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ANO A (VERMELHO) ANO LXXXVIII — REMESSA V — 10-4-2020 — Nº 18

6
Todos nós vagávamos como ove-
lhas desgarradas, cada qual seguindo
seu caminho; e o Senhor fez recair
sobre ele o pecado de todos nós.
7
Foi maltratado e submeteu-se, não
abriu a boca; como cordeiro levado
ao matadouro ou como ovelha diante
dos que a tosquiam, ele não abriu a
boca. 8Foi atormentado pela angústia
e foi condenado. Quem se preocupa-
ria com sua história de origem? Ele
foi eliminado do mundo dos vivos; e
por causa do pecado do meu povo, foi
golpeado até morrer. 9Deram-lhe se-
pultura entre ímpios, um túmulo entre
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR os ricos, porque ele não praticou o mal
nem se encontrou falsidade em suas
palavras. 10O Senhor quis macerá-lo
Orientações e lembretes: 1) O altar fica to- as consequências de sua fidelidade ao com sofrimentos. Oferecendo sua vida
talmente despojado até o rito da comunhão, projeto do Pai. Seu sofrimento não é da
quando então se estende sobre ele uma toa- em expiação, ele terá descendência
vontade de Deus, mas causa de salva- duradoura e fará cumprir com êxito
lha. 2) A celebração começa e termina em
silêncio, o qual ocupa lugar importante na ção e fonte de vida para a humanidade. a vontade do Senhor. 11Por esta vida
mística e na dinâmica desta liturgia. O comen- de sofrimento, alcançará luz e uma
tário inicial, se vier a ser feito, fique a cargo do 2 I LEITURA (Is 52,13-53,12) ciência perfeita. Meu servo, o justo,
animador. 3) Beijando e aclamando a cruz, o Leitura do Livro do Profeta Isaías. –
povo aclama e adora a Cristo, que deu a vida
fará justos inúmeros homens, car-
por nós.
13
Ei-lo, o meu servo será bem-suce- regando sobre si suas culpas. 12Por
dido; sua ascensão será ao mais alto isso, compartilharei com ele multidões
Por fidelidade ao Pai e à humanidade, grau. 14Assim como muitos ficaram e ele repartirá suas riquezas com os
Jesus assume a cruz e consuma nela pasmados ao vê-lo – tão desfigurado valentes seguidores, pois entregou o
a própria vida. Unamo-nos a ele, ser- ele estava, que não parecia ser um corpo à morte, sendo contado como
vo sofredor, e o acompanhemos em homem ou ter aspecto humano –, 15do um malfeitor; ele, na verdade, resga-
seu julgamento e condenação. Esta mesmo modo ele espalhará sua fama tava o pecado de todos e intercedia
celebração, que fomenta em nós a entre os povos. Diante dele os reis se em favor dos pecadores. – Palavra do
solidariedade com os sofredores, é manterão em silêncio, vendo algo que Senhor. AS: Graças a Deus!
marcada pelo despojamento e pelo nunca lhes foi narrado e conhecendo
silêncio e consta de três partes: litur- coisas que jamais ouviram. 53,1Quem
gia da Palavra; adoração de Cristo na de nós deu crédito ao que ouvimos? E
3 SALMO RESPONSORIAL 30(31)
(CD: caNTaNdo os salMos - aNo a, V. 1,
cruz; rito da comunhão. a quem foi dado reconhecer a força do faixa 22)

O presidente e os ministros aproximam-se do Senhor? 2Diante do Senhor, ele cres- Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu
altar, fazem reverência e, por breve tempo, ceu como renovo de planta ou como espírito.
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prostram-se ou se ajoelham. Em seguida, to- raiz em terra seca. Não tinha beleza ˆ«« «ˆ« »» l œ»»» . ‰ »»» »»»œ l «ˆ«
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dos de pé, o presidente faz a oração. _«ˆ
nem atrativo para o olharmos, não Ref.: Ó Pai, em tu - as mãos, eu en - tre - go_o meu es- pí - ri - to!
