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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA


INSTITUTO BRASILEIRO DE VETERINÁRIA - IBVET

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO TRATAMENTO


CLÍNICO CIRÚRGICO DO COLAPSO DE TRAQUEIA:
REVISÃO DE LITERATURA

MARIANA OLIVEIRA GUIMARÃES

JAGUARIÚNA – SP – 2020
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA


INSTITUTO BRASILEIRO DE VETERINÁRIA - IBVET

MARIANA OLIVEIRA GUIMARÃES

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO TRATAMENTO


CLÍNICO CIRÚRGICO DO COLAPSO DE TRAQUEIA:
REVISÃO DE LITERATURA

Monografia apresentada para conclusão do


Curso de Especialização Lato Sensu em
Diagnóstico por Imagem em Pequenos Animais
pelo Centro Universitário de Jaguariúna em
convênio com o Instituto Brasileiro de
Veterinária – IBVET, sob orientação da
Professora Denise de Oliveira Guimarães.

JAGUARIÚNA – SP – 2020
3

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO TRATAMENTO


CLÍNICO CIRÚRGICO DO COLAPSO DE TRAQUEIA:
REVISÃO DE LITERATURA

MARIANA OLIVEIRA GUIMARÃES

Monografia apresentada para conclusão do Curso de Especialização Lato


Sensu em Diagnóstico por Imagem em Pequenos Animais pelo Centro
Universitário de Jaguariúna em convênio com o Instituto Brasileiro de
Veterinária - IBVET, sob a orientação da Professora Denise de Oliveira
Guimarães, Jaguariúna, 2020.

Declaro para os devidos fins ter orientado, corrigido e aprovado esse trabalho.

20 de Fevereiro de 2020.

Denise de Oliveira Guimarães


Orientadora

Nome: Denise de Oliveira Guimarães

Telefone: (34) 99991-7783

E-mail: Denise-og@hotmail.com

Link lattes: <http://lattes.cnpq.br/7531304871100987>


4

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus por tudo que eu vivi e por me possibilitar


chegar até aqui.
À minha avó Hilda, obrigada por todas as oportunidades que a senhora me
proporcionou para eu ter minha formação.
Aos meus pais, obrigada por todo suporte, educação e carinho.
Por último e não menos importante, agradeço à minha orientadora que não
poupou esforços para me ajudar e atender minhas dúvidas, sempre disposta a
melhorar meu trabalho.
A todos que participaram direta ou indiretamente desta jornada, muito obrigada.
5

GUIMARÃES, M. O. Diagnóstico por Imagem no Tratamento Clínico


Cirúrgico do Colapso de Traqueia: Revisão de Literatura.
Monografia apresentada para conclusão do Curso de Especialização Lato
Sensu em Diagnóstico por Imagem de Pequenos Animais pelo Centro
Universitário de Jaguariúna em convênio com o Instituto Brasileiro de
Veterinária – IBVET, TURMA 20 RIO DE JANEIRO, sob orientação da
Professora Denise de Oliveira Guimarães, Jaguariúna-SP, 2020.

RESUMO

O colapso de traqueia é uma causa comum de distúrbio respiratório em cães


de pequeno porte. Yorkshires Terrier, Pugs, Poodle Toys e Lulus da Pomerânia
são raças que apresentam predisposição à doença. A causa exata da doença
ainda é desconhecida, porém acredita-se que é devido a um fator genético que
leva ao enfraquecimento da cartilagem hialina. Fatores como obesidade,
doenças cardíacas e alérgenos podem levar ou exacerbar o quadro de colapso
traqueal. Há tratamento clínico para cães que possuem até 50% do lúmen
reduzido e para pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso
ou que possuem mais de 50% do lúmen obliterado há técnicas de correção
cirúrgicas que podem ser aplicadas. O diagnóstico é realizado através de
exames de imagem como traqueoscopia, raio X e ultrassom. Este trabalho teve
como objetivo a revisão de literatura sobre o diagnóstico por imagem do
colapso de traqueia, ressaltando a importância dos mesmos.

Palavras-chave: colapso traqueal, raio X, tosse, traqueoscopia, ultrassom.


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ABSTRACT

The tracheal collapse is a common cause of respiratory distress in small dogs.


