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Jackson Adriano Canavarro Ribeiro1, Elgison da Luz Santos2, Juliana Londero Silva Avila3, Paula
Karina Hembecker4, Percy Nohama5, Sergio Ossamu Ioshii6
1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: canavarro_jack@hotmail.com. Orcid:
0000-0002-4670-2695
2
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: elgisantos20@gmail.com. Orcid: 0000-
0001-8090-9457
3
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: juliana_londero@hotmail.com. Orcid:
0000-0002-0746
4
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: pkhembecker@gmail.com. Orcid: 0000-
0002-6998-8518
5
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: percy.mohama@gmail.com. Orcid: 0000-
0002-8051-8453
6
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: sergioioshii@gmail.com. Orcid: 0000-
0002-7871-4463
Endereço para correspondência: Jackson Adriano Canavarro Ribeiro - Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR) - Rua Imaculada Conceição, 1155 - Prado Velho, Curitiba - PR, 80215-901 – E-mail:
canavarro_jack@hotmail.com
INTRODUÇÃO
exercício para IC são indicados para o portadores de IC, sem restrição a idade
Intensidade/
Escala PEDro
Frequência
Indivíduos
amplitude
Tempo de
NYHA/ FE
aplicação
Percentual
Autor/ Ano
Corrente
/ Risco de
Controle
utilizada
Largura
Tempo
Classe
On/Off
Grupo
pulso
viés
Ilou et al., 80% / M/F (91) II-III, BF 10 200 20/40 intensidade 4-8 bicicleta ou GI
(2017)18 Baixo FE Hz ms s progressiva semanas esteira TC6: 441 ± 89 a 513 ± 101
<40% FM: 23.7 ± 11.4 a 29.9 ± 14.1
VO2 pico: 17.5 ± 5 a 19.8 ± 6.7
MLHFQ: 41 ± 22 a 24 ± 15
GC
TC6: 448 ± 118 a 515 ± 106
FM: 23.4 ± 10.5 a 30.5 ± 13.6
VO2 pico: 16.1 ± 4.9 a 18.4 ± 4.9
MLHFQ: 37 ± 17 a 25 ± 15
Soska et 70% / M/F (71) II-III, BF 10 NI 20/20 60 mA 12 Grupo bicicleta; GI
al., Baixo FE Hz s semanas / 7 grupo bicicleta VO2 pico: 16.9 ± 1.0 a 18.4 ± 0.9
(2014)19 <40% dias / 120 + EENM MLHFQ: 38.6 ± 4.9 a 32.2 ± 4.9
minutos
GC bicicleta + EENM
VO2 pico: 17.8 ± 0.9 a 20.5 ± 1.0
MLHFQ: 32.0 ± 4.0 a 22.7 ± 3.5
GC bicicleta
VO2 pico: 17.8 ± 0.9 a 20.6 ± 0.9
MLHFQ: 34.3 ± 3.5 a 24.7 ± 3.0
Dobsák et 70% / M/F (49) II-III, BF 10 200 20/20 60mA 12 semanas Bicicleta GI
al., Baixo FE Hz ms s / 7 dias / VO2 pico: 17.3 ± 0.7 a 19.0 ± 0.7
(2012)20 <40% 120 minutos CAVI: 9.3 ± 0.2 a 8.7 ± 0.2
HRV: 351.1 ± 80.1 a 578.3 ± 231.6
GC
VO2 pico: 18.7 ± 0.7 a 20.8 ± 0.7
CAVI: 9.6 ± 0.2 a 8.9 ± 0.2
HRV: 348.2 ± 49.7 a 492.2 ± 50.5
Dobsák et 40% / M/F (15) III-IV, BF 10 200 20/20 60 mA 6 semanas / NA GI
al., Alto FE ≤ Hz ms s 7 dias / 60 FM: 224.5 ± 96.8 a 340.0 ± 99.4
(2006)21 30% minutos Torque isocinético: 94,5 ± 41,5 a 135.3 ± 28.8
FS: 35.6 ± 3.9 a 48.2 ± 4.1
GC
TC6: 425 ± 118 a 483 ± 120
VO2 pico: 18,1 ± 3,9 a 19,3 ± 4,1
Carga de trabalho: 91,2 ± 13,4 a 112,9 ± 10,8
Duração do exercício: 510 ± 90 a 611 ± 112
MLHFQ: 41,4 ± 5,3 a 27,3 ± 6,3
Deley et 60% / M/F (24) II e III / BF 10 0,2 ms 12/8s tolerância do 5 semanas / bicicleta, GI
