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DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

MORFOLOGIA VEGETAL
EXERCÍCIOS DE REVISÃO SOBRE OS GRUPOS VEGETAIS PARA ESTUDO
PARA A PROVA PROFA DRA ANA PAULA STECHHAHN LACCHIA

1-– QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ATRIBUÍDAS AO REINO


VEGETAL?
O reino vegetal é constituído por organismos eucarióticos, autotróficos em sua maioria, com
exceção das plantas carnívoras que são tanto autotróficas como heterotróficas, e das plantas
parasitas, que são divididas em dois grupos, as hemiparasitas que são parcialmente
autotróficos, realizam fotossíntese mas retiram parte de seus nutrientes da planta hospedeira,
e as holoparasitas que são completamente heterotróficas, não realizam fotossíntese, retirando
todos os seus nutrientes da planta hospedeira. O reino vegetal é também constituído de
plantas que podem ser vascularizadas (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) e
avasculares (briófitas). As plantas podem ser constituídas de raiz, caule, folhas, flores e
frutos. Suas células são pluricelulares contendo núcleo, vacúolo citoplasmático, cloroplastos,
celulose e são fotossintetizantes.

2- QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GRUPOS DE PLANTAS TERRESTRES?


Existem quatro grupos de plantas:
Briófitas; que são plantas avasculares, não possuem vasos condutores de seiva.
Pteridófitas: são plantas vasculares que não produzem flores e nem frutos, e se reproduzem
através de esporos.
Gimnospermas: são plantas vasculares que não produzem flores e nem frutos, mas produzem
sementes nuas.
Angiospermas: são plantas vasculares que produzem flores e frutos, sendo o grupo com o
maior número de indivíduos conhecidos.

3- EM RELAÇÃO ÀS BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS RESPONDA?


A) PORQUE AS PLANTAS DOS DOIS GRUPOS PODEM SER CHAMADAS DE
CRIPTÓGAMAS?
São chamadas assim por terem o sistema reprodutivo “escondido”. Isso ocorre pelo fato
dessas plantas não se reproduzirem através da formação de flores, frutos e sementes, mas sim
através de esporos, tendo um sistema reprodutivo “escondido”. As plantas criptógamas são
divididas entre briófitas e pteridófitas, briófitas que são plantas avasculares constituidas pelos
musgos, hepáticas e antóceros, formadas por rizoide, gametófito e esporófitos, com o ciclo
reprodutivo dividido em fase gametofítica que é dominante, e a fase esporofítica.
Portanto, no caso das briófitas, temos:

● Fase Gametofítica: dominante, com geração por fecundação de gametas haplóides,


gerando zigotos diplóides (fase sexuada);
● Fase Esporofítica: transitória, com liberação de esporos haplóides (fase assexuada).

E as pteridófitas, que são plantas vascularizadas que não produzem flores, frutos e nem
sementes, se reproduzindo através de esporos. com o ciclo reprodutivo dividido nas fases
sexuada e assexuada, chamada de fase esporofítica, quando elas liberam esporos que são
partes de si mesma, células haplóides com metade dos cromossomos, que precisam encontrar
um lugar propício para originar um protalo, que é uma forma de vida transitória que tem a
função de gerar gametas masculino e feminino, chamados de anterozóides e oosferas, essa
fase de fecundação de gametas é chamada de gametofítica.
Portanto, temos:

● Fase Gametofítica: transitória, com geração por fecundação das oosferas (fase
sexuada);
● Fase Esporofítica: dominante, com liberação de esporos haplóides (fase assexuada).

4- DEFINAS OS SEGUINTES TERMOS:


EMBRIÓFITAS= termo usado para designar o reino Plantae, as plantas terrestres. Fazem
parte deste Reino todos os organismos eucariontes, multicelulares, autotróficos e que se
desenvolvem a partir de um embrião. Neste Reino, portanto, estão agrupadas todas as plantas
terrestres, conhecidas como embriófitas: musgos, hepáticas, antóceras, samambaias, coníferas
e as plantas com flor, denominadas angiospermas.

FANERÓGAMAS = são plantas que se reproduzem através de sementes, apresentando raiz,


folhas, flores e sementes. Os fanerógamas são divididos em gimnospermas e angiospermas.
GIMNOSPERMAS = é um grupo de plantas com sementes nuas, ou seja, suas sementes não
estão protegidas por um fruto. Elas não produzem flores verdadeiras, mas sim estruturas
reprodutivas chamadas de cones ou pinhas. São adaptadas a climas frios e temperados. Suas
sementes são expostas diretamente nos cones, e não protegidas por um invólucro como
acontece com as angiospermas.

ANGIOSPERMAS = é um grupo diversificado de plantas com flores e frutos. As flores são


as estruturas reprodutivas especializadas que contêm órgãos masculinos (estames) e
femininos (carpelos). Suas sementes são protegidas por órgãos chamados de fruto que podem
ter diversas formas e funções. São divididas em monocotiledôneas (uma folha cotiledonar) e
dicotiledôneas (duas folhas cotiledonares) com base nas características das sementes e folhas
iniciais.

