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Curso: Fonoaudiologia
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Sumário
Introdução.................................................................................................... 03
Objetivos...................................................................................................... 04
Materiais e Métodos.................................................................................... 04
Referências Bibliográficas...........................................................................17
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RASTREAMENTO DE BEBÊS EM RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO: O
USO DA INTERNET EM TEMPOS DE PANDEMIA.
INTRODUÇÃO
As cardiopatias congênitas são as malformações mais comuns nas crianças, por conta de
sua frequência, e representam a segunda principal causa de mortalidade infantil em bebês
com menos de um ano de idade. Podem suceder por irregularidades nos grandes vasos,
nas câmaras cardíacas, nas valvas ou em todo sistema. Geralmente o diagnóstico é feito
durante o período gestacional, nas análises do pré-natal. Se o caso não for diagnosticado
durante a gestação, a clínica pediátrica será o instrumento necessário para o diagnóstico.
Os principais sinais de alteração são: cianose, arritmia e sopro cardíaco.
Como a criança passa por uma série de cirurgias desde seu nascimento, a hospitalização
frequente é acompanhada por marcas deixadas não só fisicamente, mas psicologicamente
também. Muitas vezes, é necessária a deslocação da família para outros estados, visto que
o atendimento complexo é feito, na maioria das vezes, na região sudeste do Brasil. Estes
impasses que ocorrem em volta das crianças cardiopatas, podem trazer sequelas também
em seu desenvolvimento, como por exemplo, o de linguagem. Além disso, também pode
comprometer a socialização da criança e o seu desempenho escolar e por isso, é necessário
que haja um acompanhamento de profissionais que atuem conjuntamente com os
pediatras, visando uma melhora em sua qualidade de vida. Este acompanhamento deve
ser precocemente instituído, já que, identificada uma situação de risco, ela pode ser,
talvez, modificada a partir de outros olhares, outras interpretações, outras atitudes. Os
bebês expressam dificuldades desde cedo, demandando uma escuta apurada que poderá
fazer uma leitura adequada das sinalizações. Note-se que de zero a três anos, os bebês
estão inseridos em uma fase importante de desenvolvimento interacional e de linguagem
e, assim, compõem um grupo de grande vulnerabilidade, que merece atenção sistemática.
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instrumentos muito eficientes para a realização de rastreamento de sinais de risco para o
desenvolvimento e facilmente aplicados online, os instrumentos objetivam a
observação/identificação de sinais em crianças de zero a cinco anos, em sua maioria
abrangendo a fase básico do desenvolvimento.
Este tem por objetivo, coletar e analisar os dados através do questionário LTSAE que será
aplicado online e respondido pelos pais de crianças de até 18 meses que assinarem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As respostas coletadas serão analisadas em
tabelas para análise e aplicação estatísticas visando a interpretação do conjunto. Além
disso, as crianças que apresentarem alguma sinalização de risco para o desenvolvimento,
serão acompanhadas durante a pesquisa e caso necessário, será feito o encaminhamento
especializado para neurologista, audiologista ou qualquer outro profissional que parecer
pertinente. Este acompanhamento será realizado via orientações periódicas e pela
aplicação de instrumentos de avaliação.
OBJETIVOS:
METODOLOGIA
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cruzada, objetivando a potencializar as atividades realizadas, e cujas mães
aceitaram participar do estudo, respondendo ao Questionário FORMS e o
instrumento Checklist LTSAE por meio de aplicação online sobre
desenvolvimento. O N desta coleta será definido pela disponibilidade encontrada
e por indicação da estatística
✓ Coleta de Dados: A coleta de dados está dividida em 03 etapas:
1) questionário online inserido nas plataformas das redes sociais (Facebook e Instagram)
para identificação de supostos candidatos para a pesquisa (realizado em conjunto com
pesquisa paralela e complementar(citar).
2) contato com cada mãe por e-mail, Messenger e WhatsApp visando a confirmar sua
disponibilidade e agendar dia e horário para início da aplicação do instrumento de
avaliação;
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Parte I – Atividades Desenvolvidas
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08/07/2021 – 1. Ao início da reunião, foi feita uma discussão sobre uma eventual parceria
da equipe com o hospital do Campo Limpo e com as UBS, o que seria interessante, na
medida em que poderia incrementar a casuística para todos os projetos
2. O grupo da I C trabalhou em conjunto para identificar nas redes sociais grupos de mães
de Crianças Cardiopatas. Foi encontrado diversos grupos pela rede social Facebook,
dentre eles: Crianças Cardiopatas, Cardiopatia Congênita em bebês e crianças, Grupos
Cardiopatia Congênita Maranhão, sou mãe de cardiopata e Cardiopatia Congênita de Mãe
pra Mãe.
5. Início de uma leitura do LTSAE (Learn the signs, act early) do CDC (Central for
Disease Control) em forma de checklist.
05/08/2021 – 1. O questionário elaborado pelo Google FORMS foi corrigido, e foi pré-
pronto para a aplicação nas redes sociais (Facebook e Instagram).