Yorkshire terriers, pugs, poodle toys and pomeranians are breeds that show a
predisposition to the disease. The exact cause of the disease is still unknown,
but is believed to be due to a genetic factor that leads to weakening of hyaline
cartilage. Factors such as obesity, heart disease and allergens can cause or
exacerbate the tracheal collapse clinical condition. There are clinical treatments
for dogs having up to 50% of reduction of the lumen and for patients that don’t
respond to drug therapy or that have more than 50% obliteration of the lumen
there are surgical repair techniques that can be applied. The diagnosis is made
through imaging exams such as tracheoscopy, X-ray and ultrasound. This study
aimed to review the literature on the diagnosis of tracheal collapse,
emphasizing their importance.

Keywords: tracheal collapse, X-ray, cough, tracheoscopy, ultrasound.


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Lista de Figuras

Figura 1 Demonstração da classificação do colapso traqueal quanto à


redução do diâmetro intra luminal em traqueia colapsada............ 13
Figura 2 Radiografia lateral evidenciando colapso torácico........................ 17
Figura 3 Radiografia lateral evidenciando colapso torácico........................ 18
Figura 4 Imagem de exame ultrassonográfico em corte transversal (A) e
sagital (B) da traqueia de um cão sem alterações........................ 19
Figura 5 Imagem em corte transversal de um cão com colapso traqueal
grave.............................................................................................. 20
Figura 6 Imagens traqueoscópicas que ilustram os graus de colapso
traqueal.......................................................................................... 21
Figura 7 Radiografia lateral evidenciando a fratura de um stent
intraluminal.................................................................................... 25
Figura 8 Imagem esquemática do pregueamento da membrana dorsal da
traqueia.......................................................................................... 26
8c

Sumário

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………....... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA…………………………………………….... 10
2.1 Anatomia e Histologia Traqueal………………………………………….. 10
2.2 Fisiologia Traqueal………………………………………………………... 11
2.3 Colapso de Traqueia…………………………………………………….… 12
2.3.1 Etiologia……………………………………………………………………... 13
2.3.2 Sinais Clínicos………………………………………………………….…. 14
2.4 Diagnóstico………………………………………………………………... 15
2.4.1 Exame Clínico……………………………………………………………... 15
2.4.2 Raio X.................................................................................................... 16
2.4.3 Fluoroscopia.......................................................................................... 18
2.4.4 Exame Ultrassonográfico....................................................................... 19
2.4.5 Traqueoscopia....................................................................................... 20
2.5 Tratamento............................................................................................. 21
2.5.1 Tratamento Clínico................................................................................. 22
2.5.2 Tratamento Cirúrgico............................................................................. 23
2.5.2.1 Aplicação de Próteses Extraluminais..................................................... 23
2.5.2.2 Aplicação de Próteses Intraluminais ou Endopróteses (Stents)............ 24
2.5.2.3 Pregueamento da Membrana Dorsal da Traqueia................................. 26
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………...……………... 27
4 REFERÊNCIAS……………………………………………………..………. 28
9

1 INTRODUÇÃO

O colapso de traqueia é uma doença respiratória crônica, degenerativa e


incapacitante na qual os anéis cartilaginosos da traqueia perdem sua rigidez e
colabam parcial ou totalmente durante o ciclo respiratório, onde tanto quanto a
porção cervical quanto a porção torácica da traqueia podem ser afetadas.
Possui etiologia desconhecida, embora tenha muitas causas. A diminuição da
rigidez do músculo traqueal e a degeneração dos anéis traqueais são uma
delas. É frequentemente associada a longos períodos de tosse crônica,
popularmente chamada de “grasnar de ganso”, produzindo a Síndrome da
Angústia Respiratória Aguda (SARA) (ETTINGER, 2004).
Cães de raças miniaturas ou toys tem predisposição, e apresentam sinais
clínicos com aproximadamente sete anos de idade (FOSSUM, 2008). A
dispneia observada durante a inspiração resulta em colabamento da região
cervical e na expiração resulta em colabamento da região torácica (ETTINGER,
2004; GRANDAGE, 2007).
A doença pode ser classificada em quatro graus de acordo com o diâmetro
do lúmen e seu diagnóstico é feito por meio da associação da avaliação clínica
e achados nos exames de imagem. O tratamento clínico é paliativo e tem como
objetivo controlar os sinais da doença e promover qualidade de vida aos
pacientes. O tratamento cirúrgico é para pacientes que tem persistência dos
sinais clínicos e que não respondem ao tratamento medicamentoso (FERIAN,
2009).
O presente trabalho tem como objetivo revisar os métodos de diagnóstico
por imagem mais utilizados, visando sua importância para o médico veterinário
escolher a melhor técnica para a correção do colapso de traqueia.
10