GAMETÓFITO = O gametófito é a estrutura que representa a parte, ou a fase, haplóide (n)


de um vegetal ou organismo com ciclo de vida marcado por alternância de gerações -
apresentando, assim, uma fase diplóide (2n), chamada esporófito; e uma fase haplóide (n),
que é o gametófito.
A palavra gametófito tem origem grega e está relacionada com a sua característica haplóide e
com a sua função, que é a de produzir gametas. Os gametas são estruturas reprodutivas
haplóides (n) que podem se fundir através do processo de fecundação e formar um zigoto
diplóide (2n), que irá se desenvolver em um indivíduo diplóide adulto, o gametófito – no caso
das plantas vasculares, esta é a fase dominante dos seus ciclos de vida.
O gametófito marca a etapa sexuada do ciclo de vida das plantas e algas, já que, a partir da
produção de gametas, ocorre a fecundação e a formação do zigoto, além de ser a parte do
ciclo de vida do vegetal na qual ocorre a variabilidade genética.

ESPORÓFITO = O esporófito marca a fase diplóide (2n) do organismo e tem como função
a produção de esporos, unidades reprodutivas que geram o gametófito (n), marcando o início
da fase haplóide do indivíduo.

Resumidamente, a alternância de gerações se inicia com um esporófito multicelular diplóide


(2n) adulto que é capaz de produzir esporos que, após se dividirem por meiose, podem
germinar e formar um indivíduo multicelular haplóide (n) chamado de gametófito.
O gametófito, por sua vez, é capaz de produzir, por mitose, os gametas, estruturas
reprodutivas haplóides que, em pares, podem se fundir através do processo de fecundação,
gerando um zigoto diplóide (2n) que dará origem a um novo esporófito (2n), que irá
amadurecer para iniciar o ciclo novamente.

A formação do gametófito a partir do esporófito é, também, conhecida como fase assexuada


do ciclo, enquanto a formação do novo esporófito a partir dos gametas produzidos pelo
gametófito é conhecida como fase sexuada do ciclo, já que é necessária a fecundação para a
formação do zigoto, processo que garante variabilidade genética.

GAMETÂNGIO= órgão especializado na produção de gametas presente em plantas, algas


e fungos. O gametângio masculino é o anterídio e seus gametas, os anterozóides. O
gametângio feminino é o arquegônio que produz apenas um gameta feminino, a oosfera.

ESPORÂNGIO= Nas plantas, os esporângios são encontrados em estruturas chamadas


esporófitos. Esses esporófitos podem ser observados em diversos grupos, desde as plantas
não vasculares, como os musgos, até as plantas vasculares, como samambaias e plantas com
flores. Os esporângios das plantas produzem esporos por meio de um processo conhecido
como meiose. Cada esporo é uma célula haplóide que pode se desenvolver em um novo
organismo, chamado de gametófito. O gametófito, por sua vez, produz gametas masculinos e
femininos, que se fundem durante a reprodução sexuada, formando um novo esporófito.

Em plantas terrestres como musgos, hepáticas e Anthocerotophytas, um esporófito (estrutura


multicelular de plantas em sua fase diplóide, que produz esporos haplóides) sem ramificação,
forma um único esporângio, de estrutura complexa.
Nas samambaias, os esporângios são comumente localizados na parte inferior das folhas e
formam agregados densos chamados soros. Algumas samambaias apresentam soros em
segmentos das folhas ou ao longo da borda das folhas.
O esporângio cumpre importantes funções de produção e depósito protetor dos esporos. É o
local onde os esporos são produzidos e armazenados, até que sejam apresentadas as
condições externas favoráveis ​para sua liberação.

5 - É CORRETO DIZER QUE O CICLO REPRODUTIVO DAS PLANTAS É UM


CICLO COM ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES? EXPLIQUE.
Sim, é correto dizer que o ciclo reprodutivo das plantas é um ciclo com alternância de
gerações. A alternância de gerações está presente no ciclo de vida de todas as plantas. Isso
significa que, durante a vida da planta, ela passará por uma fase haplóide, denominada de
gametófito, que se alternará com a geração diplóide, conhecida como esporófito. A geração
gametófita é responsável pela produção de gametas. O gameta masculino se une ao gameta
feminino para formar o zigoto, que dará origem ao esporófito. Através da meiose, o
esporófito produz os esporos, que irão originar novos gametófitos, completando o ciclo.

Nas briófitas, a geração gametofítica é a mais desenvolvida, sendo que o esporófito cresce em
cima do gametófito e depende da sua nutrição para sobreviver. Nas traqueófitas (ou plantas
vasculares), a fase esporofítica passa a ser a dominante, tendo o gametófito basicamente a
função de produção e fusão dos gametas. Essa condição é extrema nas angiospermas, as quais
o gametófito feminino é reduzido a apenas sete células, sendo que o gametófito masculino
consiste em apenas três células.

Portanto, a alternância de gerações é uma característica fundamental do ciclo de vida das


plantas. Ela permite uma diversidade genética maior e uma adaptação mais eficaz às
mudanças ambientais.