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1 ORAÇÃO tinha aparência que nos agradasse. ## D «« «« Em
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Era desprezado como o último dos (Salmodia)
PR: Ó Deus, foi por nós que o Cris- mortais, homem coberto de dores, 1. Senhor, eu ponho em vós minha
to, vosso Filho, derramando o seu cheio de sofrimentos; passando por esperança; / que eu não fique envergo-
sangue, instituiu o mistério da Pás- ele, tapávamos o rosto; tão despre- nhado eternamente! / Em vossas mãos,
coa. Lembrai-vos sempre de vossas zível era, não fazíamos caso dele. Senhor, entrego o meu espírito, / porque
misericórdias e santificai-nos pela 4
A verdade é que ele tomava sobre vós me salvareis, ó Deus fiel!
vossa constante proteção. Por Cris- si nossas enfermidades e sofria, ele 2. Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o
to, nosso Senhor. AS: Amém! mesmo, nossas dores; e nós pensáva- desprezo e zombaria dos vizinhos / e
mos fosse um chagado, golpeado por objeto de pavor para os amigos; / fo-
Liturgia Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido
por causa de nossos pecados, esma-
gem de mim os que me veem pela rua.
/ Os corações me esqueceram como
da Palavra gado por causa de nossos crimes; a
punição a ele imposta era o preço da
um morto, / e tornei-me como um vaso
espedaçado.
A liturgia da Palavra é o momento cen- nossa paz, e suas feridas, o preço da 3. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me
tral desta celebração. Jesus enfrenta nossa cura. confio / e afirmo que só vós sois o meu
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Deus! / Eu entrego em vossas mãos o o nazareno”. N: 8Jesus respondeu: cedo. Eles mesmos não entraram no
meu destino; / libertai-me do inimigo e P: “Já vos disse que sou eu. Se é a palácio, para não ficarem impuros e
do opressor! mim que procurais, então deixai que poderem comer a Páscoa. 29Então
4. Mostrai serena a vossa face ao vosso estes se retirem”. N: 9Assim se reali- Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
servo / e salvai-me pela vossa compai- zava a palavra que Jesus tinha dito: L: “Que acusação apresentais contra
xão! / Fortalecei os corações, tende “Não perdi nenhum daqueles que me este homem?” N: 30Eles responderam:
coragem, / todos vós que ao Senhor confiaste”. 10Simão Pedro, que trazia G: “Se não fosse malfeitor, não o
vos confiais! uma espada consigo, puxou dela e teríamos entregue a ti!” N: 31Pilatos
feriu o servo do sumo sacerdote, cor- disse: L: “Tomai-o vós mesmos e jul­
4 II LEITURA (Hb 4,14-16; 5,7-9) tando-lhe a orelha direita. O nome do gai-o de acordo com a vossa lei”. N:
Leitura da Carta aos Hebreus. – Ir- servo era Malco. 11Então Jesus disse Os judeus lhe responderam: G: “Nós
mãos, 14temos um sumo sacerdote a Pedro: P: “Guarda a tua espada na não podemos condenar ninguém à
eminente, que entrou no céu, Jesus, bainha. Não vou beber o cálice que o morte”. N: 32Assim se realizava o que
o Filho de Deus. Por isso, permane- Pai me deu?” Jesus tinha dito, significando de que
çamos firmes na fé que professamos. N: 12Então, os soldados, o coman­ morte havia de morrer. 33Então Pilatos
15
Com efeito, temos um sumo sacer- dante e os guardas dos judeus pren- entrou de novo no palácio, chamou
dote capaz de se compadecer de deram Jesus e o amarraram. 13Con- Jesus e perguntou-lhe: L: “Tu és o rei
nossas fraquezas, pois ele mesmo duziram-no primeiro a Anás, que era dos judeus?” N: 34Jesus respondeu:
foi provado em tudo como nós, com o sogro de Caifás, o sumo sacerdote P: “Estás dizendo isso por ti mesmo
exceção do pecado. 16Aproximemo- naquele ano. 14Foi Caifás que deu ou outros te disseram isso de mim?”
