Economia 10 Taxa de Variação: representa a evolução

Introdução à Economia
relativamente a um valor de partida.
𝑉. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 − 𝑉. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
Tv = 𝑉. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
x 100
Taxa de Natalidade: nº de nascimentos
A Importância do Estudo da por 1000 habitantes.
Economia Tn =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
x 1000
𝑝𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
A atividade económica encontra-se
presente em toda a realidade que nos
Taxa de Mortalidade: nº de óbitos por
rodeia e cabe à Economia estudar os
1000 habitantes.
problemas que lhe dizem respeito para os
𝑛º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
tentar resolver, de modo a aumentar o Tm = x 1000
𝑝𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
bem-estar das pessoas (nível de vida) e a
satisfação das suas necessidades.
Taxa de Mortalidade Infantil: nº de
óbitos entre 0 e 1 ano de idade por 1000
Conceitos a Relembrar habitantes.
Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 1 𝑎𝑛𝑜
Tmi = 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 x 1000
População Ativa: conjunto de habitantes
de um determinado país que exerce uma
profissão remunerada (empregados) ou Crescimento Natural da População:
que procura emprego (desempregados). Cn= Nascimentos - Óbitos
𝐶𝑟𝑒𝑠. 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑝.
Tcn = x 100
𝑝𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
População Total: toda a população de
um país - população ativa e inativa
Crescimento Efetivo da População:
(crianças e jovens, inválidos e idosos,
Ce = Crescimento Natural + Saldo
reformados e pensionistas, donas de casa
Migratório
e estudantes).

Taxa de Crescimento Anual da

Movimentos Migratórios: movimentos da
População: representa o que
população dentro do país (internos) ou
determinada população cresceu
entre países (externos).
efetivamente
𝐶𝑟𝑒𝑠. 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑝.
Taxa de Atividade: representa o número Tcap = x 100
𝑝𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
de ativos em cada 100 habitantes.
𝑝𝑜𝑝. 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
Ta = x 100 Estrutura da População: características
𝑝𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
de uma determinada população -
estrutura etária (repartição por escalões
Taxa de Desemprego: nº de pessoas
etários) e a estrutura setorial
desempregadas em cada 100 ativos.
(distribuição da população empregada e
𝑝𝑜𝑝. 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎
Td = x 100 ativa pelos setores de atividade)
𝑝𝑜𝑝. 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
 A Atividade Económica e
a Ciência Económica
Realidade Social e Ciências
Sociais
Ao viver em sociedade, o Homem
relaciona-se com outros indivíduos e com
a Natureza.
Estas interações originam realidades/
fenómenos sociais, como, por exemplo,
pobreza, desemprego, família, educação,
imigração, religião, globalização, etc.
Dada a complexidade da realidade
social, esta tem de ser abordada por uma
multiplicidade de ciências, as ciências
sociais - Economia, Sociologia, História,
Política, Direito, Psicologia - que através
das suas diferentes perspetivas de
análise nos darão uma visão mais
completa da realidade social total. As
ciências sociais são interdependentes e
complementares e todas elas são
necessárias à compreensão da realidade
social.
Não esqueçamos a Matemática e a
Estatística, disciplinas que não pertencem
ao domínio das ciências sociais mas que
são igualmente imprescindíveis, porque
permitem a quantificação dessa realidade.
A esta atitude metodológica que procura
integrar o contributo das várias disciplinas
no sentido de encontrar uma explicação e
um entendimento mais profundo da
realidade social chamamos
interdisciplinaridade.
Apesar da sua complexidade, a
realidade social é una (não pode ser
compartimentada) e pluridimensional.
Fenómenos Sociais e
Fenómenos Económicos
À Economia interessa analisar a
dimensão económica da realidade social -
fenómenos económicos, mas tendo
sempre presente que o contributo das
outras ciências sociais é importante.
Os fenómenos são totais, ou seja, não
há fenómenos exclusivamente sociais,
económicos ou políticos. No entanto,
podem ser estudados sob perspetivas
específicas, daí falarmos em fenómenos
económicos.
A Economia como Ciência e o
Seu Objeto de Estudo
A Economia, como qualquer ciência,
tem um objeto de estudo - os fenómenos
sociais, terminologia própria, ao usar
termos como “procura”, “oferta”,
“poupança”, “juros”, “mercado”, “capital”,
utiliza o método científico na pesquisa e
dispõe de uma teoria própria ao
pretender compreender a dimensão
económica da realidade, explicá-la e fazer
previsões.
Problema Económico: necessidades
ilimitadas face à escassez de recursos,
A adequação dos recursos escassos às
necessidades implica fazer escolhas,
escolhas essas visam proporcionar o
máximo benefício com o mínimo
dispêndio de recursos, o que exige uma
gestão eficiente dos recursos escassos -
racionalidade económica. Com efeito, a
Economia é a «ciência de escolhas»
porque estuda como utilizar os recursos
escassos para satisfazer as múltiplas
necessidades humanas. Quando se
hierarquizam as necessidades e se opta
pela satisfação de uma, as que são
sacrificadas representam uma perda -
custo de oportunidade.
 A Atividade Económica e os
Agentes Económicos

Atividade Económica: conjunto de

operações que visam a produção de bens
e serviços capazes de satisfazer as
necessidades humanas.

Numa primeira fase (Produção), o

produto tem que ser produzido.
Numa fase posterior, processa-se a
Distribuição: os bens são transportados
desde o produtor até ao consumidor,
sendo colocados à sua disposição para
poderem ser comercializados.
A comercialização dos bens gera
rendimentos que são distribuídos pelos
agentes que participaram na atividade
económica (Repartição dos
Rendimentos).
Estes rendimentos distribuídos pelos
agentes podem ter dois destinos: para
Consumo ou Poupança.