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Anatomia e Histologia Traqueal

A traqueia do cão é um órgão de tecido conjuntivo tubular flexível que se


estende da cartilagem cricóidea da laringe até sua bifurcação dorsal na parte
cranial da base do coração. É formada por 40 a 45 anéis cartilaginosos hialinos
em forma de “C” e apresenta uma porção cervical, que se estende da laringe à
primeira costela, e uma porção torácica, que se estende da primeira costela à
carina (BOJRAB, 1996).
O mais importante suprimento sanguíneo da traqueia são as artérias
tireoideas, cranial e caudal, irrigando sua maior parte. Os nervos laríngeo
recorrente e vago suprem a inervação parassimpática para a mucosa traqueal
e seu músculo liso, a qual estimula as secreções musculares e glandulares
(ETTINGER; FELDMAN, 2004). O sangue é drenado por tributárias da veia
jugular, tireoidea caudal e veias broncoesofágicas (FINGLAND, 1996).
Segundo Grandage (2007) a traqueia está frouxamente envolta em uma
bainha de fáscia. O folheto mais profundo forma parte da fáscia pré-vertebral,
que separa a traqueia do músculo longo do pescoço. Este folheto também
compõe a bainha carótica, um tubo de fáscia que envolve o vago e nervos
simpáticos (tronco vagossimpático), a artéria carótida comum, a veia jugular
interna e, às vezes, o tronco linfático traqueal. A bainha carótica é encontrada
dorsolateralmente à traqueia, com o nervo laríngeo recorrente seguindo curso
semelhante, porém independente. O esôfago avança na maior parte de sua
extensão, dorsalmente à traqueia, sendo desviado para a esquerda em nível da
entrada do tórax. Os músculos esternotireóideo, esternoióideo e
esternocefálico situam-se ventralmente à traqueia.
Histologicamente, a traqueia é composta por quatro camadas: mucosa,
submucosa, musculocartilaginosa e adventícia. A mucosa é revestida por um
epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado que contém numerosas células
11

caliciformes e repousa numa membrana basal. Os cílios do epitélio


movimentam as secreções mucosas e as partículas estranhas no sentido da
laringe. Ela é separada da submucosa pela lâmina própria que é composta de
tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas e colágeno. Contém glândulas,
principalmente do tipo mucoso, cujos ductos se abrem na luz traqueal
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008).
A camada submucosa é rica em fibras elásticas e também contém
células adiposas e glândulas traqueais. Algumas dessas glândulas são
encontradas nas camadas mais profundas da lâmina própria entre os anéis
cartilaginosos, sendo mais numerosas nas paredes ventral e lateral da
traqueia. A camada musculocartilaginosa é composta por anéis cartilaginosos,
tecido fibroelástico e pelo músculo traqueal. Os anéis são compostos de
cartilagem hialina, em forma de “C”, cujas extremidades livres estão voltadas
para a região dorsal (DALLMAN et al., 1988). A camada adventícia é uma
lâmina de tecido conjuntivo que se une à lâmina musculocartilaginosa e com o
tecido conjuntivo que circunda a traqueia (FINGLAND, 1996).

2.2 Fisiologia Traqueal

As atribuições fisiológicas da traqueia se devem à ação do sistema


mucociliar e sua função como porção condutora do fluxo aéreo (ETTINGER;
FELDMAN, 2004; GRANDAGE, 2007; FERIAN, 2009). Esse mecanismo
permite a remoção física de partículas do trato no qual o material inalado fica
preso no muco que recobre a mucosa e é conduzido até a faringe pela ação
dos cílios do epitélio para, finalmente, ser deglutido. Para que isso ocorra, o
fluxo de ar para os pulmões deve estar livre, não havendo alterações no
diâmetro da traqueia. Em cães com colapso traqueal, essas duas funções
estão comprometidas (HARE, 1986; FERIAN, 2009).
A repetição do colapso causa inflamação crônica da mucosa traqueal
levando à tosse, o que exacerba a inflamação. Essa inflamação persistente
12

causa exsudato mucopurulento, metaplasia escamosa do epitélio respiratório,


hiperplasia e hipertrofia de glândulas mucosas interferindo na depuração
mucociliar (JOHNSON, 2001; SUN et al., 2008; FOSSUM, 2008; FERIAN,
2009). Isso resulta na diminuição dinâmica do fluxo de ar que pode resultar em
dispneia, cianose, síncope e na tosse crônica não produtiva.

