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Aluno: GABRIELA CORREIA R DA SILVA Matrícula: 2230203647

Turma: A P2 Data: 13/11/2023


Prof. MARCUS SOUZA

Relatório - Dia D
A 1ª edição do Dia D realizado no dia 08 de novembro no Auditório Zélia Gattai na
Unijorge, aberto não somente pra alunos de Design Gráfico, mas a outros cursos e
a convidados externos, encantou com palestras repletas de assuntos
enriquecedores das 8 às 12 horas, e das 13 às 15 horas com as oficinas:
Quadrinhos para Iniciantes, Rendering, Computação Gráfica e Introdução à
Aquarela. O evento contou com palestrantes ilustres: Bia Simon falando sobre
“Joalheria Escrava Baiana”, Thais Coutinho com “Design, Arte e
Empreendedorismo”, Lukas Cravo sobre os “Processos de criação Fineart”, Felipe
Arcoverde com as “Reflexões sobre o design”, Fábio Kerk “O poder do Briefing”,
Andrea Soares falou sobre “UX: experiência é tudo”, e Suzi Marinõ sobre “A química
do comportamento humano: como fazer design que estimule emoções positivas e
duradouras que acompanhe a pessoa ao longo do tempo?”.

Bia Simon - Joalheria Escrava Baiana

A Prof.ª Bia Simon deu início as palestras falando sobre como surgiu o seu
interesse pela Joalheria Escrava Baiana, além de explicar que o interesse em sobre
esse assunto nasceu a partir da leitura de um artigo intitulado "A joalheria Baiana do
Século XIX" da designer de joias Virgínia Moraes, ela dá detalhes sobre sua tese
explicando que no século 18 e 19 essas eram as joias que as mulheres negras
utilizavam: “Trata-se de joias que foram criadas para uso exclusivo de mulheres
negras e mestiças (escravas, alforriadas ou libertas), e são entendidas como objeto
de design devido as condições a elas intrínsecas, de projeto, produção, circulação e
uso.”

Bia falou sobre a contribuição negra no design, deu exemplos de estamparia,


roupas e capas de álbuns feitos e ricos da cultura negra. Explicou que dentro dessa
questão da democracia racial tudo começou com Roberto Freire. As joias eram
feitas pra serem evidenciadas, eram joias com resistência, utilizadas muitas das
vezes pra comprar a liberdade de outros.

Como exemplo de joia mostrou a Penca de Balangandã: joia usada na cintura,


utilizadas geralmente por escravas de ganho que vendiam uma série de quitutes e
etc. Era utilizado também como um amuleto, uma questão de crença dessas
mulheres. O nome Balangandã é um nome onomatopaico, pelo barulho que a joia
produzia. Hoje são utilizados mais como itens decorativos, uma vez que não é tão
recorrente utilizar joias grandes.

Thais Coutinho - Design, Arte e Empreendedorismo

Em seguida Thais Coutinho contou sobre sua trajetória como designer, artista e
empreendedora. “Sempre entendi desde o início que a gente precisa se enxergar
como empreendedor”.

Freela, Fotografia, Identidade Visual: Desde o 3 semestre eu começou a trabalhar


com tudo um pouco: na Recarga Express, diagramação na transparência municipal,
campanhas internas na Bahiagás (onde começou a fotografar). O primeiro contato
direto com o público foi na Nossa Caravana, com mídias sociais, e agora voltada pro
público externo, com os desafios na Escola Cafeína (onde ela aprendeu a se
enxergar como empreendedora).

Onde começou apenas como freelancer, pensava que era somente criar e entregar -
mas agora entende que freelancer faz parte do empreendedorismo! Interligando o
design, a arte e o empreendedorismo, Thais finaliza a palestra contando que
atualmente é proprietária da empresa Um Tanto, onde ela confecciona pinturas de
horizontes cheias de identidade e raízes culturais.