-nos então, com toda a confiança, do aos judeus o conselho: “É preferível N: 35Pilatos falou: L: “Por acaso sou
trono da graça, para conseguirmos que um só morra pelo povo”. 15Simão judeu? O teu povo e os sumos sacer-
misericórdia e alcançarmos a graça Pedro e um outro discípulo seguiam dotes te entregaram a mim. Que fizes-
de um auxílio no momento oportuno. Jesus. Esse discípulo era conhecido te?” N: 36Jesus respondeu: P: “O meu
5,7
Cristo, nos dias de sua vida terres- do sumo sacerdote e entrou com Je- reino não é deste mundo. Se o meu
tre, dirigiu preces e súplicas, com sus no pátio do sumo sacerdote. 16Pe- reino fosse deste mundo, os meus
forte clamor e lágrimas, àquele que dro ficou fora, perto da porta. Então o guardas teriam lutado para que eu
era capaz de salvá-lo da morte. E foi outro discípulo, que era conhecido do não fosse entregue aos judeus. Mas
atendido, por causa de sua entrega a sumo sacerdote, saiu, conversou com o meu reino não é daqui”. N: 37Pilatos
Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu a encarregada da porta e levou Pedro disse a Jesus: L: “Então, tu és rei?”
o que significa a obediência a Deus para dentro. 17A criada que guardava a N: Jesus respondeu: P: “Tu o dizes:
por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na porta disse a Pedro: L (Leitor): “Não eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo
consumação de sua vida, tornou-se pertences também tu aos discípulos para isto: para dar testemunho da ver-
causa de salvação eterna para todos desse homem?” N: Ele respondeu: L: dade. Todo aquele que é da verdade
os que lhe obedecem. – Palavra do “Não!” N: 18Os empregados e os guar- escuta a minha voz”. N: 38Pilatos disse
Senhor. AS: Graças a Deus! das fizeram uma fogueira e estavam a Jesus: L: “O que é a verdade?” N:
se aquecendo, pois fazia frio. Pedro Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro
5 EVANGELHO (João 18,1-19,42) ficou com eles, aquecendo-se. 19En- dos judeus e disse-lhes: L: “Eu não
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus. tretanto, o sumo sacerdote interrogou encontro nenhuma culpa nele. 39Mas
Jesus a respeito de seus discípulos e existe entre vós um costume, que pela
Jesus Cristo se tornou obediente, / obe- de seu ensinamento. 20Jesus lhe res- Páscoa eu vos solte um preso. Que-
diente até a morte numa cruz, / pelo que pondeu: P: “Eu falei às claras ao mun- reis que vos solte o rei dos judeus?” N:
o Senhor Deus o exaltou / e deu-lhe um do. Ensinei sempre na sinagoga e no 40
Então, começaram a gritar de novo:
nome muito acima de outro nome.
templo, onde todos os judeus se reú- G: “Este não, mas Barrabás!”
N (Narrador): Paixão de nosso Se- nem. Nada falei às escondidas. 21Por N: Barrabás era um bandido. 19,1En-
nhor Jesus Cristo segundo João. – que me interrogas? Pergunta aos que tão Pilatos mandou flagelar Jesus.
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os ouviram o que falei; eles sabem o que 2
Os soldados teceram uma coroa de
discípulos para o outro lado da tor- eu disse”. N: 22Quando Jesus falou espinhos e a colocaram na cabeça
rente do Cedron. Havia aí um jardim, isso, um dos guardas que ali estava de Jesus. Vestiram-no com um manto
onde ele entrou com os discípulos. deu-lhe uma bofetada, dizendo: L: “É vermelho, 3aproximavam-se dele e
2
Também Judas, o traidor, conhecia o assim que respondes ao sumo sa- diziam: G: “Viva o rei dos judeus!”
lugar, porque Jesus costumava reu­nir- cerdote?” N: 23Respondeu-lhe Jesus: N: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos
-se aí com os seus discípulos. 3Judas P: “Se respondi mal, mostra em quê; saiu de novo e disse aos judeus: L:
levou consigo um destacamento de mas, se falei bem, por que me bates?” “Olhai, eu o trago aqui fora, diante
soldados e alguns guardas dos sumos N: 24Então Anás enviou Jesus amar- de vós, para que saibais que não
sacerdotes e fariseus e chegou ali rado para Caifás, o sumo sacerdote. encontro nele crime algum”. N: 5Então
com lanternas, tochas e armas. 4Então 25
Simão Pedro continuava lá, em pé, Jesus veio para fora, trazendo a co-
Jesus, consciente de tudo o que ia aquecendo-se. Disseram-lhe: G: “Não roa de espinhos e o manto vermelho.
acontecer, saiu ao encontro deles e és tu, também, um dos discípulos Pilatos disse-lhes: L: “Eis o homem!”