2.3 Colapso de Traqueia

O colapso traqueal é caracterizado por importantes alterações na


morfologia da cartilagem hialina, dos anéis traqueais e da membrana traqueal
dorsal de cães, ocasionando colapso dinâmico da traqueia durante a
respiração. Produz “Síndrome da Angústia Respiratória Aguda” e é
frequentemente associado com longa história de tosse crônica, descrita como
“grasnar de ganso” (ETTINGER; FELDMAN, 2004).
Grandage (2007) diz que o distúrbio é relatado em cães de todas as
idades e não há predileção sexual. Os sinais poder começar a ser evidenciados
em torno dos dois anos de idade aparecendo como uma intolerância moderada
ao exercício, que pode evoluir para uma forma mais grave e até para angústia
respiratória. As raças mais predispostas são aquelas de pequeno porte, entre
elas: Lulu da Pomerânia, Yorkshire Terrier, Pug, Poodle toy e miniatura.
A traqueia colabada pode envolver as regiões cervical ou torácica, mas
geralmente ambas estão envolvidas. Ocasionalmente, apenas a traqueia
torácica está envolvida e o colapso pode se estender aos brônquios. A dispneia
é observada durante a inspiração, com colabamento da região cervical e/ou a
expiração, com colabamento da região torácica da traqueia (ETTINGER;
FELDMAN, 2004; GRANDAGE, 2007).
O colapso pode ser classificado em graus, conforme sua gravidade e
redução do lúmen traqueal. O grau I corresponde a uma redução de 25% no
diâmetro do lúmen, com o músculo traqueal ligeiramente pendular e as
cartilagens mantendo seu formato circular. O grau II apresenta a redução de
13

50% do diâmetro do lúmen, com a musculatura mais estriada e pendular, e as


cartilagens começam a apresentar achatamento. O grau III forma uma redução
de 75% no diâmetro do lúmen, com a musculatura mais estriada e pendular
com as cartilagens razoavelmente achatadas. Finalmente, o grau IV apresenta
o lúmen praticamente obliterado, com cartilagens completamente achatadas
podendo estar em contato com o músculo traqueal (FOSSUM et al., 2008).

Figura 1: Demonstração da classificação do colapso traqueal quanto à redução do diâmetro


intra luminal em traqueia colapsada

Fonte: <www.crvimagem.com.br> 2014.

2.3.1 Etiologia

Segundo Grandage (2007) e Fossum (2008), as causas do colapso de


traqueia não são totalmente conhecidas e são multifatoriais. Os sinais clínicos
podem começar aos dois anos e não há predileção sexual.
Fatores genéticos são apontados como distúrbios primários e fatores
nutricionais, alérgenos, deficiência nutricional, regurgitação mitral, deficiência
neurológica, doenças de vias aéreas e degeneração da matriz cartilaginosa
como distúrbio secundário (GRANDAGE, 2007; NELSON, 2007; FOSSUM,
14

2008). O colapso traqueal primário compromete a porção cervical da traqueia,


acomete animais mais jovens e é geralmente hereditário. Já o colapso traqueal
secundário compromete a porção torácica e os brônquios principais e tem
como causas prováveis pressões anormais nas vias respiratórias causadas por
tosse crônica (ETTINGER; FELDMAN, 2004). A cardiopatia e broncopatia
crônica podem originar tosse crônica assim como a obesidade com a presença
de tecido adiposo no mediastino (GRANDAGE, 2007).
Alguns autores sugerem que esses defeitos possam ter origem em
anormalidades celulares, nas organelas envolvidas na síntese dos
componentes da matriz celular, como o reticulo endoplasmático rugoso e
complexo de Golgi. Em função destas alterações, o anel de cartilagem hialina
não consegue manter a traqueia integra (DALLMAN et al., 1988).
O colapso de traqueia não deve ser confundido com a estenose de
traqueia. A estenose traqueal se caracteriza por um estreitamento anormal do
lúmen da traqueia devido a um trauma ou má formação congênita. Ferimentos
por objetos pontiagudos ou rombos, corpos estranhos, tubos endotraqueais e
intervenção cirúrgica podem provocar a estenose quando o ferimento cicatriza
por segunda intenção, e o excesso de fibrose causa o estreitamento luminal ou
quando as cartilagens cicatrizam de forma anormal (FOSSUM, 2008).

