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CENÁRIO PROPOSITIVO
OUTUBRO 2013
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Prefeito
Secretaria de Planejamento
Fernando Oliveira
Bernadete Bittencourt
Luis Quadros
Secretaria de Administração
Silvio Mattos
Equipe técnica:
Arq. Ademar Sá
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................... 8
HISTÓRICO ................................................................................................... 9
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
C. Inclusão Sociodigital................................................................................ 30
Abastecimento Alimentar............................................................................... 31
Cultura ............................................................................................................ 32
Educação ........................................................................................................ 34
Saúde .............................................................................................................. 38
Sede ................................................................................................................ 46
Taboquinhas ................................................................................................... 49
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
SEDE ................................................................................................................ 51
Taboquinhas ................................................................................................... 53
Diretrizes ........................................................................................................ 55
Acessibilidade ................................................................................................. 56
ESTRUTURA .................................................................................................... 67
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Revisão ........................................................................................................... 73
Vigência .......................................................................................................... 74
QUADROS ....................................................................................................... 78
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Quadro 15: Distribuição de renda e renda média por setor censitário- 2000.
........................................................................................................................ 80
correções ........................................................................................................ 84
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
INTRODUÇÃO
O presente Relatório destina-se a consolidar as propostas para o Plano Diretor de Itacaré, que deverão
ser apresentadas em audiências públicas a serem realizadas na Sede e em Taboquinhas. As propostas,
quando aprovadas, serão consolidadas em um projeto de lei complementar, que se transformado em lei,
revogará a Lei nº 191/2003, que dispõe sobre a institucionalização do Plano de Referência Urbano
Ambiental – PRUA de Itacaré.
as atualizações estatísticas do Relatório Analítico de 2006 (mantido como referência), com base
nas informações do IBGE do Censo de 2010 e informações dos setores competentes desta
Prefeitura, além das informações publicadas no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil –
Perfil de Itacaré (2013);
informações sobre as novas fronteiras do Município, estabelecidas pela Lei nº 12.638 de 10 de
janeiro de 2013; e
o Relatório Propositivo elaborado levando-se em consideração todas as propostas anteriores
discutidas e aprovadas nas instâncias técnicas, governamentais e participativas da comunidade,
realizadas até o ano de 2011, acrescidas das revisões técnicas, atualizadas pelos atuais titulares
das Secretarias Municipais e outros interessados;
a proposta de novo zoneamento da Sede, com o respectivo mapa.
Este Relatório Propositivo, elaborado de forma simples e objetiva, servirá de base, após sua aprovação
nas audiências públicas, para elaboração do Projeto de Lei do Plano de Diretor de Itacaré, a ser
encaminhado para a Câmara Municipal.
Prefeito Municipal
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
HISTÓRICO
A elaboração do Plano de Referência Urbano Ambiental (PRUA), em 2002, fez parte de um processo de
planejamento, capacitação e infra-estruturação desenvolvido pela Secretaria da Cultura e Turismo /
Superintendência de Desenvolvimento do Turismo – SUDETUR para Itacaré com a participação de
técnicos da CONDER e envolvimento direto da comunidade. O PRUA Corresponde ao zoneamento e
estabelecimento de parâmetros para a área que foi identificada como o Núcleo Urbano Consolidado
(NUC) da sede municipal, como parte da APA da Costa de Itacaré/Serra Grande.
As indicações do PRUA, para serem válidas no perímetro urbano, deveriam ser aprovadas por lei
municipal, já que cada Município tem competência constitucional exclusiva para legislar sobre as suas
áreas urbanas. Isto tem fundamento na Constituição Federal (CF, art.30), que atribui aos municípios
competência para legislar sobre assuntos de interesse local (antes denominado peculiar interesse), ainda
que sob a orientação das normas gerais editadas pela União. Atendendo a este preceito, o zoneamento
urbano e respectivos parâmetros urbanísticos propostos pelo PRUA foram aprovados pela Lei municipal
nº 191, de 2 de setembro de 2003.
Estando a Lei do PRUA em vigor, e pairando dúvidas sobre qual dos relatórios da CONDER foi o aprovado
por lei, foi importante comparar os textos e Tabelas dos dois Relatórios do PRUA (agosto de 2002 e
janeiro de 2003) e apontar suas diferenças. Considerou-se que o texto final do Relatório foi mesmo o de
2004, embora tenham sido introduzidos alguns parâmetros urbanísticos nas respectivas Tabelas que são
considerados inadequados para o desenvolvimento da Cidade.
Já a elaboração do Plano Diretor resultou de um processo longo de discussões realizadas a partir de 2005
por uma equipe da CONDER, que apresentou, em acordo com a metodologia adotada, um relatório com
dois volumes:
Nessa fase do trabalho foram confeccionados muitos mapas temáticos para diagnóstico - que não
precisarão ser substituídos - e também mapas com a proposta do zoneamento urbano.
Este trabalho (2005), contudo, ficou incompleto e não chegou a resultar em um projeto de lei.
Em 2007, foram revistos e encaminhados novamente pela CONDER , os dois volumes (Cenário Analítico e
Cenário Propositivo) do Relatório do PDU, com os respectivos mapas, além do Projeto de Lei que chegou
a ser encaminhado à Câmara Municipal. A proposta que chegou a Câmara foi rejeitada pela nova equipe
da CONDER que assumiu o setor depois da mudança do governo.
A proposta foi também questionada pela representante do Ministério Público na Comarca, Promotora
Aline Salvador, que instaurou um Inquérito Civil Público (nº 01/07 – proc. nº 371.0.72376/2007) visando
apurar “possíveis irregularidades na elaboração do projeto do Plano Diretor e violação de normas
urbanísticas ambientais”.
Diante deste fato, foram comparados os textos dos Relatórios datados de 2006 e 2007 para apontar suas
diferenças, da mesma forma em que foi feito em relação aos relatórios do PRUA. Vale ressaltar que são
bem poucas diferenças entre as versões escritas de 2005 e 2007. É nos mapas que se encontram as
diferenças. Para melhor entendimento, foi elaborada uma Tabela com essas diferenças e suas
correspondências com o zoneamento atual, estabelecido pela Lei do PRUA.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Projeto de Lei encaminhado à Câmara elaborado pela CONDER foi examinado e considerado desde
logo inadequado por falta de técnica jurídica, independentemente do seu conteúdo, e assim, foi pedido a
sua retirada de pauta para votação, para substituição posterior.