Agentes Económicos: toda a entidade

autónoma, com capacidade de realizar
operações económicas tomando decisões
e para deter valor económico.
➥ Famílias: consumir
➥ Empresas não Financeiras:
produzir bens e serviços não financeiros
➥ Instituições Financeiras:
prestar serviços financeiros (bancos,etc...)
➥ Estado: garantir a satisfação das
necessidades coletivas e redistribuir o
rendimento
➥ Resto do Mundo: trocar bens,
serviços e capitais
Necessidades e Consumo
Necessidades - Noção e
Classificação
Necessidade: é um estado de carência
que urge ser ultrapassado
Características Das Necessidades:
⟹ Multiplicidade: diz respeito ao facto
de as necessidades serem múltiplas
⟹ Substituibilidade: as necessidades
podem ser satisfeitas por bens substitutos
⟹ Saciabilidade: a intensidade com
que uma necessidade é sentida vai
diminuindo à medida que é satisfeita.
⟹ Relatividade: as necessidades,
enquanto factos sociais, variam temporal
e geograficamente (são relativas ao
tempo e ao espaço).
Classificação das Necessidades:
Quanto à sua importância
➙ Primárias: necessidades
relacionadas com a sobrevivência
(alimentação, saúde e habitação)
➙ Secundárias: necessidades
relacionadas com a qualidade de vida e
que a sua não satisfação não afetam de
imediato a vidas das pessoas (transporte,
vestuário e cultura)
➙ Terciárias: necessidades de luxo,
cuja satisfação poderá ser considerada
dispensável (roupa de alta costura,
perfumes caros, automóveis de grande
conforto)
Quanto ao facto de vivermos em
sociedade
➙ Individuais: necessidades que
dizem respeito à pessoa e cuja satisfação
é individual (alimentação e descanso).
➙ Coletivas: resultam da vida em
sociedade, pelo que dizem respeito a
todos os seus membros (segurança,
justiça).
Bens Privados: satisfazem as
necessidades individuais; têm proprietário,
o seu uso afasta o benefício dos
indivíduos que não o possuem (refeição,
vestuário, viagens)
Bens Públicos: satisfazem as
necessidades coletivas; ninguém pode ser
excluído de beneficiar deles; o seu uso
não diminui o benefício do uso de outras
pessoas e são cobradas à coletividade
porque o seu benefício é coletivo
(iluminação pública, saúde pública)
Quanto ao Custo:
➙ Económicas: necessidades que
exigem algum dispêndio de dinheiro ou
trabalho
➙ Não Económicas: necessidades
que não implicam qualquer dispêndio,
pois os bens que as satisfazem existem
em quantidade suficiente (apanhar sol,
respiração)
Consumo - Noção e Tipos de
Consumo
Consumo: utilização de um bem ou
serviço para a satisfação de necessidades
Consumo como um ato económico e
ato social
Ato de Consumir: é um direito, mas
acarreta obrigações e responsabilidades
económicas, sociais, políticas e
ambientais.
Consumo - Ato Económico
O consumo representa um ato
económico porque para satisfazermos
determinadas necessidades em vez de
outras e ao decidirmos consumir certos
bens e serviços, estamos a efetuar
escolhas com implicações em toda a
economia.
 Ao consumirmos, estamos a dar “ordens
de produção”, isto é, a procura de
determinados bens é entendida pelas
empresas produtoras como um incentivo
ao seu trabalho
A procura é necessária à produção,
ou seja, o consumidor é um elemento
vital na dinamização da economia.
Consumo - Ato Social
Ao consumirmos, estamos a dar origem
a consequências que podem ser
benéficas ou prejudiciais não só para nós,
mas também para a atividade coletiva
mais próxima ou para o Mundo.
O consumo de bens prejudiciais à nossa
saúde ou ao ambiente é um “incentivo” a
uma prática condenável, assim como o
consumo de bens produzidos à base de
trabalho infantil.
Assim, se por um lado o consumidor
deve reconhecer a sua força económica e
exigir que os seus direitos sejam
respeitados, por outro lado, estes têm
obrigações a cumprir, tais como:
◍ optar pelos bioprodutos e pelos
produtos reciclados;
◍ rejeitar bens que utilizem recursos
não renováveis e nocivos para o
ambiente;
◍ não comprar produtos testados em
animais nem produzidos com base no
trabalho infantil;
◍ separar os lixos para reciclagem;
◍ colaborar na defesa de espécies.
Tipos de Consumo
Quanto à natureza das necessidades
satisfeitas:
➥ Essencial: consumo que satisfaz as
necessidades indispensáveis à todos os bens de consumo, verificando-se
sobrevivência humana (primárias e
secundárias)
➥ Supérfluo: consumo que satisfaz as
necessidades dispensáveis (terciárias)
Quanto à sua finalidade:
➥ Final: consumo realizado com vista à
satisfação direta de uma necessidade
(consumo feito pelas famílias)
➥ Intermédio: consumo de bens para
posterior transformação pelas empresas,
até se transformarem em bens de
consumo final
Quanto ao autor do ato de consumir:
➥ Privado: consumo realizado pelas
famílias e pelas empresas
➥ Público: consumo realizado pelo
Estado na satisfação das necessidades
decorrentes da vida em sociedade
Quanto ao beneficiário do consumo:
➥ Individual: consumo realizado por
cada um de nós, impedindo o consumo
desse bem por outros em simultâneo
➥ Coletivo: consumo realizado pela
sociedade para necessidades coletivas,
através da utilização de serviços públicos
Padrões de Consumo - Diferenças
e Fatores Explicativos
Padrões de Consumo: são modelos
específicos a que o consumo obedece
Fatores de Que Depende o Consumo
Económicos:
❐ Rendimento dos Consumidores:
É o principal fator que influencia o
consumo, pois uma mudança no nível de
rendimento dos consumidores traduz-se
numa variação do consumo (um aumento
do nível de rendimentos implicará um
aumento no respetivo consumo)
No entanto, não afeta de igual modo
um aumento nos bens superiores (de
luxo) e normais (alimentação e vestuário),
e uma diminuição dos bens inferiores
(transportes públicos e pão).
❐ Nível dos Preços:
Outro fator condicionante do consumo,
pois uma subida dos preços dos bens,
não acompanhado da elevação
proporcional dos rendimentos, obriga os
consumidores a abdicarem de consumos
não essenciais, ou, quando o seu
aumento não abrange a generalidade dos
bens e serviços, a optar por bens
substitutos - bens que apresentem preços
mais baixos e satisfaçam as mesmas
necessidades.
❐ Inovação Tecnológica:
Este é também um fator condicionante,
uma vez que cria e desenvolve
permanentemente bens e serviços que
geram novas necessidades nos
consumidores. Por outro lado, este
progresso faz reduzir o consumo de bens
que rapidamente se tornam obsoletos ao
serem substituídos pelos novos.
Extraeconómicos
❐ Moda (de natureza sociocultural)
❐ Tradição
❐ Publicidade
❐ Estrutura etária das famílias
❐ Modos de Vida
❐ Idade e Sexo
Estrutura do Consumo
A estrutura do consumo representa
como o rendimento das famílias é
distribuído pelas várias classes de
despesas.
Lei de Engel: quanto menor o rendimento
de uma família, maior será o coeficiente
orçamental relativo à alimentação.
Coeficiente Orçamental: percentagem
de uma classe de despesas de consumo
em relação ao total das despesas de
consumo de uma família.
CO =
𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠
x
𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
100
A análise das estruturas de consumo
constitui, por um lado, um indicador de
nível de vida e bem estar de uma
população, pois quanto maior o
coeficiente orçamental relativo à
alimentação, menor o nível de vida.
Por outro lado, constitui um indicador do
nível de desenvolvimento de um país. Nas
últimas décadas, a estrutura do consumo
em Portugal modificou-se muito, já que as
condições de vida dos portugueses têm
vindo a melhorar, embora ainda existam
muitas disparidades.
A Sociedade de Consumo
É caracterizada pela extrema
abundância de bens e serviços postos à
disposição dos consumidores e que,
através de meios sofisticados de
comercialização, cria nas pessoas a
necessidade de efetuarem consumos
impulsivos.
Nasceu com a Revolução Industrial. O
aumento da quantidade de bens
produzidos em resultado desta revolução
levou à necessidade de escoamento da
produção. A solução passava por criar
necessidades ao consumidor,
contribuindo para isso de forma decisiva a
publicidade, o marketing, as técnicas de
venda e as facilidades de pagamento
(acesso ao crédito).
Assim, assiste-se ao aumento do
consumo, isto é, à massificação dos
comportamentos de consumo acessível à
generalidade da população - consumo de
massas.
A massificação do consumo e a
facilidade de acesso aos bens induzem ao
consumismo.
Consumismo: conjunto de
comportamentos e atitudes suscetíveis de
conduzir a um consumo sem critérios,
compulsivo, irresponsável e perigoso.
O consumismo tem como
consequências:
➥ a degradação ambiental: a produção
massiva de bens exige que se
mantenham em atividade muitas
indústrias em todo o planeta, originando a
poluição e o uso excessivo dos recursos
naturais não permite a sua reposição
natural
➥ endividamento das famílias

