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Avaliação

2023

LÍNGUA PORTUGUESA
3º série do Ensino Médio

Caro(a)aluno(a)
Você está participando da Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa para
apoiar a qualificação do trabalho pedagógico em sua escola. Sua participação é
muito importante.
Este caderno é composto por 24 itens de múltipla escolha com 5 alternativas
cada.
A avaliação terá duração de 1hora e 10 minutos. Reserve os últimos 10 minutos
para transcrever suas respostas. Cuidado e muita atenção com a ordem das
questões para fazer a marcação. Responda com calma, procurando não deixar
nenhuma questão em branco.
Boa avaliação
Questão 01 D1

Leia o texto abaixo.

Lenda antiga de origem austríaca


Era uma vez um sapateiro pobre que vivia em uma cabana, perto de uma humilde aldeia. Como
gostava de ajudar os viajantes que passavam junto à sua casa durante a noite, o sapateiro deixava
uma vela acesa todas as noites na janela da casa para lhes iluminar o caminho. Certa altura, deu-
se uma grande guerra que fez com que todos os jovens partissem, deixando a aldeia ainda mais
pobre e triste. Ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida
cheio de esperança e bondade, as pessoas da aldeia decidiram imitá-lo e, na noite de véspera de
Natal, todos acenderam uma vela nas suas casas, iluminando assim toda a aldeia. À meia-noite,
os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os
jovens regressavam às suas casas! Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas! ”. A
partir daquele dia, acender uma vela na véspera de Natal tornou-se tradição em quase todas as
casas.

De acordo com esse texto, o sapateiro é um homem


A) triste.
B) rico.
C) humilde.
D) persistente.
E) orgulhoso.

Questão 02 D2

Leia o texto abaixo.

Economia
Dona Maria pede que o esperto Joaquinzinho leve uma carta ao correio.
— Joaquinzinho, bote essa carta no correio. Tome aqui o dinheiro pra comprar o selo.
Daí a pouco, Joaquinzinho volta chupando um picolé.
— Ó Joaquinzinho, onde você arranjou dinheiro pra comprar esse picolé?
— É que o pessoal do correio tava distraído aí eu botei a carta na caixa. Nem precisei
comprar o selo. Aí, com o dinheiro que eu economizei, comprei o picolé.

Com base na leitura do texto, pode-se deduzir que Joaquinzinho


A) foi ingênuo, pois é criança.
B) não queria que a carta chegasse ao local desejado.
C) agiu de má-fé para se dar bem.
D) usou de estratégia para economizar dinheiro.
E) agiu com descrição.

Questão 03 D3

Leia o texto abaixo.

O melhor amigo
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um
passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu
uma corridinha em direção de seu quarto.
— Meu filho?
— gritou ela.
— O que é
— respondeu, com ar mais natural que lhe foi possível.
— Que é que você está carregando aí? Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a
cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo:
— Eu? Nada…
— Está sim. Você entrou carregando uma coisa. Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar —
o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que
estava carregando:
— Olha aí, mamãe: é um filhote…
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
— Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
— Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de
isso. Insistiu ainda:
— Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
— Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
— Ah! Mamãe…
— já compondo uma cara de choro.
— Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda
inventar uma amolação dessas. O menino tentou enxugar uma lágrima; não havia lágrima. Voltou
para o quarto, emburrado: a gente também não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia
ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado dessa maneira! — Que diabo também,
nesta casa tudo é proibido!
— gritou, lá do quarto.
— Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.
— Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
— Você não é todo mundo.
— Também, de hoje em diante, eu não estudo, não vou mais ao colégio, não faço nada.
— Veremos
— limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.
— A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
— Sua alma, sua palma. [...] Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
— Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
— Ah, mamãe, deixa!
— choramingou ainda:
— Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.
— E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?
— Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
— Deixa de conversa: obedece sua mãe. Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou
a se preocupar. [...] Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
— Pronto, mamãe! E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido o seu melhor amigo
por trinta dinheiros.
— Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza de que ele dava — murmurou, pensativo.
SABINO, Fernando. In: Fernando Sabino, obra reunida. V. 3. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996

No trecho “– A senhora é ruim mesmo, não tem coração. ” (l. 30), a palavra destacada tem o sentido de
A) compaixão.
B) compreensão.
C) flexibilidade.
D) paciência.
E) solução.
Questão 04 D4

Leia o texto abaixo.

