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FACULDADE SÃO LUCAS

MARCOS ANTÔNIO FONTOURA

MAVIANA CARVALHO NASCIMENTO

TRABALHO ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVO E A VALORIZAÇÃO DA


DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Porto Velho
2015
MARCOS ANTÔNIO FONTOURA

MAVIANA CARVALHO NASCIMENTO

TRABALHO ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVO E A VALORIZAÇÃO DA


DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Monografia apresentada à Banca


examinadora do Curso de Direito da
Faculdade São Lucas - FSL, como exigência
parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Direito.

Orientadora: Profa. Cristiane da Silva Lima Reis

Porto Velho
2015
MARCOS ANTÔNIO FONTOURA
MAVIANA CARVALHO NASCIMENTO

TRABALHO ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVO E A VALORIZAÇÃO DA


DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade São Lucas – FSL, pelos


acadêmicos Marcos Antônio Fontoura e Maviana Carvalho Nascimento, como
resultado parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Direito.

BANCA EXAMINADORA

Orientadora Profa. Cristiane da Silva Lima Reis

2º Examinador Wilmo Alves

3º Examinador Marcia Antonetti

Conceito: __________________________________________________________

Porto Velho, _______________ de _______________ de_______________.


Dedicamos este trabalho aos nossos pais,
esposa (o), filhos (a) que nos inspiraram e
motivaram todos os dias a não desistir.

Pelo cuidado e paciência para conosco


durante esse período de estudos e
pesquisas.

Ao corpo docente do curso de Direito que


contribuiu de forma magnífica para o
nosso conhecimento, sempre nos
motivando a buscar mais.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pela força, saúde, inspiração e


sabedoria.

Aos nossos familiares, queremos agradecer na pessoa dos nossos pais,


esposa (o); filhos (a) que são a base das nossas vidas e nos proporcionaram a
melhor educação e amor possível, com bastante esforço e dedicação, e confiaram
em nós nesta jornada árdua.

À Professora e Orientadora Cristiane da Silva Lima Reis pela confiança,


dedicação e presteza durante a elaboração desta monografia.

Saiba que tens sido um presente inestimável com o seu brilhantismo e


inteligência. Seremos sempre gratos. Sem a sua orientação não seria possível
concluir esta etapa.

Estendemos os agradecimentos também aos nossos amigos, que muito têm


contribuído com seu apoio e compreensão.
“Aqueles que negam a liberdade dos
outros não a merecem para si mesmos”.

Abraham Lincoln.
RESUMO

Este trabalho se propõe a uma análise do trabalho análogo à condição de escravo


no Brasil e das ações afirmativas realizadas pelos órgãos de fiscalização e gestão
do trabalho e emprego à luz do princípio da dignidade da pessoa humana, e a
atuação do Ministério Público do Trabalho ao combate e fiscalização desse crime.
Pretende-se sustentar que o labor exercido não compreende somente o
cerceamento da liberdade como bem jurídico protegido, mas o alcance da norma vai
além da liberdade de locomoção dos trabalhadores, sendo o princípio da dignidade
da pessoa humana, hoje, o princípio-base, o alicerce de todo arcabouço jurídico,
como maior bem jurídico protegido do trabalhador. No tocante ao Direito do
Trabalho, com base nessas primícias constitucionais foi realizada análise das ações
afirmativas promovidas pelos órgãos de fiscalização e gestão do trabalho e
emprego.

Palavras-Chave: Direito do Trabalho. Trabalho análogo à condição de escravo.


Dignidade da Pessoa Humana. Atuação do Ministério Público do Trabalho. Ações
Afirmativas.
ABSTRACT

The current study aims to analyze the slavery-like work in Brazil and the affirmative
actions proceeded by the institutions charged of supervising and regulating work and
employment according to the principle of human dignity. It aims to prove that labor
realized does not only comprehend the restriction of freedom as a protected juridical
right, but the norm reach goes beyond worker’s movement freedom, being the
principle of human dignity, nowadays, the basilar principle, the cornerstone of all
juridical system, as the greatest juridical right for the worker. Related to Labor Law,
based on these constitutional principles, it was analyzed the affirmative actions
proceeded by institutions charged of supervising and regulating work and
employment.

Key Words: Labor Law. Slavery-like Work. Human Dignity. Ministry of Labour´s
Performance. Affirmative Actions.
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Trabalhadores resgatados de 1995 a 2014 ............................................ 72


Gráfico 02: Raio-x – Quem é o trabalhador escravo contemporâneo e os
trabalhadores resgatados entre 2003 e 2014 ............................................................ 73
Gráfico 03: Balanço da fiscalização realizado no país em 2014 ............................... 74
Gráfico 04: Fiscais do Trabalho no Brasil de 1990 até 2010 ..................................... 78
Gráfico 05: População ocupada no Brasil ................................................................. 79
Gráfico 06: Proporção de fiscais por trabalhador ...................................................... 80
LISTAS SIGLAS E ABREVIATURAS

CF – Constituição Federal de 1988

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas

CONAETE – Coordenadoria Nacional de Erradicação ao Trabalho Escravo

CONATRAE – Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo

CP – Código Penal

CPT – Comissão Pastoral da Terra

CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social

GEFM – Grupo Especializado em Fiscalização Móvel

IBAMA – Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INPACTO - Instituto Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo

MPT – Ministério Público do Trabalho

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

OIT – Organização Internacional do Trabalho

ONU – Organização das Nações Unidas

PGT – Procuradoria Geral do Trabalho

PRT – Procuradoria Regional do Trabalho

PTM – Procuradoria do Trabalho no Município

SEPPIR – Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego

STF – Supremo Tribunal Federal

TAC – Termo de Ajustamento de Conduta

TRT – Tribunal Regional do Trabalho

TST – Tribunal Superior do Trabalho


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

1 BREVE RELATO SOBRE OS ASPECTOS HISTÓRICOS DO TRABALHO


ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVO NO BRASIL ........................................... 16
1.1 DEFINIÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO ............................................................ 16
1.2 TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO .................................................... 28
1.3 O ALICIAMENTO DA MÃO DE OBRA ESCRAVA....... ....................................... 34
1.4 SITUAÇÃO ATUAL DA MÃO DE OBRA ESCRAVA NO BRASIL ....................... 34

2 A VALORIZAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E O


TRABALHADOR ...................................................................................................... 36
2.1 DEFINIÇÃO DE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ........................................ 36
2.2 DEFINIÇÃO DE TRABALHADOR ....................................................................... 40
2.3 PRINCÍPIOS DE DIREITO DO TRABALHO........................................................ 42
2.4 ABORDAGEM CONSTITUCIONAL SOBRE TRABALHO ESCRAVO ................ 48
2.4.1 Constituição Imperial de 1824 ....................................................................... 49
2.4.2 Constituição de 1891...................................................................................... 50
2.4.3 Constituição de 1930...................................................................................... 51
2.4.4 Constituição de 1934...................................................................................... 51
2.4.5 Constituição de 1937...................................................................................... 52
2.4.6 Constituição de 1946...................................................................................... 53
2.4.7 Constituição de 1967...................................................................................... 53
2.4.8 Constituição de 1988...................................................................................... 54
2.4.9 Legislação Infraconstitucional sobre o trabalho escravo .......................... 55
2.4.10 Convenções internacionais sobre o trabalho escravo ............................. 59

3 ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO NO COMBATE AO


TRABALHO ESCRAVO............................................................................................ 61
3.1 MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO - MPT.................................................. 61
3.2 MEIOS UTILIZADOS PARA FISCALIZAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO
ESCRAVO ................................................................................................................. 63
3.2.1 Comissão Pastoral da Terra .......................................................................... 63
3.2.2 Ministério do Trabalho e Emprego................................................................ 64
3.2.3 Ministério Público do Trabalho ..................................................................... 64
3.2.4 Grupo Especial de Fiscalização Móvel ......................................................... 65
3.2.5 Organização não-governamental Repórter Brasil ....................................... 66
3.2.6 1º e 2º Plano Nacional de Erradicação ao Trabalho Escravo ..................... 67
3.2.7 Comissão Nacional de Erradicação ao Trabalho Escravo .......................... 67
3.2.8 Lista Suja ........................................................................................................ 68
3.2.9 Pacto Nacional de Erradicação ao Trabalho Escravo ................................. 68
3.2.10 Emenda Constitucional nº 81/2014 ............................................................. 68

4 ANALISAR AS AÇÕES AFIRMATIVAS REALIZADAS PELOS ÓRGÃOS DE


FISCALIZAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO E EMPREGO .................................. 70

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 87

ANEXOS ................................................................................................................... 94
Anexo A: Barraca onde trabalhadores estavam alojados em condições degradantes
– divulgado pela ONG Repórter Brasil ...................................................................... 94
Anexo B: Mão de trabalhador machucada pelo trabalho e água que ele bebe –
divulgado pela ONG Repórter Brasil ......................................................................... 95
Anexo C: Trabalhador em condição análoga a escravo - Pará ................................. 96
Anexo D: Trabalhadores escravizados em Fazenda de cana-de-açúcar no Mato
Grosso do Sul............................................................................................................ 97
Anexo E: Trabalhadores em condições degradantes em fábrica das lojas Marisa ... 97
Anexo F: Foto de trabalhadores escravizados divulgada pelo site jornal ggn ........... 98
Anexo G: Trabalhadores flagrados na Fazenda Bandeirantes em Chupinguaia no
Estado de Rondônia .................................................................................................. 98
Anexo H: Repórter Brasil – Lista suja do Trabalho Escravo ...................................... 99
13

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como propósito analisar os meios de erradicação do


Trabalho análogo a condição de escravo no Brasil, haja vista, ser elevado o número
de pessoas escravizadas em plena modernidade, sendo que existem políticas
públicas para o combate e a fiscalização desse crime.
A escravidão que assolou os séculos passados era baseada na tortura, na
crueldade, na desvalorização do homem, tudo em benefício do enriquecimento dos
senhores de engenho, visando apenas ao lucro, já que toda mão de obra tinha o
custo alto para os proprietários. Os escravos laboravam jornadas de 16 horas
diárias, sob intensa coerção física, psicológica, punições e ameaças.
O Trabalho Escravo no Brasil tem origem desde a colonização por Portugal.
Com a abolição da Lei Áurea, em 1888, essa característica de propriedade do
próprio homem saiu do papel formalmente, mas, sob outras formas, se perpetua até
a atualidade.
Atualmente, o trabalho escravo no Brasil é uma realidade. Apesar de não
existir na formalidade da norma, é uma chaga que consome milhares de
trabalhadores que vivem em condições de vulnerabilidade no país. Hoje, se dá
através de aliciadores “gatos”, que são considerados os aliciadores, contratantes ou
empreiteiros que contratam as pessoas com promessas de trabalho vantajosas, tudo
uma grande ilusão. Os trabalhadores acabam sendo cerceados de sua liberdade e
dignidade e colocados em condições degradantes de trabalho, exercendo jornadas
exaustivas e trabalhos forçados.
Antes, o trabalho escravo se fundava no cerceamento da liberdade de
locomoção. Com o reconhecimento do princípio da dignidade da pessoa humana por
diversas constituições após a Primeira Guerra Mundial e a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, todos passaram, em teoria, a ser iguais e livres em dignidade e
direitos.
A dignidade da pessoa humana é considerada valor supremo. Esse princípio
é considerado um dos fundamentos essenciais da República Federativa do Brasil,
além de ser uma qualidade intrínseca de cada ser humano. Dentro dessa
perspectiva, o trabalhador vem sofrendo por não ter seus direitos fundamentais e
trabalhistas garantidos. Além do princípio da dignidade da pessoa humana o
14

trabalhador também está amparado pelos princípios que regem o Direito do


Trabalho que juntamente com as normas garantem maior efetividade laborativa.
Com o avanço da sociedade foram instituídas várias constituições que
contribuíram de alguma forma para o crescimento no que tange aos direitos do
trabalhador, até se chegar à atual Constituição de 1988, que traz como fundamental
o princípio da dignidade da pessoa humana e a valorização do trabalho.
A Constituição de 1988, abriu um leque de mudanças no tocante à
valorização ao trabalhador, como por exemplo, a atuação do Ministério Público do
Trabalho que executa arduamente atividades e projetos repressivos e preventivos
para o combate e fiscalização ao trabalho escravo no Brasil, com a ajuda de outros
órgãos governamentais e organizações não-governamentais.
Justifica-se este trabalho, pela relevância e os aspectos sociais atuais que
tem feito inúmeras vítimas todos os dias por consequências geradas pela
desigualdade social.
Ademais, faz-se necessário entender como se desenvolve os fatos, apontar
os sinais que levam à ocorrência de um crime tão grave, para que se possa estipular
as medidas e ações cabíveis tanto no âmbito jurídico como também na sociedade
para erradicar o trabalho análogo à condição de escravo que têm suas vertentes
após a mudança, em 2002, do Art. 149 do Código Penal Brasileiro, que passou a
abarcar o trabalho forçado, jornada exaustiva e as condições degradantes para
caracterização da condição análoga à de escravidão.
O objetivo geral deste trabalho é analisar as Ações Afirmativas como meio
de erradicação do trabalho escravo pelos Órgãos Gestores do Trabalho e Emprego,
quanto a efetividade das ações e projetos repressivos e preventivos em relação ao
trabalhador tendo como primazia a dignidade da pessoa humana.
A metodologia aplicada tem como base o Direito do Trabalho, incluindo a
análise do trabalho análogo à condição de escravo, princípio da dignidade da
pessoa humana, atuação do Ministério Público do Trabalho e as Ações Afirmativas.
A proposta deste trabalho está fundada na pesquisa bibliográfica, descritiva,
quantitativa, adotando com embasamento teórico doutrinas, artigos, jurisprudências,
leis e convenções que tratam sobre o Trabalho escravo.
Conforme, alhures, conclui-se que o tema abordado tem fundamento nas
Leis vigentes sobre o trabalho escravo, cuja vítima fica à mercê da própria sorte e
tem como fator preponderante a desigualdade e vulnerabilidade social. Dentro dessa
15

ótica, essas pessoas são vítimas e sofrem os reflexos e efeitos do Trabalho em


condições análogas às de escravidão.
16

1 BREVE RELATO SOBRE OS ASPECTOS HITÓRICOS DO TRABALHO


ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVO NO BRASIL

Neste primeiro capítulo são abordados os aspectos históricos do trabalho


análogo à condição de escravo, perpassando, para tanto, sobre a definição de
trabalho escravo, trabalho escravo contemporâneo, aliciamento da mão de obra
escrava e a situação atual da mão de obra no Brasil.

1.1 DEFINIÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO

A utilização do trabalho escravo deixou um rastro de crueldade que se


arrastou por séculos, desde o Brasil Colônia até a atualidade. Hoje, no entanto, a
perversidade dos “escravocratas” modernos é exercida de outras formas. O escravo
deixou de ser propriedade de outra pessoa, mas muitos trabalhadores ainda são
mantidos em condições semelhantes ao trabalho escravo, a servidão.
Até a promulgação da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, o trabalho escravo
formal era aquele que tomava o ser humano como objeto coisificado. Em busca de
conceituar o trabalho escravo vamos ver a origem das palavras “escravo” e
“escravidão”.
A palavra escravo tem origem no Latim sclavus, (pessoa que é propriedade
de outra), de slavus, (eslavo), porque muitas pessoas dessa etnia foram capturadas
e escravizadas em outras épocas.
Como dito anteriormente, o escravo antigo é caracterizado por ser
propriedade de outra pessoa. Essa é uma das características que marcaram o
período colonial até meados do século XIX e que nos dão a fiel compreensão do
termo escravo.
Já a escravidão é basicamente a condição na qual o escravo está inserido
na sociedade, obrigado a suportar cativeiros insalubres, punições severas e
péssimas condições de vida derramando seu suor para enriquecer economicamente
o seu senhor.
Apesar da Lei Áurea ter extirpado formalmente o trabalho escravo, as suas
raízes ainda continuam a crescer nos dias de hoje. Embora, legalmente abolida, é
bem verdade que ainda existem muitos relatos de pessoas que são escravizadas, e
submetidas a trabalhos forçados, tanto na zona rural, que tem o maior índice de
17

denúncias, quanto na zona urbana, atingindo a maioria das regiões brasileiras, não
nos mesmos moldes que antigamente, mas caracterizado nos dias de hoje como
“trabalho análogo à condição de escravo”, tido como servidão.
Sento-Sé, (2000, apud APAZ, 2015, p. 132), demonstra que escravo é:

Aquele que vive em sujeição ao empregador no que diz respeito a


condições de trabalho degradantes, inclusive quanto ao meio ambiente em
que irá realizar a sua atividade laboral, submetendo-se, em geral, a
constrangimento físico e moral, que vai desde a deformação do seu
consentimento ao celebrar o vínculo empregatício, passando pela proibição
imposta ao obreiro de resilir o vínculo quando bem entender, tudo motivado
pelo interesse de ampliar os lucros às custas da exploração do trabalhador.

Fica aclarado que os indivíduos ficam totalmente submetidos a condições


degradantes de trabalho, sofrem coerções físicas e psíquicas, são coagidos desde a
celebração do vínculo empregatício, tudo isso, somente para aumentar o status
econômico do empregador.
Segundo Ribeiro (2006), o conceito de trabalho escravo é o conceito
utilizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), segundo o qual toda
forma de trabalho escravo é trabalho degradante, mas o recíproco nem sempre é
verdadeiro. O que diferencia um conceito do outro é a liberdade.
A Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho, convocada em
Genebra pelo Conselho de Administração do Secretariado da Organização
Internacional do Trabalho e reunida, em 10 de junho de 1930, em sua Décima
Quarta Reunião, destaca que:

Artigo 1º - 1. Todo País-membro da Organização Internacional do Trabalho


que ratificar esta Convenção compromete-se a abolir a utilização do
trabalho forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, no mais breve
espaço de tempo possível.
2. Com vista a essa abolição total, só se admite o recurso a trabalho forçado
ou obrigatório, no período de transição, unicamente para fins públicos e
como medida excepcional, nas condições e garantias providas nesta
Convenção.

Contudo a convenção mencionada traz as exceções do que não é


considerado “trabalho forçado ou obrigatório”:

Artigo 2º - 1. Para fins desta Convenção, a expressão "trabalho forçado ou


obrigatório" compreenderá todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa
sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido
espontaneamente.
18

2. A expressão "trabalho forçado ou obrigatório" não compreenderá,


entretanto, para os fins desta Convenção:
a) qualquer trabalho ou serviço exigido em virtude de leis do serviço militar
obrigatório com referência a trabalhos de natureza puramente militar;
b) qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas
comuns de cidadãos de um pais soberano,
c) qualquer trabalho ou serviço exigido de uma pessoa em decorrência de
condenação judiciária, contanto que o mesmo trabalho ou serviço seja
executado sob fiscalização e o controle de uma autoridade pública e que a
pessoa não seja contratada por particulares, por empresas ou associações,
ou posta á sua disposição;
d) qualquer trabalho ou serviço exigido em situações de emergência, ou
seja, em caso de guerra ou de calamidade ou de ameaça de calamidade,
como incêndio, inundação, fome, tremor de terra, doenças epidêmicas ou
epizoóticas, invasões de animais, insetos ou de pragas vegetais, e em
qualquer circunstância, em geral, que ponha em risco a vida ou o bem-estar
de toda ou parte da população;
e) pequenos serviços comunitários que, por serem executados por
membros da comunidade, no seu interesse direto, podem ser, por isso,
considerados como obrigações cívicas comuns de seus membros, desde
que esses membros ou seus representantes diretos tenham o direito de ser
consultados com referência á necessidade desses serviços.

A definição de trabalho forçado é considerada válida também pelas


convenções 105 e 29. A segunda veda o trabalho forçado de todas as formas e vai
além, contempla mais 5 formas de trabalho forçado. Para a convenção 105 o
trabalho forçado ou obrigatório deveria ser abolido, especialmente, nas seguintes
circunstâncias: 1. Como forma de coerção ou educação política, como castigo por
expressar determinadas opiniões políticas ou por manifestar oposição ideológica à
ordem social, política ou econômica vigente; 2. Para fins de desenvolvimento
econômico; 3. Como meio de disciplina no trabalho; 4. Como castigo por haver
participado em greve e 5. Como forma de discriminação racial, social, nacional ou
religiosa.
Nesse sentido, colaciona-se a seguir exposição do Dr. Pereira Júnior (2003),
do Ministério Público do Trabalho do Estado do Pará:

O trabalhador escravo é o produto da desigualdade, da distribuição de renda,


é o produto da desigualdade até mesmo na distribuição das terras neste país.
Ele é também o resultado da ineficácia, da ineficiência dos nossos poderes
constituídos, do Ministério Público, do Poder Judiciário, e do Poder Executivo.

É notório que foram realizados esforços para coibir a prática escravagista


criando leis e ratificando acordos que deixam claro o que se considera “trabalho
forçado e obrigatório”, e consequentemente as exceções como visto na Convenção
de 29, ou seja, os indivíduos que forem flagrados nessas condições, não serão
considerados sob trabalho forçado e obrigatório, conforme preceitua a Convenção.
19

Para o Ministério do Trabalho e Emprego, o que caracteriza trabalho escravo


é a existência de quatro fatores: apreensão de documentos, presença de guardas
armados e “gatos” de comportamento ameaçador, por dívidas ilegalmente impostas
ou as características geográficas do local, que impedem a fuga.
Sabe-se que o trabalho escravo na atualidade irradia por várias regiões e
não faz acepção quanto a gênero e cor. Hoje a caracterização dessa prática
exploratória, cruel, e desumana, perpassa o contexto da liberdade porque os
grandes empresários e fazendeiros atuam na clandestinidade burlando as leis que
estão postas para serem cumpridas a todo rigor por aqueles que detêm o poder de
realizar contratações efetivas de uma relação de trabalho.
É sabido que vários fatores colaboram para o desencadeamento desse
crime brutal contra a dignidade da pessoa humana e da valorização do trabalhador
no que tange às suas relações laborais.
São causas que concorrem e contribuem para a existência do “trabalho
escravo” na atualidade, que hoje é chamado “trabalho análogo à condição de
escravo”, ou seja, o que diferencia um e outro na realidade é que antes o escravo
sabia que era escravo desde a sua venda, quando era transportado da África para
ser vendido no Brasil, e hoje ele é enganado com ofertas de trabalho promissoras,
quando na realidade são ludibriados com propostas de trabalho digno, e a maioria,
por falta de oportunidade, de conhecimento da lei, acaba tendo seus documentos
retidos. Pelo fato de a maioria ter família que depende diretamente deles acabam se
sujeitando, tanto pelo medo quanto pela necessidade. Esses homens já começam a
trabalhar devendo ao empregador, porque é cobrado deles desde a passagem do
ônibus que o transporta para a zona rural ou na zona urbana.
Outro fator preponderante que fomenta a evolução do trabalho análogo ao
de escravo é o fator econômico, político e social que traduz toda forma de
impunidade existente no Brasil.
Ribeiro (2006) aborda claramente o desnível da relação de trabalho no
conceito enfocando empregado e empregador, veja-se:

O trabalho escravo contemporâneo é aquele em que o empregador sujeita o


empregado a condições de trabalho degradantes e o impede de
desvincular-se de seu "contrato". Destacam-se alguns fatores que
caracterizam essa condição: retenção de salários, a violência física e moral,
a fraude, o aliciamento, o sistema de acumulação de dívidas (principal
instrumento de aprisionamento do trabalhador), as jornadas de trabalho
20

longas, a supressão da liberdade de ir e vir, o não-fornecimento de


equipamentos de proteção, a inexistência de atendimento médico, a
situação de adoecimento, o fornecimento de água e alimentação
inadequadas para consumo humano.

Ainda neste contexto Brito Filho (2005, apud APAZ, 2015, p. 204), aduz que:

Pode-se definir trabalho em condições análogas à condição de escravo


como exercício do trabalho humano em que há restrição, em qualquer
forma, à liberdade do trabalhador ou quando não são respeitados os direitos
mínimos para o resguardo da dignidade do trabalhador.

Nunes (2005) aborda em sua obra o pensamento do professor e Procurador


do Trabalho da 2ª Região, Ronaldo Lima dos Santos a respeito do trabalho análogo
à condição de escravo:

1) a constrição da vontade inicial do trabalhador em se oferecer à prestação


de serviços, sendo, por isso, constrangido à prestação de trabalhos
forçados sem sequer emitir sentimento volitivo neste sentido;
2) o aliciamento de trabalhadores em uma dada região com promessas de
bom trabalho e salário em outras regiões, com a superveniente contração
de dívidas de transportes, de equipamentos de trabalho, de moradia e
alimentação, cujo pagamento se torna obrigatório e permanente,
determinando a chamada escravidão por dívidas;
3) o trabalho efetuado sob ameaça de uma penalidade, geralmente
violadora da integridade física ou psicológica do empregador, modalidade
que quase sempre segue a escravidão por dívidas;
4) a coação, pelos proprietários de oficinas de costuras em grandes centros
urbanos, de trabalhadores latinos pobres sem perspectivas em seus países
de origem, que ingressam irregularmente no Brasil. Os empregadores
apropriam-se coativamente de sua documentação e os ameaçam de
expulsão do país, por meio de denúncias às autoridades competentes.
Obstados de locomoverem-se para outras localidades, diante da sua
situação irregular, os trabalhadores submetem-se as mais vis condições de
trabalho e de moradia.

Contudo, a mentalidade dos escravocratas ainda persiste nos dias atuais


desrespeitando a dignidade da pessoa humana, entranhando-se na sociedade a
desigualdade social e econômica que reverbera por toda a sociedade.
As formas de escravidão vigentes estão agregadas aos fatores de
desigualdade social e econômica, pobreza que alcança boa parte da classe social
menos favorecida, incompatibilidade na distribuição de renda, a falta de
oportunidade, descaso com o ensino e a informação.
O servilismo não é característico somente de países subdesenvolvidos, onde
a tecnologia é tardia e a valorização do ser humano é uma morosidade. Pelo
contrário, está infiltrado também nos países desenvolvido, onde a tecnologia anda a
todo vapor.
21

Conquanto, embora não seja tão perceptível na atualidade, continua a


reverberar na sociedade, não tanto como antigamente, mas, com outra face de
escravidão, como podemos ver no quadro comparativo do sociólogo Kevin Bales
que traça o perfil da escravidão de ontem e hoje. Veja-se:

ESCRAVIDÃO HISTÓRICA ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA


Propriedade Permitida Proibida
legal
Custo de
Alto. A quantidade de escravos era Muito baixo. Não há compra e muitas vezes
aquisição de
medida de riqueza gasta-se apenas o transporte
mão de obra
Escassa. Dependia do tráfico negreiro
Descartável. Devido a um grande contingente
Mão de obra
de trabalhadores desempregados

Longo período. A vida inteira do Curto período. Terminado o serviço, não é


Relacionamento
escravo e de seus descendentes mais necessário prover o sustento

Pouco relevantes. Qualquer pessoa pobre e


Diferenças
Relevantes para a escravidão miserável são os que se tornam escravos,
étnicas
independente da cor de pele

Ameaças, violência psicológica, Ameaças, violência psicológica, coerção


Manutenção da
coerção física, punições exemplares e física, punições exemplares e até
ordem
até assassinatos assassinatos
Fonte: Kevin Bales – BALES, Kelvin. Disposable people: new slavery in the global economy.
Berkeley: University of Califórnia Press, 1999.

Essa é a forma mais comum e mais vantajosa de servidão na atualidade.


Mesmo nos dias atuais a servidão remete à constrição da liberdade, pois diante de
tanta brutalidade, o indivíduo continua cativo de sua liberdade por se encontrar
preso em decorrência de dívidas para a manutenção de sua sobrevivência e de seus
familiares.
Conforti (2014) aborda a questão da seguinte forma:

O trabalho escravo contemporâneo não é caracterizado apenas quando há


ofensa ao direito de liberdade do obreiro. Existem outras formas de coação
que não se limitam ao cerceio à liberdade de locomoção do trabalhador,
afrontando princípio basilar do Estado Democrático de Direito: a dignidade
da pessoa humana.

Contudo, o Código Penal brasileiro, Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de


dezembro de 1940, alterado pela Lei nº 10.803, de 11 de dezembro de 2003, traz em
22

seu Art. 149, o conceito do crime de “trabalho análogo à condição de escravo”, já


que, em tese, o “trabalho escravo” já foi abolido.

Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer


submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-
o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto.

Hoje, devido às lutas travadas ao longo dos anos, é possível vislumbrar na


norma jurídica brasileira um conceito vasto sobre o trabalho análogo à condição de
escravo, nas formas de trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante
de trabalho. Sabe-se que essa definição não está restrita apenas à privação da
liberdade, mas, está entrelaçada na desigualdade e desvalorização social do
trabalho, que na atualidade encontra-se vinculada ao princípio da dignidade da
pessoa humana.
Dessa forma, o Supremo Tribunal Federal (RECURSO EXTRAORDINÁRIO
RE398041 PA, Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, 19-12-2008) demonstra
configurada em um dos seus julgados a violação a este princípio concomitantemente
com o Código Penal. Veja-se:

Ementa: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. ART. 149 DO


CÓDIGO PENAL. REDUÇÃO Á CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO.
TRABALHO ESCRAVO. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. DIREITOS
FUNDAMENTAIS. CRIME CONTRA A COLETIVIDADE DOS
TRABALHADORES. ART. 109, VI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROVIDO. A Constituição de 1988 traz um robusto conjunto normativo que
visa à proteção e efetivação dos direitos fundamentais do ser humano. A e
deveres dos trabalhadores, mas existência de trabalhadores a laborar sob
escolta, alguns acorrentados, em situação de total violação da liberdade e
da autodeterminação de cada um, configura crime contra a organização do
trabalho. Quaisquer condutas que possam ser tidas como violadoras não
somente do sistema de órgãos e instituições com atribuições para proteger
os direitos também dos próprios trabalhadores, atingindo-os em esferas que
lhes são mais caras, em que a Constituição lhes confere proteção máxima,
são enquadráveis na categoria dos crimes contra a organização do trabalho,
se praticadas no contexto das relações de trabalho. Nesses casos, a prática
do crime prevista no art. 149 do Código Penal (Redução à condição análoga
a de escravo) se caracteriza como crime contra a organização do trabalho,
de modo a atrair a competência da Justiça federal (art. 109, VI da
Constituição) para processá-lo e julgá-lo. Recurso extraordinário conhecido
e provido.

Dentro desta sistemática o doutrinador Greco (2012) aborda que o crime é


considerado como próprio quando se trata do sujeito ativo e preposto e passivo traz
23

a figura do trabalhador. Para esse crime se configurar é necessário haver uma


relação de trabalho entre quem agencia e a vítima, que é a parte menos favorecida
da relação laborativa. A doutrina ainda considera este crime como doloso,
permanente, comissivo ou omissivo, impróprio, de forma vinculada, (cuja sistemática
se prolonga no tempo, enquanto permanecerem as situações narradas pelo tipo
penal); material; monossubjetivo; plurissubsistente.
O art.149 traz como bem juridicamente protegido a liberdade da vítima que
se encontra em situação análoga a de escravo, sendo impedida de ir e vir ou ter até
mesmo permanecer onde queira.
Entretanto, quando a lei penal faz menção às chamadas condições
degradantes de trabalho, pode-se visualizar também como bens juridicamente
protegidos pelo art. 149 do diploma repressivo: a vida, a saúde, a segurança do
trabalhador e, sua liberdade. Atualmente busca-se não apenas inibir a privação da
liberdade, mas também, a preservação da dignidade do trabalhador.
O crime em comento também pode ser realizado através do concurso de
pessoas porque é muito comum, há o envolvimento de “gatos”, que são os
aliciadores, controlando todo o trabalho: - o capataz ou gerente da fazenda que
contrata o gato para que este arregimente os trabalhadores e o proprietário, real
tomador dos serviços, que torna possível toda essa relação e se beneficia com o
serviço prestado de forma análoga à escravidão.
Este crime se consuma com a privação da liberdade do trabalhador por se
tratar de um crime plurissubsistente. Assim, é possível a tentativa.
Ratifica-se, que os trabalhadores têm seus direitos fundamentais
resguardados na Constituição Federal de 1988. Embora esse crime seja de difícil
comprovação, devido à negligência do poder público e a falta de fiscalização, que é
precária, os fazendeiros e grandes empresários lucram e se aproveitam do suor
daqueles que deveriam ter seus direitos e hombridade preservados. Os
trabalhadores flagrados em práticas abusivas e ilegais responderão nos moldes do
Art.149 do Código Penal.
Outrossim, Monteiro (2004 apud APAZ, 2015, p. 14) diz que:

Podemos definir trabalho em condições análogas à condição de escravo


como o exercício do trabalho humano em que há restrição, em qualquer
forma, à liberdade do trabalhador ou quando não são respeitados os direitos
mínimos para o resguardo da dignidade do trabalhador. É a dignidade da
pessoa humana violada, principalmente, quando da redução do trabalhador
24

à condição análoga a de escravo. Tanto no trabalho forçado, como no


trabalho em condições degradantes, o que se faz é negar ao homem
direitos básicos que o distinguem dos demais seres vivos; o que se faz é
coisificá-lo; dar-lhe preço, e o menor possível.

Não obstante, o Código Penal refere-se a três formas que caracterizam o


“trabalho análogo à condição de escravo”, os quais serão vistos a seguir de forma
bem específica.
Trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante de trabalho são
espécies de escravidão contemporânea nas quais os indivíduos são inseridos em
condições indignas de trabalho.
Como dito alhures, as convenções 29 e 105, ratificadas pelo Brasil pós-
primeira e segunda guerra mundial aduzem que o trabalho forçado se caracteriza
pela ameaça, e mesmo que não exista ameaça, quando fica demonstrado de
alguma forma que foi exercido de maneira não espontânea. Assim, pode-se ver a
importância dessas convenções para o avanço dos direitos à liberdade e trabalhista
da sociedade brasileira.
Miraglia (2008) aborda que a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
considera ainda:

O controle abusivo de um ser humano sobre outro é a antítese do trabalho


decente. Embora possam variar em suas manifestações, as diversas
modalidades de trabalho forçado têm sempre em comum as duas seguintes
características: o recurso à coação e a negação da liberdade.