O Consumerismo e
Responsabilidade Social dos
Consumidores
Para fazer face ao consumismo e a tudo
o que isso acarreta, é necessário a
consciencialização da sociedade para
proteger quer o consumidor e o ambiente.
Esta consciencialização passa por
informar e educar o consumidor,
levando-o a agir de forma consciente e
responsável, e a reconhecer os seus
direitos e deveres, de modo a promover o
desenvolvimento sustentável

Consumerismo: ação social conduzida a

vários níveis para legitimar ou aprofundar
os direitos dos consumidores, incluindo-se
aqui a intervenção no mercado com o
objetivo de aperfeiçoar a qualidade de
vida e os valores sociais.

A Defesa dos Consumidores Em

Portugal e na UE

Direitos Dos Consumidores:

𝅇 direito à proteção da saúde e segurança
𝅇 direito à proteção dos direitos
económicos
𝅇 direito à reparação de danos
𝅇 direito à informação e à educação
𝅇 direito à representação
𝅇 direito a uma justiça acessível e pronta
Deveres dos Consumidores:
𝅇 consciência crítica (questionar-se
acerca da sua compra
𝅇 ação (reclamar quando o direitos de
consumidor são violados)
𝅇 preocupação social (estar consciente
do seu consumo sobre os outros)
𝅇 consciência do ambiente (preservar o
ambiente)
𝅇 solidariedade (defesa comum dos
interesses dos consumidores)
 A Produção de Bens e
Serviços
Bens - Noção e Classificação
Bem - tudo aquilo que é capaz de
satisfazer necessidades
Tipos de Bens
Quanto ao custo:
◍ Bens livres: são adquiridos sem
dispêndio de qualquer custo ou esforço
◍ Bens económicos: é necessário gastar
algum dinheiro ou despender algum
esforço para os adquirir
Quanto à natureza:
◍ Bens materiais: bens físicos, palpáveis
◍ Bens imateriais: prestação de serviços
Quanto à função:
◍ Bens de consumo: destinam-se ao
consumo final das famílias
◍ Bens de produção: destinam-se a
produzir outros bens
Quanto à duração:
◍ Bens duradouros: usam-se mais do
que uma vez (carro, roupa, telemóvel)
◍ Bens não duradouros: esgotam-se
após a sua primeira utilização (comida)
Quanto à relação entre si:
◍ Bens sucedâneos: têm características
semelhantes, podendo se substituir entre
si (coca-cola e pepsi; azeite e óleo)
◍ Bens imateriais: devem ser utilizados
em conjunto para que funcionem
(computador e impressora, tinta da parede
e pincel)
Produção e Processo Produtivo
Produção: atividade desenvolvida pelo
Homem para obter bens que satisfazem
as necessidades
Processo Produtivo: processo (conjunto
de etapas) através do qual se transforma
as matérias-primas em produtos finais.
Setores de Atividade Económica
❍ Setor Primário: atividades
relacionadas com o aproveitamento dos
recursos naturais (pesca, agricultura,
pecuária) ⇒ setor agrícola
❍ Setor Secundário: abrange as
indústrias transformadoras ⇒ setor
industrial
❍ Setor Terciário: inclui as atividades
prestadoras de serviços comercializados e
não comercializados (bancos, comércio,
turismo…) ⇒ setor dos serviços
Fatores de Produção - Noção e
Classificação
Fatores de Produção: conjunto dos
elementos necessários para produzir bens
e serviços
↪ Recursos Naturais: provêm da
natureza
Há uma grande pressão sobre os
recursos naturais, devido à sua escassez
perante as necessidades ilimitadas, o que
leva a um esgotamento dos não
renováveis, sendo a única solução
fomentar o desenvolvimento sustentável
↪ Trabalho: toda a atividade, física
ou intelectual, remunerada, realizada com
uma finalidade económica
Desemprego - tipos:
➭ Tecnológico: resultante da evolução da
tecnologia
➭ De longa duração: dura mais de um
ano
➭ Repetitivo: resultante da não
adaptação a postos de trabalho
⇩
Solução
⃘ formação ao longo da vida - uma melhor
qualificação dos recursos humanos leva a
um aumento da produtividade
 ↪ Capital: património que é aplicado
na atividade produtiva
≠ Riqueza: património que não é
aplicado na atividade produtiva
❐ Capital técnico: conjunto de todos
os bens utilizados no processo produtivo
● Capital fixo: capital constituído por
bens duradouros (edifícios, máquinas)
● Capital circulante: capital constituído
por bens não duradouros
(matérias-primas, matérias-subsidiárias)
❐ Capital financeiro: conjunto de
todos os meios financeiros utilizados no
processo produtivo
● Capital próprio: conjunto de valores
pertencentes à própria empresa
● Capital alheio: conjunto de valores
que constituem o funcionamento de
terceiros (empréstimos)
❐ Capital natural: recursos naturais
indispensáveis para produzir
❐ Capital humano: instrução e
formação dos indivíduos (conjunto de
capacidades humanas economicamente
produtivas)
Combinação dos Fatores
Produtivos
A produção resulta da combinação dos
três fatores produtivos: natureza, trabalho
e capital. A proporção em que cada
intervém pode variar.
Função produção: conjunto de todas as
combinações possíveis de fatores que
permitem obter um determinado nível de
produção.
Y = f (L, K)
￫ Y - produção total
￫ L - trabalho
￫ K - capital
Características Dos Fatores Produtivos:
➠ Substituibilidade: fatores que se
substituem (18 trabalhadores + 1 trator ⟶
10 trabalhadores + 2 tratores)
➠ Complementaridade: os que são
complementares - não se produz só com
o trabalho nem só com capital
➠ Adaptabilidade: característica que
permite o ajustamento das suas
quantidades à quantidade de produção (a
avaria de uma máquina levaria à
adaptação do trabalhador)
A curto prazo: só um fator de produção
é variável (normalmente o trabalho).
A longo prazo: todos os fatores de
produção são variáveis.
Produtividade
Produtividade (total): relação entre a
produção obtida e os fatores utilizados
para a obter.
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
Produtividade Média do Fator Trabalho
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
Produtividade Média do Fator Capital
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑠𝑡𝑜𝑐𝑘 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑥𝑜
A determinação dos valores de
produtividade é de extrema importância,
uma vez que nos ajudam a decidir sobre o
nível ótimo de investimento, porque, na
verdade, o investimento só compensa se
o resultado obtido for superior ao valor do
investimento efetuado.
Produtividade Marginal (PMg): é o
acréscimo de produção provocado pela
utilização de mais uma unidade de um
fator de produção, mantendo-se
constantes os outros.
𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜

Combinação dos fatores produtivos a
curto prazo
No curto prazo, a produtividade marginal
permite saber qual deverá ser o aumento
do fator trabalho, capaz de combinar
eficazmente com o fator fixo existente
(combinação ótima dos fatores
produtivos).
⇨ Lei dos Rendimentos Decrescentes
quando se aumenta em quantidades um
fator de produção, mantendo-se o outro
• Custos de Produção
➘ custos fixos (Cf): despesas que uma
unidade de produção tem de realizar,
independentemente das quantidades
produzidas (renda, por exemplo)
➘ custos variáveis (Cv): variam com a
quantidade produzida (matérias-primas)
Custos Totais (Ct) = custos F. + custos V.
Custo médio (Cm): é o custo por unidade
produzida
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 (𝐶𝑡)
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎

constante, a partir de um certo limite, a

produtividade marginal desse fator Economia de escala: situação que ocorre
torna-se decrescente. pela diminuição do custo de produção
Exemplo unitário (custo médio) em resultado do
aumento da quantidade produzida.
Capital 50ha 1 trator 1 ceifeira

Trabalhadores 10 11 12 13 14 Deseconomias de escala: ocorrem

quando os custos médios de produção
Produção 400 430 472 508 532
aumentam em resultado do aumento da
Produtividade dimensão de unidades de produção.
___ 30 42 36 24
Marginal

⬇
combinação ótima dos fatores
produtivos, uma vez que a partir daqui
verifica-se a Lei dos Rendimentos
Decrescentes, ou seja,

