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Economia:
Adam Smith foi um filosofo e economista escocês considerado como o pai da economia moderna.
-Ela estuda as complexas dinâmicas de produção, distribuição e consumo de bens e serviços pelas
diferentes sociedades e diferentes atores da cadeia de abastecimento.
-Ela tem como propósito encontrar a melhor forma de utilizar os escassos e finitos recursos
disponíveis no mundo, de forma a com eles satisfazer o maior número possível de infinitas
necessidades humanas.
Os conflitos sociais como a luta entre brancos e negros na africa do Sul, a luta por melhores
condições de trabalho na américa do seculo passado ou qualquer manifestação grevista decorrentes
da vida em comum são na maioria de caracter económico.
Todos estes problemas e muitos outros dizem respeito a economia e prendem-se com o nosso
quotidiano pois são atos económicos relativos ao consumo, a produção a acumulação de
rendimento, ao investimento, etc.
Conclui-se que a atividade económica se encontra presente no nosso dia a dia e em grande parte
dos nossos atos, competindo á economia estudar os problemas que com ela se prendem para os
tentar resolver.
Mundialização da Economia e o mundo contemporâneo:
-a guerra do Golfo Pérsico teve impacto sobre as economias de todo o mundo com consequências
sociais para as respetivas populações.
Obs: Todos estes exemplos pretendem mostrar que as economias hoje se encontram ligadas
fazendo que qualquer acontecimento numa delas tenha sempre consequências sobre as restantes.
Este fenómeno de interdependência entre as diferentes economias dos países damos o nome de
mundialização da economia pois devemos ter sempre presente a analise da problemática social
quando se fala do mundo contemporâneo.
Exercícios: com base nos pontos abaixo identifique a presença da economia em cada um.
A importância do estudo da Economia:
Então durante a nossa vida vamos ser frutos de uma aprendizagem que apenas se pode realizar
no meio social, na interação com os seus semelhantes como por exemplo aprender a falar, a
pensar, a andar verticalmente, aprender o que comer e como comer, a gostar dos outros e a
respeitá-los, a distinguir o bem do mal, o justo e o injusto, são competências que nos são
transmitidas pela família, pela escola e pelos meios de comunicação social. Efetivamente, o
homem não nasce a saber tudo isso.
Falar da complexidade social no fundo é procurar saber de que forma lida a humanidade com esse
problema que cresce desde o aparecimento da modernidade. Num mundo onde as escolhas são
muitas dependendo da situação ou pessoa, a humanidade necessita de um mecanismo que a ajude
a pré-selecionar tais escolhas e aliviar da quantidade necessária de informação para que possamos
agir. Nesse contexto, a confiança se mostra como um importante mecanismo de redução de
complexidade, ou seja, mesmo sem estarmos plenamente informados sobre uma situação ou
pessoa, podemos agir baseando no que já conhecemos, em nossa própria história.
Fenómeno Social: é qualquer comportamento, ação ou evento que ocorre devido à influência
social.
A Economia é uma ciência social em sua essência, pois o seu foco está em compreender como
ocorrem as relações entre os indivíduos e as organizações na sociedade do ponto de vista da
produção, da troca e do consumo de mercadorias, de serviços e de bens em geral, onde demonstra,
com riqueza de detalhes, a interdisciplinaridade (ligação entre duas disciplinas) entre a Ciência
Econômica e as Ciências Sociais. A economia procura dar resposta aos problemas da criação e
repartição da riqueza, da organização social da maximização da satisfação das necessidades da
população, do desenvolvimento do pais e da troca entre países.
Todo o ser humano, desde a sua nascença à sua morte, faz parte de uma realidade com a qual se
habitua a conviver a que chamamos de realidade social (sociedade). Esta realidade aparentemente
simples para quem vive nela é porem muito complexa pois qualquer acontecimento ou decisão
acaba por ter reflexos na vida de outras pessoas como por exemplo diminuição das exportações,
faz com que haja diminuição da produção, com a diminuição da produção vamos ter o aumento do
desemprego, etc. Esta atividade, inevitavelmente, origina impactos a vários níveis: económicos,
sociais, culturais e ambientais. Todos estes aspetos da realidade social (sociedade) só podem ser
compreendidos se foram estudados por diversas ciências, conhecidas por ciências sociais.
Ciências sociais - conjunto das ciências que analisam, investigam, interpretam e procuram
explicar os fenómenos sociais ou seja, os comportamentos humanos na sociedade e nas instituições
sociais.
Logo as diversas ciências sociais têm como objetivo real o estudo da realidade social.
Quando os cientistas se confrontam com uma dada problemática social e estudam um fenómeno
social, fazem-no recorrendo a economia, a geografia ou qualquer outra ciência social de acordo
com os objetos científicos de cada uma das referidas ciências. Por exemplo:
Sociologia- investiga o modo como a ação do homem é condicionada pelas relações estabelecidas
ao nível dos grupos e organizações em que se inserem;
Psicologia- centra a sua atuação nas estruturas psicológicas gerais das condutas
Geografia- vai centrar o seu estudo nas regiões que mais destrói a natureza e nos locais que mais
lançam gases a atmosfera. Ciência politica- centra o seu estudo na criação de taxas para arrecadar
recursos para financiar a reciclagem e aumento do custo para desmotivar o uso de recursos
poluentes. Ciência económica- analisa a situação futura dos custos para preservar o ambiente e ter
uma economia sustentável criando condições para que haja um equilíbrio dos recursos naturais e
o desenvolvimento económico.
