judiciária do TJDFT - Ministro Luiz Vicente Cernicchia- Distrito Federal (ESMA-DF) foi credenciada pelo Nú- Cs vinculados ao TJDFT. O início das aulas teóricas está
as primeiras impressões de magistrados e demais opera- ro, Desembargador George Lopes Leite; o Diretor-Pre- cleo Permanente de Mediação (NUPEMEC), vinculado à previsto para o dia 23 de janeiro de 2017.
dores do Direito sobre o novo CPC. sidente da ENM, Desembargador Cláudio dell’Orto e 2ª Vice-Presidência do TJDFT, para capacitar mediadores Para a Juíza Assistente da 2ª Vice-Presidência e Co-
Na abertura, o então Presidente da Amagis-DF, De- a então Secretária-Geral da Amagis-DF, Juíza Caroline judiciais nos moldes da Resolução 125/2010 do Conselho ordenadora do NUPEMEC, Luciana Yuki Sorrentino, o
sembargador Sebastião Coelho cumprimentou os presen- Santos Lima, representando a Escola da Magistratura do Nacional de Justiça. A instituição é a primeira a celebrar credenciamento da ESMA é um grande avanço para a po-
tes, destacou a importância de debater o tema e agradeceu Distrito Federal (ESMA-DF). a parceria após a edição da Portaria Conjunta 89/2016 e lítica de tratamento adequado de conflitos no âmbito do
a oportunidade de participar diretamente da realização do oferecerá o Curso de Mediação Básica com duração de TJDF. “O curso oferecido pela ESMA seguirá os mesmos
40 horas teóricas e 80 horas práticas. padrões técnicos e de qualidade daqueles oferecidos pelo
O curso será facilitado por instrutores e mediadores NUPEMEC, e, certamente, será uma ótima opção ao pro-
capacitados pelo CNJ e habilitará o aluno a atuar como fissional que deseja ingressar na área,” explicou.

Magistrado participa de fórum para debater mudanças no ECA

O Juiz Renato Rodovalho Scussel, titular da Vara da estratégias voltadas à efetivação do direito à convivên-
Infância e da Juventude do DF, participou, no dia 18 de cia familiar e comunitária de crianças e adolescentes.
novembro, do II Fórum Nacional de Justiça Protetiva “Precisamos mudar de alguma forma e que possa-
- Fonajup. Cerca de quarenta magistrados de 17 esta- mos contribuir com nossas experiências para o aper-
dos e do DF se reuniram para estudar, debater e con- feiçoamento do Sistema de Justiça e da legislação da
solidar propostas de mudança no Estatuto da Criança e infância e da juventude, que é o nosso instrumento de
do Adolescente na área protetiva, na parte que trata de trabalho”, afirmou Scussel.
procedimentos para adoção e atualização das diversas

Tribuna Judiciária 14 15
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

EM AÇÃO

Amagis presta solidariedade ao fórum de Goiatuba (GO) Pela valorização da da Constituição Federal e teve como finalidade protestar
contra projetos que tramitam no Congresso Nacional e
Magistratura e do MP visam retirar prerrogativas de instituições fundamentais
para o Brasil - que ferem a consolidação do Estado De-
mocrático de Direito.
No dia 11 de agosto, o então Presidente da Amagis-
A mobilização, organizada pela Frente Associativa da
DF, Desembargador Sebastião Coelho, visitou o fórum No dia 5 de outubro, integrantes da magistratura na- Magistratura e do Ministério Público (Frentas), coorde-
de Goiatuba (GO), alvo de um incêndio criminoso na ma- cional e do Ministério Público se reuniram em outro gran- nada pela AMB, com a participação da Amagis-DF, con-
drugada do dia 10. A ação, realizada em conjunto com de ato em defesa da valorização das carreiras jurídicas, na tou ainda com adesão de magistrados, promotores, defen-
a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), teve Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro foi rea- sores públicos, procuradores e parlamentares.
como objetivo prestar apoio à Associação dos Magistra- lizado no dia do aniversário dos 28 anos da promulgação
dos do Estado de Goiás (Asmego) e solidariedade aos
magistrados e servidores do município.
Segundo o Desembargador Sebastião Coelho, a visita
foi um conforto para os colegas que atuam lá e também
Mobilização contra a corrupção reúne
para os juízes de todo o Estado de Goiás. Ainda, sensibi-
lizada com o ocorrido, a Amagis-DF divulgou Nota de
magistrados e membros do MP em grande ato
Repúdio ao ato criminoso, cobrando posição e providên-
cias do Conselho Nacional de Justiça por mais segurança
para magistrados e servidores da Justiça no exercício de
suas atividades.

Amagis contra
a PLS 280/2016
No dia 8 de agosto, A tarde do 1º de dezembro, foi marcada por uma gran- Mas não vamos nos calar. Estamos aqui para denunciar. E
magistrados, membros de mobilização, realizada em Brasília, por magistrados vamos resistir a esse atentado contra a democracia”, bra-
do Ministério Público, e membros do Ministério Público de diversos locais do dou o então Presidente da Amagis-DF, Desembargador
delegados federais e au- País. O ato público reuniu cerca de 500 pessoas na parte Sebastião Coelho. O ato contou ainda com a participação
ditores de contas de todo externa do Superior Tribunal Federal (STF), que protes- do presidente eleito da Amagis-DF, Fábio Francisco Es-
o Brasil participaram, na taram contra emendas aprovadas na Câmara dos Depu- teves, que declarou que a Magistratura está consciente
Câmara dos Deputados, tados, que alteram o pacote de combate à corrupção. A do seu papel ao participar de manifestações desse nível.
de um grande ato público Amagis-DF e inúmeros associados participaram da ação, “É preciso defender nossas prerrogativas e competências
contra o Projeto de Lei do que durou quase três horas. Na ocasião, a Presidente do e dar ciência de que estamos fazendo isso em nome do
Senado que altera a lei de STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministra Estado Democrático de Direito e da sociedade”, pontuou.
abuso de autoridade (PLS Cármen Lúcia, interrompeu suas atividades para prestar A mobilização reuniu várias representações asso-
280/2016). As categorias apoio aos magistrados, oportunidade na qual recebeu, das ciativas de magistrados, tais como: a Associação dos
se reuniram, ainda, em fa- mãos de representantes de associações de magistrados e Magistrados do Trabalho da 12ª Região (Amatra 12), a
vor de uma força-tarefa para dar celeridade aos processos então Presidente da AMB (Associação dos Magistrados de promotores, uma carta aberta contra a corrupção e a Associação dos Magistrados Piauienses (Amapi), a As-
que envolvem agentes públicos na Operação Lava Jato. O Brasileiros), João Ricardo Costa Neto. Os deputados impunidade, em defesa da liberdade de atuação do Poder sociação dos Magistrados do Amapá (Amaap), a Asso-
ato, organizado pela Frente Associativa da Magistratura Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Joaquim Passarinho (PS- Judiciário. ciação Alagoana de Magistrados (Almagis), a Associação
e do Ministério Público (Frentas), contou com a partici- D-PA), Valtenir Pereira (PMDB-MT), Gonzaga Patriota “Povo brasileiro, vocês querem que juízes e promoto- dos Magistrados do Paraná (Amapar), a Associação dos
pação de representantes de diversas entidades jurídicas (PSB-PE), João Castelo (PSDB-MA), Rogério Rosso res sejam presos no lugar de bandidos do Congresso? Por Magistrados Mineiros (Amagis-MG), e a Associação dos
brasileiras, com destaque à participação do então Presi- (PSD-DF) e Carmem Zanotto (PPS-SC) compareceram acaso, o povo quer o fim da Lava Jato? Não! O que está Magistrados da Bahia (Amab), entre outras.
dente da Associação dos Magistrados do Distrito Fede- ao ato e discursaram em apoio à mobilização das classes. sendo tratado no Congresso Nacional, nada mais é que
ral (Amagis-DF), Desembargador Sebastião Coelho e do o medo desses políticos corruptos de irem para a cadeia. *veja galeria de fotos no site da Amagis-DF