Combinação dos fatores produtivos a

longo prazo
⇨ As Economias de Escala
A Lei das Economias de Escala, para
além da questão da combinação ótima
dos fatores, leva-nos a considerar a
dimensão ótima das unidades produtivas -
consiste em atingir os menores custos por
unidade de produto produzida, fazendo
variar alguns ou todos os elementos
produtivos simultaneamente.
 Moeda e Inflação
A Evolução da Moeda - Formas
e Funções
Moeda: é um bem de aceitação
generalizada que expressa o valor dos
bens, funcionando como um intermediário
das trocas.
◼️
Funções da Moeda
unidade de conta ou medida de
valor: é em moeda que se expressa o
◼️
valor dos bens.
meio de pagamento: sendo a moeda
◼️
aceite por todos, permite adquirir os bens.
reserva de valor: é possível guardar
moeda com vista a adquirir bens no futuro
Evolução da Moeda
Troca direta: produto por produto
desvantagens
⤷ dificuldade em encontrar uma
pessoa que estivesse interessada na
troca de x produtos
⤷ atribuição de diferentes valores
aos produtos ↓ ≠
obstáculo ultrapassado com a introdução
da moeda nas trocas (como intermediária)
⇘
Troca indireta: troca-se o produto pela
moeda (o produtor) e depois a moeda
pelo produto (consumidor)
Formas de Moeda
Moeda-mercadoria:bens utilizados como
moeda (gado, cereais, sal, conchas,
búzios, peixes…) ➝ nas sociedades
primitivas
Desvantagens
⤷ o gado não era divisível (impedia
efetuar trocas de menor valor)
⤷ a mercadoria estragava-se com
facilidade
Moeda-metálica: metais (ferro, cobre e
bronze); o seu valor era determinado pelo
peso.
⤷ maior facilidade de transporte,
durabilidade e divisibilidade.
Moeda-papel: notas de banco
•• Moeda representativa: à quantidade
de notas em circulação equivalia igual
valor de metal nos banco, podendo as
notas serem, assim, convertidas em metal
na sua totalidade e quando quisessem.
•• Moeda fiduciária: a quantidade de
notas em circulação era superior à
quantidade de metais nos bancos. Assim,
os bancos encontravam-se incapacitados
de reembolsar em metal, em simultâneo,
todos os clientes, estabelecendo-se,
assim, uma relação de confiança entre o
banco e os seus clientes.
•• Papel-moeda: a moeda é
inconvertível e a sua aceitação é imposta
pelo Estado.
Moeda escritural: constituída pela
movimentação de depósitos bancários
cheques, cartões de crédito e de débito
Desmaterialização da Moeda
Processo que consiste no facto de a
maioria da moeda atual ter cada vez
menos concretização física (houve uma
perda de suporte físico e do valor
intrínseco da moeda), efetuando-se essa
movimentação de moeda (escritural)
através de meios como os cartões de
crédito e débito e os cheques.
A Nova Moeda Europeia - o Euro
No dia 1 de janeiro de 2002 entrou em
circulação a moeda europeia - o Euro -
substituindo assim as moedas nacionais
que circulavam nos países da Zona Euro
(espaço onde circula a mesma moeda - o
euro).
 Vantagens
➭ facilitar as trocas, eliminando
encargos com a transação de divisas e
com as diferenças cambiais
➭ estabilidade dos preços - redução das
taxas de juros
➭ aprofundar o processo de integração
europeu (espaço económico mais coeso)
➭ reforçar o peso político económico da
UE no contexto de comércio internacional
Critérios de Convergência
⭘ estabilidade de preços (inflação
controlada) e das taxas de câmbio nos 2
anos anteriores à entrada no euro
⭘ défice orçamental inferior a 3% do PIB
⭘ dívida pública inferior a 60% do PIB
O Preço de um Bem - Noção e
Componentes
Preço: é a medida do seu valor, expresso
numa unidade monetária (quantidade de
moeda que é necessário dispender para o
obter)
Fatores Determinantes
❐ Nº de compradores e vendedores:
- baixo nº de vendedores e elevado
nº de compradores = (escassez de
bens) aumento dos preços
- elevado nº de vendedores e baixo
nº de compradores = (excedentes)
diminuição dos preços
❐ Custos de Produção:
matérias-primas e salários ⇒ o produtor
para ter lucro tem de vender o bem a um
preço superior ao seu custo (quanto maior
os custos, maior o preço do produto)
A Inflação - Noção e Medida
Inflação: é a subida contínua e
generalizada dos preços.
Deflação: queda generalizada dos preços
para níveis inferiores. Esta situação
encontra-se associada a situações em
que a oferta é superior à procura, não
havendo capacidade para escoar a
produção.
Reflação: situação de retoma dos preços
após um período de inflação.
Desinflação: desaceleração do ritmo de
crescimento dos preços. Embora haja
inflação, é gradualmente menor.
Estagflação: período em que se verifica
simultaneamente uma elevada taxa de
inflação a par de uma elevada taxa de
desemprego (estagnação da economia)
Causas da Inflação
• Aumento dos custos de produção - o
aumento dos salários sem o aumento da
produtividade e/ou o aumento do preço
das matérias-primas faz com que exista
um aumento dos preços, levando a uma
perda de clientes e de competitividade.
• Expectativas dos agentes
económicos – a criação de um clima
inflacionista contribui, frequentemente,
para o agravamento do próprio processo
inflacionário, porque leva os agentes
económicos a tentarem antecipar os
aumentos dos preços, antecipando
consumos à espera que o seu preço
aumente. Estes comportamentos por
antecipação de uma subida de inflação
irão provocar uma subida imediata da
inflação.
• Excesso de moeda em circulação –
quando a quantidade de moeda em
circulação aumenta sem o aumento da
produção de bens e serviços, os preços
têm tendência a subir em virtude do
aumento da procura
Consequências da Inflação
O aumento dos preços faz com que o
consumidor compre, com o mesmo
dinheiro, cada vez menos produtos,
originando a depreciação da moeda e a
diminuição do poder de compra. Estas
situações originam uma deterioração das
condições de vida dos cidadãos.

Índice de Preços do Consumidor

IPC (Índice de preços de Consumidor):
é o instrumento utilizado para medir a
evolução dos preços numa economia.
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑎𝑧 𝑎𝑛𝑜 𝑥
IPC = x 100
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑎𝑧 𝑎𝑛𝑜−𝑏𝑎𝑠𝑒
ano x/ano-base
⤷ o resultado significa que no ano x são
necessários n€ para comprar os mesmos
bens e/ou serviços que compravam no
ano-base por 100€.
≠
Taxa de Inflação
Variação percentual dos preços
verificada entre dois momentos do tempo
𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜 𝑥 − 𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜 𝑦
x 100
𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜 𝑦

Taxa de inflação média anual: mede a

variação dos preços ao longo dos 12
meses de um ano

Taxa de inflação mensal: mede a

variação dos preços ente dois meses
consecutivos
𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜/𝑚ê𝑠 𝑥 − 𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜/𝑚ê𝑠 𝑦
𝐼𝑃𝐶 𝑎𝑛𝑜/𝑚ê𝑠 𝑦
x 100

Taxa de inflação homóloga: compara a

variação do preço do cabaz num
determinado mês, relativamente ao preço
do cabaz no mesmo mês do ano anterior.
𝐼𝑃𝐶 𝑚ê𝑠 𝑧 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑥 − 𝐼𝑃𝐶 𝑚ê𝑠 𝑧 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑦
x100
𝐼𝑃𝐶 𝑚ê𝑠 𝑧 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑦

IHPC (Índice Harmonizado de Preços

de Consumidor): é o indicador que
permite comparar a inflação entre os
diferentes preços da UE
 Preços e Mercados
Mercado: é a situação onde se
confrontam as intenções dos produtores
(oferta) e as dos consumidores (procura).
O Mecanismo de Mercado
Mecanismo de Mercado: é o mecanismo
auto regulador que permite conciliar os
interesses dos consumidores e dos
produtores (a mão invisível)
A Oferta e a Lei da Oferta
Oferta (S): é a relação entre os preços e
as quantidades que os produtores estão
dispostos a produzir.
⇨Lei da Oferta: afirma que a quantidade
oferecida de um bem varia na razão direta
do respetivo preço (quando o preço
aumenta, a quantidade oferecida
aumenta)