Esse texto mostra


A) a pesca em áreas proibidas.
B) as consequências da falta de chuva.
C) como pescar em rios
D) o problema da poluição dos rios.
E) os hábitos de pescadores profissionais.

Questão 05 D5

Leia o poema abaixo.

Tempo de colher
Há momentos na história
Em que todas as vitórias
Parecem fugir da gente
Mas vence quem não desanima
E busca em sua autoestima
A força pra ser persistente.

Regando o deserto da consciência


Um novo ser nasceu,
É hora de ir em frente
companheiro
Você é o guerrilheiro
Que a história nos deu.

Regamos o deserto da consciência


Um novo ser nasceu
É hora de ir em frente,
companheira
Você é a guerrilheira
Que a história nos deu.
Ademar Bogo

Nesse poema, o tema desenvolvido é o(a)


A) história.
B) força.
C) esperança.
D) autoestima.
E) amizade.
Questão 06 D6

Leia o Texto abaixo:

A terceira margem do rio

Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo
que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo
me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos.
Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente – minha irmã, meu
irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da
popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada
em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito
contra a ideia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e
caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de
nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se
poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem
falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a
gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou:
– “Cê vai, ocê fique, você nunca volte! ” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim,
me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito.
O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: – “Pai, o senhor me leva junto,
nessa sua canoa? ” Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando
para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e
desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo – a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida
longa.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. 15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 79. Fragmento.

Nesse texto, a frase que expressa uma opinião é:


A) “... ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros,...”. (l. 3)
B) “... nosso pai mandou fazer para si uma canoa.”. (l. 5 - 6)
C) “Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio,...”. (l. 11-12)
D) “... nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente.”. (l. 15)
E) “Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa? ”. (l. 21)

Questão 07 D7

Leia o texto abaixo.

Era um garoto que como eu


Amava os Beatles e os Rolling Stones
Girava o mundo sempre a cantar
As coisas lindas da América

Não era belo, mas mesmo assim


Havia mil garotas a fim
Cantava Help and Ticket to Ride
Oh Lady Jane e Yesterday
Cantava Viva à Liberdade
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra, o separou
Fora chamado na América

Stop! Com Rolling Stones


Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs

Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá


Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá
Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá
Ratá-tá tá tá

Ra-tá-tá tá-tá, ra-tá-tá tá-tá

Era um garoto que como eu


Amava os Beatles e os Rolling Stones
Girava o mundo, mas acabou
Fazendo a guerra no Vietnã

Cabelos longos não usa mais


Não toca a sua guitarra e sim
Um instrumento que sempre dá
A mesma nota, ra-tá-tá-tá

Não tem amigos, não vê garotas


Só gente morta caindo ao chão
Ao seu país não voltará
Pois está morto no Vietnã

Stop! Com Rolling Stones


Stop! Com Beatles songs
No peito, um coração não há
Mas duas medalhas sim

Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá


Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá
Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá tá
Ratá-tá tá tá

Ra-tá-tá tá-tá, ra-tá-tá tá-tá


Composição: Brancato Jr / Enriquez Migliacci / Mauro Lusini

A informação principal da música é


A) que os garotos norte-americanos gostam de tocar guitarra e curtir as bandas de rock.
B) a história de um garoto norte- americano que perdeu a vida na guerra entre EUA e Vietnã.
C) os motivos que resultaram na guerra entre EUA e Vietnã, a saber, interesses políticos.
D) destacar as qualidades músicas das bandas norte-americanas, em especial do rock.
Questão 08 D7
Leia o texto abaixo

