Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A formação se inicia com crianças a partir de 06 anos de idade até idades avançadas,
com atendimento centrado na formação Teórica Instrumental passando pelas aulas de
Canto Coral, Artes Cênicas, Artes Plásticas sendo então uma Escolade Artes.
O Projeto Big Band do CEM Varginha faz parte da grade curricular como atividade de
prática em conjunto, de maneira a propiciar aos aprendizes e músicos da comunidade
um grupo que faça música instrumental estudando arranjos adaptados ao grupo
arregimentado a possibilidade de convivência com colegas que estudam outros
instrumentos com o objetivo de colocar em prática as habilidades apreendidas durante
as aulas de instrumento oferecidos pela Escola de Música, tornando assim, parte na
sua formação instrumentista.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a prática pedagógica utilizada pelo
Projeto Big Band, do Conservatório de Música da cidade de Varginha/MG, buscando
incentivar jovens e adolescentes ao estudo e apreciação da música e despertar nos
alunos o gosto por um instrumento musical.
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho será uma revisão de literatura
para apresentar a prática pedagógica utilizada pelo Projeto Big Band do CEM –
Varginha. Tem como finalidade fundamental conduzir o leitor a determinado assunto
e proporcionar a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e
comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa.
Hoje em dia muito se tem escrito sobre como tocar um instrumento e o estudante de
música confronta-se com muitas ideias e “técnicas” diferentes. O resultado deste
panorama é, na maior parte dos casos, uma grande confusão que não deveria existir
na cabeça do aluno. Com o passar do tempo, o aluno mais ambicioso entra num
processo de eterna busca pelo “segredo” ou ainda por “determinado acessório” que
por milagre lhe dará o desenvolvimento esperado (WOLFFENBÜTTEL, 2017).
Visando essa problemática, o Projeto Big Band do CEM Varginha tem como objetivo
apoiar aos alunos formandos e já formados que,ao fazerem parte do grupo, possam
adquirir experiência como instrumentista em diversas formações musicais com
predominância de instrumentos de sopro.
O projeto conta com professores que lá estão para passar suas experiências dentro
da sua área de atuação, ensinando e compartilhando nos diversos momentos de aula
instrumentais sua prática de modo a que possam mostrar a atuação em grupos
instrumentais passando aos alunos, por meio do seu comportamento, nos mais
diversos grupos e outras formações e assim ensinando os aprendizes a se
comportarem em um grupo cuja formação seja voltada a musica instrumental
(EDUCAÇÃO MG, 2008).
O projeto tem como objetivos gerais: capacitar alunos a fazerem parte de grupos
instrumentais; elaborar concertos didáticos; levar a música instrumental à
comunidade; incentivar jovens e adolescentes ao estudo e apreciação da música e
despertar nos alunos o gosto por um instrumento musical; preparar, treinar alunos de
acordo com seu grau de desenvolvimento (EDUCAÇÃO MG, 2008).
É importante frisar que o objetivo dos métodos não é investigar a validade das
muitas teorias que confundem o estudante de tal forma que o impossibilitam de
tocar. Nem pretende-se tampouco substituir qualquer bom livro sobre notação
musical, ritmo, fraseado, arpejo, escalas, etc. Estes livros e o domínio do seu conteúdo
são essenciais, porém, não farão o instrumento tocar sozinho e este domínio virá com
a prática em conjunto onde se praticará com demais estudantes o seu instrumento e
desenvolverá um mínimo de habilidades no manuseio de seu instrumento de estudo
possibilitando ao aprendiz segurança na sua prática instrumental.
Embora a referida tabela seja estabelecida para a organização das Bandas Civis é
importante para dar uma organização quanto aos diversos níveis de dificuldade a
serem observados de modo a que todos os alunos possam participardo grupo.
A tabela de Parâmetros vai de 01 a 12 com cada nível tendo seu grau de dificuldade
(JARDIM, 2015).O projeto BIG BAND DO CEM VARGINHA se utiliza da tabela de
parâmetros na classificação do grau de dificuldade das peças para que os alunos
estudem e, assim, progridam em seus estudos e assim tenham o seu
desenvolvimento.