A Procura e a Lei da Procura

Procura (D): é a relação entre os preços
e as quantidades que os consumidores
estão dispostos a consumir.
⇨Lei da Procura: afirma que a
quantidade procurada de um bem varia na
razão inversa do respetivo preço (quando
os preços são elevados, a quantidade
procurada diminui) - supondo que os
◼️
Fatores Determinantes da Oferta:
outros fatores não se alteram («ceteris Preço dos bens
paribus») ➝ deslocação ao longo da curva
(aumento - para cima, diminuição - para
baixo)

◼️ Custos de produção
◼️ Expectativas dos consumidores
(matérias-primas e salários)

⇓
aumento: nova curva à esquerda

◼️
Fatores Determinantes da Procura: diminuição: nova curva à direita
Preço dos bens ➝ deslocação ao
longo da curva (aumento - para cima, ◼️ Alterações tecnológicas
◼️
diminuição - para baixo)
Rendimento disponível dos
◼️ Sazonalidade(alteração da

◼️ Condições climáticas
produção)

◼️
consumidores

◼️
Acesso ao crédito ◼️ Gostos dos consumidores
◼️
População ◼️ Preços dos bens substitutos
◼️
Marketing ⇓

◼️
Informação sobre o mercado aumento: nova curva à direita

◼️
Gostos dos consumidores diminuição: nova curva à esquerda

◼️
Preços dos bens substitutos
Expectativas dos consumidores
⇓
aumento: nova curva à direita
diminuição: nova curva à esquerda
 lucrativos para conduzir a sua atividade
Estrutura dos Mercados nesse sentido.
➭ Mobilidade dos fatores
Preço e Quantidade de Equilíbrio -
produtivos: o mecanismo de mercado
Mercado de Concorrência Perfeita
pressupõe a fácil reconversão e
Ponto de Equilíbrio: corresponde ao
deslocalização dos fatores produtivos
ponto em que as vontades expressas
para os setores com mais oportunidades
pelos consumidores e produtores (procura
lucrativas.
e oferta, respetivamente) são compatíveis,
➭ Homogeneidade: os bens têm
ou seja, o ponto de encontro das duas
características semelhantes, pelo que
curvas.
serão perfeitamente substituíveis.
◍ Preço de Equilíbrio: preço do produto
no ponto de equilíbrio
Ao concorrerem entre si, as empresas
◍ Quantidade de Equilíbrio: quantidade
provocam a descida do preço do produto
do produto no ponto de equilíbrio.
e a melhoria da sua qualidade, pelo que o
consumidor beneficia.

Mercado de Concorrência Imperfeita

Quando uma destas condições não se
verifica, estamos na presença de
concorrência imperfeita.

Concorrência Monopolística
❍ existem muitas unidades de produção
Este
❍ produzem-se bens diferenciados (não
esquema de funcionamento do
homogéneos)
mecanismo de mercado só é possível se
❍ cada produtor fixa o preço do seu
estiverem reunidas as condições ideias,
produto
que caracterizam o designado mercado
Monopólio
de concorrência perfeita, características
❍ existem apenas uma (grande) de
essas que são:
produção
➭ Liberdade de entrada (e saída)
❍ produz-se um único bem
nos mercados: qualquer empresa que
❍ o produtor tem total controlo sobre o
decida produzir um bem pode fazê-lo,
mercado, impondo, assim, o preço que
sem oposição de outras. Assim,
deseja e produz os bens que decidir
verificar-se-á a livre concorrência entre os
produtores, a dependência dos preços
Concorrência Monopolística
dos bens no livre jogo de oferta e procura
❍ existem várias (duas ou três) grande
e a não interferência do Estado a fixar
unidades a produzir o mesmo produto
preços.
❍ o preço do produto vai resultar do
➭ Atomismo: existência de muitos
acordo que se estabelecer entre essas
produtores a oferecer o produto e muitos
unidades
consumidores a procurá-lo.
➭ Transparência do mercado: os
produtores devem conhecer os ramos e
setores de atividade económica mais
 monopólio e potencia, também, a
transnacionalização do capital.

Concentração de Empresas
A concorrência no mercado pode levar
as empresas a incorporar outras, de modo
a aumentar o seu poder económico, o que
leva a um enfraquecimento do mercado
de concorrência perfeita.
Fusões
Fusão: consiste no agrupamento de
empresas por associação (ou
incorporação).
➠ por concentração horizontal:
quando duas ou mais empresas do
mesmo ramo de atividade se associam ou
uma mais forte incorpora outra(s).
Fábrica de confeções A + fábrica de
confeções B

➠ por concentração vertical: quando

as empresas agrupadas contribuem no
seu conjunto para a produção de um certo
produto.
Empresa de motores + empresa de pneus
+ empresa de peças + indústria de
automóveis

➠ por concentração diagonal:

quando a empresa «mãe» incorpora
outras que lhe servem de suporte para a
sua atividade principal.
Seguros ↴
BANCOS ⟵ Capital de risco
Soc. leasing ⤴

Aquisições
Aquisição: uma ou mais empresas são
adquiridas por outra.
⤹
através das OPA (ofertas públicas de
aquisição), que permitem a uma empresa
a aquisição de outra, cotadas em Bolsa.

