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Relatório - Dia D
A 1ª edição do Dia D realizado no dia 08 de novembro no Auditório Zélia Gattai na
Unijorge, aberto não somente pra alunos de Design Gráfico, mas a outros cursos e
a convidados externos, encantou com palestras repletas de assuntos
enriquecedores das 8 às 12 horas, e das 13 às 15 horas com as oficinas:
Quadrinhos para Iniciantes, Rendering, Computação Gráfica e Introdução à
Aquarela. O evento contou com palestrantes ilustres: Bia Simon falando sobre
“Joalheria Escrava Baiana”, Thais Coutinho com “Design, Arte e
Empreendedorismo”, Lukas Cravo sobre os “Processos de criação Fineart”, Felipe
Arcoverde com as “Reflexões sobre o design”, Fábio Kerk “O poder do Briefing”,
Andrea Soares falou sobre “UX: experiência é tudo”, e Suzi Marinõ sobre “A química
do comportamento humano: como fazer design que estimule emoções positivas e
duradouras que acompanhe a pessoa ao longo do tempo?”.
A Prof.ª Bia Simon deu início as palestras falando sobre como surgiu o seu
interesse pela Joalheria Escrava Baiana, além de explicar que o interesse em sobre
esse assunto nasceu a partir da leitura de um artigo intitulado "A joalheria Baiana do
Século XIX" da designer de joias Virgínia Moraes, ela dá detalhes sobre sua tese
explicando que no século 18 e 19 essas eram as joias que as mulheres negras
utilizavam: “Trata-se de joias que foram criadas para uso exclusivo de mulheres
negras e mestiças (escravas, alforriadas ou libertas), e são entendidas como objeto
de design devido as condições a elas intrínsecas, de projeto, produção, circulação e
uso.”
Em seguida Thais Coutinho contou sobre sua trajetória como designer, artista e
empreendedora. “Sempre entendi desde o início que a gente precisa se enxergar
como empreendedor”.
Onde começou apenas como freelancer, pensava que era somente criar e entregar -
mas agora entende que freelancer faz parte do empreendedorismo! Interligando o
design, a arte e o empreendedorismo, Thais finaliza a palestra contando que
atualmente é proprietária da empresa Um Tanto, onde ela confecciona pinturas de
horizontes cheias de identidade e raízes culturais.
Lukas fala sobre as especificações necessárias pra trabalhar com fine art, como
escolher o papel adequado, qual é a tinta correta, como fazer a calibragem do
monitor, onde e como armazenar as obras corretamente. A obra desse tipo é tão
delicada que o produtor deve tocar nos papéis de impressão somente com luvas.
Felipe defende que o nosso objetivo é gerar soluções desejadas e utilizadas pelas
pessoas, mas harmonizadas e equilibradas ao meio ambiente.
"Como fazer design que estimule emoções positivas e duradouras que acompanhe
a pessoa ao longo do tempo?" Pra responder o questionamento do tema da sua
palestra Suzi faz analogia da situação ao seu colar que comprou a muitos anos
atrás, e que hoje não possui valor monetário, mas pra ela possui valor sentimental.
Foi algo barato, mas algo que ela se identificou, que a representava, e que ela não
sabia, mas precisava. E é justamente assim que precisamos analisar como
designers. Criar o que o cliente precisa, mas ainda não sabe. Algo que ele se
identifique, que goste e o represente, mas além de tudo que o acompanhe ao longo
do tempo.
Suzi diz que devemos projetar o que contribua de uma forma mais consistente e
verdadeira para a vida das pessoas; que estimule algo positivo, duradouro que
acompanha a pessoa ao longo do tempo; que promovam concentração em metas,
feedback imediato, altos desafios e altas habilidades individuais; envolva tão
profundamente que nada mais pareça importar, a ponto de perder a noção do
tempo.