A formação atual dos participantes do projeto é composta por alunos que estão em
diversas etapas de aprendizagem, mas, que já demonstram boa proficiência no
domínio do instrumento e como estarão acompanhados dos professores que atuam
como orientadores de naipe, poderão assim observar sua sonoridade, afinação,
fraseado, ritmo, etc. e outros elementos que possam ser agregados na sua formação
instrumental.
A escola conta também com todos os instrumentos a disposição dos alunos, já que
muitos não tem possibilidades de ter esses instrumentos musicais.
Os arranjos musicais que são utilizados no grupo são arranjos do Maestro Neves que
são para a formação do grupo, buscando adaptar da Tabela de Parâmetros (JARDIM,
2015) para a formação de grupos de sopro onde são observados diversos itens
(SOTELO, 2008).
Por ser um grupo estudantil, os ensaios não ficam somente em um estilo musical.
Embora seja uma Big Band de Jazz, não se restringe a somente este estilo musical,
para dar a vivência musical mais diversificada aos alunos buscando arranjos de outros
estilos musicais. De acordo com Gonzaga (2010), essa diversificação no estilo musical
proporcioa aos alunos uma experiência na execução na busca de sonoridade,
afinação, entrosamento com os outros colegas do grupo cada com suas experiências
de vida e conhecimentos quejá tem na sua formação.
Com este elenco de músicos organizado e por meio de diálogos com os seus
professores, parte-se para a atribuição de partituras das vozes que o mesmo fará
dentro do grupo, buscando em parceria com o professor adequar a partitura para que
o aluno esteja em condições de fazer sua execução. Jardim (2015) relata que,
normalmente, é passado ao professor da área de atuação do aluno a partitura com o
arranjo que ele fará a participação no grupo, sendo assim, parte da aula do mesmo
estudo da peça em questão.
Adaptações são feitas para que alguns alunos possam executar, pois, por algum
motivo ou outro o mesmo não poderá fazer a leitura do arranjo original fazendo a
correta adequação da parte buscando adequar trechos que são de difícil execução
para o nível em que o estudante está e, assim, tornando viável sua participação sem
que o mesmo fique com receio de participar do grupo não se achando em condições
de executar as peças musicais que são propostas ao grupo.
As partituras são dispostas em pastas sendo que cada elemento do grupo tem uma
de modo a que nos ensaios e apresentações ele se preocupe somente com a leitura
da voz do seu instrumento e não se preocupem com mais nada ficando centrados e
despreocupados com outros elementos além da música que apresentará. Por vezes
são enviados aos alunos cópias das Partituras para que, ao chegar ao ensaio, já
tenham lido sua partitura e não tenham o famoso receio de tocar junto a músicos já
experientes criando assim bloqueios na sua interpretação como músicos
(EDUCAÇÃO MG, 2008).
Com essa leitura prévia feita por aqueles que estão mais inseguros em participar do
grupo, vai-se para a execução da peça: o ritmo inicial é feito no ritmo de ensaio,
fazendo primeiramente uma leitura em grupo para que os participantes inexperientes
se acostumem com a formação do grupo, sua sonoridade e características das peças
a serem executadas (JARDIM, 2015).
Diálogos são feitos para explicar detalhes das peças de modo a que o executante
possa se inteirar do estilo musical predominante, falando sobre o fraseado, dinâmica
na partitura, momentos de solo, buscando detalhar e dar segurança ao executante
das obras de que está o mais próximo possível do que quis dizer com a peça o autor
da mesma. Estes diálogos são feitos de modo a que os alunos conheçam detalhes da
época em que a peça musical foi composta, o que acontecia com o mundo na época
(KUEHN, 2012).
Para Kuehn (2012), a expressão de musical no Jazz trás diversas inquietações que
vigoravam no período em que foram compostas e, por ventura, as influências que esta
composição musical possa ter tido ou teve em sua criação.
Os ensaios são o momento em que o aprendiz tem para criar e desenvolver suas
habilidades, haja visto que “os automatismos são favorecidos pelos hábitos e,
portanto, pela repetição” (WILLEMS, 1979, p.129).
