Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
iç
ed
PA U L O A D R I A N O M U N I Z G O U V Ê A
2º
O IMPACTO
PESSOAL E SOCIAL DA
PORNOGRAFIA
O IMPACTO
PESSOAL E SOCIAL DA
PORNOGRAFIA
2ª Edição
Julho de 2019
PA U L O A D R I A N O M U N I Z G O U V Ê A
O IMPACTO
PESSOAL E SOCIAL DA
PORNOGRAFIA
2ª Edição
Julho de 2019
www.sexosemcativeiro.com.br
Copyright © by Paulo Adriano Muniz Gouvêa, 2018
SEXO SEM CATIVEIRO – Paulo Adriano Muniz Gouvêa
Segunda Edição – Julho de 2019
Diagramação: Raquel Serafim (@rakdesigner)
Capa: Railca Freire Gouvêa
Revisão: 1. Leandro Lorenzetti – Pastor Sênior da Igreja do Evangelho
Quadrangular, sede e Superintendente Regional em Concórdia, SC; e
2. Ana Lia de Miranda e Martins – Procuradora de Justiça
Aposentada pelo Ministério Público do Estado de Rondônia
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte da edição deste livro deve ser reproduzida
de forma alguma sem a autorização por escrito do autor, exceto em casos de citações
curtas em artigos ou resenhas.
Impressão e Acabamento
Exklusiva Gráfica e Editora
Distribuição e Vendas
Sexo sem Cativeiro
Loja Virtual: http://www.sexosemcativeiro.com.br
E-mail: atendimento@sexosemcativeiro.com.br
Fone: |55| 41 99676.9107 / 85 99865.7308
“Os olhos são a candeia do corpo.
Se os seus olhos forem bons, todo o
seu corpo será cheio de luz. Mas se
os seus olhos forem maus, todo o seu
corpo será cheio de trevas. Portanto,
se a luz que está dentro de você são
trevas, que tremendas trevas são!”
Mateus 6.22-23 (NVI)
Índice
Prefácio . . ......................................................................................................... 9
Introdução .. ................................................................................................... 11
Leandro Lorenzetti
Pastor Sênior da Igreja do Evangelho Quadrangular,
sede e Superintendente Regional em Concórdia, SC.
Introdução
A evolução tecnológica tem sido um grande benefício para toda a
humanidade em termos de produtividade, compartilhamento do
conhecimento e avanços significativos em várias áreas de inte-
resse comum da sociedade, porém, existe um mal que, na mes-
ma velocidade, acompanha todo e qualquer tipo de inovação:
A PORNOGRAFIA.
Desde a época em que a humanidade escrevia sua história
em pedras com gravuras, passando pela invenção do papel, das
prensas gráficas, das máquinas fotográficas e projetores antigos,
de equipamentos de vídeo cassete, chegando agora à internet em
altíssima velocidade em nossos smartphones, os produtores de
material pornográfico revelam uma enorme capacidade de absor-
ção de novas tecnologias e, com a mesma velocidade, a indústria
da pornografia avançou, se adaptando a elas.
Segundo diversos especialistas e o senso comum, estamos
vivendo um tempo em que as pessoas estão constantemente co-
nectadas e antenadas à essas inovações, porém, também somos a
geração mais desconectada de todos os tempos daquilo que é mais
significativo e importante para as nossas vidas, principalmente no
âmbito emocional. Estamos substituindo a vida real pela virtual, o
que tem causado uma série de efeitos negativos na atual geração,
preparando um cenário bastante incerto para as futuras.
Nunca uma geração esteve tão adoecida em seus relacio-
namentos pessoais e em suas emoções como a atual. A pornogra-
fia talvez tenha atingido o seu maior potencial destrutivo dentro
desse contexto, disseminando seus falsos conceitos sobre sexo e
12 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
11
Capítulo 1 – O Cérebro
e a Pornografia
A pornografia diz: “Esse é o seu corpo, tomado, usado e
abusado por mim”.
CRISTO DIZ: “Este é o meu corpo, entregue por vós”.
1
Gouvêa, Paulo – Sexo sem Cativeiro – Manual de Aconselhamento ao Compulsivo Sexual.