6- DESCREVA NOS 4 GRUPOS DE PLANTAS, QUAIS SERIAM AS GERAÇÕES


PERENES E AS GERAÇÕES ESPORÁDICAS, CONSIDERANDO A GERAÇÃO
ESPOROFÍTICA E GAMETOFÍTICA DE CADA UM DESTES GRUPOS ?
Os quatro principais grupos de plantas são: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas. Cada um desses grupos tem características distintas em relação à alternância
de gerações, que é a alternância entre a geração esporofítica (diplóide) e a geração
gametofítica (haplóide).

1. Briófitas (musgos e hepáticas): Neste grupo, a geração gametofítica é a dominante e


perene, enquanto a geração esporofítica é dependente da gametofítica e é efêmera. O
esporófito cresce em cima do gametófito e depende da sua nutrição para sobreviver.
2. Pteridófitas (samambaias): Neste grupo, tanto a geração gametofítica quanto a
esporofítica são independentes e visíveis. No entanto, a geração esporofítica é a mais
duradoura e dominante.
3. Gimnospermas (pinheiros): Neste grupo, a geração esporofítica é dominante e
perene. A geração gametofítica é reduzida e dependente da esporofítica.
4. Angiospermas (plantas com flores): Este grupo apresenta a maior redução da fase
gametofítica. A geração esporofítica é dominante e perene, enquanto a geração
gametofítica é muito reduzida e efêmera. O gametófito feminino é reduzido a apenas
sete células, sendo que o gametófito masculino consiste em apenas três células.

Portanto, em geral, nas plantas mais evoluídas (como as angiospermas), a tendência é que a
geração esporofítica seja dominante e perene, enquanto a geração gametofítica seja reduzida
e efêmera.

7- Explique essa imagem com suas palavras, considerando as estruturas adquiridas em


cada grupo de plantas terrestres e a evolução de briófitas até angiospermas

● Algas Verdes: Acredita-se que as plantas terrestres modernas tenham se originado a


partir de um grupo de algas verdes que viviam em ambientes aquáticos doces. As
algas verdes possuem clorofila a e b, o mesmo tipo de clorofila encontrado nas plantas
terrestres.
● Transição para a Terra: Há cerca de 500 milhões de anos, algumas destas algas
começaram a colonizar habitats marginais de água doce, como lamaçais e bancos de
rios. Esta transição do ambiente aquático para o terrestre apresentou vários desafios,
como a necessidade de evitar a desidratação, suportar a radiação UV e desenvolver
mecanismos para obter nutrientes em solos ainda incipientes.
● Briófitas: As primeiras plantas terrestres verdadeiras foram semelhantes às briófitas
modernas (como musgos). Elas não possuíam tecidos vasculares verdadeiros para
transportar água e nutrientes e dependiam muito do ambiente úmido. Não possuem
tecidos ou órgãos verdadeiros como raízes, caules e folhas. Elas podem variar desde
formas unicelulares (como a Chlorella) até formas multicelulares complexas (como o
kelp). Estas plantas primitivas provavelmente ajudaram a pavimentar o caminho para
a formação dos primeiros solos.
● Desenvolvimento de Tecidos Vasculares: Com o tempo, algumas plantas começaram
a desenvolver sistemas de condução simples, levando à evolução das pteridófitas
(como os fetos). Estes tecidos vasculares permitiram que as plantas crescessem mais e
colonizassem novos habitats.
● Sementes: A evolução da semente foi um passo significativo, permitindo às plantas
sobreviver em condições adversas e dispersar-se mais amplamente. As gimnospermas,
como pinheiros e cicadáceas, foram algumas das primeiras plantas a produzir
sementes.
● Flores e Frutos: Há cerca de 130-160 milhões de anos, surgiu o grupo das
angiospermas, que trouxe uma inovação crucial: flores e frutos. As flores ajudaram na
polinização, enquanto os frutos protegiam as sementes e auxiliavam em sua dispersão.
● Coevolução com Animais: A relação simbiótica com animais, especialmente insetos
polinizadores, desempenhou um papel fundamental na diversificação das
angiospermas. Esta coevolução levou a uma incrível variedade de formas, cores e
aromas de flores.

8- Além de sua utilidade como alimento e na produção de oxigênio, explique outras


contribuições das plantas para a sociedade.
As plantas são essenciais para a sobrevivência humana, fornecendo alimentos, oxigênio e
medicamentos; A agricultura é uma das principais atividades humanas e depende diretamente
das plantas; As plantas também têm um papel importante na purificação do ar e na regulação
do clima; A biodiversidade de plantas é fundamental para a manutenção dos ecossistemas e
para a adaptação às mudanças climáticas; O desmatamento e a degradação ambiental têm
impactos negativos na saúde humana e na economia; A preservação das plantas e dos
ecossistemas é crucial para garantir um futuro sustentável para a humanidade.

