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OPERACIONAL
Introdução
Basicamente, são três os tipos de modelos matemáticos que a pesquisa
operacional disponibiliza para análise e suporte na tomada de decisão
sobre problemas: os físicos, entre os quais podemos destacar o de aero-
naves e das casas, principais referências para quem estuda esse conceito;
os análogos, representados por relações que empregam os mapas rodo-
viários, obviamente traçando as rodovias em questão e definindo, com
isso, determinadas rotas (p. ex., um marcador do tanque de gasolina ou
outro ponto de apoio pode, por intermédio de uma escala circular, mostrar
a quantidade de gasolina existente no tanque, o que terá alguma relação
direta na demanda do trajeto previsto a ser seguido); e os simbólicos ou
matemáticos, como na modelagem para alinhamento de decisões no
nível gerencial, em que as grandezas são representadas por variáveis de
decisão e as relações entre essas variáveis, por expressões matemáticas.
Em todos os casos, a correta estruturação dos modelos obrigatoria-
mente exige dados e, sequencialmente, informações de base quantificada
(LACHTERMACHER, 2016, p. 4).
Nesse sentido, vale ressaltar a importância de considerar que a res-
posta da ação sobre o problema tem uma relação direta com a adequação
dos dados no desenvolvimento do modelo matemático levando em
conta a correta análise dos dados, bem sua gestão e controle e das dife-
rentes possibilidades de aplicação dos modelos matemáticos, o que vai
desde aquisições, controle de estoques até programação da produção
2 Construção e aplicação dos modelos matemáticos
Formulação/modelagem
Avaliação/julgamento Dedução/análise
Interpretação/referência
Conclusões reais ou
Conclusões do modelo
decisões
É muito importante sempre procurar realizar a análise de cenário com uma base
quantitativa e uma coleta de dados rigorosa, seguindo um método-padrão, fatores
fundamentais para a eficiência na decisão a ser tomada. Avaliar o problema, estudar
os dados e agir com precisão são fundamentais para uma modelagem adequada e
eficiente em termos de soluções aos problemas. Não há espaço para suposições quando
se pretende utilizar a modelagem matemática como fator de suporte nas decisões.
1. definição do problema;
2. construção do modelo;
3. solução do modelo;
4. validação do modelo;
5. implementação da solução.
1 2 3
4 5
Itens finais: 1, 2 e 3
Itens intermediários: 4, 5,
6, 7 e 8
6
7 8
É preciso se atentar para cenários em que se ocorre alguma variável a ser mensurada
e apontada por conta de uma característica definida divergente, como parâmetro de
qualidade. O mapeamento e o tratamento adequado dos dados destacam-se como
fundamentais e relevantes para entender o problema, inclusive auxiliando na definição
do modelo matemático mais adequado.
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está no mundo, inclusive o próprio cérebro. Lidar com modelos constitui uma
atividade tão natural que pode independer, inclusive, da consciência sobre a
dificuldade ou mesmo a complexidade do que se está fazendo, embora isso
contribua de alguma forma para facilitar a interpretação do cenário ou do
problema em questão.
Imagens, gráficos, diagramas, fluxos ou equações matemáticas conse-
guem representar elementos do mundo real muito mais complexos, todavia
transmitindo informações suficientes para possibilitar alcançar conclusões
decisivas sobre o comportamento de entidades reais. Obviamente, essa re-
presentatividade pode exigir algum conhecimento complementar no sentido
da análise e da interpretação correta do que está representado, o momento
de aplicar a pesquisa operacional com base no modelo quase definido como
ferramenta de interpretação de uma realidade para representações de sua
condição (GOLDBARG; LUNA; GOLDBARG, 2015).
De acordo com Goldbarg, Luna e Goldbarg (2015), alguns modelos são
estruturados em vários níveis de complexidade, inclusive aqueles que for-
malizam o funcionamento do próprio modelo, mas sempre com o objetivo de
organizar as informações. A geometria euclidiana é um modelo que satisfaz a
um conjunto de axiomas, ou se, constitui um modelo de contexto axiomático,
que vai desde as transformadas de Laplace e sua Mécanique Céleste até a teoria
quântica e o átomo de Bohr. Certamente, existem modelos que não lidam com
elementos concretos, mas que, no contexto epistemológico, por exemplo, estão
aparelhados para representar tanto objetos concretos quanto imaginários. Em
resumo, os modelos são. em geral, estruturas abstratas de construção cognitivas
que visam a facilitar o raciocínio, as conclusões e a tomada de decisão inserida
no conceito principal da pesquisa operacional. Assim, trazer um dado abstrato
de sentido visual para uma representatividade, dando condição de análise,
caracteriza uma transferência de cenários para embasamento e suporte para
a adequada condição de tomar uma decisão e encaminhar uma solução por
meios concretos e relevantes (de análise ou decisão).