Distinguir os fenómenos sociais dos fenómenos económicos
Fenómeno Social: é qualquer comportamento, ação ou evento que ocorre devido à influência
social.
Fenómenos económicos: são atos diários decorrentes da atividade económica para satisfazer as
necessidades ilimitadas do homem. Os fenómenos económicos traduzem-se em comportamentos
ou situações geradas pela e na vida coletiva dos povos.
A interdependência da economia com outras ciências sociais:
Todas as ciências sociais vão pegar um determinado fenómeno social para a tentar compreender,
analisar e apresentar algumas soluções para ultrapassar problemas associados a estes fenómenos
de acordo com a sua especificidade pois são ciências sociais, mas tem objetivos diferentes.
3- Lê a Noticia acima:
3.1) A presença da economia é sentida com a morte dos peixes nas margens do tejo pois com
centenas de quilos de peixes mortos não será possível abastecer a população.
3.2) historia (com base no antigo acidente ecológico que recorda a velha polemica entre o
executivo camarário da vila franquence e a secretaria do estado do ambiente a historia vai ajudar
na tomada de medidas necessárias para resolver o problema);
Sociologia (vai analisar as consequências para as famílias que moram perto do tejo)
Geografia (vai analisar a distribuição do peixe possivelmente contaminado ao longo do território
português)
Economia (vai analisar os custos do estado e os benefícios das famílias afetadas pelo consumo
dos peixes e daqueles que vivem da venda de peixe)
3.3) A economia juntamente com as outras ciências vão estudar as causas e as consequências da
morte dos peixes e tentar compreender, analisar e apresentar soluções para ultrapassar esse
problema pois cada um tem um objetivo diferente no estudo desse fenómeno.
Definição da Ecomimia:
Para que uma disciplina possa ser considerada como ciência deve-se verificar quatro condições:
Sendo a economia uma ciência ela deverá abordar os problemas a estudar de uma forma especifica
e é exatamente essa atitude própria do estudo (atitude cientifica) que lhe confere o estatuto de
ciência.
- Observação
- Experimentação
- Conclusão
É importante ter um posicionamento cientifico face a realidade pois só ele nos permite a sua
compreensão objetiva. Noutras situações agiremos não em termos científicos, mas em termos
ideológicos.
Atitude ideológica ou não cientifica- a economia pronunciara juízos de valor sobre o seu objeto
de estudo. É estudar aquilo que deveria ou não acontecer ou aquilo que seria ou é ideal.
Ex:
Conclusão: A economia é uma ciência pelo facto das suas conclusões ou leis serem produzidas
de acordo com um método cientifico.
Economia é uma ciência que tem por objeto de estudo a problemática económica, ou seja, os
fenómenos económicos.
A ciência económica procura dar resposta aos problemas sociais estudando a sua dimensão
económica, pois esta constituiu o seu campo de estudo especifico. Os fenómenos económicos
ligados a produção, ao consumo a repartição do rendimento, ao investimento, entre outros são o
seu objeto de estudo logo podemos dizer que o objeto da Economia é o estudo dos fenômenos que
envolvem a escassez dos recursos disponíveis.
O problema económico
Um problema econômico relacionado com a escassez é a produtividade. Uma vez diante de poucos
recursos para atender a muitas necessidades, é preciso tirar o máximo proveito de todos os
recursos. Fazer isso corresponde a produzir mais com menos obtendo mais satisfação com menos
recursos.
A escolha implica necessariamente a opção por uma dada alternativa em relação a outras. Como
tal, surge o conceito de custo de oportunidade.
Exercício:
O custo de oportunidade
Custo de oportunidade: custa da alternativa que tem de ser sacrificada para se obter um bem ou
benefício.
A resolução do exercício anterior permite-nos compreender que a economia resolve os problemas
económicos do nosso quotidiano segundo uma racionalidade designada por racionalidade
económica.
Estas leis devem ser aceites pelas sociedades para que elas consigam enriquecer.
A produção necessariamente vem antes do consumo. Para consumir algo, esse algo deve antes
existir. É impossível consumir algo que ainda não foi criado. É uma constatação lógica e óbvia,
ela é recorrentemente ignorada.
As pessoas produzem aquilo que outras pessoas querem consumir. Não faz sentido econômico
produzir algo que ninguém irá consumir, logo o consumo é o objetivo de toda a atividade
econômica. São os consumidores, portanto, que determinam o valor da mão-de-obra, da matéria-
prima e de todos os maquinários e equipamentos utilizados em todos os processos de produção.
Receber algo aparentemente gratuito significa apenas que há outra pessoa pagando por tudo.
6. Gastos representam, ao mesmo tempo, renda para uns e custo para outros
Quem diz que todo gasto gera renda esquecem de que todo gasto é também um custo. O gasto é
um custo para o comprador e uma renda para o vendedor. A renda é igual ao custo. Essa logica de
que quanto mais se gasta, mais ricos ficamos ignora os custos. Os custos aumentam junto com a
renda, ou seja, se a renda se multiplica, os custos também se multiplicam.