Tribuna Judiciária 16 17
AMAGIS INFORMA AMAGIS INFORMA

CIDADANIA E JUSTIÇA FALANDO DIREITO

Premiação da Talmirim encerra atividades da edição 2016 Projeto forma primeira turma e lança instituto nacional

O auditório externo do Superior Tribunal de Justiça de Direito, Marcos Vinícius, ex-aluno do projeto, em um
(STJ) ficou movimentado na noite do dia 6 de dezembro discurso motivador direcionado aos formandos.
com a formatura da primeira turma de alunos do Projeto Com objetivo de ampliar a atuação do Projeto para o
Falando Direito. A cerimônia contou com a participação alcance de todos os jovens da educação pública do Bra-
do ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca; do sil e disseminar o conhecimento em direitos aos cidadãos
presidente eleito da Amagis-DF, Juiz Fábio Esteves; do em formação, os membros do Projeto Falando Direito
presidente da Anadep, Joaquim Neto; da coordenadora preparou um manifesto em favor do lançamento do Ins-
da regional de ensino do Núcleo Bandeirante, Francismar tituto Brasileiro de Educação em Direitos e Fraternidade.
Moreira; dos representantes da Aula Móvel, Cinara Gui- O texto foi lido pelo advogado e ex-aluno de curso de
marães e Pablo Guimarães; e da representante do cursos Educação em Direitos, Vitor Sampaio.
Alub, Raiane de Souza Santana; que compuseram mesa Ao final, foram entregues aos 100 alunos formandos o
O auditório Sepúlveda Pertence, do Tribunal de Justi- Silva, da Escola Classe 411, ganhou um X-Box, presen- de honra no evento. certificado de conclusão do curso, juntamente com carta
ça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), ficou movi- te, que segundo o aluno, foi um pedido que fez ao papai O público do evento e os participantes da mesa pude- de desconto para cursarem aulas de pré-vestibular, con-
mentado, na manhã do dia 9 de dezembro, com o encer- Noel. As vencedoras da categoria música foram as alunas ram ouvir o breve relato de alunos e ex-alunos do Proje- cedido pelo Alub. Ainda, foram premiados, na ocasião,
ramento da edição 2016 do Programa Cidadania e Justiça Ana Luíza, Rayssa, Maria Vitória, Maria Eduardo Cama- to sobre suas experiências acerca do ensino em direitos. os jovens que mais se destacaram ao longo do curso, nas
na Escola. O evento foi marcado pela premiação dos ven- ra e Vitória Gonçalves pela música “Valeu Justiça”. As “A melhor forma de valorizar um sonho é dedicando o categorias “simulado” e “redação de artigo”.
cedores da IIX Mostra de Talentos Mirins (Talmirim) e vencedoras são da Escola Classe 512 da Samambaia e seu melhor para trazê-lo à realidade”, disse o estudante
reuniu aproximadamente 200 pessoas, entre estudantes, ganharam Kits completos de beleza como premiação. * Matéria completa e galeria de fotos no site da Amagis-DF
professores, magistrados voluntários, autoridades e cola- Os Magistrados voluntários também foram homena-
boradores. Em sua 16ª edição, o Programa atendeu, neste geados pela luta constante frente ao Projeto. Ao total, 17
O Projeto
ano, cerca de seis mil crianças do 5º ano do ensino funda- Magistrados usaram sua vasta experiência e criatividade O Projeto Falando Direito é uma ação realizada No primeiro ano de atividade, diversas disciplinas
mental das quatro regionais de ensino do Distrito Federal. nas palestras proferidas nas escolas, incluindo áreas ru-
pela Associação dos Magistrados do Distrito Federal da área foram lecionadas, por professores voluntários
A Secretária-Geral da Amagis-DF, Juíza Caroline rais do DF, com noções de cidadania, moral, justiça, ética
(Amagis-DF), em parceria com a Associação Nacional do projeto - Juízes, Defensores Públicos, Policiais,
Santos Lima, agradeceu aos Magistrados voluntários e e a didática envolvente com simulações de julgamentos e
de Defensoria Pública (Anadep) e a empresa Aula Mó- Advogados, entre outros -, aos alunos das regionais de
aos parceiros e colaboradores do Programa. “Essas crian- outras dinâmicas.
ças são o futuro do nosso país. É essencial que tenham Em funcionamento desde 2001, o Programa Cidada-
vel, que visa desenvolver o protagonismo do jovem na ensino do Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Ria-
esse contato com o Judiciário, que aprendam sobre cida- nia e Justiça na Escola foi criado pela Associação dos condição de cidadão, por meio do ensino do Direito, cho Fundo I e II e Arniqueiras. As aulas ocorreram no
dania e justiça”, enfatizou. A Magistrada também elogiou Magistrados Brasileiros (AMB) e adotado pela Amagis- preparando-o para vestibulares e concursos público, auditório do Tribunal do Júri do Fórum Desembarga-
a parceria da Poupex, na pessoa da senhora Maria Beatriz DF e pela Secretaria de Educação do Distrito Federal. formando jovens conscientes de seus direitos e deveres dor Hugo Auler, no Núcleo Bandeirante, toda terça e
Castilho, pelo apoio financeiro em todos os anos do Pro- Também estiveram presentes no encerramento o De- e conhecedores das noções elementares de cidadania. quinta-feira, às 19h.
grama Cidadania e Justiça na Escola. sembargador Sandoval Gomes de Oliveira; a represen-
Os vencedores do prêmio Talmirim concorreram nas tante da Secretaria de Educação do DF, Janete Araújo da
categorias Redação, Desenho e Música. Aplaudida pelos Silva; a representante da Poupex, Maria Beatriz Castilho;
colegas, a aluna Isabela Santos Ferreira, da Escola Classe e os Juízes Gislaine Carneiro Campos Reis, Acácia Regi-
308 Sul, ficou em primeiro lugar na categoria Redação na Soares de Sá e Eutália Maciel Coutinho.
e foi presenteada com um notebook após ler sua reda-
ção. Na categoria Desenho, o aluno Kevin Brian Oliveira SIGA, CURTA E COMPARTILHE E O FALANDO DIREITO NAS REDES SOCIAIS
* Mais sobre o Programa no site da Amagis-DF
falandodireito falandodireito falandodireito
www.projetofalandodireito.com.br
Tribuna Judiciária 18 19
ESPECIAL ESPECIAL

1º VICE-PRESIDENTE

Luiz Otávio Rezende de Freitas é Juiz de Direito


Substituto desde 2009. Especialista em Ciências Criminais
pela Unisul e em Direito Administrativo pelo IDP, o
magistrado é autor de livros e guias práticos indicados
para quem quer ingressar a carreira de juiz.