Então, de acordo com Lima (2011), ao repetir diversas vezes trechos musicais em que
se tem dificuldade, cria-se um automatismo e, assim, supera aqueles trechos musicais
que há obstáculos em na execução musical e, ao repetir diversas vezes, lentamente,
supera-se estes obstáculos e propicia aos alunos superarem também as suas
dificuldades de execução instrumental.
4. AS APRESENTAÇÕES DO PROJETO BIG BAND
Ainda de acordo com Lima (2011), a logística de um grupo que agrega vários
instrumentos, músicos de diversos bairros e outras cidades, obriga a ter um
planejamento amplo, organizando a atividade de modo a ter melhor desempenho do
Grupo e assim ter menos trabalho e com melhor resultado final.
Por ser um projeto ligado a uma instituição de ensino, que tem suas diretrizes de
funcionamento e que tem diversos pressupostos que embasam a formação dos alunos
egressos dos cursos desta instituição, é preciso ter um planejamento em que são
obedecidas certas regras para observar a boa formação dos aluno (GONZAGA,
2010).
O fato de ter uma pessoa como referência no grupo fará com que fique mais seguro
e, assim, poderá ter um melhor desenvolvimento no seu aprendizado no instrumento,
tendo uma melhor performance instrumental, pois, procurará imitar o fazer musical do
seu professor, acrescentando elementos que ainda não tinha desenvolvido no seu
fazer musical, tais como: melodia, ritmo, sonoridade, timbre, postura no palco em uma
apresentação de modo a tornar mais profissional sua participação em eventos o
municiando com conhecimento além da sua formação como instrumentista.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O vinculo do Projeto Big Band com uma instituição Pública de Ensino dá o respaldo
aos trabalhos para que sejam realizados trabalhos com toda Estrutura para a boa
formação dos aprendizes. O vínculo com a instituição de ensino Regular, no caso
Conservatório Estadual Maestro Marciliano Braga ligado à Secretaria de Estado da
Educação de Minas Gerais, dá a estrutura de acompanhamento Didático e
Pedagógico com vias a superar dificuldades que possam, por ventura, aparecer
durante o desenvolvimento das atividades do Projeto tornando assim melhor a
formação dos alunos com menos lacunas em sua formação instrumentista.
O bom planejamento dos trabalhos usando a participação no Projeto Big Band dará
ao aprendiz orientação em seu aprendizado, o capacitando para que possa participar
de grupos, aperfeiçoando seus conhecimentos adquiridos e, como a maioria destes
alunos fazem parte de várias agremiações, ele estará se municiando de
informações que poderá compartilhar com seus colegas nos diversos grupos musicais
em que participar.
O Professor é visto como um facilitador na aprendizagem aja visto que não é somente
na aula de instrumento individual que a aprendizagem se processa, mas, em todo
ambiente Escolar que se processa a aprendizagem é a observação da nossa prática
diária que observamos isso, momentos de interação são observados nos corredores
onde os alunos se reúnem em grupos de interesse o que possibilita a troca de
experiências entre eles com o objetivo de fazer a sua música, nestesgrupos m
trazem suas experiencias e habilidades já desenvolvidas.
O Projeto Big Band é, então, uma das possibilidades de aprendizagem que a escola
propicia aos discentes que procuram a instituição para se conhecer como músicos,
desenvolver habilidades para ter um conhecimento básico e poder ser plateia com
formação, conhecimento do que está sendo executado e se habilitar
profissionalmente.
REFERÊNCIAS
GONZAGA, Ana. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas.
Publicado em 01 jan. 2010. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-
musica-nas-escolas>. Acesso em: 30 nov. 2021.
JARDIM, Marcelo (org.). Pequeno guia prático para o regente de banda. Rio de
Janeiro: Fundação Nacional de Artes – Funarte. 2015.
LIMA, Carlos Alberto Rodrigues de. Estudo para ampliação do uso dos recursos
timbrísticos no repertório de bandas de música no Brasil. Dissertação (Mestrado
em artes), UNICAMP, Campinas, 2006.
LIMA, Marco Auréio de. A banda estudantil em um toque além da música. São
Paulo: Annablume, 2007.
LIMA, Suely Simone Costa. Educação e socialidade: Aspectos do imaginário na
banda de música do Bom Menino. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do
Maranhão, São Luís, 2006.