A vida sem casamento

Afinal, o que as mulheres querem? No campo das aspirações femininas mais fundamentais,
essa é uma pergunta facílima de responder. Por razões sociais, culturais e biológicas, a
maioria absoluta das mulheres aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir família
e, por intermédio dos filhos, ver cumprido o imperativo tão profundamente entranhado em
seu corpo e em sua psique ao longo de centenas de milhares de anos de história evolutiva.
A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais um calendário fixo para que isso
aconteça. A formidável mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do último século, com
o processo de emancipação feminina, o acesso à educação e a conquista do controle
reprodutivo, permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “ programação”
maternofamiliar. As mulheres que dispõem de autonomia econômica e vida independente não
são mais consideradas balzaquianas aos 30 anos — apenas 30 anos! —, encalhadas aos 35 e
aos 40, reduzidas irremediavelmente à condição de solteironas, quando não agregadas de
baixíssimo status social, melancolicamente mexendo tachos de comida para os sobrinhos nas
grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado.
Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno florescimento, com um ou mais
títulos universitários – e um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o jeans de
cintura baixa ou o biquíni nos intervalos dos compromissos de trabalho. Além de fora de
moda, o termo pode ser até ofensivo. O contraponto a esses avanços é que, quanto mais as
mulheres prorrogam o casamento, mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo
Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006

A principal informação desse texto é que as mulheres


A) aspiram casar-se e construir família.
B) dispõem de autonomia econômica.
C) desejam, através de seus filhos, perpetuar a evolução.
D) enquanto avançam no profissional, adiam o casamento.
E) tem se preocupado mais com a forma física.

Questão 09 D9

Leia o texto abaixo:


A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer

O pai da mãe dos meus netos resolveu fazer uma surpresa para eles. Queria dar-lhes um presente
de de aniversário. Presente de aniversário todas as crianças sempre ganham, ora bolas. Entretanto,
presente de de aniversário só os netos dos avós espertos.
Mas, que presente ele poderia dar, se os filhos de sua filha tinham de tudo? Pensou em dar um
par de meias, com um furo no dedão, mas descobriu que meias com furo no dedão eles tinham
quase meia dúzia. Só de pé esquerdo! Pensou em dar uma bola de futebol furada e rasgada pelo
cachorro da casa, mas no quintal dormiam umas três ou quatro dessas bolas, plantadas dentro de
um vaso de barro. [...]
“Já sei”, disse ele, “vou dar um carrinho de corda sem a roda dianteira”. Bobagem! Eles já
tinham uns dois carrinhos faltando pelo menos uma das rodas. “Um jogo de lego faltando uma
porção de pecinhas é um bom presente” pensou o esperto velhinho. Mas desistiu da ideia, porque
sua filha lhe disse que eles só gostavam de brincar com as peças que não conseguiam formar
nenhuma figura completa. Cavalo sem orelha, castelo sem telhado, trenzinho sem fumaça, navio
sem ondas de mar, gavião sem céu pra voar. [...]
Foi ao shopping e procurou na loja de brinquedos alguma coisa que faltava no quarto dos
meninos. “A senhora tem antipatia para vender?” perguntou o avô de meus netos à gentil senhorita
que o atendeu. Ela fez uma cara de quem não estava entendendo nada e ele precisou explicar. “Eu
preciso dar a meus netos alguma coisa que eles ainda não têm”. Ela fez uma cara alegre e disse
que ali não se vendia antipatia. Aliás, todos os vendedores tinham simpatia para dar e vender.
“Então eu prefiro que eles me deem, assim eu economizo uns tostões”, disse o sovina. [...]
Disponível em: <http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/MarioQuintana/marioquintana5.html

Esse texto é um exemplo de


A) conto.
B) diário.
C) notícia.
D) poema.
E) propaganda.

Questão 10 D10

Leia o texto abaixo.

