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Nonaka e Tekeuchi
A Espiral do Conhecimento ou SECI pode otimizar a transferência do conhecimento entre os
colaboradores e assim impulsionar a inovação e o crescimento do seu negócio.
A razão para isso é que, através deste modelo de gestão do conhecimento, é possível
transmitir os aprendizados adquiridos através das experiências dos funcionários mais antigos
para os mais novos de uma forma sistematizada.
Continue a leitura de saiba os motivos para estudar a Espiral do Conhecimento, quais são as
suas etapas e como proporcionar uma cultura de aprendizagem no seu negócio.
A chegada de um novo colaborador dentro da empresa é sempre um desafio, é natural que ele
leve um tempo para se familiarizar com a equipe, com os processos e com as novas funções,
mas se você utilizar a Espiral do Conhecimento é possível facilitar esse momento.
Isto acontece porque esse modelo detalha todo o processo de criação do conhecimento nas
organizações de uma maneira cíclica, para que seja mais fácil disseminá-los para os outros
funcionários.
Além disso, com esse modelo fica mais fácil que os colaboradores mais experientes passem os
aprendizados práticos. Desta forma a empresa retém os conhecimentos dos colaboradores
mais talentosos e pode promover melhorias contínuas através deles.
Um dos seus trabalhos mais conhecidos é o livro “The Knowledge Creating Company” (A
Empresa Criadora de Conhecimento), no qual eles apresentam a Espiral do Conhecimento.
Para esses dois estudiosos, há duas formas principais de conhecimento, o tácito e o explícito,
agora vamos conhecer melhor cada um deles.
Conhecimento Tácito
A palavra tácito vem do latim e significa silencioso, ou seja, é o conhecimento que surge a
partir das experiências que temos ao longo da vida, muitas vezes até passando quase
despercebido.
Por essa razão, é uma das formas de conhecimento mais difíceis de serem transferidas de
maneira formal, através de aulas, por exemplo, já que o próprio indivíduo muitas vezes não
sabe explicar como adquiriu esse aprendizado.
Nas organizações é fácil de saber quem possui este conhecimento. Um exemplo é são os
vendedores mais experientes, que só de olhar para os futuros clientes já sabem quais são as
melhores táticas para apresentar os produtos e persuadi-los a comprar.
Conhecimento Explícito
Outra forma de conhecimento apresentada por Nonaka e Takeuchi e que foram utilizadas para
embasar a Espiral do Conhecimento é o conhecimento explícito, também com origem no latim,
esta palavra significa declarado, dito.
Dentro das organizações você encontra esta forma de aprendizado através dos manuais que
detalham as atividades de um determinado setor ou função e os bancos de dados com
informações sobre os clientes.
Socialização
A primeira etapa da Espiral do Conhecimento é a socialização, nela acontece a transmissão de
um conhecimento tácito de um colaborador para outro. Esta troca ocorre através de uma
mentoria, trabalho em equipe ou brainstorming.
Mas além disso, a socialização também surge da observação, quando um novo funcionário
assiste o outro atendendo aos clientes, por exemplo.
Por isso, é importante criar um ambiente no qual a interação entre os membros seja
estimulada, permitindo que as trocas aconteçam e assim o conhecimento seja transmitido.
Externalização
Passada a etapa de socialização vamos para a externalização, quando o conhecimento tácito e
passado para o explícito.
Essa fase bastante delicada do processo, pois como já comentei o conhecimento tácito é mais
difícil de ser comunicado, então o que se busca nesta fase é facilitar o processo.
Para chegar neste objetivo são criadas ferramentas que facilitem o acesso do conhecimento
para outros membros da empresa. Alguns exemplos são: elaboração de um manual técnico a
partir de um brainstorming com os colaboradores e a criação de um diagrama para solucionar
problemas.
Combinação
Nessa etapa da Espiral do Conhecimento, um conhecimento explícito é transformado em outro
conhecimento explícito, combinando eles para ampliar a sua capacidade de aprendizagem.
Durante esse processo surgem muitas ideias inovadores que produzem um novo
conhecimento. Uma maneira de aplicar isso nas empresas é fazer reuniões entre os setores
para que juntos encontrem a solução para determinado problema.
Internalização
A internalização é o encerramento do ciclo, quando o conhecimento explícito já foi tão bem
incorporado que ele passa a ser tácito, isto é, quando o colaborador já compreende tão bem
que já está no “modo automático”.