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Curso

Fundamentos
de
Lubrificação
Módulo III

Graxas
Lubrificantes
Índice

 Definição
 Principais Funções
 Componentes de uma Graxa
 Processos de Fabricação de Graxas
 Principais Propriedades
 Recomendações Gerais
 Produtos Texaco
Definição(ASTM)

Consiste de um produto sólido a semi-sólido,


obtido pela dispersão de um agente espessante
(durante a sua formação) em um líquido
lubrificante.
Aditivos podem ser incluídos para acrescentar
propriedades especiais.
Quando usar uma graxa?

1) Para reduzir escorrimento, desalojamento e vazamento


do óleo

2) Para evitar a penetração de contaminantes

3) Quando a circulação do óleo é impraticável

4) Para manter em suspensão aditivos sólidos

5) Em condições operacionais extremas

6) Lubrificação permanente (mancais selados)


Principais Funções

1) Reduzir a fricção e o desgaste, sob as várias condições


de operação
2) Proteger contra ferrugem e corrosão
3) Evitar que poeira, água e outros contaminantes
penetrem nas partes lubrificadas
4) Não derramar, não gotejar e permanecer onde
necessário nas partidas e operações intermitentes

5) Permitir livre movimento das partes móveis a baixas


temperaturas e poder ser bombeada facilmente a
essas temperaturas
Componentes de uma Graxa

Espessante Consistência
(4 a 20 %)

Óleo Lubr. Lubrifica


(75 a 96 %)

Aditivo Performance
(0 a 8 %)
Agentes Espessantes
Agentes Espessantes

Sabões Metálicos Simples

Sabões Metálicos Complexos

Sem Sabão (Inorgânicos e Orgânicos)


Sabão Metálico Simples

Espessante Temperatura Máxima Resistência a


de Uso Prolongado Água
Cálcio 80°C Alta Resistência
(repele)
Sódio 120°C Fraca
(emulsiona)
Alumínio 80°C Boa Resistência

Lítio 140°C Boa Resistência


Sabão Metálico Simples

Espessante Aplicações Típicas

Cálcio Mancais sujeitos a umidade

Sódio Equipamentos industriais antigos com


lubrificação freqüente
Alumínio Mancais de baixa rotação, aplicações
com umidade
Uso decrescente
Lítio Aplicações automotivas e industriais e
equipamentos de perfuração
Sabão Metálico Complexo

Espessante Temperatura Máxima Resistência a


de Uso Prolongado Água
Cálcio 175°C Alta Resistência
(repele)
Alumínio 175°C Boa Resistência

Lítio 175°C Boa Resistência


Sabão Metálico Complexo

Espessante Aplicações Típicas

Cálcio Mancais automotivos e industriais


submetidos a altas temperaturas
Alumínio Mancais planos, de esferas e rolos de
siderúrgicas
Lítio Mancais automotivos e industriais
submetidos a altas temperaturas
Sem Sabão

Espessante Temperatura Máxima Resistência a


de Uso Prolongado Água
Poliuréia 175°C Alta Resistência
(repele)
Argila 175°C Boa Resistência
Sem Sabão

Espessante Aplicações Típicas

Poliuréia Mancais industriais(rolos) e Juntas


Automotivas
Argila Mancais sujeitos a altas temperaturas
c/ relubrificação frequente
Mancais de roletes em siderurgicas
Compatibilidade

Complexo de Boro

Complexo de Lítio
Complexo de Al

Complexo de

Poliuréia
Cálcio

Cálcio

Sódio
Argila
Lítio
Complexo de Al

Complexo de Boro

Cálcio

Complexo de Cálcio
LEGENDA:
Argila
LARANJA: Condição Limite
Lítio
(Amostra deve ser analizada)
Complexo de Lítio
VERMELHO: Incompatível
Poliuréia
VERDE: Compatível
Sódio
Óleo Lubrificante

• Maior componente da graxa, chegando a 75-96%


do produto final

• É o lubrificante da graxa

• Sua viscosidade é muito importante

• Estabilidade a oxidação

• Volatilidade

• Compatibilidade com elastômeros


Aditivos

 Anticorrosivos e  Agentes de Adesividade


Inibidores de Ferrugem

 Anti-oxidantes  Agentes de Oleosidade

 Agentes de Extrema-  Agentes de Coloração


Pressão

 Agentes Antidesgaste  Aditivos Sólidos(Grafite,


Molibdênio, Zinco etc.)
Fabricação de Graxas

Espessante

Graxa

Óleo
Lubrificante
Pacote de
Aditivos
Processos de Fabricação

• Tacho Aberto

• Contactor

• Contínuo (TCGU)
Principais Propriedades

• Consistência

• Ponto de Gota

• Resistência a Água

• Estabilidade Mecânica

• Bombeabilidade
Consistência

É a propriedade mais importante de uma graxa


lubrificante

É a resistência da graxa a penetração

O aparelho usado para medir a consistência de


uma graxa é chamado de Penetrômetro
Penetrômetro

Medidor para
A penetração é registrar a
registrada após profundidade da
5 segundos penetração em Respiro
décimos de
milímetros
A superfície
é nivelada
Libera
o cone
Espelho para Posição do
nivelar o cone Cone cone antes
Padrão da cair
Determinação da Consistência
Classificação NLGI
Penetração Trabalhada
Grau NLGI
o
@ 25 C Descrição