Amagis-DF sob nova direção 2º VICE-PRESIDENTE

associados elegem nova diretoria (biênio 2016-2018) O Desembargador Sebastião Coelho da Silva está na
Magistratura desde 1991. Já exerceu titularidade na Vara
Criminal e do Tribunal do Júri de Planaltina, da Auditoria
Tomaram posse, no dia 13 de dezembro, os novos Esteves agradeceu o Desembargador Sebastião Coelho Militar do DF, da Vara de Execuções Penais, da 2ª Vara
membros da Diretoria e Conselho Fiscal da Associação dos pela oportunidade de aprender e hoje ter a capacidade de de Precatórias e da 6ª Vara Criminal de Brasília. Também
Magistrados do Distrito Federal e dos Territórios (Amagis- dirigir a Associação. “Quando assumi a vice-presidência foi Diretor do Fórum Desembargador Milton Sebastião
DF), eleitos no dia 18 de novembro. São eles: o Juiz Fábio eu tinha o pensamento de que seria coadjuvante, você Barbosa e Titular da 13ª Zona Eleitoral de Samambaia. No
Francisco Esteves (Presidente), o Juiz Luiz Otávio Rezende me deu a oportunidade verdadeiramente de exercer não decurso de sua carreira, foi Vice-Presidente da Associação
de Freitas (1º Vice-Presidente), o Desembargador Sebastião somente o cargo de Vice-Presidente, mas por diversas dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação dos
Coelho da Silva (2º Vice-Presidente), a Juíza Gabriela Jardon vezes de Presidente da Amagis. O desafio nesse momento é Magistrados da Justiça Militar Estadual e da Ordem
Guimarães de Faria (Secretária-Geral), o Juiz Aimar Neres imensurável. Juntamos os melhores nomes que a Magistratura dos Advogados do Brasil (Amapá). Na última gestão da
de Matos (Diretor Financeiro), a Juíza Thaissa de Moura do DF tem para representá-la. É sem dúvida um time que me Amagis-DF exerceu o cargo de Presidente.
Guimarães (Diretora Social e Cultural), o Juiz Ricardo Norio dá toda segurança para assumir a função de representar essa
Daitoku (Diretor de Esportes e Lazer), a Juíza Ana Beatriz entidade”, concluiu.
Brusco (Diretora de Comunicação Social) e a Juíza Eutália O Desembargador Sebastião Coelho, que esteve na direção
Maciel Coutinho (Diretora de Apoio aos Aposentados e da Associação de 2014 a 2016, agradeceu a oportunidade de
Pensionistas). realizar o sonho de presidir a Amagis e a todos que fizeram
SECRETÁRIA-GERAL
No Conselho Fiscal estão: o Juiz Edilson Enedino das parte dessa trajetória. Na oportunidade, informou que foi
Chagas (Titular), a Juíza Josélia Lehner Freitas Fajardo assinada a escritura que dá posse à Associação a área da
(Titular), o Juiz Lucas Sales da Costa (Titular), o Juiz Luis Sede Social, onde funciona o clube da entidade, destacando
Gabriela Jardon Guimarães de Faria é Juíza do Tribunal
Carlos de Miranda (Titular), Juiz Matheus Stamillo Santarelli que todos os presidentes anteriores contribuíram para essa
de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desde 2005,
Zuliani (Titular), a Juíza Caroline Santos Lima (Suplente), conquista. “Hoje é um dia de agradecimento e de desejar um
onde também atuou no cargo de Analista Judiciária, a
e a Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio (Suplente). bom êxito para a gestão do Fábio e todos que assumem a
partir do ano de 1998. É Mestre em Direitos Humanos
Em seu discurso de posse, o Juiz Fábio Francisco diretoria”, finalizou .
pela Universidade de Essex, na Inglaterra (2002) e,
atualmente, Titular da 1ª Vara Cível de Taguatinga.
Conheça a nova Diretoria Executiva

Presidente
O Juiz Fábio Francisco Esteves ingressou na Magistratura
DIREITOR FINANCEIRO
no ano de 2007. Atualmente, é Titular da Vara Criminal
e do Tribunal do Júri do Fórum do Núcleo Bandeirante.
O Juiz Aimar Neres de Matos integra a Magistratura
Mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB),
do Distrito Federal, desde 1998. Atualmente, é Titular da
desde 2012, é diretor da Escola da Magistratura do Distrito
4ª Vara de Entorpecentes do DF. Já fez parte de outras
Federal (Esma-DF), onde também é professor. É um dos
diretorias da Amagis-DF, ocupando a vaga de Diretor de
idealizadores do Projeto Falando Direito (vide matéria na
Esportes e Lazer na última gestão.
página 19), onde atua como coordenador pedagógico. Na
última gestão da Amagis-DF exerceu o cargo de 1º Vice-
Presidente.

Tribuna Judiciária 20 21
ESPECIAL CAPA

Magistratura mais
DIRETORA SOCIAL E CULTURAL

Thaissa de Moura Guimarães ingressou, como


servidora, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal,
em 1998. Está na Magistratura desde o ano de 2004. É
atuante e unida
Juíza Titular da 20ª Vara Cível de Brasília desde 2015.
Especialista em Direito Civil pelo Centro Unificado de
Brasília (UNICEUB) e pela Universidade de Salamanca,
na Espanha.

DIRETOR DE ESPORTES E LAZER

Ricardo Norio Daitoku é Juiz Titular da Vara de


Registros Públicos do DF, desde 2009. Bacharel em
Direito pela Associação de Ensino Unificado do Distrito
Federal (AEUDF), já atuou como Juiz Eleitoral da 12ª
Zona Eleitoral de Ceilândia, Juiz titular do 2º Juizado
Especial Cível, Criminal e de Violência Doméstica
do Paranoá e como Juiz titular da 2ª Vara Criminal de
Ceilândia.
A Amagis-DF encerra o ano de 2016 comemorando
inúmeras conquistas para os magistrados do DF. A Tri-
buna Judiciária traz uma breve retrospectiva da atuação
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
da Associação no último biênio recordando as ativida-
Ana Beatriz Brusco é Juíza Substituta desde 2015. des mais importantes do período
Formada em Direito pelo Centro Unificado de Brasília
(UNICEUB), a magistrada é Pós-Graduada em Processo
Civil pelo IDP, em Processo Legislativo pela Fortium e em
Ministério Público pela Fundação Escola do Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios (FESMPDFT).
Atuou como advogada entre os anos de 2010 e 2015.
Atualmente trabalha na 17ª Vara Civel de Brasíla.

DIRETORA DE APOIO AOS


APOSENTADOS E PENSIONISTAS
Formada pelo então Presidente, Desembargador Se- e Lazer) Theresa Karina de Figueiredo G. Barbosa (Di-
Eutália Maciel Coutinho é Juíza de Direito aposentada bastião Coelho da Silva, o Desembargador Antoninho retora de Comunicação Social), a diretoria que esteve
do TJDFT. Especialista em Direito Penal e em Direito Lopes (Diretor de Apoio ao Aposentado e Pensionista) a frente da Associação dos Magistrados do Distrito Fe-
Privado, a magistrada é instrutora de cursos de formação e os Juízes Fábio Francisco Esteves (1º Vice-presiden- deral no biênio 2014-2016 se despede com sensação de
de mediadores e instrutores de cursos de mediação do te), Márcia Alves Martins Lobo (2º Vice-presidente), dever cumprido, cedendo espaço para uma nova admi-
Conselho Nacional de Justiça (CNJ, além de políticas Caroline Santos Lima (Secretária-geral), Monize da nistração, que promete dar continuidade aos importan-
públicas em conciliação e mediação para magistrados. É Silva Freitas Marques (Diretora Financeira), Renata tes projetos em prol da Magistratura e da comunidade
professora do curso de especialização Métodos Adequados Alves de Barcelos Crispim da Silva (Diretora Social e local.
de Tratamento de Conflitos, realizado pelo Instituto de Cultural), Aimar Neres de Matos (Diretor de Esportes
Direito Público (IDP).

Tribuna Judiciária 22 23
CAPA CAPA

Prerrogativas da categoria

Muitas foram as lutas da Amagis-DF pelo bem-es- quiridos pelos magistrados da ativa em relação ao ATS
tar e melhores condições de trabalho para os magistra- (Adicional por Tempo de Serviço), que culminou na
dos do DF. A busca por melhorias salariais e subsídios aprovação do substitutivo na Comissão de Constitui-
dos juízes, ativos e inativos, foi uma das prioridades ção e Justiça (CCJ) do Senado Federal.
da Associação neste biênio. Destaque para as ações re- A Amagis-DF somou forças com a Associação dos
alizadas pela entidade em defesa do auxílio moradia Magistrados Brasileiros (AMB) e associações filiadas
- benefício que tem estado sob constantes ameaças nos a ela, em importantes batalhas, passando a integrar a
últimos anos, desde que foi regulamentada pelo Conse- Frentas (Frente Associativa da Magistratura e do Mi-
lho Nacional de Justiça (CNJ), em 2014 - e pela gratifi- nistério Público da União), com a qual lutou incessan-
cação por acúmulo de função - uma vitória conquistada temente, no Congresso Nacional, pelo aumento dos
no TJDFT já no primeiro trimestre de 2015. subsídios, tão almejados pelos magistrados. A entidade
A entidade também lutou contra o teto máximo re- comemorou a aprovação do Projeto na Câmara, em ju-
muneratório para o funcionalismo público, junto à Câ- nho de 2016, seguida da aprovação na CCJ do Senado
mara dos Deputados - que resultou na aprovação de (agosto), onde aguarda parecer da Comissão de Assun-
requerimento da retirada do Projeto de Lei 3123/15 da tos Econômicos (CAE) para seguir ser aprecisado em
pauta de votação na Casa -, bem como a favor da in- Plenário.
clusão dos aposentados e pensionistas nos direitos ad-
Eleições diretas: uma luta que continua