O valor do dinheiro consiste em seu poder de compra. O dinheiro serve como um instrumento para
se efetuar trocas. Quanto maior o poder de compra do dinheiro, maior sua capacidade de efetuar
trocas. Mas o dinheiro, por si só, não é riqueza. É apenas um meio de troca. Riqueza é abundância
de bens e serviços e bem-estar. A riqueza de um indivíduo está, portanto, em sua capacidade de
ter acesso aos bens e serviços que ele deseja.
O lucro econômico é o bônus extra que uma empresa ganha por ter sabido alocar corretamente
recursos escassos e ter sabido satisfazer as demandas dos consumidores. Em uma economia
dinâmica e crescente, ocorrem mudanças diariamente nos desejos dos consumidores. Aqueles mais
capazes de antecipar essas mudanças e que souberem como direcionar recursos escassos mão-de-
obra, matéria-prima e bens de capital para satisfazer esses consumidores irão colher os lucros
econômicos.
As leis econômicas não precisam ser previamente verificadas e nem podem ser empiricamente
falsificadas. Ninguém pode falsificar tais leis empiricamente porque elas são verdadeiras em si
mesmas. É possível ignorar e violar as leis fundamentais da economia, mas não é possível alterá-
las. Sociedades que entenderem e respeitarem essas 10 leis econômicas sem tentar revogá-las irão
prosperar.
1 — As Pessoas Enfrentam Tradeoffs (Tradeoff representa o que abrimos mão para alcançar um
determinado objetivo, trata-se, portanto, das escolhas que fazemos e o que abdicamos para seguir
tal caminho).
2 — O Custo de Algo é o que você desiste para obtê-lo (Ligada ao custo de oportunidade que é
o valor que uma pessoa perde ao escolher entre duas ou mais alternativas.)
4 — Pessoas reagem a incentivos (somos incentivados a tomar aquela decisão que julgamos
ótima, se os benefícios e/ou os custos de uma decisão mudam, somos incentivados a nos adequar
aos novos cenários)
Como as pessoas interagem
5 — O comércio pode ser bom para todos (todos ganham, uns em menor proporção, outros em
maior.)
6 — Os mercados geralmente são uma boa maneira de organizar a atividade econômica (as
interações de gostos e preferências entre produtores e consumidores leva-nos a pontos ótimos da
Economia em geral)
7 — Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados (Os mercados só são
eficientes quando os direitos à propriedade são garantidos pelo governo)
9 — Os preços sobem quando o governo emite moeda demais (a inflação ocorre quando o
governo produz mais moedas do que o necessário e isso provoca uma desvalorização do dinheiro.)
Agentes económicos
O ser humano tem múltiplas necessidades, isto é, passa por estados de carência que representam
mal-estar e que ele precisa de resolver. Dar resposta às constantes solicitações e problemas que
vamos encontrando é, afinal, satisfazer necessidades um dos objetivos prioritários da Economia.
2.1.1. Características das necessidades
As necessidades humanas são múltiplas e variam no tempo e no espaço. Existe uma enorme
diversidade de necessidades que apresentam as seguintes características:
Importância
Primárias São prioritárias , como por exemplo: a
alimentação, a saúde.
Secundárias São aquelas cuja não realização não ameaça
de imediato a vida da população, como por
exemplo: vestuário, transporte.
Terciárias São as consideradas supérfluas ou de luxo,
cuja satisfação poderá ser considerada
dispensável, como por exemplo: roupa de
alta-costura, joias.
Custo
Económicas Somos obrigados a despender moeda ou
outra riqueza para a satisfazer, como por
exemplo: alimentação.
Não Económicas Não somos obrigados a despender qualquer
quantia de moeda ou de outra riqueza para
a satisfazer, por exemplo: respiração.
Vivermos em coletividade
Individuais São aquelas que dizem respeito à própria
pessoa
Coletivas São aquelas que atingem toda a
comunidade e resultam da vida social
Ato social: ao consumirmos estamos a dar origem a consequências que podem ser benéficas
ou prejudiciais para nós, mas também para a atividade coletiva mais próxima ou para o Mundo.
Assim, se, por um lado, o consumidor deve reconhecer a sua força económica e exigir que os
seus direitos sejam respeitados, por outro lado, ele tem obrigações a cumprir, tais como:
Consumo Individual: consumo realizado por cada um de nós, impedindo o consumo desse
bem por outros em simultâneo.
Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior transformação pelas empresas, até se
transformarem em bens de consumo final.
O papel do consumidor na dinamização da atividade económica.
O consumidor desempenha um papel fundamental na dinamização da atividade econômica de
um país. O consumo é um dos principais componentes do produto interno bruto (PIB) e,
portanto, desempenha um papel significativo no crescimento econômico.
Demanda por bens e serviço: ao comprar bens e serviços, cria-se demanda no mercado. As
empresas produzem com base na demanda do consumidor aumentando a produção
impulsionado a atividade econômica
Geração de receita para empresas: O consumo gera receita para as empresas, permitindo que
elas obtenham lucro e cresçam, reinvestindo em novos empreendimentos, inovação e
expansão, impulsionando o desenvolvimento econômico.
Estímulo à inovação: A concorrência no mercado, impulsionada pela busca das empresas para
atender às demandas dos consumidores, estimula a inovação, oferecendo produtos e serviços
melhores e mais eficientes, o que beneficia os consumidores e a economia como um todo.