2017, Editora Sexo sem Cativeiro. Pág 92
Capítulo 1 – O Cérebro e a Pornografia • 17
2
Dr Gary Wilson, www.yourbrainonporn.com
22 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
Cortex Prefontral
Cérebro límbico
1. 3. 1 Cérebro Saudável
1. 3. 2 Cérebro Pornificado
3
The Porn Circuit, Covenant Eyes, pag 10
4
Rui Costa, Psicologo Experimental do ISPA (Lisboa). https://www.publico.pt/2015/03/30/
ciencia/noticia/sexo-mulheres-e-testosterona-uma-relacao-complexa-1690561
30 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
5
https://veja.abril.com.br/saude/a-perigosa-moda-do-uso-de-testosterona-para-o-desejo-
-sexual/
6
Livro the porn circuit, covenant eyes. pag 11
Capítulo 1 – O Cérebro e a Pornografia • 31
1. 5 COQUETEL NEUROQUÍMICO
O conhecimento sobre esse verdadeiro “cocktail” no cé-
rebro não é suficiente para livrar seus usuários dos problemas
relacionados à pornografia, mas nos dá uma grande luz sobre
o comportamento humano e os impactos pessoais causados por
essa exposição. Quando se manipula o que foi feito para ser ex-
perimentado de forma natural, são ocasionados sérios danos ao
próprio corpo, ocasionando também danos graves quanto à so-
cialização do i ndivíduo.
Por isso há necessidade de que um debate consciente so-
bre o assunto seja estimulado e realizado dentro das comuni-
dades cristãs e demais áreas da sociedade. A pornografia preci-
sa ser regulada, principalmente para proteger nossas crianças
32 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
2
Capítulo 2 – A Ciência
e a Pornografia
“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra
o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para
torná-lo obediente a Cristo”. — II Coríntios 10.5
sasse na frente dele com o seu melhor amigo. Ela havia pedido um
tempo para pensar sobre isso, pois amava o marido e não queria
“desapontá-lo”. O Dr. Gary recomendou que ela não fizesse isso,
que o confrontasse e visse o resultado. Em alguns meses eles se
encontraram novamente, e ela pode falar com muita alegria que a
intimidade sexual do casal voltou ao normal, pois o marido havia
parado de assistir pornografia depois de ser confrontado por ela e
desistiu de fazer pedidos “excêntricos” na área sexual.
Esse ciclo começa normalmente com o marido pedindo para
a mulher assistir filmes pornográficos com ele. Depois, ele pede
para repetir as performances dos filmes, em seguida faz novas
propostas, como inserir brinquedos eróticos, passando a agir de
forma cada vez mais agressiva. Em seguida, poderá propor orgias
ou sexo com terceiros, ou para fazer vídeos da esposa se mastur-
bando ou até mesmo transando com outra pessoa. Isso não para
até que algo de pior aconteça com as pessoas envolvidas neste
relacionamento. Por isso, aconselhamos as esposas a não cederem
aos menores dos caprichos dos maridos usuários de pornografia,
mas confrontá-los quando isso acontecer. Uma sexualidade conju-
gal saudável pode ser construída sem nada disso, como aprende-
mos em Gênesis 2.25.
Grupo Quantidade
de meses
Grupo A – Maior exposição à pornografia 71
Grupo B – Exposição Média à pornografia 101
Grupo C – Sem exposição à pornografia 144
7
https://www.youtube.com/watch?v=TUwvDJ79YlI
46 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
8
Gary Wilson, www.yourbrainonporn.com
Capítulo 2 – A Ciência e a Pornografia • 47
9
Macrostructural Alterations of Subcortical Grey Matter in Psychogenic Erectile Dysfunction.