disse: P (Presidente): “A quem procu- dele?” N: Pedro negou: L: “Não!” N: N: 6Quando viram Jesus, os sumos
rais?” N: 5Responderam: G (Grupo ou 26
Então um dos empregados do sumo sacerdotes e os guardas começaram
assembleia): “A Jesus, o nazareno”. sacerdote, parente daquele a quem a gritar: G: “Crucifica-o! Crucifica-
N: Ele disse: P: “Sou eu”. N: Judas, o Pedro tinha cortado a orelha, disse: -o!” N: Pilatos respondeu: L: “Levai-o
traidor, estava junto com eles. 6Quan- L: “Será que não te vi no jardim com vós mesmos para o crucificar, pois eu
do Jesus disse: “Sou eu”, eles recua- ele?” N: 27Novamente Pedro negou. E não encontro nele crime algum”. N:
ram e caíram por terra. 7De novo lhes na mesma hora, o galo cantou. 7
Os judeus responderam: G: “Nós
perguntou: P: “A quem procurais?” 28
De Caifás, levaram Jesus ao pa- temos uma lei, e, segundo essa
N: Eles responderam: G: “A Jesus, lácio do governador. Era de manhã lei, ele deve morrer, porque se fez
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Filho de Deus”. N: 8Ao ouvir essas cípulo: P: “Esta é a tua mãe”. N: Dessa nosso Deus lhe dê a paz e a unidade,
palavras, Pilatos ficou com mais medo hora em diante, o discípulo a acolheu que ele a proteja por toda a terra e nos
ainda. 9Entrou outra vez no palácio e consigo. 28Depois disso, Jesus, sa- conceda uma vida calma e tranquila,
perguntou a Jesus: L: “De onde és bendo que tudo estava consumado para sua própria glória.
tu?” N: Jesus ficou calado. 10Então e para que a Escritura se cumprisse Deus eterno e todo-poderoso, que
Pilatos disse: L: “Não me respondes? até o fim, disse: P: “Tenho sede”. N: em Cristo revelastes a vossa glória
Não sabes que tenho autoridade para 29
Havia ali uma jarra cheia de vinagre. a todos os povos, velai sobre a obra
te soltar e autoridade para te crucifi- Amarraram numa vara uma esponja do vosso amor. Que a vossa Igreja,
car?” N: 11Jesus respondeu: P: “Tu embebida de vinagre e levaram-na à espalhada por todo o mundo, per-
não terias autoridade alguma sobre boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre maneça inabalável na fé e proclame
mim se ela não te fosse dada do alto. e disse: P: “Tudo está consumado”. sempre o vosso nome. Por Cristo,
Quem me entregou a ti, portanto, tem N: E, inclinando a cabeça, entregou nosso Senhor.
culpa maior”. N: 12Por causa disso, o espírito.
Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os 2. Pelo papa
Todos se ajoelham e faz-se breve pausa.
judeus gritavam: G: “Se soltas esse Oremos pelo nosso santo padre, o papa
31
Era o dia da preparação para a (...). O Senhor nosso Deus, que o esco-
homem, não és amigo de César.
Páscoa. Os judeus queriam evitar que lheu para o episcopado, o conserve são
Todo aquele que se faz rei declara-
os corpos ficassem na cruz durante o e salvo à frente da sua Igreja, governan-
-se contra César”.
sábado, porque aquele sábado era dia do o povo de Deus.
N: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos
de festa solene. Então pediram a Pila-
levou Jesus para fora e sentou-se no Deus eterno e todo-poderoso, que
tos que mandasse quebrar as pernas
tribunal, no lugar chamado Pavimento, dispusestes todas as coisas com
aos crucificados e os tirasse da cruz.
em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da sabedoria, dignai-vos escutar nossos
preparação da Páscoa, por volta do
32
Os soldados foram e quebraram as
pernas de um e, depois, do outro que pedidos: protegei com amor o pontífi-
meio-dia. Pilatos disse aos judeus: L: ce que escolhestes, para que o povo
“Eis o vosso rei”. N: 15Eles, porém, gri- foram crucificados com Jesus. 33Ao se
aproximarem de Jesus, e vendo que cristão que governais por meio dele
tavam: G: “Fora! Fora! Crucifica-o!” possa crescer em sua fé. Por Cristo,
N: Pilatos disse: L: “Hei de crucificar o já estava morto, não lhe quebraram
nosso Senhor.