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Definição Complementação
des, avaliar e decidir sobre o que fazer tornam-se relevantes e, sem dúvida,
impactantes no cenário depois das ações tomadas e encaminhadas. Contudo,
não basta apenas considerar as ações possíveis sobre o cenário, mas também
entender o impacto delas sobre o processo, melhorando, assim, a condição de
escolha: embasada em informações coerentes e fortes, a decisão certamente
será mais assertiva, o mostra sua relação direta com o conceito de jogos,
já que os jogadores tomam suas decisões ao mesmo tempo ou sucessivamente.
Ainda segundo Fiani (2015), um bom exemplo é o caso dos bancos —
a decisão a ser tomada torna-se mais difícil se cada banco precisa escolher o
que fazer em relação ao seu empréstimo sem conhecer a decisão do outro, em
comparação a se um deles tem a chance de decidir conhecendo a escolha do
outro. Conhecendo a respeito da concorrência, sua decisão será mais asser-
tiva, pois esta passa de apenas aleatória para condição defensiva, superior à
concorrência. Isso se chama ação proativa, que deve se dar sobre as tendências
de ocorrência, principalmente quanto às falhas ou aos defeitos de modo geral.
Outro caso relevante nessa proposta para construção do modelo ideal ocorre
quando uma empresa líder decide depois da concorrente com perfil inovador.
Se a líder decide o preço de seu produto depois de saber que a inovadora efe-
tivamente lançou seu novo produto, disporá de mais informação no momento
de decidir e, eventualmente, pode acabar obtendo uma situação melhor ao
final do “jogo” do que se fosse obrigada a decidir ao mesmo tempo que a
inovadora decide lançar seu produto (FIANI, 2015). Nesse tipo de situação,
a líder precisaria escolher sua ação sem saber qual será a escolha da inovadora,
apresentando, dessa forma, menos informação. Em resumo, podemos perceber
que diferentes processos de interação sobre aquilo que estamos avaliando
demandam diferentes representações, sempre com base nas diversas tomadas
de decisão. O pretexto comparativo com jogos torna possível perceber como
as peças se movimentam dentro do cenário em análise, já que o foco principal
consiste em desenvolver um modelo matemático de forma clara, pelo menos
com condição adequada de trazer aquela informação até então abstrata para
uma condição de melhor percepção, constitui, sem dúvida, um diferencial
relevante para entender melhor o que acontece e, com isso, gerar respaldo na
tomada de decisões sobre o problema em questão.
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Recursos Disponibilidade
Impostos — — — — 2.000,00
Total 4.500,00
Com os dados estimados pelo grupo e os fornecidos pela RD, foi possível construir um
modelo matemático, como mostra o quadro a seguir, buscando otimizar o processo de
montagem, minimizando o custo. Função Objetivo: Minimizar os custos de Produção.
Restrições
1* × 11 <= 8 horas
1* × 12 <= 8 horas
Com o auxílio de uma planilha eletrônica, moldou-se o problema, para que fosse
resolvido por meio da ferramenta Solver, utilizando o algoritmo simplex. Após a
resolução obtida pelo Solver e obedecendo a todas as restrições, obtiveram-se os
seguintes resultados:
Quantidade
Tempo de Hora/
Etapas do requerida Custo por
produção homem
processo em horas/ unidade
disponível disponível
unidades
Quantidade de A 48 356,5 —
Quantidade de B 0 312,5 —
Leituras recomendadas
COX III, J. F.; SCHLEIER, J. G. Handbook da teoria das restrições. 1. ed. Porto Alegre: Book-
man, 2013.
MACHLINE, C. et al. Manual da administração da produção. 6. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1985.
RODRIGUES, R. Pesquisa operacional. 1. ed. Porto Alegre: Sagah, 2017. E-book.
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