Tributação e receita para o governo: O consumo gera receita para o governo por meio de
impostos sobre vendas e outros impostos indiretos. Essa receita é usada para financiar serviços
públicos, como saúde, educação e infraestrutura.
OBS: é importante notar que o consumo excessivo sem consideração pelo impacto ambiental e
social pode ter consequências negativas, como esgotamento de recursos naturais e
desequilíbrios econômicos. Portanto, um equilíbrio saudável entre o consumo responsável e o
estímulo à atividade econômica é fundamental para o bem-estar sustentável da sociedade.
O consumo dá-se em função do rendimento. Isto significa que uma alteração no nível de
rendimentos dos consumidores reflete-se, em princípio, no nível do consumo.
O consumo liga-se diretamente preço dos bens, dado que dele depende a capacidade
aquisitiva dos consumidores:
- uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma diminuição na
capacidade aquisitiva das famílias, se os respetivos rendimentos se mantiverem.
- pelo contrário, uma descida generalizada dos preços supõe um aumento da capacidade
aquisitiva dos consumidores, mesmo que se mantenha o nível dos respetivos rendimentos.
Um aumento dos preços, não acompanhado da elevação proporcional dos rendimentos,
obriga os consumidores a abdicarem de consumos não essenciais, atribuindo assim, uma maior
parcela do seu rendimento à satisfação das necessidades básicas.
Quando a subida dos preços não abrange a totalidade dos bens ou dos serviços é natural que
a procura dos consumidores se desloque para aqueles bens ou serviços que apresentam preços
mais baixos e satisfaçam as mesmas necessidades.
Inovação Tecnológica
O crédito bancário é um adiantamento que os bancos concedem aos seus clientes mediante
o pagamento de um juro, para que estes adquiram bens dos quais necessitam e para os quais
não têm dinheiro disponível naquele momento.
O crédito praticado a juros baixos, como os verificados nos finais dos anos 90, permitiu às
famílias melhorar o seu nível de vida, adquirindo casas, automóveis entre muitos outros bens.
Mas, sendo o consumo um ato de responsabilidade pessoal e social, é necessário exercer este
comportamento de uma forma racional para evitar o endividamento excessivo.
Fatores Extra-Económicos
São inúmeros os fatores extraeconómicos que influenciam o consumo. Assim acontece, por
exemplo, com a moda, a publicidade, as técnicas de venda, o meio social, a tradição, a idade dos
consumidores, a localização geográfica e o meio social.
O marketing nasceu nos anos 60 da necessidade das empresas escoarem a sua produção. A
criação de clientes e a sua fidelização passa a ser a finalidade da empresa, que irá desenvolver
várias atividades: serviços de vendas e publicidade, estudos do mercado, definição de preços,
promoções, testes de novos produtos. Estas atividades baseiam-se no conhecimento dos
clientes: os seus valores, atitudes, desejos e comportamentos. Exemplos dessas atividades são:
a publicidade, a cor e a forma das embalagens… ou seja, coisas que chamem a atenção dos
consumidores.
Lei de Engel
De acordo com a LEI DE ENGEL, quanto menor for o rendimento de uma família, mais elevada
será a proporção do rendimento gasto em despesas de alimentação.
A mesma conclusão se pode tirar da evolução das despesas de consumo das famílias dos
países membros da EU.
- Uma sociedade em que a oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias
de marketing para escoar a produção.
- Uma sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens
padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (a publicidade sugere modelos
de compor
tamento a seguir).
Nos finais dos anos 50, o poder de compra da população dos países industrializados era tal
que o acesso ao consumo deixou de ser um fator de diferenciação social. Estávamos então na
era do consumo de massas.
O consumo de massas leva o consumidor aos produtos de “hoje”, visto que o consumo é uma
forma de integração social – consome-se o que está na moda para se ser um elemento aceite na
sociedade de consumo. Era a era do “usar e deitar fora”.
2.5.1. Consumismo
Consumismo: é o conjunto dos comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um
consumo sem critério, compulsivo, irresponsável e perigoso.
O consumerismo pretende:
A ação consumerista implica o consumidor na defesa dos seus direitos. Mas essa ação
também lhe traz deveres.
Bens livres: bem pelo qual não é necessário qualquer dispêndio de moeda para o utilizar.
Bens económicos: bem pelo qual é necessário o dispêndio de moeda para a sua utilização.
Essas características são importantes na economia, pois influenciam as decisões de produção, alocação de recursos e
a forma como a sociedade administra a escassez para atender às necessidades humanas.
Utilidade: eles satisfazem necessidades humanas diretas ou indiretas, fornecendo benefícios úteis, como alimentos,
moradia e equipamentos.
Escassez: sua quantidade é limitada em relação à procura, o que exige escolhas eficientes na alocação de recursos.
Suscetibilidade de uso alternativo: esses bens podem ser utilizados de diferentes maneiras para atender diversas
necessidades, como usar um terreno para construir uma casa, uma fazenda ou um parque, gerando a necessidade de
decidir a melhor utilização dos recursos disponíveis.
Quanto à função:
Para as empresas as matérias-primas e as matérias subsidiárias constituem consumo intermédio, mas para os
consumidores, as famílias, constituem sempre consumos finais.