000 445-475 Semi-fluida


00 400-430 Semi-fluida
0 355-385 Semi-fluida
1 310-340 Muito Macia
2 265-295 Macia
3 220-250 Consistência Leve
4 175-205 Consistência Media
5 130-160 Consistência Alta
6 85-115 Bloco
Ponto de Gota

Termômetro Tubo de Teste

Copo de Teste

A graxa testada
é aplicada
na parede do
copo

O termômetro não deve


tocar a graxa

Estufa
Ponto de Gota

O conhecimento do ponto de gota pode ser usado para:

1) Definir a temperatura máxima à qual a graxa pode ser


usada

2) Identificar o tipo de graxa

3) Estabelecer limites de qualidade na manufatura de


uma graxa
Na prática, a temperatura máxima de trabalho varia em torno
de 20o e 30oC abaixo do seu ponto de gota
Ponto de Gota
Resistência a Água
Estabilidade Mecânica
Bombeabilidade

Propriedade que determina a resistência oferecida ao


escoamento de uma graxa, sob pressão, através de
canos, tubulações, bicos e pinos graxeiros.

Depende de 3 fatores:
• viscosidade do óleo lubrificante
• consistência da graxa
• tipo de espessante
Bombeabilidade
Recomendações Gerais

• Caixas de Engrenagens - graxas


semi-fluidas, graus NLGI 0 or 00

• Sistema Centralizado - graus


NLGI 1 ou menores

• Engrenagens Abertas - características


de alta aderência (base asfáltica)

• Acoplamentos - estabilidade mecânica


Recomendações Gerais
Viscosidade do Óleo Básico

– Rolamentos de bomba e roda requerem óleo básico com


viscosidade entre 100 to 220 cSt/40C

– Aplicações em pinos, chassis e acoplamento requerem óleo básico


com viscosidade entre 220 to 460 cSt/40C

– O uso de óleo com viscosidade muito alta causa superaquecimento


no mancal, o que resulta em excessivo sangramento e acúmulo de
resíduo de graxa

– O uso de óleo básico com viscosidade muito baixa causa


superaquecimento no mancal, resultando, também, sangramento
excessivo e acúmulo de resíduo de graxa
Recomendações Gerais
Aplicação de Graxa
• Excesso de Graxa leva ao rompimento de selos e
contaminações

1) A quantidade correta de graxa que deve ser


bombeada (# de bombadas) pode
ser determinada em função:
a) Dimensões do mancal,
b) Aplicação,
c) Graxa utilizada e
d) Intervalo de relubrificação

2) O intervalo correto é baseado:


a) Disponibilidade do equipamento e
b) Horas de operação
Intervalos de Re-lubrificação p/ Mancais
de Rolamento de Motores Elétricos
Intervalo de Lubrificação, Meses

Potência do Motor
Serviço do Motor 1/2 a 7 1/2 10 a 40 50 a 150

16 Horas/Dia, 5 Dias/Semana
Limpo, Temp Ambiente Max 38°C. 36 24 18

24 Horas/Dia, 7 Dias/Semana
Limpo, Temp Ambiente Max 38°C. 18 12 9

16 Horas/Dia, 5 Dias/Semana
Calor, Contaminação e Umidade 18 8 8

24 Horas/Dia, 7 Dias/Semana
Calor, Contaminação e Umidade 9 4 4

Para situações de vibração acima 0.2 polegadas por segundo(pico), reduzir


para ½ do intervalo.
Para motores com eixo vertical, reduzir para 1/3 do intervalo.
Lubrificação de Mancais
de Motores Elétricos
• Procedimento para Lubrificação:
– Para-se o motor
– Remove-se o bujão
– Limpa-se o pino graxeiro e dreno
– Vagarosamenteeeeeee bombeia-se graxa até que comece a
aparecer pelo dreno (ter a certeza de expulsar a graxa velha)
– Liga-se o motor e deixa-o funcionando pelo menos 15 minutos
antes de recolocar a tampa do dreno

A bomba de graxa deve ser calibrada de modo a se ter idéia da quantidade


de graxa que sai a cada bombada.
Tipicamente, em média, 15-20 bombadas = 28 gramas
Sistemas pneumáticos normalmente bombeiam mais graxa por bombada
Produtos Texaco

MARFAK MP

MULTIFAK EP

STARPLEX 2

CYGNUS GREASE

THERMATEX EP

MOLYTEX 2

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