Assim, com esses exames, foi possível o aproveitamento de todo esse material para os estudos de
revisão, que abrangeram as modificações e acréscimos sugeridos pela comunidade por vários meios de
comunicação, como as informações constantes:
O resultado do trabalho de revisão foi apresentado nas Audiências Públicas realizadas na Sede e em
Taboquinhas em 8 de agosto de 2011, devidamente divulgadas segundo recomenda o Ministério das
Cidades.
Foram apresentados, de forma especial, em mapas impressos e por projeção em tela, todos os
zoneamentos propostos para a Cidade:
Estas audiências tiveram a presença do arquiteto da CONDER, Wolf Reiber, coordenador técnico das
propostas do PRUA e do Relatório 2005 feitas pela CONDER, que respondeu sobre todas as dúvidas
suscitadas pela evolução das propostas de zoneamento.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Vera Weigand explicou que as propostas do Plano Diretor elaboradas, em 2006, pela equipe técnica da Companhia de
Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) vão ser aproveitadas e adequadas à realidade de hoje. “Estamos
fazendo a apresentação do que já foi produzido para que todos possam participar da construção do Plano Diretor
Urbano ideal para Itacaré”
Audiência pública
Vera Weigand esclareceu ainda que o conjunto de leis tem validade por 10 anos, mas que isso não significa que não
sofra modificações pontuais para acompanhar as necessidades do município. Ela destacou a importância da
participação popular na elaboração do plano.
Depois das modificações apresentadas pela comunidade, uma audiência pública será realizada em setembro. Segundo o
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Paulo Baracho, a expectativa é que a redação final do Plano Diretor de
Itacaré seja encaminhada para a Câmara de Vereadores em novembro deste ano.
Além dos técnicos do município, participaram dos debates desta segunda-feira o promotor de justiça Fábio Pretti,
representantes do Instituto de Turismo de Itacaré, Associação dos Comerciantes e Empresários do Ramo Turístico,
Associação de Surf, Associação Quilombola Porto de Trás, Associação de Canoagem e Colônia de Pescadores Z-18 de
Itacaré, dentre outras entidades. Além da sede, as discussões também foram realizadas em Taboquinhas.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Relatório analítico 2006 não foi atualizado em todo o seu texto. Muitas informações ali são pertinentes
e ainda são válidas. As que necessitam de atualização, a exemplo das informações estatísticas sobre
população e outras, foram atualizadas com informações do Censo 2010 e do Atlas do Desenvolvimento
1
Humano – Perfil Itacaré 2013.
Área
733,62 km²
IDHM 2010
0,583
Faixa do IDHM
0,599)
24.318 hab.
Densidade demográfica
33,18 hab/km²
Ano de instalação
1732
Microrregião
Ilhéus-Itabuna
Mesorregião
Sul Baiano
Território de Identidade
Litoral Sul, juntamente com os municípios de Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema,
Camacan, Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju do Colônia, Itajuípe,
Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Una e
Uruçuca.
1
Há também algumas correções ao texto original do Relatório e estas estão no final do volume,
juntamente com observações, em alguns casos, sobre a necessidade ou não de atualização dos dados
para fins do Plano Diretor (Ver Errata do Relatório 2006).
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Diferentemente do tempo em que foi elaborado o Relatório Cenário Analítico 2006, hoje se dispõe de
informações atualizadas sobre os Municípios em diversos sites da Internet. Estas informações foram
buscadas em todos os casos de interesse do relatório propositivo.
O Relatório Analítico 2006 fica, portanto, mantido como referência, mas as informações recentes
devem ser buscadas ou no site do IBGE ou no Atlas de Desenvolvimento Humano – Perfil de Itacaré,
além das atualizações apresentadas no Anexo IV, onde estão atualizados quadros de maior
importância e erratas ao texto original disponibilizado pela Conder.
A Lei nº 12.638 de 10 de janeiro de 2013, seu parágrafo 13, atualizou os limites do Município de
Itacaré, assim como dos outros municípios que integram o Território de Identidade Litoral Sul.
Com a nova Lei, os limites do Município de Itacaré, estabelecidos na forma da Lei nº 628, de 30 de
dezembro de 1953, na forma da Lei nº 12.057, de 11 de janeiro de 2011, ficam atualizados, passando a
vigorar com a seguinte redação:
I - com o Município de Ubaitaba - começa na foz do rio Catolé no rio de Contas (coordenadas -14º 18'
47,18"; -39º 17' 29,56"), desce por este até a foz do rio Oricó Mirim (coordenadas -14º 18' 20,31"; -39º
16' 15,54"), sobe por este até a foz do seu afluente (coordenadas -14º 17' 25,99"; -39º 15' 55,13"), ao
norte da fazenda Floresta Azul;
II - com o Município de Maraú - começa na foz do afluente do rio Oricó-Mirim no rio Oricó-Mirim
(coordenadas -14º 17' 25,99"; -39º 15' 55,13"), ao norte da fazenda Floresta Azul, sobe por este até sua
nascente (coordenadas -14º 15' 50,46"; -39º 13' 19,52"), a nordeste da fazenda Piragi, daí em reta,
sentido sudeste, até a foz do ribeirão Bitu no rio Batés (coordenadas -14º 16' 12,68"; -39º 12' 18,36"), daí
em reta, sentido sudeste, até a nascente do primeiro afluente da margem esquerda do ribeirão Coiúdo
(coordenadas -14º 16' 30,13"; -39º 09' 39,96"), a sudoeste da fazenda Boa Vista, continua em reta,
sentido nordeste, até a foz do córrego Mucuri no córrego Gentio (coordenadas -14º 16' 06,74"; -39º 08'
17,98"), sobe pelo córrego Mucuri até o ponto de coordenadas -14º 15' 29,55"; -39º 08' 17,04", ao sul da
localidade Mucuri, segue pelo divisor de águas das sub-bacias dos rios Pinheiro e Paramirim até o alto
(coordenadas -14º 15' 10,58"; -39º 07' 01,69"), continua por este divisor, sentido nordeste, até o alto do
divisor das sub-bacias dos rios Ambuba, Piracanga e ribeirão do Engenho (coordenadas -14º 14' 55,80"; -
39º 05' 06,04"), continua por este divisor, sentido leste, até alcançar o cruzamento da estrada que passa
pela localidade Mucuri com o rio Piracanga (coordenadas -14º 14' 57,46"; -39º 03' 59,83"), desce por
este até sua foz no oceano Atlântico (coordenadas -14º 13' 09,15"; -38º 59' 21,13");
III - com o Oceano Atlântico - começa na foz do rio Piracanga no oceano Atlântico (coordenadas -14º 13'
09,15"; -38º 59' 21,13"), segue pela linha de costa até a foz do rio Tijuípe (coordenadas -14º 25' 12,03"; -
39º 01' 04,49");
IV - com o Município de Uruçuca - começa na foz do rio Tijuípe no oceano Atlântico (coordenadas -14º
25' 12,03"; -39º 01' 04,49"), sobe pelo rio Tijuípe até sua nascente (coordenadas -14º 29' 20,03"; -39º 07'
54,17"), daí em reta, sentido noroeste, até o ponto na estrada Pé de Serra-Nova Esperança (coordenadas
-14º 28' 55,52"; -39º 10' 36,25"), continua em reta, sentido noroeste, até o ponto na BA-655
(coordenadas -14º 28' 11,48"; -39º 15' 27,36"), ao sul da localidade São Benedito, continua em reta,
sentido noroeste, até o ponto no rio Catolé (coordenadas -14º 27' 34,74"; -39º 19' 27,29"), a leste do
marco da antiga Estação Santa Cruz, na fazenda de mesmo nome;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
V - com o Município de Aurelino Leal - começa no rio Catolé no ponto de coordenadas -14º 27' 34,74"; -
39º 19' 27,29", a leste do marco da antiga Estação Santa Cruz, na fazenda de mesmo nome, desce pelo
rio Catolé até sua foz no rio de Contas (coordenadas -14º 18' 47,18"; -39º 17' 29,56").