2.3.2 Sinais Clínicos

A queixa primária é de uma tosse não produtiva descrita como “grasnar


de ganso”. Na maioria das vezes a tosse é de natureza cíclica e paroxística,
com histórico longo de tosse crônica. Pode piorar durante a excitação ou com
leve pressão no pescoço ao exame clínico (ETTINGER; FELDMAN, 2004).
Animais obesos apresentam sinais mais graves devido ao fato de haver
acúmulo de gordura mediastinal (ETTINGER; FELDMAN 2004; FOSSUM,
2008).
15

Ocorrem ruídos respiratórios anormais, engasgos e graus variados de


dispneia, que varia de acordo com a gravidade do quadro. Pacientes com
dispneia grave encontram-se sob alto risco de vida, dificultando a realização
dos exames diagnósticos. Em alguns casos a traqueia colapsada se associa à
doença cardíaca valvular mitral crônica, e com frequência, deve ser
diferenciada da insuficiência cardíaca provocada por esta condição, pois
animais que estão compensados da doença cardíaca podem apresentar tosse
provocada pela traqueia colapsada (ETTINGER; FELDMAN, 2004; NELSON,
2007).
Ainda de acordo com Ettinger; Feldman (2004) e Nelson (2007), o
animal pode vir a apresentar febre, devido à angústia respiratória e agitação
extremas. Dependendo do quadro, as mucosas podem se apresentar
cianóticas e apresentar esforço abdominal exacerbado.

2.4 Diagnóstico

Segundo Nelson (2007), pacientes com dispneia grave devem ser


manuseados com maior cuidado, pois correm alto risco de vida, resultando
numa execução de exames mais difícil. Deve-se evitar a hiperextensão da
articulação atlantoociptal, pois esta causa mais achatamento da traqueia
podendo aumentar a gravidade da dispneia.

2.4.1 Exame Clínico

Cães que apresentam colapso de traqueia são, na maioria das vezes,


sistematicamente saudáveis, porém, geralmente apresentam excesso de peso
o que torna os sinais clínicos mais graves (ETTINGER; FELDMAN, 2004;
FOSSUM, 2008). O padrão respiratório pode estar normal ou pode mostrar um
16

aumento com esforço respiratório, evidenciando o colapso. O paciente


geralmente apresenta histórico prolongado de tosse e desconforto respiratório
(JONHSON, 2010).
A palpação da traqueia até a entrada do tórax se faz importante no
exame clínico, e pode iniciar tosse, indicando sensibilidade traqueal
inespecífica. Deve ser feita com cautela, pois pode desencadear uma crise
respiratória ou sincope (NELSON, 2007; FOSSUM, 2008). É feito também a
auscultação da traqueia que pode revelar sons estridores na inspiração e
expiração, causados pelo estreitamento do diâmetro do lúmen. Portanto, o
exame das vias aéreas deve ser o mais completo possível, desde que o
paciente esteja fora de risco, para não haver confusão com outras doenças
(NELSON, 2007; FOSSUM, 2008; JONHSON, 2010).
O diagnóstico diferencial do colapso de traqueia inclui quadros de
obstrução aérea superior, narinas estenosadas, palato mole prolongado,
bronquite, traqueíte primaria, traqueíte por corpo estranho, doenças
pulmonares, doença da válvula mitral crônica descompensada, alergias,
hipoplasia de traqueia e paralisia ou colapso laríngeo e ventrículos evertidos
(ETTINGER; FELDMAN, 2004; NELSON, 2007; FOSSUM, 2008).
Para o diagnóstico do colapso ou sua total exclusão, o ideal é associar
os exames de imagem para se obter resultados precisos. Um estudo realizado
na Universidade da Califórnia revelou que a fluoroscopia e a radiografia junto
ao estímulo de tosse forçado aumentam as chances de diagnóstico do
colabamento, ou seja, são complementares (JOHNSON et al., 2015).

