Você está na página 1de 1

A ideia de topofilia foi desenvolvida pelo geógrafo sino-americano Yi-Fu Tuan, em livro

Homônimo de 2012. Ao inspirar-se nas concepções filosóficas do existencialismo e da


fenomenologia, procurou abrir uma nova perspectiva de análises em torno da ideia de
“paisagem vivida”, ou seja, das concepções, das atitudes, dos valores, das emoções, das
memórias e das imagens construídas pelos indivíduos sobre as suas experiências com os
espaços geográficos.

Dessa forma, temos dois conceitos: a topofilia trata de uma conexão sentimental entre um
indivíduo e uma certa localidade. Este vínculo gera um sentimento de pertencimento, uma
sensação de ligação que torna o espaço muito mais do que um simples conceito: ele ganha um
significado simbólico capaz de levar setores da sociedade a reivindicarem direitos sobre ele.
Tomemos como exemplo as sociedades tradicionais que costumam tomar as áreas de rituais
fúnebres como sagradas, por conterem os restos mortais de seus antepassados; ou ainda, as
lutas pelos processos de tombamento de patrimônios materiais, como certas construções, com
significado histórico para a sociedade.

Por outro lado, temos a topofobia, definida como um sentimento de medo em relação à certos
locais. Essa sensação é muito comum em certos tipos de áreas urbanas, nas quais a violência é
um problema comum, ou ainda em áreas extremamente carentes, como as periferias urbanas.
Poderíamos também lembrar de áreas afetadas por acidentes de grandes proporções como a
região de Chernobyl, que mesmo depois de 30 anos após o acidente nuclear, ainda não
retomou sua população original, e nem foi capaz de atrair imigrantes de outras áreas.

Você também pode gostar