9- Descreva o ciclo de vida das briófitas, incluindo as fases haplóides e diplóides. Como
a reprodução ocorre em briófitas?
O ciclo de vida das briófitas destaca-se pela alternância de gerações. Isso significa que,
durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diplóide (2n) e uma fase haplóide (n).
Na fase diplóide, observa-se um indivíduo produtor de esporos denominado de esporófito; na
fase haplóide, é possível verificar a presença de um organismo capaz de produzir gametas, ou
seja, um gametófito.
O ciclo de vida das briófitas inicia-se com os gametófitos femininos e masculinos (n), fase
haplóide e mais duradoura do ciclo. Nos gametófitos masculinos, percebe-se a presença de
anterídios, estruturas que produzem as células reprodutoras masculinas biflageladas
denominadas de anterozóides. Nos gametófitos femininos, as estruturas que produzem a
célula reprodutora feminina, denominada de oosfera, são os arquegônios.

Quando uma gota de água cai sobre os gametófitos, os anterozóides nadam até o arquegônio a
fim de encontrar a oosfera para que ocorra a fecundação. A natação em direção ao arquegônio
é possível porque essa estrutura feminina produz substâncias químicas que promovem
atração. Assim que as células se encontram, ocorre a formação de um embrião diploide (2n),
que dará origem a um esporófito adulto diplóide (2n).

O esporófito, fase transitória do ciclo, surge no gametófito e dele é dependente


nutricionalmente. O esporófito é formado por uma haste e uma cápsula (esporângio). No
interior dessa cápsula, existe um tecido esporógeno que sofre meiose e forma esporos
haploides (n).

Os esporos são liberados no ambiente e, caso caiam em um local propício, germinam. O


esporo, ao germinar, dá origem a uma estrutura denominada de protonema (n), a qual se
transforma em um gametófito, que, por sua vez, desenvolver-se-á e reiniciará o ciclo.

Vale destacar que, em algumas briófitas, o gametófito é capaz de realizar reprodução


assexuada, formando propágulos, gemas ou ainda outro ser por meio de fragmentos de talo.
10- Explique a importância da fase haplóide no ciclo de vida das briófitas. Como essa
fase difere da fase diplóide em termos de estrutura e função?
A fase haplóide, ou gametofítica, é a fase dominante e mais duradoura no ciclo de vida das
briófitas. Esta fase é caracterizada pela produção de gametas, que são células reprodutoras
haploides. O gametófito é capaz de realizar reprodução assexuada, formando propágulos,
gemas ou ainda outro ser por meio de fragmentos de talo.

Em contraste, a fase diplóide, ou esporofítica, é uma fase transitória e dependente


nutricionalmente do gametófito. Esta fase é caracterizada pela produção de esporos, que são
células haplóides formadas a partir da meiose.

Em termos estruturais, o gametófito é mais desenvolvido e pode ser taloso (corpo não
diferenciado em raiz, caule e folhas) ou folhoso (diferenciação entre rizoide, filídio e
caulídio). O esporófito, por outro lado, é formado por uma haste e uma cápsula (esporângio).

Em termos funcionais, o gametófito é responsável pela produção de gametas e pode realizar


reprodução assexuada. O esporófito é responsável pela produção de esporos que, ao
encontrarem um local adequado, germinam originando um novo indivíduo haplóide
(gametófito).

Portanto, a importância da fase haplóide reside na sua capacidade de produzir gametas para a
reprodução sexual e na sua capacidade de realizar reprodução assexuada. Além disso, o
gametófito desempenha um papel crucial na absorção de água e nutrientes do ambiente.

11- Discuta os desafios que as briófitas enfrentam durante sua reprodução e dispersão
de esporos. Como esses desafios estão relacionados às condições do ambiente em que
elas crescem?
As briófitas enfrentam vários desafios durante sua reprodução e dispersão de esporos, que
estão intimamente relacionados às condições do ambiente em que crescem.

Dependência de água: A reprodução das briófitas é altamente dependente da água. Os


anterozóides, que são as células reprodutoras masculinas, precisam nadar até o arquegônio
(estrutura feminina) para a fecundação ocorrer. Isso significa que a reprodução sexual só pode
ocorrer em condições úmidas. Portanto, em ambientes secos ou durante períodos de seca, a
reprodução sexual pode ser limitada.

Dispersão de esporos: A dispersão de esporos também é um desafio. Os esporos são


liberados no ambiente e, se caírem em um local adequado, germinam e dão origem a um novo
gametófito. No entanto, encontrar um local adequado para germinação pode ser difícil. Os
esporos precisam de um ambiente úmido e sombreado para germinar com sucesso.

Tamanho pequeno e ausência de vasos condutores: As briófitas são geralmente plantas de


pequeno porte e não possuem vasos condutores de seiva. Isso significa que o transporte de
água e nutrientes ocorre célula a célula, através da difusão. Esse processo é mais lento e
limita o tamanho que essas plantas podem atingir.

Adaptação ao ambiente: As briófitas são frequentemente encontradas em locais úmidos e


sombreados. Algumas podem ser aquáticas e outras vivem em locais banhados pela água do
mar. Existem também espécies que vivem em superfícies rochosas e em desertos. Essa
diversidade de habitats mostra a capacidade das briófitas de se adaptarem a diferentes
condições ambientais.

Portanto, as condições ambientais desempenham um papel crucial na reprodução e dispersão


das briófitas. A adaptação a esses desafios permitiu às briófitas colonizar uma ampla gama de
habitats.