Mente quieta, corpo saudável


A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim.
Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica
da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de
redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de
câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que,
submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes
reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
Revista Superinteressante, outubro de 2003.

O texto tem por finalidade:


A) Criticar.
B) Denunciar.
C) Informar.
D) Persuadir.
E) Divertir.

Questão 11 D11

Leia o texto abaixo.

O mestre da faxina
Subitamente, minha faxineira desapareceu. Deixou chinelos, um avental [...]. Três semanas
depois, resolvi:
─ Eu mesmo vou limpar o apartamento!
Peguei um saco de lixo grande, botei dois coadores de café usados, a casca de uma mexerica e
algumas torradas secas. No processo, um pedaço de torrada caiu no chão. Esmigalhei-o com o
pé, sem querer. Observei horrorizado os pedacinhos se espalharem pelo piso.
─ Não tem importância, depois vou lavar o chão.
Joguei o lixo. Voltei. Abri a geladeira. Duas cenouras mumificadas me observavam. Retornei
ao lixo. Foram dez idas e vindas. Sempre esquecia alguma coisinha! Finalmente, encarei a
cerâmica da cozinha. Originalmente, é branca. A alvura ocultava-se sob manchas marrons,
vermelhas e cinzentas. Passei a vassoura – expliquei, sorridente.
─ Estou às voltas com a vassoura – expliquei, sorridente.
─ Vai voar? – Perguntou meu interlocutor.
Desliguei e voltei à cozinha. Tinha espalhado as migalhas de torrada por todo o trajeto. Achei
melhor me concentrar e pensar na sala mais tarde. Cautelosamente, espalhei o líquido limpador
multiuso no chão. Puxei a sujeira com o rodinho. As manchas desapareciam magicamente!
─ Venci as faxineiras – comemorei.
Só então descobri estar do lado oposto à porta. Ao voltar sobre a área limpa e molhada, na
ponta dos pés, minhas botas espalharam marcas pretas, bem redondinhas. Dava a impressão de
que uma cabra havia passado por lá. Suspirei. Tirei os sapatos, as meias e arregacei as calças.
Joguei limpador de novo. Puxei o rodinho, dessa vez ao contrário. Trouxe uma horrível borra
cinza até a porta da sala. Quando ia atingir meu tapete persa, corri até a pia, peguei um pano e
ajoelhei-me para eliminar a borra. O pano estava imundo, emporcalhei tudo mais ainda. Pior:
meus joelhos também se sujaram e minhas próprias calças passaram a criar manchas. Não tive
dúvida: tirei a roupa toda. [...]
Retornei à pia, tentei lavar o pano. A pia entupiu. Corri ao banheiro, acrescentando mais marcas
no chão. Molhei e torci o trapo. Mais limpador. Notei que as casquinhas da torrada, apesar de
todo meu empenho, pareciam ter colado na cerâmica. Agachei-me e, com a ponta das unhas, fui
tirando uma por uma. Até quase enlouquecer. Quis chorar. Pus a mão nos cabelos, e o líquido
de limpeza começou a escorrer pelo rosto. Espirrei. Joguei água por tudo, espalhei sapólio e
passei o rodinho. Meus pés arderam. Ao puxar os detritos, eles voaram no tapete persa. Deitei-
me sobre o tapete para caçar os pontinhos de sujeira. Nesse instante, o rodinho escorregou e
caiu em direção ao ralo. Na batida, uma poça d’água explodiu. Com fúria, agarrei o pano e
passei em cada milímetro do piso. Desmaiei no tapete, exausto. Olhei a cozinha.
Surpresa! O piso estava limpo! Suspirei, quis tomar café. Duas gotas negras caíram da xícara.
Desesperado, quase lambi o chão. Limpei com meu próprio lenço. Respirei profundamente,
senti minha franja grudada nos cílios. Uma mancha de sapólio se instalara na minha barriga!
Corri para ducha. Adormeci pensando como seria fascinante limpar a sala, no dia seguinte.
De manhã bem cedo, a faxineira reapareceu, com uma história complicadíssima. Quase beijei
seus pés. Sempre desdenhei os trabalhos domésticos. Quando ouvia alguém falar em dona de
casa, torcia o nariz. Já me arrependi. Francamente! Que vida!