vosso rei?” N: Os sumos sacerdotes as pernas; 34mas um soldado abriu-
responderam: G: “Não temos outro -lhe o lado com uma lança, e logo 3. Por todas as ordens e categorias
rei senão César”. N: 16Então Pilatos saiu sangue e água. 35Aquele que viu de fiéis
entregou Jesus para ser crucificado, e dá testemunho, e seu testemunho Oremos pelo nosso bispo (...), por todos
eles o levaram. 17Jesus tomou a cruz é verdadeiro; e ele sabe que fala a os bispos, presbíteros e diáconos da
sobre si e saiu para o lugar chamado verdade, para que vós também acre- Igreja e por todo o povo fiel.
Calvário, em hebraico “Gólgota”. 18Ali diteis. 36Isso aconteceu para que se
Deus eterno e todo-poderoso, que
o crucificaram, com outros dois: um de cumprisse a Escritura, que diz: “Não
santificais e governais pelo vosso Es-
cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos quebrarão nenhum dos seus ossos”.
pírito todo o corpo da Igreja, escutai as
mandou ainda escrever um letreiro e
37
E outra Escritura ainda diz: “Olharão
súplicas que vos dirigimos por todos
colocá-lo na cruz; nele estava escrito: para aquele que transpassaram”.
os ministros do vosso povo. Fazei que
“Jesus nazareno, o rei dos judeus”.
38
Depois disso, José de Arimateia, cada um, pelo dom da vossa graça,
20
Muitos judeus puderam ver o letrei- que era discípulo de Jesus – mas às vos sirva com fidelidade. Por Cristo,
ro, porque o lugar em que Jesus foi escondidas, por medo dos judeus –, nosso Senhor.
crucificado ficava perto da cidade. O pediu a Pilatos para tirar o corpo de
letreiro estava escrito em hebraico, Jesus. Pilatos consentiu. Então José 4. Pelos catecúmenos
latim e grego. 21Então os sumos sacer- veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou Oremos pelos (nossos) catecúmenos:
dotes dos judeus disseram a Pilatos: também Nicodemos, o mesmo que que o Senhor nosso Deus abra os seus
G: “Não escrevas ‘o rei dos judeus’, antes tinha ido de noite encontrar-se corações e as portas da misericórdia,
mas, sim, o que ele disse: ‘Eu sou o com Jesus. Levou uns trinta quilos para que, tendo recebido nas águas do
rei dos judeus’”. N: 22Pilatos respon- de perfume feito de mirra e aloés. batismo o perdão de todos os seus peca-
deu: L: “O que escrevi está escrito”.
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Então tomaram o corpo de Jesus e dos, sejam incorporados em Cristo Jesus.
N: 23Depois que crucificaram Jesus, envolveram-no, com os aromas, em Deus eterno e todo-poderoso, que
os soldados repartiram a sua roupa faixas de linho, como os judeus cos- por novos nascimentos tornais fecun­da
em quatro partes, uma parte para tumam sepultar. 41No lugar onde Jesus a vossa Igreja, aumentai a fé e o en­
cada soldado. Quanto à túnica, esta foi crucificado havia um jardim e, no tendimento dos (nossos) catecúme-
era tecida sem costura, em peça única jardim, um túmulo novo, onde ainda nos, para que, renascidos pelo batismo,
de alto a baixo. 24Disseram então entre ninguém tinha sido sepultado. 42Por sejam contados entre os vossos filhos
si: G: “Não vamos dividir a túnica. causa da preparação da Páscoa e adotivos. Por Cristo, nosso Senhor.
Tiremos a sorte para ver de quem como o túmulo estava perto, foi ali que
colocaram Jesus. – Palavra da salva- 5. Pela unidade dos cristãos
será”. N: Assim se cumpria a Escri-
tura que diz: “Repartiram entre si as ção. AS: Glória a vós, Senhor! Oremos por todos os nossos irmãos e
minhas vestes e lançaram sorte sobre irmãs que creem em Cristo, para que
a minha túnica”. Assim procederam os 6 ORAÇÃO UNIVERSAL o Senhor nosso Deus se digne reunir
soldados. 25Perto da cruz de Jesus, O diácono, um ministro ou o presidente anun- e conservar na unidade da sua Igreja
estavam de pé a sua mãe, a irmã da cia a intenção especial de cada oração; após todos os que vivem segundo a verdade.
