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FICHA DE LEITURA 4

Nome do estudante: Rossina Princesa Lucas


Nome do docente: Milton Gove
Curso: Ciências de Administração e Gestão Ano: 1º Regime: Ensino à Distância
Unidade Curricular: Contabilidade Geral I Data: 09 de Agosto de 2023

Referências Bibliográficas:

Borges, A. et al. (1998). Estudo de Contas, elementos de Contabilidade Geral. Áreas Editora, 16ª
Edição, Lisboa;

Vertes, A. (1991). Iniciação à dupla Contabilidade Geral (p. 21). Novo Hamburgo: Otomit.

Tema: Inventário e Balanço


Pag. Obs.
1.0. Conceito de inventário

De acordo com Borges et al. (1998), inventário é a relação escrita dos elementos
patrimoniais concretos, com a indicação das suas quantidades, preços unitários e
valores.
O património e o Inventário são noções completamente distintas: enquanto que o
património é o conjunto de valores, o inventário é o documento em que esses
valores estão descritos.

1.1. Fases de Inventariação

Para Borges et al. (1998), o processo de elaboração do inventário obedece


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necessariamente a 3 fases:
1. Identificação e arrolamento - Consiste em alistar os elementos patrimoniais
existentes mediante o levantamento ou contagem física dos bens.
2. A avaliação ou valorização - Consiste em atribuir um valor monetário a cada
um dos elementos patrimoniais levantados. Este processo passa pela definição e
aprovação pelo dirigente, dos critérios de avaliação que se adequam à natureza dos
bens.
3. Descrição e classificação - Consiste na separação dos elementos patrimoniais
agrupando-os em classes a que dizem respeito, conforme a sua natureza ou
características comuns e específicas, podendo ainda atribuir códigos conforme a
codificação das contas do PGC em vigor.
1.2. Classificação do inventário

O inventário apresenta várias classificações dependendo dos motivos da sua


elaboração. Segundo Vertes (1991, p. 21), o inventário é classificado:
1. Quanto aos fins: inventário do exercício ou da gestão, de instalação ou
constituição, de liquidação, de fusão, de consignação, de transferência, de
transformação, de cessão e outros;
2. Quanto à extensão: inventário geral ou total e inventário parcial;
3. Quanto à forma: inventário analítico ou descritivo e inventário sintético;
4. Quanto à periodicidade: inventários ordinários e extraordinários;
5. Quanto ao aspecto legal: inventários obrigatórios, estatutários ou contratuais
e livres;
6. Quanto às fontes: inventários físicos, de fato, reais, extracontábeis, contábeis
e mistos;
7. Quanto à matéria: inventário de bens patrimoniais, de bens e valores de
terceiros, de cartas, de documentos e registros.
2 Restringindo-se somente à classificação do inventário dos estoques dentro dos itens
acima descritos, Vertes (1991, p. 21) classifica o inventario em:
1. Inventário do exercício, pois tem por finalidade a demonstração da
situação econômica da empresa;
2. Inventário parcial por que se refere à somente uma parte do patrimônio;
3. Geral porque contém todos elementos do património de uma entidade.
4. Inventário analítico pois os elementos serão levantados individualmente;
5. Inventário ordinário devido ao fato de que será realizado ao menos uma
vez ao ano;
6. Inventário obrigatório obedecendo a legislação;
7. Inventário físico referindo-se ao levantamento dos estoques realmente
existentes;
8. Inventário de bens patrimoniais que tem por finalidade registrar os bens
patrimoniais, no caso, os estoques.
1.3. Modelos de inventario

• Modelo vertical – quando primeiro indicamos o Activo e por baixo o Passivo

ACTIVO

PASSIVO

• Modelo horizontal - quando o Activo aparece do lado esquerdo e o Passivo


do outro lado;

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ACTIVO PASSIVO

2.0. Conceito de Balanço

Define-se o Balanço como sendo a comparação entre o Activo e Passivo dum


Património, evidenciando a respectiva Situação Líquido em determinada data.
Portanto, é o documento em que se expressa aquela comparação, mostrando-nos a
composição e o valor do património, de acordo com determinados objectivos.
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem, por finalidade,
apresentar a posição contábil, financeira e económica de uma entidade (em geral,
uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição
ou situação do património em determinada data). O balanço patrimonial apresenta
os activos (bens e direitos), passivos (exigibilidades e obrigações) e o património
líquido, que é resultante da diferença entre o total de activos e o total de passivos.

2.1. Objectivos do Balanço

• Apuramento da situação patrimonial em certo momento (aspectos estático);


• Determinação dos resultados em dado período (aspecto dinâmico).

2.2. Representação gráfica do Balanço

Segundo Borges et al. (1998), o balanço é representado graficamente em quadros


ou mapas, nos quais as massas patrimoniais de cada um dos membros da
expressão geral dispõem-se horizontalmente ou verticalmente.
a) Disposição Horizontal

Activo Passivo

Total Sit. Liq

b) Disposição Vertical

Activo

4 Passivo
Sit.Liq.

2.3. Estrutura e classificação do Balanço

1. Quanto a descrição podem ser: Sintéticos e Analíticos


a) Balanços Sintéticos
É sintético o balanço que representa apenas os valores das massas parciais do
Activo, do Passivo e da Situação Líquida. Será ainda sintético quando nele figurarem
os valores das várias contas do activo, do passivo e da situação líquida, o qual,
embora forneça um maior número de informações que o anterior, não permite
ainda conhecer em pormenor a composição do património da empresa (Borges et
al., 1998).
b) Balanços analíticos
É balanço analítico todo aquele que apresente o desenvolvimento de algumas
contas, isto é, que apresente os seus valores desdobrados em várias parcelas,
correspondentes a determinados subconjuntos de valores patrimoniais com
características comuns e específicas (subcontas ou contas divisionárias) (Borges et
al., 1998).
2. Quanto ao momento de elaboração pode ser: de fundação, de liquidação,
Inicial, final, ordinário, extraordinário
a) Balanço de fundação – este é elaborado no momento da criação da empresa.
É importante não confundi-lo com o inicial. Este só será simultaneamente
inicial no primeiro exercício económico da empresa. Nos exercícios seguintes
não haverá mais espaço para Balanço de fundação, mas existirá somente o
Inicial, que abre cada um dos exercícios económicos da empresa (Borges et al.,
1998).
b) Balanço de liquidação – é o último balanço da empresa, elabora-se no
momento da sua extinção. É importante não confundi-lo com o final. O final
5 refere-se ao que se elabora no fim de cada exercício. Este somente coincidirá
com o de liquidação, no último exercício económico da história da empresa.
c) Balanços ordinários - constituem aqueles que são elaborados anualmente, no
fim de cada exercício económico (Borges et al., 1998).
d) Balanços extraordinários – aqueles que se elaboram acidentalmente, em
qualquer momento da vida da empresa, e por motives diversos (cessão de
quotas, falecimento de sócio, etc.) (Borges et al., 1998).

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