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0039118
48 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
10
A atividade do receptor do tipo D2 facilitado facilita o desenvolvimento da preferência de
parceiros do mesmo sexo condicionados em ratos machos. Centro de Investigações Cerebrais,
Universidade Veracruzana, México. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22564860
Capítulo 2 – A Ciência e a Pornografia • 51
11
https://yourbrainonporn.com/ask-us-iam-attracted-to-gay-transsexual
Capítulo 2 – A Ciência e a Pornografia • 53
12
Gary Wilson, https://yourbrainonporn.com/any-suggestions-for-healing-delayed-ejaculation
54 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
2. 8 A PORNOGRAFIA É VICIANTE
Em agosto de 2011 a “The American Society Of Addiction Me-
dicine (ASAM)” definiu as novas regras para se considerar um
comportamento ou uso de substância como vício. Segue abaixo
as definições:
• Os sinais, sintomas e comportamentos de um vício afetam
uma constelação de alterações cerebrais subjacentes;
• O vício é uma doença ou condição primária. Não é causado
por problemas de saúde mental, como transtornos de hu-
mor ou de personalidade.
13
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27882477
Capítulo 2 – A Ciência e a Pornografia • 55
33
Capítulo 3 – O Sexo
Conjugal e a Pornografia
“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal,
conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os
adúlteros”. Hebreus 13.4
14
Gary Wilson, Your Brain on Porn
Capítulo 3 – O Sexo Conjugal e a Pornografia • 59
15
Franklin O. Poulsen, Dean M. Busby e Adam M. Galovan, “ Uso de pornografia: quem usa e
como se associa com os resultados do casal ”, Journal of Sex Research 50, no. 1 (2013): 72-83.
16
Stack, Wasserman e Kern, “Laços sociais para adultos e uso da pornografia na internet”.
Social Quarterly, 85 (2004) 75-88.
17
DaneBack, Al Cooper e Manssen, “Um estudo na internet sobre participanetes Cybersex).
Archives of sexual behavior 34.
60 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
18
Ana Bridges , Chyng Sun , Matthew Ezzell e Jennifer Johnson , “ Scripts sexuais e o com-
portamento sexual de homens e mulheres que usam pornografia ” , sexualização, mídia e
sociedade 2, n. 4 (2016).
19
Laurie A. Miles, R. Lyle Cooper, William R. Nugent e Rodney A. Ellis, “ Dependência sexual:
uma revisão de literatura sobre intervenções de tratamento ”, Journal of Human Behavior in
the Social Environment 26, n. 1 (2016): 88-99.
20
Drs. Marnia Robinson e Gary Wilson explicaram em Psychology Today
21
Dr. Norman Doidge em The Brain That Changes Itself
22
Lucia O’Sullivan, Lori Brotto, E. Sandra Byers, Jo Ann Majerovich e Judith Wuest, “ Preva-
lência e Características do Funcionamento Sexual entre Adolescentes Sexualmente Transien-
tes e Sexualmente Experientes ”, Journal of Sexual Medicine 11, no.3 (2014). ): 630-641.
Capítulo 3 – O Sexo Conjugal e a Pornografia • 61
23
Anaïs Mialon, André Berchtold, Pierre-André Michaud, Gerhard Gmel e Joan-Carles Suris,
“ Disfunções Sexuais Entre Homens Jovens: Prevalência e Fatores Associados ” , Journal of
Adolescent Health 51, no. 1 (2012): 25-31.
24
Peter Kleponis – http://www.covenanteyes.com/2010/07/06/the-effects-of-pornography-
-on-wives-and-marriages/
25
Peter Kleponis – http://www.covenanteyes.com/2010/07/06/the-effects-of-pornography-
-on-wives-and-marriages/
62 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
26
JR Heiman, J.S. Long, S.N. Smith, W.A. Fisher, M.S. Sand, and R.C. Rosen, “Sexual satisfac-
tion and relationship happiness in midlife and older couples in five countries,” Archive of
Sexual Behavior 40 (August 2011), pgs. 741-753.
27
Bill Hendrick, Benefits of delaying sex until marriage, happier marriages, more satisfying
sex among perks, study finds,” WebMD, Dec. 28, 2010. http://www.webmd.com/sex-rela-
tionships/news/20101227/theres-benefits-in-delaying-sex-untilmarriage (accessed Feb. 26,
2013).
28
Robert Brooks, “The search for islands of competence: A metaphor of hope and strength,”
Monthly Articles, June 2005. http://www.drrobertbrooks.com/writings/articles/0506.
html.