breve silêncio, o presidente diz a oração, à qual
sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria a assembleia responde: Amém. Deus eterno e todo-poderoso, que
Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe reunis o que está disperso e conservais
e, ao lado dela, o discípulo que ele 1. Pela santa Igreja o que está unido, velai sobre o reba-
amava, disse à mãe: P: “Mulher, este Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, nho do vosso Filho. Que a integridade
é o teu filho”. N: 27Depois disse ao dis- pela santa Igreja de Deus: que o Senhor da fé e os laços da caridade unam os
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que foram consagrados por um só 10. Pelos que sofrem provações 5. Seis lustros tendo passado, / cumpriu
batismo. Por Cristo, nosso Senhor. Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai a sua missão. / Só para ela nascido, / li-
vre se entrega à paixão. / Na cruz se ele­
6. Pelos judeus todo-poderoso, para que livre o mun-
va o Cordeiro / como perfeita oblação.
Oremos pelos judeus, aos quais o Se­ do de todo erro, expulse as doenças
nhor nosso Deus falou em primeiro lu­ e afugente a fome, abra as prisões e
gar, a fim de que cresçam na fidelidade liberte os cativos, vele pela segurança
dos viajantes e transeuntes, repatrie
Rito da
de sua aliança e no amor do seu nome.
Deus eterno e todo-poderoso, que
os exilados, dê saúde aos doentes e a Comunhão
salvação aos que agonizam.
fizestes vossas promessas a Abraão Nesta última parte da celebração da
e seus descendentes, escutai as pre- Deus eterno e todo-poderoso, sois
Paixão do Senhor, vamos receber o pão
ces da vossa Igreja. Que o povo da pri- a consolação dos aflitos e a força
eucarístico consagrado na missa de
mitiva aliança mereça alcançar a ple- dos que labutam. Cheguem até vós ontem. Comungamos Cristo, cordeiro
nitude da vossa redenção. Por Cris- as preces dos que clamam em sua imolado, para nos mantermos fiéis a ele
to, nosso Senhor. aflição, sejam quais forem os seus e ter forças para vencer os sofrimentos.
sofrimentos, para que se alegrem em Hoje não se celebra a Eucaristia. Após a ado-
7. Pelos que não creem em Cristo suas provações com o socorro da ração de Cristo na cruz, prepara-se o altar,
Oremos pelos que não creem em Cris- vossa misericórdia. Por Cristo, nosso traz-se o pão eucarístico consagrado e convi-
to, para que, iluminados pelo Espírito Senhor. da-se ao pai-nosso.
Santo, possam também ingressar no
caminho da salvação.
Adoração de 8 CANTO DE COMUNHÃO
(CD: Tríduo Pascal I, faixa 18)
Deus eterno e todo-poderoso, dai
aos que não creem em Cristo e cami- Cristo na Cruz Prova de amor maior não há / que doar
a vida pelo irmão (bis).
nham sob o vosso olhar com sinceri­ Honrando a cruz, adoramos o Senhor
dade de coração chegar ao conheci­ 1. Eis que eu vos dou o meu novo man-
e agradecemos o seu amor pela huma- damento: / “Amai-vos uns aos outros
mento da verdade. E fazei que seja­ nidade. Lembremos os que carregam
mos no mundo testemunhas mais fiéis como eu vos tenho amado”.
a cruz da miséria, do desemprego, do
da vossa caridade, amando-nos me- sofrimento e do abandono. 2. Vós sereis os meus amigos se se-
lhor uns aos outros e participando com guirdes meu preceito: / “Amai-vos uns
maior solicitude do mistério da vossa Se a cruz estiver velada, o presidente a des- aos outros como eu vos tenho amado”.
cobre aos poucos, cantando três vezes em
vida. Por Cristo, nosso Senhor. tons ascendentes: 3. Como o Pai sempre me ama, as­sim
8. Pelos que não creem em Deus também eu vos amei: / “Amai-vos uns
PR: Eis o lenho da cruz, do qual pen- aos outros como eu vos te­nho amado”.
Oremos pelos que não reconhecem a deu a salvação do mundo.