Em defesa do Poder Judiciário


As eleições diretas são uma reivindicação antiga da vez, forças com outras associações de magistrados.
Magistratura nacional. Luta pela qual a Associação dos A proposta, que prevê eleições diretas para a escolha
Os últimos dois anos da Associação dos Magistra- Magistrados do DF não mediu esforços nestes dois úl- dos dirigentes dos tribunais de todo país, foi aprova-
dos do DF foram determinantes na busca pela concre- timos anos de administração. Vale lembrar que aqui na da por unanimidade na Comissão Especial na Câmara
tização de metas de interesse da Magistratura. Tempo capital federal, a Amagis-DF liderou, em março 2015, dos Deputados. O texto aguarda votação no Plenário
de unir forças com outras entidades em prol da valo- a campanha nacional Diretas Já, somando, mais uma da Casa, com perspectiva de aprovação.
rização da carreira dos magistrados, por meio de im-
portantes mobilizações. Diversas lutas foram travadas
para assegurar a manutenção de direitos e garantias
conquistados. A Amagis-DF trabalhou, isoladamente,
e em conjunto com as demais associações de magistra-
dos - AMB, Anamatra, Ajufe -, com grande represen-
tatividade junto ao Congresso Nacional, ao Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) e ao próprio TJDFT.
O então Presidente da associação, Desembargador
Sebastião Coelho, participou de perto das pautas rela-
cionadas à Magistratura, com atenção especial para a
oposição ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 280/2016,
que trata dos crimes de abuso de autoridade. O tema
reuniu magistrados, membros do Ministério Público,
delegados federais e auditores de contas, em diversos
atos públicos em Brasília. O último deles ocorreu no
dia 1º de dezembro, em frente ao Supremo Tribunal
Federal (STF), com adesão de centenas de magistrados
(vide matéria na pág. 17).

Tribuna Judiciária 24 25
CAPA CAPA

Sede e Clube: melhorias paras os associados da Associação no Facebook saltou para quase 2 mil, gãos integrantes do Poder Judiciário, como o SFT, STJ,
gerando interação entre associado, Associação e so- TRT, além do Congresso Nacional, primando pelos ob-
ciedade. A participação dos magistrados é ativa nas jetivos estratégicos da Amagis-DF, o reflete também na
redes, bem como nos grupos de WhatSapp, resultan- força institucional da Associação.
A Amagis-DF também dedicou atenção especial adulta, com deck molhado -, três churrasqueiras, sau- do maior aproximação e envolvimento da categoria. A imprensa foi outro espaço importante conquistado
para reestruturação da sua sede. Destaque para a revi- na, playground, brinquedoteca, restaurante, fraldário, A Tribuna Judiciária, também ganhou novo vi- pela Amagis-DF em 2015 e 2016, o que possibilitou
talização da secretaria - que incluiu reforma das salas, novos banheiros e salão de convivência. Para a prática sual, bem como nova linha editorial e gráfica, com apresentar à população de Brasília uma Magistratura
compra de mobílias e equipamentos novos, como me- de exercícios físicos há as quadras poliesportivas - de maior participação e aceitação dos associados. Além atuante e preocupada com os problemas da sociedade.
sas, cadeiras, armários e computadores -, a aquisição tênis saibro, futebol, vôlei e basquete -, além do campo disso, teve sua tiragem ampliada, com envio de Nesse sentido, projetos de relevância foram pontos de
de dois novos carros, a quitação das salas, a reestrutu- de futebol e piscina, que possui 40 metros de compri- exemplares às diretorias de entidades correlatas de destaque em jornais e noticiários.
ração do quadro de funcionários e a consolidação de mento, adequada para a natação. As quadras possuem magistrados federais e estaduais e a importantes ór-
parcerias para a realização de eventos. iluminação diferenciada, com segurança e conforto aos
Essa reestruturação foi uma extensão da reforma usuários que praticam esportes também à noite.
realizada na sede social da entidade, finalizada em Dentre as novidades do clube, que finalmente pas-
2015. Os associados, agora, possuem um clube com- sou a ser de propriedade da Amagis-DF, está o bar e
pleto, com uma estrutura comparável aos demais de restaurante, aberto aos finais de semana e feriados com
renome da capital federal. O clube conta, hoje, com opções à la carte e buffet no almoço - comandado pela projetos sociais direitos das mulheres
uma estrutura composta por duas piscinas - infantil e empresa Essência Buffet, ao custo de R$37 por pessoa.

A iniciativa de associados na criação de projetos O combate à violência doméstica e contra a mulher


temáticos funcionou como importante ferramenta foi uma bandeira levantada pela Amagis nos dois últi-
de aproximação da Magistratura com os movimen- mos anos. Destaque para a exposição Santas Mulheres,
Mais comunicação tos sociais. em março de 2015, com painéis em pintura, feitos es-
Os projetos “Justiça e Educação”, “Falando Di- pecialmente para o evento. As obras percorreram to-
Inovações podem ser notadas, nesse período, tam- reito” e “Cidadania e Justiça na Escola” foram utili-dos os Fóruns do DF, mostrando à população uma face
bém na área de Comunicação Social da entidade. zados pela Comunicação Social como sugestões de feminina do Poder Judiciário. Em paralelo à mostra,
O setor reorganizou os canais de comunicação com pauta para a imprensa. Muitas matérias jornalísticas foi lançada a revista “A Mulher e a Justiça” - ambos
melhorias diversas, a começar pela modernização da foram geradas por intermédio desses projetos, pos- geraram repercussão relevante junto aos veículos de
logomarca - primeira ação de 2015 -, seguida da re- sibilitando que os magistrados se tornassem foco de comunicação e vários setores do governo. Em 2016,
formulação do site, hoje atualizado diariamente com mídia positiva em jornais impressos, televisivos, ra-a ação foi mais ousada com o lançamento do livro “A
notícias da área e coberturas jornalísticas das ativida- diofônicos, bem como na internet. Mulher e a Justiça”, que reuniu artigos de 25 autores,
des da Amagis. entre magistrados, servidores do Tribunal, e professo-
Na era digital, as mídias digitais consistem num res doutores dos núcleos de estudo de gênero. O livro,
indispensável meio de comunicação corporativa. A de autoria da Associação, tornou-se uma obra singular,
Amagis-DF, como outras associações, percebeu a im- *As matérias estão no relatório do biênio, dispo- procurada por instituições e pessoas atuantes no tema
portância disso e passou a movimentar suas redes (Fa- nível no banner principal do site da Amagis-DF em todo o Brasil.
cebook e Twitter). De apenas 30 seguidores, a fanpage

Tribuna Judiciária 26 27
ARTIGO

O JUIZ DE DIREITO E
SEU COMPROMISSO Em meio às minhas atividades de aposentado,
revivendo o que senti, o que vi, o que aprendi e o que
fui durante o tempo em que investido nas funções
apresentada, e sem subterfúgios.