São, portanto, confrontantes com o Município de Itacaré, os municípios de Maraú, ao Norte, Uruçuca, do
lado Sul, Aurelino Leal e Ubaitaba, do lado Oeste, e o Oceano Atlântico, a Leste.
A cidade de Itacaré teve origem numa aldeia de índios, onde o padre jesuíta, Luís da Grã, erigiu uma
capela sob a invocação de São Miguel, batizando a povoação com o topônimo São Miguel da Barra do Rio
das Contas. Em 1718, o arcebispo primaz, Dom Sebastião Monteiro da Vide, elevou a capela à categoria
de freguesia, com a mesma denominação.
Em 1732, a povoação de São Miguel da Barra do Rio das Contas foi elevada à categoria de vila e logo
depois a município, em 27 de janeiro, por ordem de D. Ana Maria Ataíde e Castro, condessa de Resende
e donatária da capitania de Ilhéus, à qual pertenciam as terras de Itacaré.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 2 distritos: Barra
do Rio de Contas e Faisqueira. Pelos decretos estaduais nº 7.455, de 23 de junho de 1931 e nº 7.479, de
8 de julho de 1931, a sede do município foi transferida para a povoação de Itapira, tomando esta
denominação, por pouco tempo. Pelo decreto estadual nº 7.850, de 16 de dezembro do mesmo ano, a
sede do município do distrito de Itapira mudou para Itacaré.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município era constituído de 3 distritos:
Itacaré, Itaipava e Poço Central. Em divisão territorial datada 1 de julho de 1950, o município era
constituído de 3 distritos: Itacaré, Poço Central e Poiri, ex-Itaipava. Pela lei estadual nº 628, de 301-2-
1953, foi criado o distrito de Lage do Banco, criado com terras desmembrada do distrito de Poiri e
anexado ao município de Itacaré. Sob a mesma lei, foi criado o distrito de Taboquinhas.
Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1955, o município era constituído de 5 distritos: Itacaré,
Laje do Banco, Poço Central, Poiri e Taboquinhas, assim permanecendo em divisão territorial datada de I
de julho de 1960. A lei estadual nº 1.579, de 15 de dezembro de 1961 desmembrou do município de
Itacaré os distritos de Poiri, Laje do Branco e Poço Central, para formar o novo município com a
denominação de Aurelino Leal.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Plano Diretor de Itacaré, também chamado de Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. Foi previsto no parágrafo 1º,
do art. 161, da Lei Orgânica do Município e é fundamentado nas demais disposições legais federais e
municipais pertinentes.
O Plano Diretor de Itacaré compreende todas as informações que levam a este propositivo, que deverá
ser aprovado por lei complementar, revogando a Lei nº 191/2003, que dispõe sobre a institucionalização
do Plano de Referência Urbano Ambiental – PRUA, de Itacaré.
A Lei do Plano Diretor também revogará a Lei n° 7.293, de 31 de agosto de 1995, que dispõe sobre o uso
e ocupação de solo no Município de Itacaré, porque suas disposições conflitam com as do Plano Diretor.
Para complementar o Plano Diretor, um novo projeto de lei de parcelamento do solo deverá ser
elaborado e encaminhado a Câmera de Vereadores posteriormente, juntamente com o projeto de lei do
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Código de Obras e projeto de Lei que alterará a legislação tributária, com a implantação do Imposto
Predial Progressivo no Tempo, instrumento típico de desenvolvimento urbano só utilizável depois de
efetivadas outras medidas exigidas pelo Estatuto das Cidades, que são o parcelamento, a edificação e a
utilização compulsória de imóveis urbanos.
Segundo a definição do Estatuto da Cidade, a propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto a:
qualidade de vida;
justiça social e
desenvolvimento de atividades econômicas.
Essa função social orienta as normas de ordenação e controle do uso do solo que têm o objetivo de
evitar:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da Cidade e da propriedade urbana, tendo como diretrizes gerais, dentre outras estabelecidas na
legislação federal, as seguintes:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
OBJETIVO GERAL
O Plano Diretor de Itacaré tem como objetivo geral orientar a execução da política de desenvolvimento
municipal e urbano, de forma sustentável.
Os cinco objetivos específicos abaixo, com seus componentes, são os eixos norteadores da execução de
todos os planos, programas, projetos e ações do Poder Público municipal.
OBJETIVOS ESPECÍFICO S
São objetivos específicos do Plano Diretor de Itacaré, tendo em vista seu objetivo geral:
3. geração de emprego;
3. inclusão sócio-digital;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A necessidade de preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações não carece de
explicações, mas em Itacaré a preservação do meio ambiente e do visual paisagístico é também seu
maior ativo para o desenvolvimento econômico. Sem suas belas paisagens, utilizadas de forma
sustentável ou até mesmo não utilizadas, quando necessário, e sem suas matas, manguezais e recursos
hídricos que caracterizam o território municipal, e um saneamento básico abrangente, não se pode
esperar a realização do belo destino que Itacaré merece.