12- Compare o ciclo de vida das briófitas com o das pteridófitas (samambaias). Quais
são as principais diferenças e semelhanças entre esses grupos de plantas não vasculares?
As briófitas e as pteridófitas são plantas que apresentam um ciclo de vida marcado pela
alternância de gerações, ou seja, existem formas haploides e diploides no ciclo. No entanto,
existem diferenças significativas entre esses dois grupos de plantas.

Semelhanças:

● Ambos os grupos são criptógamas, o que significa que possuem órgãos reprodutores
escondidos.
● Ambos passam por uma alternância de gerações, com uma fase gametofítica (n) e uma
fase esporofítica (2n).
Diferenças:

● Fase dominante: Nas briófitas, a fase dominante é a gametofítica (n), o que significa
que a planta adulta é a forma de vida chamada gametófito. Já nas pteridófitas, a fase
dominante é a esporofítica (2n), o que significa que a planta adulta é o esporófito.
● Estrutura corporal: As briófitas possuem rizoides, cauloides e filoides. As
pteridófitas, por outro lado, possuem raízes verdadeiras, caules e folhas.
● Sistema vascular: As briófitas não possuem vasos condutores de seiva, enquanto as
pteridófitas possuem vasos condutores: o xilema, condutor de seiva bruta; e o floema,
condutor de seiva elaborada.

Portanto, embora as briófitas e as pteridófitas compartilhem algumas semelhanças em termos


de reprodução e ciclo de vida, elas diferem significativamente em termos de estrutura
corporal e sistema vascular.

13- Descreva o ciclo de vida das pteridófitas, destacando as fases haplóides e diplóides.
Compare-o com o ciclo de vida das briófitas em termos de dominância de fase e
adaptações à diferenças reprodutivas.
As pteridófitas, assim como as briófitas, apresentam um ciclo de vida com alternância de
gerações, ou seja, possuem fases haploides e diploides.

Fase Haplóide (Gametofítica): Nesta fase, cada esporo germina e forma um gametófito
bissexuado (n), que é uma estrutura em forma de coração chamada protalo. O protalo produz
gametas, ou seja, é a parte sexuada das pteridófitas. Ele apresenta arquegônios, onde é
possível observar a oosfera, e anterídeos, que são responsáveis pela produção de vários
anterozóides.

Fase Diplóide (Esporofítica): A fase de esporófito é dominante e diplóide nas pteridófitas.


Na presença de água, o anterozóide flagelado nada até encontrar a oosfera. Ocorre então a
fecundação e um zigoto é formado (2n). O embrião inicia seu desenvolvimento, necessitando
do gametófito apenas por um pequeno período de tempo. O embrião forma então um
esporófito (2n), que se enraíza no solo e dá início a um novo ciclo.

Comparação com Briófitas: Ao contrário das briófitas, onde a geração duradoura é a


gametofítica (fase haplóide), nas pteridófitas a geração duradoura é a esporofítica (fase
diploide). Isso significa que a planta adulta nas briófitas é o gametófito, enquanto nas
pteridófitas é o esporófito. Além disso, as briófitas dependem da água para a reprodução
sexual e não possuem vasos condutores de seiva, enquanto as pteridófitas possuem vasos
condutores e podem ter plantas de pequeno e grande porte.

14- Explique a importância dos soros e esporângios nas pteridófitas para a produção de
esporos. Como ocorre a dispersão dos esporos? Qual é a relação entre a liberação de
esporos e a reprodução nas pteridófitas?
Os soros e esporângios desempenham um papel crucial na reprodução das pteridófitas.

Importância dos Soros e Esporângios: Os soros são estruturas que se formam na superfície
inferior das folhas das pteridófitas. Cada soro contém vários esporângios, que são estruturas
responsáveis pela produção de esporos. Na época de reprodução, os soros amadurecem e os
esporângios produzem esporos por meiose.

Dispersão de Esporos: Quando os esporângios amadurecem, eles se rompem, liberando os


esporos no ar. Os esporos podem ser dispersados pelo vento, permitindo que as plantas
colonizem novas áreas.

Relação entre a Liberação de Esporos e a Reprodução: A liberação de esporos é uma parte


essencial do ciclo de vida das pteridófitas. Cada esporo pode germinar e originar um prótalo
(gametófito), que é uma planta sexuada produtora de gametas. O protalo contém estruturas
onde se formam anterozóides e oosferas. Na presença de água, o anterozóide flagelado nada
até encontrar a oosfera, fecundando-a. Isso resulta na formação de um zigoto, que se
desenvolve em um novo esporófito, iniciando um novo ciclo de vida.

15- Defina o que são anterídios e arquegônios em relação ao ciclo de vida de plantas.
Qual é o papel dessas estruturas reprodutivas e em que grupos de plantas,
especificamente, são encontradas?
Anterídios e arquegônios são estruturas reprodutivas encontradas em alguns grupos de
plantas, desempenhando um papel crucial na produção de gametas.