Sabedor de que sua decisão sempre desagradará a


judicantes, aproveito para divagar sobre o que entendo uma das partes, é independente o Juiz que, incólume, tal
Juiz José Gerardo de Oliveira ser um Juiz de Direito e fazer um relance sobre qual seja qual uma rocha, preocupa-se, tão-somente, em receber
o seu compromisso. o “de acordo” do seu “eu”, da sua consciência que, por
mais enxovalhada e encoberta de poeira que possa ser, lá
Malgrado o passar do tempo e as diversas matizes do seu íntimo, se pronunciará.
vivenciadas sob várias formas do conhecimento, prefiro
abstrair-me do campo do entendimento jurídico e, como Ninguém de sã consciência e sem motivos escusos,
um leigo dos corredores e dos claustros forenses, com salvo total desconhecimento dos serviços forenses,
elementar sabença, ver o Juiz como um ser humano, é afirmaria que este ou aquele juízo possui volume de
claro, mas com matizes bem diferenciadas em relação processos compatível com o desempenho de um único
aos outros. Juiz; e todos sabemos que ultrapassa em milhares, e que
o dobro de juizes, quiçá existentes, fosse suficiente para
Essas incursões em tese, muito embora fruto de atender as demandas a contento.
situações fáticas, em si se esvaem e por si se justificam e,
tal como a arte, têm uma finalidade sem fim, o que não Tenho consciência e convicção plena de que, somente
impede possam ser fisgadas e vivenciadas, significando remando, rio acima, distancio-me, mesmo que pouco
um “plus”. a pouco, das fortes corredeiras e precipícios, abaixo.
Parando ou diminuindo o ritmo do remo, logo serei
Considero o Juiz de Direito uma pessoa diferenciada, levado e tragado...
por ver no verdadeiro Magistrado um ser independente,
diligente, humilde, humano, estudioso, leal consigo Todos nós, e não podemos negar, quer por termos sido
mesmo e com os outros, sem olvidar, por óbvio, as advogado, quer por termos trabalhado junto a Juízes ou
indissociáveis honradez, dignidade e probidade, sobre o Tribunais, quer por termos sido amigos de algum Juiz, ou
que seria supérfluo discorrer. por outro motivo, sabíamos que um Juiz tem um pesado
fardo a carregar. E, então, porque e para que fomos nos
Quando me refiro à independência de um Juiz, submeter a esse sacerdócio de constantes renúncias (?).
não me vêm à mente as garantias constitucionais de Mesmo sendo humano, tendo família, necessitando de
irredutibilidade de vencimentos, inamovibilidade e laser etc. precisamos sempre remar um pouco mais, para
vitaliciedade, por serem óbvias, (por enquanto) e não fazermos jus à dignidade do cargo, ao nível superior a
dependerem do Juiz. Vislumbro um Juiz independente no que galgamos.
seu firme decidir, tanto quanto dele dependa.
Tem o Juiz o dever moral de honrar a escolha que fez,
Tenho para mim que um Juiz é independente quando sabendo, como sabia, o que lhe esperava quando decidira
ele decide sem atentar para a condição de qualquer trilhar a carreira de Magistrado. Logo, não pode nem deve
das partes e sem considerar que essa ou aquela lhe o Juiz afrouxar as rédeas e servir-se do argumento de ser
é simpática, amiga ou inimiga, parente, apadrinhado, grande o volume de demandas – o que é uma verdade
companheiro de associação ou irmão de fé, ou de partido – para acomodar-se atrás de sua mesa. Não pode nem
político, dando-se por suspeito ou impedido em situações deve o Juiz, sob pena de comprometer, desmerecendo
que tais, se não as puder transpor. Independente é o Juiz o Poder Judiciário, procrastinar sua decisão, deixando o
que, alheio a reclamos e até imposições advindas de processo engavetado. Não é proceder louvável para um
fora do processo, quer de julgadores outros (com letra Magistrado, v.g., reter um processo durante meses (seis,
minúscula) inescrupulosos, quer de terceiros, ou mesmo oito ou mais ) para uma simples designação de audiência
do clamor público, decide conforme sua consciência ou durante dois, três anos, para um decisão terminativa
e convicção, na proporção da demanda que lhe é ou mesmo interlocutória.

Tribuna Judiciária 28 29
ARTIGO ARTIGO

É comum se ouvir falar que alguém obteve sucesso quem pensa deter poder – e mesmo o possuindo - mais quando não frutos da indolência de seus autores. A lealdade intelectual de um Juiz, por outro lado,
em concurso para Juiz e tomou posse como se um deus demonstra que é vazio, mais deixa transparente sua não significa deva ir de encontro à dinâmica do Direito;
fosse. Desafortunadamente, muitos, não somente tomam incapacidade, sua insipiência. O Julgador que sempre invoca a opinião de outros permanecer in aeternum sem de outra forma pensar nem
posse nessas condição mas, não raramente, comportam- como fundamento único da sua, é porque não tem decidir, apenas para se dizer leal com suas posições. Muito
se como se fossem deuses. Tenho para mim que o Juiz, Cônscio de si mesmo, inclusive de suas limitações e opinião própria e, mais cedo ou mais tarde, com certeza, pelo contrário, como fruto de seu constante aprendizado e
quanto mais conhecimento detém sobre determinado do poder de que é detentor, o verdadeiro Magistrado vai capitular mais à frente. Ouso afirmar que cada de seu aprimoramento, a lealdade intelectual leva o Juiz a
assunto, mais humildemente deve portar-se e, quanto mantém-se seguro no seu decidir, sóbrio no seu trato, sentença, cada decisão deve ser considerada por um Juiz recuar quando necessário, mudando seu posicionamento
mais humilde, mais valorizado se torna não somente por lhano com os servidores que o auxiliam e prestativo como um filho legítimo seu e, por questões de honra, sobre uma matéria, mas com embasamento jurídico, de
seus pares, como pelos jurisdicionados e por aqueles que no exercício jurisdicional, sem fazer estardalhaços e dificilmente alguém apreciará ter como filho legítimo seu acordo com sua consciência, sem que isso signifique
o cercam. reivindicar holofotes. quem não o seja. um aviltamento da posição anteriormente defendida.
Alguém já disse que só não muda de opinião quem não
A humildade de um Magistrado, por outro lado, não Por mais que nos esforcemos para alcançar a Não vejo qualquer demérito para um Juiz que, ao as tem.
pressupõe a subserviência, nem com esta se equipara, perfeição ou, no sentir Zen, para atingirmos a Iluminação receber um auxiliar da Justiça, em seu gabinete, pede-
nem se mescla, nem se confunde. A humildade não é ou o Samadi ou, ainda, galgarmos a Cosmo-Visão, na lhe para retornar dentro em pouco, enquanto aprecia Um Juiz humano muita afinidade guarda com o Juiz
servil, como muitos assim possam pensar e, por vezes, concepção metafísica mística dos indianos, pouquíssimos (estuda) a matéria (de direito e de fato) para proferir humilde, na real concepção deste. O Juiz humano se
até agir. A humildade é própria dos sábios e, oxalá chegaremos ao ápice do discernimento, à Sabedoria. No uma decisão liminar, em sendo o caso. Assim me parece contrapõe àquele que se julga um deus. Ele decide
todos nós Juízes tivéssemos uma pontinha dela, quando campo do conhecimento, não é diferente e somente aos porque o Julgador não é onisciente, apesar de não poder sem esquecer sua condição de ser humano. Em todas
de nossos julgamentos e quando do nosso proceder néscios cabe a vã pretensão de pensar que tudo sabem. escusar-se de decidir. Ser bem sucedido em um concurso as nossas decisões, não somente na área criminal (mas
como Magistrado. A humildade, por outro lado, exclui para Juiz de Direito não significa demonstração de particularmente nesta) - seria altamente vantajoso -
necessariamente a prepotência, própria do néscio e Pois bem, quando não sabemos como decidir, não onisciência. Depois desse sucesso, é que começamos a deveríamos nos colocar na posição de seres humanos,
daquele sem as mínimas condições de Julgador. é o momento de precipitação, pois devemos ter aquela aprender o direito, para pudermos dizer o direito. ou até mesmo no lugar daquele que está sob nosso
virtude/qualidade – a humildade – de reconhecermos “veredictum”.
A propósito, já disse alhures que a prepotência e que não somos oniscientes. Ficamos preocupados, é Todavia, quantos de nós não preferimos permanecer
a arbitrariedade daquele investido do poder de julgar claro, pois o desconhecido assombra. Uma dissonância enclausurados em gabinetes a receber alguém. Essa O agir dessa forma não significa sermos complacentes
é o mais terrível dos males, pois assim age ele, não toma conta de nossa capacidade de decidir, e até pode atitude, ao que me parece, não é a ideal para um Julgador, com o errado, com o crime. Assim devemos atuar
como julgador porque julgador não o é, mas como um vir a público, se preferirmos dizer o direito com uma nem é demonstrativa da autoridade, nem do saber de que porque somos todos (julgadores e partes) seres da
esbulhador do poder de julgar. Age com prepotência para fundamentação inconsistente ou sem ela. possa ser detentor o Magistrado, senão uma sinalização mesma espécie e, se hoje a toga nos faz os julgadores,
esconder sua incompetência e pusilanimidade atrás de de distanciamento, de medo e de fraqueza, impróprios a não estamos livres de que amanhã ela nos possa fazer
um monstro por ele mesmo criado como refúgio; frágil, É, pois, a hora de vencermos as nossas limitações. É um Juiz. os julgados. De lembrarmo-nos, ainda, que a toga é
todavia. o momento de estudarmos, de vasculharmos o de que passageira e que nossa condição de humano – oxalá -
dispomos. É hora de consultarmos a quem hipotecamos Não se podem olvidar situações em que advogados, sempre vai mais adiante! Paradoxalmente, a meu ver,
A humildade de um verdadeiro Juiz não implica, confiança. É a hora de aprendermos, adequando nosso por exemplo, visam, tão-só, retardar o andamento normal quanto mais humanos nós somos, quando dos nossos
ainda, venha ele a se submeter à prepotência de quem, conhecimento, pois cada caso é um caso diferente, por de um feito, induzir o Julgador a uma decisão precipitada julgamentos, mais nossas decisões se aproximam do
desvirtuando o sublime mister de julgar, arvora-se em suas filigranas. É confortante, após uma tempestade ou que lhes seja favorável, ou até turbar o trabalho do divino, do justo enfim.
detentor de poder, querendo impingir suas vontades de indecisões e de uma busca árdua, chegarmos a uma Magistrado. Nessas hipóteses, o Juiz, com a experiência
viciadas e torpes para satisfação própria ou de outrem. clareira, fruto de nosso esforço e dedicação, e podermos que, aos poucos, há de adquirir, vai identificando a Não excluindo outras qualidades inerentes a um
ius dicere, de acordo com a nossa consciência. pretensão escusa e livrando-se da visita. Magistrado, nem desmerecendo outros ideais a colimar
Certa vez, um mestre descansava com um de seus por cada qual, entendo que o compromisso de um
discípulos, à beira de uma estrada, quando se ouvia O verdadeiro Magistrado não é mero “carimbador” A lealdade do Juiz, consigo próprio, com seus Juiz consigo próprio, na trilha do que me foi possível
de longe um barulho que, ao sabor do vento, parecia de decisões de Tribunal com jurisdição superior. Não se princípios e com os princípios jurídicos que o norteiam, deduzir no exercício da judicatura, é o seu próprio
aproximar-se. Curioso, o discípulo pergunta o que era utiliza de julgados alheios como razões de seu “decisum”, decorre de algumas das qualidades acima apontadas e compromisso com a Justiça, consubstanciado em suas
aquilo, tendo o mestre respondido prontamente: É uma quando muito, como mais um instrumento auxiliar para faz com que ele se porte de forma uniforme e coerente decisões impessoais, independentes e serenas, buscadas
carruagem e está vazia. Mais curioso ainda, o discípulo desbravar o seu desconhecido, malgrado possa até fazer- em suas decisões. Não deve o Juiz trair suas próprias no mais íntimo de sua consciência, fruto de seu esforço
indaga como o mestre sabia que ela estava vazia (?) e o lhes referência. O Juiz deve ter o cuidado e a sadia vaidade convicções, saltitando de um entendimento para outro, e aperfeiçoamento intelectuais e de uma análise sem
mestre lhe replica: A carruagem quanto mais vazia mais de formar seu entendimento, na matéria de direito, em tal qual um símio à procura de um melhor galho, para paixões e sem vaidades. Tenho esse agir do Magistrado
barulho faz. Mutatis mutandi, o prepotente, o arbitrário, premissas jurídicas verdadeiras e não, apenas, invocando apresentar uma decisão agradável ou acorde com este ou como a convalescença do Justo.
o pusilânime, o ignorante, o incompetente, quanto mais decisões que, não raro, não se sustentam à mínima aquele julgado etc.
barulho faz e procura impor sua vontade àqueles sobre argumentação jurídica, por decorrerem de sofismas,