2.4.2 Raio X

Segundo Ferian (2009) e Hawkins (2010), o exame radiográfico é o meio


diagnóstico mais utilizado devido ao fato de não precisar de sedação e ser um
método não invasivo. O animal é colocado em decúbito lateral e a traqueia é
avaliada na porção cervical durante a inspiração e na porção torácica durante a
17

inspiração e expiração, para excluir a possibilidade de falso-negativos. Nelson


(2007) citou que nem todos os casos são diagnosticados através da radiografia
e que é importante a pré-oxigenação caso o animal esteja em angústia
respiratória, para diminuir a alteração da respiração.
As radiografias laterais do pescoço e tórax dão diagnóstico em
aproximadamente 60% dos casos graves de colapso traqueal. Entretanto é
necessária cautela na avaliação, pois o exame pode resultar em falso positivo
ou falso negativo devido ao mau posicionamento, técnica radiográfica
inadequada ou até mesmo sobreposição de outras estruturas (MAGGIORE,
2014).

Figura 2: Raio X de um cão normal evidenciando locais de realização das medidas

Fonte: FERIAN, 2009


18

Figura 3: Radiografia lateral evidenciando colapso torácico

Fonte: DEWEESE; TOBIAS, 2014

2.4.3 Fluoroscopia

Ferian (2009) e Hedlund (2005) apontam a fluoroscopia como um


método diagnóstico considerado “padrão ouro” no diagnóstico do colapso
traqueal, pois permite a visualização direta do lúmen da traqueia, podendo
determinar a gravidade do achatamento dos anéis cartilaginosos e as
alterações dinâmicas presentes, como eritema, secreções e ulcerações, sendo
assim definitivamente melhor que a radiografia. Porém uma grande limitação é
que se faz necessário o uso de um procedimento anestésico geral para que a
mesma seja realizada nos casos de pacientes com algum grau de disfunção
respiratória.
A fluoroscopia é um exame que fornece imagens em movimento e em
tempo real do interior do corpo, a partir da emissão de raios X. Enquanto os
raios X convencionais só geram imagens estáticas que necessitam de
19

revelação posterior, a fluoroscopia produz imagens dinâmicas, com uma


frequência de 25 a 30 quadros por segundo, que podem ser vistas em
movimento, em um monitor. Dessa maneira, a fluoroscopia permite perceber
movimentações orgânicas internas. Como o exame necessita de muitas
imagens radiológicas, estas devem ser feitas com uma baixa dose de radiação,
o que exige um detector muito sensível que regule o nível de radiação. No
entanto, esta tecnologia está disponível apenas em universidades e hospitais
veterinários de grande referência (MAGGIORE, A. D., 2014).

2.4.4 Exame Ultrassonográfico

O ultrassom é utilizado para analisar a dinâmica dos movimentos da


traqueia e tem a vantagem de não expor o animal à radiação e de ser feito com
pouco ou nenhum tipo de sedação. O exame constata as mudanças da
margem traqueal, indicando a lesão no momento do colapso (EOM et al, 2008).
Entretanto, este método é altamente dependente da experiência do
examinador e é improvável que a ultrassonografia sirva como uma alternativa
satisfatória à radiografia ou fluoroscopia para o diagnóstico de colapso de
traqueia.
Figura 4: Imagem de exame ultrassonográfico em corte transversal (A) e sagital (B) da traqueia
de um cão sem alterações

Fonte: SOUTO, CK et. al, 2015


20

Figura 5: Imagem em corte transversal de um cão com colapso traqueal grave. Anel apresenta-
se achatado e deslocado lateralmente

Fonte: EOM et al, 2008

2.4.5 Traqueoscopia

Este exame apresenta a melhor técnica para avaliação da traqueia e dos


brônquios, e é o exame de eleição para o diagnóstico de colapso de traqueia. É
necessária a sedação do animal e é indicada para pacientes que serão
submetidos à correção cirúrgica e para aqueles que o diagnóstico diferencial é
imprescindível quando a radiografia falhou (FOSSUM, 2008).
Na traqueoscopia, o oxigênio é infundido com um broncoscópio e deve-
se ter cuidado para não obstruir a via aérea com o mesmo para não causar
outras lesões (FOSSUM, 2008). Durante o exame, é possível avaliar o grau de
frouxidão da membrana dorsal da traqueia, o formato dos anéis traqueais e o
achatamento da traqueia e dos brônquios (NELSON, 2007).
21

Figura 6: Imagens traqueoscópicas que ilustram os graus de colapso traqueal. Imagem A:


Traqueia normal; Imagem B Grau I; Imagem C: Grau II; Imagem D: grau III; Imagem E: Grau IV

Fonte: CHISNELL, H. K e PARDO, A. D., 2015.