● Anterídios: São responsáveis pela produção dos gametas masculinos, conhecidos


como anterozóides. Eles podem ser uni ou multicelulares, a depender do grupo
estudado. Nas briófitas, o anterídio é alongado ou esférico, apresenta uma camada
externa de células estéreis e, em seu interior, são encontradas as células
espermatógenas, que dão origem aos anterozóides. Nas pteridófitas, os anterídios
estão localizados nos rizoides do prótalo e apresentam-se em formato de bolsa
revestida por células estéreis.
● Arquegônios: São estruturas multicelulares que produzem apenas uma oosfera
(gameta feminino) — uma estrutura imóvel, diferentemente dos anterozóides. Nas
briófitas, o arquegônio apresenta um formato de garrafa, com uma porção basal
dilatada que abriga a oosfera. Existe ainda um longo colo que serve de passagem para
que os anterozóides cheguem até a oosfera. Quando o gameta feminino está maduro,
as células centrais do colo desintegram-se e formam um fluido que permite a
passagem do gameta masculino. Nas pteridófitas, os arquegônios são formados perto
das reentrâncias do prótalo e apresentam-se semelhantes aos das briófitas.

Os anterídios e arquegônios são encontrados nas briófitas e pteridófitas. As gimnospermas


apresentam arquegônios, mas não há anterídios. Já as angiospermas não possuem nenhuma
dessas estruturas.

16- O que são cladódios e como eles diferem dos caules normais em termos de estrutura
e função?
Cladódios são caules modificados, adaptados à realização de fotossíntese. As plantas que os
possuem perderam as folhas no curso da evolução, geralmente como adaptação a regiões de
clima seco. A ausência de folhas permite à planta economizar parte da água que seria perdida
por evaporação.

Em termos de estrutura, os cladódios assumem uma forma semelhante às folhas e possuem


como funções o armazenamento de água e a realização de fotossíntese. A presença de gemas
nas axilas pode ser uma característica utilizada para fazer a diferenciação entre folhas
verdadeiras e cladódios, pois as gemas estão presentes nas folhas, e não nos cladódios.

Em termos de função, os cladódios são especializados no armazenamento de água e na


realização de fotossíntese. Essa adaptação ocorre principalmente em espécies que vivem em
ambientes áridos, como os cactos e as suculentas.

Em contraste, os caules normais têm principalmente a função de condução de substâncias e


sustentação. Eles são um órgão que, junto com as folhas, compõem o sistema caulinar. Os
caules e suas folhas são intimamente associados em seu desenvolvimento. As folhas brotam
na região periférica do caule e são dispostas de acordo com a organização do seu sistema
vascular.

Cladódio
O cladódio é um caule aéreo adaptado para fazer fotossíntese e armazenar
água. Geralmente ele é achatado para aumentar a superfície de absorção
da luz solar e seu crescimento é ilimitado.

Caule – Cladódio em cactos

17- Quais são as vantagens adaptativas dos filocládios em plantas como o Rhipsalis e o
Asparagus?
Os filocládios, também conhecidos como cladódios, são caules modificados que assumem a
forma e função de folhas. Eles são encontrados em plantas como o Rhipsalis e o Asparagus.

As vantagens adaptativas dos filocládios incluem:


1. Realização de Fotossíntese: Os filocládios realizam fotossíntese, uma vez que as
folhas verdadeiras estão geralmente ausentes ou são muito reduzidas. Isso é
especialmente útil em ambientes áridos ou semi-áridos, onde a economia de água é
crucial.
2. Armazenamento de Água e Nutrientes: Os filocládios são capazes de armazenar
água e nutrientes, o que é uma adaptação importante para a sobrevivência em
ambientes secos.
3. Proteção contra Predadores: A presença de espinhos nos filocládios pode ajudar a
proteger a planta contra predadores.
4. Economia de Água: A transformação do caule em filocládio permite à planta
economizar água que seria perdida por evaporação através das folhas.

Portanto, os filocládios desempenham um papel crucial na adaptação das plantas a ambientes


desafiadores, permitindo-lhes realizar fotossíntese, armazenar água e nutrientes, e proteger-se
contra predadores.

Filocládio
Esse também é um caule aéreo adaptado para ser fotossintetizante, mas
ele não armazena grandes quantidades de água.

Ele tem ramos axilares com o crescimento determinado e aparência de


folha. No entanto, apesar da aparência, é importante notar que existem nós
no meio dessa estrutura, o que faz dela um caule.

Caule – Filocládio em planta de Ruscus

sp.
18- Como as adaptações caulinares, como os cladódios e os filocládios, podem melhorar
a sobrevivência das plantas em ambientes desafiadores?
As adaptações caulinares, como os cladódios e os filocládios, desempenham um papel crucial
na sobrevivência das plantas em ambientes desafiadores.

1. Realização de Fotossíntese: Os cladódios e filocládios realizam fotossíntese, uma


vez que as folhas verdadeiras estão geralmente ausentes ou são muito reduzidas. Isso
é especialmente útil em ambientes áridos ou semi-áridos, onde a economia de água é
crucial.
2. Armazenamento de Água e Nutrientes: Os cladódios e filocládios são capazes de
armazenar água e nutrientes, o que é uma adaptação importante para a sobrevivência
em ambientes secos.
3. Economia de Água: A transformação do caule em cladódio ou filocládio permite à
planta economizar água que seria perdida por evaporação através das folhas. Isso é
particularmente importante para plantas que vivem em regiões áridas, como os cactos
e as suculentas.