al., Modera FE Hz paciente 5 dias / 60 bicicleta de TC6: 443.3 a 495.9
(2005)23 do <40% minutos braço e esteira FM: ME: 83.6 a 91.9 - MD: 83.9 a 91.8
VO2 pico: 15.9 a 17.2
Tempo percorrido 200 metros: 122.0 a 115.7
GC
TC6: 449.6 a 518.6
FM: ME: 90.3 a 99.9 - MD: 86.8 a 97.2
VO2 pico: 15.0 a 18.2
Tempo percorrido 200 metros: 124.3 a 112.1
Nuhr et 70% / M/F (32) II, III e BF 15 0,5 ms 2/4s 100 mA 10 semanas Mesmos GI
al., Baixo IV / FE Hz / 7 dias / parâmetros do TC6: 227 ± 138 a 299 ± 137
(2004)24 <35% 240 GI, mas com VO2 pico: 9.6 ± 3.5 a 11.6 ± 2.8
minutos menor MLHFQ: 63 ± 23 a 53 ± 20
intensidade
GC
TC6: 237 ± 132 a 243 ± 145
VO2 pico: 10.6 ± 2.8 a 9.4 ± 3.2
MLHFQ: 63 ± 19 a 66 ± 22
Palau et 70% / M/F (52) II, III, FE 10 - NI 5/5s contração 12 semanas Não GI
al., Baixo IV S 50 muscular / 2 dias / 90 intervenção; TC6: (p0.005)*
(2019)25 FE Hz visível sem minutos IMT; VO2 pico: 9.6 ± 2.0 a 11.8 ± 2.6
>50% desconforto IMT + EENM MLHFQ: 39.7 ± 21.2 a 27.1 ± 16.7
GC IMT
TC6: (p0,022)*
VO2 pico: 9.9 ± 2.3 a 12.6 ± 3.4
MLHFQ: 42.3 ± 16.5 a 27.8 ± 14.8
GC IMT + EENM
TC6: (p0.011)*
VO2 pico: 10.7 ± 2.9 a 12.9 ± 3.7
MLHFQ: 34.9 ± 21.6 a 19.8 ± 14.6
GC NÃO INTERVENÇÃO
TC6: (p0.6907)*
VO2 pico: 9.3 ± 2.5 a 8.8 ± 2.6
MLHFQ: 42.8 ± 21.3 a 42.6 ± 21.8
Kadoglou 60% / M/F II/III e FE 25 NI 5/5 s contração 6 semanas / Mesmos GI
et al., Modera (120) FE S Hz muscular 5 dias / 30 parâmetros do TC6: (p<0.001)*
(2017)12 do <40% visível sem minutos GI, mas com
causar frequência de
desconforto 5Hz
Groehs et 60% / M/F (30) IV, FE FE 10 150 20/20 70 mA 8 -10 dias / Mesmos GI
al., Modera ≤ 30% S Hz ms s 60 minutos parâmetros do FM: 13 ± 1 a 21 ± 2
(2016)26 do GI, mas com TC6: (p<0,001)*
menor MLHFQ: 69 ± 5 a 26 ± 3
intensidade FS: (p<0,05)*
GC
FM: 15 ± 2 a 16 ± 2
TC6: (p<0,001)*
MLHFQ: 70 ± 3 a 45 ± 3
FS: (p<0,001)*
Parissis et 60% / II / III, FE 25 NI 5/5 s contração 6 semanas / CG exposto ao GI
al., Modera M/F (30) FE S Hz muscular 5 dias / 30 mesmo regime FE: 0.15 ± 0.08 a 0.33 ± 0.15
(2015)27 do <40% visível sem minutos com frequência KCCQ: 50,6 ± 26,6 a 71.7 ± 20.4
causar de 5Hz BDI: 12.3 ± 3.4 a 8.5 ± 2.1
desconforto SDS: 38 ± 6 a 30 ± 6
GC
FE: 0.17 ± 0.07 a 0.15 ± 0.07
KCCQ: 60.7 ± 23.0 a 57.9 ± 24.7
BDI: 11.6 ± 3.2 a 12.0 ± 2.7
SDS: 37 ± 6 a 39 ± 6
Karavidas 70% / M/F (30) II-III, FE 25 NI 5/5 s contração 6 semanas / GC exposto ao GI
et al., Baixo FE S Hz muscular 5 dias / 30 mesmo regime TC6: 324 ± 54 a 401 ± 67
(2013)28 <50% visível sem minutos com frequência FE: 5.3 ± 3.0 a 9.2 ± 3.9
causar de 5Hz KCCQ: 39 ± 7 a 53 ± 6
desconforto MLHFQ: 45.6 ± 12.9 a 17.1 ± 11.9
BDI: 11.2 ± 6.2 a 6.1 ± 4.4
SDS: 42.3 ± 8.4 a 32.4 ± 8.7
GC
TC6: 322 ± 76 a 345 ± 74
FE:3.8 ± 2.0 a 4.1 ± 1.6
KCCQ: 39 ± 7 a 44 ± 8
MLHFQ: 46.7 ± 17.5 a 37.9 ± 16.5
BDI: 12.1 ± 4.3 a 10.7 ± 3.4
SDS: 38.6 ± 6.2 a 37.0 ± 6.6
Deftereos 60% / M/F (31) II / III, FE 25 NI 5/5s contração 6 semanas / Bicicleta GI