De acordo com Melo (2003 apud MATOS, 2015, p.26):

Para Melo o trabalho forçado não é somente aquele que a pessoa presta de
maneira não espontânea, mas ocorre também nos casos em que o
trabalhador é enganado por seu empregador, como por exemplo, com
falsas promessas.

Pode-se rememorar que a lei nova combate as formas de trabalho escravo


daqueles que vivem em condições semelhantes ao escravismo antigo e salvaguarda
seus direitos inerentes não só à liberdade, mas, sim à Dignidade da Pessoa Humana
que é o princípio basilar de todo ordenamento jurídico pátrio.
Como dito previamente, o trabalho forçado não fica adstrito ao trabalho rural
e urbano, mas, abrange a exploração sexual e o tráfico de pessoas, de proporções
consideráveis tanto no Brasil e no mundo. Nas estimativas da OIT, mais de 22
milhões de pessoas são submetidas ao trabalho forçado no mundo.
25

Apaz traz na sua obra O TRABALHO EM CONDIÇÕOES ANÁLOGAS À DE


ESCRAVO CONTEMPORÂNEO – 2014 o entendimento da OIT descreve como fator
principal para que ocorra o trabalho forçado:

Em termos gerais, os incentivos ao tráfico de pessoas entre países mais


pobres e países mais ricos podem ser assim descritos. Em termos de oferta,
muitas vezes como consequência dupla do declínio de oportunidades de
emprego e crescentes aspirações de consumo, têm aumentado os
incentivos para a migração não só das zonas rurais para centros urbanos,
mas também de países menos ricos para os mais ricos. Nos países mais
ricos, parece constante a demanda de mão de obra disposta a aceitar
empregos inseguros e mal pagos, muitas vezes de natureza sazonal. As
pessoas naturais de países mais ricos recusam-se, compreensivelmente, a
aceitar empregos difíceis, degradantes e perigosos. Mas, como os países
mais ricos levantam cada vez mais barreiras à migração legal e regular,
elementos criminosos aproveitam da oportunidade para ter mais lucros.
Alguns intermediários cobram pesadas somas de candidatos à migração
para viabilizar ilegalmente a travessia de fronteiras, e outros usam práticas
coercitivas e falazes para ganhar ainda mais no local de destino. Em suma,
o tráfico de pessoas é uma reação oportunista a tensões entre a
necessidade de migrar e as restrições de natureza política para permitir o
mesmo.

Vale frisar, que o trabalho forçado é o reflexo da má gestão pública. Os


empregadores se aproveitam da fragilidade do poder público e cometem este crime
de forma permanente, até serem descobertos, por meio da exploração da mão de
obra barata. Os empregados têm seus documentos e salários retidos, são coagidos
e têm sua liberdade cerceada; ficam presos a uma dívida. Na maioria dos casos, as
propriedades onde esse crime acontece ficam localizadas em lugares isolados, o
que dificulta a fuga dos trabalhadores nessa condição. Além disso, as fronteiras
brasileiras tornam-se as condições propícias para a ilegalidade do trabalho forçado.
A jornada exaustiva conforme a Orientação 3 da CONAETE (Coordenadoria
Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo), é:

Jornada de trabalho exaustiva é a que, por circunstâncias de intensidade,


frequência, desgaste ou outras, cause prejuízos à saúde física ou mental do
trabalhador, agredindo sua dignidade, e decorra de situação de sujeição
que, por qualquer razão, torne irrelevante a sua vontade.

Sakamoto, da ONG Repórter Brasil, assim aborda a Jornada exaustiva:

E aquela jornada em que o tempo de descanso não é suficiente para que a


pessoa consiga recuperar suas forcas para a jornada seguinte, por causa
do desgaste provocado pelas condições de trabalho. Em muitas situações,
extrapola o limite estipulado pela legislação, sem pagamento de horas
extras. Ha casos em que o descanso semanal não e respeitado. As
26

jornadas podem ir de segunda a segunda, com poucas horas de descanso.


Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.

A Constituição Federal de 1988 no seu artigo XIII define que a duração do


trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Mediante tais circunstâncias, pode-se retratar que a jornada exaustiva
quando exercida além do permitido, causa desgastes físicos e mentais. Os
indivíduos a elas submetidos ficam sujeitos a infindas horas de trabalho, sem direito
a descanso adequado a fim de repor suas energias, consequentemente seu lazer é
suprimido e ficam vulneráveis a doenças e acidentes de trabalho em razão da falta
de equipamentos próprios.
A jornada exaustiva, não inclui somente as horas extras trabalhadas, mas
acolhe também a intensidade das atividades exercidas de maneira extenuante.
Portanto, sempre que o trabalhador laborar mais de 10 horas por dia, que é o
previsto legalmente, como sendo 8 horas diárias, podendo laborar mais duas horas
extras, independentemente deste quantitativo, se ultrapassar o tempo limite
estabelecido por dia, estará manifesta a jornada exaustiva de trabalho.
Já o trabalho degradante segundo a Orientação nº 4 da CONAETE, consiste
em:

Condições degradantes de trabalho são as que configuram desprezo à


dignidade da pessoa humana, pelo descumprimento dos direitos
fundamentais do trabalhador, em especial os referentes a higiene, saúde,
segurança, moradia, repouso, alimentação ou outros relacionados a direitos
da personalidade, decorrentes de situação de sujeição que, por qualquer
razão, torne irrelevante a vontade do trabalhador.

Carvalho (2010 apud AZEVEDO, 2015, p.49), defende:

Assim, as garantias relativas a salário, jornada, descanso, não-


discriminação e segurança e saúde do trabalho formam a matriz da
dignidade do obreiro. Havendo o desrespeito a estas normas basilares há
afronta à dignidade. No entanto, para que se configure o trabalho
degradante não basta a falta de pagamento de salário mínimo. Muito
embora afronte a dignidade do trabalhador não receber sua
contraprestação, repita-se, mínima, o trabalho degradante é aquele que, ao
ferir a dignidade de forma grave, coisifica o trabalhador.
27

Andrade (2005 apud AZEVEDO, 2015, P.81), na obra citada acima, aduz:

Um trabalho penoso que implique certo sacrifício, por exemplo, não será
considerado degradante se os direitos trabalhistas de quem o prestar
estiverem preservados e as condições adversas, devidamente
mitigadas/compensadas com equipamentos de proteção/pagamento de
adicionais devidos. Por outro lado, será degradante aquele que tiver
péssimas condições de trabalho e remuneração incompatível, falta de
garantias mínimas de saúde e segurança; limitação na alimentação e
moradia. Enfim, aquele que explora a necessidade e a miséria do
trabalhador. Aquele que o faz submeter-se a condições indignas. É o
respeito à pessoa humana e à sua dignidade que, se não observados,
caracterizam trabalho em condições degradantes.

Portanto, restará caracterizada condição degradante quando a execução do


trabalho ferir direitos indisponíveis dos trabalhadores.
A Constituição Federal de 1988 declara expressamente que: Art. 5º -
ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
Outrossim, entendemos que condição degradante de trabalho é aquelas que
desrespeita as reivindicações necessárias para execução do trabalho, diminuindo
sua dignidade.
O Ministério Público do Trabalho e Emprego abordou na obra “Trabalho
escravo no Brasil em retrospectiva: referências para estudos e pesquisas (2012,
p.18) que:

A supressão de direitos trabalhistas e a submissão a ambiente laboral


degradante atinge o trabalhador na dimensão em que a Constituição
Federal lhe confere proteção máxima, qual seja, na dignidade da pessoa
humana. A dignidade humana é o direito de receber tratamento digno, qual
seja, o respeito àqueles direitos adquiridos pelo simples fato de ser pessoa
(direito natural). As normas constitucionais que guarnecem a dignidade
humana têm status de norma jurídica com eficácia imediata, projetando
efeitos diretos, sem necessidade de serem mediadas por uma norma
integradora, ou seja, é norma jurídica por excelência, dotada de
superlegalidade.

O trabalho degradante no Brasil está traçado por marcas profundas que não
se limitam à privação da liberdade do indivíduo, até porque eles não são impedidos
de ir e vir, mas, por outro lado os trabalhadores ficam submetidos a condição infame,
humilhante e desonrosa quando são enganados e se deparam com o estado
precário de saúde, higiene, moradia, alimentação para garantir a sua subsistência.
O Estado tem o dever de garantir trabalho digno ao cidadão. É preciso
descortinar a visão antiga de trabalho escravo que era pautada no cerceamento da
liberdade. Hoje, vive-se no Estado Democrático de Direito, no qual o próprio poder
28

público deverá tutelar o direito de um trabalho respeitável. Dessa forma, a sociedade


se desenvolverá de forma saudável.

1.2 TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NO BRASIL

Porque falar de trabalho escravo no Brasil em pleno século XXI? Essa


prática foi erradicada ou ainda está mascarada nas entranhas da sociedade? A
questão será analisada a seguir.
A escravidão existe desde os primórdios da humanidade. Contudo a
presente análise se restringirá somente ao período em que se estabeleceu o
escravismo com a chegada dos portugueses.
Conforme o Dicionário Jurídico Universitário (2010, p.265), escravidão é
“sistema jurídico-social em que pessoas humanas são tidas como coisas e objeto de
compra-e-venda, para trabalharem sob domínio de pessoas livres”.
Neste diapasão, Campos (1988 apud APAZ, 2015) abordam o seguinte
entendimento:

A escravidão é a condição social na qual o indivíduo se encontra dentro de


uma sociedade, na sujeição de cativeiro, utilizando a sua força motriz para
fins econômicos e políticos ou na determinação de um status social. Trata-
se ainda de um fenômeno histórico bastante extenso e diverso, sendo um
tipo de relação social e de trabalho que existe desde os tempos mais
remotos da humanidade

Sabe-se que o Brasil foi marcado por uma trágica história de desumanização
que assolou grande parte dos indígenas e negros africanos.
O caminho de colonização no Brasil começou em meados de 1500 com a
chegada dos portugueses, que tinham o intuito de encontrar produtos ou matéria-
prima.
Os portugueses começaram a irradiar as relações de trabalho através da
mão de obra dos nativos indígenas. Naquela ocasião, os portugueses utilizavam
mão de obra indígena e em contrapartida davam produtos simples como: espelhos,
pentes, colares, pulseiras e outros. Para esse tipo de relação de trabalho dava-se o
nome de escambo.
Pode-se definir escambo, “a troca de uma mercadoria por outra, ou de uma
mercadoria por algum tipo de serviço, sem uso de dinheiro”, (Dicionário da
Academia Brasileira de Letras, 2010, p. 521).
29

A intenção das expedições vindas de Portugal era desbravar a América e


colonizar as terras, dominar as riquezas e utilizar da mão-de-obra indígena, já que
toda quinquilharia do escambo era novidade que saltava aos olhos dos aborígines.
A Coroa Portuguesa tinha interesse na legalização do trabalho escravo do
povo nativo porque isso alavancava o crescimento da colonização. Dessa forma, os
portugueses começaram a disseminar nos assentamentos jesuítas a mão de obra
escrava.
As expedições de Portugal por meio de cartas de doação das Capitanias
Hereditárias viabilizaram o trabalho escravista indígena que era mais barato que o
dos negros. Percebendo que havia muita terra a ser explorada, tentaram utilizar o
trabalho escravo indígena no corte da cana-de-açúcar, exportação de madeira e
especiarias que eram enviadas para Europa.
Fatores como trabalho exaustivo, maus tratos, péssimas condições de vida,
falta de condição de trabalho digno ocasionaram a morte de muitos indígenas em
decorrência de doenças epidemiológicas.
Por conseguinte, a mão de obra foi ficando cada vez mais escassa, e com
isso os remanescentes indígenas não conseguiam produzir a contento para o
abastecimento das mercadorias que eram enviadas para Europa.
Com a escassez da mão de obra nativa, os portugueses começaram a
traficar os negros africanos que tivessem capacidade física para produzir, no intuito
de continuar a proliferação da máquina escravista.
Tendo em vista que os índios e os negros eram considerados “coisas”
(coisificados), sem valor humano, podiam ser vendidos, trocados, mortos, punidos,
ou seja, tratados como máquinas humanas. O homem, possuidor do próprio homem,
subjugado pelo homem. Na verdade, o homem era propriedade do seu senhor.
Nesse período a Igreja Católica tentava catequizar o povo indígena através
do ensino, que era uma forma de atraí-los, e vibrar com a liberdade do povo nativo,
trazia no bojo de sua doutrina regras que penalizavam aqueles que
desobedecessem às liturgias da igreja, e tinha como castigo a escravidão.
Contudo, os Jesuítas faziam parte da contratação dos escravos para
desempenharem o escambo de maneira obstinada pelos portugueses que já tinham
a prática da troca de mercadorias de baixo valor.
30

Com as atividades a todo vapor das mercadorias como cana-de-açúcar, a


busca para aumentar a produção tornou-se intensa e consequentemente a
comercialização dos escravos africanos começaram a aumentar.
Preceitua Costa (1977, apud APAZ, 2015, p. 220), aduz que:

Os escravos eram transportados em navios, em condições desumanas, sem


ventilação, sem alimentação, muitos deles, não sobreviviam. Os grandes
centros importadores foram Salvador e Rio de Janeiro, que possuíam sua
organização própria. Os escravos eram vendidos como mercadorias, o valor
era baseado na idade e no sexo.

Esses escravos eram trazidos da África em navios negreiros, sem


alimentação, em condições subumanas. As torturas eram constantes e, muitos não
conseguiam chegar ao destino, sucumbiam ou desapareciam em alto-mar.
Ainda no entendimento de Menezes (1869 apud APAZ, 2015, p. 5), o
escravo não era considerado uma pessoa, mas sim como uma coisa, não sendo
mais que uma propriedade para seu possuidor, e por meio dele buscava-se a
obtenção de todo o lucro possível.
Como dito acima, os escravos eram considerados “coisas”. Eles eram
colocados à disposição no comércio pelo seu senhor que detinha todo o poder sobre
o escravo, pois nesse período não se cogitava a valorização do homem escravo.
Nesse contexto, pode-se concluir que o homem era propriedade do próprio homem.
A valoração do homem sobre o homem era baseada na idade e no sexo.
Fica claro em todo contexto da escravidão que os valores intrínsecos inerentes ao
homem eram desprezados ao ponto de eles não vislumbrarem saída para tal
sofrimento e acabavam submetendo seus filhos ao mesmo martírio, entregando-os a
escravidão.
As moradias dos negros escravizados eram em senzalas fedidas, sujas, sem
alimento digno. Eles não tinham lugar adequado para dormir, porque tinham suas
vidas vistoriadas a todo tempo para evitar fugas e, além disso, sofriam castigos
imensuráveis, tais como: tinham suas orelhas arrancadas; braços marcados a ferro
quente; mãos, pés e pescoço acorrentados com bolas de ferro; as mulheres tinham
seus seios arrancados e eram marcadas a ferro.
Tudo isso era feito pelos senhores proprietários com o intuito de garantir que
a fuga não fosse possível. O trabalho realizado tinha duração de 14 a 16 horas diária
sob pressão e torturas, físicas e psicológicas. Em caso de fuga, a tortura se
31

prolongava pela noite. Viviam impedidos de praticarem seus cultos religiosos, as


roupas eram rasgadas, não se alimentavam bem. Para muitos, a consequência de
todo esse tratamento degradante era a morte. Os que conseguiam permanecer vivos
eram colocados de imediato em trabalhos que excediam sua força física.
Mesmo diante de constante vigilância, as tentativas de fugas eram
frequentes. Muitos ainda sem expectativa de mudança em relação às condições
aviltantes, para se livrar do sofrimento da escravidão, da vida depreciativa, da
escuridão do mundo, se suicidavam, tomando veneno ou enforcando-se. As
mulheres que ficavam grávidas, muitas já conhecendo a tormenta da escravidão,
praticavam o aborto para não verem seus filhos serem escravizados.
Nas fugas, muitos se ajuntavam com algumas comunidades que ficavam
perto da cidade, e assim iam se formando grupos sociais, chamados de quilombos,
que consistiam em comunidades organizadas onde os escravos viviam em liberdade
praticando sua cultura original.
O sofrimento dos homens, mulheres e crianças era constante. Praticavam
somente o que fosse de interesse do seu senhor. Nessa prática, ficavam submetidos
aos ensinamentos do catolicismo, e impedidos de praticar sua religião. Mas muitos
mesmo diante de punições severas, não abandonavam os seus rituais.
Nesse período, costumeiramente, o exercício da propriedade sobre o
homem tido como objeto perpassava de geração a geração. Diante de tal fato, vivia-
se na prática constante da comercialização que atingia o negro africano, sua esposa
e filhos.
Nesse primeiro momento o Brasil ainda era Monarquia, e tinha sua
economia baseada no trabalho escravo. A primeira Carta Magna do Brasil foi
promulgada em 25 de março de 1824. A Independência veio em 1822 e em
decorrência dessa conquista foi firmado com a Inglaterra um acordo que colocava
fim ao tráfico negreiro dos escravos que eram transportados da Europa e vendidos
no Brasil.
Diante dessa mudança, a comercialização e o tráfico negreiro continuaram
na ilegalidade, pois, o comércio necessitava dessa mão-de-obra para garantir o
domínio e a propriedade sobre o criado.
Somente em 1850 e 1871 surgiu a Lei 584, de Euzébio de Queiroz que
proibia a atividade lucrativa do tráfico negreiro, e, a Lei do Ventre Livre, a qual
32

definia que os filhos de escravos deixavam de ser escravos quando atingissem a


maioridade.
A intenção era suprimir o transporte dos escravos coibindo o crescimento e a
mortalidade, uma vez que era considerado um viveiro inesgotável de sofrimento.
Conforme preceitua Simonato (2000) quando faz referência à obra de
Joaquim Nabuco - O Abolicionismo de 1863:

Em 1850, queria-se suprimir a escravidão, acabando com o tráfico; em


1871, libertando-se desde o berço, mas de fato depois dos vinte e um anos,
os filhos dos escravos ainda por nascer. Hoje quer-se suprimi-la,
emancipando os escravos em massa e resgatando os ingênuos da servidão
da lei de 28 de setembro. É este último movimento que se chama
abolicionismo, e só este resolve o verdadeiro problema dos escravos, que é
a sua própria liberdade. A opinião, em 1845, julgava legítima e honesta a
compra de africanos, transportados traiçoeiramente da África e introduzidos
por contrabando no Brasil. A opinião, em 1875, condenava as transações
dos traficantes, mas julgava legítimas e honestas a matrícula depois de 30
anos de cativeiro ilegal das vítimas do tráfico. O abolicionismo é a opinião
que deve substituir, por sua vez, esta última, e para a qual todas as
transações de domínio sobre entes humanos são crimes que só diferem no
grau de crueldade.

Portanto, o abolicionismo não se define somente no partidarismo favorável à


abolição da escravatura, mas, é um protesto também de justiça e consciência moral
focada na liberdade de todos independentemente de classe social, para no futuro
proteger das marcas cruéis, a vergonha, a desmoralização do homem e os efeitos
decorrentes de três séculos de aprisionamento.
No mesmo entendimento, Simonato (2000) aduz que:

Não há muito que se fala no Brasil em abolicionismo e partido abolicionista.


A ideia de suprimir a escravidão, libertando os escravos existentes, sucedeu
à ideia de suprimir a escravidão, entregando-lhe o milhão e meio de homens
de que ela se achava de posse em 1871 e deixando-a acabar com eles. Foi
na legislatura de 1879-80 que, pela primeira vez, se viu dentro e fora do
Parlamento um grupo de homens fazer da emancipação dos escravos, não
da limitação do cativeiro às gerações atuais, a sua bandeira política, a
condição preliminar da sua adesão a qualquer dos partidos.

Em seguida no ano de 1885, foi promulgada a Lei dos Sexagenários,


trazendo no seu bojo algumas restrições quanto à libertação dos escravos com 60
anos de vida, mas com a condição de que deveria trabalhar para o seu senhor por 3
anos, a fim de indenizá-los.
De certo modo, esses homens já não produziam como antes, e as mulheres
escravizadas que davam à luz a partir desse período, sabiam que seus filhos não
33

iriam carregar nos lombos as marcas da crueldade humana por longos anos, mas
somente até completar a maioridade, aos que tivessem essa sorte.
Contudo, a dor e as marcas deixadas pelos escravizadores perpassavam o
físico e a mente, por que mesmo diante da “liberdade”, não se viam como tal...
libertos efetivamente!
Finalmente, em 1888, eclodiu a Lei Áurea estabelecendo a extinção da
escravidão no Brasil. Assinada pela Princesa Isabel, a lei proibia a exploração do
homem como coisa, trazendo o respeito à liberdade e à dignidade independente de
idade, sexo, cor e raça.
Alude a Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888, em seu Art. 1°, que: É
declarada extincta desde a data desta lei a escravidão no Brazil.
A abolição da escravatura tornou-se um marco histórico no Brasil. Com a
libertação dos escravos surgiram formas de trabalho assalariado.
A escravidão impedia qualquer forma de manifestação de direitos inerentes
ao homem, até mesmo por ausência de serem conhecidos como pessoas. O único
“direito”, era enriquecer o patrimônio do seu senhor, do qual era parte integrante.
No entanto, com a libertação da escravatura passaram a se engajar no
mercado mesmo de forma precária, desqualificada e preconceituosa, haja vista,
imenso período de subordinação aos senhores, e, por conseguinte, a maioria voltava
ao trabalho escravo, por falta de alternativa.
Em tese, com o advento da Lei Áurea que garantiu ao homem a liberdade e
dignidade, o trabalhador deixou de ser “manipulado”, “coisificado”. Contudo, é sabido
que hodiernamente, a prática escravista continua latente no Brasil, com outra
roupagem.
Assim, vale ressaltar que os Poderes da União devem combater essa
prática, que fere os princípios da dignidade da pessoa humana, o princípio da
liberdade e princípios do Direito do Trabalho, já que a República Federativa do
Brasil, defende na Constituição Federal de 1988 um Estado Democrático de Direito,
para que não haja nenhum retrocesso aos direitos fundamentais e trabalhistas
conquistados até a atualidade.
Engana-se, aquele que crê viver em uma sociedade moderna e afirma não
existir mais escravidão no tempo presente. Na sequência será analisado com afinco
esse crime que permeia a sociedade brasileira e a crueldade dos escravocratas
modernizados.
34

1.3 O ALICIAMENTO DA MÃO DE OBRA ESCRAVA NO BRASIL

O aliciamento ainda é latente nos dias atuais e percorre todo território


brasileiro, inclusive no mundo, afinal essa é uma prática difícil de ser flagrada e
combatida.
Os trabalhadores são aliciados pelos famosos “gatos” que são encarregados
de fazer as contratações fraudulentas e enganosas prometendo ao braçal futuro
promissor e garantia de trabalho digno.
Os “gatos” são aliciadores contratados por fazendeiros ou grandes
empresários que farão a contratação de homens e depois passam a utilizar o seu
trabalho de forma escrava.
Além disso, fazendeiros e empresários burlam de forma truculenta a lei e
desrespeitam direitos básicos de sobrevivência, não se importando com o bem-estar
do trabalhador.
Essas pessoas são atraídas pelos “gatos” nas regiões onde se concentram
as atividades de agricultura, pecuária, plantação de cana de açúcar e soja, entre
outros produtos.
Assim, mais uma vez, mesmos com outro viés, a escravidão, a falta de
respeito, a desvalorização do homem, e a coisificação do homem como objeto do
próprio homem ainda reverbera numa sociedade onde a livre iniciativa do trabalho e
a dignidade da pessoa humana deveriam ser os princípios basilares de um Estado
Democrático.

1.4 SITUAÇÃO ATUAL DA MÃO DE OBRA ESCRAVA NO BRASIL

A mão de obra escrava no Brasil nunca teve um fim.


Formalmente, foi abolida com a Lei Áurea, mas os seus efeitos perduram até
hoje, outras formas de cerceamento. Como dito anteriormente, a utilização de mão-
de-obra escrava hoje se inicia através de um aliciador, o chamado “gato”, que
contrata esses trabalhadores garantindo-lhes futuro promissor.
Muitos desses trabalhadores são levados de uma cidade para outra e
acabam sendo envolvidos em propostas de trabalho vantajosas que resultam em
explorações e grandes dívidas. Hoje, já não há escravidão clássica, na qual os
escravos viviam torturados, amarados a uma bola de ferro, mas em contrapartida, as
35

pessoas que são submetidas à condição análoga à de escravo vivem de forma


subumana, em condições degradantes, têm seus documentos e salários retidos, o
que é forma de cercear a liberdade do indivíduo, sem contar que os lugares onde
são realizados os trabalhos são distantes da cidade, dificultando que tentem a fuga.
Configura-se na condição análoga à de escravo não apenas a privação da
liberdade, mas também a desvalorização ao princípio basilar da Constituição Federal
de 1988 que é o princípio da dignidade da pessoa humana.
Portanto, ainda hoje pode encontrar uma sociedade que sofre ao saber e se
deparar com algo tão brutal que é a “escravidão em novos moldes” que se funda na
retirada da dignidade da pessoa para submetê-las ao trabalho forçado, exaustivo e
degradante, pelo simples fato de ser minoria na sociedade e não ter tido
oportunidades de uma vida digna, ou seja, vive o reflexo de uma sociedade
capitalista e corrompida, onde muitas vezes os maiores devoram os menores.
36

2 A VALORIZAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E O


TRABALHADOR

Será abordada neste capítulo a valorização ao princípio da dignidade da


pessoa humana e o trabalhador, juntamente com a definição de dignidade da
pessoa humana; definição de trabalhador; princípios do Direito do Trabalho e
abordagem constitucional sobre o trabalho escravo.

2.1 DEFINIÇÃO DE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

O conceito de dignidade da pessoa humana não é atual. Esta conceituação


de que é necessário pensar nas pessoas ao agir, na promulgação de leis, surgiu há
muito tempo.
O site www.dicio.com.br traz um conceito de dignidade, desde sua origem e
reporta a grandeza moral do ser humano, relacionada aos atributos morais que
incitam respeito:
Significado de Dignidade
s.f. Característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que
incita respeito; autoridade.
Maneira de se comportar que incita respeito; majestade.
Atributo do que é grande; nobre.
Ofício, trabalho ou cargo de alta graduação: dignidade de juiz.
Ação de respeitar os próprios valores; amor-próprio ou decência.
Uso Antigo. Religião. Tipo de vantagem ou benefício que está atrelado a um
cargo eclesiástico.
Uso Antigo. Religião. A pessoa que detinha o benefício acima citado.
(Etm. do latim: dignitas.atis)

A preocupação com este princípio, por mais que não fosse consciente, vem
desde a antiguidade clássica com a necessidade de solidificação das leis e com o
caráter de proteção do indivíduo, sendo o homem, a partir deste momento, o centro
das mudanças jurídicas.
O pensamento de homem como um ser universal, com força normativa
surge na Grécia Antiga, em âmbito geral, relacionado à pessoa humana, o
aparecimento da ideia de dignidade perante a racionalização do pensamento e da
atuação do ser humano.
Por mais que as primeiras noções sobre a dignidade do indivíduo tenham
vindo do pensamento grego, o momento mais importante e de fácil visualização
quanto ao tema é com o pensamento cristão, Gomes (2007), “ao enfatizar cada
Homem relacionado com um Deus que também é pessoa”.
37

Admitindo a condição de que o Homem e Deus são pessoas e ambos são


iguais, não deveria, portanto, existir distinção entre os seres humanos, todos
deveriam merecer o mesmo respeito e admiração, considerando que o homem é
imagem e semelhança de Deus.
A palavra dignidade tem origem etimológica no latim dignus: “aquele que
merece estima e honra, aquele que é importante”. Surge no Cristianismo a ideia do
sujeito como pessoa e portadora de dignidade. São Tomás de Aquino (1225 – 1274)
foi o primeiro a se referir de forma expressa quanto ao termo “dignidade humana”,
para ele o ser humano é uma substância que tem natureza individual e racional
fazendo que da sua individualidade nasçam características específicas que tornam o
indivíduo um ser especial, dotado de dignidade em razão de sua racionalidade.
No Cristianismo, Deus atribuiu ao homem uma destinação superior, criado a
sua imagem e semelhança. Verifica-se então que a dignidade seria uma vontade
divina, manifestando-se pelo fato de o homem ter corpo e alma.
Segundo Rabenhorst apud José Claudio Monteiro de Brito Filho (2006), no
cristianismo a dignidade adquire uma dimensão qualitativa, “no sentido de que
nenhum indivíduo possui maior ou menor grau de dignidade perante aos demais”.
Aceitar a dignidade simplesmente da perspectiva do Cristianismo é um
problema, pois ali está baseada numa explicação que só pode ser comprovada pela
fé, além do físico, o que acaba trazendo problemas para pessoas que professam
outras crenças ou mesmo nenhuma crença.
É importante salientar que o ser humano é o único com valores
fundamentais, que pelo simples fato de ser tem sua valia, sendo apenas o homem
capaz de determinar valores.
A visão filosófica mais atual sobre dignidade vem de Kant em seu livro A
Crítica da Razão Pura, que traz três formulas morais primordiais ao entendimento da
dignidade:

1. Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se,


através da tua vontade, uma lei universal".
a) Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser
transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza".
2. Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na
tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo
tempo como fim e nunca simplesmente como meio".
3. Legislador Universal (ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua
vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um
legislador universal através de suas máximas".
38

a) Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um


membro legislador no reino universal dos fins".

Kant deixa claro que a noção de dignidade humana vem da ideia de


humanidade, ou seja, temos que usar da mesma humanidade que é usada para
conosco, com o próximo, como um meio de busca de um bem coletivo.
Desse modo, com a visão de que a dignidade é algo que sobrevêm do ser
humano, um valor inestimável, que não tem qualquer preço e que existe em face de
que o homem é um ser racional dotado de valores, entende-se o porquê de como
uma discussão maior quanto à dignidade da pessoa humana surgiu com a 2ª Guerra
Mundial.
Gomes apud Acorci (2010), destaca bem este momento:

Destarte, somente após as graves atrocidades cometidas contra o ser


humano, observado o desenvolvimento da realidade histórica de cada país,
no século passado, a Alemanha, Itália, em Portugal, na Espanha e no
Brasil, para exemplificar, pode-se dizer que ressurgiu o fenômeno da
abertura constitucional com a reconstrução democrática radicada no cânone
da dignidade da pessoa humana.

A partir de um contexto histórico pode-se falar sobre o conceito de dignidade


da pessoa humana.
Não é simples emitir ou exprimir um conceito sobre o que é dignidade
humana e ainda tentar incutir na sociedade o conceito de dignidade humana como
valor intrínseco, inato, que já nasce com cada ser humano.
Isto se torna difícil pelo fato de que a dignidade humana é algo individual, é
um valor intrínseco embutido em cada pessoa, não há como criar conceitos
específicos, devendo cada caso ser analisado fazendo uso da hermenêutica jurídica,
para que se possa encontrar o conceito mais apropriado.
Não obstante a necessidade da análise conforme o caso concreto, é
necessário observar, também, os vários conceitos oriundos de diversas áreas que
estudam o ser humano, conforme preceitua Gosdal apud Acorci (2010):

o conceito filosófico compreende a idéia de respeito devido ao ser humano


em sua própria essência, impedindo a redução do homem à condição de
coisa ou de animal irracional; o conceito jurídico está vinculado à idéia de
integridade e inviolabilidade da pessoa; o conceito ético relaciona-se à idéia
de respeito de si mesmo por parte dos demais e pela própria pessoa; o
conceito sociopolítico indica um padrão mínimo de comportamento que
deve ser dotado por um Estado no exercício de seus poderes relativamente
aos cidadãos.
39

Segundo Crosara apud Sarlet (2005), o princípio da dignidade da pessoa


humana positivado é recente, surgido logo após a Primeira Guerra Mundial, e com a
Declaração Universal dos Direitos Humanos toma contornos universais, em que a
dignidade passa a ser reconhecida nas constituições de vários países.
Em continuidade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu
artigo 1º, proclama que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para
com os outros em espírito de fraternidade”.
A Constituição Federal de 1988 reafirmando esses direitos, traz em seu art.
5º um rol que denota a dignidade da pessoa humana, como nos incisos III, VI, VIII,
X, XI, XII, XLVII, XLIX, e outros, mas não cria impedimentos para existência de
outros direitos fundamentais além da Constituição.
Apesar de não estar sistematizado na jurisprudência do STF, defende-se “a
existência de um superprincípio corporificado na forma da dignidade da pessoa
humana”, conforme descreve Fernandes (2011, p. 271), o qual recebe abrigo na
doutrina de diversos constitucionalistas brasileiros, seguindo entendimento já
consolidado na doutrina europeia, principalmente na Alemanha.
Segundo Fernandes (2011), a dignidade da pessoa humana é mais do que
uma referência normativa à proteção da autonomia individual, pois não se confunde
com a proteção às liberdades. Mas ressalta que a dignidade da pessoa humana não
poderia ser compreendida como princípio, devido a sua superioridade sobre os
demais princípios (direitos fundamentais), que sempre deveriam ceder espaço a este
quando da sua aplicação.
A dignidade da pessoa humana é valor supremo. O legislador brasileiro
positivou de forma tímida na constituição brasileira em seu art. 1º, inciso III, a
dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República Federativa
quando na realidade este deveria aparecer como um dos fundamentos do Estado
Brasileira, analisa Rangel apud Comparato (1999):

A nossa Constituição de 1988, [...], põe como um dos fundamentos da


República ‘a dignidade da pessoa humana’ (art. 1º, inciso III). Na verdade,
este deveria ser apresentado como o fundamento do Estado brasileiro e não
apenas como um dos seus fundamentos.
40

Ainda com base nesse contexto segue sua análise:

[...] se o direito é uma criação humana, o seu valor deriva, justamente,


daquele que o criou. O que significa que esse fundamento não é outro,
senão o próprio homem, considerando em sua dignidade substância da
pessoa, cujas especificações individuais e grupais são sempre secundárias.