Portanto, as adaptações caulinares permitem que as plantas sobrevivam e prosperem em


ambientes desafiadores, realizando fotossíntese, armazenando água e nutrientes, e
economizando água.

19- O que são as brácteas? Descreva a função das brácteas em plantas floríferas,
incluindo exemplos de espécies em que as brácteas desempenham um papel significativo
no contexto da inflorescência. Como as brácteas podem afetar a polinização e a
atratividade das flores?
As brácteas são folhas modificadas que estão associadas às flores ou inflorescências das
angiospermas. Elas diferem das folhas normais e têm funções específicas.

Função das Brácteas: A principal função das brácteas é proteger as flores em


desenvolvimento. Além disso, elas também realizam a fotossíntese, embora sua contribuição
seja menor do que o resto das partes da planta. Em alguns casos, as brácteas podem ser mais
vistosas do que as próprias flores, funcionando como um escudo protetor.

Exemplos de Espécies: Um exemplo notável de uma planta com brácteas vistosas é a


Poinsétia (Euphorbia pulcherrima). Nesta planta, as brácteas que adquirem um vermelho
intenso são frequentemente confundidas com as pétalas das pequenas flores que acompanham
o interior. Outros exemplos incluem Antúrio sp., Bouganvillea sp., Guzmania sp., e Helicônia
spp.

Efeito na Polinização e Atratividade das Flores: As brácteas coloridas e vistosas podem


atrair polinizadores, auxiliando na polinização. Além disso, elas podem aumentar a
atratividade das flores, tornando-as mais notáveis para os polinizadores. Portanto, as brácteas
desempenham um papel significativo na reprodução das plantas.

20- Como os meristemas caulinares estão relacionados à formação e origem das folhas
nas plantas?
Os meristemas caulinares, também conhecidos como meristemas apicais, são tecidos vegetais
responsáveis pelo crescimento da planta e pela formação de outros tipos de tecidos vegetais.
Eles estão presentes desde a formação do embrião da planta, formando os tecidos primários e
toda estrutura primária do vegetal.

O meristema apical do caule produz estruturas que originam as folhas, chamadas de


primórdios foliares. Esses primórdios foliares se desenvolvem e se diferenciam para formar
as folhas da planta. Portanto, os meristemas caulinares desempenham um papel crucial na
formação e origem das folhas nas plantas.

21- Quais são as principais funções das folhas? Como as mesmas podem se modificar
estruturalmente para a adaptação à ambientes desfavoráveis? Exemplifique.
As folhas são órgãos vegetais que desempenham várias funções importantes:

1. Fotossíntese: As folhas são o principal local onde ocorre a fotossíntese, o processo


pelo qual as plantas convertem luz solar, dióxido de carbono e água em glicose
(alimento) e oxigênio.
2. Transpiração: As folhas também desempenham um papel na transpiração, o processo
pelo qual a água é perdida para a atmosfera através dos estômatos.
3. Respiração: As folhas participam do processo de respiração, no qual as plantas
consomem oxigênio para produzir energia.

As folhas podem se modificar estruturalmente para se adaptar a ambientes desfavoráveis. Por


exemplo:
● Espinhos: Em algumas plantas que vivem em climas secos, as folhas podem se
modificar em espinhos para reduzir a perda de água por transpiração e proteger contra
herbívoros. Exemplo: Cactos.
● Folhas suculentas: Algumas plantas desenvolvem folhas suculentas que armazenam
água para uso durante períodos de seca. Exemplo: Suculentas.
● Folhas reduzidas ou filódios: Em algumas plantas, as folhas são extremamente
reduzidas e o pecíolo se achata fazendo as funções de limbo. Exemplo: Acácias.
● Folhas de plantas carnívoras: As plantas carnívoras apresentam folhas modificadas
que servem como armadilhas na captura de insetos e pequenos animais. Esses animais
são digeridos por enzimas produzidas nas células das folhas. Após a digestão, os
compostos liberados são absorvidos pela planta para completar a demanda de
nitrogênio, raro no ambiente onde vivem essas espécies de plantas. Exemplo: Dionéia
(Venus flytrap).

● Tricomas tectores ou não glandulares: Esses tricomas caracterizam-se por


não produzirem substâncias químicas ou repelentes. Apesar de não
produzirem essas substâncias, os tricomas tectores também ajudam na
defesa do vegetal contra herbivoria, uma vez que dificultam a movimentação
de pequenos predadores sobre a planta. Além disso, os tricomas, que
geralmente formam uma considerável cobertura sobre o vegetal, atuam como
uma barreira contra outros agentes externos, como radiação solar e calor.
Temos ainda os pelos radiculares ou tricomas radiculares, que atuam na
absorção de água e nutrientes. Muitos autores, no entanto, preferem
descrever esse como um tipo separado de tricoma.
● Tricomas glandulares: Esses tricomas destacam-se por apresentarem a
capacidade de produzir secreções. Anatomicamente, podemos diferenciá-los
dos tectores pela presença de uma cabeça secretora uni ou multicelular (veja
figura abaixo). As secreções produzidas pelos tricomas glandulares são
variadas, tais como óleos, resinas e sucos digestivos. Nas plantas carnívoras,
por exemplo, encontramos tricomas capazes de secretar substâncias que
garantem a captura de presas e substâncias que garantem a digestão.
Existem ainda espécies vegetais que apresentam tricomas com substâncias
que causam irritação e, consequentemente, afastam predadores, que é o
caso da urtiga.
● Tricomas mistos: Os tricomas mistos são aqueles que apresentam uma
porção tectora e uma porção glandular, atuando, dessa forma, como defesa
química e mecânica.