São diretrizes para a proteção dos remanescentes de vegetação nativa no estágio primário e nos estágios
secundário inicial, médio e avançado de regeneração na área de abrangência de Mata Atlântica:
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
b. quanto à vegetação:
São diretrizes para a revitalização dos rios, riachos das bacias hidrográficas, e em especial para a do Rio
de Contas:
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
São diretrizes para a valorização dos elementos paisagísticos que garantem a atratividade turística de
Itacaré e sua qualidade de vida:
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
a. quanto ao planejamento:
b. quanto à preservação:
F. SANEAMENTO BÁSICO
São diretrizes para o desenvolvimento do programa de saneamento básico além das estabelecidas na
política e no Plano Municipal de Saneamento Básico:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Com base na preservação do meio ambiente e do patrimônio paisagístico, são diretrizes gerais para o
desenvolvimento econômico sustentável:
a. quanto ao planejamento:
2. expansão das atividades turísticas para Alto, Médio e Baixo Rio de Contas
e para zona a rural, Taboquinhas e vilas do entorno e comunidades
quilombolas preservadas;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Sempre tendo em vista a preservação do meio ambiente e do patrimônio paisagístico, são diretrizes para
o fortalecimento da agricultura:
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
2
Cite-se, em especial, o chocolate funcional, com fibras e sem açúcar, novo produto em
desenvolvimento para diabéticos e dietas.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Como atividades importantes para o desenvolvimento econômico, são estabelecidas também diretrizes
para o desenvolvimento da pesca e mariscagem e aquicultura:
a. quanto ao planejamento:
2. implementação da aquicultura;
D. DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO
O desenvolvimento econômico depende de iniciativas particulares que devem ser apoiadas, e diante
desta constatação, foram estabelecidas diretrizes, em especial, para o apoio ao empreendedorismo
individual e de micro e pequenas empresas:
a. quanto ao planejamento:
b. quanto à execução:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
a. quanto ao planejamento:
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
c. inclusão sócio-digital;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
C. Inclusão Sociodigital
São diretrizes para o fortalecimento da inclusão social e digital de minorias de baixa renda:
3
Sede:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico, saúde, assistência social, educação, cultura,
esportes e lazer, segurança pública, defesa civil, transporte, abastecimento alimentar e demais direitos
deverá ser executada em acordo com as diretrizes gerais abaixo, apresentadas em ordem alfabética.
ABASTECIMENTO ALIMENTAR
São diretrizes para a prestação de serviços públicos voltada para o abastecimento alimentar:
b. quanto ao abastecimento:
ASSISTÊNCIA SOCIAL
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
a. quanto ao planejamento:
CULTURA
São diretrizes para a elevação do nível de cultura e reforço da identidade cultural do habitante com o
Município::
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
DEFESA CIVIL
a. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
EDUCAÇÃO
b. quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
ENERGIA ELÉTRICA
a. quanto ao planejamento:
1. ampliação da cobertura de atendimento, iluminando os pontos escuros da
Cidade e eliminando a existência de ruas sem iluminação pública;
2. viabilização das instalações da rede elétrica e de iluminação pública em
galerias técnicas no subsolo urbano;
c. quanto à economia:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
São diretrizes para a prestação de serviços públicos de incentivo aos esportes, lazer e recreação à
população:
a. quanto ao planejamento:
quanto ao planejamento:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
quanto à execução:
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
a. quanto ao planejamento:
b. quanto à execução:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
4
2. regularização da área doada à municipalidade pelo INCRA no
Assentamento Marambaia (lotes e área coletiva);
SAÚDE
São diretrizes para a prestação de serviços de saúde, de acordo com o Plano Municipal de Saúde:
a. quanto ao planejamento:
4
Em 22 de agosto de 2011 foi encaminhado ao INCRA ofício sobre as intenções da Prefeitura Municipal
de Incluir a área do Projeto no perímetro urbano e utilizar parte da área, em especial, o entorno do
contorno rodoviário, como núcleo de expansão urbana (Projeto de Assentamento Marambaia (0014000)
- Processo INCRA/SR/05/BA nº 54160.000757/2001-89). Ver, ao final do texto, fac símile da Resolução
CDR/SR /nº 12, de 18 de dezembro de 2001.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
9. reforma das unidades de saúde da família – PSF Otto Alencar I; PSF Otto
Alencar II; PSF Otto Alencar III; PSF Otto Alencar IV; PSF Maria de Lourdes
Araujo; PSF Deputado Jairo Carneiro;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
São diretrizes para a prestação de serviços públicos de segurança, mediante articulações com o governo
estadual:
TRANSPORTE PÚBLICO
São diretrizes para a prestação de serviços de transporte, segundo Plano Municipal de Transporte e
Trânsito:
a. quanto ao planejamento:
b. quanto à acessibilidade:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
A Prefeitura de Itacaré está em estudos para sua reforma administrativa, a ser apreciada pela Câmara
Municipal. Segundo esta proposta, a gestão do serviço público municipal, direto e indireto, obedecerá
aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e publicidade dos
seus atos e também às seguintes diretrizes:
III – adotar mecanismos que favoreçam a articulação, integração e complementaridade entre os setores
públicos do próprio Município, do Estado, da União, de outros Municípios e o setor privado, bem como a
construção de parcerias com os diversos setores e segmentos da Sociedade, organizações não
governamentais e organismos internacionais.
Para fins de adequar as instituições municipais às diretrizes e proposições do Plano Diretor e ao disposto
no Estatuto das Cidades, são estabelecidas as seguintes diretrizes gerais:
O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Participativa deverá ser composto pelos seguintes órgãos
e entidades:
1. Conselho da Cidade;
2. Conferência da Cidade;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A racionalização dos gastos públicos deverá ser executada em acordo com as seguintes diretrizes
específicas:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O planejamento do desenvolvimento territorial inicia-se pela definição das macrozonas em que pode ser
dividido o território municipal, para então serem definidos os perímetros urbanos, com isto separando as
zonas urbanas, das zonas rurais.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
As diretrizes de planejamento para estas macrozonas são as estabelecidas pelos Planos de Manejo da
APA Itacaré Serra Grande, da Baía de Camamu e Parque do Conduru, onde couberem e, especialmente:
• recomposição da ocupação da Zona II, pela formulação de política de apoio à agricultura familiar
e incentivo à produção de hortifrutigranjeiros, criando condições que facilitem a comercialização desses
produtos na rede hoteleira;
• adoção de programas de conservação dos recursos naturais, na Zona IV, considerando a forte
pressão para ocupações.