64 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
29
Luke Gilkerson – http://www.covenanteyes.com/2013/06/26/better-sex-true-intimacy/
Capítulo 3 – O Sexo Conjugal e a Pornografia • 65
44
Capítulo 4 – A Criança e a
Pornografia
“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para
ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”.
Provérbios 22.6
usava, ele entendeu que não precisava se sentir culpado por fazer
uso deste material também.
Logo o computador com acesso a internet chegou à sua casa
e a curiosidade, associada à facilidade de acesso, o impulsionaram
a um mergulho no mundo da pornografia virtual. Ézio tinha mui-
ta curiosidade sobre sexo devido ao seu despertamento tão preco-
ce para isso, e não havia diálogo em sua casa sobre este assunto.
As suas pesquisas começaram com material “softcore” e logo pas-
saram para conteúdo “hardcore”. Ele diz que via de tudo e, com o
tempo, passou a se interessar por nudez infantil. Algo que lhe cha-
mava a atenção era o tamanho do membro dos pré-adolescentes.
Ézio lembra que durante os abusos que sofria na infância,
ele se sentia humilhado com o tamanho do pênis dos jovens que
o abusavam em relação ao seu. Hoje, com seu pênis de adulto, se
sente superior aos pré-adolescentes que o abusavam naquela épo-
ca. Ézio hoje é um cristão convicto e exerce ministério, mas luta
contra o vício em pornografia. Sempre recai quando se sente frus-
trado ministerialmente ou tem alguma outra situação de ansieda-
de no seu dia a dia. Tem a pornografia como seu escape e sua fuga.
Ézio tem um lindo chamado missionário, inclusive, para
trabalhar com crianças, mas o consumo de pornografia bombar-
deia sua fé e sua auto-estima, comunicando em sua mente que
não é digno de se aproximar de Deus e estar com Ele, além de ser
um risco para ele trabalhar com crianças e pré-adolescentes, pois
acaba se sentindo tentado diante destas situações.
A melhor chance de Ézio ser liberto de suas lembranças da
infância e do seu vício em pornografia é conseguindo entregar na
cruz a sua dor e frustração, perdoando seus abusadores e a si mes-
mo, entendendo que pode lançar na Cruz todo pecado e ressenti-
mento.
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 73
32
https://www.comshalom.org/brasil-lidera-em-numero-de-criancas-e-jovens-que-acessam-
-redes-sociais/
33
Lisa M. Jones, Kimberly J. Mitchell, and David Filkelhor, “Trends in Youth Internet victimi-
zation: Findings from Three Youth Internet Safety Surveys 2000-2010,” Journal of Adolescent
Health 50 (2012): 179-186
74 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
34
“One in Three Boys Heavy Porn Users, Study Shows,” Science Daily, Feb 25, 2007. http://
www.sciencedaily.com/releases/2007/02/070223142813.htm (accessed Aug 23, 2013).
35
Chiara Sabina, Janis Wolak, and David Finkelhor, “The nature and dynamics of Internet
pornography exposure for youth,” CyberPsychology and Behavior 11 (2008): 691-693.
36
Ana Bridges, Robert Wosnitzer, Chyng Sun, and Rachael Liberman, “Aggression and sexual
behavior in best-selling pornography videos: A content analysis update,” Violence Against
Women 16 (Oct. 2010):1065-1085.
37
Sabrina, et. al., “Nature and Dynamics
38
Jill Manning, “Hearing on pornography’s impact on marriage & the family,” U.S. Senate
Hearing: Subcommittee on the Constitution, Civil Rights and Property Rights, Committee
on Judiciary, Nov. 10, 2005. http://www.judiciary.senate.gov/hearings/testimony.cfm?i-
d=e655f9e2809e5476862f735da10c87dc&wit_id=e655f9e2809e5476862f735da10c87dc-1-3(ac-
cessed Dec. 27, 2012).
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 75
39
The Digital Divide: How the Online Behavior of Teens is Getting Past Parents” McAfee. June
2012. http://www.mcafee.com/us/resources/misc/digital-divide-study.pdf (accessed Aug
23, 2013).