Quanto à duração:
Bens não duradouros: bem com uma duração limitada (passível de uma utilização).
Bens sucedâneos: bens que se podem substituir entre si por terem propriedades ou características semelhantes.
Bens complementares: bens em que o consumo de um implica o consumo de outro para a finalidade com que são
utilizados.
Exercício nº 1
1 - Por que razão as laranjas ou uma viatura podem ser classificados tanto como um bem de consumo final como
um bem de produção?
R: Se as laranjas forem consumidas diretamente na satisfação de uma necessidade ou o automóvel se destinar ao uso
de um particular, esses bens são classificados como de consumo final. Se, porém, as laranjas se destinarem à confeção
de compota por uma empresa ou de um bolo por uma confeiteira e o automóvel se encontrar ao serviço de uma
empresa então serão classificados como bens de produção.
1ª corte
2ª pré-costura
3ª costura
4ª montagem
5ª acabamento
Os setores de atividade econômica são agrupamentos que categorizam as diferentes áreas onde ocorre a produção,
sendo divididos geralmente em três principais:
1- Setor primário: inclui as atividades relacionadas com a extração de produtos do mar, do solo e do subsolo, ou seja, a
pesca, a agricultura, a pecuária, a silvicultura e a indústria extrativa.
2- Setor secundário: abrange as indústrias transformadoras, isto é, as atividades que transformam as matérias-primas
fornecidas pelo setor primário em produtos utilizáveis. Inclui, também, a construção e produção e distribuição de gás,
a silvicultura e a indústria extrativa.
Relacionando o investimento necessário para a sua montagem e o número de postos de trabalho é usual
distinguirem-se:
Industrias Ligeiras: nestas predomina usualmente o fator trabalho, sendo designadas como “trabalho-
intensivas” (indústrias alimentares, de vestuário, de calçado, de eletrodomésticos, …)
Indústrias pesadas: nestas predomina o fator capital são designadas, por isso, de indústrias “capital-intensivas”
(indústria metalúrgicas, e cimento, de construção naval, de produção de energia, de metalomecânica, …)
3- Setor terciário: corresponde aos serviços. Este é um setor residual onde se incluem todas as atividades que não cabem
nos outros dois setores. (comércio, bancos, seguros, transportes, comunicação social, educação, defesa, turismo,
justiça, …)
Obs.: esses setores estão interligados, pois a produção de um setor muitas vezes depende das matérias-primas
fornecidas pelo setor primário e do suporte dos serviços do setor terciário para a distribuição e comercialização dos
produtos.
Terciarização da economia designa a importância crescente das atividades do sector
terciário (serviços comercializáveis e não comercializáveis) no conjunto da atividade
económica.
- Analisar a evolução quantitativa e qualitativa da economia, verificando os ramos de atividade que são mais
dinâmicos;
- Realizar comparações com outros países no sentido de situar a economia em análise no contexto económico
internacional.
Exercício nº 2
R: tanto um como o outro bem (o telemóvel e o fax) são indispensáveis ao desenvolvimento normal das atividades
profissional e produtiva, respetivamente, do trabalhador comercial e da empresa. Com efeito sem eles, e para além
de outros aspetos igualmente relevantes, nem o primeiro conseguirá exerce de devidamente as suas funções junto
dos clientes, nem a segunda tomaria, a maior parte das vezes, conhecimento das encomendas, reclamações ou outros
assuntos que lhe seriam endereçados. Assim sendo, pode concluir-se que ambas as necessidades são claramente
secundárias. No seu limite, poder-se-á até admitir o seu caracter primário, caso a ausência desses bens possa a vir a
implicar não satisfação das necessidades de sobrevivência, em consequência do despedimento do profissional do
comércio e do encerramento da empresa, um por não poder ter cumprido as suas funções, outra por ausência de
encomendas
Fatores de produção ou forças produtivas: são os elementos indispensáveis à produção dos bens e serviços.
Englobam a força de trabalho, o capital e os recursos naturais.
Força de trabalho: entende-se por ser a capacidade do ser humano para trabalhar, o que lhe permite, portanto,
produzir os bens e serviços de que precisa para satisfazer as suas necessidades.
Meios de produção ou capital: muitas vezes referidos simplesmente como capital na economia, representam os
bens duráveis usados na fabricação de outros bens ou na prestação de serviços. Eles fazem parte dos fatores de
produção e são essenciais para a geração de riqueza em uma economia.
Objetos de trabalho: tudo aquilo que é alvo do trabalho humano.
Entre os objetos de trabalho, podemos considerar dois tipos de matérias: matérias-primas e matérias subsidiárias.
Meios de trabalho: são usados pelo ser humano na transformação dos objetos de trabalho a fim de obter
produtos utilizáveis.
Recursos renováveis: quando um recurso é suscetível de ser renovado num período de tempo relativamente
curto, ex: madeira
Recursos Não Renováveis: se a exploração de um recurso provoca inevitavelmente a sua destruição, ex: petróleo
OBS: A Revolução Industrial e o consumo em massas nos nossos dias têm levado a um desgaste excessivo dos recursos
naturais o que pode causar a destruição de importantes fontes de energia e de matérias-primas.
Desenvolvimento sustentável: é um modelo de desenvolvimento que não põe em causa a vida das gerações futuras.