Para Comparato (1999), a dignidade da pessoa vai além de ser somente um


fundamento da República Brasileira. Consiste em um fundamento do próprio Estado,
senão o legislador teria positivado menos do que o valor merecia.
Sarlet (2001, p.60) propõe uma conceituação jurídica para a dignidade da
pessoa humana, como se pode observar:

Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva


de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e
consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste
sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a
pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano,
como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma
vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa co-
responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos
demais seres humanos.

Dentre os inúmeros conceitos gramaticais ou jusfilosóficos em relação a


dignidade da pessoa humana, pode-se concluir que a essência será a mesma,
sempre com o intuito de proteger o ser humano.
Assim, não há como separar tal princípio do direito, pois hoje se tem a
dignidade da pessoa humana como um direito oriundo dos direitos humanos,
basilares em todo o mundo. Desse modo, pode-se dizer que o conceito não é algo
abstrato com intuito de apenas orientação dos juristas, mas sim como valor
supremo, valor de todo ser humano, exigindo-se não a dignidade em si, mas o
respeito a ela.

2.2 DEFINIÇÃO DE TRABALHADOR

Trabalhador é todo aquele que, em troca de algum tipo de remuneração,


desenvolve algum tipo de trabalho, seja de forma independente ou por conta própria,
seja integrado numa organização e sob as ordens desta. Em termos jurídicos e
fiscais, é considerado trabalhador independente, todo trabalhador que desenvolve o
41

trabalho por conta própria, não estando dependente de qualquer estrutura


hierárquica e utilizando seus próprios meios e instrumentos de trabalho.
É considerado trabalhador dependente todo aquele que está integrado numa
equipa de trabalho ou organização, e sob a dependência direta desta estrutura
hierárquica de organização e utilizando os meios e instrumentos de trabalho
pertencentes a esta.
No contexto organizacional, podemos ainda distinguir o trabalhador gestor e
o trabalhador não gestor. O primeiro é aquele que tem alguma autonomia e poder de
decisão ao nível de gestão, e o segundo é aquele que não tem poder de decisão de
gestão, ocupando por isso a base da estrutura hierárquica.
O trabalhador, no capitalismo, é infinitamente diferente do artesão. Enquanto
o artesão tinha total domínio sobre seu local de trabalho, seus horários, atividades,
matérias primas e valor monetário de seu produto o trabalhador hoje se encontra
submetido aos horários, condições e atividades pré-determinados pelo patrão,
detentor dos meios de produção. As relações nesse sistema são fortemente
marcadas pelo poder.
Uma das críticas segundo Scottá (2012) da Sociologia do Trabalho ao
mundo moderno e ao modo capitalista de produção “é de fato a alienação do
trabalhador em relação à sua atividade”. Esse conceito de alienação vem mostrar de
fato como o trabalhador está posto como um mero vendedor de sua força de
trabalho, estando muitas vezes colocados à parte da função de sua atividade e do
produto final de seu esforço.
Mais do que isso, na esmagadora maioria das vezes a remuneração auferida
por esse trabalhador não é suficiente para que ele possa ter igual acesso àquilo que
produziu.
Essa crítica refere-se a um sistema de produção fragmentado, no qual cada
vez mais o trabalhador encontra-se forçosamente distanciado do produto de seu
trabalho. Distancia-se por estar cada vez mais desenvolvendo uma atividade
mínima, especializada e repetitiva, em que muitas vezes desconhece o produto final
do qual resulta a junção de tantas pequenas tarefas. E distancia-se também pelo
fato de muitas vezes a remuneração por ele auferida ser insuficiente para ter acesso
àquilo que é produto de seu próprio trabalho.
Desta feita, a fim de complementar, o principal alvo da crítica da Sociologia
do Trabalho deve-se ao fato de as transformações no mundo do trabalho ter levado
42

a sociedade moderna a uma condição onde uns são tão poderosos e detêm tanto
capital que podem comprar os outros, que estão submetidos a condições tão
degradantes que necessitam vender-se sob condições muitas vezes questionáveis.

2.3 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

A palavra “princípio”, como origem no latim principiu, significa proposição


que se põe no início de uma dedução, e que não é deduzida de nenhuma outra
dentro de um sistema considerado, sendo admitida, provisoriamente, como
inquestionável.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S. A., 1986, p. 1393. Delgado
(2004), diz que: são proposições fundamentais que se formam na consciência das
pessoas e grupos sociais, a partir de certa realidade, e que, após formadas,
direcionam-se à compreensão, reprodução ou recriação dessa realidade.
São os princípios de Direito do Trabalho:
a) Princípio da proteção;
b) Princípio da Norma mais Favorável;
c) Princípio da Condição mais Benéfica;
d) Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas;
e) Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas;
f) Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva;
e) Princípio da Irredutibilidade Salarial;
f) Princípio da Primazia da Realidade;
g) Princípio da Continuidade da Relação de Emprego;
h) Princípio “in dubio pro operário”.

a) Princípio da proteção

Visa atenuar a desigualdade entre as partes em Juízo, razão pela qual,


engloba os demais princípios que favorecem o trabalhador. Esta orientação revela-
se de maneira inconfundível através da própria norma, o que bem ilustra o art. 468,
“caput”, da CLT:
43

Art. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das


respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que
não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.

b) Princípio da Norma mais Favorável

Este princípio informa que se existirem duas ou mais normas aplicáveis ao


caso concreto, deve se aplicar aquela que melhor atenda aos interesses do
trabalhador.
Quando aplicado este princípio, permite-se até mesmo afastar a aplicação
hierárquica das normas, o que implica objetivamente, que determinado dispositivo
legal com prevalência sobre outro(s) poderá ser preterido, caso o interessado
tutelado exerça força de atração à norma “inferior”, ao se vislumbrar que apresenta
condição favorável de solução à demanda proposta.
A aplicação de tal princípio encontra-se subordinada aos rígidos limites
estabelecidos pela ordem jurídica, não se cogitando sua aplicação meramente
empírica ou interpretativa de maneira a despi-la da cientificidade necessária a
assegurar que o encaminhamento na solução de questões similares siga um mesmo
curso ou impliquem insegurança jurídica dos jurisdicionados, posto que sua
aplicação deverá estar jungida às fronteiras do sistema jurídico vigente.
Por fim, o princípio poderá ser utilizado na interpretação das normas
jurídicas, o que deverá ocorrer mediante a otimização no enquadramento jurídico de
uma das situações de fato e do exame teleológico (finalístico) dos dispositivos legais
aplicáveis à espécie, desde que mantidos os critérios técnico-científicos
informadores da ordem jurídica.

c) Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas

Este princípio informa que deve haver prevalência das normas trabalhistas,
não podendo as partes, afastarem mediante declaração bilateral de vontades,
caracterizando, assim, a restrição à autonomia das partes no ajuste das condições
contratuais trabalhistas.
44

d) Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas ou “princípio da


irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas”

Este princípio revela o caráter imperativo das normas trabalhistas, bem


como a sua essência social, cujo conteúdo protetivo tem espectro de interesse
público coletivo, delimitando restritivamente a possibilidade de disponibilidade das
partes, evidentemente que colocando a salvo direitos do trabalhador, forma pela
qual se reduzem as desigualdades jurídicas que se evidenciam entre as partes na
relação de trabalho.
Este princípio encontra-se bem delineado pelo art. 468, caput, da CLT, que
assim dispõe:

Art. 468 da CLT: Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração


das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde
que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

A limitação imposta às partes tem o nítido propósito de oferecer proteção ao


trabalhador, como o conjunto de garantias mínimas e essenciais assegurado pela
Lei, não será objeto de negociação, de concessão e, muito menos, de supressão ou
redução.
Temos como exemplo as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), referente a vínculo empregatício judicialmente reconhecido, que não
pode ser objeto de acordo, já que se trata de norma de ordem pública, ou, norma
cogente.
O empregado não pode dispor de suas férias; não pode individualmente
firmar acordo que reduza o seu salário; não pode prescindir de equipamentos de
segurança na realização de trabalhos que coloquem em risco sua vida ou saúde.

e) Princípio da Condição mais Benéfica

Este princípio guarda as mesmas propriedades contidas no princípio da


norma mais favorável, residindo a distinção no fato de que este princípio é aplicável
no tocante às cláusulas do contrato, não englobando os dispositivos normativos de
lei que regulamentam determinada situação relativa ao contrato de trabalho.
45

Quando do ingresso do trabalhador em uma empresa, rezava em


instrumento normativo que o adicional a ser pago a título de horas extraordinárias
seria de 60% (sessenta por cento), não é válida cláusula que estipule índice inferior,
de modo que alcance, validamente, aquele referido trabalhador.
Dispõe o Enunciado Nº 51 do Tribunal Superior do Trabalho (TST):

ENUNCIADO Nº 51 - NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO


PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT. (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005 - DJ
20.04.2005
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/73, DJ
14.06.1973)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do
empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do
sistema do outro. (ex-OJ nº 163 - Inserida em 26.03.1999).

f) Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva

Este princípio, espelhado no princípio geral do Direito Comum, resumido


pelo brocardo pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos), assume
particular e especial feição na área justrabalhista, o que se pode entrever até mesmo
pela sua denominação: a intangibilidade contratual restringe-se à proibição de
supressão ou redução de direitos e vantagens dos trabalhadores.
Tal preceito obstaculiza as alterações que, porventura, venham a expressar
interesses e vantagens dos empregadores ou quem faça suas vezes, assegurando
que a eventual desregulamentação nas relações de trabalho não implicará
privilégios para a parte detentora dos meios de produção e, por conseguinte, do
capital, como forma de reduzir a inescondível desigualdade de condições entre os
sujeitos da relação de trabalho.
A própria Lei, e novamente invoca-se o art. 468 da CLT, coloca a salvo os
direitos conquistados pelos trabalhadores.
Não se poderá deixar de registrar ser desejável, além de ser hoje uma
constatável tendência de fato, que as condições de trabalho sejam cada vez mais
objeto de livre negociação por parte de trabalhadores e empregadores, o que deverá
ocorrer através do fortalecimento das entidades representativas dos trabalhadores
(neste sentido a tão propalada reforma sindical) e da reforma na legislação
trabalhista.
46

Por fim, ilustra de maneira plena o espírito de tal princípio, o art. 444 da CLT:

Art. 444 da CLT – As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de


livre estipulação pelas partes interessadas em tudo quanto não contravenha
às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes
sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

g) Princípio da Intangibilidade Salarial

Este princípio assegura a irredutibilidade salarial, revelando-se como


espécie do gênero da inalterabilidade contratual lesiva.
A proteção que este princípio oferece, é para garantir ao trabalhador
perceber a contraprestação a que faz jus por seu trabalho, de maneira estável,
independente das oscilações da economia e às instabilidades do mercado e, por
extensão, assegurar a satisfação de um conjunto, ainda que eventualmente mínimo,
de suas necessidades, dentre elas, a alimentação.
A Constituição Federal assegura tutela em relação aos salários conforme
Art. 7º, da C.F.: - São direitos dos trabalhadores (...) além de outros; VI –
irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; X –
proteção do salário na forma da Lei, constituindo crime a sua retenção dolosa.
Exatamente por não ter qualquer possibilidade de auferir grandes vantagens
de ordem econômica para si próprio, prerrogativa exclusiva do detentor dos meios
de produção e/ou de capital, não pode o trabalhador participar dos riscos da
atividade econômica, quer através da redução direta do valor nominal de seu salário
(e, ampliativamente, de sua remuneração); quer através da redução de jornada de
trabalho, tarefa ou alteração de critério na apuração de valores de composição de
sua remuneração.
Atente para o fato de que, como exceção à regra, há possibilidade de haver
redução salarial: se decorrente de convenção ou acordo coletivo de trabalho.

h) Princípio da Primazia da Realidade

Informa tal preceito que na análise das questões relativas às relações de


trabalho, deve-se observar a realidade dos fatos em detrimento dos aspectos
formais que eventualmente os atestem.
47

Destacam-se alguns aspectos que legitimam a imperatividade de tal


princípio: a) durante a relação de trabalho, dada sua condição de subordinação e
dependência, o trabalhador não pode opor-se à formalização de alterações
contratuais e práticas que, não raro, lhe são lesivas. Exemplo, é a proibição de
anotação em cartão de ponto do horário efetivamente trabalhado; b). É bastante
comum verificar alterações nas condições de trabalho pactuadas (através de
contrato escrito) ao longo do tempo, alterações estas que, salvo raras exceções, não
são incorporadas formalmente ao contrato de trabalho e; c) como cediço, os
contratos de trabalho podem ser escritos ou verbais. Evidente que nos verbais o
contrato só assume condição de efetiva existência com o decorrer do tempo, ditado
pelas práticas estabelecidas entre os sujeitos da relação de trabalho. Em síntese: o
fato precede a forma.

i) Princípio da Continuidade da Relação de Emprego

Este princípio não destoa dos demais. É francamente favorável ao


trabalhador, na medida em que com o passar do tempo incorporam-se ao seu
patrimônio jurídico vantagens alcançadas pelas negociações coletivas e pelas
inovações legislativas e, principalmente, aquelas de caráter pessoal, como por
exemplo, promoções e adicionais que, por sua habitualidade, passam a integrar o
contrato de trabalho.
Além de vantagens diretas, que possuem uma natureza eminentemente
econômica como as supracitadas, não restam dúvidas de que um vínculo de
trabalho duradouro testemunha progressos pessoais e familiares do trabalhador, já
que a estabilidade no emprego oferece uma base mais sólida, inclusive e
principalmente no aspecto social, permitindo que o trabalhador desfrute de bem-
estar físico, mental e social.
Há dois institutos legais que bem expressam a qualidade exponencial deste
princípio: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a indenização
compensatória pela despedida arbitrária.
48

São inúmeros os reflexos práticos deste preceito, entre os quais destacamos


a sucessão de empregadores, nos termos dos artigos 10 e 448 da CLT:

Art. 10 da CLT – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não


afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 da CLT – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

Como se pode perceber, nem mesmo as alterações na estrutura jurídica ou


mudança na propriedade da empresa (eventual circunlóquio é do próprio texto legal),
colocará termo ao contrato de trabalho.

j) Princípio “in dubio pro operario”

Também conhecido como “in dúbio pro reo” ou “in dúbio pro misero”.
Este princípio encontra-se absorvido pelo princípio da norma mais favorável,
que colocou à margem eventuais estrabismos jurídicos que pretendiam legitimar a
desigualdade entre as partes através do franco favorecimento ao trabalhador.
Não será demais lembrar que os supracitados princípios, notadamente este
ora em estudo, inclinados de forma patente a proteger os interesses do trabalhador,
devem ser aplicados com a finalidade precípua de reduzir as desigualdades entre as
partes, uma vez que o trabalhador é notoriamente a parte mais frágil na relação.
Enfim, a denominação “norma mais favorável” veio afastar também a ideia
de um conteúdo empírico e anticientífico de que se impregnava o conceito “in dúbio
pro misero”, ainda que, frise-se, no plano estritamente conceitual.

2.4 ABORDAGEM CONSTITUCIONAL SOBRE TRABALHO ANÁLOGO À


CONDIÇÃO DE ESCRAVO

Preliminarmente, antes de tratar especificadamente da Constituição Pátria,


deve-se comentar sobre a grande contribuição das primeiras Constituições que se
ocuparam de institutos de Direito do Trabalho no contexto mundial.
A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição Alemã de Weimar de
1919 foram marcos quanto à abordagem de temas laboralistas. Diversas
constituições delas se utilizaram como base para suas leis trabalhistas.
A Constituição Mexicana de 1917 dispôs de um quadro significativo dos
49

direitos sociais do trabalhador, bem como elencou os direitos coletivos e individuais


dos trabalhadores, sendo a maioria deles repetido nas Cartas Magnas de vários
países latino-americanos.

No seu art. 123, contempla o campo de incidência das leis de proteção ao


trabalho, a jornada de trabalho, o salário mínimo, a proteção ao salário, a
participação nos lucros da empresa, a proteção especial ao trabalho das
mulheres e dos menores, a garantia de emprego, a greve, a previdência
social, a higiene e segurança no trabalho e a proteção à família do
trabalhador.

Por outro lado, a Constituição Alemã de Weimar de 1919 tratava de direitos


trabalhistas na mesma época em que foi criada a Organização internacional do
Trabalho (OIT) através do Tratado de Versalhes.
A OIT é um organismo neutro que institui regras de obediência mundial de
proteção ao trabalho, sendo a maior fonte das constituições aprovadas entre as
duas grandes guerras mundiais, enumerando os princípios fundamentais do Direito
do Trabalho. Entre as funções da OIT estão as de realizar estudos e elaborar
convenções e recomendações destinadas a universalizar a justiça social.
A Constituição de Weimar, ratificada dois anos após a Alemanha ter sido
derrotada na 1ª grande guerra do século XX, inseriu no seu texto um capítulo sobre
a ordem econômica e social, influenciada pelos socialistas, afirmando que:

previu a criação de conselhos de trabalhadores nas empresas,


[...] assegurou a liberdade sindical e colocou o trabalho sob a proteção
especial do Estado, o qual deveria se empenhar pela regulamentação
internacional do trabalho. Apesar de renegada pelo advento do nazismo,
teve ampla ressonância nas Constituições de pós-guerra, inclusive na
brasileira de 1934.

Após essas considerações sobre a Constituição Mexicana de 1917 e a


Constituição Alemã de Weimar de 1919, serão analisadas as Constituições Federais
Brasileiras ao longo de sua história.

2.4.1 Constituição imperial de 1824

A Constituição Política Imperial de 1824 foi outorgada em 25 de março de


1824 e vigeu por 65 anos, sendo a constituição brasileira com a maior duração
temporal.
Essa Constituição assegurou ampla liberdade para o trabalho e, imitando a
50

Lei de Chapellier de 1791, extinguiu as Corporações de Ofício, inspirada nos


princípios da Revolução Francesa.

Art. 179: XXIV. Nenhum gênero de trabalho, de cultura, de industria, ou


commercio póde ser prohibido, uma vês que não se opponha aos costumes
públicos, à segurança e saúde dos Cidadãos. XXV. Ficam abolidas as
Corporações de Offícios, seus Juízes, Escrivãos, e Mestres.

Essa Constituição de 1824, em razão da forte influência das revoluções


americanas de 1776 e francesa de 1789, continha importante rol de Direitos Civis e
Políticos. Nela se configurou a ideia de constitucionalismo liberal, o que
proporcionou certamente influência às declarações de direitos e garantias das
constituições que se seguiram.
A Constituição trazia uma declaração de direitos individuais e garantias, no
art. 179, que nos seus fundamentos permaneceu nas constituições posteriores.
Por fim, não se pode esquecer que a Constituição Imperial de 1824 manteve
o regime escravista, pois, na época mantinha-se uma economia latifundiária e
escravocrata, a qual se manteve até13 de maio de 1888, com a assinatura da lei
Áurea pela Princesa Isabel.

2.4.2 Constituição de 1891

Com forte influência da Constituição norte-americana, a Constituição de


1891 foi a primeira constituição republicana do Brasil. Não houve muita preocupação
em legislar sobre os direitos sociais do trabalhador, sob o pretexto de que a
legislação trabalhista violava o princípio da liberdade contratual. Afirma Oliveira apud
Sussekind (2011)

Limitando-se a garantir o “livre exercício de qualquer profissão moral,


intelectual e industrial” (art. 127, § 4º). Como registrou AFONSO ARINOS
DE MELLO FRANCO, a constituição brasileira, esteada na doutrina vigente
nos Estados Unidos, achava que “a legislação trabalhista infringia o
princípio da liberdade contratual e que, além disso, ainda que fosse
permitida, seria da competência dos Estados”.

Em 1920, Ruy Barbosa defendeu a competência do Congresso Nacional


para legislar sobre a proteção do trabalho, ideia esta atribuída na Reforma de 1926.

A mensagem do Presidente ARTUR BERNARDES propondo emenda


51

constitucional não cogitou da “questão social”, apesar da vigência do


Tratado de Versalhes, assinado por plenipotenciários do Governo brasileiro.
Mas a famosa conferência de Rui Barbosa no Teatro Lírico, em 1920,
defendendo a competência do Congresso Nacional para legislar sobre a
proteção ao trabalho, irradiou, desde então, ampla adesão à sua
proposição. Eis por que a reforma de 1926 atribuiu competência ao
Congresso para “legislar sobre o trabalho” (art. 34, n. 28).

Assim, a Constituição de 1891, amparada pela Constituição norte-americana


de 1787, não cuidou dos direitos sociais do trabalhador. Nenhum princípio foi
estabelecido quanto à proteção ao trabalho e ao trabalhador.
Em contrapartida a reforma de 1926 atribuiu competência ao Congresso
para legislar sobre o trabalho. A Constituição de 1891 vigorou até 1930.

2.4.3 Constituição de 1930

Nesse período de finalização da República Velha, através da revolução de


1930, institui-se o Governo Provisório nos termos do Decreto nº 19.398, de 11 de
novembro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
Afirma Oliveira apud Cassar (2011)

Em 24 de outubro deste ano, Getúlio Vargas tornou-se presidente e no dia


26 de novembro criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio
através do Decreto 19.443/30. A partir de então, houve farta legislação,
através de decretos legislativos, tanto sobre previdência social quanto a
respeito das relações de trabalho (individuais e coletivas) até a promulgação
da Carta de 1934.

Nesse período pode-se afirmar como pontos positivos para as relações


laboralistas a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, por meio dos
quais foram previstos os direitos sociais do trabalhador em todas as constituições.
Esse Governo Provisório durou até o advento da Constituição de 1934,
promulgada em 16 de julho de 1934.

2.4.4 Constituição de 1934

Nascida da crise econômica de 1924, bem como de diversos movimentos


sociais por melhores condições de trabalho. Essa constituição sofreu forte influência
da Constituição de Weimar da Alemanha de 1919, evidenciando-se, portanto, uma
perspectiva de um Estado Democrático de Direito bem como os direitos humanos de
52

2ª dimensão.
Segundo Oliveira apud Sussekind (2011):

A Constituição de 1934 procurou conciliar filosofias antagônicas emanadas


das cartas magnas de Weimar (social-democrata) e dos Estados Unidos da
América (liberal-indvidualista) além de mesclar a representação política
resultante do voto direto como a escolhida pelas associações sindicais
(representação corporativa). Foi-lhes, por isso, vaticinada vida efêmera, o
que aconteceu.

Foi a primeira Constituição a tratar sobre a ordem econômica e social,


determinando que os sindicatos e associações profissionais, fossem reconhecidos
de conformidade com a lei, no art. 120. Foi também a primeira a elevar os direitos
trabalhistas ao status constitucional, conforme os termos dos arts. 120 e 121. Afirma
Oliveira apud Cassar (2011):

[...] Tais como salário mínimo, jornada de oito horas, férias, repouso
semanal (não era remunerado), pluralidade sindical, indenização por
despedida imotivada, criação da justiça do trabalho, ainda não integrante do
Poder Judiciário. [...].

Vale ressaltar que esta constituição foi a única a instituir no País o sistema
da pluralidade sindical, no parágrafo único do art. 120. No entanto, não chegou a ser
regulamentado. Em seu art. 121, j, ocorreu o reconhecimento das convenções
coletivas de trabalho, e por fim em seu art. 122, a Justiça do Trabalho foi instituída
para solucionar conflitos entre empregados e empregadores.

2.4.5 Constituição de 1937

Influenciada pela constituição polonesa de 1935, a Constituição Federal de


1937 consolidou as Leis do Trabalho e direitos sociais importantes, a exemplo do
salário mínimo.
Sobre o direito coletivo de trabalho, Oliveira apud Sussekind (2011) dispõe
que:

No campo do direito coletivo de trabalho, depois de enunciar que „a


associação profissional ou sindical é livre‟, deu ao sindicato reconhecido
pelo Estado: a) o privilégio de representar a todos os que integram a
correspondente categoria e de defender-lhes os direitos; b) a prerrogativa
de estipular contratos coletivos de trabalho; c) o poder de impor
contribuições e exercer funções delegadas do poder público (art. 138).
53

Como contribuição no ramo juslaboralista, pode-se mencionar a implantação


da contribuição sindical; os contratos coletivos de trabalho passaram a ser aplicados
a todos os trabalhadores representados pelas associações sindicais convenentes
conforme art. 137, a; por serem declarados recursos antissociais nocivos ao trabalho
e ao capital, a greve e o lock-out foram proibidos nos termos do art. 139.

2.4.6 Constituição de 1946

A Carta Magna de 1946 foi inspirada nas ideias liberais da Constituição de


1891 e nas ideias sociais do texto de 1934. Foi também a primeira Constituição a
instituir a participação do trabalhador nos lucros da empresa. Entre outras
contribuições dessa Constituição, afirma Oliveira apud Alice Monteiro de Barros
(2011) que:

[...] O descanso semanal e sem feriados passou a ser remunerado no inciso


VI, do art. 157 da Constituição de 1946. A estabilidade no emprego foi
estendido ao meio rural. O trabalho noturno passou a ser proibido para os
menores de 18 e não de 16 anos, como previa a Carta anterior. Instituiu-se
a assistência aos desempregados e a obrigatoriedade de o empregador
fazer seguro contra acidente.

Nessa Constituição os direitos sociais foram ampliados. Na ordem


econômica, procurou-se harmonizar o princípio da livre-iniciativa com o da justiça
social; foi assegurado também, o princípio da isonomia salarial, vedando a diferença
salarial homens e mulheres; no art. 157, parágrafo único, instituiu a não distinção
entre o trabalho manual ou técnico e o trabalho intelectual, nem entre os
profissionais respectivos, no que concerne a direitos, garantias e benefícios; o direito
de greve foi reconhecido, no art. 158, e foram mantidas diversas garantias
trabalhistas conquistadas no período do “Estado Novo”.

2.4.7 Constituição de 1967

Esta Constituição foi bastante influenciada pela Constituição de 1937. Entre


suas contribuições pode-se citar o art. 165, que estatui os direitos sociais. No
entanto, algumas inovações foram contrárias ao trabalhador tais como a supressão
da estabilidade, como garantia constitucional, e o estabelecimento do regime de
fundo de garantia, como alternativa; as restrições ao direito de greve; e a supressão
54

da proibição de diferença de salários, por motivo de idade e nacionalidade.


Entre as vantagens pode-se citar a inclusão, como garantia constitucional,
do direito ao salário família, em favor dos dependentes do trabalhador; proibição da
diferença de salários também por motivo de cor, circunstância a que não se referia a
Constituição de 1946; participação do trabalhador, eventualmente, na gestão de
empresa; aposentadoria da mulher, aos trinta anos de trabalho, com salário integral.
A Emenda Constitucional nº 1, de 1969, introduziu a co-gestão e o regime de
FGTS que, de início conviveu com o da estabilidade e o da indenização, competindo
ao empregado a opção por um deles.
Por fim o direito de greve foi proibido para o serviço público e as atividades
essenciais e houve o reconhecimento das convenções coletivas como instrumento
de negociação entre empregados e empregadores.

2.4.8 Constituição de 1988

Inicialmente afirma Oliveira apud Piovesan (2011):

A Constituição de 1988 é o marco jurídico da transição democrática e da


institucionalização dos direitos e garantias fundamentais. O texto demarca a
ruptura com o regime autoritário militar instalado em 1964, refletindo o
consenso democrático pós-ditadura.

Na Constituição Federal vigente, a dignidade da pessoa humana se destaca


como fundamento da República, conforme dispõe o art. 1º, III, e como fim da ordem
econômica, conforme disposto no art. 170, caput. Outro objetivo fundamental da
República Federativa do Brasil segundo o art. 3º, I, é a necessidade de construção
de uma sociedade livre, justa e solidária.
Destaca-se na Constituição de 1988 a preservação da dignidade humana.
Portanto, respeita-se a autonomia da vontade, a integridade física e moral, a não
coisificação do ser humano e a garantia do mínimo existencial.
O art. 7º, inciso VI da CF/88, inclui inúmeras garantias de caráter
remuneratório, como o direito ao salário mínimo. Por outro lado, também forneceu
instrumentos para a flexibilização de direitos trabalhistas.
A Constituição de 1988 tornou um dos fundamentos da República Federativa
do Brasil o valor social do trabalho que tem aproximação fiel com o cumprimento das
obrigações referentes à relação de trabalho, nos termos do art. 1º, IV.
55

Os direitos sociais coletivos, abordados nos art. 8º a 11, são exercidos pelos
trabalhadores, coletivamente ou no interesse de uma coletividade. Sendo elencados
nos art. 8º e 9º deste texto Constitucional, os direitos sindicais.

2.4.9 Legislação infraconstitucional sobre o Trabalho Escravo

O Código Penal vigente de 1940 tipificou em seu art. 149, o crime de


redução à condição análoga à de escravo.

Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer


submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-
o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
§1º. Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador,
com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de
documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no
local de trabalho.
§2º. A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Diante do exposto resta tipificado como crime o modelo de trabalho em que


se sujeita uma pessoa a condição semelhante à de escravo, sujeitando alguém a um
estado de submissão absoluta, semelhante à de escravo, que reduz o ser humano à
condição de coisa.
O tipo penal infelizmente trata-se de um crime corriqueiro. Configura espécie
de crime contra a liberdade individual que, por sua vez, está inserido dentre os
crimes contra a pessoa, assegurado pela Constituição Federal do Brasil. O que se
busca proteger aqui é a liberdade de autodeterminação, de locomoção e a livre
disposição de si próprio.
O legislador quis dizer que o tipo penal não se refere somente a submeter a
vítima à escravidão, colocando-a como parte integrante da propriedade de outrem
ou quando o trabalhador tem impedido o seu direito de ir e vir chegando a ser
ameaçado de morte pelo seu chefe, para permanecer, ainda que contra a sua
vontade, na propriedade deste.
56

Complementa Oliveira apud Santana (2011):

Apesar de existir uma interpretação jurídica clara que fundamenta a


caracterização do delito previsto no art. 149 do Código Penal, o papel do
Poder Público na fraca tentativa de defender o “status libertatis” do cidadão
não vem considerando as situações denunciadas como crimes máximos de
violação à liberdade individual. Cabe ressaltar que o interesse do Estado
Brasileiro em defender essa liberdade não está dependendo de uma
vontade interna.

Os meios para a prática do crime são variados, não há limitação legal, o


agente poderá praticá-lo, retendo salários, pagando-os de forma aleatória, mediante
fraude, fazendo descontos de alimentação, de habitação desproporcional aos
ganhos e transporte com violência ou grave ameaça. A finalidade da conduta delitiva
é a execução de trabalho em condições degradantes, desumanas e indignas. O
elemento subjetivo é representado pelo dolo, consistindo na vontade livre e
consciente de subjugar determinada pessoa, suprindo-lhe a liberdade.
O crime é consumado quando o agente reduz a vítima a condição
semelhante à de escravo, isto é, quando a vítima se torna totalmente submissa ao
poder de outrem. Como crime material, admite a tentativa, que se verifica com a
prática de atos de execução, sem chegar à condição humilhante da vítima. É
impossível praticá-lo através da omissão e não há previsão da modalidade culposa.
A ação penal é pública incondicionada, ou seja, não é necessária qualquer condição
de procedibilidade.
Com relação à competência para julgamento de crime de redução à
condição análoga à de escravo causas, a princípio, com o advento da emenda
constitucional n° 45/2004, a competência para julgamento desses crimes pertenceria
à Justiça do Trabalho. Ocorre que o posicionamento do Supremo Tribunal Federal
(STF) sobre o assunto é diferente.
Conforme Informativo nº 450 daquele Tribunal, a competência para
julgamento do crime de redução a condição análoga à de escravo pertence à Justiça
Federal na maioria dos casos, tendo em vista que quaisquer condutas que violem
não só o sistema de órgãos e instituições que preservam, coletivamente, os direitos
e deveres dos trabalhadores, mas também o homem trabalhador, atingindo-o nas
esferas em que a Constituição lhe confere proteção máxima, enquadram-se na
categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto de
relações de trabalho.
57

Perante o STF, pode-se citar:

RE 541627 / PA – PARÁ RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min.