Lukas Cravo - Processos de criação Fineart


Foi reproduzido um vídeo da produção da impressão fineart do estúdio do Lukas
Cravo, e em seguida ele começou a explicar o que é a impressão fineart e como
funciona o processo. Uma gama de papéis, fidelidade de cores, a longevidade do
produto. 2009 foi quando ele começou a cursar design na Unijorge, onde enfrentava
vários problemas com as gráficas rápidas, como as incompatibilidades das cores
por exemplo, ele sabia que esse serviço poderia ser oferecido de forma melhor. E
foi aí que ele comprou a primeira impressora de pigmento e iniciou a jornada nessa
área.

Sempre buscando entregar o melhor resultado, em 2017 ele recebeu o certificado


da canson, certified print lab: que é a certificação que qualifica todo o processo de
impressão Fine Art, em impressores credenciados e que trabalham exclusivamente
com os papéis Canson INFINITY. É uma certificação pioneira do processo de
impressão Fine Art, que assegura a todos os fotógrafos e artistas a certeza de
realizarem, em estabelecimentos credenciados e minuciosamente certificados pelo
programa, Certified Printers, o mais alto padrão de qualidade em impressões Fine
Art, com maior segurança e credibilidade, dentro de critérios que possibilitam atestar
a longevidade das impressões; assegurando o uso exclusivo de substratos Canson
e tintas originais de pigmento mineral.

Ele entrou em design pensando na editoração, em livros. Acompanhava o pai na


diagramação de livros e isso fez ele tomar gosto pela profissão, e o curso acabou
levando-o a materializar o que o estúdio dele é hoje.

Lukas fala sobre as especificações necessárias pra trabalhar com fine art, como
escolher o papel adequado, qual é a tinta correta, como fazer a calibragem do
monitor, onde e como armazenar as obras corretamente. A obra desse tipo é tão
delicada que o produtor deve tocar nos papéis de impressão somente com luvas.

Felipe Arcoverde - Reflexões sobre o Design


Felipe inicia a palestra contando que foi aluno da segunda turma de Design da
Unijorge, conta um pouco sobre a sua trajetória e começa a destrinchar as reflexões
sobre o Design. Conta que empreender não era muito com ele, então no ativismo,
ele e a sua companheira começaram a lutar sobre a valorização do design, que no
mercado ainda era uma área muito desvalorizada.

Fala sobre o Design não trabalhar sozinho, é transversal a várias camadas da


sociedade, indústria, economia, marketing, arte, e que dentro disso nós construímos
relações. O nosso ponto principal como designer é solucionar problemas, e dentro
dessa visão mais detalhista, quando vamos solucionar problemas acabamos
deixando passar alguns pontos, não solucionando de maneira realista. É importante
olhar de forma ampla, ter uma visão sistêmica. “Não é sobre a melhor técnica, ou
maior experiência de mercado, mas sim sobre perceber, interpretar, sintetizar
experimentar e aplicar.”

Felipe defende que o nosso objetivo é gerar soluções desejadas e utilizadas pelas
pessoas, mas harmonizadas e equilibradas ao meio ambiente.

Suzi Mariño - A Química do Comportamento Humano

"Como fazer design que estimule emoções positivas e duradouras que acompanhe
a pessoa ao longo do tempo?" Pra responder o questionamento do tema da sua
palestra Suzi faz analogia da situação ao seu colar que comprou a muitos anos
atrás, e que hoje não possui valor monetário, mas pra ela possui valor sentimental.
Foi algo barato, mas algo que ela se identificou, que a representava, e que ela não
sabia, mas precisava. E é justamente assim que precisamos analisar como
designers. Criar o que o cliente precisa, mas ainda não sabe. Algo que ele se
identifique, que goste e o represente, mas além de tudo que o acompanhe ao longo
do tempo.

Ela explicou sobre questões neurológicas, o que é o bem-estar, porque as coisas


deixam de nos dar prazer depois de um tempo resultando na falta de interesse,
falou sobre o sistema nervoso e como ele trabalha a partir das diferenças que ele
percebe, e sobre a compreensão do processo que sustenta a felicidade.

Suzi diz que devemos projetar o que contribua de uma forma mais consistente e
verdadeira para a vida das pessoas; que estimule algo positivo, duradouro que
acompanha a pessoa ao longo do tempo; que promovam concentração em metas,
feedback imediato, altos desafios e altas habilidades individuais; envolva tão
profundamente que nada mais pareça importar, a ponto de perder a noção do
tempo.

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