PERÍMETROS URBANOS
A expansão do perímetro urbano permitirá ao Poder Público Municipal maior controle e fiscalização da
ocupação e uso do solo.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
SEDE
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
1. a regularização urbanística;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
TABOQUINHAS
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
ZONEAMENTOS URBANOS
Com a definição das diretrizes de planejamento das zonas urbanas, foram propostos os seguintes
zoneamentos, para fins de estabelecimento de parâmetros urbanísticos:
DISPOSIÇÕES GERAIS
Havendo áreas que estejam situadas em mais de uma zona, serão adotados os seguintes critérios, pelo
órgão licenciador, além de outros fixados pelo Conselho da Cidade:
SEDE
Foram propostas seguintes zonas de uso do solo urbano da Sede municipal, representadas na Planta
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo da Sede, do Anexo I:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
TABOQUINHAS
Foram propostas as seguintes zonas de uso do solo urbano de Taboquinhas representadas na Planta -
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo de Taboquinhas, do Anexo I:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
1. Alto do Morumbi;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
DIRETRIZES
Foram propostas as seguintes diretrizes específicas para a melhoria do sistema viário, na Sede:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Os parâmetros técnicos das vias constam do Quadro IV - Parâmetros Mínimos para Vias, do Anexo III.
As vias existentes, classificadas como arteriais, que não atendam às características técnicas estabelecidas
por este Plano Diretor terão seus alinhamentos definidos através de plano funcional a ser regulamentado
pelo órgão de planejamento municipal.
ACESSIBILIDADE
O Poder Executivo dotará as seguintes edificações, áreas, locais, equipamentos culturais e turísticos para
serem, prioritariamente, objeto de interferência arquitetônica e urbanística, visando assegurar às
pessoas com necessidades especiais o pleno exercício de seus direitos:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
DISPOSIÇÕES GERAIS
A aplicação dos instrumentos de política urbana atende aos dispositivos do Estatuto da Cidade e às
diretrizes para o modelo de planejamento territorial.
Parcelamento Compulsório
São compreendidos como subutilizados para fins de parcelamento compulsório, visando à otimização da
infra-estrutura urbana existente, glebas, terrenos, lotes vazios, dotados de infra-estrutura e serviços
urbanos, em acordo com a legislação federal específica.
O parcelamento compulsório poderá ser aplicado exclusivamente nas Zonas de Expansão Urbana e Zonas
Especiais de Interesse Social.
São compreendidos como subutilizados para fins de utilização e edificação compulsórios, os imóveis que
se encontrem nas seguintes situações:
Leis específicas definirão as condições para a implementação dos instrumentos disciplinados neste
Capítulo, estabelecendo os respectivos prazos, dispondo sobre:
Não deverá ser exigida a edificação ou a utilização compulsória de proprietário que comprove possuir
somente um imóvel situado no Município.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A aplicação da utilização e edificação compulsórias dar-se-á nas Zonas Consolidadas, Zonas de Ocupação
Controlada e Zonas de Desenvolvimento Turístico.
O Poder Executivo poderá criar programas de parceria, consórcio imobiliário e outros que contribuam
para a viabilidade da aplicação da utilização e edificação compulsórias em edificações sem uso, com
instalações ociosas ou em ruína.
Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Poder Executivo poderá proceder à
desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
Os títulos da dívida pública deverão ter prévia aprovação pelo Senado Federal e deverão ser resgatados
no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.
O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Executivo na área onde o mesmo se localiza após
a notificação do proprietário e não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.
O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado
a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Executivo ou por meio de
alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
Direito de Preempção
O direito de preempção que confere, ao Município, a preferência para aquisição de imóvel urbano,
objeto de alienação onerosa entre particulares, deverá ser exercido sempre que se necessitar de áreas
para:
a. regularização fundiária;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O exercício do direito de preempção poderá ser aplicado em toda a área urbana, desde que estabelecido
mediante Lei municipal específica, que delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e
fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo
inicial de vigência, enquadrando cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das
finalidades enumeradas por este artigo.
O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 2º,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo
de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
À notificação deverá ser anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do
imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade.
O Poder Executivo fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande
circulação, edital de aviso da notificação recebida e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da
proposta apresentada.
Transcorrido o prazo, sem manifestação da Prefeitura fica o proprietário autorizado a realizar a alienação
para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada será nula de pleno direito.
O Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na
proposta apresentada, se este for inferior àquele.
A contrapartida financeira pela utilização da Outorga Onerosa do Direito de Construir será definida pelo
Poder Executivo.
A outorga onerosa poderá ser aplicada em qualquer zona, desde que aprovada pelo Conselho da Cidade.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O limite máximo do Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAM), nas zonas objeto de outorga onerosa
do direito de construir, é o estabelecido no Quadro de Parâmetros Urbanísticos, do Anexo III.
Alteração de Uso
Ficará facultada a alteração de uso do solo nas Zonas de Ocupação Controlada (ZOC) e em casos
específicos e individualizados, mediante contrapartida ao Município e estudo prévio de impacto de
vizinhança, a ser aprovado pelo Conselho da Cidade.
As operações urbanas consorciadas poderão ser criadas por leis específicas. Das leis específicas que
aprovarem operações urbanas consorciadas, constará o plano de operação urbana consorciada,
contendo, no mínimo:
finalidades da operação;
As leis específicas que aprovarem a operação urbana consorciada poderão prever a emissão, pelo
Município, de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serão
alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação.
Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas conversíveis em
direito de construir unicamente na área objeto da operação.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Apresentado o pedido de licença para construir ou implantar, o certificado de potencial adicional deverá
ser utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação
de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana
consorciada.
A partir da edição dessas leis específicas, serão nulas as licenças e autorizações expedidas em desacordo
com o plano de operação urbana consorciada.
I - a regularização urbanística;
Em cada ZEIS poderão ser estabelecidas diretrizes e parâmetros urbanísticos específicos, atendendo às
suas peculiaridades, mediante lei específica.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Demarcação Urbanística
O Poder Executivo, para fins de regularização fundiária de interesse social poderá lavrar auto de
demarcação urbanística, com base no levantamento da situação da área a ser regularizada e na
caracterização da ocupação.
I – planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas medidas perimetrais,
área total, confrontantes, coordenadas preferencialmente georeferenciadas dos vértices definidores de
seus limites, bem como seu número de matrícula ou transcrição e a indicação do proprietário, se houver;
III – certidão da matrícula ou transcrição da área a ser regularizada, emitida pelo registro de imóveis, ou,
diante de sua inexistência, das circunscrições imobiliárias anteriormente competentes.