CARRASCO, Walcyr. Pequenos delitos e outras crônicas. Rio de Janeiro)

O fato que desencadeou essa história foi


A) a admiração pelo trabalho da faxineira.
B) a disputa pelo melhor faxineiro.
C) a disposição do narrador.
D) a ausência da faxineira.
E) a limpeza do piso.

Questão 12 D12

Leia os textos abaixo.


Texto I
Órion
A primeira namorada, tão alta
Que o beijo não alcançava,
O pescoço não alcançava,
Nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão.
ANDRADE, Carlos Drummond de.

Texto II
Amor Maior
(Jota Quest)

Eu quero ficar só, mas comigo só eu não consigo


Eu quero ficar junto, mas sozinho só não é possí¬vel
E preciso amar direito, um amor de qualquer jeito

Ser amor a qualquer hora, ser amor de corpo inteiro


Amor de dentro pra fora, amor que eu desconheço
Quero um amor maior, amor maior que eu
Quero um amor maior, um amor maior que eu

Eu quero ficar só, mas comigo só eu não consigo


Eu quero ficar junto, mas sozinho só não é possível
É preciso amar direito, um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora, ser amor de corpo inteiro

Amor de dentro pra fora, amor que eu desconheço


Quero um amor maior, ié ié amor maior que eu
Quero um amor maior, ié ié amor maior que eu[...]

O texto I difere do texto II


A) apenas o texto II utiliza-se de uma linguagem culta.
B) apenas o texto I está em versos e estrofes.
C) na não existência de narração no texto I.
D) na apresentação de sentido figurado.
E) na existência de narração no texto II.

Questão 13 D13

Leia os textos abaixo.

Texto I
Os direitos dos animais

O mundo animal vive uma verdadeira revolução. Não, não é uma cena de ficção [...] tratase,
sim, de uma rebelião lenta e gradual, mas que a cada dia ganha mais adeptos humanos no mundo.
Esse crescente exército luta para que os animais não sejam mais assassinados, torturados ou pri-
vados de sua liberdade só para alimentar ou divertir o homem. Sua principal arma: a lei. Bata-
lham para que a mesma legislação que defende os direitos humanos seja aplicada aos animais, in-
cluindo os seus parágrafos e artigos prevendo punições legais para quem desrespeitar os direitos
fundamentais dos bichos.
A questão é polêmica: enquanto uns acham que essa legislação jamais será estendida aos ani-
mais, pois eles são irracionais e nunca poderão ser comparados ao homem; outros afirmam o con-
trário, argumentando que são seres vivos, dotados de inteligência e sensibilidade e, como tal, não
podem continuar sendo submetidos às atrocidades humanas., Discussões à parte, o fato é que hoje
nem mesmo a ciência e a filosofia conseguem dar munição para ajudar o primeiro grupo a vencer
essa guerra, ao contrário de alguns anos atrás
Disponível em: https://portais.ufma.br/PortalUnidade/ufmasustentavel

Texto II
O Ibama e a Policia Federal estão trabalhando juntos no combate ao tráfico de animais e à biopi-
rataria. A estimativa tanto do Ibama quanto de ambientalistas com relação à preservação da fauna
silvestre brasileira é a de que mais de 38 milhões de espécimes sejam levadas do pais a cada ano
através de portos e aeroportos. O tráfico é um dos fatores que aumentam o risco de extinção de
diversas espécies. Ao intensificar a fiscalização, a Polícia Federal anunciou a criação de delegaci-
as especializadas em crimes contra o ambiente e patrimônio histórico nos 27 estados brasileiros.
As novas delegacias contarão com agentes especializados em bloquear furto da biodiversidade do
país.
Disponível em: https://www.ecycle.com.br/1267-microplastico.html

A respeito da garantia de liberdade dos animais, esses textos apresentam informações


A) complementares.
B) contraditórias.
C) imprecisas.
D) infundadas.
E) semelhantes.