et al., Modera FE S Hz muscular 5 dias / 30 FE: 5.9 ± 0.5 a 7.7 ± 0.5
(2010)29 do ≤35% visível minutos TC6: 448,1 ± 17,6 a 491,0 ± 18,4
GC
FE: 6.2 ± 0.4% a 9.2 ± 0.4
TC6: 446.8 ± 15.6 a 505.0 ± 15.6
Sacilotto 70% / M/F (28) III ou CR 50 NI 3/9 s contração 7 semanas / Mesmos GI
et al., Baixo IV Hz muscular 2 dias / 50 parâmetros do MLHFQ: 64 ± 22 a 45 ± 17
(2017)30 FE visível e minutos GI, mas com TC6: 324 ± 117 a 445 ± 100
≤35% tolerância do menor
paciente intensidade GC
MLHFQ: 51 ± 25 a 52 ± 25
TC6: 393 ± 151 a 353 ± 159
Banerjee 40% / M/F (10) II-III, NI 4 300 NI NI 8 semanas / NA GI
et al., alto FE Hz ms 7 dias / 60 TC6: 415 ± 57 a 455 ± 55
(2009)31 ≤35% minutos FM: 377.9 ± 110.4 a 404.9 ± 108.6
VO2 pico: 17.6 ± 0.4 a 18.6 ± 0.4
Legenda: NYHA - New York Heart Association; FE – Fração de ejeção; M – masculino; F – Feminino; BF – Bifásica; Hz – Hertz; ms – milissegundo; s – segundos; GC – grupo controle;
GI – grupo intervenção; TC6 – Teste de Caminhada de 6 minutos; FM – força muscular; ME - membro esquerdo; MD – membro direito; mA - miliampere; MLHFQ - Minnesota Living with
Heart Failure Questionnaire; VO2 - volume de oxigênio; m – metros; EENM – estimulação elétrica neuro muscular; NI – não informado; NA – não se aplica; FES – Functional Electrical
Stimulation; O2 – oxigênio; CAVI - Cardio-ankle vascular index; HRV - heart rate variability; FS - fluxo sanguíneo; FE - função endotelial; KCCQ - Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire;
BDI; - Beck Depression Inventory; SDS - Zung self-rating depression scale; ANSM - atividade do nervo simpático muscular; CR - Corrente Russa; IC – insuficiência cardíaca; IMT –
treinamento muscular inspiratório.
* Os autores informaram somente o valor de p.
Um total de 643 pacientes A comparação com outras técnicas,
participaram das intervenções nos estudos associadas ou não à EENM, foram
selecionados, a maioria (75,9%) do sexo descritas em quatro estudos utilizando
masculino. A média de idade variou entre bicicleta29; bicicleta associada à EENM19;
49 a 75 anos. A classe NYHA variou de II a bicicleta ou esteira30; treinamento muscular
IV. Em relação à fração de ejeção, houve inspiratório (IMT) e IMT combinado com
variação de ≤ 30% a > 50%. FES25.
As correntes aplicadas foram a Diversos estudos constataram uma
bifásica18,19,20,21,22,23,24, a FES12,25,26,27,28,29 e melhora no TC6 após a aplicação da
a corrente russa30, sem descrição de suas EENM, com uma variação na distância
especificidades. Com relação à modulação percorrida entre 227m ± 138 a 513m ±
da frequência foram entre 4 e 50 Hz. A 10112,18,22,23,24,25,26,28,29,30,31. Foram
intensidade manteve-se com contrações identificadas a melhora no pico de
visíveis; porém, confortáveis ao VO218,19,20,22,23,25,29,31 e na função
usuário18,23,27,28,29,30. Alguns autores endotelial27,28,29, o aumento da força
utilizaram 60 mA19,20,21,22, 70 mA26 e 100 muscular18,21,23,26,31 e na velocidade do fluxo
mA24. sanguíneo21,26 (quadro 1).
