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Rio de janeiro, 23 de maio de 2015.

Querido Miguel,

Espero que esta carta possa lhe alcançar com um pouco de conforto e apoio. Não consigo imaginar o
que você tem passado recentemente, mas quero que saiba que estou aqui para você e que me importo
profundamente com o que você está enfrentando.
Fiquei sabendo sobre o bullying que você vem enfrentando e queria expressar o quanto isso me
entristece. Ninguém merece passar por algo assim, e quero que saiba que você não está sozinho nessa situação.
O bullying é algo injusto e cruel, mas sua força ao lidar com isso é admirável.
Lembre-se de que a opinião daqueles que estão te machucando não define quem você é. Você é uma
pessoa incrível, cheia de talentos, qualidades e potencial. O que os outros dizem ou fazem não muda a sua
essência.
Se precisar de alguém para conversar, desabafar ou apenas passar um tempo juntos, estou aqui. Você
tem todo o direito de se sentir triste, com raiva ou confuso, mas lembre-se de que há apoio e carinho ao seu
redor. Não hesite em me procurar se precisar de um ombro para chorar, um ouvido para ouvir ou qualquer
outra forma de ajuda.
Também quero encorajar você a falar com adultos de confiança, como seus pais, professores ou
orientadores, sobre o que está acontecendo. Eles estão aí para proteger e apoiar você, e juntos, vocês podem
encontrar maneiras de lidar com a situação e buscar soluções.
Por favor, não deixe que essas situações difíceis definam seu caminho. Você é capaz de superar isso e
construir um futuro brilhante. Continue acreditando em si mesmo/a, porque eu acredito em você.

Com todo o meu apoio e carinho,


Sua colega de classe Nathalia.

Olá,

Meu nome é Pedro e gostaria de compartilhar minha experiência com o bullying. No decorrer da
minha infância e adolescência, enfrentei momentos difíceis que tiveram um grande impacto em mim.
Tudo começou na escola primária. Eu sempre fui um pouco mais reservado e dedicado aos meus
estudos, o que, por algum motivo, tornou-me um alvo para alguns colegas. Lembro-me vividamente das
risadas zombeteiras e das palavras ofensivas que eram direcionadas a mim. Eu era chamado de "cabeça
de livro", "nerd" e outras palavras cruéis que minaram minha confiança.
Os corredores da escola muitas vezes se transformavam em passagens de ansiedade para mim. Eu
andava de cabeça baixa, tentando evitar olhares e comentários maldosos. O bullying não se limitava
apenas a palavras. Alguns colegas agiam de maneira física também, como empurrões e até mesmo
escondendo meus pertences.
[...]
Felizmente, com o tempo, comecei a me cercar de pessoas que me apoiavam e me aceitavam pelo
que eu era. Encontrei amigos que valorizavam minha dedicação aos estudos e minha personalidade
tranquila. Essa rede de apoio me deu a força para enfrentar os desafios e começar a reconstruir minha
confiança.
Hoje, olhando para trás, percebo que o bullying não definia meu valor como pessoa. Aprendi que
ser diferente é uma coisa boa e que as palavras cruéis dos outros não têm poder sobre minha autoestima.
A experiência me tornou mais empático e me motivou a apoiar outras pessoas que possam estar
enfrentando situações semelhantes.
Compartilhar minha história é uma maneira de lembrar a mim mesmo e a outros que todos
merecem respeito e compreensão. Se você está passando por algo parecido, saiba que não está sozinho.
Há pessoas que se importam e que estão dispostas a ajudar.

Abraços,
Pedro

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