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 77
40
Dr Phillip Zimbardo, Porque os garotos falham? https://www.youtube.com/watch?v=s-
gAu1i6aChs
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 81
41
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/revistafamilia/rv0710200719.htm
42
O mesmo.
82 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
4. 3. 1 Diagrama da família
O diagrama da família é um quadro de valores que tem im-
pacto significativo na vida dos filhos e na formação de seu caráter.
É um mapa com os referenciais e valores que deveríamos receber
dentro do seio familiar. É na família que recebemos as primeiras e
mais significativas impressões para moldar nosso caráter e perso-
nalidade. Em muitos casos, esse relacionamento é caótico e pode
produzir várias fendas no coração de um filho. Mas, através de
um relacionamento genuíno com Deus, podemos receber aquilo
que fomos roubados em nossa família e estabelecer uma nova rea-
lidade para nossas vidas, nossos filhos e as próximas gerações.
A chave para a saúde de uma família é o relacionamento
saudável entre os Pais. O Fundamento para uma família saudá-
vel é um casamento saudável, onde marido e mulher cumprem
seus papéis e obedecem aos princípios de Deus no casamento.
Um presente que podemos dar aos nossos filhos é permitir
o tratamento de Deus em nossas vidas. Quanto mais curados e
sarados formos, mais de Deus teremos para oferecer aos nossos
filhos. Dentro da família temos os papéis das pessoas e funções
que o sistema familiar deve gerar na vida dos filhos.
44
Patricia M. Greenfield, “Inadvertent exposure to pornography on the Internet: Implications
of peer-to-peer file-sharing networks for child development and families,” Applied Deve-
lopmental Psychology 25 (2004): 741 – 750, http://www.cdmc.ucla.edu/Published_Resear-
ch_files/pg-2004.pdf (accessed March 21,2016).
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 85
O PRINCÍPIO DA FAMÍLIA
VALORES COMUNICADOS AOS FILHOS EM TRÊS NÍVEIS DE INFLUÊNCIA
FUNÇÃO DO PAI + FUNÇÃO DA MÃE + FUNÇÃO DO RELACIONAMENTO CONJUGAL
PAI
LIMITES PROTEÇÃO
Noção de Missão
A
PAI
FID
NÇ
EL
FIA
ID
+
+
N
AD
Família
CO
MÃE +
CASAL
COMPROMISSO
NUTRIÇÃO ORGANIZAÇÃO AFETIVIDADE COMPROMISSO
Figura 10
45
Borges, Marcus de Souza, O Avivamento do Odre Novo, (Alm Tamandaré, PR, Editora JO-
CUM, 2011), página 187
86 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
46
Borges, Marcus de Souza, O Avivamento do Odre Novo, (Alm Tamandaré, PR, Editora JO-
CUM, 2011), página 189
90 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
47
Borges, Marcus de Souza, O Avivamento do Odre Novo, (Alm Tamandaré, PR, Editora JO-
CUM, 2011), página 187
Capítulo 4 – A Criança e a Pornografia • 91
4. 5 O PODER DE UM LAR
Assim como uma casa tem telhado, paredes, portas, janelas
e fundações, o relacionamento familiar tem a mesma representa-
tividade para todos emocionalmente. A família, mais do que uma
casa, precisa construir e viver a realidade de um LAR. Precisamos
orientar nossos filhos quando e como abrir as portas, em que si-
tuações eles apenas devem contemplar pela janela e para o que
eles devem manter até mesmo as cortinas fechadas.
O telhado de uma casa é a cobertura espiritual da mesma.
Os pais dão essa cobertura aos filhos, evitando brechas espirituais
e protegendo os filhos de influências externas negativas. É muito
importante para que esse teto esteja intacto, que os pais cuidem de
sua vida sexual e espiritual principalmente. Em todos meus acon-
selhamentos e de vários outros pastores amigos, percebemos que
em 100% dos casos de crianças que foram abusadas sexualmente
na infância, havia uma brecha espiritual aberta por um dos pais.
98 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
48
Messing, Jennifer. Everyone’s Story in Light of St. John Paul II’s Theology of the Body. Han-
dout. Into the Deep. Minneapolis, Minnesota. 2015.