A concentração de empresas pode

originar formas «camufladas» de
 Rendimentos e Repartição
dos Rendimentos
A Atividade Produtiva e a
Formação dos Rendimentos
É na atividade produtiva que se geram
os rendimentos que serão repartidos por
todos os intervenientes nesse processo.
Rendimento: conjunto dos fluxos
monetários de salários, rendas, juros,
lucros e outras receitas que um indivíduo
ou economia podem obter.
A Repartição Funcional dos
Rendimentos
Repartição funcional do rendimento:
aquela que é feita pelos fatores produtivos
(trabalho e capital) tendo em conta a
função que desempenharam no processo
produtivo.
Rendimentos Primários
A Remuneração do Fator Trabalho
➲ Salário
➧ direto: remuneração pela
participação direto no processo produtivo
➧ indireto: transferências efetuadas
pelo Estado para suprir as necessidades
dos trabalhadores, quando estes não
podem prestar a sua força de trabalho.
➧ nominal: expressão monetária da
força do trabalho, ou seja, a quantidade
de moeda recebida como remuneração do
trabalho prestado
➧ real: é a quantidade de bens e
serviços que um salário nominal pode
comprar
A Remuneração do Fator Capital
➲ Juros: rendimento do capital cedido
sob a forma de empréstimo.
Juros = Capital x Tempo x Taxa
➲ Renda: valor cobrado pelo proprietário
de bens (móveis e imóveis) pela cedência
da sua utilização a terceiros.
➲ Lucro: remuneração do empresário
como contrapartida da aplicação do seu
capital no processo produtivo e dos riscos
inerentes.
Lucro = Preço de venda - Preço de
custo
A Repartição Pessoal dos
Rendimentos
Repartição pessoal: é a repartição do
rendimento criado numa comunidade
pelos diversos agregados familiares,
independentemente da função
desempenhada no processo produtivo.
⇩
Assimetrias
• Diversidade da fontes de rendimento
• Diferenciação salarial: diferentes
qualificações; idade; sexo; tipo de
profissão; ramo de atividade
Indicadores de Rendimento Pessoal
￫ Rendimentos “per capita”: rendimento
médio que cada habitante de um
determinado país recebe por ano
𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
- problema: esconde as
desigualdades (por ser uma
média)
￫ Leque Salarial: relação entre o valor
mínimo com que o trabalho é remunerado
e o seu valor máximo.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 1 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
= 𝑥 ou 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
 - traduz quanto o salário máximo é
superior ao salário mínimo.
￫ Curva de Lorenz: é um diagrama que
representa a parte do rendimento que
cabe a cada grupo da população.
- vantagem: consegue avaliar as
assimetrias na repartição dos rendimentos
(quanto mais afastada a curva de Lorenz
estiver da reta de distribuição equitária,
maior será a desigualdade
A Redistribuição dos
Rendimentos
A repartição primária dos rendimentos
provoca desigualdades e, por isso, é
necessário proceder à redistribuição dos
rendimentos, para atenuar essas
desigualdades e, assim, proporcionar uma
melhor qualidade de vida aos cidadãos.
Redistribuição dos rendimentos:
distribuição mais equitativa dos
rendimentos efectuada pelo Estado
através das suas políticas de intervenção
social.
◾
Políticas:
Fiscal: a aplicação de uma taxa
progressiva (cobrar mais a quem ganha
mais) no imposto sobre o rendimento e
isenção do pagamento de impostos aos
que auferem menores rendimentos, o
Estado promove uma redução na
diferença dos rendimentos recebidos
pelas famílias.
➝ impostos diretos: aqueles que
incidem directamente sobre o rendimento
ou sobre o património (IRS, IRC).
➝ impostos indiretos: aqueles que
incidem sobre o consumo ou a despesa
◾
realizada (IVA).
Social: depois da política fiscal, o
Estado redistribui a percentagem dos
rendimentos cobrados através de um
sistema de transferências sociais
(prestações pecuniárias e fornecimentos
de serviços).
➝ Transferências internas: prestação
sociais feitas pelas administrações pública
e privada (pensões, abonos, subsídios)
➝ Transferências externas:
provenientes do resto do mundo
(remessas de emigrantes)
O Rendimento Disponível dos Particulares
(RDP)
O rendimento (ou receitas) das famílias
provêm:
✓ participação na atividade produtiva
(salários, renda, juros e lucros)
✓ transferências
Destas receitas são deduzidos:
✘ os impostos (diretos e indiretos)
✘ contribuições para a segurança
social (CSS)
RDP
=
Rendimentos Primários
(remuneração do trabalho - salários - e
do capital - rendas, juros e lucros)
+
Transferências Sociais
-
Impostos
-
Contribuições para a Segurança Social
 Poupança e Investimento
A Utilização dos
Rendimentos
O rendimento pessoal disponível pode
ser utilizado sob duas formas: em
consumo - aquisição de bens e serviços -
e/ou poupança - não empregue, de
imediato, no consumo.
Os Destinos da Poupança: a
Importância do Investimento
Destinos da poupança
Ο Aplicação financeira: aplicação da
poupança em produtos financeiros
disponibilizados por intermédio de
instituições financeiras (depósitos a prazo,
ações, os certificados de aforro).
Ο Entesouramentos: poupança que fica
à guarda dos seus proprietários, não
sendo, por isso, aplicada.
Ο Investimento: aplicação da poupança
na aquisição de novos bens destinados
ao processo produtivo, ou seja, trata-se
de canalizar a poupança para a atividade
produtiva (para gerar um novo
rendimento).
⇨ Importância do Investimento: o
investimento permite a continuidade do
processo produtivo.
Investimento - formação de capital,
tipos e funções
Formação de Capital
Formação de capital (Investimento):
aplicação da poupança em novos bens de
produção
➥ Formação bruta de capital fixo
(FBCF): valor do investimento com a
aquisição de bens duradouros (edifícios,
terrenos, máquinas…)
➥ (Variação de) Existências: valor do
investimento realizado em bens de
produção não duradouros (aquisição de
matérias primas)
V. Existências = ex. finais - ex. iniciais
I = FBCF + V. Existências
Tipos de Investimento
◍ Investimento material: investimento
efetuado em bens materiais (máquinas,
edifícios)
◍ Investimento imaterial: investimento
efetuado em bens imateriais (saúde,
educação, formação dos trabalhadores)
◍ Investimento financeiro: aquisição de
ativos financeiros (ações e obrigações)
Funções do Investimento:
➤ Aumentar a capacidade produtiva
da empresa através da aquisição de mais
bens de produção.
➤ Assegurar a manutenção da
capacidade produtiva através da
reposição do capital à medida que este
vai sendo utilizado, através de
investimentos de substituição
➤ Manter os equipamentos e os
processos de fabrico tecnologicamente
atualizados para garantir a eficiência e
competitividade das unidades produtivas,
fazendo por isso investimentos de
inovação.
Investigação tecnológica e
Investigação e desenvolvimento
A investigação assume um papel
