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1. AMBIENTE
Túnica, anel, sandálias, Bíblia, corações recortados de cartolina.

2. ABERTURA
Perdoar e ser perdoado é sentir-se livre e de coração pacificado. Todos
nós desejamos encontrar a paz interior, libertos de culpas, de mágoas e de
ressentimentos. Um caminho para a paz é, certamente, o caminho do perdão.
(Com um gesto de acolhida, de carinho, todos se dão o perdão mútuo).

3. CHAVE DO ENCONTRO
· Em entrevistas na televisão, em textos literários, nas livrarias, nas ban-
cas de revistas, médicos, psicólogos, /terapeutas falam sobre o poder do per-
dão. O perdão é terapêutico. É caminho de cura.
As tradições religiosas oferecem a seus fiéis rituais de perdão e recon-
ciliação co1n Deus e com o próximo. .
Para Jesus, a atitude de perdoar fazia parte do processo de cura e de
salvação. Era sinal de amor e de acolhida do Pai. Era a chave que abria o
coração para o encontro, para a conversão e para a felicidade.

4.LEITURA DA PALAVRA DE DEUS:


EVANGELHO ESCRITO POR LUCAS 15,11-32
(Momentos de silêncio)
• Recontar a história de forma individual ou em grupo. Quanto posríve~ dramatizá-la.
• Comentar a atitude de cada personagem (pai, filho mais jovem, filho mais velho).
• Inventar outro personagem (a mãe, um terceiro filho...).
Partilha da Palavra:
1) Qual é o tema dessa parábola narrada por Jesus? Este tema tem valor para
nós, hoje? Por quê?
2) O que nos ensina a atitude do filho mais novo que se afasta, mas, ao
tomar consciência do seu erro, volta e pede perdão?
3) O que nos ensina a atitude do filho mais velho, que rejeita o retorno do
.irmao.
,., ;)

4) Como podemos interpretar a fala do pai: "Vamos fazer um banquete, porque


este meu filho estava morto, e tomou a viver; estava perdido e foi encontrado".
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5. APROFUNDAMENTO
• Jesus narra a parábola, a história de urna família com dois filhos adultos. O
filho mais novo pede sua parte na herança e parte para longe. Poderia ser a
atitude de uma pessoa adulta que toma as rédeas de sua vida em busca de
sua realização pessoal e profissional.
• A narrativa, porém, toma outro rumo: o filho dissipa todos os bens, fica só
e infeliz. A abrangência é maior do que só as perdas materiais. Quando as
necessidades básicas não são saciadas, a dignidade humana é afetada.
• A dor e a solidão conduzem à reflexão. O moço volta-se para dentro de si
e toma consciência de sua ação. Percebe que pode fazer outra escolha: retor-
nar e pedir perdão ao pai.
• "Vou me levantar, e vou encontrar meu pai" (v. 18). É uma decisão nova:
de sair da vida miserável, indigna que o torna infeliz, para ir ao encontro do
amor do pai-mãe, da paz de consciência, da alegria da libertação.
• "Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão" (v. 20).
De longe, o pai o reconhece. No rapaz maltratado e sofrido, o coração do pai
vê o filho que volta e sente compaixão.
O que é compaixão? É a capacidade de compartilhar a própria paixão
com a paixão do outro. É sair de si mesmo e de seu próprio círculo e entrar
no universo do outro para sofrer junto, para cuidar da sua dor, para alegrar-
se, para c.amiob~r j.unto a ele." ... e o pai o abraçou e o beijou" (v. 20).
• O ritual do perdão se completa quando o filho expressa seu arrependimen-
to. No pedido de perdão ele se liberta e se salva. É a manifestação da sua
consciência e do seu compromisso.
• A compaixão do pai perdoa e acolhe. É a manifestação da misericórdia,
atitude fundamental da espiritualidade de Jesus. A força está agora no vol-
tar-se pleno e total do pai para o filho: ele sai de si ao encontro do filho.
• A túnica, o an_el e as sandálias são símbolos da dignidade filial restaurada.
O filho está novamente em pé. Não há mais dores, nem mágoas. Pode-se
festejar a vida que retomou.
• O filho mais velho é justo e fiel. Não aceit~, porém, o perdão e a acolhida
do pai ao irmão. Não quer abrir o coração e participar da festa. Preso em
ressentimentos, sente-se infeliz. O pai o chama para a celebração, para que
ele também perdoe com generosidade, se aproxime e sinta a alegria do reen-
contro. A parábola não diz se ele foi. Você iria?
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Para Refletir:
a) Numa sociedade tão violenta, temos dificuldades para perdoar e acolher
como o filho mais velho? Sim? Não? Por quê?
b) Quando e de que forma experienciamos o abraço amoroso do Pai, que
nos perdoa e restaura nossa dignidade?
e) Que compromiss~ cada um de nós pode assumir?

6. PRECES
T: Senhor, perdoa-me porque pequei contra ti e contra meu irmão.
1. Pelas vezes em que, pela ânsia do prazer e do poder, descuidei de Deus e
dos irmãos, eu peço:
2. Pelas vezes em que por preguiça ou acomodação, me omiti, fechei o cora-
ção para a compaixão, eu peço:
3. Pelas vezes em que não fui pacífico e ju~to, eu peço:
4. Pelas vezes em que deixei de confiar no teu amor misericordioso de Pai e
no teu perdão que salva, eu peço:

7. GESTO CELEBRATIVO
Escrever no coração recortado uma mensagem de acolhida e trocar no
grupo, de forma que cada um receba a sua.

8. ÜRAÇÃO DO SALMO 25 (24)


Neste salmo, percebemos a misericórdia de Deus. V amos rezar juntos,
na Bíblia, este salmo com antífona: "Javé é bondade e retidão, e aponta o
canúnho aos pecadores" (SI 25,8).

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