100 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
de seus pais, como diz Malaquias 4.6, para facilitar sua aceitação
dos ensinamentos vindos dos seus pais.
Invista tempo no relacionamento com seu filho e sua espo-
sa. A melhor forma de se proteger e garantir que seus filhos sejam
menos vulneráveis aos assédios da pornografia, é dedicar tempo
de qualidade com eles e amar sua esposa. Seu casamento deve
produzir sede nos seus filhos de constituir e preservar a família
deles.
55
Capítulo 5 – A Mulher
e a Pornografia
“Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio
com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais
frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que
não sejam interrompidas as suas orações.” I Pedro 3.7
49
Jill C. Manning, Ph.D., LMFT. The Impact of Pornography on Women: Social Science Fin-
dings and Clinical Observations (2008).
102 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
50
Internet Estatísticas de Pornografia, 2008; Nielsen // NetRatings, abril de 2005
51
Martin Hald, 2006.
106 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
52
Rogala & Tydén, 2003; Tydén & Rogala, 2004; Häggström-Nordin, et al., 2005.
53
Rogala & Tydén, 2003.
Capítulo 5 – A Mulher e a Pornografia • 107
Ele não tem real interesse na mulher, ele apenas quer TIRAR dela
o seu próprio prazer.
Jill relata que seu consultório está cheio de mulheres que
estão com problemas emocionais em decorrência de questões
pessoais afetadas pelo consumo de pornografia pessoal e de seus
companheiros. Seus relacionamentos, sua casa, escolas, ambiente
de trabalho, sexualidade, auto estima e identidade como mulher
são suas principais queixas no consultório. Um aumento na in-
segurança, problemas de imagem corporal, ansiedades sexuais e
dificuldades de relacionamento tem sido relatados por suas pa-
cientes.
Muitas destas mulheres são adolescentes, que têm relatado
maior tolerância a abusos emocionais, físicos e sexuais por parte
dos namorados. Grande parte relata que assiste pornografia para
comunicar aos seus parceiros mente aberta, muitas influenciadas
pela postura passiva da maioria das mulheres em vídeos porno-
gráficos. Além disso, não é incomum uma história de abuso sexual
ou trauma a ser enredado no consumo de pornografia, algo que é
consistente com os achados de Broman (2003) que descobriu que
mulheres que passaram por abuso sexual foram mais propensas a
aceitar a pornografia.
As mulheres estão tendo a primeira relação sexual mais
cedo, normalmente sem nenhuma instrução ou cheias de infor-
mações erradas adquiridas através da mídia, sessões de porno-
grafia ou influência dos amigos e namorados, sendo o principal
problema a falta de orientação por parte de seus pais. O núme-
ro de abortos e doenças sexualmente transmissíveis tem cresci-
do exponencialmente e muitas mulheres seguem sendo mortas
por parceiros dominadores e violentos. Pesquisas mostram que
os próprios adolescentes reconhecem que pornografia influencia
seu comportamento sexual, embora eles tendam a acreditar que a
influência de amigos tem um grau maior54.
54
Rogala & Tydén, 2003; Häggström-Nordin, et al.,2005.
108 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
55
Burns, 2005; Cooper et. al, 2004
56
Cooper, Delmonico, & Burg, 2000
57
Steffens & Rennie, 2006
58
Manning, 2006; Wildmon-White & Young, 2002
59
Bridges, Bergner e Hesson-McInnis 2003
110 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
60
Dedmon, 2002
Capítulo 5 – A Mulher e a Pornografia • 111
61
Laaser, 1996; Ryu, 2004; Hinson Shope, 2004
62
Laaser, 1996; Wildmon White & Young, 2002; Ryu, 2004; Hinson Shope, 2004
63
Manning 2006
64
Bergen 1998
112 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
66
Capítulo 6 – A Igreja
e a Pornografia
“Felizes os que lavam as suas vestes, para que tenham
direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas
portas. Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que
cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e
todos os que amam e praticam a mentira. “Eu, JESUS, enviei
o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente
às igrejas. Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a
resplandecente Estrela da Manhã”. – Apocalipse 22.14-16
65
2014 Pornography Survey and Statistics. Proven Men Ministries. http://www.provenmen.
org/2014pornsurvey, accessed Dec. 29, 2014.