ELLEN GRACIE Julgamento: 14/10/2008 Órgão Julgador: Segunda
Turma Publicação DJe-222 DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-2008
EMENT VOL-02342-12 PP-02386 Parte(s) RECTE.(S): MINISTÉRIO
PÚBLICO FEDERAL RECDO.(A/S): EUCLEBE ROBERTO VESSONI
RECDO.(A/S): JOSÉ VALDIR RODE RECDO.(A/S): LUIZ CARLOS DA
SILVA PARREIRA ADV.(A/S): GILBERTO ALVES Ementa DIREITO
PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA
DA JUSTIÇA FEDERAL. CRIMES DE REDUÇÃO À CONDIÇÃO ANÁLOGA
À DE ESCRAVO, DE EXPOSIÇÃO DA VIDA E SAÚDE DESTES
TRABALHADORES A PERIGO, DE FRUSTRAÇÃO DE DIREITOS
TRABALHISTAS E OMISSÃO DE DADOS NA CARTEIRA DE TRABALHO
E PREVIDÊNCIA SOCIAL. SUPOSTOS CRIMES CONEXOS. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA PARTE, PROVIDO. 1. O recurso
extraordinário interposto pelo Ministério Público Federal abrange a questão
da competência da justiça federal para os crimes de redução de
trabalhadores à condição análoga à de escravo, de exposição da vida e
saúde dos referidos trabalhadores a perigo, da frustração de seus direitos
trabalhistas e de omissão de dados nas suas carteiras de trabalho e
previdência social, e outros crimes supostamente conexos. 2. Relativamente
aos pressupostos de admissibilidade do extraordinário, na parte referente à
alegada competência da justiça federal para conhecer e julgar os crimes
supostamente conexos às infrações de interesse da União, bem como o
crime contra a Previdência Social (CP, art. 337-A), as questões suscitadas
pelo recorrente demandariam o exame da normativa infraconstitucional
(CPP, arts. 76, 78 e 79; CP, art. 337-A). 3. Desse modo, não há
possibilidade de conhecimento de parte do recurso extraordinário interposto
devido à natureza infraconstitucional das questões. 4. O acórdão recorrido
manteve a decisão do juiz federal que declarou a incompetência da justiça
federal para processar e julgar o crime de redução à condição análoga à de
escravo, o crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, o
crime de omissão de dados da Carteira de Trabalho e Previdência Social e
o crime de exposição da vida e saúde de trabalhadores a perigo. No caso,
entendeu-se que não se trata de crimes contra a organização do trabalho,
mas contra determinados trabalhadores, o que não atrai a competência da
Justiça federal. 5. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
do RE 398.041 (rel. Min. Joaquim Barbosa, sessão de 30.11.2006), fixou a
competência da Justiça federal para julgar os crimes de redução à condição
análoga à de escravo, por entender "que quaisquer condutas que violem
não só o sistema de órgãos e instituições que preservam, coletivamente, os
direitos e deveres dos trabalhadores, mas também o homem trabalhador,
atingindo-o nas esferas em que a Constituição lhe confere proteção
máxima, enquadram-se na categoria dos crimes contra a organização do
trabalho, se praticadas no contexto de relações de trabalho" (Informativo no
450). 6. As condutas atribuídas aos recorridos, em tese, violam bens
jurídicos que extrapolam os limites da liberdade individual e da saúde dos
trabalhadores reduzidos à condição análoga à de escravos, malferindo o
princípio da dignidade da pessoa humana e da liberdade do trabalho. Entre
os precedentes nesse sentido, refiro-me ao RE 480.138/RR, rel. Min. Gilmar
Mendes, DJ 24.04.2008; RE 508.717/PA, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ
11.04.2007. 7. Recurso extraordinário parcialmente conhecido e, nessa
parte, provido.
58

Perante o Superior Tribunal de Justiça – STJ, pode-se citar:

Processo CC 23514 / MG
CONFLITO DE COMPETENCIA 1998/0069888-4 Relator(a): Ministro
FERNANDO GONÇALVES (1107) Órgão Julgador: S3 - TERCEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento: 13/10/1999
Data da Publicação/Fonte: DJ 16/11/1999 p. 178
Ementa: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME CONTRA A
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 1 - Compete à Justiça Federal o
julgamento dos crimes que ofendam o sistema de órgãos e instituições que
preservam coletivamente os direitos do trabalho, e não os crimes que são
cometidos contra determinado grupo de trabalhadores. 2 - Conflito de
competência conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito de
Três Pontas - MG, o suscitado.

Compartilha dessa opinião o Tribunal Regional Federal - TRF da 1ª Região:

Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO


Órgão Julgador: TERCEIRA TURMA
Publicação: 26/09/2008 e-DJF1 p.594
Data da Decisão: 15/09/2008
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso em sentido
estrito. Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. REDUÇÃO DE TRABALHADORES À
CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO. ART. 149 DO CP. QUANTIDADE
ELEVADA DE TRABALHADORES. COMPETÊNCIA. 1. A elevada
quantidade de trabalhadores submetidos à condição análoga à de escravos
(50) é, por si só, caracterizadora do delito contra a organização do trabalho.
2. Firma-se a competência da Justiça Federal para o processamento e
julgamento do crime de redução à condição análoga à de escravo, em
consonância à decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso
Extraordinário nº. 398041, quando demonstrada violação a valores
estruturantes da organização do trabalho e da proteção ao trabalhador,
além dos princípios constitucionais da liberdade e da dignidade da pessoa
humana. 3. Recurso em sentido estrito provido.

Processo: HC 2008.01.00.049680-4/PA; HABEAS CORPUS


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO
Órgão Julgador: TERCEIRA TURMA
Publicação: 07/11/2008 e-DJF1 p.67
Data da Decisão: 21/10/2008 Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou
a ordem de habeas corpus impetrada em favor de CELSO SILVEIRA
MELLO FILHO. Ementa: PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS.
REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO. FRUSTRAÇÃO DE
DIREITO ASSEGURADO POR LEI TRABALHISTA. ALICIAMENTO DE
TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA OUTRO DO TERRITÓRIO
NACIONAL. NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO. A empresa Vale Bonito
Agropecuária S/A celebrou contrato de empreitada com a empresa Aristides
Alves Monteiro, para roçagem de uma determinada área de terra. A
empreiteira, segundo a denúncia, em tese, praticou os crimes previsto nos
arts. 149, caput; 203, § 1º, I e II; e 207, todos do Código Penal. Ocorrência
de indícios de subordinação da empreiteira à empresa Vale Bonito
Agropecuária S/A. A empresa desmatadora foi constituída por sugestão do
presidente da Vale Bonito Agropecuária S/A após a fiscalização da
Secretaria de Inspeção do Trabalho. Indícios, portanto, da participação do
diretor-presidente da Vale Bonito na prática dos crimes capitulados na
denúncia. Consequentemente, o habeas corpus, em que só admite a prova
59

pré-constituída, não pode ser utilizado como meio para trancar a ação
penal, em face de haver necessidade de maior prova, a ser examinada com
profundidade.

2.4.10 Convenções Internacionais sobre o Trabalho Escravo

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral


ligada à Organização das Nações Unidas – ONU, com sede em Genebra (Suíça),
com representação paritária de governos dos 182 Estados-Membros e de
organizações de empregadores e de trabalhadores, especializada nas questões
relacionadas ao trabalho.
Criada pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial, a sua
Constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes. A OIT funda-se no
princípio de que a paz universal e permanente só pode se basear na justiça social.
Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial, a
OIT é a estrutura internacional que torna possível abordar estas questões e buscar
soluções que permitam a melhoria das condições de trabalho no mundo.
Estas iniciativas foram traduzidas em padrões, acordos, recomendações,
códigos unilaterais e multilaterais que ajudam a compreender e a situar a
responsabilidade como tema emergente para as organizações.
A OIT tem se preocupado em tomar medidas para evitar que o trabalho
forçado produza condições análogas à de escravo.
Neste sentido o Brasil ratificou as Convenções nº 29 de 1930, e n. 105 de
1957, da OIT, ambas relativas ao trabalho forçado ou obrigatório, trabalho escravo e
servidão por dívida.
A Convenção nº 29 determina em seu art. 1º:

Artigo 1º 1. Todo País-membro da Organização Internacional do Trabalho


que ratificar esta Convenção compromete-se a abolir a utilização do
trabalho forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, no mais breve
espaço de tempo possível.

Complementando em seu art. 2º define o trabalho forçado:

Artigo 2º 1. Para fins desta Convenção, a expressão "trabalho forçado ou


obrigatório" compreenderá todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa
sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido
espontaneamente.
60

Em 1957, a OIT publica a convenção nº 105, afirmando em seu art. 1º:

Artigo 1º Todo País-membro da Organização Internacional do Trabalho que


ratificar esta Convenção compromete-se a abolir toda forma de trabalho
forçado ou obrigatório e dele não fazer uso: a) como medida de coerção ou
de educação política ou como punição por ter ou expressar opiniões
políticas ou pontos de vista ideologicamente opostos ao sistema político,
social e econômico vigente; b) como método de mobilização e de utilização
da mão-de-obra para fins de desenvolvimento econômico; c) como meio de
disciplinar a mão-de-obra; d) como punição por participação em greves; e)
como medida de discriminação racial, social, nacional ou religiosa.

Em 1998, a OIT fez a declaração sobre os Princípios e Direitos


Fundamentais no Trabalho, restando aos países-membros da OIT firmarem um
compromisso de respeitar, promover e aplicar os princípios fundamentais e direitos
no trabalho, como: liberdade de associação e organização sindical, reconhecimento
efetivo do direito de negociação coletiva, eliminação de todas as formas de trabalho
forçado ou obrigatório, e abolição do trabalho infantil.
61

3 ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO NO COMBATE AO


TRABALHO ESCRAVO

Neste capítulo será abordada a atuação do Ministério Público do Trabalho


no combate ao trabalho escravo, demonstrando os meios utilizados para a
fiscalização e combate a essa prática.

3.1 MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Conforme o art. 127 da Constituição Federal de 1988, Ministério Público do


Trabalho é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, a
quem é confiada a defesa da ordem jurídica e do regime democrático de direito e
dos interesses individuais e coletivos e indisponíveis.
O art. 127 da Constituição Federal de 1988 define que, O Ministério Público
é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
O Ministério Público do Trabalho conforme art. 24 da lei Complementar
75/1993, integra o Ministério Público da União, in verbis:

Art. 24. O Ministério Público da União compreende:


I - O Ministério Público Federal;
II - o Ministério Público do Trabalho;
III - o Ministério Público Militar;
IV - o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Parágrafo único. A estrutura básica do Ministério Público da União será
organizada por regulamento, nos termos da lei. (grifou-se)

Sendo assim, o MPT é órgão permanente, tem autonomia e não mantém


vínculo com o Poder Judiciário.
A instituição MPT tem garantido constitucionalmente a sua independência
funcional e administrativa, a indivisibilidade e unidade da instituição de acordo com o
referido artigo e parágrafos.
Os Procuradores Regionais do Trabalho ficam submetidos à realização de
suas atividades perante os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). A
Subprocuradoria-Geral do Trabalho atua junto ao Tribunal Superior do Trabalho
(TST). São lotados em Brasília, na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT).
Procuradores regionais e procuradores do Trabalho estão distribuídos entre 24
62

Procuradorias Regionais do Trabalho (PRTs) com as mesmas áreas de abrangência


dos TRTs, e em cem Procuradorias dos Trabalhos nos Municípios (PTMs). PGT,
PRTs e PTMs são apenas nomenclaturas relativas à organização administrativa;
todos compõem o MPT.
Os servidores que compõem este órgão têm autonomia funcional, logo, não
estão vinculados a ordens de superiores hierárquicos. Não podem ser transferidos, a
não ser com o seu prévio consentimento, salvo por motivo de interesse público.
Ao MPT, também está interligado o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), que atua na fiscalização das empresas que cometem infração e
desrespeitam as leis trabalhistas, e, por conseguinte, as multas; propõe que sejam
realizadas as fiscalizações que regulam administrativamente por meio de Termos de
Ajustamento de Conduta (TACs). Compete-lhe também propor as ações judiciais. Há
ainda a Justiça do Trabalho que julga as ações propostas pelo MPT.
O MPT tem como uma das suas atribuições a fiscalização do cumprimento
da legislação trabalhista quando forem burlados os interesses públicos, buscando
intermediar as relações laborativas. Quando os direitos sociais forem
desrespeitados, pode propor ação civil púbica no âmbito da Justiça do Trabalho em
defesa dos direitos coletivos expressamente garantidos na Carta Magna de 1988;
pode propor ações em defesa dos direitos dos menores incapazes que decorram
das relações de trabalho; pode intervir nos processos trabalhistas desde que exista
interesse público; pode ser arbitro e mediador nos dissídios coletivos de greve
quanto às atividades essenciais à sobrevivência humana. Além disso, pode recorrer
das decisões da Justiça do Trabalho tanto como parte quanto como fiscal da lei.
É de competência do MPT solicitar diligências e fiscalizações por parte dos
auditores fiscais do Trabalho integrantes da Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego (SRTE, antiga DRT). Nos relatórios desenvolvidos pela SRTE, os
membros do MPT podem propor às partes a assinatura de TACs, estabelecendo
obrigações e a aplicação de multas em caso de descumprimento.
Outra forma de desempenhar atividades extrajudiciais se dá com a produção
de notificações recomendatórias, que são dirigidas aos entes públicos, a empresas
particulares ou segmentos de atividades econômicas, e representam uma espécie
de alerta ou orientação preventiva para que se evite o cometimento de
irregularidades passíveis de ações judiciais.
63

3.2 MEIOS UTILIZADOS PARA FISCALIZAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO


ESCRAVO

Ao longo dos 20 anos de reconhecimento do trabalho escravo no Brasil, as


autoridades e políticos se empenham na elaboração de políticas públicas utilizadas
para a fiscalização e combate ao trabalho análogo à condição de escravo que tem
perpetuado por todos esses anos no Brasil e no mundo.
Sabe-se que o trabalho escravo foi abolido em 1888 e que Brasil é signatário
de diversas convenções que repudiam essa pratica, mas, somente em 1995, depois
que o Brasil foi pressionado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e
Organização Internacional do Trabalho, mediante denúncia da Comissão Pastoral da
Terra (CPT) sobre o caso José Pereira, foi que veio de fato a ser reconhecido que
em terras brasileiras o trabalho escravo estava mais atuante do que se imaginava.
Devido à repercussão do caso, as organizações públicas passaram a ver
com outros olhos o que antes era desapercebido aos olhos dos governantes. Muitas
pessoas estavam sendo cruelmente privada de sua liberdade e dignidade em
consequência da má administração do governo e falta de oportunidade às famílias
menos desfavorecidas.
Desde então foram adotadas medidas que pudessem ser efetivas no que
tange a fiscalização e combate ao trabalho análogo à condição de escravo. Por este
motivo tão relevante para a sociedade, passa-se agora a enumerar os meios
utilizados para a erradicação (repressão e prevenção) do trabalho realizado em
conjunto por entidades e órgãos governamentais e não-governamentais.

3.2.1 Comissão Pastoral da Terra

Mesmo no período de repressão militar no Brasil, a Comissão Pastoral da


Terra não deixou de realizar seus trabalhos. A primeira grande denúncia se deu em
1984, no caso da Fazenda do Vale do Rio Cristalino, da Volkswagen, no sul do Pará.
Desde então, a Comissão Pastoral da Terra não cessou de realizar campanhas de
prevenção contra o trabalho escravo. O nome de uma das campanhas é “de olho
aberto para não virar escravo”.
A campanha tem materiais didáticos voltados para trabalhadores rurais
sujeitos a contratação, para a orientação dos monitores da campanha e para a
64

sociedade, como por exemplo, uma cartilha de bolso informando os direitos do


trabalhador, explicações sobre contratos, carteiras de trabalho, tipos de demissão,
telefones úteis para denúncias e uma história em quadrinhos para que o trabalhador
reconheça quando um aliciador pode estar tentando-o levá-lo para o trabalho
escravo.
Ao final de cada ano é realizado estudo junto ao MTE e MPT para levar ao
conhecimento da população estatística sobre o trabalho escravo.

3.2.2 Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

O Ministério do Trabalho e Emprego é órgão fundamental no combate a


escravidão que tem assolado grande parte dos trabalhadores brasileiros. Assim, em
consonância com os demais órgãos, tem a atuação do Ministério Público da União
que é órgão permanente e essencial à jurisdição do Estado na defesa dos direitos
individuais, sociais e indisponíveis da coletividade, da ordem pública e regime
democrático. Contudo, traz no rol o Ministério Público do Trabalho, que atua judicial
e extrajudicialmente na defesa dos direitos individuais e coletivos, com a
competência da Justiça do Trabalho.
Atualmente tem dedicado maiores esforços na erradicação do trabalho
análogo à condição de escravo, trabalho forçado, exaustivo e degradante, como
também no combate a qualquer tipo de discriminação do trabalhador.
Com a finalidade de erradicar o trabalho análogo ao de escravo e coibir o
trabalho degradante, resguardando o direito à liberdade, à dignidade no trabalho,
zelar pelas garantias decorrentes da relação de emprego, bem como agregar
valores a ações em andamento, como por exemplo, as ações realizadas pelo Grupo
Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), o MPT, em setembro de 2002, criou a
Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE).

3.2.3 Ministério Público do Trabalho (MPT)

O Ministério Público do Trabalho, também como órgão essencial, utiliza


instrumentos que dão maior efetividade no que tange aos direitos e garantias
constitucionais e trabalhistas aos trabalhadores que são resgatados nestas
condições. Dessa forma, os instrumentos são:
65

a) as ações anulatórias (judiciais), com fundamento na Lei 75/93 que aduz


que o MPT tem legitimação no âmbito da Justiça do Trabalho de propor essas ações
anulatórias de cláusulas de contrato;
b) Ação Civil Pública (judicial) com previsão constitucional no art. 129, que
estabelece que o MPT promoverá inquérito civil e ação civil pública em detrimentos
dos direitos individuais e coletivos;
c) Ação Preventiva (extrajudicial) para garantir a efetivação dos direitos
trabalhistas, com palestras, congressos, oficinas, seminários e outros;
d) Inquérito Civil Público (extrajudicial), com previsão na Lei nº 7.347, de
1985. É um procedimento administrativo e inquisitivo que constituído pelas fases de
instauração, instrução e conclusão que visa produzir provas de lesão aos direitos
metaindividuais. É uma medida prévia ao ajuizamento da Ação Civil Pública; todavia
não é obrigatório, pois esta ação poderá ser instaurada independentemente dele.
Finaliza-se o inquérito civil através da propositura da Ação Civil Pública, ou pela
formalização dada em um relatório final concluindo assim pelo seu arquivamento;
e) Termo de Ajuste de Conduta (extrajudicial) com fulcro na Lei 75/93. É um
título executivo extrajudicial. Ocorre quando há violação aos direitos trabalhistas,
com possibilidade de composição das partes para que se resolva o conflito
existente. Tem caráter pedagógico e visa prevenir lesões aos direitos difusos,
coletivos e individuais homogêneos.

3.2.4 Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM)

Como dito alhures, a partir do ano 1995 começaram a ser criados projetos
visando ao combate ao trabalho escravo, e o primeiro foi a criação do Grupo
Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego. O grupo tem como missão promover a cidadania nas relações de trabalho
de acordo com o art. 626 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que aduz,
“Incumbe às autoridades competentes do Ministério do Trabalho, ou àquelas que
exerçam funções delegadas, a fiscalização do fiel cumprimento das normas de
proteção ao trabalho”. Esse grupo é coordenado por auditores fiscais do trabalho
que executam suas atribuições na incessante buscar de encontrar indícios de
trabalho escravo ou quando recebem alguma denúncia se deslocam para apurar o
local, sendo os responsáveis pela apuração das condições análogas às de trabalho
66

escravo nas propriedades e também por libertar as pessoas que ali se encontrem
escravizadas. Desde sua criação, esse grupo de auditores foi responsável pela
libertação de mais de 47 mil pessoas submetidas ao trabalho à condição de escravo
em todo o Brasil.
É composto por auditores fiscais do trabalho, delegados e agentes da Polícia
Federal e procuradores do Ministério Público do Trabalho e, em determinadas
circunstâncias, por membros da Procuradoria-Geral da República, do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Com a finalidade de combater o trabalho escravo, é necessário também a
reinserção do trabalhador ao meio social, com capacitação profissional a fim de que
não fique vulnerável as tais condições.

3.2.5 Organização Não-Governamental Repórter Brasil

Já em meados de 2001 foi criada a Organização não-governamental


Repórter Brasil, desenvolvida por jornalistas, cientistas políticos e educadores com o
objetivo de despertar o interesse quanto às ações relacionadas a violação dos
direitos do trabalhador, que na maioria das vezes não eram respeitados.
Devido à seriedade das atividades executadas, os seus projetos são usados
por líderes do poder público, sociedade civil e grandes empresários tornando-se um
instrumento importantíssimo no combate ao trabalho escravo.
As áreas principais de atuação da Repórter Brasil são no jornalismo e
pesquisas produzindo informações e desenvolvendo análises sobre as atividades
desenvolvidas pelo poder púbico, educadores, lideranças políticas, comunidade,
estudantes. Serve como referência não só no Brasil como também no mundo. Suas
informações e pesquisas têm muita relevância, seriedade e veracidade no que se
refere a violação de direitos do trabalho e trabalhador.
Seus projetos envolvem o site da Repórter Brasil, com informações precisas,
ampliando as informações. Favoreceu a criação do Pacto Nacional pela Erradicação
do Trabalho Escravo. Na educação, criou o projeto “Escravo nem pensar!”, e
contribuiu para o II Plano de Erradicação do Trabalho Escravo.
A Repórter Brasil é membro da Comissão Nacional para a Erradicação do
Trabalho Escravo, Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo de
67

São Paulo e da Comissão Municipal para a Erradicação do Trabalho Escravo de São


Paulo e, ao longo dos anos, tem contribuído com o desenvolvimento de políticas
para a erradicação desse crime.
No ano de 2003, o poder público, as organizações políticas e as entidades
não governamentais desempenharam um papel muito importante no combate ao
trabalho escravo na expectativa de que as decisões tomadas pudessem ser
efetivamente capazes de alcançar o maior número de pessoas libertadas dessa
prática delituosa e ao mesmo tempo dar maior assistência para evitar novos casos
aliciamento.

3.2.6 1º e 2º Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo

Desde então, foi elaborado o 1º Plano Nacional de Erradicação do Trabalho


Escravo, que visa à repressão, e em 2008, o 2º Plano de Erradicação do Trabalho
Escravo que visa à prevenção e reinserção dos trabalhadores, que tem por
finalidade propor ações preventivas, prestar assistência ao trabalhador resgatado,
possibilitar a repressão ao crime de trabalho escravo visando à erradicação do
problema.

3.2.7 Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho escravo (CONATRAE)

Ainda em 2003, foi instituída a Comissão Nacional de Erradicação do


Trabalho Escravo (CONATRAE), vinculada à Secretária de Direitos Humanos da
Presidência da República. Tem em sua composição pessoas da sociedade civil e
poder público. A CONATRAE tem por missão elaborar, monitorar, coordenar e
avaliar a implementação das ações realizadas pelo Plano Nacional de Erradicação
do Trabalho Escravo, e assim desempenha função importante de acompanhar a
tramitação dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional.
Desde que foi instituída alcançou grandes avanços nas políticas públicas
que dizem respeito à erradicação do trabalho escravo, demonstrando que o Brasil
caminhou a passos largos, capacitando e fiscalizando as pessoas que trabalham
diretamente no enfrentamento desse problema.
Houve uma mudança considerável no ordenamento jurídico brasileiro que
proporcionou maior ampliação do art.149 do Código Penal que mudou a “a redução
68

de alguém a escravidão” para estabelecer “a condição análoga à de escravo”,


incluindo os seguintes institutos: trabalho forçado, jornada exaustiva e condições
degradantes de trabalho e restrição da liberdade dos trabalhadores.

3.2.8 Lista Suja

Neste ínterim criou-se a chamada Lista Suja ou cadastro de empregadores


da portaria interministerial, regulado pela portaria 02/2011 do Ministério do Trabalho
e Emprego e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A cada 6
meses é publicada a lista dos empregadores que são flagrados em suas fazendas e
empresas na execução da mão de obra escrava. Este cadastro é utilizado pelas
instituições financeiras evitando a liberação de créditos e financiamentos, e às
empresas, para consultarem o histórico de fornecedores que contribuem para o
crescimento da prática escravista.
Com relação à Lista Suja, no final de 2014 o Supremo Tribunal Federal
suspendeu por determinação liminar de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI), a divulgação dos empregadores envolvidos em trabalho escravo. E este
documento foi protocolado pela Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias, alegando a inconstitucionalidade da lista, mas, o poder público está
somando esforços para que a lista suja seja liberada. Antes de junho de 2014, a
Lista Suja já tinha mais de 609 empregadores cadastrados.

3.2.9 Pacto Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo

Em 2005, houve a criação do Pacto Nacional de Erradicação do Trabalho


Escravo, segundo o qual as empresas brasileiras e multinacionais assumem o
compromisso de não comprar produtos para produção de fornecedores que estejam
envolvidos com a mão de obra escrava e visam apenas, e tão somente, o lucro.

3.2.10 Emenda Constitucional nº 81

Já em 2014, o Brasil passou por um grande avanço: A aprovação da


Emenda Constitucional nº 81, que traz a expropriação das propriedades rurais e
urbanas se forem flagradas utilizando a mão de obra escrava. A destinação delas
69

será para a reforma agrária ou programas de habitação.


É importante ressaltar o brilhante trabalho realizado pela Comissão Pastoral
da Terra (CPT), que surge em meados de 1975, em resposta às graves situações
dos peões, posseiros e trabalhadores rurais que desde então já reivindicavam seus
direitos, lembrando que neste período o Brasil passava pela a crise da ditadura
militar e as disputas eram mais difíceis e consequentemente os direitos dos
trabalhadores eram tolhidos.
70

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS AÇÕES AFIRMATIVAS REALIZADAS


PELOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO E EMPREGO

Ações afirmativas são políticas públicas realizadas pelo governo ou pela


iniciativa privada tendo como objetivo a correção das desigualdades presentes na
sociedade, acumuladas ao longo de anos.
Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que
as ações afirmativas são constitucionais e políticas essenciais para a redução de
desigualdades e discriminações existentes no país. Uma ação afirmativa busca
oferecer igualdade de oportunidades a todos.
Vale lembrar que as políticas de ações afirmativas não são exclusivas do
governo. A iniciativa privada e as organizações sociais sem fins lucrativos também
são atores importantes neste processo, podendo atuar em conjunto, dando suporte,
ou de forma complementar ao governo.
As ações afirmativas no Brasil partem do conceito de equidade expresso na
constituição, que significa tratar os desiguais de forma desigual, isto é, oferecer
estímulos a todos àqueles que não tiveram igualdade de oportunidade devido a
fatores como discriminação e racismo.
Uma ação afirmativa não deve ser vista como um benefício, ou algo injusto.
Pelo contrário, a ação afirmativa só se faz necessária quando percebemos um
histórico de injustiças e direitos que não foram assegurados.
O termo ação afirmativa foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos,
na década de 60 do século XX, para se referir a políticas do governo para combater
as diferenças entre brancos e negros. Antes mesmo da expressão, as ações
afirmativas já eram pauta de reivindicação do movimento negro no mundo todo,
além de outros grupos discriminados, como árabes, palestinos, kurdos, entre outros
oprimidos.
No Brasil, as ações afirmativas integram uma agenda de combate a herança
histórica de escravidão, segregação racial e racismo contra a população negra.
Para compreender a necessidade de uma ação afirmativa, é preciso, antes
de tudo, compreender o contexto social vivido por um país. O que gera preconceito
por parte de setores da sociedade em muitos casos é analisar uma ação afirmativa
sem antes entender o histórico que precedeu a política pública.
71

Ao debater as cotas para negros nas universidades, por exemplo, é preciso


retornar ao Brasil colonial e perceber como o processo de escravidão criou
desigualdades sociais que são presentes até hoje, mesmo após 127 anos da
abolição da escravidão. A partir de dados estatísticos que demonstram a diferença
entre negros comparados com o percentual desta população no total de brasileiros,
o governo comprova a necessidade de criar uma política para compensar séculos de
desigualdades.
É assim que nasce uma política de ação afirmativa. Após a leitura de um
diagnóstico sóciocultural histórico, há a comprovação estatística das desigualdades
existentes e da necessidade de reparos. Após o diagnóstico e o planejamento de
uma política de ação afirmativa, os gestores governamentais encaminham a
legislação, monitoram sua aprovação e implementação.
O papel da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(SEPPIR), é atuar em todas estas etapas de construção de políticas de ações
afirmativas, por entender que as políticas públicas são fundamentais para tornar o
Brasil um país justo e com oportunidades iguais para todos.
Uma ação afirmativa não deve ser vista como algo paternalista ou que cria
dependência. Elas são ações necessárias para a correção de desigualdades. Tão
logo estas desigualdades desaparecem, a adoção de ações afirmativas deixa de ser
necessária
Em 1995 o governo brasileiro reconheceu a existência de trabalho escravo,
desde então foram resgatados mais de 47 mil trabalhadores nessa condição (gráfico
1).
Em 13 de maio de 2002, entrou em vigência o Decreto nº 4228, que instituiu
o Programa Nacional de Ações Afirmativas sob a coordenação da Secretaria de
Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça.
72

(Gráfico 1)

Um estudo da Agência Repórter Brasil em parceria com o Sindicato Nacional


dos Auditores Fiscais do Trabalho (Gráfico 2), mostra as características do
trabalhador escravo contemporâneo e quais as ações realizadas para a erradicação
dessa prática.
73

Gráfico 2

O estudo mostra que o trabalhador escravo contemporâneo em 95% dos


casos é homem; 83% têm idade entre 18 e 44 anos; 33% são analfabetos e 39% só
chegaram a quinto do ensino fundamental. Em geral, são migrantes das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e têm o Maranhão como base, com quase 24%
(gráfico 2).
74

Gráfico 3

Segundo demonstram os gráficos (2 e 3), os flagrantes de trabalho escravo


entre 2003 e 2014 eram praticados principalmente nas atividades rurais, pecuária
(29%), cultivo de cana-de-açúcar (25%); soja e algodão somaram (19%).
Na divulgação do balanço o ministro Manoel Dias destacou ainda que o
Governo Federal está empenhado para que volte a ser divulgada a chamada “lista
suja” com os nomes das empresas que submeteram trabalhadores a condições
análogas às de escravo.
A lista criada em 2003 teve como objetivo divulgar os nomes das empresas
que foram autuadas pelo uso do trabalho análogo ao escravo a partir da fiscalização
do Ministério do Trabalho, mediante as autuações foram confirmadas após um
processo administrativo.
75

Segundo Mércia Silva, do Instituto Pacto Nacional para a Erradicação do


Trabalho Escravo (Inpacto), "A lista é simplesmente um instrumento de
transparência da ação do Estado, que tem a obrigação de fiscalizar e garantir
direitos trabalhistas".
A relação com o nome das empresas é publicada no site do Ministério do
Trabalho, que também comunica as infrações à Polícia Federal, ao Ministério
Público Federal, à Advocacia Geral da União e ao Ministério Público do Trabalho,
que podem entrar com outras ações e processos.
Explica o subprocurador-geral da República Oswaldo José Barbosa Silva, "O
violador está sujeito a ação penal, ação administrativa trabalhista e até ação civil".
Em reportagem à BBC Brasil o cientista político Leonardo Sakamoto (2015),
da ONG Repórter Brasil, disse que:

A lista suja combate o trabalho escravo, mas, mais do que isso, é um


instrumento de gerenciamento de risco para a atividade econômica
brasileira, porque ninguém quer se associar a empresas que usam trabalho
análogo à escravidão.

A empresa que foi flagrada com trabalho escravo pode estar sofrendo um
processo grande e pode não ter dinheiro no futuro para quitar empréstimos que
venha a tomar, se for condenada a pagar milhões. Era necessário que o mercado
brasileiro tivesse um instrumento para garantir esse controle.
Vale ressaltar que a partir da publicação da lista com os nomes, ONGS e
institutos e a OIT conseguem realizar o mapeamento das cadeias produtivas e de
abastecimento que tem origem no trabalho escravo.
Para a diretora de programas da ONG de direitos humanos Conectas Juana
Kweitel (2015), a relação tem um peso importante para o Brasil no cenário mundial,
e afirma: “A lista sempre foi vista como uma ferramenta eficaz e criativa
desenvolvida, de maneira pioneira, no Brasil. Era vista como um exemplo a ser
copiado”, disse. “Além do mais, era muito mencionada em relatórios da ONU como
uma política modelo”.
Em reportagem à BBC Brasil em 2015, o coordenador do programa de
combate ao trabalho escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no
Brasil Luiz Machado, afirma que: “a importância da relação de nomes é exercer
pressão sobre o mercado. Ela é considerada um instrumento muito poderoso, que
não encontramos em nenhum outro lugar no mundo”.
76

Afirma à BBC Brasil:

Ouvimos dos próprios empregadores que eles se preocupam mais com o


fato de ter o nome na lista do que com as multas. As multas são irrisórias,
principalmente as trabalhistas. E a condenação penal, que deveria estar
sendo posta em prática e reforçada, não tem sido aplicada devidamente.

No final de 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, por liminar,


a publicação do documento atendendo a ação protocolar da Associação Brasileira
de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), que alegou suposta inconstitucionalidade
da lista.
O pedido da liminar relata que houve usurpação das competências do Poder
Legislativo, extrapolando o inciso II, do artigo 87, da Constituição Federal de 1988 e
a inconstitucionalidade da Portaria MTE nº 540, o Presidente da Corte Min. Ricardo
Lewandowski, ao conceder liminar na ADI 5209, alega em sua decisão que não há
lei formal que regulamente a portaria, esta é a integra da decisão liminar:

Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida


cautelar, ajuizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias
– ABRAINC contra a Portaria Interministerial MTE/SDH n° 2, de 12 de maio
de 2011, bem como da Portaria MTE n° 540, de 19 de outubro de 2004,
revogada pela primeira.
O ato impugnado, que “Enuncia regras sobre o Cadastro de Empregadores
que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo e
revoga a Portaria MTE n° 540, de 19 de outubro de 2004”, autoriza o MTE a
atualizar, semestralmente, o Cadastro de Empregadores a que se refere, e
nele incluir o nome de empregadores que tenham submetido trabalhadores
a condições análogas à de escravo.
A requerente alega ofensa ao artigo 87, inciso II; ao artigo 186, incisos III e
IV, ambos da Constituição Federal; aos princípios da separação dos
poderes, da reserva legal e da presunção de inocência.
Sustenta que os Ministros de Estado, ao editarem o ato impugnado,
“extrapolaram o âmbito de incidência do inciso II, do artigo 87, do Texto
Constitucional, eis que inovaram no ordenamento jurídico brasileiro,
usurpando a competência do Poder Legislativo”.
Afirma, além disso, que “o pedido de declaração de inconstitucionalidade da
Portaria não significa menosprezo à legislação nacional e internacional de
combate ao trabalho escravo, e muito menos uma defesa de prática tão
odiosa”, mas sim prestígio aos princípios fundamentais da República
Federativa do Brasil mitigados pelos Ministros de Estado que, por meio
impróprio, legislaram e criaram restrições e punições inconstitucionais.
Assevera, dessa forma, que “assim como é inconcebível que empregadores
submetam trabalhadores a condições análogas às de escravo, também é
inaceitável que pessoas sejam submetidas a situações vexatórias e
restritivas de direitos sem que exista uma prévia norma legítima e
constitucional que permita tal conduta da Administração Pública”.
Nessa linha, alega que a inscrição do nome na “lista suja” ocorre sem a
existência de um devido processo legal, o que se mostra arbitrário, pois “o
simples descumprimento de normas de proteção ao trabalho não é
conducente a se concluir pela configuração do trabalho escravo”.
77

Defende, ainda, que a inclusão de uma pessoa em tal lista, sem o respeito,
ao devido processo legal, vulnera o princípio da presunção de inocência.
Ao final requer a concessão da medida cautelar para suspender os efeitos
das Portarias 2/2011 e 540/2004, até o julgamento final da ação direta, e, no
mérito, a declaração, em caráter definitivo, da inconstitucionalidade dos atos
impugnados.
Os autos foram encaminhada pela Secretaria Judiciária ao Gabinete da
Presidência, nos termos do artigo 13, VIII, do RISTF.
É o relatório necessário. Decido.
Inicialmente, entendo que a Requerente possui legitimidade para a
propositura de ação direta de inconstitucionalidade, pois, dos documentos
juntados, verifica-se a existência de nexo entre o objeto da presente ação
direta e os seus objetivos institucionais, além da presença de suas
associadas em número suficiente de estados, apta a comprovar o seu
caráter nacional.
Nesse mesmo sentido, destaco a decisão da ADI 3102, da Relatoria do
Ministro Dias Toffoli, em hipótese em tudo semelhante à presente, cuja
decisão reconheceu a legitimidade de associação composta por empresas
distintas, desde que presente em mais de nove estados da federação, o que
constatado no caso em apreço.
Passo, portanto, ao exame do pedido de liminar.