Tribuna Judiciária 30 31
ARTIGO

A oitiva informal é o procedimento de natureza adminis- que entende suficientes para atingir os objetivos previs-
trava pelo qual o adolescente é apresentado ao promotor tos na lei, salvo as restritivas de liberdade. Deixa, assim,
de Justiça para contar sua versão sobre o delito de que é evidente que, conquanto haja elementos para representar,
suspeito (art. 179, Estatuto da Criança e do Adolescente). ainda assim ele pode conceder a remissão.
Nela, o Ministério Público obtém ainda informações de
natureza pessoal e social, para subsidiar sua decisão. A Logo, não se pode sustentar que o MP, diante dos elemen-
par delas, segundo o art. 180 do ECA, ele decide pelo tos informativos da polícia, desconsidere, sem justificar
arquivamento, pela remissão ou pela acusação. Assim, de forma minimamente séria, a oitiva informal e apre-
resta claro que a escuta possui dois objetivos específicos: sente a acusação ao Juiz. Decisão desse tipo, num estado
complementar a investigação e dar suporte para conces- democrático de direito, não pode ser implícita, incontro-
são da remissão extrajudicial. lável, sob pena de deixar nas mãos do MP o poder abso-
luto de acusar o adolescente, mesmo quando há evidência
Como o ECA só fala do procedimento em caso de apreen- objetiva de que não precisaria estigmatizá-lo, para atingir
são em flagrante, sustenta-se que ele não é obrigatório em os objetivos previstos na lei. Não faz sentido controlar

Oitiva Informal
caso de a autoria decorrer de investigação. A desnecessi- o pedido de arquivamento (art. 181, § 2º, ECA) e nada
dade da oitiva ganha força em interpretação equivocada poder fazer quando o MP deseja acusar sem necessida-
que se faz de julgados que afirmam que “não se afigura de facilmente verificável, postergando a intervenção do
indispensável a realização da oitiva informal do adoles- Estado sobre o adolescente para sabe-se lá Deus quando!

e o sentido da
cente se o representante do Ministério Público entende
estarem reunidos elementos de convicção suficientes para E não há que se falar que, ajuizada a ação socioeducativa,
amparar a representação”(REsp 662.499/SC). a remissão judicial tornaria desnecessária a oitiva, como
sustentam erroneamente alguns.Esse entendimento, além

jurisprudência do STJ
Vale destacar inicialmente que deixar de realizar a oitiva de carecer de razoabilidade, na medida em que permitiria
e, de imediato, oferecer representação ofende o devido o ajuizamento de feito que inexoravelmente terminaria
processo legal (art. 5º, inciso LV, Constituição Fede- sem sentença de mérito, como já dito, posterga desneces-
ral/88), na medida em que suprime direito fundamental sariamente a intervenção sobre o adolescente, pondo em
Juiz Márcio da Silva Alexandre do adolescente consistente na possibilidade de ter sua risco a sociedade e onerando o poder público.
situação resolvida sem a necessidade de se submeter a
processo sabidamente estigmatizante, retirando dele a Ademais, quando se ajuíza uma ação, o fim que se al-
oportunidade de mostrar para o MP que a judicialização meja é a sentença de mérito. Não faz sentido apresentar
não é necessária. uma ação, pedindo uma condenação, contando que o Juiz
concederá a remissão. Isso, no mínimo, é leviano e con-
Além de ofender a Constituição, o equívoco extraído dos traditório, pois a vontade de remir não se coaduna com
julgados está no fato de que a afirmação de não ser ne- pedido condenatório.
cessária a oitiva está voltada apenas e tão somente para
a finalidade investigativa, porquanto, para isso, basta a Por essas considerações, há de haver uma reflexão, por
presença de indícios de autoria e prova da materialidade, parte dos tribunais pátrios, sobre a desnecessidade da oi-
elementos invariavelmente elucidados no procedimento tiva informal, pois ela é verdadeiramente uma condição
policial. Não se volta para o exame da remissão. específica de procedibilidade da ação socioeducativa que
até pode ser superada, desde que o MP justifique de for-
Embora não pareça para os leigos e pouco afeitos ao Di- ma séria as razões da sua não realização. Sem isso, há
reito Penal Juvenil, a atuação do MP na infância é guiada violação à CF/88 e ao ECA, além de pouco caso com a
pelo princípio da oportunidade. Ele não está obrigado a Resolução 118 do CNMP, que incentiva à autocomposi-
“denunciar”, se entender que os elementos de que dispõe, ção no âmbito do MP.
sopesados com os princípios da prioridade absoluta, in-
tervenção precoce e, principalmente, pela condição pecu-
liar da pessoa em desenvolvimento, são suficientes para
promover a paz social.