População total
Quando se estuda a população de um país, é conveniente conhecer não só o tipo de atividades que realiza,
mas também quantos indivíduos trabalham ou podem trabalhar. Deste modo, é frequente dividir uma
população em população ativa e população inativa.
População ativa: refere-se ao grupo de pessoas em idade economicamente ativa, ou seja, aquelas capazes de
trabalhar.
A composição da população ativa:
Ocupados: Pessoas empregadas.
Desempregados: Indivíduos sem emprego, mas procurando ativamente por trabalho.
População inativa: refere-se ao grupo de pessoas que não está atualmente inserido no mercado de trabalho.
A composição da população inativa :(só falar)
Aposentados: Pessoas que saíram da força de trabalho devido à idade.
Estudantes em tempo integral: Jovens matriculados em instituições educacionais.
Desencorajados: Indivíduos que desistiram de procurar emprego.
Cuidadores em tempo integral: aqueles dedicados a cuidar de membros da família.
Incapacitados: Pessoas com limitações físicas ou mentais.
Outros inativos voluntários: Indivíduos que optaram por não trabalhar por escolha pessoal.
População total - se refere ao número completo de pessoas que habitam uma área específica, como um país,
região, cidade ou qualquer outra área geográfica delimitada.
Para conhecer a situação de uma população face à atividade produtiva é usual calcular-se a taxa de atividade.
Taxa de atividade - indica a percentagem da população ativa em relação à população total ou taxa de atividade por
grupos de idade e/ou sexo a que respeitam.
Todavia, porque na população ativa se inclui a população desempregada, o conhecimento mais objetivo de uma
população, em termos económicos, exige que se determine, também, a respetiva taxa de desemprego.
Taxa de desemprego - é o indicador social e economicamente importante que nos permite interpretar melhor a taxa
de atividade, uma vez que traduz a percentagem de desempregados em relação ao total da população ativa.
Permite-nos avaliar a parte de uma população (feminina) que tem a seu cargo a responsabilidade de produzir para o
país. Ex: 45% significa que em cada 100 habitantes, 45 são ativos.
Taxa de inatividade - indica a percentagem da população inativa em relação à população total ou taxa de inatividade
por grupos/categorias a que dizem respeito.
população inativa
Taxa de inatividade x100
população total
Exercícios:
1-Considere uma cidade com 500.000 habitantes em idade ativa (de 15 a 64 anos) e 300.000 pessoas estão
ativamente empregadas ou procurando emprego (força de trabalho ativa). Determine a taxa bruta de atividade:
Significa que 60% da população em idade ativa está participando ativamente do mercado de trabalho, seja
como trabalhadores empregados ou desempregados em busca de emprego.
2-Uma cidade com uma força de trabalho de 200.000 pessoas, das quais 15.000 estão desempregadas pretende-
se que se determine a taxa de desemprego com base nesses números:
Uma taxa de desemprego de 7.5% significa que, dentro da força de trabalho daquela região (composta por
200.000 pessoas), aproximadamente 7.5% (ou 15.000 indivíduos) estão atualmente desempregados, ou seja,
estão procurando emprego ativamente, mas não conseguem encontrar.
3- Suponha que em uma cidade há 150.000 mulheres em idade ativa (entre 15 e 64 anos) e 90.000 estão
participando da força de trabalho. Determine a taxa de atividade feminina:
Uma taxa de atividade feminina de 60% indica que 60% das mulheres em idade ativa (entre 15 e 64 anos)
estão participando ativamente da força de trabalho. Isso significa que 60% das mulheres nessa faixa etária
estão empregadas ou procurando ativamente por emprego.
Tipos de desemprego
Desemprego cíclico (involuntário ou conjuntural): ocorre quando se tem uma recessão da economia, o
que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar
despesas. Ex: crise, pandemia, epidemias, desastres naturais…
Desemprego natural ou Friccicional: consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou
porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando
emprego pela primeira vez.
Desemprego repetitivo: é o desemprego resultante da não adaptação a sucessivos postos de trabalho
normalmente de baixo nível de qualidade profissional.
Desemprego tecnológico: resulta da dificuldade dos trabalhadores de acompanharem a evolução
tecnológica e é feita principalmente os grupos etários mais elevados.
Desemprego estrutural: resulta do desfasamento entre as necessidades das empresas e as capacidades
dos trabalhadores. É consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas
tecnologias de produção, nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos
pode tornar obsoletas certas profissões) ou políticas.
No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma montadora de veículos que,
ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários
diante a capacidade de robôs. Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se
explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento
absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem
profissional." EX 2: "a substituição da máquina de escrever pelo computador. Nesse exemplo, o
datilógrafo, caso não aprendesse a mexer em computadores, estaria desempregado, encaixando-se nesse
tipo de desemprego."
Desemprego voluntário: o individuo não aceita trabalhar pelo salário vigente, preferindo continuar
desempregado.
Desemprego sazonal: ocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades
económicas, tais como a agricultura e o turismo, e que acabam causando variações na demanda de
trabalho em diferentes épocas do ano.
Desemprego de longa duração: é o desempregado que procura emprego há mais de um ano.