decisivo na competitividade das
empresas, pois é graças a ela que os
produtos e processos de fabrico vão
sendo sistematicamente inovados.
A atividade de I & D, ao permitir a
introdução de inovações tecnológicas,
participa para a melhoria do nível de vida
das populações e para o desenvolvimento
de toda a economia e da sociedade em
geral.
 O Financiamento da
Atividade Económica
Financiamento: conjunto das operações
pelas quais os agentes económicos
obtêm os recursos monetários
necessários à sua atividade.
Capacidade e Necessidade De
Financiamento
➙ capacidade de financiamento:
quando as empresas detêm os meios
suficientes para o financiamento da sua
atividade
➙ necessidade de financiamento:
quando as empresas não dispõem de
fundos próprios suficientes para
financiarem a sua atividade.
Financiamento Interno e Externo
❐ Financiamento Interno/
Autofinanciamento: quando a empresa
recorre às suas poupanças para realizar o
investimento (tem capacidade de
financiamento).
❐ Financiamento Externo: quando as
poupanças da empresa não são
suficientes para o desejado investimento
e as empresas recorrem a financiamentos
externos (tem necessidade de
financiamento).
⤷ direto: financiamento obtido no
mercado financeiro (ou de capitais)
⤷ indireto: obtenção de meios
monetários junto das instituições
financeiras através do crédito.
Crédito
Crédito: cedência temporária de valores
monetários mediante uma determinada
remuneração, o juro - preço pago pelo
crédito.
Juro = Capital x taxa de juro x tempo
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜
Taxa de Juro = x 100
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
Operações Passivas e Ativas
⏀Operações Passivas:
correspondem à taxa de juro que é paga
pelo banco aos depositantes .
⏀Operações Ativas:
dizem respeito à taxa de juro que o banco
recebe por conceder empréstimos.
⇨ a taxa de juro das operações
ativas é superior à das operações
passivas, e a sua diferença dá-nos a
margem de intermediação financeira.
Funções do Crédito
➨ promover o consumo
➨ estimular a produção
Tipos de Crédito
⑉ Crédito ao consumo: é contraído
pelas famílias para a aquisição de bens
de consumo como eletrodomésticos,
automóveis, viagens
⑉ Crédito à produção: concedido às
empresas para a compra de bens de
produção, garantindo o financiamento e o
funcionamento das empresas:
- Crédito de funcionamento:
crédito concedido para resolver
necessidades pontuais,
momentâneas, como o pagamento
de fornecedores ou de salários,
- Crédito de financiamento: crédito
para o investimento –
modernização, substituição ou
aumento da capacidade de
produção.
⑉ Crédito a curto prazo: concedido por
um período inferior a um ano.
⑉ Crédito a médio prazo: concedido por
um período compreendido entre um e
cinco anos.
⑉ Crédito a longo prazo: concedido por
um período superior a cinco anos
.⑉ Crédito particular: quando a entidade
que a ele recorre é de natureza privada.
⑉ Crédito público: quando é a
Administração Pública que o contrai.
⑉ Crédito interno: quando o beneficiário
e o credor residem no mesmo país.
⑉ Crédito externo: quando o beneficiário
e o credor são unidades institucionais
residentes em países diferentes.
O Crédito e a Moeda Escritural
Uma vez que os empréstimos
concedidos pelos bancos dão origem a
depósitos e sendo estes moeda escritural,
podemos concluir que os bancos podem
criar moeda escritural.
↓ Mercados de Títulos
multiplicador do crédito
⋅ os créditos concedidos pelos bancos
dão origem a depósitos que podem gerar
novos créditos e estes, por sua vez, dão
origem a novos depósitos e, assim, os
bancos criam moeda escritural.
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras: agente
económico cuja função é financiar a
atividade económica ⇨ cabe o
financiamento da economia utilizando a
moeda.
➠ Instituições Financeiras Monetárias:
bancos e outras instituições de crédito,
que, para além da recolha de depósitos e
da concessão de crédito, prestam um
conjunto variado de serviços financeiros.
➠ Instituições Financeiras Não
Monetárias:instituições que desenvolvem
operações de financiamento, mas que
não possuem capacidade de receber
depósitos.
➭ Sociedades de leasing/
locação financeira: cedência temporária
do uso de um bem por parte do
proprietário a um terceiro mediante o
pagamento de uma renda ou aluguer.
➭ Sociedades de factoring:
empresas que antecipam às empresas
industriais e comerciais créditos de curto
prazo que estas possuam em troca de
uma comissão. Trata-se de um contrato
entre o factor (sociedade de factoring) e
os aderentes (outras empresas).
➭ Sociedades de capital de
risco: têm por função apoiar e promover
projetos de investimento e de inovação
tecnológica em empresas, participando
temporariamente no respetivo capital.
➭ Sociedades corretoras:
compra e venda de valores mobiliários
(ações, obrigações).
Mercado de títulos: mercado onde são
transacionados diversos títulos emitidos
por empresas públicas ou privadas e pelo
próprio Estado.
◍ Ações: são títulos representativos de
uma parte do capital de uma empresa
(sociedade anónima) e que conferem ao
seu possuidor (acionista) o direito de
receber uma parte dos lucros distribuídos
assim como o direito de participar nas
assembleias gerais da empresa. A
cotação das acções resulta da oferta e da
procura das mesmas em cada momento.
◍ Obrigações: são títulos
representativos de um empréstimo
efectuado pelos aforradores, que as
compram aos organismos que as emitem,
que tanto podem ser empresas como o
próprio Estado.
 ➪ A principal diferença entre as
acções e as obrigações é que os
detentores de acções são sócios da
empresa e que, por isso, têm direito a
receber lucros enquanto os detentores de
obrigações são simplesmente credores da
mesma, não tendo, portanto, participação
nos seus lucros, recebendo apenas juros.

◍ Bolsa de Valores: local onde se

transacionam títulos mobiliários. O preço
dos títulos, designado por cotação, reflete
os interesses da oferta e da procura de
cada título a cada momento.

O Investimento em Portugal
e o Investimento Português no
Estrangeiro
Investimento Interno: investimento
realizado por agentes económicos
residentes no território.

Investimento Externo ou Estrangeiro:

quando os meios financeiros investidos
são de agentes económicos residentes
fora do território.

O processo de abertura das economias

ao exterior e a crescente globalização têm
originado um maior movimento de
circulação de capitais entre os países.

IPE (Investimento de Portugal no

Estrangeiro): reflete a expansão das
empresas portuguesas no mercado
internacional, de acordo com a dinâmica
das suas estratégias empresariais.

IDE (Investimento Direto Estrangeiro):

aquisição de 10% ou mais do capital de
uma empresa por um investidor
estrangeiro.