2.5 Tratamento

O tratamento de colapso de traqueia pode ser clínico e cirúrgico e serão


abordados a seguir.
22

2.5.1 Tratamento Clínico

Os pacientes que possuem menos de 50% de colapso traqueal e sinais


clínicos leves são indicados para o tratamento clínico, e é geralmente efetivo
para aqueles com grau I ou II do colapso, compreendendo os estados agudo e
crônico (ETTINGER, FELDMAN, 2004; FOSSUM, 2008). É importante
identificar a causa da doença e suprimir ou interromper o processo. É
recomendável dieta para animais acima do peso, identificar e retirar
substâncias que estejam causando alergia como poeira ou cigarro, evitar a
hiperexcitabilidade, entre outros. O tratamento de qualquer infecção ou afecção
simultânea é obrigatório (ETTINGER; FELDMAN, 2004; SUN et al., 2008).
As medicações utilizadas são geralmente antitussígenos, antibióticos,
corticosteroides e broncodilatadores. A sedação pode ser necessária assim
como a oxigenoterapia suplementar em pacientes com quadro grave.
Mucolíticos e nebulização são utilizados em casos onde há excessiva produção
de muco e em casos de infecção (FOSSUM, 2008). O uso de sulfato de
condroitina também é uma opção de tratamento clínico uma vez que o colapso
de traqueia pode se originar de deficiências cartilaginosas. Este medicamento,
por ter origem semelhante ao tecido de aplicação, tem alta eficácia no
tratamento do colapso de traqueia (SAITO et al., 2009).
Os antitussígenos mais utilizados são a codeína e o butorfanol e
reduzem a irritação crônica ou danos no epitélio traqueal. São administrados
por via oral e o butorfanol pode ser injetável quando se deseja uma ação rápida
e potente (FERIAN, 2008; SUN et al.,2008; SESSEGOLO, 2013). A utilização
de antibiótico é feita apenas quando se suspeita de infecções bacterianas e o
uso de corticosteroides é recomendado para quando há edema traqueal em
fase aguda (ETTINGER; FELDMAN, 2004).
Os broncodilatadores são eficazes e indicados em todas as fases do
tratamento devido à sua ação de reduzir espasmos, diminuir a pressão
intratorácica, melhorar a deposição mucociliar e também reduzir a fadiga
diafragmática. Os mais utilizados são aqueles derivados da metilxantina, como
23

a aminofilina e a teofilina. Além disso, quando há excessiva produção de muco,


os mucolíticos como a atropina e acetilcisteína são indicados (ETTINGER;
FELDMAN, 2004; SUN et al.,2008).

2.5.2 Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado para aqueles pacientes que não


respondem mais a terapia clínica e também para aqueles que têm mais de 50%
do lúmen reduzido com sinais clínicos moderados a graves (FOSSUM, 2008;
HAWKINS, 2010). Sendo assim, o processo cirúrgico tem como finalidade
fortalecer a cartilagem da traqueia e os músculos traqueais além de recuperar
o diâmetro normal sem atrapalhar o fluxo mucociliar. É importante manter a
inervação e a irrigação preservadas (FERIAN, 2008; FOSSUM, 2008;
SESSEGOLO, 2013).

2.5.2.1 Aplicação de Próteses Extraluminais

Este método tem como objetivo proporcionar sustentação rígida para o


segmento traqueal colabado e manter a função do sistema mucociliar
(BIRCHARD; SHERDING, 2003). Somente a porção cervical e a porção
proximal da traqueia torácica são possíveis de serem corrigidas através da
aplicação de próteses extraluminais (FOSSUM, 2008; NELSON, 2007).
Durante o processo cirúrgico é importante verificar a bainha da sonda
endotraqueal desinflando e reposicionando-a cranial e ventralmente para evitar
que as suturas não sejam colocadas através da bainha da sonda. O pós-
operatório inclui a manutenção da sonda até que o animal apresente um reflexo
de deglutição forte. Oxigênio suplementar pode ser utilizado se necessário e o
uso de corticosteroides deve ser realizado imediatamente e após seis horas de
24

pós-operatório para minimizar o inchaço da mucosa traqueal. Antibióticos são


utilizados durante 14 dias e a terapia clínica permanece conforme o necessário.
É importante observar se o cão apresenta sintomatologia de obstrução traqueal
por cinco dias após a cirurgia (BOJRAB, 1996; BIRCHARD; SHERDING, 2003;
FOSSUM, 2008).