Nesse sentido, segundo o art. 126 do ECA, sem processo


O artigo foi publicado no caderno Direito e Justiça do
e independentemente da gravidade do delito, após a oi-
Jornal Correio Braziliense, no dia 29/02/2016.
tiva, o MP pode sugerir a aplicação de todas as “penas”

Tribuna Judiciária 32 33
ARTIGO ARTIGO

O CONSUMIDOR E O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


Juíza Lilia Vieira Por muito tempo, a ideia extraída a partir da análise das Dessa forma, a vulnerabilidade do consumidor constitui Nessa ordem de ideias, é imperiosa a constatação de que
relações contratuais apoiava-se em princípios da liber- pilar principiológico fundamental da política de consumo a proteção ao consumidor não se encerra no reconheci-
dade contratual, liberdade individual e prevalência do defendida no CDC, decorrendo daí vários outros prin- mento de direitos materiais decorrentes das relações de
conteúdo contratado, sem muito se perquirir acerca da cípios que visam assegurar sua paridade de tratamento consumo, mas também a proteção de seu âmbito psico-
igualdade ou não existente entre os atores desses tipos frente ao fornecedor, bem como garantir-lhe o respeito lógico e moral, até porque, conforme se extrai do artigo
de negócios. aos denominados direitos da personalidade. 6º, inciso IV, do CDC, em toda relação de consumo estão
embutidos os princípios da confiança, lealdade e boa-fé.
Os legisladores do CDC (Código de Proteção e Defesa Assim é que, pela leitura da legislação consumerista, per-
do Consumidor - Lei Federal nº. 8.078/90), entretanto, cebe-se que algumas disposições nela contidas, tratam Pode-se, assim, concluir que o princípio da dignidade
de forma diversa, preocuparam-se em melhor analisar a diretamente desses direitos da personalidade e decorrem da pessoa humana, adotado pela Constituição Federal de
posição daqueles envolvidos nas relações contratuais e, da dignidade da pessoa humana do consumidor, princípio 1988, estabeleceu novos paradigmas que devem ser cui-
ao definir o consumidor, o reconheceu como o lado vul- que, estabelecido na Constituição Federal, constitui o nú- dadosamente analisados e aplicados às relações de consu-
nerável do campo mercantil, buscando, com uma mul- cleo essencial intangível dos direitos fundamentais e pelo mo, garantindo-se ao consumidor a mais ampla proteção,
tidisciplinariedade, que mescla diversas áreas do direito qual a pessoa humana (neste conceito incluída também a que abarca a análise dos aspectos materiais, psicológicos
num único diploma, efetivar integralmente a proteção a pessoa do consumidor) é a razão de ser do Direito e do e morais da relação.
que se dispõe. Estado.

Tribuna Judiciária 34 35
CONTO ARTIGO

Política e Conta-nos a mitologia grega que a origem de todos os


males do mundo é a abertura de uma caixa que jazia em
nipulado politicamente. Recentemente, experimentamos
uma significativa mudança geopolítica com a aprova-

dominação
poder de uma bela mulher chamada Pandora. Da caixa ção em plebiscito para a saída do Reino Unido da União
Pandora teria deixado escapar todos os males: a morte, Europeia. A aprovação foi motivada especialmente pela
a fome, a miséria. Preservou em seu interior somente a crença de que o ingresso de imigrantes no país acarreta
frágil esperança. Essa história mítica nos remete à noção risco à identidade nacional e cultural. Nos Estados Uni-

pelo medo
de que diante do sofrimento e da dor causados pelo mal dos a mesma direção foi seguida em recente eleição de
somente nos resta a esperança em dias melhores como Donald Trump. O líder populista e carismático sustenta
remédio para a alma. A perda da esperança equivale à vi- a necessidade de supressão dos imigrantes, dos ‘outros’,
tória do medo, e consequente privação de sentido para a como forma de resgatar a superioridade do american way
existência humana. O medo, a seu turno, é sentimento tão of life. Seu slogan, make América great again, claramente
Juíza Theresa Karina de Figueiredo Gaudencio Barbosa pernicioso que é mencionado em praticamente todos os imputa aos imigrantes, denominados marginais, a culpa
livros bíblicos, sempre acompanhado da advertência ‘não pelas mazelas da sociedade norte-americana, apontando
tenhais medo’. a solução instantânea e singela: a construção de um muro
na fronteira com o México e a deportação dos ilegais.
Fato é que o empobrecimento da classe média, conforme
- magistralmente ressaltado pelo Prêmio Nobel de Econo-
Culpam-se as vítimas pelas mia, Joseph Stiglitz, decorre não dos imigrantes, tampou-
co das minorias étnicas ou raciais, mas do próprio siste-
próprias mazelas, de modo ma econômico estabelecido, da concentração irrestrita de
a aumentar a segregação e a riquezas dentro de um contexto em que os recursos são
limitados. Culpam-se as vítimas pelas próprias mazelas,
miséria dos grupos já fragili- de modo a aumentar a segregação e a miséria dos grupos
já fragilizados pela própria condição econômica.
zados pela própria condição
econômica. No Brasil não é diferente. Desde o momento em que se
descortinaram os recentes escândalos de corrupção na es-
- fera federal, inúmeros oportunistas se apressaram em cul-
par os pobres, os que dependem da Previdência Social, os
que demandam investimentos gastos públicos com Saúde
Em contextos econômicos de crises constantes, recessão, e Educação, pelas mazelas do país. Com esse pretexto,
desemprego, violência urbana, é comum o surgimento propõem o corte de benefícios sociais e o fim da solida-
de líderes carismáticos, segundo terminologia weberia- riedade como princípio distributivo de renda. Certamen-
na, que manipulam o medo da população e são capazes te, a camada mais pobre da população não é culpada pelo
de convencer multidões de que a origem da carência de roubo aos cofres públicos, assim como os estudantes que
recursos ou da violência urbana reside em determinados ocupam as escolas pedindo melhoras na educação não
grupos e segmentos sociais, normalmente as minorias ra- são culpados pela grave crise no setor.
ciais, os pobres, as mulheres, os imigrantes. Tais líderes
envolvem milhões de pessoas, que caminham voluntaria Os governos que manipulam o medo da classe média
e apaixonadamente em adesão a um discurso de ódio e atuam também por aqui. E o cenário não difere daquele
segregação. Quando uma minoria racial, social ou reli- verificado nos Estados Unidos ou Europa. Se não atentar-
giosa é acusada de ser a portadora dos ‘males do mundo’, mos para os discursos de medo e de agressão às minorias
grandes catástrofes sociais se anunciam, a exemplo da haverá menos esperança na construção de uma sociedade
perseguição nazista aos judeus, ciganos e homossexuais, que respeite a dignidade da pessoa humana, calcada em
no Holocausto da Segunda Guerra Mundial. A história valores como solidariedade e compaixão.
nos alerta que, mesmo hoje, o medo é passível de ser ma-