Capítulo 6 – A Igreja e a Pornografia • 117
66
Luke Gilkerson, Fight Porn In Your Church | Covenant Eyes, página 06
118 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
67
Luke Gilkerson, Fight Porn In Your Church | Covenant Eyes, página 10
122 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
68
Luke Gilkerson, Fight Porn in Your Church – Covenant Eyes, Página 10
Capítulo 6 – A Igreja e a Pornografia • 123
Aconselhamento
É muito importante que a igreja tenha um grupo de con-
selheiros capacitados para acolher as pessoas que reconheceram
seus problemas e pediram ajuda. Elas precisam de acompanha-
mento e orientação sobre o que está acontecendo com elas e como
podem sair disso. Mas um grande grupo vai precisar durante um
tempo de acompanhamento semanal para conseguir vencer isso.
Há algumas igrejas que conseguem oferecer não apenas a
seus membros, mas também à comunidade o serviço de alguns
profissionais que fazem parte da membresia da igreja. Alguns psi-
cólogos, psiquiatras, médicos e terapêutas. Essas ações produzem
um bom resultado, principalmente para os casos mais crônicos
que alguns enfrentam. Certa vez em um retiro que participamos
no início do ano, uma moça claramente demonstrou sintomas de
esquizofrenia. Rapidamente recomendamos que ela buscasse aju-
da em uma igreja que oferecia esses serviços acima mencionados.
Para as igrejas que não conseguem fazer esse tipo de ação,
é muito importante que a liderança busque capacitação ou par-
cerias para oferecer esse tipo de ajuda. Jesus e a palavra de Deus
devem ser a base de todo e qualquer aconselhamento.
69
Luke Gilkerson, Fight Porn in Your Church – Covenant Eyes, Página 13
124 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
Treinamento
Jesus não discipulou seus seguidores à distância, ele não fi-
cou usando o púlpito das sinagogas ou os barcos para isso. Ele
não ficou horas escrevendo os sermões que pregaria sentado em
um gabinete. Jesus ainda hoje é nosso modelo, nosso referencial
e nosso pastor. O viciado em pornografia não precisa apenas de
uma série de mensagens para ouvir, ele precisa de pessoas que
possam transmitir isso através de relacionamento e compartilha-
mento.
Os líderes que orientam os outros devem ser líderes sábios
que conhecem a Bíblia, sabem como o coração humano funciona
e se importam profundamente com aqueles presos em pecado70.
Segue o perfil de alguns destes treinadores, sendo realmente ne-
cessário que a igreja invista na preparação de treinadores depois
que seu perfil for identificado:
• Devem ser homens e mulheres de oração, experientes em
ajudar a curar as mágoas causadas pelo pecado e vivendo
em um mundo quebrado (Tiago 5: 13-16)
• Devem ser maduros, autocontrolados e ternos (1 Timóteo 3:
1-7).
• Devem ser homens e mulheres, guiados pelo Espírito, que
saibam como restaurar e consertar os pensamentos quebra-
dos daqueles que foram pegos em pecado (Gálatas 6: 1-2)
• Devem ser “homens de entendimento” que sabem como o
pecado funciona no coração e podem elaborar os motivos
ocultos que muitas vezes dirigem nossas pecaminosas dis-
posições e hábitos (Provérbios 20: 5).
Comunidade
Abrir num culto dominical um momento para as pessoas
irem à frente confessar publicamente e regularmente seus peca-
dos não parece ser algo apropriado. Se, como igreja, começarmos
70
Luke Gilkerson, Fight Porn in Your Church – Covenant Eyes, Página 15
Capítulo 6 – A Igreja e a Pornografia • 125
71
Luke Gilkerson, Fight Porn in Your Church – Covenant Eyes, Página 16
126 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
72
Luke Gilkerson, Fight Porn in Your Church – Covenant Eyes, Página 17
Capítulo 6 – A Igreja e a Pornografia • 127
73
The Development of the Problematic Pornography Consumption Scale (PPCS). http://irep.
ntu.ac.uk/id/eprint/30387/1/PubSub8168_Griffiths.pdf
Capítulo 7 – Como Reiniciar Seu Cérebro • 131
5 – Invista em um propósito.