Questão 14 D14

Leia o texto abaixo.

Os namorados
Um pião e uma bola estavam numa gaveta em meio a um monte de brinquedos. Um dia o pião
disse para a bola:
— Devíamos namorar, afinal, ficamos lado a lado na mesma gaveta. Mas a bola, que era feita de
marroquim, achava que era uma jovem dama muito refinada e nem se dignou a responder à
proposta do pião. No dia seguinte, o menino, a quem todos esses brinquedos pertenciam, pintou o
pião de vermelho e branco e pregou uma tachinha de bronze no meio dele. Ficava maravilhoso ao
rodar.
— Olhe para mim agora!
— o pião disse para a bola.
— O que você acha, não daríamos um belo casal? Você sabe pular e eu sei dançar! Como iríamos
ser felizes juntos!
— Isso é o que você acha
— a bola retrucou
— Você por acaso sabia que minha mãe e meu pai eram um par de chinelos marroquim, e que eu
tenho cortiça dentro de mim?
— Mas eu sou de mogno
— gabou-se o pião.
— E ninguém menos que o próprio prefeito quem me fez, num torno que tem no porão.
— E foi um grande prazer para ele.
— Como vou saber se o que está dizendo é verdade?
— perguntou a bola.
— Que nunca mais me soltem se eu estiver mentindo!
— o pião respondeu.
— Você sabe falar muito bem de si
— admitiu a bola.
— Mas terei de recusar o convite porque estou quase noiva de uma andorinha. Toda vez que pulo
no ar, ele põe sua cabeça para fora do ninho e pergunta “você vai, você vai? ”. Embora eu ainda
não tenha dito que sim, já pensei nisso; e é praticamente o mesmo que estar noiva. Mas prometo
que nunca o esquecerei.

ANDERSEN, Hans Christian. Os mais belos contos de Andersen. São Paulo: Moderna, 2008, p. 74

No trecho “Embora eu ainda não tenha dito que sim, ...” (ℓ. 19), o pronome em destaque refere-se
A) ao pião.
B) à bola.
C) ao menino.
D) ao prefeito.
E) à andorinha.

Questão 15 D14

Leia o texto abaixo.

O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois,
senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia
é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas
que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, seme-
lhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como
se diz nas autópsias; o interno não aguenta tinta. Uma certidão que me desses vinte anos de idade
poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. Os amigos que
me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos.
Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todas creem na moci-
dade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez a consul-
tar os dicionários, e tal frequência é cansativa.
Dom Casmurro, de Machado de Assis.

O termo destacado (contração da preposição ‘em’ com o pronome reto ‘ela’ formou ‘NELA’) que retoma
A) pintura.
B) mim.
C) mocidade.
D) certidão.
E) autópsias.

Questão 16 D17

Leia o texto abaixo.

Um abraço vale mais do que mil palavras


A medicina se divide em diversas especialidades, mas os médicos, em apenas dois tipos: aqueles
que tratam a doença e aqueles que tratam o paciente. O dr. J.J. Camargo é um representante do
segundo grupo. Para tanto, ele ouve seus pacientes e volta e meia os abraça – ou é surpreendido
por um abraço. Pode ser um abraço de consolo, de gratidão, de conforto: o abraço diz aquilo que
muitas vezes as palavras omitem.
Referência internacional em cirurgia torácica e autor do primeiro transplante de pulmão da
América Latina, o dr. J.J. Camargo, nestas mais de sessenta crônicas, ilumina o lado mais humano
da medicina, muitas vezes deixado de lado em prol de um pretenso tratamento objetivo das
doenças. Além de relembrar histórias de consultório e da prática cirúrgica, o autor conta anedotas
de sala de aula, do período em que fez estágio de pós-graduação na famosa Clínica Mayo, nos
Estados Unidos, de congressos que frequentou, sempre tendo a medicina como assunto principal,
mas sem nunca esquecer que seu alicerce são as relações humanas.