Desemprego Conjuntural: refere-se ao desemprego causado por flutuações na atividade econômica,
geralmente associado a ciclos econômicos, recessões ou períodos de baixo crescimento. Ele ocorre
quando a demanda por bens e serviços na economia diminui, levando as empresas a reduzir sua produção
e, muitas vezes, a demitir trabalhadores para cortar custos. Esse tipo de desemprego é considerado
temporário e pode ser amenizado com a recuperação econômica ou com medidas para estimular o
crescimento do mercado de trabalho.
Causas do desemprego
As principais causas do desemprego estão relacionadas com os aspetos econômicos, sociais e políticos,
como:
Crise económica quando a economia não vai bem e algumas grandes ou pequenas empresas, deixam de
funcionar e demitem seus funcionários, gerando, assim, o desemprego. Essas crises podem ser setoriais,
afetando mais um setor que outro, por exemplo: crise na indústria afetaria o funcionamento e existência
de pequenas ou grandes indústrias, e não afetaria o comércio;
Redução de postos de trabalho, acontece nas indústrias e grandes empresas, que demitem funcionários
a fim de reduzir a sua folha de pagamento;
Desenvolvimento tecnológico, substituem a mão de obra das pessoas pelas máquinas. Hoje, surgem
maquinários cada vez mais tecnológicos e sofisticados.
Exercício nº2
1. A tabela abaixo apresenta dados relativos ao país A em 2020.
População total 500 000 pessoas
2. Comenta a evolução da população ativa no período 2016-2018, tendo em conta a população empregada
e desempregada.
Capital: refere-se aos ativos financeiros ou físicos que são utilizados na produção de bens ou na prestação
de serviços. Pode incluir máquinas, equipamentos, infraestrutura, tecnologia e até mesmo o conhecimento
humano.
Riqueza: é um conceito mais amplo que abrange todos os ativos tangíveis e intangíveis que possuem valor
econômico e podem ser usados ou trocados para satisfazer necessidades ou desejos.
Capital é diferente de Riqueza: quem é proprietário possui riqueza, no entanto, essa riqueza só é capital se estiver
ao serviço do processo produtivo.
Tipos de capital
Capital financeiro: representa todos os meios financeiros de que uma unidade produtiva pode dispor e é
constituído pelo capital próprio e pelo capital alheio.
Capital próprio: conjunto dos valores constituídos pelo financiamento dos proprietários da unidade produtiva.
Capital alheio: conjunto dos valores que constituem o financiamento de terceiros, isto é, o conjunto dos valores
de que a empresa dispõe, mas que não lhe pertencem.
Capital Técnico: todos os bens que possibilitam a produção de outros bens, divide-se em capital fixo e capital
circulante:
Capital fixo: meios de produção que permanecem por períodos de laboração, embora se desgastem ao longo do
processo produtivo; exemplo: máquinas, edifícios, meios de transporte, computadores…
Capital circulante: meios de produção (matérias-primas e subsidiárias) que desaparecem no processo produtivo;
exemplo: matérias-primas, energia elétrica.
Capital natural: todos os recursos naturais de que a sociedade dispõe e que utiliza na satisfação das suas
necessidades.
Obs.: os recursos naturais encontram-se numa situação de escassez. Aqui voltamos a deparar-nos com o
“problema económico” segundo o qual: de um lado a multiplicidade das nossas necessidades e do outro, a
escassez de recursos capazes de as satisfazer.
Capital Humano: força do trabalho suscetível de diversos tipos de investimento como a formação especializada
e superior, podem contribuir de forma produtiva para a economia.
Se recordarmos que a produção é o resultado do trabalho do ser humano exercido sobre objetos de
trabalho com auxilio dos meios de trabalho, facilmente poderemos representar essa relação através de
uma função designada por função de produção.
A produção é o resultado da combinação dos diversos fatores da produção isto é trabalho e capital.
Distinção entre a combinação dos fatores produtivos a curto prazo da de longo prazo:
Na combinação dos fatores produtivos é necessário ter em conta o fator tempo A distinção entre os fatores
produtivos a curto prazo e a longo prazo é fundamental na análise econômica.
Fatores Produtivos a Curto Prazo:
Mão de Obra (Trabalho): no curto prazo, a quantidade de mão de obra pode ser ajustada apenas
até certo ponto. Contratar ou demitir funcionários pode ser um processo demorado, e as
habilidades dos trabalhadores existentes podem ser fixas a curto prazo.
Capital Fixo: Bens de capital, como máquinas e equipamentos, são geralmente considerados fixos
a curto prazo. As empresas podem não ser capazes de ajustar rapidamente a quantidade de capital
que possuem.
Fatores Produtivos a Longo Prazo:
(Numa perspetiva de longo prazo os fatores de produção capital e trabalho podem variar em simultâneo
permitindo determinar a dimensão ótima das unidades de produção, ou seja, a dimensão que se obtém
menor custo por unidade produzida e que traduz a designada lei das economias de escala)
Mão de Obra (Trabalho): A longo prazo, as empresas têm mais flexibilidade para ajustar a
quantidade de mão de obra. Isso pode incluir treinamento de novos trabalhadores, mudanças nas
práticas de contratação e adaptação às mudanças nas condições do mercado.
Capital Variável: A longo prazo, as empresas têm a capacidade de ajustar a quantidade de capital,
investindo em novas instalações, tecnologias e equipamentos. O capital torna-se mais variável e
pode ser adaptado de acordo com as necessidades de produção.