Na possibilidade de a demarcação urbanística abranger área pública ou com ela confrontar, o Poder
Executivo deverá notificar previamente os órgãos responsáveis pela administração patrimonial dos
demais entes federados, para que informem se detêm a titularidade da área, no prazo de 30 (trinta) dias.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O poder público poderá propor a alteração do auto de demarcação urbanística ou adotar qualquer outra
medida que possa afastar a oposição do proprietário ou dos confrontantes à regularização da área
ocupada.
Havendo impugnação apenas em relação à parcela da área objeto do auto de demarcação urbanística, o
procedimento seguirá em relação à parcela não impugnada.
A partir da averbação do auto de demarcação urbanística, o poder público deverá elaborar o projeto
previsto e submeter o parcelamento dele decorrente a registro.
Após o registro do parcelamento, o Município concederá título de legitimação de posse aos ocupantes
cadastrados, nos termos da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009.
O EIV deverá ser executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento
ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a
análise, no mínimo, das seguintes questões:
adensamento populacional;
valorização imobiliária;
ventilação e iluminação;
O EIV também contemplará o impacto visual dos novos empreendimentos, tendo em vista as Zonas de
Proteção Visual (ZPV), e as linhas do relevo e da vegetação.
A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental
(EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
O Estudo de Impacto de Vizinhança poderá ser realizado pelo Poder Executivo ou pelo interessado e
deverá ser apreciado pelo Conselho da Cidade. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV,
que ficarão disponíveis para consulta por qualquer interessado.
Foram apontados como geradores de impacto de vizinhança, dentre outros previstos na legislação
ambiental, as instalações de:
indústrias;
hidrelétricas;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
campo de pousos;
complexos turísticos;
estádios;
postos de gasolina;
hospitais;
O Poder Executivo deverá promover assistência técnica e jurídica gratuitas, diretamente, ou mediante
convênio com instituições de ensino, organizações não governamentais ou com associações
profissionais, às pessoas de baixa renda e entidades representativas.
Lei específica deverá estabelecer as condições em que se dará o referido assessoramento, devendo
abranger, no mínimo:
b. a orientação jurídica e defesa dos direitos individuais e coletivos para a regularização fundiária.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Disposições Gerais
b. a Contribuição de Melhoria;
A Lei que aprovar o PDU deverá instituir o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, para viabilizar o
funcionamento do Sistema Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, programas, projetos
e ações decorrentes dessa lei, constituído pelos seguintes recursos:
a. dotações orçamentárias;
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A movimentação da conta especial somente poderá ser feita através de cheques nominais ou de ordens
de pagamento aos beneficiários.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
GESTÃO PARTICIPATIVA
ESTRUTURA
A Lei do PDU deverá instituir o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Participativa, para
assegurar a participação da sociedade no processo de planejamento da Sede e núcleos urbanos, com os
objetivos de:
O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Participativa deverá ser composto pelos seguintes órgãos
e entidades:
1. Conselho da Cidade;
Deverão ser convidados para presenciar as reuniões dos Conselhos os representantes dos organismos
das esferas federais e estaduais, em especial da APA Itacaré Serra grande, representantes do Ministério
Público e do Poder Legislativo.
a. o Centro de Informações; e
Secretaria de Planejamento
Competirá à Secretaria de Planejamento, sem prejuízo das outras competências que lhe são atribuídas
por lei:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
As competências, cargos e funções dos novos Departamentos serão instituídos em lei específica.
Conselho da Cidade
O Conselho da Cidade, colegiado com caráter consultivo e deliberativo, deverá ser composto por:
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Conselho da Cidade deverá ter a capacidade de coordenação e regulação, ao mesmo tempo em que
deverá promover os meios para elevar o peso da participação da sociedade civil e das iniciativas não
governamentais, no processo de desenvolvimento do Município, sempre em consonância com os
princípios e propostas apresentadas no Plano Diretor.
Quando houver potencial de significativo impacto ambiental, nos assuntos sob sua deliberação, o
Conselho da Cidade, encaminhará os processos sob sua apreciação ao Conselho Municipal do Meio
Ambiente.
O regimento do Conselho da Cidade deverá ser aprovado por ato do Poder Executivo.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Conselho da Cidade poderá formar comissões temáticas para estudar e proferir pareceres sobre
assuntos específicos, com base nas diretrizes do Plano Diretor, inclusive para acompanhamento e de
impulsão de projetos estratégicos aprovados por esta Lei, atendendo aos seguintes objetivos:
A cada dois anos, o Conselho da Cidade promoverá audiência pública, tendo como objetivos dar
conhecimento à população do andamento do Plano Diretor e a aplicação de suas diretrizes, apontar
modificações a serem feitas no planejamento e na execução do Plano Diretor; e discutir problemas e
apontar novas alternativas de desenvolvimento para o Município.
Caberá ao Conselho Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo das demais competências que lhe forem
dadas por lei, opinar sobre o planejamento, o parcelamento e o controle do uso e ocupação do solo,
quando houver potencial de significativo impacto ou degradação ambiental e sobre o estímulo à
utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões
construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de
recursos naturais.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Deverá ser criado o Sistema Municipal de Informações, vinculado à Secretaria de Planejamento, onde
serão consolidadas as informações básicas para o planejamento da Sede e dos núcleos urbanos,
compreendendo as informações básicas para o planejamento urbano da sede, sedes distritais e demais
núcleos urbanos, em especial:
Plantas do Município;
Em cada uma das Secretarias Municipais serão indicados prepostos que fornecerão as informações e
responderão pela implementação das medidas e providências determinadas pelo Chefe do Executivo
para o Sistema Municipal de Informações.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
A elaboração, pelo órgão competente, dos Planos Plurianuais, das Leis de Diretrizes Orçamentárias e dos
Orçamentos Anuais, deve refletir obrigatoriamente as diretrizes estabelecidas na Lei do PDU.
Além disto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano Plurianual e as Leis Orçamentárias Anuais serão
adaptadas para possibilitar a execução dos programas constantes nessa Lei.
REVISÃO
O Poder Executivo deverá promover a revisão e atualização do Plano Diretor a cada dez anos, após a sua
aprovação pela Câmara Municipal.
Uma vez efetuadas a revisão e atualização do Plano Diretor, serão revistos e atualizados os planos
setoriais e os planos urbanísticos para subunidades espaciais ou áreas especiais assim designadas no
Plano Diretor que tenham parte, ou a totalidade de seus conteúdos, afetados pelas novas proposições.