Diante dos argumentos do STF e da independência dos poderes, deve o


legislativo regulamentar o teor da referida portaria atribuindo a eficácia necessária à
sua aplicação, justificando a inclusão do nome das pessoas físicas e jurídicas
flagradas na prática do trabalho análogo à condição de escravo na lista suja.
O presente trabalho detalha o perfil do trabalhador escravo contemporâneo e
faz um resumo dos principais desafios a serem enfrentados no combate a esta
prática no ano de 2015. Dentre os principais desafios está o de aumentar o número
de auditores-fiscais do trabalho. Segundo a Repórter Brasil (2014), o número de
vagas oficialmente existentes é de 3644, mas apenas 2782 estavam preenchidas,
ressaltando que existiam 862 vagas desocupadas.
O número de fiscais desde a década de 1990, nunca esteve tão baixo. Em
1996, o número de fiscais chegou a 3464. Houve altos e baixos nos últimos anos,
mas de 2011 para cá esse número só vem caindo (gráfico 4).
Gera um déficit enorme a demora na realização de concursos, tornando-se
um dos principais motivos para a falta de auditores-fiscais, que se aposentam e os
cargos vagos se acumulam.
78

Gráfico 4

O problema fica mais evidente quando se compara o número de fiscais com


a população ocupada, que em 1992 era de 65 milhões saltando para 96 milhões em
2012 (gráfico 5).
Proudhon constatou no século XIX que a relação entre capitalistas e
trabalhadores gerava a desigualdade social, um dos grandes males da sociedade.
Afirma que são três as causas da desigualdade social: 1º) a apropriação gratuita das
forças coletivas; 2º) a desigualdade nas trocas; 3º) o direito ao lucro ou à fortuna.
Através do trabalho assalariado, o capitalista paga o mínimo possível aos
trabalhadores obtendo o maior lucro possível do excedente do trabalho, chamado de
mais valia. Para aumentar seu lucro o capitalista deve ter o menor custo e vender o
produto pelo maior preço que o mercado pode pagar. Há vários recursos para que o
capitalista aumente seus lucros, e um deles é aumentar a produtividade e baixar
seus custos de produção.
Além de criar desigualdades sociais o capitalismo baseia-se pela dominação
79

e consequentemente pela exploração, a primeira acontece quando uma pessoa


utiliza-se da força de trabalho de outrem, do seu tempo para a realização de seus
objetivos. A exploração se dá quando o capitalista usa da força de trabalho para o
seu enriquecimento, portanto, significa dizer que é a exploração daquele que detém
o capital em relação àquele que só possui a força produtiva.
O capitalismo, como um sistema que reproduz a injustiça, separa o trabalho
manual do intelectual. Esta separação advém da educação, visto que há educação
diferente para ricos e pobres. Sendo assim, Miranda (2013) apud Bakunin, diz:

enquanto houver dois ou vários graus de instrução para as diferentes


camadas da sociedade, haverá necessariamente classes, quer dizer,
privilégios econômicos e políticos para um pequeno número de afortunados,
e a escravidão e a miséria para a maioria.

Em contrapartida, os menos capacitados ocupam as piores vagas oferecidas


pela cadeia produtiva e devida a vulnerabilidade a que estão submetidos se sujeitam
ao subemprego, tornando-se presas fáceis para os aliciadores e submetidos a
condição degradante de trabalho.

Gráfico 5

A proporção de fiscais diminuiu consideravelmente, em 2012 quando foram


divulgados os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
do IBGE, a média não passava de 0,3 fiscais para cada 10.000 trabalhadores
80

(gráfico 6).

Gráfico 6
O vice-presidente do SINAIT, Carlos Silva, diz que o quadro de profissionais
que fiscalizam o cumprimento da legislação trabalhista no país, encontra-se em total
colapso. Com isso “não conseguimos dar conta da demanda que se apresenta para
nós. O trabalhador fica desassistido”.
Confirmando o que disse o vice-presidente do SINAIT, em nota o MTE
declarou a Repórter Brasil que:

o número de auditores fiscais do trabalho é insuficiente para atender a


demanda da inspeção do trabalho. A inspeção do trabalho contribui para a
redução dos índices de informalidade no mercado de trabalho, garantindo a
milhares de trabalhadores por ano o trabalho decente, com direitos
trabalhistas e previdenciários respeitados.

Para Roberto Bignami (2015), coordenador do Programa de Erradicação do


Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em
São Paulo, a situação é definida como “extremamente grave”. O Estado de São
Paulo conta com somente quatro auditores com dedicação integral à fiscalização de
trabalho em condições análogas às de escravo. A falta de fiscais dificulta a apuração
da grande quantidade de denúncias relacionadas ao crime. Apesar da pequena
quantidade de fiscais dedicados ao trabalho escravo, só em 2013 foram resgatadas
81

427 vítimas, o que equivale a 15% do total de trabalhadores escravizados em todo o


país.
Bignami (2015) afirma que devido à cadeia produtiva da indústria têxtil estar
pulverizada, acaba levando a disseminação das condições de trabalho análoga à de
escravo neste setor. A produção antes realizada em fábricas, hoje está fracionada e
realizada em domicílios.
O pagamento realizado pelo trabalho é baseado na produção e leva a
jornadas excessivas de trabalho, sem o oferecimento de condições mínimas de
segurança e saúde.
A submissão a esse tipo de trabalho, conhecido como “sistema de suor”
(termo oriundo do inglês sweating system), ocorre com mais frequência entre
trabalhadores estrangeiros.
Segundo análise do coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho
Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo
(SRTE-SP) Roberto Bignami (2015):

é um tipo de trabalho que, basicamente, o trabalhador nacional já não


aceita. Ele acaba atraindo o estrangeiro e, principalmente, o mais humilde.
É o imigrante econômico, que buscam melhores condições do que a de seu
país. A gente tem um nicho muito grande de trabalhadores andinos,
basicamente bolivianos, paraguaios, peruanos.

Devido ao grande número de trabalhadores sujeitos a essa condição no


setor têxtil, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo instaurou uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), após o relatório final a comissão chegou a
conclusão de que existia entre 12 e 14 mil locais de trabalho que são confundidos
com residências, envolvendo condições extremas de opressão e salários miseráveis
em inglês chamados de sweatshops.
O relatório aponta que o empregador que utiliza mão-de-obra escrava lucra
em torno de R$ 2.300,00 por mês por cada trabalhador, em relação àqueles que
respeitam a legislação.
Em novembro do ano passado um dos últimos casos verificado, foi o das
Lojas Renner. Na operação realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego em São Paulo (SRTE-SP), foram resgatados 37 trabalhadores bolivianos
em uma oficina de costura localizada na zona norte da capital paulista.
82

Avalia Bignami (2015), “atacar esse sistema de produção implica,


necessariamente, na responsabilização jurídica, solidária de toda a cadeia produtiva
pelas condições de trabalho nela realizada. Este é o ponto principal”.
No caso da Renner, o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou Termo de
ajustamento de conduta (TAC) com as empresas da linha de produção da loja,
confecções Kabriolli Indústria e Comércio de Roupas e a Indústria Têxtil Betilha.
Embora tenha sido assinado o TAC a Renner não está isenta de
responsabilidade.
O número de fiscais no Brasil é insuficiente e está descumprindo a
Convenção nº 81 da Organização Internacional do Trabalho, que foi ratificada pelo
país em 1989.
Apesar da convenção ser ratificada por diversos países, ela não determina o
número exato de fiscais trabalhistas que cada país deve manter, mas o art. 10 diz:

O número de inspetores de trabalho será o suficiente para permitir o


exercício eficaz das funções de serviço de inspeção e será fixado tendo-se
em conta:
a) a importância das tarefas que os inspetores terão de executar,
notadamente:
I) o número, a natureza, a importância e a situação dos estabelecimentos
sujeitos ao controle da inspeção;
II) o número e a diversidade das categorias de trabalhadores ocupados
nesses estabelecimentos;
III) o número e a complexidade das disposições legais cuja aplicação deve
ser assegurada;
b) os meios materiais de execução postos à disposição dos inspetores;
c) as condições práticas nas quais as visitas de inspeção deverão se efetuar
para ser eficazes.

Segundo o procurador Ilan Fonseca (2014), o MPT considera que o ideal


seria ter o máximo possível de auditores, dentro dos critérios estabelecidos pela
OIT.
83

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os valores sociais do trabalho e a dignidade da pessoa humana estão


banalizados na sociedade contemporânea. Os fatores preponderantes para explicar
este fato é o modo de produção capitalista que tem avançado a cada dia. A ambição
pelo poder e dinheiro faz com que pessoas que tem um status mais elevado
explorem aqueles menos favorecidos social e economicamente e vivem em
situações de vulnerabilidade, devido sua ignorância quanto a informação e
formação, acabam sendo enganados e com isso enriquecendo os grandes
proprietários de terras e empresários.
Por isso, utilizam o trabalho escravo como mão de obra barata para custear
os meios de produção, e findam reduzindo pessoas a trabalhos brutais, desumanos,
forçados e degradantes que atingem fazendeiros e empresários flagrados nessa
prática, vale ressaltar que os animais e os plantios são mais bem tratados que os
próprios trabalhadores. Aí está a desvalorização da pessoa humana!
A escravidão antiga foi marcada por grandes tragédias envolvendo índios e
negros que sofriam dia e noite com torturas, bolas acorrentadas nos pés para não
fugir, com horas árduas de trabalho forçado, sem condições nenhuma de se
reconhecer como pessoa, pois o negro/índio era objeto e propriedade dos senhores
de engenho. Período onde não se cogitava a ideia de valor humano e do trabalho,
pois as pessoas eram reduzidas a nada e com a sua liberdade de locomoção
privada.
O trabalho escravo hodierno não só subtrai do ser humano sua liberdade,
bem como sua dignidade, no entanto não é de se espantar, esta pratica é mais
atuante do que possamos imaginar, apenas com outras roupagens, se não mais
grave. Atualmente, se denomina trabalho análogo a condição de escravo de forma
degradante, trabalho forçado e jornadas exaustivas e, é executado através do “gato”
que são aliciadores que contratam e firmam a relação de trabalho com propostas
promissoras, sendo que , mas a frente são submetidos a privação da liberdade por
executar as atividades distantes das cidades, tem seus documentos retidos, o
alojamento é precário, a água e alimentação é precária e contaminada, e pior, hoje
enfatiza o trabalho análogo a condição de escravo por ferir o princípio basilar da
dignidade da pessoa humana que é fundamental para a valorização do trabalhador.
84

Os trabalhadores submetidos à condição análoga à de escravo são tratados


de forma sub-humana, sem qualquer de cuidado ou garantia de suas vidas.
Os trabalhadores são aliciados mediante promessa de excelentes
vantagens, por isso deixam seus lares, em geral situados em regiões pobres e
distantes da contratação, já começam a relação laboral com dívida junto ao patrão,
os locais de trabalho são de difícil acesso, iniciando assim a escravidão por dívida, e
endividam-se ainda mais, com a alimentação, roupas, remédios e material para o
trabalho sob a promessa de excelentes vantagens por parte dos aliciadores, sendo
impedidos de voltar à terra natal por causa da dívida contraída.
O empregado submetido ao regime de trabalho escravo não tem a
percepção da situação ilegal a que está submetido e, se tem percepção da situação
de descaso com a dignidade humana, não se desprende desse regime por receio do
futuro incerto sobre sua situação laboral.
É essencial aos trabalhadores a adequada proteção para o seu exercício
laboral bem como ter seus direitos trabalhistas resguardados, tais como: jornada de
trabalho normal, condições razoáveis de moradia, alimentação e higiene.
Nesse sentido, vislumbrando garantir o mínimo ao empregado, as ações
afirmativas devem ser capazes de iniciar a construção de uma sociedade livre justa
e solidária, erradicar a pobreza e a marginalização, bem como reduzir as
desigualdades sociais e regionais, conforme preceitos destacados no art. 3º, I e III,
da Constituição Federal de 1988.
A alteração do artigo 149 do Código Penal Brasileiro ampliou a proteção à
dignidade da pessoa humana, devido à tendência contemporânea de buscar de
formas cada vez mais eficientes à proteção dos direitos humanos, devendo ser
compreendida no contexto desse conjunto mínimo de direitos do ser humano.
As fiscalizações encontram no setor têxtil o maior número de trabalhadores
em condição análoga à de escravo, produzindo roupas de marcas para empresas
conhecidas. Segundo à Repórter Brasil são 20 as marcas encontradas fazendo uso
da mão-de-obra análoga a escrava, como: Renner, As Marias, Seiki, Unique Chic, M.
Officer, Fenomenal, Le Lis Blanc e Bo.Bô, Cori, Emme, Luigi Bertolli, Gangster,
Hippychick, Talita Kume, Gregory, Zara do grupo espanhol Inditex, Collins,
Pernambucanas, 775 e Marisa.
Devido ao grande número de trabalhadores na condição de análogo à
escravos encontrados nas fiscalizações da SRTE-SP, em 2014 a Assembleia
85

Legislativa do Estado de São instaurou CPI, que chegou a conclusão de que existem
entre 12 a 14 mil estabelecimentos com características residenciais que envolvem
submissão e baixos salários.
As operações na capital paulista surgiram justamente de uma operação
realizada no interior de São Paulo, na cidade de Americana, onde foram
encontrados 52 trabalhadores em condições degradantes, parte dos trabalhadores
trabalhava na produção de calças para a Zara.
A ação de fiscalização torna-se exemplar e educativa para todo o setor da
indústria têxtil, pois se trata de uma empresa com atuação no mundo todo.
Complementa Giuliana, a ação serve também para mostrar a proximidade da
escravidão com pessoas comuns, por meio dos hábitos de consumo. "Mesmo um
produto de qualidade, comprado no shopping center, pode ter sido feito por
trabalhadores vítimas de trabalho escravo".
Ao passar em frente à vitrine de uma das Lojas Zara, vendo aquelas
confecções de tecidos finos e da estação, não chega a imaginar que possam ser
elas produzidas em ambientes apertados, sem ventilação, sujos, com crianças
circulando entre as máquinas de costura e fiação elétrica exposta. Principalmente,
porque são caras.
Nas fiscalizações são encontradas, contratações ilegais, trabalho infantil,
condições degradantes, jornadas exaustivas de até 16h diárias e cerceamento de
liberdade (seja pela cobrança e desconto irregular de dívidas dos salários, o truck
system, seja pela proibição de deixar o local de trabalho sem prévia autorização).
O que se constatou nessas fiscalizações é que os trabalhadores são
proibidos de sair de casa, para tanto necessitam de autorização dos donos das
oficinas, que ocorrem apenas nos casos urgentes. Todos estes submetidos a
condição análoga à de escravo em sua maioria são andinos, provenientes de países
como Bolívia, Peru e Paraguai. Deixam seus países em busca de melhores
condições de vida, vem em busca do “sonho brasileiro”.
O relatório de fiscalização da SRTE-SP destaca como é nítida a atitude
empresarial de discriminação. Todos os trabalhadores brasileiros encontrados
trabalhando em qualquer um dos pontos da cadeia produtiva estavam devidamente
registrados, com jornadas de trabalho condizentes com a lei, e garantidos em seus
direitos trabalhistas e previdenciários.
86

Por outro lado, os trabalhadores imigrantes indígenas encontram-se em


situação de trabalho deplorável e indigno, em absoluta informalidade, jornadas
extenuantes e meio ambiente de trabalho degradante.
Nesse sentido pode-se mencionar que o Governo Federal, assim como as
instituições que compõem a CONATRAE, tem atuado no combate repressivo com
uma forte função preventiva, buscando cumprir as leis e promover a Justiça.
Mesmo com todos os mecanismos já existentes para o combate ao trabalho
escravo, deve-se realizar discussões sobre a forma de repressão, melhorar as
estratégias de fiscalização e responsabilização dos culpados, além de uma
articulação responsável entre os órgãos governamentais envolvidos. Com essas
ações, ampliam-se e reforçam-se as estruturas já existentes, bem como se contribui
para a institucionalização do combate ao trabalho escravo transformando o tema,
muito mais do que uma política governamental, em um compromisso de Estado.
É importante restabelecer a ordem dos valores humanos e a prevalência dos
princípios fundamentais da dignidade da pessoa humana e do valor social do
trabalho. São medidas essenciais para acabar com a impunidade e erradicar o
trabalho escravo e desumano.
87

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8e56b5905129/Cartilha%2BAlterada_3-
1.pdf?MOD=AJPERES&CONVERT_TO=url&CACHEID=11344af7-b9d7-4fcc-8ebe-
8e56b5905129>. Acesso em: 07 set 2015

REPÓRTER BRASIL. Escravo nem pensar. Trabalho escravo no Brasil. Disponível


em: <http://www.escravonempensar.org.br/sobre-o-projeto/o-trabalho-escravo-no-
brasil/>. Acesso em: 11 nov 2015

REPÓRTER BRASIL. Escravo, nem pensar! Uma abordagem sobre trabalho


escravo contemporâneo na sala de aula e na comunidade. 2a. Edição Atualizada
2012. Disponível em <http://reporterbrasil.org.br/wp;-
ontent/uploads/2015/02/livro_escravo_nem_pensar_baixa_final.pdf>. Acesso em: 15
out 2015

REPÓRTER BRASIL. Número de fiscais do trabalho despenca e MPT aciona Justiça


para garantir contratações. Disponível em:
<http://reporterbrasil.org.br/2014/06/numero-de-fiscais-do-trabalho-despenca-e-mpt-
aciona-justica-para-garantir-contratacoes/>. Acesso em: 15 nov 2015

REPÓRTER BRASIL. 20 marcas da indústria têxtil que foram flagradas fazendo uso de
trabalho escravo. Disponível em:
http://justificando.com/2015/10/23/20-marcas-da-industria-textil-que-foram-flagradas-
fazendo-uso-de-trabalho-escravo-/>. Acesso em: 23 nov 2015

REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. LABOR. BRASÍLIA: Gráfica


Movimento, 2013. Ano 1. Nº 1.

REVISTA EM DISCUSSÃO. Cadeia produtiva das lojas Marisa utiliza trabalho


escravo. Disponível em:
<http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-escravo/casos-
atuais-de-escravidao/lojas-marisa.aspx>. Acesso em: 20 nov 2015.

REVISTA EM DISCUSSÃO. Trabalho escravo atualmente. Disponível


em<http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-
escravo/trabalho-escravo-atualmente.aspx.>. Acesso em: 20 nov 2015

RIBEIRO, Antônio Carlos Evangelista. Trabalho escravo. 2006. Disponível em:


<https://www.portalbrasil.net/2006/colunas/administracao/junho_16.htm>. Acesso em
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93

RICHARD, Ivan. Em duas décadas, fiscais resgataram do trabalho escravo quase 50


mil pessoas. Repórter da Agência Brasil. 2015. Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-01/em-duas-
decadas-fiscais-resgataram-do-trabalho-escravo-quase-50-mil>. Acesso em: 11 nov
2015.

SAKAMOTO, Leonardo Moretti. ONG. REPÓRTER BRASIL. Escravo, nem pensar!


Uma abordagem sobre trabalho escravo contemporâneo na sala de aula e na
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SANTANA, Raquel Santos de. A dignidade da pessoa humana como princípio


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2011. <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7095/Dignidade-da-Pessoa-
Humana-do-conceito-a-sua-elevacao-ao-status-de-principio-constitucional>. Acesso
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SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Trabalho escravo: a abolição Necessária: uma análise


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SCOTTÁ, Guilherme. Conhecendo melhor uma outra esfera da ciência social, a


Sociologia do Trabalho. Disponível em: <http://www.sociologia.com.br/sociologia-do-
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04 set 2015
94

ANEXOS
Anexo A

Barraca onde trabalhadores estavam alojados, divulgada pela ONG Repórter Brasil.
95

Anexo B

Mão de trabalhador machucada pelo trabalho e água que ele bebe, divulgada pela ONG Repórter
Brasil
96

Anexo C

Pará - 2010. Trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo libertados durante ação do
Ministério do Trabalho e Emprego. Foto: Renato Alves / MTE
97

Anexo D

Junho de 2010: trabalhadores escravizados em fazenda de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul


recebem suas refeições. Foto: Joao Roberto Ripper/Imagens Humanas

Anexo E

Ação dos fiscais do trabalho de SP que resultou na autuação da Marisa flagrou imigrantes
trabalhando em condições degradantes. Foto: Maurício Hashizume /Repórter Brasil
98

Anexo F

Foto: Agência Brasil

Anexo G

Fazenda Bandeirante, localizada em Chupinguaia, em Rondônia


99

Anexo H

Repórter Brasil - Lista Suja do Trabalho Escravo

Está suspensa a eficácia da Portaria Interministerial MTE/SDH nº 2, de 12 de maio de 2011 e da portaria MTE nº 540, de 19 de
outubro de 2004, que regulam a 'lista suja', por decisão liminar e individual do Ministro Lewandowski durante o recesso do
Judiciário.

CNPJ ou CPF Número de


Nome da ou CEI trabalhador Ramo de
Proprietário Localização Município Estado
propriedade (apenas os es atividade
números) envolvidos
Zona Rural do Criação de
A. B. de Maranhão 070483740001
Fazenda Nativa III Povoado Centro Santa Luzia 10 bovinos para
Carvalho (MA) 26
do Flor corte
A.R.O.B.
Serviço e Montes Maranhão 030451210001 Construção
- zona rural 19
Construção Altos (MA) 48 civil
Ltda
Criação de
bovinos para
Novo
Abdon Lustosa Zona Rural, corte, criação
Fazenda Sossego Repartimen Pará (PA) 19160801115 26
Neto Vicinal Tuere de suínos e
to
exploração
florestal
Estrada da
Mineração,
margem
esquerda, km Produção de
Abel Cordeiro Fazenda Nova Paragomin
28, com acesso Pará (PA) 56093829987 8 Carvão
da Silva Filho Canaa as
pela Rod BR Vegetal
010, distante 40
km do trevo de
Paragominas
BR-222, km
Adailto Dantas 109, Povoado Maranhão Criação de
Fazenda São Jorge Santa Luzia 09190619587 45
de Cerqueira São Miguel, (MA) bovinos
Zona Rural
Rod BR 222,
km 513,
Adailto Dantas Fazenda Povoado de Maranhão
Santa Luzia 09190619587 12 Pecuária
de Cerqueira Saramandaia Santo Onofre, (MA)
zona rural de
Santa Luzia
Santa
Rod. SC-428, Cultivo de
Adão de Góes - Imbuia Catarina 59227559949 28
Zona Rural cebola
(SC)
Chapada das
Mangabeiras, Cultivo de
Adão Ferreira Barreiras
Fazenda Ipê zona rural de Piauí (PI) 03902293187 10 soja, milho e
Sobrinho do Piauí
Barreiras do arroz
Piauí
Lote 48 da
Suçuapara Criação de
Adelino Gomes Fazenda Santana do
Agropastoril Pará (PA) 02633663168 56 bovinos para
de Freitas Campelobo Araguaia
Ltda - Zona corte
Rural
Ademar Amazonas Criação de
Fazenda Guaxuba Zona Rural Lábrea 01380407532 2
Almeida Freire (AM) bovinos
Ademir
Fazenda Ouro São Paulo Cultivo de
Andrade de Zona Rural Itirapuã 70570493668 26
Verde (SP) café
Oliveira
Rod. GO-164, São Miguel Produção de
Goiás
Ademir Furuya Fazenda Araponga km 313, mais 6 do 31107338115 11 carvão
(GO)
km à direita, Araguaia vegetal
100

zona rural
Adenilson Criação de
Fazenda Santa Cumaru do
Rodrigues da Zona Rural Pará (PA) 46960724104 154 bovinos para
Rosa do Pará Norte
Silva corte
Estrada
Mato Produção de
Admir Ferreira Fazenda Engenho Camapuã -
Camapuã Grosso do 20571321100 12 carvão
Lino de Ferro Aerado - Zona
Sul (MS) vegetal
Rural
Mato
AG Construtora 087155740001 Construção
Fazenda Toledo - Tapurah Grosso 16
Ltda. ME 58 civil
(MT)
Minas Cultivo de
Agrisul 047731590004
- Zona Rural Fronteira Gerais 55 cana-de-
Agrícola Ltda 42
(MG) açúcar
Santa
Agro Mercantil Rod. BR-153, 835071370001 Extração
- Concórdia Catarina 6
Baseggio Ltda. km 97 64 vegetal
(SC)
Cultivo de
cana-de-
Agrocana JFS Rua Marilu da Goiás 053514940001
Agrocana JFS Ceres 36 açúcar e
Ltda Silva 160 - A (GO) 72
fabricação de
álcool
Produção de
Agroflorestal Manoel 149432010001
Fazenda Cadore Zona Rural Piauí (PI) 26 carvão
MR Ltda Emídio 37
vegetal
Agropecuária Rod. Estrada Criação de
Chupinguai Rondônia 044183980001
Corumbiara - Vicinal Usina do 5 bovinos para
a (RO) 31
S/A Álcool, Km 110 corte
Agropecuária Rod. MT-388, Mato Cultivo de
Campos de 001981890001
Pôr do Sol - Alto Juruena, Grosso 249 cana-de-
Júlio 79
Ltda. ME zona rural (MT) açúcar
Rod BR 317,
Agropecuária km 437, zona Boca do Amazonas 054475940001
Fazenda Recreio 12 Pecuária
União Ltda rural de Boca Acre (AM) 05
do Acre
Estrada BR 4,
Agropecuária km 2, zona rural Boca do Amazonas 054475940001
Fazenda União 74 Pecuária
União Ltda de Boca do Acre (AM) 05
Acre
Agrovale - Cia. Cultivo de
Ceará 077989940001
Industrial Vale Fazenda Araçás Zona Rural Paracuru 141 cana-de-
(CE) 82
do Curu açúcar
Zona rural de
Ailton de Paula São Felix Desmatament
Fazenda Monello São Félix do Pará (PA) 03541711191 90
Souza do Xingu o
Xingu
Criação de
bovinos e
Goiás
Alberto Vilela Fazenda Faustinos Zona Rural Doverlândia 29209498100 8 produção de
(GO)
carvão
vegetal
Alcap Rio de
Av. Rio Branco, Rio de 151923500015 Construção
Empreiteira - Janeiro 6
185, Centro Janeiro 7 Civil
Ltda (RJ)
Fazendas Reunidas Criação de
Alcides Maranhão
São Marcos e São Zona Rural Carutapera 05059720772 18 bovinos para
Reinaldo Gava (MA)
Bento corte
Rod MT 208,
Alcides Nova Mato
km 120, zona
Spressão Fazenda Santa Rita Monte Grosso 92440827800 5 Pecuária
rural de Nova
Júnior Verde (MT)
Monte Verde
Alcione Swinka Fazenda Alcione Ramal do Boi, Amazonas extração
Lábrea 28864654291 11
Ferreira Swinka Ferreira Km 74 (AM) vegetal
Alcopan Álcool Fazenda Olho Estrada Mato 374972370001 Cultivo de
Poconé 318
do Pantanal D´Água Coenge, km 16 Grosso 30 cana-de-
101

Ltda (MT) açúcar e


fabricação de
álcool
Alcopan Álcool Mato
Área de colheita de Distrito de 374972370001 Produção de
do Pantanal Poconé Grosso 28
cana de açúcar Chumbo 30 álcool
Ltda (MT)
Mato
Aldo Pedreschi Fazenda Três Rios - Canarana Grosso 01527959872 8 Pecuária
(MT)
Santa Rita Produção de
Alex Faria Tocantins
Fazenda Imperial Zona rural do 7174009646 12 carvão
Costa (TO)
Tocantins vegetal
Criação de
bovinos para
Alexandre
Fazenda Rancho BR 010 - Vila corte e
Luciano dos Dom Eliseu Pará (PA) 03211860100 13
da Prata Ligação produção de
Santos Prata
carvão
vegetal
Rod. BR 317, Criação de
Alexandre
Fazenda Jaborandi km 130, zona Xapuri Acre (AC) 33987831200 4 bovinos para
Menini Vilela
rural corte
Rod. GO 334,
Produção de
Alfredo Caiado km 35, zona Goiás
Fazenda Tesouras Araguapaz 70856532134 8 Carvão
Paranhos Filho rural de (GO)
Vegetal
Araguapaz
Aliança
Av. Imperatriz, João Maranhão 373959930001 Construção
Engenharia e - 10
811, Centro Lisboa (MA) 58 civil
Serviços Ltda
Criação de
bovinos para
Aloísio Miranda corte e
Fazenda Água Boa Zona Rural Marabá Pará (PA) 87156040634 10
Medeiros produção de
carvão
vegetal
Alonso Souza Fazenda Bom
Zona rural Rio Branco Acre (AC) 1121600263 1 Pecuária
da Rocha Futuro
Rio de
Aloysio Santos Fazenda Pedra Cultivo de
Zona rural Bom Jardim Janeiro 9280260782 20
Erthal Lisa café
(RJ)
Produção de
Alrino Pereira Eldorado
Carvoaria do Alrino Zona rural Pará (PA) 51568071191 11 carvão
da Rocha dos Carajás
vegetal
Produção de
Alsis Ramos Rod BR 222 Km Maranhão
Carvoaria do Alsis Açailândia 22437630368 2 carvão
Sobrinho 25 - Zona Rural (MA)
vegetal
Criação de
Alsoni José São Felix
Fazenda Cajazeira Zona Rural Pará (PA) 00836931220 41 bovinos para
Malinski do Xingu
corte
Vicinal de
acesso à Criação de
Altair Pimenta São Félix
Fazenda Lua Nova Ladeira Pará (PA) 07643055149 6 bovinos para
Lima do Xingu
Vermelha, km corte
83, zona rural
Produção de
Altino Cândido Fazenda Gerais I e Loteamento Crixás do Tocantins
4097931679 7 carvão
Pereira II Dueré Tocantins (TO)
vegetal
Área de cultivo
Altino Coelho de dendê na Cultivo de
- Moju Pará (PA) 05656800210 15
de Miranda zona rural de dendê
Moju
Santa
Alvir Ferreira Distrito de São Colheita de
- Porto União Catarina 31088910904 9
de Mello Miguel da Serra erva-mate
(SC)
Alvorada do Destilaria Alvorada Minas 217061550001 Produção de
zona rural Guaranésia 33
Bebedouro SA do Bebedouro Gerais 18 álcool
102

- Açúcar e (MG)
Álcool
BR-364, Gleba Mato Criação de
Amauri Fazenda Nossa Nova
Velha, Zona Grosso 56022433720 3 bovinos para
Salvador Senhora de Fátima Lacerda
Rural (MT) corte
Ambiental
Paraná 760139370001 Plantio e
Paraná - Morro Grande Cerro Azul 16
(PR) 63 corte de pinus
Florestas S.A.
Rua Coronel
Amira Fares Emídio São Paulo 028970030001
Oficina de costura São Paulo 6 Setor têxtil
Kabbara Piedade, 92, (SP) 03
Pari
Ana Salete Ramal
Amazonas
Miotto Fazenda Biribas II Jequitibá, s/n, Lábrea 36964387900 4
(AM)
Lorenzetti zona rural
André
Guimarães Obra no Av. Garcia Minas
Juiz de 033167100001 Construção
Construções, Hipermercado Rodrigues Gerais 45
Fora 13 civil
Montagens e Atacadão Paes, 12.416 (MG)
Serviços Ltda
Zona rural de Pirassunun São Paulo Cultivo de
André Hayata Sítio São José 22487171804 26
Pirassununga ga (SP) tomate
Ângela de Mato Criação de
Porto
Castro Cunha Fazenda Bocajá Zona Rural Grosso do 01175561819 8 bovinos para
Murtinho
Fachini Sul (MS) corte
Ângelo Minas Produção de
Fazenda Três Santa Fé
Augusto da Zona rural Gerais 73478180600 2 carvão
Riachos de Minas
Silva (MG) vegetal
Mato
Anibal Zona rural de
Fazenda Campinas Corumbá Grosso do 00407402853 10 Pecuária
Zacharias Corumbá
Sul (MS)
Anomildo Fazenda Santa Zona rural de
Goianésia Pará (PA) 01608576191 18 Pecuária
Pimenta Maria Goianésia
Povoado Barro Criação de
Antônio Aprígio Fazenda Barro Maranhão
Branco, Zona Santa Luzia 04435290359 11 bovinos para
da Rocha Branco (MA)
Rural leite
Antônio Rod. BR 222 - Criação de
Bom Jesus Maranhão
Barbosa Fazenda Reluz km 100 a 48 km 46398066553 21 bovinos para
das Selvas (MA)
Passos a direita corte
Área de
extração de
madeira,
Reserva
Antônio Reserva Extrativista Extrativista do
Desmatament
Bezerra de do Riozinho do Riozinho do Altamira Pará (PA) 08513201472 13
o
Siqueira Anfrísio Anfrísio, divisa
entre
municípios de
Trairão e
Altamira
Antônio zona rural de Minas Cultivo de
Limeira do
Cabrera Mano Fazenda Bela Vista Limeira do Gerais 01898700877 184 cana-de-
Oeste
Filho Oeste (MG) açúcar
Antonio Carlos
criação de
Carvalho da Fazenda Carvalho Zona Rural Dom Eliseu Pará (PA) 02534649272 5
bovino
Silva
Rod. BR-158,
Mato
Antônio Carlos km 55, mais 15
Fazenda Taiaçu II Vila Rica Grosso 62791699872 10
Françolin km à direita,
(MT)
zona rural
Rod. BR 010, Produção de
Antônio Carlos Fazenda Pedra Tocantins
km 266, zona Natividade 61819085104 20 carvão
Lima Branca (TO)
rural vegetal
Antônio Carlos Fazenda Nova Espírito Cultivo de
Zona Rural São Mateus 33953414704 75
Martin Fronteira Santo café
103