Tribuna Judiciária 36 37
CONTO ARTIGO

No banco dos réus A magistratura brasileira vem sendo pressionada e des-


respeitada pelos grandes grupos econômicos, especial-
ato no processo além de decisões judiciais fundamenta-
das. Analisar na via administrativa, ainda que indireta-
mente a de primeira instância. Esses conglomerados vêm mente o teor do julgado afeta a liberdade e independência
Juiz Jansen Fialho de Almeida representando contra os juízes, sistematicamente, tanto do Juiz. O livre convencimento motivado e dentro da lei
no Tribunal de origem quanto no CNJ - Conselho Nacio- é inerente ao exercício do cargo.
nal de Justiça. Virou operação padrão. Refletem: vamos
afastar o Juiz da causa, pois ele julgou contra os nossos Em artigo que escrevi logo que foi criado o CNJ, “A
interesses. No mínimo vamos prejudicar sua carreira. In- Abertura da Caixa-Preta”, enfatizei que a criação do Con-
timidá-lo. selho veio a moralizar o Judiciário em razão de desman-
dos e perseguições, sob o manto de uma falsa legalidade
Tentam na via administrativa, correcional, obstar deci- formal, em manifesto desvio de finalidade e moralidade
sões judiciais das quais cabe recurso próprio. Se acharem pública. Terminei o texto dizendo: “A primeira instância
que o juiz é parcial nas decisões, não propõem as medidas agradece ao CNJ”. E o egrégio Órgão tem atuado de ma-
judiciais cabíveis, tais como a exceção de impedimento neira firme e eficaz nesses absurdos administrativos.
ou de suspeição. Preferem atacar o magistrado adminis-
trativamente. Alguns mentem dizendo que o magistrado Impende registrar, na Comissão de Juristas nomeada pelo
responde a várias representações. Afirmam que o juiz Senado Federal para apresentar o anteprojeto do novo
praticou tal ato quando está provado nos autos que isso Código de Processo Civil, da qual sou membro, apre-
não aconteceu. Há casos em que a decisão foi proferida sentei proposta para que nas decisões de primeira instân-
há anos, apresentando-se notoriamente em mero intuito cia que importassem em execução imediata, tais como,
vingativo. reintegração de posse, levantamento de dinheiro, só pu-
dessem ser cumpridas quando transitassem em julgado
As Corregedorias dos Tribunais, não raras vezes, pressio- ou então somente depois do relator do eventual recurso
nadas pelo denuncismo expõem o juiz ao massacre moral mantê-la. Isso porque no sistema atual a lei determina a
perante seus pares, sua família, e a sociedade. Cabe ao execução imediata quando prevê que de tal decisão só
magistrado provar que proferiu a decisão dentro da lei, cabe recurso no efeito devolutivo. Minha proposta foi
que não possui qualquer vínculo com as partes e advoga- rejeitada ao argumento da respeitabilidade e efetividade
dos e que não se corrompeu. Esquecem a letra da lei. Fin- das decisões do juiz, aliada a celeridade do processo e
gem não conhecer o art. 5º, II, da novel Carta Constitu- as garantias já previstas no CPC quanto à reversibilida-
cional o qual garante que “ninguém será obrigado a fazer de da medida, exemplificando-se a caução. E a Comissão
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. é composta majoritariamente por advogados. Rendi-me
Culpam o juiz porque contrariou seus interesses, visado aos argumentos.
tirá-lo da presidência do processo. Chegam ao absurdo
de pedir investigação sem apresentar um fato concreto A perdurar esse denuncismo imotivado, sem que haja
praticado a evidenciar desvio de conduta. qualquer reação, a Justiça lamentavelmente vai se aco-
vardando, perdendo cada vez mais o respeito e confiança
Vivemos numa época em que se o juiz é moroso não ser- do jurisdicionado. Esta é a realidade da magistratura na-
ve ao mister; se é célere, rápido e cumpridor dos prazos, cional no tema.
tem vínculo com partes ou advogados. E lembre-se que a
celeridade foi alçada a princípio fundamental na Consti- Em conclusão, a única maneira que vislumbro de se aca-
tuição Federal (art. 5º, LXXVIII). bar com essa indústria de reclamações é o magistrado
ajuizar as ações pertinentes contra os ofensores, pondo
O juiz, como se vê, vira réu num processo que pela lei e fim ao denuncismo descabido e instauração de procedi-
pela Constituição Federal preside. Justiça fraca, acuada, mentos infundados, prevalecendo o princípio da indepen-
pressionada, não é Justiça! Que falta nos faz um Rui Bar- dência do juiz a revigorar o respeito à Justiça.
bosa.
O autor é Juiz de Direito do TJDFT, Titular da 2ª Vara
Desse contexto, se instaurar procedimento contra um ma- Cível do DF e membro da Comissão de Juristas que ela-
gistrado sob o argumento de simples apuração se revela borou anteprojeto do novo Código de Processo Civil.
de extrema negatividade quando não praticado qualquer

Tribuna Judiciária 38 39
EVENTOS EVENTOS

FESTA JULINA A Amagis-DF não poderia deixar de fora desta edição da revista os clicks da DIA DOS PAIS Na noite do dia 20 de agosto, a Amagis-DF celebrou o Dia dos Pais com uma
festa julina 2016, realizada no dia 7 de julho. O evento, promovido na Sede belíssima festa na sua sede social, localizado no Setor de Clube Sul. O evento
Social, contou com comidas típicas, apresentação de quadrilha e muita música contou com a tradicional comida de boteco e foi animado pela Banda Solange,
ao som da banda Ecosta N’eu. formada por magistrados.

Tribuna Judiciária 40 41
EVENTOS + AMAGIS

CONFRATERNIZAÇÃO A Amagis-DF preparou uma linda festa de confraternização, com VA N TA G E N S de S E R A S S O C I A D O


de fi m de ano muita animação com bar temático e ao som de jazz com Sideral
Acoustic Trio, além da banda Sideral. O evento foi realizado no dia
25 de novembro, no Clube Naval de Brasília. ALIANÇA FRANCESA
A Aliança Francesa está presente no Brasil, desde 1885 e é o único curso de
ensino da língua francesa reconhecido pelo Ministério da Educação Nacional
francês. Com os métodos pedagógicos e recursos técnicos mais avançados
no ensino do francês, a rede brasileira conta com 39 centros e 6 centros
parceiros, distribuídos por praticamente todo o país.

Convênio: Associados e seus dependentes diretos (cônjuge e filhos) têm


desconto de 10% nas parcelas dos cursos oferecidos pela ACFB – Aliança
Francesa. Os cursos serão ministrados na ACFB – Aliança Francesa de
Brasília, unidades Asa Sul ou Sudoeste

AVI TURISMO
Agência especializada em viagens e eventos esportivos, de saúde e bem-estar.
Oferece serviços visando conforto, exclusividade e benefícios. O resultado
disso são roteiros completos e orçamentos personalizados, de acordo com a
necessidade de cada cliente.

Convênio: Os associados da Amagis-DF têm até 15% de desconto nos


pacotes terrestres completos (hospedagem + traslados).
- Pacotes de operadoras revendidos pela AVI no Brasil: até 10% de desconto
sobre os valores nos pacotes terrestre completos.

ACADEMIA RUNWAY
A Academia Runway nasceu em 1994, a partir de um sonho de uma família
e, passados 22 anos, cresceu e se tornou referência no mercado de academias
de Brasília. A empresa familiar tornou-se uma rede de academias referência
em todo o Brasil porque, desde o começo, prezou por uma estrutura
diferenciada, tanto para alunos quanto para funcionários. Sua missão diz
muito sobre o seu cuidado com os clientes: inspirar as pessoas a viver um
estilo de vida saudável.

Convênio: descontos para associados, funcionários e seus dependentes nas


unidades da Asa Norte e Sudoeste

Asa Norte: Pacote Musculação, Parque Ergométrico, Aulas de Ginástica, Clycling


indoor - Matrícula (50% de desconto); Plano bronze 3 meses (21% de desconto)
e Plano prata 6 meses (27% de desconto).
Academia Runway Sudoeste:
Pacote Musculação, Parque Ergométrico, Aulas De Ginástica, Cycling Indoor -
Matrícula (50% de desconto); Plano prata 6 meses (27% de desconto); Acqua
Runway e Atividades Aquáticas - Matrícula (50% de desconto), Plano bronze 3
meses (Preço de tabela podendo ser pago em até 3x)

Como posso utilizar esses e outros convênios da Amagis-DF?


Basta solicitar junto à secretaria da Associação uma declaração que comprove o vínculo.

Tribuna Judiciária 42 Veja lista completa de convênios oferecidos pela


43 Amagis-DF em www.amagis.org.br
Realize seus sonhos,
faça já a sua Poupança POUPEX!

Com orgul
a POUPEX ho,
pa
Programa trocina o
Ci
e Justiça n dadania
a Escola

Baleia Leia
mascote da Poupança POUPEX

Poupança
Mais informações:
0800 61 3040
www.poupex.com.br O melhor caminho para o seu futuro
Tribuna Judiciária 44

Você também pode gostar