3. Formatação de uma tabela no Excel para inserção dos resultados e posterior análise
estatística;
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trabalhos de pesquisa. Antes de enviá-los, as Orientadoras fizeram as devidas correções
para o envio do resumo, e as responsáveis por apresentar o projeto, seriam as alunas com
Bolsas. As Alunas Melanie G. Barbieri e Leticia R. Franchini apresentaram a proposta do
projeto “Rastreamento de bebês em risco para o desenvolvimento: O uso da internet em
tempos de pandemia”, simultaneamente com um pôster exemplificando. Segue o anexo:
file:///C:/Users/melan/OneDrive/Documentos/Rastreamento%20de%20problemas%20d
e%20linguagem%20em%20crian%C3%A7as%20cardiopatas%20de%20at%C3%A9%
203%20anos.%20(1).pdf
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11/11/2021 – Vários grupos de mães no Facebook foram identificados (Cardiopatia
Congênita em Bebês e Crianças, sou mãe de Cardiopata, Grupo de Cardiopatia Maranhão,
Pequenos Corações e Cardiopatia Congênita de Mãe pra Mãe) e os questionários foram
enviados/postados principalmente para estes grupos. Interessante o fato de a
administradora de um desses grupos (Cardiopatia Congênita de Mãe pra Mãe) enviar
sugestões, que foram inseridas quando pertinentes. Deste modo, criamos uma página no
Instagram dando dicas sobre a Cardiopatia Congênita, e claro, explicando o projeto em
si. Inicialmente, mandamos para as mães em que já tínhamos contato, e então fizemos
uma divulgação maior postando novamente nos grupos do Facebook.
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seleções para IC. Nestas reuniões, foi criada uma pauta de leituras para
subsidiar o desenvolvimento dos trabalhos em andamento.
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Parte II – Relatório Científico
Neste item, passo a relatar os avanços na pesquisa, que se deram em dois sentidos:
O projeto-piloto para uma aplicação inicial para delineamento final do instrumento foi
muito prejudicado, uma vez que coletas em redes sociais nem sempre são exitosas (citar)
e, para além disto, foi prejudicado provavelmente em função da pandemia, pois as mães,
já bastante estressadas pelos acontecimentos, se mostraram pouco dispostas a responder
ao questionário. A fazer sugestões apresento, a seguir os instrumentos:
Questionário para pais: Tem como objetivo identificar as dificuldades da criança e a dar
sugestões de como lidar com o mesmo. No início do questionário, foi feito uma
autorização para os cuidadores e explicando que os dados fornecidos seriam apenas para
fins acadêmicos. Segue o anexo: https://docs.google.com/forms/u/1/d/1bpyfDkti-
LAmB2cJlEIcOVdzll9f7N9lID4orww4JLY/edit#responses
A partir de janeiro deste ano, comecei a identificar mães de crianças cardiopatas, por meio
do Questionário para Pais, em um grupo de mães no Facebook com o nome “Cardiopatia
Congênita em Bebês e Crianças”, visando a encontrar crianças de 1 a 3 anos cardiopatas
e, então, aplicar o checklist. Com a aplicação sucessivas do questionário, que sofreu
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modificações ao longo do tempo, 42 mães se manifestaram, respondendo o questionário,
por vezes de modo bastante incompleto. Comecei a identificação para formação de
casuística, exatamente retornando o contato com essas mães, verificando a possibilidade
de executar todo o procedimento da pesquisa.
1) Idade das mães: (12 respostas de 42) variam entre 18 e 25 anos (3), 26 a 35 anos
25% 25%
50%
2) Estado conjugal das mães (42 respostas): 19 são casadas, 17 “vivem junto”, 1 mãe
é separada e 5 são solteiras. Maioria são casadas.
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ESTADO CONJUGAL DAS MÃES
Casadas Vive juntos Separadas Solteiras
12%
2%
45%
41%
3) Sexo das crianças (12 respostas): 8 são do sexo masculino e 4 do sexo feminino;
com idades (11 respostas) que variam entre 4 e 6 meses (3), 7 e 11 meses (3), 1 ano e 2
meses (2), 2 anos e 1 mês e 2 anos e 11 meses (2) e maior que 12 anos (1). Mais
meninos/maioria das crianças no primeiro ano de vida.
33%
67%
8%
23%
15%
15%
23%
16%
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4) Quantidade de cirurgias a que as crianças se submeteram (10 respostas) teve como
resultado: 8 crianças fizeram 1 cirurgia, 1 criança fez 2 e 1 fez 3 cirurgias. Maioria com
01 cirurgia.
QUANTIDADE DE CIRURGIAS
1 cirurgia 2 cirurgias 3 cirurgias
10%
10%
80%
5) Um total de 30 crianças das 42 não frequenta a escola. Maioria não está na escola.
29%
71%
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7) 33 mães afirmaram que a criança continua sendo acompanhada pela equipe do
hospital e 8 disseram que não há acompanhamento. Maioria com acompanhamento.
28%
72%
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Diniz, “A interação mãe-bebê: primeiros passos”, de Silvia Ferreira, “O lugar do pai
e o trabalho psicanalítico com bebês” ou ``Três dimensões da exclusão”, de Cláudia
F. Rohenkohl e outros dos livros citados para formar bases teóricas para a escrita mais
ampla e precisa da introdução da pesquisa e também para o artigo a ser feito no próximo
semestre. Foram discutidas questões como o hospitalismo, vulnerabilidade, impasses na
constituição subjetiva, tecnicidade dos profissionais hospitalares, desenvolvimento
psíquico e orgânico e operações de antecipação materna e de permeabilidade ao
significante do bebê humano que conta com uma insuficiência original que demanda
tutela
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Van Der Linde D et al. Birth prevalence of congenital heart disease worldwide: a
systematic review and meta-anlysis. J.Am. Coll of Cardiol.58(21) 2241-47, 2011
Pavone S Abrão LV. Quando um déficit ou doença orgânica bate à porta do imaginário
parental: os efeitos na constituição subjetiva da criança. Disturb. Com. 26(2):373-85,2014
Dittrich JR. Et al. Neurodevelopment at 1 year of age in infants with congenital heart
disease. Heart. 89: 436-41, 2003
Molina RCM et al. Importance attributed to the social support network by mothers with
children in an intensive care unit. Esc. Ana Nery, 2014.
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CDC, Development, N., & Development, A. (2017). CDC: “Learn the Signs, Act Early
.” Notes, 35-36.
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