(ES)
Rod. BR 222,
Antônio Carlos Rondon do
Fazenda Brasília Km 56, Zona Pará (PA) 37726200278 14 Pecuária
Pereira Pará
Rural
Criação de
Antônio das
BR 222 Km 85 - Maranhão bovinos e
Graças Fazenda Lagoinha Açailândia 07875916615 48
Zona Rural (MA) cultivo de
Almeida Murta
milho
Rua Rio Criação de
Antônio das
Grande, 900, Maranhão bovinos e
Graças Fazenda Lagoinha Açailândia 07875916615 65
CEP: 65930- (MA) cultivo de
Almeida Murta
000 milho
Carvoaria do
Antônio Produção de
Valdo, Rodovia Maranhão
Erisvaldo Fazenda Pampulha Açailândia 84843730378 7 carvão
BR-222, km 30, (MA)
Sousa Silva vegetal
Zona Rural
Antônio Produção de
Rondon do
Erisvaldo Carvoaria do Valdo Zona rural Pará (PA) 84843730378 7 carvão
Pará
Sousa Silva vegetal
Rod. BR 135,
Antônio Evaldo Maranhão
Fazenda Outeiro km 189, zona São Mateus 05643996391 11 Pecuária
de Macedo (MA)
rural
Rod. BR 317,
Criação de
Antônio Fábio Fazenda Santa km 10, Ramal Amazonas
Lábrea 20066503604 29 bovinos para
Gardingo Terezinha do Monte (km (AM)
corte
21), zona rural
Vicinal do Km
Antônio Feitosa Extração de
- 1418 da BR- Itaituba Pará (PA) 02860783334 5
Trigueiro madeira
163, Zona Rural
Antônio
Rod. BR 222, Bom Jesus Maranhão Cultivo de
Fernandes Fazenda Lagoinha 26319314672 27
km 80 das Selvas (MA) Milho
Camilo Filho
Antonio Zona Rural de
Bom Jesus Maranhão Cultivo de
Fernandes Fazenda Lagoinha Bom Jesus das 26319314672 13
das Selvas (MA) milho
Camilo Filho Selvas
Rodovia
Araguaína -
Antônio Gabriel Fazenda Três Carmolândi Tocantins Criação de
Carmolândia, 02520940182 4
de Paiva Corações a (TO) bovino
km 30, margem
direita
Antônio
Maranhão
Gonçalves de Fazenda União Gleba Ipuí II Carutapera 07632266372 1
(MA)
Oliveira
Estrada de
Antônio Criação de
- Boca do Acre, Rio Branco Acre (AC) 28378016900 16
Javorski bovinos
km 80, BR-317
Rod MG 400,
Minas
Antônio José Fazenda Atrás da km 30, à direita,
Buritis Gerais 23282070659 1 Pecuária
de Oliveira Serra 10 km, zona
(MG)
rural de Buritis
Antônio Produção de
Fazenda Santo Goianésia
Nascimento de Zona Rural Pará (PA) 48179671534 16 carvão
Hilário do Pará
Souza vegetal
Antônio Odalto
Cultivo de
Smith Perímetro Irrigado Alvorada do
- Piauí (PI) 14219549315 83 algodão
Rodrigues de do Gurguéia Gurguéia
herbáceo
Castro
Antônio Pereira Paragomin
Fazenda Atalaia II Zona rural Pará (PA) 61936995700 40 Pecuária
Vieira as
Antônio
Fazenda do Zona rural de Maranhão
Raimundo de Altamira 20563540397 6 Pecuária
Antônio Emídio Altamira (MA)
Alencar
Antônio Localidade de Santa 136277890001
- Canoinhas 5
Roberto Garrett Paula Pereira Catarina 57
104

- ME (SC)
Antônio Vieira Fazenda Boa zona rural de Maranhão Criação de
Bom Jardim 01381016391 22
Fortaleza Esperança Bom Jardim (MA) bovinos
Rod. BR 364,
Aparecido Fazenda Três km 113, Amazonas
Lábrea 27916880806 8 Pecuária
Albergoni Barras Seringal Santo (AM)
Antonio
Rio Manso,
Aparecido Distrito Mato
Rosário do Desmatament
Barbosa da Fazenda Paraíso Marzagão, zona Grosso 24434426834 10
Oeste o
Silva rural de Rosário (MT)
do Oeste
Rod GO 010,
Argemiro km 97, 5 km, à
Goiás Desmatament
Vicente Lopes Fazenda Água Fria direita, zona Vianópolis 24659053172 14
(GO) o
Júnior rural de
Vianópolis
Ari Fogaça da Doutor Paraná 079184700001 Plantio e
Fazenda Itapirapuã Zona Rural 6
Silva Sengés Ulysses (PR) 88 corte de pinus
Fazenda Boa
Arilson Alves Esperança Tocantins Cultivo de
- Arapoema 59032391100 5
da Silva (Fazenda Santo (TO) abacaxi
Antônio)
Rodovia BR-
Campo
Ariovaldo 050, km 171, Goiás Cultivo de
Fazenda Paineiras Alegre de 38880580906 24
Vignoto Peres lote 03 - Zona (GO) cebola
Goiás
Rural
Armando de Fazenda Boa Rod PA 256, km
Carvalho Esperança (Mundo 70, Vicinal da Tomé Açu Pará (PA) 10510443753 32 Pecuária
Osório Verde) Oriental, km 15
Arruda
Santa
Rodrigues Zona rural de 069575120001 Desmatament
Fazenda Pelotinhas Morrinhos Catarina 1
Participações Morrinhos 27 o
(SC)
Ltda
Folha 10,
ATS Serviços 016462040001 Criação de
Fazenda Tuerê Quadra 11, lote Marabá Pará (PA) 127
Ltda. 67 bovinos
25
Aurélio Rodovia PA-
Eldorado Criação de
Anastácio de Fazenda Iraque 150, km 60, Pará (PA) 04769112220 20
dos Carajás bovinos
Oliveira Zona Rural
BR 174, km
Barra do Prata Mato
Fazenda Lagoa do 208, zona rural Pontes e 546126350004
Agropecuária Grosso 10 Pecuária
Guaporé de Pontes e Lacerda 11
SA (MT)
Lacerda
Cultivo de
Belmiro São
Fazenda Guarani Zona rural Bahia (BA) 16291115034 44 algodão, soja
Catelan Desidério
e milho
Rod. BR 070,
Berc Etanol e
Fazendas Funil e Km 426, zona Goiás 090644470001 cana-de-
Agricultura Aragarças 143
Veredas rural de (GO) 07 açúcar
Ltda
Aragarças
Berquó Brom
Produção de
Advogados Goiás 120751200019
Fazenda Buriti Zona rural Ipameri 8 carvão
Sociedade Civil (GO) 6
vegetal
e Outros
Rua João
Bonissoni,
Biodiesel Brasil Biodiesel Brasil São Paulo 069289160001 Construção
2215, Distrito Pradópolis 9
Ltda Ltda (SP) 92 civil
Industrial de
Pradópolis
Bonamate
Santa
Indústria e 016500340001 Cultivo de
- Zona Rural Palmitos Catarina 11
Comércio de 94 erva-mate
(SC)
Erva Mate Ltda
Brasil Verde Brasil Verde Rodovia GO- Ipameri Goiás 016521970001 19 Extração e
105

Agroindústrias Agroindústrias 050, km 155 - (GO) 06 plantio de


Ltda Zona Rural eucalipto
alojamento Minas
Calixto e Dias Belo 045225440001
- localizado na Gerais 11 Metalurgia
Serviços Ltda Horizonte 74
Rua Treze, 99 (MG)
Carla
Ezequiela Gleba Cinco Mato Criação de
Fazenda Duas Peixoto de
Tiunilia Estrelas, Antiga Grosso 57114641168 11 bovinos para
Meninas Azevedo
Tavares Diniz Faz. BR-080 (MT) corte
Lemos Melo
Estrada de
Carlos Augusto Fazenda Lagoa Graja a Ceará
Granja 14095041315 85 Extrativismo
da Paz Rocha Rasa Paracoá, zona (CE)
rural
Rod PR 343,
Carlos e Silva 039811820001 Construção
Carlos e Silva Ltda km 10, trecho Teresina Piauí (PI) 21
Ltda 17 civil
Teresina/Altos
Carlos
Mato
Fernando Construflora, Chapadão 001105810001 Corte de
- Grosso do 14
Moura e Cia Zona Rural do Sul 14 eucalipto
Sul (MS)
Ltda
Carlos Gilberto Fazenda Estrela do Eldorado
Zona rural Pará (PA) 6112960125 2 Pecuária
Oliveira Barreto Sul dos Carajás
Estrada da
Matriarca, km Produção de
Carlos Luiz dos Carvoaria do Ipixuna do
65 – Colônia Pará (PA) 35390484720 6 carvão
Santos Carlinhos Pará
Nova Aliança – vegetal
Zona Rural
Carlos Newton Mato Cultivo de
Vasconcelos Fazenda Brasília Zona Rural Alto Garças Grosso 70913595500 124 algodão
Bonfim Júnior (MT) herbáceo
São
Carlos
Assentamento Domingos
Rodrigues Zona rural Pará (PA) 59007583204 3 Pecuária
Cacau do
Oliveira
Araguaia
Carvan
Indústria e
Comércio de Rod. BR-10, km
Produção de
Carvão Vegetal 280, Colônia Paragomin 041859340001
Fazenda Bela Vista Pará (PA) 52 carvão
Ltda. ME Mandacaru, km as 04
vegetal
(PLANTERRA 22
Comercial
Ltda. EPP)
Rodovia BR-
Carvoaria 222, Estrada da Produção de
Rondon do 110077550001
Chapadão - Fazenda Lacy, Pará (PA) 61 carvão
Pará 34
Ltda. s/n, 42 Km, vegetal
Zona Rural
Estrada Vicinal
Carvoaria Produção de
da Santa Lucia, Rondon do 096064700001
Santa Lúcia - Pará (PA) 21 carvão
Km 100, Zona Pará 78
Ltda. ME vegetal
Rural
Carvoeira Rod. TO 239, Produção de
Fazenda São Presidente Tocantins 142272790001
Carvão Nativo km 16, zona 13 carvão
Cristóvão I Kennedy (TO) 55
Ltda rural vegetal
Produção de
Cássio Garcia Fazenda Santa Goiás
- Formoso 89083415600 5 carvão
Guimarães Helena (GO)
vegetal
Cecília de Rod PR 280,
Paraná 103655840001 Produção
Lourdes de - km 85, Palmas 3
(PR) 52 florestal
Mello Horizonte
Criação de
Celeste Fazenda Sombra Maranhão
Zona Rural Açailândia 33101582172 5 bovinos para
Rodovalho da Tarde (MA)
corte
Célia Alves da Fazenda Projeto Região Bom União de Minas 04638407803 31 Cultivo de
106

Silva Jatobá Fim dos Minas Gerais seringueiras


Domingues Coqueiros, zona (MG)
rural de União
de Minas
Central Fazenda Minas
zona rural, 077528940001 Produção de
Energética Cachoeirinha e Pratápolis Gerais 8
Capetinga 15 álcool
Paraíso SA Paiol (MG)
César de Rod BR 317,
Castro Fazenda linha 23, km 89, Amazonas
Lábrea 61775495515 6 Pecuária
Brasileiro Castanheira zona rural de (AM)
Borges Lábrea
Rod. PA 150,
Cícero Araújo Fazenda Terra km 35, Vicinal
Marabá Pará (PA) 14596318468 18 Pecuária
Lins Roxa de Itainópolis,
zona rural
CIFEC Fabricação
Compensados Rua Marapatá, Amazonas 044704980001 de
- Manaus 4
da Amazônia 919, Vila Buriti (AM) 07 compensados
Ltda. de madeira
Zona rural de Novo
Cilésia Alves
Sítio Bela Vista Novo Repartimen Pará (PA) 60992255287 5 Pecuária
de Alencar
Repartimento to
Carvoaria.
Rodovia BR-
222, km 56,
Produção de
Clauber Fazenda Santa sentido Dom Rondon do
Pará (PA) 24348570272 2 carvão
Almeida Lima Maria Eliseu-Rondon Pará
vegetal
do Pará, à
direita mais 18
km
Rod BR 153,
Tocantins
Cláudio Cravo Fazenda Girassol zona rural de Brasilândia 64395642853 8 Pecuária
(TO)
Brasilândia
Produção de
Cláudio Fazenda Morada Tocantins
Zona rural Dianópolis 4689364915 9 carvão
Roberto Martin Verde (TO)
vegetal
Rod
Transcametá,
Claudionor km 29, vicinal
Fazenda Acapú Pacajá Pará (PA) 02621231187 16 Pecuária
Coelho Nava do Ladário, km
330, zona rural
de Pacajá
Distrito de Produção de
Claudionor Fazenda Santa Goiás
Itaguaçu, zona Itajá 09167102115 7 carvão
Hilário da Silva Helena (GO)
rural vegetal
Mato
Cleber Fazenda Dois Zona rural de Cultivo de
Itaquiraí Grosso do 98197703191 34
Geremias Meninos Itaquiraí mandioca
Sul (MS)
Produção de
Cledemilton Fazenda Acácia Goianésia
Zona rural Pará (PA) 39426050230 5 carvão
Araújo Silva Mangio do Pará
vegetal
Vicinal da
Colônia Criação de
Cleidimar Fazenda São Félix
Paredão, Linha Pará (PA) 88200620115 4 bovinos para
Gama Rabelo Capanema do Xingu
06, km 18, zona corte
rural
Rua Santa Mato
Cleiva Alves da Várzea 045980760001
Boate Star Night Helena, 14, Grosso 24
Silva - ME Grande 11
Jardim Potiguar (MT)
Estrada da
Clemilson de Sunil, km 65, Maranhão Carvão
Fazenda União Carutapera 00894999303 2
Lima Oliveira gleba Ipuí II, (MA) vegetal
lote 135
CNA Serviços Bairros Cohab, Cultivo de
São Paulo 074451480001
Agrícolas de - Centro e Jardim Urânia 38 cana-de-
(SP) 89
Monte Bela Vista açúcar
107

Aprazível Ltda
Complexo Cantinho do Espírito Reflorestame
Fazenda Pindobas Conceição 284773130010
Agroindustrial Céu – Rod. BR- Santo 22 nto e corte de
IV do Castelo 45
Pindobas Ltda 262, km 131 (ES) pinus
Confecções
Rua Silva Pinto, São Paulo 610390400012
Talita Kume - São Paulo 9 Setor têxtil
156, Bom Retiro (SP) 9
Ltda
Estrada
Conrado Fazenda Alegria do Paraná
Barracamento, Palmas 29484391915 2
Auffinger Machorras (PR)
km 26
Construtora Construtora
053259630001 Construção
Almeida Souza Almeida Souza Teresina Teresina Piauí (PI) 24
89 civil
Ltda. Ltda.
Canteiro de
obras do Inst
Federal de Minas
Construtora Juiz de 069971760001 Construção
- Educação Gerais 16
Alves Ltda Fora 46 civil
Ciência e (MG)
Tecnologia,
bairro Fábrica
Rodovia BR-
Construtora BS 364, s/n, Km Rondônia 005214720003 Construção
- Porto Velho 53
Ltda. 816, Distrito de (RO) 51 civil
Jaci Paraná
Rua Olinda
Construtora Roder São Paulo 626010000001 Construção
- Bofete 46
Croma Ltda Nogueira, 340, (SP) 02 Civil
Jd. Siriemas
Desmatament
AHE Salto do
Construtora o de mata
Rio Verdinho, 026836980001
Lima e - Corrente Piauí (PI) 95 nativa /
BR-135, Zona 12
Cerávolo Ltda. Construção
Rural
civil
Fazenda Santa Zona rural de
Construtora Cumaru do 095997020001 Construção
Marta do Vale Cumaru do Pará (PA) 8
Linhares Ltda Norte 08 civil
Verde Norte
Rodovia MT-
Mato
Construtora 010, Km 23, à 087227750001 Construção
Fazenda Toledo Tapurah Grosso 9
Talaska Ltda. direita mais 4 82 civil
(MT)
km
Construwitta
Construtora e
Rua Ângelo Rio
Incorporadora Caxias do 119538810001 Construção
- Leonardo Grande do 6
Ltda (Habitte Sul 81 civil
Tonietto, 1499 Sul (RS)
Incorporadora
Ltda)
Copermil Rua 10, s/n, Minas
201779030001 Construção
Construtora - Bairro Divinópolis Gerais 56
50 civil
Ltda Copacabana (MG)
Rod. PA-279, Criação de
Coracy Ourilândia
Fazenda Vida Nova km 125 Gleba Pará (PA) 08422125153 16 bovinos para
Machado Kern do Norte
Seringa B corte
Criação de
Fazenda São Estrada Rio Paragomin
Dalva Navarro Pará (PA) 79234275934 1 bovinos para
Miguel Capim, Km 100 as
corte
Criação de
bovinos para
Colônia Pau
Darci Antônio Fazenda Estrela do Eldorado leite e
Preto, Zona Pará (PA) 54262640825 6
Marques Sul dos Carajás produção de
Rural
carvão
vegetal
Dário de Fazenda Jaqueline Produção de
Tocantins 076987100001
Queiroz III (Carvão Vegetal São Bento São Bento 8 carvão
(TO) 86
Teixeira Estrela do Davi) vegetal
Dario Pereira - Embarcação de Manacapur Amazonas 14592290291 3 Pscicultura
108

Ruis extração de u (AM)


madeira - Rio
Solimões
Rio
De Bona e São José 060276360001 Corte de
- Rod. RSC-101 Grande do 5
Marghetti Ltda. do Norte 03 pinus
Sul (RS)
Estrada PR-
170, localidades
Décio Pacheco Paraná 769867020001
- de Lageado Bituruna 6
e Cia Ltda. (PR) 58
Grande e
Jacutinga
Estrada da
Cikel, 7 km,
Dejane de Carvoaria da Carvão
zona rural de Goianésia Pará (PA) 72714689272 2
Sousa Ferreira Dejane Vegetal
Goianésia do
Pará
Délio Criação de
Fazenda Rio dos
Fernandes Zona Rural Pacajá Pará (PA) 28813553153 3 bovinos para
Bois
Rodrigues corte
Derimácio Distrito de São Félix Extração
Serraria Lindoeste Pará (PA) 38543397120 13
Maciel Soares Lindoeste do Xingu vegetal
Rod MG 260,
Minas Cultivo de
Destilaria Destilaria Alpha s/n, km 39, 074078060001
Cláudio Gerais 80 cana-de-
Alpha Ltda Ltda zona rural de 48
(MG) açúcar
Cláudio
Devanir Mato
Porto dos Porto dos Cultivo de
Rodrigues Fazenda WL Grosso 10644032120 3
Gaúchos Gaúchos arroz
Porto (MT)
Rod. GO-206,
Dilcelani Silva Olarias Lagoa Gouvelândi Goiás Produção de
km 114, zona 98573080159 2
do Prado Bonita a (GO) tijolos
rural
Rua Manoel
Dilma
Henrique Pernambu 600512100010
Figueiredo da - Toritama 7 Setor têxtil
Tavares, 744, co (PE) 2
Silva
Centro
Rod. PA-140, Produção de
Diogo Antônio
- km 4, Zona Tomé-Açu Pará (PA) 77470311220 22 carvão
de Lima
Rural vegetal
Dirceu do Mato
Santa Rita
Carmo Fazenda Coroados Zona rural Grosso do 52803554704 9 Pecuária
do Pardo
Baptistella Sul (MS)
Rod. BR 422,
sentido Tucuruí
Divino Carlos Fazenda Ilha
a Novo Tucuruí Pará (PA) 12071374215 4 Pecuária
Gomes Branca
Repartimento,
15km
Domingos Criação de
São Félix
Alves Fazenda Galope Zona Rural Pará (PA) 16337840100 8 bovinos para
do Xingu
Mendonça corte
Mato
Zona rural de
Dory Grando Fazenda São José Camapuã Grosso do 30509564968 9 Pecuária
Camapuã
Sul (MS)
Ecomax
Agroflorestal e
BR 364, km Reflorestame
Pecuária Ltda Mato
Fazenda Lagoa 526, Zona Rural Rosário do 010289410001 nto e
(atual: Becchi Grosso 11
Azul de Rosário do Oeste 04 Extrativismo
Indústria E (MT)
Oeste (MT) Vegetal
Comércio de
Móveis Ltda)
Ecotrat Santa
843898100016 Extração de
Tratamento de - - Ituporanga Catarina 7
5 madeira
Madeiras Ltda. (SC)
Edésio Via Nova
Goiás
Severiano Fazenda Palmital Veneza, km 13, Goiânia 33999031549 12 Horticultura
(GO)
Vieira zona rural
109

Rod
Transamazônic
a, a 1 km
Edgar Cézar Itupiranga,
Fazenda Talismã Itupiranga Pará (PA) 09226818215 19 Pecuária
Santana vicinal à
esquerda, Vila
São Sebastião,
3 km
Rod. GO-206,
km 90, mais 32
km à direita
Edilson Lopes Olaria Região Buriti Gouvelândi Goiás Produção de
(sentido 96702370415 1
de Araújo Alto a (GO) tijolos
Gouvelândia a
Inaciolândia),
zona rural
Morro Produção de
Edison Rosa
Fazenda Boi Gordo Zona Rural Cabeça no Piauí (PI) 15886393803 44 carvão
de Oliveira
Tempo vegetal
Antiga Fazenda Mato
Edmar Koller Novo Extração
Fazenda Recanto Cinco Estrelas, Grosso 23953837915 2
Heller Mundo mineral (ouro)
Zona Rural (MT)
BR 317, km 10,
Edson
Fazenda Nova linha 1, a 72 Amazonas
Azevedo Lábrea 00542145804 3 Pecuária
Esperança km, zona rural (AM)
Fernandes
de Lábrea
Edson da Silva zona rural de São Paulo Cultivo de
Fazenda Palmeira São Carlos 01999783875 20
Rossi São Carlos (SP) tomate
Rod GO-206,
Edson Km 90, mais 04
Olaria Lagoa do Gouvelândi Goiás Produção de
Malaquias da km à direita, 05395019138 3
Caracol a (GO) tijolos
Silva Zona Rural de
Gouvelândia
Eduardo Minas
Campos Cultivo de
Barbosa de Sítio Aldeia Zona Rural Gerais 81080794620 27
Gerais café
Mello (MG)
Eduardo Kroeff Zona rural de
Fazenda Rio Maria Xinguara Pará (PA) 10800328000 7 Pecuária
Corbetta Xinguara
Área de
Rio
extração de Desmatament
Egbert Kohler - Cangaçu Grande do 47036451068 6
madeira no o
Sul (RS)
Quinto Distrito
Egton de Zona rural de São
Oliveira Pajaro Fazenda Eldorado São Geraldo do Geraldo do Pará (PA) 39352757653 22 Pecuária
Júnior Araguaia Araguaia
Eli Júnior São Felix Criação de
Fazenda Capivara Zona Rural Pará (PA) 53365542191 44
Pereira do Xingu bovinos
Eliane Janete Margem direita Criação de
Paragomin
Balestreri Fazenda Vitória do Rio Capim - Pará (PA) 58006869987 10 bovinos para
as
Oliveira Zona Rural corte
Eliza Maria
Dantas Mato
140565910001 Extração de
Bortolusso Fazenda Canaã Zona rural Bela Vista Grosso do 11
23 madeira
Rodrigues e Sul (MS)
Cia. Ltda.
Criação de
Km 18 à
bovinos para
esquerda da Amaralina /
Elizete Pereira Goiás corte e
Fazenda Nova estrada Mutunópoli 53700449100 6
de Faria (GO) produção de
Amaralina - s
carvão
Mutonópolis
vegetal
Elizeu Martinez Nazaré do Extração
Fazenda Boa Vista Zona rural Piauí (PI) 59008776391 9
Júnior Piauí vegetal
Rod. BR-222,
Elizeu Sousa Fazenda Santo km 38, zona Maranhão
Açailândia 69883718349 5
da Silva Antônio rural do Distrito (MA)
de Córrego
110

Novo
Elton A Rio
Zambiasi Nova 103774790001 Carregament
Zambiasi e Cia - Grande do 12
Carregamentos Bréscia 33 o de frango
Ltda Sul (RS)
Embraforte
Rua Major Minas
Segurança e Belo 544464800017 Segurança
- Lage, 370, Ouro Gerais 115
Transporte de Horizonte 0 privada
Preto (MG)
Valores Ltda.
São
Emídio Vicinal Canadá, Domingos
Fazenda Aliança Pará (PA) 66138973887 7
Nogueira Filho Gleba Fortaleza do
Araguaia
Eplan
Engenharia Zona Rural de
Guajará Rondônia 028384070005
Planejamento e - Guajará Mirim, 9
Mirim (RO) 41
Eletricidade área Pompeu
LTDA
Fazenda Boa Vista Estrada Bonito - Mato Produção de
Eric Sobrinho Porto 055186110001
(Carvão Negrinho e Barranco Grosso do 19 carvão
Ávila - ME Murtinho 40
Carvão Ávila) Branco, km 53 Sul (MS) vegetal
Espírito
Erildo José Fazenda Vista São Cultivo de
Zona Rural Santo 49380400772 17
Canal Alegre Domingos café
(ES)
Ramal do
Ibama, km 19,
Ernesto Rondônia Extração de
- lote 34, setor B, Porto Velho 326945712-04 5
Andreola (RO) madeira
gleba Caracol,
zona rural
Estrada do Desmatament
Ernoel
Fazenda Sapo, após Vila São Félix o / Criação de
Rodrigues Pará (PA) 47837888120 38
Bandeirante Central, Zona do Xingu bovinos para
Junior
Rural corte
Ervateira Fazenda São Jorge Santa Cultivo e
946482840001
Tradição da e Nossa Senhora Zona Rural Petrolândia Catarina 13 colheita de
70
Palmeira Ltda. das Graças (SC) erva-mate
São Miguel da
Ervateria Giotti
Serra, Estrada Santa
Ltda – EPP 037443530001 Colheita de
- para Nova Porto União Catarina 8
(Giotti e Basi 94 erva-mate
Galícia, zona (SC)
Ltda. EPP)
rural
Rod.
Transamazônic
a Norte, km
Ervino Gutzeit Fazenda Panorama Uruará Pará (PA) 00918075220 30
140, a 7 km da
Faixa, zona
rural
Criação de
Eujácio bovinos e
Fazenda Fé em Rondon do
Ferreira de Zona Rural Pará (PA) 47953462753 32 produção de
Deus Pará
Almeida carvão
vegetal
Zona rural de
Água Azul
Eurélio Piazza Fazenda Diadema Água Azul do Pará (PA) 10751750972 20 Pecuária
do Norte
Norte
Eurípedes José São Félix
Fazenda Talismã Zona rural Pará (PA) 19627122149 8 Pecuária
Goulart do Xingu
Evanildo Produção de
Goianésia
Nascimento de Fazenda RDM Zona Rural Pará (PA) 24280992568 9 carvão
do Pará
Souza vegetal
Rua do Mato
F A Dias de Carvoaria Ouro 083886060001
Aeroporto, s/n, Tabaporã Grosso 21 carvoaria
Freitas ME Preto 58
Setor Industrial (MT)
F. Braga de
Rua Ingás, 9 Presidente Amazonas 005429030001 Extração
Souza - 12
Vila do Pitinga Figueiredo (AM) 02 mineral
(Samauma
111

Agrosilvipastori
l)
Mato Produção de
F. L. da Silva Fazenda Santo 048883530001
Zona Rural Bonito Grosso do 4 carvão
Carvoaria Antônio 20
Sul (MS) vegetal
Rua Traíra, 25, Mato
Construção
Fabiano Costa - Jardim Laranja Dourados Grosso do 61481610104 15
civil
Doce, Dourados Sul (MS)
Rod BR 135,
Fazenda s/n, zona rural Riachão 097611720001
Fazenda Olinda Bahia (BA) 15 Pecuária
Olinda SA de Riachão das das Neves 52
Neves
Federação das
Entidades
Loteamento Marisa
Comunitárias e Alagoas 017846330003 Construção
Letícia Lula da bairro São José Penedo 11
União de (AL) 62 civil
Silva
Lideranças do
Brasil
Fernando Criação de
Fazenda Vale Rod. BR 364, Plácido de
Barbosa Acre (AC) 61773930125 7 bovinos para
Verde km 80 Castro
Teixeira corte
Assentamento
Fernando Carvoaria do Produção de
Nossa Senhora Abel
Ferreira Fernando e do Seu Pará (PA) 60814500234 3 carvão
Aparecida, zona Figueiredo
Moraes Neo vegetal
rural
Fernando BR 364, Km Criação de
Amazonas
Henrique de Fazenda Gauchaba 230, Rodovia do Lábrea 45027285787 8 bovinos para
(AM)
Moura Boi corte
Zona Rural de
Fidelcino Fazenda São Félix
São Félix do Pará (PA) 00772763534 17 -
Andrade Cocalândia do Xingu
Xingu
Rod. BR 494, Minas
Flávio Ribeiro Fazenda Capoeira Cultivo de
km 104, zona Oliveira Gerais 75768631615 26
Junqueira Grande café
rural (MG)
Flora Viveiro e Rod. Água Fria, Mato
Fazenda Retiro da 869897120001 Plantação de
Reflorestament s/n, km 06, Maracaju Grosso do 4
Serra 09 Eucalipto
o Ltda. zona rural Sul (MS)
Francisco
Alves do Fazenda Cajueiro Zona rural Itupiranga Pará (PA) 8734135200 8 Pecuária
Nascimento
Fazendas Santa Santa
Francisco Cruz, Óregon, Terezinha,
Goiás
César Areião, Crixazinho, - Crixás e 04368464621 69 carvoarias
(GO)
Cavalcante Alegre Córrego Campos
Jatobá e Mutum Verdes
Rod. BR 364,
Francisco das
km 44, ramal do
Chagas Fazenda Gramado Bujarí Acre (AC) 1532820291 1 Pecuária
Seringueiro, km
Pedroza
7, zona rural
Criação de
Francisco Elder Fazenda São L 109, acesso Guajará Rondônia
04057120220 4 bovinos para
Marinho Araújo Franciso IATA Mirim (RO)
corte
Francisco Gil Fazenda Coronel
Rod. BR-222, Maranhão 056334660001
Cruz Alencar – Gil Alencar Santa Inês 12
km 30 (MA) 48
EPP (Gilrassic Park)
Garimpo
Francisco José Ourilândia Extração de
- Maracajá, zona Pará (PA) 15151735268 3
dos Santos do Norte minério
rural
Gleba
Francisco
Gameleira, Rio Palestina Criação de
Medeiros Fazenda Indiaçu Pará (PA) 01215710410 5
Saranzal de do Pará bovinos
Sobrinho
Cima
Gabriel
Fazenda do Zona rural de Parapueba
Augusto Pará (PA) 17840511600 8 Pecuária
Campinho Paraupebas s
Camargos
112

Rio Verde Mato


Garcias dos Fazenda São Rio Verde de Extração
de Mato Grosso do 01235337162 4
Santos Domingos Mato Grosso vegetal
Grosso Sul (MS)
Av Luiz Dumont
Geccom
Geccom Villares, 2078, São Paulo 599967770001 Construção
Construtora São Paulo 95
Construtora Ltda 6o and, conj 65, (SP) 09 civil
Ltda
Parada Inglesa
Genilson Fazenda Zona rural, Bandeirant
Tocantins
Rodrigues da Prosperidade da Bandeirantes do es do 38862867115 17 Pecuária
(TO)
Silva Serra Tocantins Tocantins
Genny Souza Goiás Produção de
- Zona Rural Mara Rosa 68932766134 12
Oliveira (GO) carvão
Fazenda Beira Rio
Geraldo Aires Mato
(antiga Faz. Cinco Novo extração de
de Souza Novo Mundo Grosso 38040913187 4
Estrelas ou Mundo ouro
Nunes (MT)
Recanto
Geraldo José Fazenda Boa São Félix Criação de
- Pará (PA) 03690865115 4
Ribeiro Esperança do Xingu bovinos
Geraldo Fazenda Genipapo Conceição Produção de
Rodovia TO - Tocantins
Otaviano - Carvoaria do do 90929829620 4 carvão
050, km 325 (TO)
Mendes Mendes Tocantins vegetal
Geraldo Conceição Produção de
Tocantins
Otaviano Carvoaria Teixeira Zona Rural do 90929829620 6 carvão
(TO)
Mendes Tocantins vegetal
Gerson Estrada Criação de
Fazenda São Darcinópoli Tocantins
Joaquim Wanderlândia - 21246165104 8 bovinos para
Mariano III s (TO)
Machado Ananás corte
Gesso Brasil Obra do Ed. Vale Bairro Cohab Pernambu 113402920001
Petrolina 1
Ltda do São Francisco Massangano co (PE) 28
Rod.
Gilberto Afonso
Transacreana,
Lima de Fazenda Piracema Rio Branco Acre (AC) 50865137234 12
km 12, zona
Moraes
rural
Rod. PA 256,
Gilberto Fazenda Bom Paragomin
km 40, margem Pará (PA) 3231607272 35 Pecuária
Andrade Sucesso as
direita
Lotes 29 e 50,
Gilberto Região de
Ferreira de Fazenda Juliana Itaipavas, zona Xinguara Pará (PA) 02808536100 17 Pecuária
Assis rural de
Xinguara
Mato Extração
102501050001
Gilmar Gomes Fazenda Viviane Zona Rural Nortelândia Grosso 32 mineral
52
(MT) (pedra)
Minas produção de
Gilson Afonso Fazenda Córrego
- Pedra Azul Gerais 19553242553 22 carvão
dos Santos da Saudade
(MG) vegetal
Gilson Rocha Fazendas Reunidas Produção de
Santa Rita 044136500001
de Mello de Lagoa da Betania - Bahia (BA) 74 carvão
de Cássia 10
Barreiras (Carvoaria) vegetal
Brejinho, zona Minas
Giovani de Carvão
Fazenda Estiva rural de São São Romão Gerais 35018402687 8
Deus Borges vegetal
Romão (MG)
Green
Reflorestame
Ambiental
Fazenda Vale do Zona rural de Goiás 033991730001 nto e
Projetos e Montividiu 10
Sonho Paraúna (GO) 12 extração de
Execuções
madeira
Ltda. ME
Minas Produção de
Guido José Fazenda Assa Bonfinópoli
Zona rural Gerais 31017994811 4 carvão
Rehder Junior Peixe s de Minas
(MG) vegetal
São Criação de
Gustavo Araújo Fazenda Santa Rod. PA 153,
Geraldo do Pará (PA) 79900623487 7 bovinos para
da Nóbrega Luzia km 35
Araguaia corte
113