No trecho “[...] sempre tendo a medicina como assunto principal, mas sem nunca esquecer que seu alicerce
são as relações humanas. ”, o advérbio grifado pode ser substituído sem alteração de sentido da frase por
A) transitoriamente.
B) provisoriamente.
C) incessantemente.
D) esporadicamente.
E) Insistentemente.

Questão 17 D17

Leia o texto abaixo

A mentira
João chegou em casa cansado e disse para sua mulher, Maria, que queria tomar um banho, jantar e ir
direto para a cama. Maria lembrou a João que naquela noite eles tinham ficado de jantar na casa de
Pedro e Luíza. João deu um tapa na testa [...] e declarou que, de maneira nenhuma, não iria jantar na
casa de ninguém. Maria disse que o jantar estava marcado há uma semana e seria uma falta de
consideração com Pedro e Luíza, que afinal eram seus amigos, deixar de ir. João reafirmou que não
ia. Encarregou Maria de telefonar
para Luíza e dar uma desculpa qualquer. Que marcassem o jantar para a noite seguinte.
Maria telefonou para Luíza e disse que João chegara em casa muito abatido, até com um pouco de
febre, e que ela achava melhor não tirá-lo de casa aquela noite. Luíza disse que era uma pena, que
tinha preparado uma Blanquette de Veau que era uma beleza, mas que tudo bem. Importante é a
saúde e é bom não facilitar. Marcaram o jantar para a noite seguinte, se João estivesse melhor. João
tomou banho, jantou e foi se deitar. Maria ficou na sala vendo televisão. Ali pelas nove bateram na
porta. Do quarto, João, que ainda não dormira, deu um gemido. Maria, que já estava de camisola,
entrou no quarto para pegar seu robe de chambre. João sugeriu que ela não abrisse a porta. Naquela
hora só podia ser um chato. Ele teria que sair da cama. Que deixasse bater. Maria concordou.
Não abriu a porta.
Meia hora depois, tocou o telefone, acordando João. Maria atendeu. Era Luíza querendo saber o que
tinha acontecido.
Por quê? – perguntou Maria.
Nós estivemos aí há pouco, batemos, batemos, e ninguém atendeu.
Vocês estiveram aqui?
Para saber como estava o João. O Pedro disse que andou sentindo a mesma coisa há alguns dias e
queria dar umas dicas. O que houve?
Nem te conto – contou Maria, pensando rapidamente. – O João deu uma piorada. Tentei chamar um
médico e não consegui. Tivemos que ir a um hospital.
O quê? Então é grave. [...].

No trecho “Que marcassem o jantar para a noite seguinte.” (ℓ. 7), a expressão em destaque dá ideia de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
Questão 18 D19

Leia o texto abaixo:

Soneto

Pálida à luz da lâmpada sombria,


Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens doamor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria


Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e seesquecia!

Era mais bela! O seio palpitando


Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando

Não te rias de mim, meu anjo lindo!


Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Álvares de Azevedo

Ao dirigir-se à sua amada, o autor a chama de “meu anjo” expressando


A) ironia.
B) deboche.
C) pureza.
D) infantilidade.
E) ingenuidade.

Questão 19 D20

Leia o texto abaixo.