Quanto ao ciclo de trabalho (tempo A melhora da qualidade de vida foi
on / (on+off)), a maioria dos estudos relatada como desfecho nos escores do
selecionou em 50% de tempo ativo. Porém, Minnesota Living with Heart Failure
há uma variedade nos tempos de Questionnaire12,18,19,22,24,25,28,30, Kansas
manutenção do ciclo, variando de 2 a 20 s. City Cardiomyopathy Questionnaire27,28,
A minoria utilizou tempo off maior que o Beck Depression Inventory27,28e Zung self-
tempo on18,24,30. A duração do pulso variou rating depression scale27,28.
entre 0,2 a 200ms, entretanto, vários Outros achados foram a melhora da
autores não informaram o classe NYHA27, redução da atividade do
valor12,19,25,27,28,29,30. nervo simpático muscular (ANSM)26 e
Os dados indicam uma variação em aumento dos níveis plasmáticos de IL-1β,
relação ao tempo de aplicação dos IL-6 e IL-830. A aplicação da FES esteve
protocolos, sendo 12 semanas o período associada a uma menor ocorrência de
mais longo e 1 semana o mais curto. A hospitalização relacionada à IC12.
periodicidade variou de 2 e 7 dias por A pontuação da qualidade
semana e alguns autores19,20,25 relataram a metodológica dos estudos variou de 40% a
aplicação da EENM duas vezes por dia. 80%. De acordo com a análise do risco de
viés 46,6% dos estudos apresentaram efeito estatisticamente significativo.
baixo risco. Destaca-se que não houve consenso em
relação aos protocolos e os parâmetros de
DISCUSSÃO aplicação das correntes. Com isso, a
aplicabilidade dos resultados não pode ser
Dos 15 ensaios clínicos que extrapolada diretamente para pacientes
atenderam aos critérios de elegibilidade com formas mais leves da doença. Os
constatou-se que a aplicação da EENM nos efeitos da EENM a longo prazo foram
MMII dos pacientes com IC foi capaz de relatados somente em dois estudos12,25
produzir efeitos positivos na capacidade onde constatou-se que os benefícios foram
funcional, distância percorrida do TC6, pico mantidos.
de VO2, aumento da força muscular e Alguns cuidados foram tomados
velocidade do fluxo sanguíneo, função pelos autores para reduzir o risco de viés.
endotelial e escores de qualidade de vida. No entanto, um estudo21 não informou. A
Outros desfechos importantes como a alocação cega foi relatada por apenas cinco
melhora da classe NYHA, redução da autores18,19,20,24,30. Dentre as limitações
ocorrência de morte ou de hospitalização, identificadas, o tamanho das amostras era
aumento dos níveis plasmáticos de IL-1β, relativamente pequeno, sendo o menor
IL-6 e IL-8 e redução da atividade do nervo grupo com 15 voluntários21 e o maior com
simpático muscular (ANSM), que é 12012. Nenhum estudo informou o cálculo
associada a mau prognóstico tornando-se amostral, dado importante para inferências
um preditor independente de mortalidade e extrapolações dos resultados
em pacientes com IC32. Tais achados encontrados para a população em geral33.
inferem que a EENM pode ser uma A alocação aleatória dos
alternativa como tratamento adjuvante de participantes pode equilibrar as
cardiopatas que não possuem condições características dos grupos, entretanto,
de aderir a um programa de exercícios cinco estudos não relataram essa
físicos. informação18,19,20,24,30. Dessa forma, é
Estudos compararam a EENM a um possível que resultados diferentes possam
programa de treinamento físico aeróbio, ser evidenciados em estudos que realizem
com a estimulação elétrica apresentando à randomização e o sigilo de alocação
melhora nos parâmetros adequadamente34. O mascaramento dos
funcionais20,22,23,29. Porém, em dois avaliadores dos desfechos não foi realizado
estudos18,19 não foi constatado nenhum
em nenhum dos artigos, evitando o viés de REFERÊNCIAS
mensuração.
1- Mann DL, Zipes DP, Libby P, Bonow RO.
Diante dessas limitações, Braunwald’s heart disease: a text book of
evidenciamos a necessidade de novas cardiovascular medicine. 10. ed. Philadelphia:
9- Ferraz AS, Boochi EA. Efeitos do treinamento 16- Shiwa SR, Costa LOP, Moser ADL, Aguiar IC,
com IC: como implementar sua aplicação na evidências em fisioterapia. Fisioter. mov.
Paulo . 2008;18(1):23-36.
17- Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, The
PRISMA Group (2009) Preferred Reporting Items
10- Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G, Purcaro A.
Randomized, controlled Trial of long-term for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The
moderate exercise training in chronic heart failure: PRISMA Statement. PLoS Med. 2009;6(7):
23- Deley G, Kervio G, Verges B, Hannequin A, preserved left ventricular ejection fraction. Am