Guy de Ferran Mato


Plantação de
Correa da Fazenda Guanandy Zona rural Ponta Porã Grosso do 91934958700 5
Eucalipto
Costa Sul (MS)
Criação de
Haroldo Vieira Agropecuária
- Tucumã Pará (PA) 09065695249 152 bovinos para
Passarinho Maciel II
corte
Vicinal de
Hélio Duarte Itupiranga, km
Fazenda Boa Sorte Marabá Pará (PA) 04454931860 2
Soares 15, Morada
Nova
Hildebrando Zona rural de
Água Azul
Sisnando Fazenda Cateté Água Azul do Pará (PA) 05839386553 13 Pecuária
do Norte
Pereira Lima Norte
Pimental do
Giró, Colônia
Hirohisa Agrícola 3 de Cultivo de
Pimental do Giró Castanhal Pará (PA) 03641562287 10
Nobushige Outubro, zona dendê
rural de
Castanhal
Loteamento
Fazenda São Santa Catarina, Campos Tocantins Cultivo de
Iakov Kalugin 22184856991 20
Simeão Lote 64 - Zona Lindos (TO) soja
Rural
Área de
carvoejamento,
Ibá Minas
Ibá Agroindustrial perímetro Matias 069971870001 Carvão
Agroindustrial Gerais 5
Ltda irrigado Jaiba, Cardoso 26 vegetal
Ltda (MG)
zona rural de
Matias Cardoso
Ramal do Boi,
Ilmar Santos Amazonas Criação de
Fazenda Rebeca Km 90, Zona Lábrea 35759453572 9
da Silva (AM) bovinos
Rural de Lábrea
Indústria e
Comércio de
Fazenda do Sr. Paraná 017374800001 Cultivo de
Erva Mate Zona Rural Clevelândia 24
Vitor Pacheco (PR) 30 Erva-Mate
Herança Nativa
Ltda
Indústria e
Comércio de
Fazenda Campo Produção de
Ferro Gusa Zona Rural - 165572660001
Largo do Rio Cotegipe Bahia (BA) 3 carvão
União Ltda Tanguá 70
Grande I vegetal
(COFERGUSA
)
Indústria,
Comércio e Produção de
Cajapior, Zona 123172020001
Representaçõe Fazenda Nova Fé Parnaguá Piauí (PI) 10 carvão
Rural 40
s Família Betel vegetal
Ltda.
Povoado Vila
Nazaré, zona
Inês Feurstein Fazenda Pantera Dom Elizeu Pará (PA) 47079452953 18 Pecuária
rural de Dom
Elizeu
INFISA - Rod. BR-101, Espírito Cultivo de
Conceição 394032740001
Infinity Itaúnas - Km 39,2, Zona Santo 64 cana-de-
da Barra 67
Agrícolas S/A Rural (ES) açúcar
Zona rural de
Irmãos Coronel
Coronel Paraná 825007450001
Pagliosa e Cia Fazenda Fortaleza Domingos 9 Erva mate
Domingos (PR) 84
Ltda Soares
Soares
Criação de
Isaac Aguiar Fazenda Colônia - Ulianópolis Pará (PA) 04792815215 64 bovinos para
corte
Mato
Itamar Ribeiro Criação de
Fazenda Mata Azul Zona Rural Confresa Grosso 12860921168 10
da Silva bovino
(MT)
Ivaldir Antônio Fazenda Alto End.: Av. J.K. Cassilândia Mato 14006049153 1 Produção de
114

Torres Alegre de Oliveira, Grosso do carvão


1366 Sul (MS) vegetal
Minas Criação de
Ivam Fazenda Santa Rod. 497, Km
Uberlândia Gerais 12478571153 2 bovinos para
Rodrigues Terezinha 08, Zona Rural
(MG) leite
J Soares Av. Raizama
Construtora e Obra Residencial com ruas 04 a Goiás 011546260001
Itaberaí 70
Incorporadora Itavilly 09 e 18, qd. 19 (GO) 15
Ltda a 25 e 30 a 33
Calçadão Rua
J. L. Zanetti Galdino Mato
072645870001
ME Hotel São - Pimentel, 179, Cuiabá Grosso 2 Hotelaria
95
Marcos Bairro Centro (MT)
Norte
Serra da
J. Ribeiro da Acampamento no São Paulo 075084260001
Bocaina, zona Arapeí 1 Serraria
Rosa Rialto (SP) 08
rural
J.C.A Moreira Fazenda Três Zona Rural de Minas Produção de
Santa Fé 114019720001
Júnior e Cia Riachos (ou Santa Fé de Gerais 33 carvão
de Minas 04
Ltda Sossego) Minas (MG) vegetal
Rod. BR 135,
km 411, Redenção
Jaciel Cover 052407990001 Fabricação
Cerâmica do Vale Povoado do Piauí (PI) 9
ME 07 de cerâmica
Angical, zona Gurguéia
rural
Jailes da Silva Fazenda Vale do Rod. GO 174, Goiás Extração de
Rio Verde 82702586104 17
Ataídes Rio Doce zona rural (GO) madeira
Extrativismo
Projeto vegetal
Jaime Argollo Seringueira do (seringueiras)
Fazenda Juriti Moju Pará (PA) 13973061815 11
Ferrão Moju, Lote 15- e
C, Zona Rural beneficiament
o de cupuaçu
Carvoaria do Vicinal Vila Produção de
Jaime da Silva Abel
Jaime/Fazenda 3 Gavião, km 65, Pará (PA) 06899978253 9 carvão
Pereira Figueiredo
Irmãs zona rural vegetal
Rod. GO-244,
km 50, sentido Produção de
Jairo Luiz Novo Goiás
Fazenda Rancharia São Miguel- 03573486649 5 carvão
Alves Planalto (GO)
Novo Planalto, vegetal
zona rural
JAP I
Empreendimen
132915560001 Cultivo de
tos e Fazenda Colorado Zona rural Bom Jesus Piauí (PI) 14
26 soja
Participações
Ltda
Jardim do
Campos Rio de
Éden Indústria Fazenda Lagoa 037246980001
Zona Rural dos Janeiro 18
e Comércio Limpa 86
Goytacazes (RJ)
Ltda
Jenesmar Vaz Zona Rural de Araguacem Tocantins Plantação de
Fazenda Polinardo 28358147104 6
da Costa Araguacema a (TO) Abacaxi
Jeová de Zona Rural de
São Félix
Souza Fazenda Maciel São Félix do Pará (PA) 15370453187 11 Pecuária
do Xingu
Pimentel Xingu
Jeová Eduardo Zona Rural de
Fazenda Patuá Altamira Pará (PA) 21688362134 7 Pecuária
Divino Altamira
Estrada do Rio
Jerônimo
Preto, km 100,
Aparecido de Fazenda Meu Xodó Marabá Pará (PA) 20570317800 6 Pecuária
zona rural de
Freitas
Marabá
Criação de
Jesus José Fazenda Minas Presidente Tocantins
Zona Rural 18828213604 4 bovinos para
Ribeiro Gerais II Kennedy (TO)
corte
JGR - Canteiros de Belo Minas 981363000155 88 Construção
115

Engenharia e obras - Bairro Horizonte Gerais Civil


Serviços Ltda Buritis (MG)
Rod. TO 262,
Joana de Fazenda Santa Porto Tocantins
zona rural de 82439494100 1 Pecuária
Aguiar Franco Cruz Nacional (TO)
Porto Nacional
João Andrade Zona Rural de
Fazenda Urtigão Itupiranga Pará (PA) 7146221253 17 Pecuária
Barroso Itupiranga
João Batista Fazenda Santa Produção de
Goiás
Martins de Maria II do Rio Zona Rural Jussara 63573954715 14 carvão
(GO)
Moraes Claro vegetal
Rua Dr. Pedro Minas
João Batista Sete Construção
- Luiz, 237, Gerais 82247218687 12
Rabelo Santos Lagoas civil
Centro (MG)
Estrada Nova Mato
João Bertin Fazenda Alta Extração de
Procomp, km Bandeirant Grosso 71161635815 7
Filho Floresta madeira
80, zona rural es (MT)
Zona Rural de Agricultura
João Carlos Fazenda Olho Formosa do
Formosa do Rio Bahia (BA) 33847738968 21 (plantação de
Burin Mágico I Rio Preto
Preto soja)
João de Rod. Xingu, s/n,
Oliveira entrada Ourilândia
Fazenda Caçula Pará (PA) 571714838 7 Pecuária
Guimarães Tupansi, km 20, do Norte
Neto zona rural
Cultivo de
sementes de
João Emídio Fazenda Santa Rodovia GO Goiás
Trindade 02530295115 65 capim para
Vaz Maria 050, km 17 (GO)
criação de
bovinos
Povoado Bela Vista Criação de
João Feitosa Maranhão
Fazenda J. Macedo Morada Nova - do 01282107372 17 bovinos para
de Macedo (MA)
Zona Rural Maranhão corte
João Gouveia Engenhos Cultivo de
Rodovia PE Pernambu
da Silva Amorinha e Amaraji 03097650482 45 cana-de-
071, zona rural co (PE)
(espólio) Manhoso açúcar
Rodovia BR 020
João Henrique Fazenda Guará do Cultivo de
- Km 60 - Zona Correntina Bahia (BA) 68072937987 68
Meneghel Meio algodão
Rural
Estrada da
Belauto, km 75,
João Soares São Félix
Fazenda Cachoeira zona rural de Pará (PA) 21123063672 3 Pecuária
Rocha do Xingu
São Félix do
Xingu
Criação de
Joaquim Fazenda Riacho do Minas bovinos e
Santa Fé
Cândido Alves Fogo e Fazenda Zona Rural Gerais 27115895600 8 produção de
de Minas
Moreira Três Riachos (MG) carvão
vegetal
Minas
Joaquim Reis Zona Rural de Cultivo de
Fazenda Paraíso Paraguaçu Gerais 12171980672 17
da Silva Paraguaçu Café
(MG)
Rod. TO 080, Cultivo de
Fazenda Santa Marianópoli Tocantins
Joari Bertoldi km 140, zona 21969752068 45 cana-de-
Maria s (TO)
rural açúcar
Joel Lucas Rio Baio, Zona São João Paraná extração de
- 81636547915 4
Malanski Rural do Triunfo (PR) madeira
Rod. BA 158,
Carvoaria na Mato Produção de
Jorcelino Tiago km 427, mais Ribeirão
Fazenda São Grosso 97444332800 2 carvão
de Queiroz 28 km, à direita, Cascalheira
Sebastião (MT) vegetal
zona rural
Criação de
Jorge de Linha 07, km São Félix
Fazenda São Jorge Pará (PA) 07520654168 5 bovinos para
Souza Moreira 08, zona rural do Xingu
corte
Jorge Luiz da Fazenda Oriente Rod. BR 222,
Dom Eliseu Pará (PA) 20695241320 17 Pecuária
Silva Costa Médio km 14, zona
116

rural
Estrada
José Agnelo Rio Branco Paraná 055984340001 Extração de
Fazenda Lago Azul Marcelinha, 14
Crozetta ME do Sul (PR) 59 madeira
2150
Criação de
José Alberto Fazenda Monte
Zona Rural Pau-d Arco Pará (PA) 06110720178 13 bovinos para
Lemos Cristo
corte
Minas Produção de
José Álvares Fazenda Bocaina e
Zona Rural Unaí Gerais 01844750663 4 carvão
de Rezende Camisa
(MG) vegetal
Rod. BR 222, Criação de
José Amaro Fazenda Maranhão
km 30, zona Açailândia 02304015115 4 bovinos para
Logrado Manchester (MA)
rural corte
José Arismar Fazenda Cruzeiro Zona rural de Desmatament
Baião Bahia (BA) 66376661300 29
Chaves do Sul Baião o
José Carlos Estrada do Produção de
Abel
Castro dos - Gavião, Km 30, Pará (PA) 34516018500 3 carvão
Figueiredo
Santos Zona Rural vegetal
Criação de
José Carlos Terra do Meio -
Fazenda Bela Vista Altamira Pará (PA) 86270796172 19 bovinos para
dos Santos Zona Rural
corte
Rod. MS 306,
José Carlos Mato Produção de
km 62, mais 25
Izidoro de Fazenda Bauzinho Cassilândia Grosso do 73511650844 9 carvão
km, à esquerda,
Souza Sul (MS) vegetal
zona rural
José Carlos Mato Produção de
Campo
Pereira da Fazenda Alcorra Zona Rural Grosso do 85823244991 8 carvão
Grande
Silva Sul (MS) vegetal
José Celso do
Maranhão Cultivo de
Nascimento Fazenda Planalto II Zona Rural Santa Luzia 25680366568 27
(MA) milho
Oliveira
Zona rural de
José Cortes Eldorado
Fazenda Cortes Eldorado dos Pará (PA) 6042880187 9 Pecuária
Tonaco dos Carajás
Carajás
Estrada
José de Brasilândia a
Minas Produção de
Alencar Pirapora, João
Fazenda Forquilha Gerais 4498908805 1 carvão
Queiroz Distrito Pinheiro
(MG) vegetal
Menezes Canabrava,
zona rural
Criação de
José de Fazenda Sempre Km 29 da Rod.
Tucuruí Pará (PA) 11090200153 11 bovinos para
Oliveira Lima Viva Transcametá
corte
Fazendas Santa Criação de
José de Paula Tocantins
Maria, Santa Luzia Zona Rural Araguaçu 74549979887 28 bovinos para
Leão Junior (TO)
e São José corte
Criação de
bovinos para
José Egídio Maranhão
Fazenda Redenção Zona Rural Açailândia 01173910930 3 corte e cultivo
Quintal (MA)
de pimenta-
do-reino
José Essado Fazenda Barra do Brazabrant Goiás Cultivo de
Zona Rural 01586653172 181
Neto Capoeirão es (GO) tomate
Povoado
José Firmino Fazenda Santo Maranhão
Arapari, zona Santa Luzia 73172596320 17 Pecuária
da Costa Neto Antônio (MA)
rural
José Gomes Rio de
Rua Luiza da
dos Santos - Paracambi Janeiro 02309056413 7 Comércio
Silva Teles, 220
Neto (RJ)
Rod. BR 230,
José Gomes km 47, zona
Fazenda Escorpião Itupiranga Pará (PA) 4983866787 6 Pecuária
Silveira rural de
Itupiranga
José Fazendas Reunidas Zona Rural Santa Piauí (PI) 36816639804 5 Cultivo de
117

Gonçalves Jr. Filomena soja


Rolo
Rodovia BR
317, Ramal do Boca do Amazonas
José Lopes Fazenda F38 915017253 34 Pecuária
Monte, zona Acre (AM)
rural
José Lopes Fazendas Mustafa Boca do Amazonas
Zona rural 68395884249 26 Pecuária
Junior e Fam Acre (AM)
Rod. BR 116, Santa
José Luiz Fazenda Extração de
km 264, zona Capão Alto Catarina 25047590968 13
Koeche Lageadinho madeira
rural (SC)
Rua Fellinto
Mato
José Nilson Auto Guincho Muller, Quadra Várzea
Grosso 11164530100 2 Ferro velho
dos Santos Jussara Ltda 118, Lote 05, Grande
(MT)
JD Paula II
José Pedro de
Estrada Mato Extração
Lima 740404110001
Fazenda Viviane Nortelândia- Nortelândia Grosso 1 mineral
(Pavimentador 47
Diamantino (MT) (pedra)
a São José)
José Pereira Rod. BR-421, Nova Rondônia Cultivo de
Fazenda Guará II 16304560206 5
Barroso linha 26, km 5 Mamoré (RO) abacaxi
São João Minas
José Pereira Fazenda Córrego Córrego Cultivo de
do Gerais 02974509720 22
Miranda Caratinga Caratinga café
Manhuaçu (MG)
Minas
Fazenda Bom Cultivo de
José Queiroz Zona Rural Patrocínio Gerais 00469963620 39
Jardim Santa Rita café
(MG)
Rod. PA-150, Produção de
José Ramalho Goianésia
- km 4, Zona Pará (PA) 62373331691 3 carvão
de Oliveira do Pará
Rural vegetal
Rod. OP 03, Km
Brejo Criação de
José Ribamar Fazenda 20 - Zona Rural
Grande do Pará (PA) 06152538149 58 bovinos para
de Oliveira Consolação CEP: 68521-
Araguaia corte
000
Minas produção de
José Rodrigues Fazenda Córrego
- Pedra Azul Gerais 59815728504 9 carvão
dos Santos D´água
(MG) vegetal
Criação de
José Silva Fazenda Vale do Cumaru do bovinos e
Zona Rural Pará (PA) 09533958200 261
Barros Rio Fresco Norte inseminação
artificial
Gleba
José Simão de Pequizeiro, Tocantins
Fazenda Palac Colméia 28771150463 20 Pecuária
Sousa zona rural de (TO)
Colméia
Estrada
Manga/Carinha
Minas Produção de
José Soares nha (Perto do
Fazenda Itapoã Juvenília Gerais 4192753634 11 carvão
Cordeiro Assentamento
(MG) vegetal
Ouro Verde),
zona rural
Santa
José Volmi de Sítio Ricardo Santa Extração de
Zona Rural Catarina 44330847949 6
Souza (Fazenda Goulart) Cecília madeira
(SC)
Sítio Rio Acima e Bairro Rio do Minas
Jossiel Virgínio Cultivo de
Fazenda do Dr. Peixe, zona Cambuí Gerais 22730125868 39
Pimentel morango
Newmann rural de Cambuí (MG)
Josué Desmatament
Fazenda Faveira do
Agostinho da Zona Rural Oeiras Piauí (PI) 04516249472 12 o de mata
Horácio
Silva nativa
Jovino Luiz Rondônia
Fazenda Vitória Zona rural Porto Velho 31663877220 5 Pecuária
Ferri (RO)
Juciel Dias Estrada Minas Cultivo de
Sítio Bom Jesus Machado 42988918600 16
Correa Machado a Gerais café
118

Serrania, km (MG)
05, 1 Km da
margem
esquerda -
Distrito de
Caixetas
BR 156, km 9 -
Kelma da Silva Amapá
- Curralinho n. Macapá 77577531200 3 Horticultura
Ribeiro (AP)
609
Kevio Romênio Rio de
Rua Luiz Alves, Rio de
Monteiro da - Janeiro 5667582708 6 Comércio
91, Catiri Janeiro
Silva (RJ)
Rua Professor
La Fee
Cesare São Paulo 001382680001
Confecções Oficina de costura São Paulo 12 Setor têxtil
Lombroso, 211, (SP) 94
Ltda
Bom Retiro
Fazendas
Laci Martins Loteamento Tocantins
Esporãozinho e Araguaína 1617397172 1 Pecuária
Silva Muricizal (TO)
Cabeceira
Rod. BA 225,
km 225, zona Agricultura
Laercio Tagliari Formosa do
Fazenda Recreio rural de Bahia (BA) 19709021087 8 (plantação de
Bortolin Rio Preto
Formosa do Rio soja)
Preto
Fazenda Minas produção de
Vila Almas, João
Laert Bolsoni Areião/Riacho Gerais 01188615815 4 carvão
Zona Rural Pinheiro
Fundo (MG) vegetal
Zona rural dos
Fazendas Mangue, Minas Colheita de
Laginha Agro municípios de 122743790009
Poço II e Córrego Capinópolis Gerais 207 cana-de-
Industrial S/A Capinópolis e 64
dos Macacos (MG) açúcar
Ipiaçú
Margem direita Cultivo de
Laginha Agro União dos Alagoas 122743790001
- do Rio Mundaú, 53 cana-de-
Industrial S/A Palmares (AL) 07
zona rural açúcar
Rod. BR-222, Produção de
Landualdo Rondon do
- Vicinal Mutim, Pará (PA) 37583883253 11 carvão
Silva Santos Pará
Km 90 vegetal
Laticínio Vitória Fazenda Rio 021152120001 criação de
Fazenda Rio Xingu Altamira Pará (PA) 33
do Xingu S/A Xingu 40 bovino
Laurinho Estrada da Vila
Rondon do
Caetano da Fazenda Inhumas Gavião, km 36, Pará (PA) 6601219215 6 Pecuária
Pará
Silva Gleba Catitu
Rod. BR 153,
São
Leandro Adjuto km 04, zona
Fazenda Água Domingos
Martins rural de São Pará (PA) 33891591691 15 Pecuária
Branca do
Carneiro Domingos do
Araguaia
Araguaia
Leandro Adjuto zona rural de
São Félix
Martins Fazenda Cannã São Félix do Pará (PA) 33891591691 15 Pecuária
do Xingu
Carneiro Xingu
Leonel de Minas Produção de
Carvoaria do Zona rural de
Souza Paracatu Gerais 18854281620 5 carvão
Leonel Paracatu
Gonçalves (MG) vegetal
Desmatament
Leones Wojcik - Gleba Pacoval Uruará Pará (PA) 29885302972 35
o
Líder
zona rural de Maranhão 676602600012
Agropecuária Fazenda Bonfim Codó 7 Pecuária
Codó (MA) 1
Ltda
Línea Obras e Minas
Rua Star, 243, 054523270001 Construção
Construções - Nova Lima Gerais 53
Jardim Canadá 18 civil
Ltda EPP (MG)
Rod. BR 364, Criação de
Liro Antônio Fazenda Nova Cacaulândi Rondônia
linha C 10, lote 16309006053 7 bovinos para
Ost Querência a (RO)
32, zona rural corte
119

Locação de Av. Rogério


Obra de reforma do
Máquinas e Weber, 1872 /
Antigo Prédio do Rondônia 092982490001 Construção
Construtora Alojamento: Porto Velho 5
Tribunal de Justiça (RO) 08 Civil
Primavera Ltda Rua Almirante
de Rondônia
- ME Barroso, 503,
Lúcio de Vicinal do Criação de
Fazenda Jequitibá
Cássio Vieira Pitinga, km 13, Jacundá Pará (PA) 51723735272 15 bovinos para
(Cássios e Marias)
de Oliveira zona rural corte
Mato Produção de
Lúdio Garcia Fazenda Pedra Chapadão
- Grosso do 32183682191 7 carvão
de Freitas Branca do Sul
Sul (MS) vegetal
zona rural de
Luis Carlos Fazenda Santa São Félix
São Félix do Pará (PA) 2326610814 49 Pecuária
Reis Maria do Xingu
Xingu
Mato Produção de
Luis Felinto da 081951080001
Fazenda São José Zona Rural Selvíria Grosso do 5 carvão
Silva - ME 99
Sul (MS) vegetal
Rodovia MT Nova Mato
Luiz Augusto
Fazenda Beira Rio 208, km 240, Monte Grosso 23810254991 4 Pecuária
Rebouças
zona rural Verde (MT)
zona rural de São José Mato
Fazenda Alto da
Luiz Bononi São José do do Rio Grosso 14400979920 9 Pecuária
Mata
Rio Claro Claro (MT)
Brejo Criação de
Luiz Caetano OP-03, km 28 -
Fazenda São José Grande do Pará (PA) 10325417334 15 bovinos para
da Silva Zona Rural
Araguaia corte
Luiz César Fazenda Santa Goiás Cultivo de
Zona Rural Trindade 31983316172 151
Costa Monteiro Inês (GO) tomate
Rod. PA 256,
Luiz Evaldo km 93, zona
Fazenda Bela Vista Tomé Açu Pará (PA) 39999572200 4 Pecuária
Glória rural de Tomé
Açu
Luiz Geraldo Fazenda São João Paraná 800312630001 Plantio e
Zona Rural 12
Ferreira ME Vitirinópolis I do Triunfo (PR) 05 corte de pinus
Rod. BR-421,
linha C-60, lotes Criação de
Luiz Ney de Fazenda Pedra Rondônia
17, 35, 42 e 47, Ariquemes 52346374253 10 bovinos para
Lima Bonita (RO)
gleba 06, setor corte
Bom Futuro
Luiz Otávio Brejo Criação de
Estrada OPI,
Fontes Fazenda Caribe Grande do Pará (PA) 30326931600 14 bovinos para
zona rural
Junqueira Araguaia corte
M. José M. José Carvalho Furo dos 157499550001 Coleta de
Afuá Pará (PA) 19
Carvalho ME ME Pardos S/N 13 palmito
Rodovia Palmas Coronel
Madeireira Fazenda São Paraná 795379320001
Bituruna, km 26, Domingos 19
Ipiranga Ltda. Manoel (PR) 28
Zona Rural Soares
Magno Gleba Produção de
Breu
Rodrigues de - Alcobaça, Zona Pará (PA) 87374102291 4 carvão
Branco
Souza Rural vegetal
Estrada do Rio
Magnon Preto, km 160
Coelho de Fazenda São José (Vila Capistrano Marabá Pará (PA) 16022408687 14 Pecuária
Carvalho de Abreu mais 8
km), zona rural
Manoel
Cultivo de
Ernesto Lima Pernambu
Engenho Cocula III Zona rural Ribeirão 02419413423 9 cana-de-
Alvim Soares co (PE)
açúcar
Filho
zona rural de
Manoel Primo São Félix
- São Félix do Pará (PA) 15975576172 28 Pecuária
Alves do Xingu
Xingu
Manoel Fazenda Novo Rodovia BR- Rondônia criação de
Vilhena 04804970100 1
Roberto de Horizonte 364, Km76/77, (RO) bovino para
120

Almeida Prado à direita, corte


Patrimônio São
Lourenço
Manoel Rio de
Rua 04, n. 25,
Trigueiro dos - Paracambi Janeiro 84030275400 11 Comércio
Lages
Santos Filho (RJ)
Rua Alexandre Rio de
Manuel Gomes Rio de
- Silva Loureiro, Janeiro 54518679415 20 Comércio
Xavier Janeiro
55, Catiri (RJ)
Rua Serra da
Mar Quente
Raiz, 190, São Paulo 027322340002
Confecções Oficina de Costura Guarulhos 3 Setor têxtil
Jardim São (SP) 30
Ltda
João
Fazenda Mato Criação de
Marcelo Rod. MT-220, Porto dos
Santíssima Grosso 43006671104 2 bovinos para
Kreibich zona rural Gaúchos
Trindade (MT) corte
Espírito
Marcelo Sítio Mundo Bairro Santa Marechal Cultivo de
Santo 00988959747 15
Krohling Novo/Araponga Maria Floriano café
(ES)
Rod.
Transcerrado,
s/n, Serra de
Márcio Antônio Palmeira do Cultivo de
Fazenda Bortolotto Palmeira, zona Piauí (PI) 84056576904 14
Bortolotto Piauí soja
rural de
Palmeira do
Piauí
Márcio Estrada
Chapada Mato
Henrique Fazenda Joaquina Chapada dos Cultivo de
dos Grosso 07901447869 4
Marcondes Marcondes Guimarães- seringueira
Guimarães (MT)
Lários Jangada, km 60
Márcio Pedro Fazenda Três Goiás Criação de
Zona Rural Mineiros 01288873115 4
de Souza Pilões (GO) bovinos
Criação de
Márcio Volpato Fazenda Linha C 60, km Tocantins
Ariquemes 27170560259 2 bovinos para
Cataneo Massangana 30, zona rural (TO)
corte
Marco Antônio Fazenda Rio da Rodovia BR Santana do Cultivo de
Pará (PA) 55478735604 13
Lima e Arantes Prata 158, Zona Rural Araguaia seringueiras
Rod. BR-230,
Marcos André Criação de
km 180, Santo Amazonas
Mendes de Fazenda Água Azul Manicoré 62768220272 3 bovinos para
Antônio do (AM)
Castro corte
Matupi
Santa
Marcos Antônio Localidade de Produção
Fazenda Pelotinhas Lages Catarina 34810374904 11
de Barba Morrinho florestal
(SC)
Estrada da Criação de
Marcos Antônio Água Azul
Fazenda Garupa União, Gleba Pará (PA) 06761682134 15 bovinos para
Eleutério Neto do Norte
Chinfrim corte
Marcos de
Rodovia GO- Gouvelândi Goiás Produção de
Moura Olarias Buriti Alto 56404409615 8
206, km 90 a (GO) tijolos
Henrique
Marcos Rod. BR-222, Rondon do
Fazenda Pau Terra Pará (PA) 06631533287 11
Nogueira Dias km 22 Pará
Rod. BR 222,
Marcos Fazendas São km 95, zona Abel
Pará (PA) 6631533287 43 Pecuária
Nogueira Dias Marcos I, II e III rural de Abel Figueiredo
Figueiredo
Rodovia SC-
430, Km 14, Santa
Marcus Cultivo de
- Localidade de Urubici Catarina 04132004937 5
Aristóteles Zilli maçã
Panelão, Zona (SC)
Rural
Minas produção de
Marcus Aurélio Fazenda Mãe Rodovia MG-
Buritis Gerais 54770432615 5 carvão
Caetano Lourdes 400, Km 15
(MG) vegetal
121

Estrada Velha
de Axixá à
Maria Castro
Transamazônic Axixá do Tocantins Criação de
de Souza Fazenda Pantanal 28037170187 5
a, km 05, Tocantins (TO) bovino
Araújo
margem
esquerda
Maria de Mato Criação de
Lourdes Fazenda Pontal Zona Rural Aquidauana Grosso do 98178830191 4 bovinos para
Ribeiro Fragelli Sul (MS) corte
Rua Francisco
Marilene Mato
Nobre, 394, 055292450001 Construção
Camargo e Cia - Nobres Grosso 6
Bairro Jardim 24 civil
Ltda EPP (MT)
Glória
Fazenda Nova Santana do
Mário Biernaski Zona rural Pará (PA) 35614528920 29 Pecuária
Orleans Araguaia
Rod. BR 414,
Mário de Pinho km 175, zona Vila Goiás
Fazenda HP 357138104 4 Pecuária
Costa rural de Vila Propício (GO)
Propício
Maris Adriana Fazenda Alegria do Paraná Extração de
Zona Rural Palmas 42639883020 3
Covatti Machorras (PR) madeira
Rod.
Transamazônic
Markus Josef
Fazenda Helvetia a, km 150, Pacajá Pará (PA) 03539449809 23
Dahler
Travessão
Serra Azul
Sítio Santo
Marlúcio Cristo, RJ 186, Santo Rio de
Extração de
Queiroz - Estrada Antonio de Janeiro 68071159700 1
minério
Pimenta Pádua/Pirapetin Pádua (RJ)
ga, km 12
Masa Mato
Rod. MT-010, 102143320001 Construção
Construção Fazenda Toledo Tapurah Grosso 44
km 23 22 civil
Civil Ltda. (MT)
Mastel
Rua República
Montagem de Obra no Shopping Pernambu 075314210001 Construção
do Líbano, s/n, Recife 6
Estruturas Riomar co (PE) 98 civil
Pina
Metálicas Ltda
Criação de
Max Neves Maranhão
Fazenda Cangussu Zona Rural Bom Jardim 09621768772 19 bovinos para
Cangussu (MA)
corte
Estrada rural,
Mato Produção de
Mayto Baptista região do Bandeirant
Fazenda Mimosa Grosso do 03420900627 9 carvão
de Rezende Capim Branco - es
Sul (MS) vegetal
Zona Rural
Menegildo Rod. PA 279, Criação de
São Félix
Rodrigues de Fazenda Paraíso região do Xadá, Pará (PA) 05273617553 4 bovinos para
do Xingú
Moura zona rural corte
Rua Gastão
Minas
Metalúrgica Camargo, 577, 127636000018
- Contagem Gerais 6 Metalurgia
Andara Ltda Parque São 3
(MG)
João
Rod. BR 163,
km 1418,
Vicinal do
Miguel Cirilo
Fazenda Sobrado Limão, km 0, Trairão Pará (PA) 42074924100 5 Pecuária
dos Santos
Vicinal do Areia
II, zona rural de
Trairão
Estrada Criação de
Miguel Eugênio
Fazenda do Dr. Transcametá, bovinos para
Monteiro de Baião Pará (PA) 41951239768 16
Miguel km 80, zona produção de
Barros
rural leite
Rod. TO 464, Extração de
Milton de Assis Porto Tocantins
Fazenda Recoma km 62, 82636966820 12 resina de
Neves Nacional (TO)
Loteamento pinus
122