2.5.2.2 Aplicação de Próteses Intraluminais ou Endopróteses (Stents)

A correção do colapso traqueal através das endopróteses é de


importância crescente na gestão de pacientes humanos com doenças
obstrutivas da traqueia por neoplasias, no entanto, sua utilização na medicina
veterinária é recente, e as técnicas utilizadas em humanos para tratar colapso
traqueal têm sido adaptadas para a utilização em cães. Esta prótese possui a
vantagem de ser minimamente invasiva, além de possibilitar o tratamento na
porção torácica da traqueia (SUN et al., 2008).
Os stents são formados por plástico, silicone, metal ou híbridos ou ligas
de materiais como o nitinol, que é uma liga de titânio e níquel (WEISSE, 2008).
Segundo Radlinsky et al. (1997), a colocação da prótese é através de
traqueoscopia e necessita do auxilio de radiografia para estimar o tamanho das
próteses conforme o diâmetro traqueal do paciente.
O procedimento deve ser rápido para minimizar o tempo de anestesia,
obstrução e hipoventilação (GROSS et al., 2005; CHAMNES, 2011). A escolha
do tamanho do implante pode ser feita durante a traqueoscopia ou por
radiografias prévias e devem ser colocados imediatamente após a exploração
endoscópica da traqueia (FOSSUM, 2008).
É importante que a colocação da prótese seja precisa, pois uma vez que
é expandida não é possível seu reposicionamento na traqueia. Próteses que
possuem orifícios ou espaços abertos, como uma malha, são mais desejáveis,
pois promovem recobrimento com epitélio traqueal. Sua epitelização ocorre em
torno de 2 a 4 semanas após a colocação (FOSSUM, 2008).
25

Comparados às cirurgias convencionais, a implantação dos stents


endotraqueais tem a vantagem de ser minimamente invasivos, com imediata
melhora da condição clínica, curto período cirúrgico e rápida recuperação do
paciente (SUN et al., 2008). Além disso, possui resultados duradouros e
quando bem conduzida produz bons resultados, cerca de 80 a 95% dos
pacientes (ANJOS et al., 2007). Suas desvantagens incluem migração ou
fratura da prótese, pneumomediastino, estabelecimento de infecções ou fatores
que desestabilizam o funcionamento mucociliar, levando ao agravamento dos
sinais clínicos (NOPPEN et al., 2005).

Figura 7: Radiografia lateral evidenciando a fratura de um stent intraluminal

Fonte: DEWEESE; TOBIAS, 2014

A implantação da endoprótese possui um alto custo quando comparada


à correção cirúrgica para implantação de próteses extraluminais e é indicada
para pacientes que possuem sinais clínicos severos da doença (MORTIZ et al.,
2004).
Mesmo que as complicações relacionadas aos stents sejam frequentes,
sua utilização comparada a outras terapias paliativas é segura e pouco
26

invasiva, não precisando de internações a longo prazo ofertando rápido alivio


dos sinais sendo indicada para situações inoperáveis das vias aéreas
(SESSEGOLO, 2013).

2.5.2.3 Pregueamento da Membrana Dorsal da Traqueia

Também chamada de traqueoplastia, esse método envolve o


encurtamento do espaço traqueal através do pregueamento da membrana
dorsotraqueal com suturas sobrepostas transversais que puxam as
extremidades dos anéis cartilaginosos em conjunto, formando uma traqueia
mais circular e rígida. Pode ser efetivo em animais que apresentam anéis
relativamente rígidos e uma membrana dorsal frouxa, e é contra indicado para
cães com colapso moderado a severo, pois resulta na diminuição do diâmetro
luminal traqueal (FINGLAND, 2005).
Segundo Nelson (2007) essa técnica é utilizada em pacientes com grau I
e II de colapso e está em desuso.

Figura 8: Imagem esquemática do pregueamento da membrana dorsal da traqueia

Fonte: Fonte: VILELA, L. M., 2010


27

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O colapso traqueal é uma ocorrência comum na clínica de cães,


principalmente entre as raças de pequeno porte. Sabe-se que os exames de
imagem são de grande importância para o diagnóstico definitivo da
enfermidade ou sua total exclusão. Portanto cabe ao médico veterinário decidir,
dentre as técnicas aqui descritas, diante de cada paciente e o quadro
apresentado, o exame ideal a ser realizado para então eleger o melhor
tratamento.
28

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