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Pesquisa Operacional (P.O.) nada mais é que um método científico para a tomada
de decisões. A P.O. “estrutura processos, propõe um conjunto de alternativas e ações,
fazendo a previsão e a comparação de valores, de eficiência e de custos”.
Por ser uma ferramenta matemática aplicada, a P.O. nos dá condições para:
otimização de recursos;
roteirização;
localização;
carteiras de investimento;
alocação de pessoas;
previsão de planejamento;
alocação de verbas de mídia;
determinação de mix de produtos;
escalonamento e planejamento da produção;
planejamento financeiro;
análise de projetos e etc.
Tomar decisões é uma condição da vida humana. Viver é escolher entre apostas
viáveis. Seguir pela esquerda ou à direita na bifurcação de uma estrada, casar com Marina
ou ir embora com Fernanda, sabendo que nenhuma das duas opções é garantia de
felicidade ou fortuna; o melhor que podemos fazer é analisar as chances. Não há como não
tomar decisões. Jean Paul Sartre afirmou que “o homem está condenado à liberdade”,
talvez considerasse plausível o meu argumento: O homem está condenado a tomar
decisões.
A MODELAGEM
Quando nos vemos em situações nas quais uma decisão precisa ser tomada entre
um leque de opções possíveis e conflitantes, duas alternativas se apresentam: usar a
intuição gerencial ou utilizar o processo de modelagem a fim de realizar simulações
alterando as variáveis do problema para encontrar a solução ótima.
Até bem pouco tempo, a primeira opção era a mais utilizada. Com maior
conhecimento dos dados/informações sobre os problemas e a expansão da capacidade de
processamento dos computadores, a segunda opção vem sendo mais utilizada. Neste
contexto, duas considerações são importantes:
TIPOS DE MODELOS
A literatura e a prática de gestão nos ensina que existem basicamente três tipos de
modelos: modelos físicos, analógicos e os matemáticos ou simbólicos. Os modelos físicos
seriam as maquetes. Os analógicos representam as relações de diferentes maneiras. Os
mapas, os velocímetros através de sua escala circular são exemplos de modelos
analógicos.
Num modelo simbólico, quando uma das variáveis representa uma decisão a ser
tomada, o modelo é denominado de decisão. Normalmente, decisões são tomadas para se
atingir algum objetivo. Consequentemente, nos modelos de decisão adicionamos uma
variável que represente a medida de performance dos objetivos (função objetivo).
Um jovem estava saindo com duas namoradas: Sandra e Regina. Sabe, por experiência,
que:
Sandra, elegante, gosta de frequentar lugares sofisticados, mais caros, de modo que
uma saída de três horas custará R$240,00;
Regina, mais simples, prefere um divertimento mais popular, de modo que uma
saída de três horas custará R$160,00;
Seu orçamento permite dispor de R$960,00 mensais para diversão;
Seus afazeres escolares lhe darão liberdade de dispor de, no máximo, 18 horas e
40.000 calorias de sua energia para atividades sociais;
Cada saída com Sandra consome 5.000 calorias, mas com Regina, mais alegre e
extrovertida, gasta o dobro;
Ele gosta das duas com a mesma intensidade.
Como deve planejar sua vida social para obter o número máximo de saídas?
Variáveis de decisão:
X1 = número de saídas com Sandra;
X2 = número de saídas com Regina.
Parâmetros do problema:
Função objetivo:
Maximizar z = x1 + x2
Restrições:
240x1 + 160x2 ≤ 960
3x1 + 3x2 ≤ 18
5000x1 + 10000x2 ≤40000
5. Controle das soluções. Devemos identificar parâmetros e valores fixos que envolvem o
problema. O controle dos parâmetros é importante para detectar desvios durante o
processo. As variações nos parâmetros implicam em correção do modelo.
Teoria dos grafos. O que é grafo? "O grafo propriamente dito é uma representação gráfica
das relações existentes entre elementos de dados. Ele pode ser descrito num espaço
euclidiano de n dimensões como sendo um conjunto V de vértices e um conjunto A de
curvas contínuas (arestas)"
Os grafos são utilizados na representação de modelos reais. Pode-se utilizar grafos para
representar, por exemplo, estradas e utilizar algoritmos para se determinar o caminho mais
curto. Podemos utilizá-los em redes PERT e CPM no planejamento e programação de
projetos.
Teoria dos jogos. A teoria dos jogos busca modelar fenômenos observados quando dois
tomadores de decisão interagem entre si. Vem sendo utilizada como ferramenta ou alegoria
que explica sistemas complexos. Analisa estratégias de persuasão e tomada de decisão.
Em resumo, a P.O. é uma ferramenta prática que oferece subsídios para a atividade de
gestão. Como ferramenta quantitativa, fornece parâmetros decisórios confiáveis, considera
cenários e estabelece, por meio de modelos matemáticos, visualizações
de possíveis soluções de problemas que apresentam variáveis, restrições, e função objetivo,
analisadas por meio de cálculos estruturados em fases. Desta forma, a P.O. se constitui de
um moderno instrumental para a tomada de decisões.