Deus, para que, buscando lealmente 4. Permanecei em meu amor e segui
AS: Vinde, adoremos! meu mandamento: / “Amai-vos uns aos
o que é reto, possam chegar ao Deus Com respeito e devoção, todos se aproximam
verdadeiro. outros como eu vos tenho ama­do”.
e beijam a cruz. Se não for possível a ado-
ração individual, o presidente toma a cruz e, 5. E, chegando a minha páscoa, vos
Deus eterno e todo-poderoso, vós
de pé, mantendo-a erguida, convida a assem- amei até o fim: / “Amai-vos uns aos ou-
criastes todos os seres humanos e bleia a adorá-la em silêncio por um momento. tros como eu vos tenho amado”.
pusestes em seu coração o desejo
de procurar-vos para que, tendo-vos 6. Nisto todos saberão que vós sois os
encontrado, só em vós achassem re- 7 CANTO DE ADORAÇÃO
(CD: Tríduo Pascal I, faixa 17) meus discípulos: / “Amai-vos uns aos
pouso. Concedei que, entre as dificul- outros como eu vos tenho ama­do”.
Fiel madeiro da santa cruz, / ó árvo-
dades deste mundo, discernindo os
sinais da vossa bondade e vendo o
re sem rival. / Que selva outro lenho 9 DEPOIS DA COMUNHÃO
produz / que traga em si fruto igual? /
testemunho das boas obras daqueles Quão doce peso conduz, / ó lenho ce-
PR: Ó Deus, que nos renovastes pela
que creem em vós, tenham a alegria lestial! / Fiel madeiro da santa cruz, / ó santa morte e ressurreição do vosso
de proclamar que sois o único Deus árvore sem rival! Cristo, conservai em nós a obra de
verdadeiro e Pai de todos os seres vossa misericórdia, para que, pela
1. Cantem meus lábios a luta / que sobre participação deste mistério, vos con-
humanos. Por Cristo, nosso Senhor. a cruz se travou; / cantem o nobre triunfo sagremos sempre a nossa vida. Por
9. Pelos poderes públicos / que no madeiro alcançou / o redentor
Cristo, nosso Senhor. AS: Amém!
Oremos por todos os governantes: que do universo, / quando por nós se imolou.
2. O Criador teve pena / do primitivo
o nosso Deus e Senhor, segundo sua
vontade, lhes dirija o espírito e o cora- casal / – que foi ferido de morte, / co­ 10 ORAÇÃO SOBRE O POVO
Estendendo as mãos sobre a assem-
ção para que todos possam gozar de men­do o fruto fatal – / e marcou logo bleia, o presidente reza:
verdadeira paz e liberdade. outra árvore / para curar-nos do mal. PR: Que a vossa bênção, ó Deus, des-
Deus eterno e todo-poderoso, que 3. Tal ordem foi exigida / na obra da ça copiosa sobre o vosso povo, que
tendes na mão o coração dos seres hu- salvação: / cai o inimigo no laço / de sua acaba de celebrar a morte do vosso
manos e o direito dos povos, olhai com própria invenção. / Do próprio lenho da Filho, na esperança da sua ressurrei-
bondade aqueles que nos governam. morte / Deus fez nascer redenção. ção. Venha o vosso perdão, seja da-
Que por vossa graça se consolidem 4. Na plenitude dos tempos, / a hora san- do o vosso consolo; cresça a fé ver-
por toda a terra a segurança e a paz, a ta chegou / e, pelo Pai enviado, / nasceu dadeira e a redenção se confirme.­
prosperidade das nações e a liberda- do mundo o autor; / e duma virgem no Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém!
de religiosa. Por Cristo, nosso Senhor. seio / a nossa carne to­mou. Não há bênção final; todos se retiram em silêncio.

Editora: PIA SOCIEDADE DE SÃO PAULO (PAULUS) - O DOMINGO: Semanário Litúrgico-Catequético - Jornalista responsável: Pe. Valdir José de Castro ssp
Coordenação: Pe. Darci Luiz Marin ssp - Redator: Pe. Nilo Luza ssp - Ilustração principal: Stefano Pachì; ilustr. adicionais: S. Fabris, Missal Dominical, Paulus
O DOMINGO - Caixa Postal 700 - 01031-970 São Paulo, SP - Tel.: (11) 3789-4000 - WhatsApp: (11) 99974-1840 - E-mail: assinaturas@paulus.com.br
Texto litúrgico publicado com a autorização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
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