O eco e a vida: um conto de paz


Certo dia os inimigos se encontraram em uma esquina da vida. Eram dois e
viviam batendo de frente. Raiva, impasse e intriga.
O primeiro dobrou uma rua. O outro, curvou na que estava, deu uns poucos
passos e pensou:
— Não é possível que isso vá ficar assim... Não, não vou deixar barato. Deu
meia volta e começou a seguir o outro, até que este saiu fora da cidade, que
ficava entre árvores e montes, ladeada por serras. Queria pegá-lo só para que
não houvesse testemunhas. E o outro gritou enraivecido:
— Ei, rapaz! E o eco ecoou:
— Paz... Paz... Paz…
O primeiro olhou para traz com um sorriso nos lábios e outro no coração.
Avistou, ao longe, aquele que lhe interveio e, querendo confirmar o que seus
ouvidos ouviram, perguntou em tom ameno, coisa que há muito tempo não
existia entre os dois.
— Tá falando comigo? E o eco ecoou:
— Amigo... migo... migo…
E o outro, perdido naquilo que seria o seu elemento surpresa, respondeu
brandamente e com certa comoção:
— Não, é que eu te vi agora há pouco e queria te perguntar... E começaram a
dialogar, como há muito tempo não faziam.
Disponível em: <http://www.mundojovem.com.br/datas-omemorativas

No trecho “– Paz... Paz... Paz...” (ℓ. 10), as reticências foram usadas para
A) demonstrar monotonia.
B) destacar o uso de uma expressão.
C) indicar o prolongamento do som do eco.
D) marcar a continuidade de uma ação.
E) sugerir surpresa.

Questão 20 D21

Leia o texto abaixo.

Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,


se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
MELO NETO, João Cabral de. Obra completa.

No poema, as expressões “teia, tela, toldo, decido e balão” retomam figurativamente o termo “manhã”, já
que o autor faz uso do recurso estilístico
A) metáfora.
B) comparação.
C) prosopopeia.
D) metonímia.
E) pleonasmo.

Questão 21 D21
Leia o texto abaixo.
Caso de recenseamento

O agente do recenseamento vai bater na casa de subúrbio longínquo, aonde nunca


chegam as notícias.
— Não quero comprar nada.
— Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe
peço o favor de me ajudar.
— Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém. Tomara eu que Deus me
ajude. Com licença, sim? E fecha-lhe a porta. Ele bate de novo.
— O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta pedir auxílio?
— A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a
encher esse papel. Não vai pagar nada, não vou tomar nada. Basta responder a umas
perguntinhas.
— Não vou responder a perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
— Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
— Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. (Só Deus sabe o que irá
acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário,
é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
— Que é que há?
— resmunga o marido, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
— É esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada!
— Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo…
— Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a
mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo!
ANDRADE, Carlos Drummond. Caso de recenseamento. In: Para gostar de ler. v. 2. Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 30-31.

A repetição da expressão “é preciso preencher o questionário, ” (ℓ. 17-18) evidencia que o agente é
A) grosseiro.
B) impulsivo.
C) responsável.
D) impaciente.
E) insistente.

Questão 22 D22

Leia o texto abaixo:


O que torna esse texto engraçado é que Gabi
A) acha que a mãe está brincando.
B) confundiu o que a mãe disse.
C) gosta de jogar bola.
D) gosta de plantar bananeira.
E) resolveu desafiar a sua mãe.

Questão 23 D23

Leia o texto abaixo.

Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano de Recife. Logo na primeira semana, fui
chamado pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua filha. É que eu dissera
“Cale-se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.
Revista Diálogo Médico

No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra destacada é um exemplo de


A) expressão de gíria.
B) expressão regional.
C) linguagem coloquial.
D) linguagem técnica.
E) linguagem formal.

Questão 24 D23

Leia o texto abaixo.

O estresse faz bem

A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do
chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça
saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce
McEwen, o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência. Quando sentimos o mundo cair sobre a
cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais
rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas
estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase
como o espinafre para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos
acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que
precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e
buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como Nós o
Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER
WESTPHAL, Cristina. Super Interescante, abril, 2009. "Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho


A) "Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...". (l. 2 - 3)
B) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.". (l. 4)
C) "Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez,...". (l. 5 – 6)
D) "... funções como a memória acabam prejudicadas.". (l. 10)
E) "O segredo estaria em levar uma vida saudável...". (l. 11)

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