Meristema é um tecido vegetal responsável pelo crescimento da planta e pela


formação de outros tipos de tecidos vegetais.

O meristema primário é um tipo de tecido meristemático cuja origem é


embrionária. Suas células estão presentes desde a formação do embrião da
planta, formando os tecidos primários e toda estrutura primária do vegetal.

O meristema primário é encontrado no ápice de caules e raízes de plantas,


sendo chamado meristema apical ou gema apical.

O meristema apical é responsável pelocrescimento primário da planta, ou


seja, pelo aumento do comprimento desses órgãos.

Com a formação de novas células as mais velhas se diferenciam e se


incorporam aos tecidos meristemáticos, que se seguem ao meristema apical.

Existem três tipos de tecidos meristemáticos primários, são eles:

● Protoderme: se diferenciará em epiderme, tecido de revestimento da


planta;

● Procâmbio: originará o xilema e o floema primários, tecidos que


formam o sistema vascular;

● Meristema Fundamental: se diferenciará formando os tecidos


fundamentais: parênquima, colênquima e esclerênquima.
Os meristemas secundários se originam a partir dos meristemas primários,
incorporando novas células aos tecidos existentes. Com isso ajudam na
formação da estrutura secundária da planta.

Meristema Lateral
Os meristemas laterais ou gemas laterais são encontrados paralelamente ao
maior eixo da planta e crescem nesse sentido.

O meristema lateral é responsável pelo crescimento secundário da planta, que


é o aumento da largura.

Os tecidos meristemáticos secundários são o câmbio e o felogênio.

O Câmbio Vascular se diferencia em xilema e floema secundários e o


Felogênio origina a periderme.

A periderme é o tecido de revestimento que substitui a epiderme. Ela formará


o súber ou cortiça (na parte mais externa) e o feloderma ou córtex
secundário.

Bulbo

O caule do tipo bulbo é uma estrutura complexa formada pelo caule e por folhas
modificadas. São classificados em três tipo;

● Bulbo tunicado: O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção


central, chamada prato, é pouco desenvolvida. Da parte superior do prato
partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias nutritivas: são os
catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem
as raízes.
● Bulbo escamoso: difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem
como escamas parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado
no lírio.
● Bulbo cheio: as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se
fosse uma casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.
Tipos de inflorescência

As inflorescências são conjuntos de flores localizados em sistemas de ramos que


podem ser, muitas vezes, confundidos com uma flor única. Podemos classificar as
inflorescências em dois grupos principais: Racemosa e Cimosa.

Inflorescência Racemosa:

● Racemo: Flores presentes em pedicelos que saem de diferentes níveis do


eixo principal e atingem diferentes alturas. Exemplo: chuva-de-ouro.
● Corimbo: Flores presentes em pedicelos que saem de diferentes níveis do
eixo principal e atingem a mesma altura. Exemplo: xixi-de-macaco.
● Espiga: Flores sésseis dispostas em diferentes alturas no eixo principal.
Exemplo: milho.

● Espádice: Estrutura semelhante à espiga, mas que possui um eixo


carnoso. Exemplo: antúrio.
● Capítulo: Flores inseridas em um eixo que se alarga na extremidade
superior e forma uma superfície achatada. Exemplo: margarida.

● Umbela: Flores presentes em pedicelos que saem do mesmo ponto do eixo


principal, atingindo o mesmo nível. Exemplo: falsa-erva-de-rato.

Inflorescência Cimosa:

● Uníparas ou monocásio: Possuem um eixo primário terminado em flor e, logo


abaixo, forma-se um eixo secundário lateral com uma flor final e assim
sucessivamente. Exemplo: lírio.
● Bíparas ou dicásio: Possuem um eixo primário terminado em flor e, logo
abaixo, surgem dois eixos secundários terminados em flor e assim
sucessivamente. Exemplo: begônia.
Tipos especiais de inflorescências:

● Espigueta: Uma pequena espiga envolvida por diversas brácteas. Exemplo:


gramíneas.
● Ciátio: Formada por uma flor feminina pedicelada e rodeada por várias flores
masculinas. Ao redor dessa estrutura, encontram-se brácteas. Exemplo:
coroa-de-cristo.
● Sicônio: Flores estão envolvidas por um receptáculo carnoso. Exemplo: figo.

Domácias

Domácias são estruturas presentes nas folhas de diversas espécies de plantas, sendo
encontradas sob a forma de tufos de pelos ou cavidades (com ou sem pelos) localizadas nas
junções entre a nervura principal e as secundárias, na face abaxial das folhas. São estruturas
extremamente complexas e não apresentam qualquer função fisiológica conhecida.

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