Tecnologia e Inovação: A introdução de novas tecnologias e inovações é mais viável a longo prazo.
As empresas têm a oportunidade de investir em pesquisa e desenvolvimento, bem como adotar
novas tecnologias para melhorar a eficiência e a produtividade.
Em resumo, a distinção entre os fatores produtivos a curto e longo prazo está relacionada à flexibilidade
das empresas em ajustar seus recursos para atender às demandas de produção. A análise desses fatores
é crucial para entender as dinâmicas econômicas e as decisões empresariais em diferentes horizontes
temporais.
Avaliação da Combinação dos fatores produtivos a curto prazo:
Essa avaliação a curto prazo envolve a análise de como a produção de bens e serviços é influenciada pela
variação na quantidade de um ou mais inputs de produção, mantendo outras constantes. A Lei dos
Rendimentos Marginais Decrescentes é um conceito fundamental nesse contexto.
A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
Ela afirma que “a produtividade marginal de um fator de produção diminui á medida que a sua
utilização aumenta mantendo-se constantes a quantidade utilizada dos restantes fatores de
produção.” (ou seja, ela diz que o aumento do numero de trabalhadores aumenta a produtividade,
mas apenas até certo ponto.)
Isso ocorre devido a fatores como a especialização, a limitação de recursos e a coordenação limitada entre
os fatores. Compreender essa lei é crucial para otimizar a combinação dos fatores produtivos e maximizar
a eficiência na produção a curto prazo.
EX: Por exemplo, se uma empresa aumentar a quantidade de mão-de-obra em uma fábrica fixa,
inicialmente a produção pode aumentar devido à maior eficiência e coordenação. No entanto, à medida
que mais trabalhadores são adicionados, a eficiência marginal pode diminuir, levando a um rendimento
marginal decrescente.
OBS: A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes é essencial para as decisões de produção a curto
prazo, indicando um ponto ideal onde a combinação de fatores produtivos é mais eficiente em gerar
produção adicional por unidade de insumo. Após esse ponto, o aumento na produção torna-se menos
eficiente em relação ao aumento dos insumos. Compreender essa lei é fundamental para as empresas
otimizarem a produção e maximizarem os lucros em curto prazo.
Exemplo: considere 50 hectares de terra preparada para a produção de cereal formado segundo a tabela
abaixo e analisa a tabela e represente graficamente a linha dos rendimentos marginais decrescentes.
Conclusão: até 12 trabalhadores o acréscimo de produção por cada trabalhador novo é crescente
(chama-se combinação ótima dos fatores produtivos), mas a partir de 13 trabalhadores o
acréscimo da produção começa a decrescer. Logo com 12 trabalhadores obtém-se uma maior
produtividade pois o capital fixo foi totalmente utilizado, logo a partir de certa altura não vale a
pena utilizar mais uma unidade de um fator produtivo sem se utilizar mais quantidade do outro.
Existem três medidas principais de produtividade dos fatores produtivos: total, média e marginal.
1. Produtividade Total dos Fatores (PTF): mede a eficiência global da produção em relação a
todos os fatores produtivos utilizados. Pode ser calculada como a relação entre a produção total e a
quantidade total de todos os fatores produtivos usados para produzir essa quantidade.
2. Produtividade Média dos Fatores (PMF): mede a eficiência média de cada unidade de fator produtivo
na produção.
3. Produtividade Marginal dos Fatores (PMgF): mede a mudança na produção total resultante de uma
mudança marginal (incremental) em um fator produtivo específico, mantendo todos os outros fatores
constantes. Pode ser calculada como a derivada da produção total em relação à quantidade de um fator
produtivo específico.
A produção total é uma medida que indica a quantidade total de bens ou serviços produzidos por uma
empresa, indústria ou economia em geral durante um determinado período de tempo.
PT=f (L, K, T)
Onde:
L representa a quantidade de trabalho ou mão-de-obra utilizada na produção.
K representa a quantidade de capital (como máquinas, equipamentos, edifícios) empregada na produção.
T representa a quantidade de terra ou recursos naturais utilizados na produção.
Calcular os valores da produção total e da produtividade marginal, em função das variações do
fator trabalho:
Exercício 1: Função Linear: Suponha que a função de produção seja dada por:
PT=50L, calcule a produção total para as seguintes quantidades de trabalho:
L=10
L=20
L=30
Exercício 3: Função Exponencial: suponha que a função de produção seja modelada por:
PT=50e 0.1L , Calcule a produção total para as seguintes quantidades de trabalho:
L=2
L=5
L=10
L=3
L=7
L=12
Exercício 5: suponhamos que temos os seguintes dados sabendo que a função de produção é a
seguinte: PT= 10L-0.5L2.
- Produção Total (PT) = f(L), onde L é a quantidade de trabalho.
- Fator de produção capital e terra mantidos constantes.
- A produtividade marginal do trabalho (PMgF) é então calculada como a derivada da função de produção
R: assim, a produtividade marginal do trabalho diminuiu de -90 para -100 quando a quantidade de
trabalho aumentou de 100 para 110 unidades. Isso sugere que a produção adicional resultante de cada
unidade adicional de trabalho foi menor conforme mais trabalho foi adicionado.