Bananal, zona
rural de Porto
Nacional
Fazenda
Milton Martins Rod. BR 230,
Tocantins/São Itupiranga Pará (PA) 12942065753 54 Pecuária
da Costa km 95
Carlos
Rod. BR 040, Minas Produção de
Minas Fazenda São João 071654120004
km 175, zona Gerais 11 carvão
Refloresta S.A. Bartolomeu Pinheiro 73
rural (MG) vegetal
Rua Dr. Braulio
MKSE Nunes, 153 - 2º
São Paulo 019169080001 Construção
Construções e - andar - São Paulo 13
(SP) 02 civil
Serviços Ltda República - São
Paulo/SP
Estrada
Santa
Moacir Murilo Principal Plantação de
- Imbuia Catarina 48066567987 3
Fernandes Chapadão Eucalipto
(SC)
Unidas
Linha João
Paulo, km 17, à Mato
Fazenda Morada Castanheir
Moacir Sansão esquerda, zona Grosso 2172143120 12 Pecuária
do Sol/ Ferro Duro a
rural de (MT)
Castanheira
Rod. Conceição
do
Tocantins/Taipa
Monarka Brasil Conceição
s, km 2, à Tocantins 794436700010
Estacionament Fazenda Monarka do 12 Pecuária
esquerda, 28 (TO) 2
o Ltda Tocantins
km, zona rural
de Conceição
do Tocantins
Serviço de
limpeza de
Mundial Distrito de área de linha
Ceará 047409620001
Construções e - Chapada - Zona Ubajara 48 de
(CE) 38
Limpeza Ltda Rural transmissão
de energia
elétrica
Rod. PA 279,
km 146,
Natal Ferreira Ourilândia Extração de
Garimpo Maracajá Assentamento Pará (PA) 15580105215 3
da Silva do Norte minério
Maria Preta,
zona rural
Rod. TO 348,
Neen
km 31, à
Agropecuária e Fazenda Neem Araguacem Tocantins 103125700001 Produção
esquerda, 6 km, 10
Florestadora Brasil a (TO) 70 florestal
zona rural de
Sociedade Ltda
Araguacema
Córrego do Espírito
Nelsinho José Fazenda Vargem Cultivo de
Macaco, Rio Jaguaré Santo 00163580740 38
Armani Grande café
Preto (ES)
Rua Cornélio Minas
Nelson Luiz Cultivo de
- Vernize,135 Estiva Gerais 94910030620 25
Pereira morango
Bairro Planalto (MG)
Fazenda Santa
Nestor Hermes Zona Rural Jaborandi Bahia (BA) 20848439015 8 -
Vitória
Neuza Cirilo Sítio Engenho zona rural de São Paulo 823530800047 Cultivo de
Garça 21
Perão e Outros Velho Garça (SP) 0 Café
Couto
Fazendas Lago da
Magalhães
Newton Bezerra, Pau Brasil, Tocantins
- e 2513595149 33 Pecuária
Oliveira São José, Garça e (TO)
Araguacem
Bananal
a
BR 080, Km
São Félix Mato
Nilson Erwino Faz. Agrop. Morada 59,5 - Espigão
do Grosso 28054768168 18 Pecuária
Lottermann Nova do Leste (Vila
Araguaia (MT)
dos Baianos)
123

Rodovia RO
Criação de
Nilton Batista 257, km 28 Rondônia
Fazenda São João Ariquemes 60306718553 6 bovinos para
Ribeiro (Fazenda (RO)
corte
Canaxoe)
Norlândio Rio de
Comunidade do
Souza - Bangu Janeiro 04064919416 18 Comércio
Catiri
Azevedo (RJ)
Santa
Obiratan Herval do Colheita de
Fazenda Sarandi Zona Rural Catarina 44545231934 2
Carlos Bortolon Oeste erva-mate
(SC)
Mato Produção de
Odier Alves de
Fazenda Caiçara III - Selvíria Grosso do 44623984168 7 carvão
Freitas
Sul (MS) vegetal
Olegário
Fazenda São João Paraná 732821540001 Plantio e
Germano Zona Rural 9
Vitirinópolis II do Triunfo (PR) 97 corte de pinus
Ullmann ME
Estrada da
Mata Verde,
Oneildo Lopes São Félix
Fazenda Valadares zona rural de Pará (PA) 11787929191 9 Pecuária
Valadares do Xingu
São Félix do
Xingu
Gleba Raposo
Nova Mato
Onério Tavares,
Fazenda Serrinha Bandeirant Grosso 22192638868 19 -
Castanha Estrada
es (MT)
Matrinxã, km 7
Rod. GO-206,
km 90, mais 32
Onivaldo de km à direita
Olaria Região Buriti Gouvelândi Goiás Produção de
Oliveira (sentido 45049050197 4
Alto a (GO) tijolos
Paracatu Gouvelândia a
Inaciolândia),
zona rural
Onofre Criação de
Fazenda Água Rod. TO-210, Tocantins
Marques de Ananás 05004314187 10 bovinos para
Roxa Zona Rural (TO)
Melo corte
Minas
Organização Rua Govan, 75, 651243070001 Construção
- Nova Lima Gerais 8
Verdemar Ltda Jardim Canadá 40 Civil
(MG)
Rodovia
Transamazônic
Orlando
Fazenda Triângulo a, Km 205,
Barbosa de Pacajá Pará (PA) 4070461604 43 Pecuária
Mineiro vicinal, 35 Km à
Souza
direita, Zona
Rural
Gleba 1 - Pontal
Oscar Antônio do Ribeiro Goiás Cultivo de
Fazenda Rio Claro Jataí 20899742068 16
Rossato Ariranha com o (GO) oleaginosas
Rio Claro
Fazenda Vale dos Criação de
Osmar Alves
Sonhos - Sumauma Zona Rural Piçarra Pará (PA) 03144763187 14 bovinos para
dos Santos
II corte
Rodovia BR 163
- Rodovia BR
163, Km 54,
sentido Novo
Osmar Antônio Progresso/Mora Extração de
- Altamira Pará (PA) 92875106104 3
Daghetti is de Almeida, madeira
com acesso
pela vicinal
Dimantino, Km
60
Produção de
Osmar Ramos Fazenda Lagoa do Goiás
Zona rural Rio Verde 38573750197 2 carvão
Gomes Bauzinho (GO)
vegetal
Osvaldino dos Produção de
Carvoaria do Carvoaria do Goianésia
Anjos de Pará (PA) 12900354234 11 carvão
Osvaldino Osvaldino do Pará
Souza vegetal
124

Rod. BR 364,
km 992, zona Criação de
Osvaldo Alves Rondônia
Fazenda Agrinbo rural, Vista Porto Velho 00570214220 11 bovinos para
Ribeiro (RO)
Alegre do corte
Abunã
Osvaldo Linha 115, setor
Fazenda Chupinguai Rondônia
Marcelino de 10, Gleba 859265668 11 Pecuária
Bandeirante a (RO)
Mendonça Corumbiara
Canal das
Ovídio Octávio
Fazenda Santa Tartarugas, Criação de
Pamplona Soure Pará (PA) 00849260230 30
Maria Contra Costa da búfalo
Lobato
Ilha do Marajó
Campo Mato
Parecis 765552000018 Construção
- - Novo do Grosso 78
Energia S/A 1 Civil
Parecis (MT)
Santa Extração
Parra e Cia Linha 798907370001
- Ipumirim Catarina 12 vegetal
Ltda Cordilheira 87
(SC) (madeira)
Rodovia
Mato Criação de
Paulo Afonso Fazenda São Dourados/Tahu
Itahum Grosso do 16360575191 1 bovinos para
de Lima Lange Lourenço m, km 35, zona
Sul (MS) corte
rural
Lotes 31-33, 35
e 36,
Loteamento Porto Produção de
Paulo César Fazenda Estância Tocantins
Laginha, zona Alegre do 98595164134 14 carvão
Alves Carneiro do Buriti (TO)
rural de Porto Tocantins vegetal
Alegre do
Tocantins
Rod. BR-285,
Rio
Paulo Cezar km 51 Cultivo de
- Bom Jesus Grande do 73466778034 24
Segala Rondinha, Zona batata
Sul (RS)
Rural
Zona rural de Produção de
Paulo Gabriel Bom Jesus
Fazenda Porto Bom Jesus da Bahia (BA) 73769843568 1 carvão
Novais Miranda da Lapa
Lapa vegetal
zona rural,
Minas
Paulo Gorayeb Fazendas Dom Senador
Diamantina Gerais 41610954653 40 Mineração
Neves Bosco e Estoque Mourão,
(MG)
Diamantina
Localidade de
Paulo Roberto Morrinhos, zona Barra do Cultivo de
Fazenda Estância Bahia (BA) 2170604553 17
Bastos Viana rural de Barra Choça Café
do Choça
Bandeirant
Paulo Roberto Tocantins
Fazenda Polinardo Zona rural es do 28888251634 16 Pecuária
Elias Cardoso (TO)
Tocantins
Rodovia BR 101 Plantação de
Espírito
Pedro Elias de Fazenda Córrego Norte, Km 74, coco e
São Mateus Santo 68205805768 13
Martins dos Cavalos Córrego dos extração de
(ES)
Cavalos palmito
Rodovia MG-
Pedro Minas
223, Km 25, Cultivo de
Eustáquio Fazenda Cunhas Araguari Gerais 35048328604 13
mais 5 km à tomate
Pellegrini (MG)
esquerda
Rodovia BR
Pedro Montes Produção de
Fazenda Rancho 070, Km 398, à Goiás
Lourenço Claros de 313614806 4 carvão
Grande direita mais 41 (GO)
Montes Goiás vegetal
Km, Zona Rural
Criação de
Distrito de Espírito
Peris Vieira de bovinos para
Fazenda Jerusalém Celina, Zona Alegre Santo 21452725772 6
Gouvêa leite e culltivo
Rural (ES)
de café
Santa
Procopiak Fazenda Rio 832440530001 Cultivo de
Rodovia BR 280 Canoinhas Catarina 5
Florestal Ltda d´Areia 85 pinus
(SC)
125

Estrada Pádua
Quatro Irmãos Pirapetinga, Km Santo Rio de
Pedreira Quatro
Pedras Ltda 12, RJ 186, Antônio de Janeiro 901527000197 5 Pedreira
Irmãos
ME Bairro Santo Pádua (RJ)
Cristo
Margens do Rio
Quintino Fazenda Rio Igarapé Cultivo de
Jamorin, zona Pará (PA) 08807981220 7
Pereira Araujo Jamorin Mirim açaí
rural
Rod. BR 222,
R. G. Indústria
km 66, 36 km à Produção de
e Comércio de Carvoarian do Rondon do 736322800019
direita, zona Pará (PA) 7 carvão
Carvão Vegetal Rogério Pará 5
rural de Rondon vegetal
Ltda
do Pará
Rod. BR 222,
km 40, a 35 km
Raimundo na vicinal Mãe Bom Jesus
Fazenda Morada
Rocha Martins Maria, zona do Pará (PA) 23167742100 14 Pecuária
Nova
Filho rural de Bom Tocantins
Jesus do
Tocantins
Produção de
Governador
Ramilton Luis Maranhão carvão
Fazenda Terra Bela Zona Rural Edison 74507982391 10
Duarte Costa (MA) vegetal de
Lobão
coco babaçu
Raphael Carlos Gleba Gurupi, Maranhão Produção
Fazenda Triângulo Carutapera 16150813568 1
Galletti lote 172 (MA) florestal
Raul Cezar Rod. MG 400, Minas Produção de
Fazendas Atrás da
Esteves de km 30, zona Buritis Gerais 57311447100 3 carvão
Serra e Pé da Serra
Souza rural (MG) vegetal
Realsul
Reflorestament Rua Allan Bocaiúva Paraná 775857010001 Reflorestame
- 13
o Américas do Kardec, 75 do Sul (PR) 64 nto
Sul Ltda.
Minas
Reginaldo Cultivo de
Fazenda Boa Vista Zona Rural Claraval Gerais 02839731886 24
Freire Leite café
(MG)
Renato Mato Criação de
Fazenda Fazenda Porto
Junqueira Grosso do 01357891849 12 bovinos para
Quebracho Quebracho Murtinho
Meirelles Sul (MS) corte
Renato Produção de
Rod. GO-173, Goiás
Rodrigues da Fazenda Chaparral Britânia 49754386153 17 carvão
Zona Rural (GO)
Costa vegetal
Renato Sérgio Olarias nas
São Francisco, Gouvelândi Goiás Produção de
de Moura Fazendas Lagoa 98902806120 7
zona rural a (GO) tijolos
Henrique Bonita e Bruaca
Rio
Ricardo Peralta 069163200001 Extração de
- Zona Rural Cacequi Grande do 4
Pelegrine 72 madeira
Sul (RS)
Rio Real Distrito de Produção de
Fazenda Lago Sandolândi Tocantins 016420830002
Empreendimen Dorilânia, zona 6 carvão
Grande a (TO) 66
tos Ltda rural vegetal
Rita de Cássia Mato Produção de
Bandeirant 103541790001
de Oliveira Fazenda Mimosal Zona rural Grosso do 1 carvão
es 39
Andrade ME Sul (MS) vegetal
Roberto Rodovia BR Criação de
Maranhão
Barbosa de Fazenda Barbosa 222, km 413 - Santa Luzia 33649065568 20 bovinos para
(MA)
Souza Zona Rural corte
Roberto
Fazenda São Pimenteiras Rondônia Criação de
Demario Zona Rural 27656608915 219
Joaquim / Mequéns do Oeste (RO) bovinos
Caldas
Chapada das
Mangabeiras,
Roberto Fazendas Itambi II Barreiras Cultivo de
zona rural de Piauí (PI) 70006695949 4
Kumasaka e III do Piauí soja
Barreiras do
Piauí
126

Rocha Silva
R. Pará, Quadra Luís
Madeireira e Serraria Rocha e 787584600011
167, lote 10, Eduardo Bahia (BA) 4 Serraria
Construção Silva 4
Mimoso I Magalhães
Ltda
Fabricação
Rockenbach
Rod. SP 101, de artefatos
Tecnologia em São Paulo 373928300018
- km 1, Vila Boa Campinas 20 de cimento
Pré-Moldados (SP) 6
Vista para uso na
Ltda
construção
Estrada
Mato
Rogério Arioli Fazenda Passo Municipal de
Brasnorte Grosso 33770280059 2 Pecuária
Silva Fundo Brasnorte, Zona
(MT)
Rural
Rod. PA 150,
aproximadamen Produção de
Rogério Lopes Carvoaria do
te 3 km sentido Tailândia Pará (PA) 04208990732 4 carvão
da Rocha Rogério
Goianésia, zona vegetal
rural
Gleba
Cachoeira,
loteamento
Rogério Jutuba, vicinal Goianésia
Fazenda Valerience Pará (PA) 1735126748 6 Pecuária
Pirschner Boa Esperança, do Pará
zona rural de
Goianésia do
Pará
Criação de
Romar Divino Fazenda Vale do Curionópoli
Zona Rural Pará (PA) 24208493100 15 bovinos para
Montes Paraíso II s
corte
Rodovia PA
Fazendas São
150, km 35,
Ronaldo Araújo Gabriel, Ouro Extração de
Ramal do Tailândia Pará (PA) 29294274268 52
Costa Verde e Campo madeira
Divino, km 33,
Verde
zona rural
Produção de
Ronaldo Garcia Rondon do
Carvoaria Nova Zona Rural Pará (PA) 42735963268 19 carvão
Pereira Pará
vegetal
Rodovia BR
060, km 1315 - Mato Produção de
Ronaldo Jesus Fazenda
Paraíso Água Clara Grosso do 02794770152 6 carvão
Pereira Piracanjuba I
Camapuã - Sul (MS) vegetal
Zona Rural
Ronaldo Mato
090367640001
Rebert de - - Maracaju Grosso do 10
01
Menezes ME Sul (MS)
Ronnie Fazenda
Produção de
Petterson Vitórioa/Carvoaria Tocantins
- Almas 65999428149 2 carvão
Moreira de do Ronnie (TO)
vegetal
Melo Petterson(Brejão)
Rubens
Ferrovia
Francisco Fazenda São
Carajás, Km Marabá Pará (PA) 14333813972 15 Pecuária
Miranda da Francisco
760, Zona Rural
Silva
Rod. BR-070,
Mato
Rubens Ramos Fazenda Boi km 130, Distrito
Cáceres Grosso 00170593134 3
de Moura Branco de Frecha (Vila
(MT)
da Sadia)
Fazendas Beija- Nova Mato
Rubens Região do Rio
Flor e Toca da Canaã do Grosso 95542485804 8
Roberto Rosa Tapaiúna
Onça Norte (MT)
Minas Produção de
Vila Acari, zona
Rudimar Piccini Fazenda Retiro Pintópolis Gerais 60084995068 15 carvão
rural
(MG) vegetal
Criação de
Mato
Samarone de bovinos para
Fazenda Beira Rio Gleba Rio Ferro Feliz Natal Grosso 82797757149 20
Freitas corte e
(MT)
extração de
127

madeira
Estrada Gleba
Samuel Fazenda
Pau do Remo, Viseu Pará (PA) 57282234 7 Pecuária
Kabacznik Mejer/Piriá
s/n
Estrada Boa Criação de
Sandra Vilela Esperança à Mato bovinos para
Fazenda Nossa Nova
de Freitas Santo Antônio, Grosso 40556514149 14 corte e
Senhora Aparecida Ubiratã
Oliveira Km 32 - Zona (MT) exploração de
Rural seringais
Rodovia RN Rio
Santo Antônio Rio do 244531360002
- 064, km 35, Grande do 7
Agrícola S.A. Fogo 04
Distrito Punaú Norte (RN)
Sávio Rodovia GO
Goiás Extração de
Domingos de Fazenda Santa Rita 326, Km 36, à Anicuns 88447170187 14
(GO) madeira
Oliveira direita
Estrada da
Morada do Sol,
Sebastião da gleba Maguari, São Félix
Fazenda SMG Pará (PA) 17802466253 16 Pecuária
Silva Lopes zona rural de do Xingu
São Félix do
Xingu
Criação de
Sebastião Fazenda Kero Kero Rodovia BR 317 Boca do Amazonas
15320790600 13 bovinos para
Gardingo e Fazenda Simonik km 22 e km 33 Acre (AM)
corte
Sebastião Fazendas Mato Criação de
Paragomin
Marques da Grosso e Toca da Zona Rural Pará (PA) 09795561200 24 bovinos para
as
Silva Onça corte
Criação de
Gleba Nhandú, bovinos para
Sebastião Mato
Fazenda 05 Estrada do Novo corte e
Neves de Grosso 03142736115 126
Estrelas Aragão - 12 Km Mundo aluguel de
Almeida (MT)
de Novo Mundo pastos a
terceiros
Sebastião Distrito de São
Pinto de Fazenda Jaburu Francisco, Zona Xinguara Pará (PA) 19765568134 6 Pecuária
Almeida Rural
Sebastião Rodovia GO
Olaria na região de Gouvelândi Goiás Produção de
Ribeiro do 206, saída à 48862282672 3
Caracol a (GO) tijolos
Prado altura do km 90
Barra do
Ribeirão do
Correia,
margem
Sebastião esquerda do Minas
Fazenda Estrela Governador
Rodrigues de Rio Suassuí Gerais 3103056672 1 Pecuária
Dalva Valadares
Souza Pequeno, (MG)
Rodovia BR
259, Km 28,
Distrito de
Breajubinha
Minas
Sebastião Sítio Pinhalzinho Cultivo de
Zona Rural Itapeva Gerais 05574995697 23
Roelto Andrade dos Policas morangos
(MG)
Rod. GO-040,
Selson Alves Fazenda Goiás
km 08, zona Goiatuba 15994970697 15
Netto Bandeirantes (GO)
rural
Rodovia GO - Cultivo de
Selson Alves Fazenda Goiás
040, Km 08, Goiatuba 15994970697 32 cana-de-
Netto Bandeirantes (GO)
Zona Rural açúcar
Produção de
Sérgio Antônio zona rural de Tocantins
Fazenda Scala II Cristalândia 19978294600 7 carvão
Nascimento Cristalândia (TO)
vegetal
Estrada do
Sérgio Luiz Fazenda Terra Brusque, zona Cumaru do
Pará (PA) 21082561134 16 Pecuária
Xavier Seronni Roxa rural de Cumaru Norte
do Norte
128

Sete Sete Rua Serra da


Cinco Canastra, 110, Carapicuíb São Paulo 486872480001
- 2 Setor têxtil
Confecções mezanino, a (SP) 07
Ltda Jardim Planalto
Sidney Estrada do
Gonçalves de Sítio Maciel Curuatinga, Uruará Pará (PA) 40398650225 6 Pecuária
Jesus Zona Rural
Sigma Florestal Estrada Vicinal,
Mato Produção de
Indústria e Analândia do Marcelândi 082597180001
Carvoaria Sigma Grosso 5 carvão
Comércio Ltda. Norte, zona a 09
(MT) vegetal
EPP rural
Rua Geraldo
Silobay do Alves de
Brasil Andrade, 133,
São Paulo 112489740001
Confecções Oficinas de Costura Jardim Brasil e São Paulo 9 Setor têxtil
(SP) 05
Indústria e Rua General
Comércio Ltda Sócrates, 264,
Penha
Estrada Mato
Silvino Santana
Sítio Água Viva Nortelândia- Nortelândia Grosso 10402952820 2 -
Araujo
Diamantino (MT)
Rodovia GO
Olaria na região de 206, saída à Gouvelândi Goiás Produção de
Sílvio da Silva 86804391187 4
Lagoa Bonita altura do km a (GO) tijolos
114
Estrada Mato Cultivo de
Fazenda Olho
Sílvio Zulli Coenge, km 16, Poconé Grosso 07940246968 318 cana-de-
D´Água
Zona Rural (MT) açúcar
Estrada Mato Cultivo de
Fazenda Olho
Sílvio Zulli Coenge, km 16, Poconé Grosso 07940246968 22 cana-de-
D´Água
Zona Rural (MT) açúcar
Minas
Simão Sarkis Fazenda Santo Zona rural de
Paracatu Gerais 2317940106 10 Pecuária
Simão Aurélio Paracatu
(MG)
Produção de
Simirames Novo Tocantins
Fazenda Manduca Zona Rural 01266624104 6 carvão
Afonso da Silva Acordo (TO)
vegetal
Sinomar Cultivo de
Goiás
Pereira de Fazenda Aguapé Zona Rural Mairipotaba 06130690134 65 sementes de
(GO)
Freitas capim
Sormany Minas produção de
Fazenda Para Jequitinhon
Amorim de - Gerais 55767060568 4 carvão
Águas Belas ha
Souza (MG) vegetal
Desmatament
Tarcio Juliano Fazenda Alto da Amazonas o / Criação de
Zona Rural Lábrea 65401670249 10
de Souza Serra (AM) bovinos para
corte
Margens do Rio
Tarcio Juliano Fazenda Alto da Amazonas
Endimari, zona Lábrea 65401670249 7
de Souza Serra (AM)
rural
Rua Leopoldina, Minas
Teixeira e Belo 166609020001 Construção
- 260, bairro Gerais 6
Sena Ltda Horizonte 94 civil
Santo Antônio (MG)
Estrada do Rio
do Ouro, zona
Terezinha Formosa do Cultivo de
Fazenda Vitória rural de Bahia (BA) 42773709934 5
Lazarim Rio Preto soja
Formosa do Rio
Preto
Monte
Thiago Neiva Goiás criação de
Fazenda João Luiz Zona Rural Alegre de 00330874152 3
Honorato (GO) bovino
Goiás
TIISA - Triunfo Minas
Construção da União de 105795770003 Construção
Iesa Infra- zona rural Gerais 6
Ferrovia Norte-Sul Minas 15 civil
Estrutura SA (MG)
Tocos Fazenda Sertão Zona Rural Campos Rio de 741851740001 53 Cultivo de
129

Agrocanavieira dos Janeiro 02 cana-de-


S.A. Goytacazes (RJ) açúcar
Transcarmo
Mato Criação de
Transporte de Vila Três 248445160001
Fazenda Mata Azul Confresa Grosso 7 bovinos para
Combustíveis Flechas 80
(MT) corte
Ltda.
Rod. GO-178,
km 28, mais 25 Produção de
Transportadora Fazenda Ribeirão Goiás 227152620002
km à direita, Itajá 19 carvão
M G Ltda. ME Grande (GO) 56
sentido Itarumã- vegetal
Itajá, zona rural
Santa
Transportes Ari Rua Sete de Lindóia do 723165400001 Extração de
- Catarina 6
Barbieri Ltda. Setembro, s/n Sul 90 madeira
(SC)
Úrsula
Darcinópoli Tocantins Extração de
Zimmerli Fazenda Buriti Zona Rural 36930075949 14
s (TO) madeira
Johansen
Urzeni da
zona rural de Roraima
Rocha Freitas Fazenda Paraíso Cantá 15549305100 26 Pecuária
Cantá (RR)
Filho
Cultivo de
Usina Salgado Pernambu 103837500001
Engenho Califórnia Zona rural Escada 50 cana-de-
S.A. co (PE) 43
açúcar
Margem
esquerda do
Rio Mundaú, Cultivo de
Usina Santa Alagoas 126078420001
- margem direita Rio Largo 401 cana-de-
Clotilde S/A (AL) 95
da Rodovia BR- açúcar
101, sentido
Pilar-Messias
Vicinal
Usina Garrafão,
Abel 157730400018
Siderúrgica de - Assentamentos Pará (PA) 20 Siderurgia
Figueiredo 9
Marabá S.A. Água Azul e
Paraíso Azul
Rodovia
Transamazônic
Valber Fazenda Medicilândi
a, Km 140, Pará (PA) 24846317315 13 Pecuária
Falquetto Tucandeira a
Gleba Floresta,
Lote 12
Rod. Criação de
Valdeci dos Fazenda São Tocantins
Colméia/Guaraí, Colméia 14620731668 8 bovinos para
Anjos Brito Sebastião (TO)
Zona Rural corte
Estrada das
Produção de
Valdecir Brás Crioulas, Km Breu
Carvoaria Paraná Pará (PA) 57486131749 9 carvão
Luchi 07, s/n, Zona Branco
vegetal
Rural
Estrada das
Produção de
Valdecir Brás Crioulas, Km Breu
Carvoaria Califórnia Pará (PA) 57486131749 8 carvão
Luchi 08, s/n, Zona Branco
vegetal
Rural
Valdemar
Fazenda Vale do Criação de
Rodrigues do Zona Rural Itupiranga Pará (PA) 09231501100 9
Rio Preto bovinos
Vale
Rodovia
Valdemir
Transamazônic
Machado Fazenda Xará Itupiranga Pará (PA) 47487186768 20 Pecuária
a, BR 253, Km
Cordeiro
80
Rod. BR 317,
Valdimiro km 26, ramal 2,
Fazenda São Boca do Amazonas
Oliveira dos 9 km, zona rural 2796538249 1 Pecuária
Francisco I Acre (AM)
Santos de Boca do
Acre
Estrada Vila Mato
Valdivino da criação de
Fazenda Califórnia Rica-Santa Vila Rica Grosso 16991966134 5
Rocha bovino
Teresinha, mais (MT)
130

20 km, Zona
Rural
Valfredo Estrada de Novo Criação de
Fazenda Santa
Macedo da Itacaiunas, Km Repartimen Pará (PA) 17281598300 41 bovinos para
Clara
Silva 56 - Zona Rural to corte
Rod. RST-101, Rio
Valnei José São José Corte de
- Zona Rural, Grande do 66492041020 6
Queiroz do Norte pinus
Capão da Areia Sul (RS)
Valorem
Indústria
Fazendas Pica
Comércio de Paraná 961921410001
Pau/Carrapato/Figu Cerro Azul Cerro Azul 8 -
Madeiras e (PR) 22
eira
Assessoria
Florestal Ltda.
Criação de
Vanil Martins
Fazenda Entre Rios Zona Rural Marabá Pará (PA) 06830560691 5 bovinos para
Sampaio
corte
Criação de
Versátil Rodovia PA - bovinos para
Versátil Construção Paragomin 029380400001
Construção e 125 , Bairro Pará (PA) 21 corte e cultivo
e Serviços Ltda as 04
Serviços Ltda Industrial de milho e
arroz
Versionil Fazenda Minas Produção de
Distrito de Cana João
Coelho de Vazantão/Vargem Gerais 30156785668 7 carvão
Brava Pinheiro
Camargos Bonita de Cima (MG) vegetal
Rodovia BR
Fazendas Monte Produção de
Vicente Araújo 135, Km 441
Curralinhos e Boa Alegre do Piauí (PI) 71813152696 15 carvão
Soares mais 15 Km à
Esperança Piauí vegetal
direita
Rodovia
Transamazônic
Criação de
Vicente a, km 185,
Fazenda Uruará Uruará Pará (PA) 09291326291 29 bovinos para
Nicolodi vicinal Transiriri,
corte
km 70 - Zona
Rural
Rodovia PA
279, Km 146,
Vicente Paulo Projeto de Ourilândia
Garimpo Maracajá Pará (PA) 67071694249 13 Garimpo
Lourenço Lima Assentamento do Norte
Maria Preta,
Zona Rural
Vicente Pereira Rod. GO-330, Goiás Cultivo de
Fazenda Santana Vianópolis 17150353649 21
de Souza Neto Zona Rural (GO) batata
Rodovia BR-
Viderlândio criação de
222, km 86, Rondon do
Rodrigues dos Fazenda Chego Lá Pará (PA) 30733812287 6 bovino para
margem direita Pará
Santos corte
15 km
Vieira Cardoso Reflorestame
Serraria Dutra, Doutor Paraná 105194910001
Embalagens Fazenda Itapirapuã 4 nto e corte de
Zona Rural Ulysses (PR) 35
Ltda. pinus
Criação de
Vilson de Fazenda Cabana Zona Rural - Maranhão
Santa Luzia 02164957504 7 bovinos para
Araújo Fontes da Serra Morcego (MA)
corte
Linha Lajeado
Santa
Vinícius Vancin Quintino, 346959200018 Cultivo de
- Concórdia Catarina 14
Frozza próximo ao 3 erva-mate
(SC)
bairro Sintrial III
W. S. A.
OTR Comunidade Amazonas 088174850001
Madeireira Ltda Rio Mamuru Parintins 15 -
do Semeão (AM) 12
ME
Walder Rodovia PA Ipixuna do
Fazenda Santa Rita Pará (PA) 5015618700 23 Pecuária
Machado 256, Km 80, s/n Pará
Walderez Brejo
Fazenda Santa Rodovia OP3,
Fernando Grande do Pará (PA) 3960951604 79 Pecuária
Maria Zona Rural
Resende Araguaia
131

Barbosa
Walter zona rural de Rio de Cultivo de
Fazenda Lagoa Campos do
Lizandro Campos do Janeiro 6347398753 2 cana-de-
Limpa Goytacazes
Godoy Goytacazes (RJ) açúcar
Estrada do Mato Produção de
Walter Lúcio
Fazenda Estrela Cascalho Alcinópolis Grosso do 72572957868 13 carvão
Klebis
Branco Sul (MS) vegetal
Rua Henrique
Miranda Sá, lote
Walter 4, quadra 1, Minas
Juiz de Construção
Machado - loteamento Gerais 23651970604 5
Fora Civil
Pereira Recanto das (MG)
Pedras, Bom
Jardim
Reflorestame
Welson nto e
Fazenda Santa Rita Goiás
Albuquerque Zona Rural Vianópolis 44893574191 16 extração de
da Estalagem (GO)
Ribeiro Borges madeira
(eucalipto)
Rod. PA-263,
Vicinal Tracajá-
Produção de
Welson Açu, Breu
- Pará (PA) 68088108268 2 carvão
Moreira da Luz Assentamento Branco
vegetal
São Pedro, Km
9,6
Weslei
Produção de
Lafaiette Carvoaria do Rodovia PA 150 Goianésia
Pará (PA) 54733359187 7 carvão
Ferreira Weslei - Zona Rural do Pará
vegetal
Guimarães
Rod. BR-230,
km 180, sentido
Humaitá-Apuí,
Fazenda Água
Criação de
Wester Gude Azul, Linha Amazonas
Sítio Tic Tec Manicoré 71476199272 4 bovinos para
Butzke Triunfo, Vicinal (AM)
corte
Bom Futuro, km
24, zona rural,
Santo Antônio
do Matupi
Quinta vicinal
Criação de
Wilker Marques sul norte, lote Parauapeb
Fazenda do William Pará (PA) 93790325287 2 bovinos para
Campos 185, Palmares as
corte
Sul, zona rural
Criação de
Rod. PA 150 - bovinos e
Wilson Ferreira
Fazenda California KM 142 - Zona Goianésia Pará (PA) 45126313720 26 produção de
da Rocha
Rural carvão
vegetal
Santa Cultivo e
Banhados, Rio
Wilson Zemann - Catarina 79124941972 22 colheita de
Zona Rural Negrinho
(SC) fumo
R. Pará de
WS Modas São Paulo 139786900001
- Minas, 169, São Paulo 11 Confecção
Ltda (SP) 08
Jardim Peri
Rua José
Zaquieu Obra no campus da
Lourenço Minas
Arquitetura e Universidade Juiz de 095134150001 Construção
Kelmer, sn, Gerais 21
Construção Federal de Juiz de Fora 33 civil
bairro São (MG)
Ltda Fora (UFJF)
Pedro
Localidade de
Zélio José Gavião Bonito, Paraná Cultivo de
Sítio Debas Reserva 50974254991 5
Debas zona rural de (PR) tomate
Reserva
Rod.
Zelzito
Transamazônic
Gonçalves Fazenda Planalto Itupiranga Pará (PA) 17368600625 4 Pecuária
a, vicinal 13, km
Meira
18, Cajazeiras
132

Mato
Fazenda Rodovia MT 102099900001
Zenir B. Savi Tapurah Grosso 18 -
Esmeralda 449, km 60 26
(MT)
Rodovia MT
Zihuatanejo do 413, Km 14, Mato Cultivo de
379460000040
Brasil Açúcar e Destilaria Araguaia Fazenda Confresa Grosso 55 cana-de-
0
Álcool S.A. Gameleira, (MT) açúcar
Zona Rural

Fonte: www.reporterbrasil.org.br

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