O processo de revisão e de atualização do Plano Diretor deverá ser precedido de ampla mobilização da
sociedade, formando-se um grupo de trabalho com representação da administração pública e da
sociedade para o fornecimento de contribuições e monitoramento dos trabalhos durante todo o
processo, devendo o referido grupo ser extinto quando da aprovação da revisão.
O material produzido para a revisão deverá ser disponibilizado com antecedência mínima de quinze dias
para discussão em audiências públicas.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
. As revisões do Plano Diretor não se aplicam aos processos administrativos em curso nos órgãos técnicos
municipais, salvo disposição em contrário no texto da revisão.
Não são consideradas revisões do Plano Diretor os atos que tenham por objeto:
VIGÊNCIA
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
ANEXO I – PLANTAS
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
QUADROS
Os quadros apresentados no Relatório de 2006, Cenário Analítico, foram atualizados e abaixo estão,
quadro a quadro, as atualizações necessárias para o entendimento da situação de Itacaré.
5
Fonte: IBGE/ Censo Demográfico 2010 :
5
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. http://www.censo2010.ibge.gov.br/
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Quadro 5 -
Pop. Urbana 929 1.386 1.951 2.111 2.239 - 3,4 4,7 1,5 1,5
( Taboquinhas)
Pop. Rural 11.511 10.425 14.156 11.354 10.676 10.676 -1,2 3,04 -4,4 -2,7
Pop. Total 14.141 13.575 18.431 14.449 18.120 24.318 -0,6 3,07 -2,8 2,45
Entre 2000 e 2010, a população de Itacaré teve uma taxa média de crescimento anual de 2,99%. Na
década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de -0,19%.
No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. No país,
foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de
urbanização cresceu 141,86%.
O Censo 2010 não diferenciou população da Sede e Taboquinhas.
A Taxa de Urbanização variou de 23,19% (1991) a 43,88% (2000) e a 56,10 (2010)
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
(Fonte: Bahiatursa).
Fonte: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2012. NOTA:
Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Período
(Fonte: IBGE-SEI e IBGE, Produção Agrícola Municipal 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012).
Nota 1: (-) atribui-se aos valores dos municípios onde, por arredondamento, os
totais não atingem a unidade de medida.
Nota 2: a tabela esta em R$ 1.000,00 - Preços correntes.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
(Fonte: IBGE-SEI e IBGE, Produção Agrícola Municipal 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012).
Nota 1: (-) atribui-se aos valores dos municípios onde, por arredondamento, os totais não
atingem a unidade de medida.
(Fonte: IBGE-SEI e IBGE, Produção Agrícola Municipal 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012).
Nota 1: (-) atribui-se aos valores dos municípios onde, por arredondamento, os totais não atingem a
unidade de medida.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
Fonte: IBGE, Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Todos os demais quadros foram considerados desnecessários para fins de atualização, diante do Censo
2010, do Atlas de Desenvolvimento Urbano, publicado pelo IBGE em 2013, juntado este documento e diante
da perspectiva de que cada setor elaborará seu plano municipal setorial, a exemplo do plano municipal de
saneamento básico, plano de educação, plano de cultura e plano de saúde, plano de transportes e outros
exigidos pelo governo federal.
CORREÇÕES
• No ítem 3.2 pág 18, trocar 746km² por 732Km² de acordo com o ultimo estudo do IBGE em 2010.
• No parágrafo 5º da pág 19, sugiro avaliar o contexto histórico (datas) com relação a crise do cacau e
o início do turismo em massa de Itacaré.
• No 7º parágrafo da pág 19, esse desmatamento para fins pastoris não aconteceu, todo o
desmatamento que teve nessa área ou foi para a introdução de plantios de coco ou agricultura de pequeno
porte ou para especulações imobiliárias e construções de algum tipo de equipamento para atendimento ao
turista.
• No 8º parágrafo, as considerações feitas com relação ao entorno da sede municipal foi baseada em
informações do PRUA.
• No 6º parágrafo da pág 20, confirmar a informação de que polpa de cacau é matéria prima para
produzir adubo orgânico.
• No 8º parágrafo da pág 20, acrescentar que o município não possui nenhum tipo de exploração
mineral legalmente autorizada, havendo a ocorrências de explorações clandestinas de areia no seu
território.
• No 9º parágrafo da pág 21, alterar de 18 anos para 28 anos a afirmação da CEPLAC sobre
desmatamento.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
• No 1º parágrafo da pág 22, acrescentar a intervenção em áreas de APP com plantações de cacau,
como também o método de plantação de cacau na derruba total da mata e a introdução de árvores exóticas
para sombreamento.
• No 2º parágrafo da pág 22, ressaltar que é o cacau na forma de cabruca que foi responsável pela
conservação da biodiversidade.
• No 4º parágrafo da pág 22, este parágrafo deve ser atualizado com o surgimento de alternativas de
novas culturas e atividades que estão sendo desenvolvidas (aqüicultura, seringa entre outras) e as novas
tecnologias aplicadas na cultura do cacau, na qual estão tendo resultados satisfatórios.
• No 8º parágrafo da pág 22, tem alguns erros de nomenclaturas dos nomes dos rios, excluir o rio
Sargi (não está no município) e acrescentar o rio Patizeiro.
• No 1º parágrafo da pág 24, atualizar com a não possibilidade da proposta de criação de uma RESEX
pelo fato de haver sido descoberto petróleo e gás na zona marinha, e que atualmente se tem uma proposta
de RDS (Reserva Desenvolvimento Sustentável).
• No 3° parágrafo da pág 25, acrescentar o desmatamento ao longo de toda Bacia do Rio de Contas
desde a sua nascente e a poluição por lançamento de esgotos não tratados neste rio por todas as cidades
por onde ele passa. (Toda ação feita a montante da foz do Rio de Contas causa impacto na sua zona
estuarina, na qual está inserida a parte urbana de Itacaré, pelo foi proposto que Itacaré deve participar ou
articular-se com o Comitê de Bacia Hidrográfica.
• No 6º parágrafo da pág 25, excluir a possibilidade da criação da Reserva Extrativista Marinha (não é
possível essa modalidade de UC nesta área pela descoberta de petróleo e gás).
• No 7º parágrafo da pág 25, o detalhadamente todos os pequenos rios que estão sofrendo ação
humana e e tipos de ações (lançamento de esgotos, supressão ou intervenção da mata ciliar, aterramento)
deverão ser identificados em estudos posteriores, para gerar um plano de ação futuro.