Um dos grandes fatores de uso recorrente de pornografia
é o sentimento de falta de propósito. Os usuários de pornografia
se vêem como fracassados diante de suas necessidades não aten-
didas, sentem-se fracassados e sobrecarregados. Resumindo, não
sabiam quem eram ou para onde estavam indo, fazendo-os buscar
consolo na pornografia74.
Ter um alvo e um propósito dá sentido à vida e nos ajuda a
direcionar nossas ações e esforços, ocupa nossos pensamentos e
nos levam a celebrar as pequenas vitórias da vida. A ociosidade é
um grande inimigo daqueles que estão entrando em um processo
de restauração do pecado sexual. Lembrando que o pecado de So-
doma e Gomorra era sua prosperidade ociosa.
74
Lisa Eldred. Hobbies and Habits • Fighting Porn with Purpose | Covenant Eyes, Página 20
134 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
75
Lisa Heldred, Hobbies and Habits, Covenant Eyes – Página 12
136 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
HTTPS: //veja.abril.com.br/saude/a-perigosa-moda-do-uso-de-
testosterona-para-o-desejo-sexual/
HTTPS: //www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27882477
HTTPS: //yourbrainonporn.com/ask-us-iam-attracted-to-gay-transsexual
JR Heiman, J.S. Long, S.N. Smith, W.A. Fisher, M.S. Sand, and R.C. Rosen,
“Sexual satisfaction and relationship happiness in
http://www.webmd.com/sex-relationships/news/20101227/theres-
benefits-in-delaying-sex-untilmarriage (accessed Feb. 26, 2013).
HTTPS: //www.comshalom.org/brasil-lidera-em-numero-de-criancas-e-
jovens-que-acessam-redes-sociais/
ONE in Three Boys Heavy Porn Users, Study Shows,” Science Daily, Feb
25,2007.http://www. sciencedaily.com/releases/2007/02/070223142813.
htm (accessed Aug 23, 2013).
CHIARA Sabina, Janis Wolak, and David Finkelhor, “The nature and
dynamics of Internet pornography
THE Digital Divide: How the Online Behavior of Teens is Getting Past
Parents” McAfee. June 2012. http://www.mcafee.com/us/resources/
misc/digital-divide-study.pdf (accessed Aug 23, 2013).
142 • Sexo sem cativeiro | Paulo Adriano Muniz Gouvêa
HTTPS: //www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/revistafamilia/
rv0710200719.htm
HTTPS: //www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/
cidades/2014/04/27/interna_cidadesdf,424885/cerca-de-80-de-filhos-de-
pais-separados-sofrem-com-a-alienacao-parental.shtml
Opções de contribuição:
( ) Oferta Única
( ) Oferta Mensal
( ) Oferta Eventual
Depósito Bancário:
PAULO ADRIANO MUNIZ GOUVEA – CPF 605.409.312-68
Banco Itaú – Agência 9313 – Conta 08405-6
Banco do Brasil – Agência 2925-4 – Conta 33485-5
www.sexosemcativeiro.com.br
Sugestão de Leitura
DEUS É BOM?
Autor: Tales Cabele Freire Gouvêa
Colaboração: Railca Freire Gouvêa
Páginas: 24
www.sexosemcativeiro.com.br
www.sexosemcativeiro.com.br
“A pornografia tem protagonizado uma avalanche de destruição pes-
soal, social, familiar e espiritual em todo o mundo. Com muita proprieda-
de, esta obra reúne fatos, relatos e pesquisas científicas que apresentam
os impactos que a pornografia pode causar nas pessoas e na sociedade,
bem como aponta caminhos que podem e devem ser aplicadas por igrejas
e governos, como forma de proteger pessoas, famílias, igreja e as comuni-
dades desse terrível mal.”
Igor Alessandro Almeida
Teólogo, Missionário, Sexólogo e Diretor
Fundador do Ministério SOS Sexualidade
ISBN 978-85-923173-3-1
www.sexosemcativeiro.com.br