• Na pág 27, alterar o item condicionantes por impactos negativos, para uma melhor interpretação.
• No 3º parágrafo da pág 39, o estudo faz referencia ao um quadro que não está no trabalho.
• No 3º parágrafo da pág 39, é preciso atualizar o valor do ha. Esta informação, contudo, não altera o
propositivo.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
• No 11º parágrafo, foi citado a espécie ‘’mero’’ como um dos peixes capturados na pesca, porém o
mesmo está em extinção desde 2002.
• No 1º parágrafo da pág 40, informar que falta uma fábrica de gelo mais eficiente no município.
• No 2º parágrafo da pág 40, o estudo faz menção a um quadro o qual não consta no trabalho.
• No 2º parágrafo da pág 40, o estudo consta a extração de lenha como uma das atividades mais
importantes do extrativismo. No entanto, esta atividade só é praticada artesanalmente para atender apenas
as necessidades locais.
• No 3º parágrafo da pág 40, acrescentar que atualmente existe a equipe (técnicos agrícolas e
engenheiro agrônomo) da Prefeitura Municipal que atua na área de extensão rural e assistência técnica. .
• No 6º parágrafo pág 48, atualizar a população de acordo com o último censo do IBGE de 2010,
que é de 24.318 habitantes.
• No 7º e 8º parágrafo da pág 48, há novas diretrizes que a zona rural de Itacaré vem tomando nos
últimos anos, principalmente pelo surgimento de novas tecnologias na agricultura e pecuária com
diversificação de culturas e práticas agronômicas como também o surgimento de outras atividades como a
aqüicultura e o turismo rural.
• No 2º item da pág 50 que se refere a Macro-Zona II, sugere-se criar núcleos cooperativos, no intuito
de beneficiar a produção de frutas e palmitos.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
• Na pág 53 no parágrafo que se refere ao Bairro da Passagem, é importante ressaltar que esta
localidade vem sofrendo problemas graves com relação a violência e tráfico de drogas.
• Dda pág 76 a 85 igualmente as propostas estão alteradas, conforme se pode avaliar pelo Relatório
Propositivo..
• No 4º parágrafo da pág 86, os dados com relação aos servidores públicos municipais precisam ser
atualizados; neste parágrafo se refere a um quadro que não consta no plano.
• Este capítulo trata das reuniões e audiências públicas realizadas durante todo o processo de
formatação desta versão do PDUI, onde abrangeu localidades da zona rural e sede.
• No item 11.1.7 da pág 106, há reformulação deste aspecto levando em conta as novas diretrizes
atuais da zona rural. (Ver Relatório Propositivo).
• No item 11.2.1 da pág 107, acrescentar que as ocupações urbanas desordenadas, em áreas de APP,
a poluição dos cursos hídricos, a pressão imobiliária como novos empreendimentos no entorno da sede
onde existem expressivos remanescentes de mata atlântica, podem ser prejudicados os recursos naturais e
até mesmo o turismo, se estes empreendimentos não forem bem planejados.
• No item 11.2.7 da pág 109, atualizar as informações sobre o êxodo rural nos últimos 5 anos.
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
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COMPARTIMENTOS TURISTICOS
Compartimentos turísticos Atividades permitidas
Conjunto Paisagístico Ecológico Serra do Vinhático passeios paisagísticos de contemplação com
mirantes e paisagens exóticas naturais e trilhas
ecológica
Conjunto Paisagístico Ecológico Agroflorestal das passeios de contemplação e turismo
Bacias Aracaju e Coiúdo agroflorestal, nas trilhas paisagísticas e
ecológicas e nas cachoeiras;
atividades agroflorestais sustentáveis;
Conjunto Ecológico Rio do Engenho passeios de contemplação, com trilhas
paisagísticas e ecológicas
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
Uma das mais destacadas competências municipais é a elaboração do Plano Diretor Urbano (CF, art. 182).
O Plano Diretor é um instrumento de política de desenvolvimento urbano, razão porque também é chamado
de Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Não é, porém, o único instrumento. O Plano Diretor é
constituído de um complexo de documentos – relatórios, diagnósticos, mapas, e sua finalização é a Lei do
Plano Diretor, onde a linguagem expositiva dos seus autores se torna a linguagem impositiva da lei. A lei que
instituir o Plano Diretor deve ser revista, pelo menos, a cada dez anos, ou seja, trata-se de lei com vigência
restrita no tempo.
O Estatuto da Cidade (Lei federal 10.257/01), como será visto adiante, veio trazer normas gerais que
disciplinaram a aplicação dos instrumentos previstos na Constituição Federal e que deverão ser observadas
pelo Município quando da elaboração de seu Plano Diretor.
O Plano Diretor tem a importante função de estabelecer indicadores para o cumprimento da função social
da propriedade urbana, em acordo com o Estatuto da Cidade, “em prol do bem coletivo, da segurança e do
bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental”.
A Constituição de 1988 reconhece que “a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade previstas no Plano Diretor.” É uma inovação da
Constituição de 1988, que merece ser especialmente destacada: o efetivo reconhecimento de que a
propriedade urbana deve obrigatoriamente cumprir sua função social, não só no sentido de limitar seu
exercício, como no caso das posturas sobre vizinhança e sobre o meio ambiente, como também no de lhe
dar um caráter de obrigação, de dever social.
Segundo a definição do Estatuto da Cidade, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento
das necessidades dos cidadãos quanto a:
qualidade de vida;
justiça social e
Essa função social orienta as normas de ordenação e controle do uso do solo que têm o objetivo de evitar:
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a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
As disposições referentes ao uso e ocupação e parcelamento do solo devem obedecer às normas gerais
estabelecidas pela União (Lei Federal 6.766/79, modificada pela Lei 9785/99).
O Plano Diretor trata ainda das diretrizes para o desenvolvimento econômico municipal, colocando o
aspecto espacial a serviço do desenvolvimento social, da habitação, da educação, da saúde, da assistência
social, da cultura, dos esportes e lazer, do abastecimento da Cidade, da defesa civil e da segurança dos seus
habitantes.
O Estatuto da Cidade apenas define os instrumentos. Sem o Plano Diretor, não há como aplicar os
instrumentos que a Constituição criou e a legislação federal disciplinou, a exemplo de.
O Plano Diretor pode determinar que certas áreas específicas da Cidade estejam sujeitas ao parcelamento, à
edificação ou à utilização compulsórios, se não estiverem sendo utilizadas ou estiverem sendo subutilizadas,
dando melhor aproveitamento à infra-estrutura municipal. O parcelamento, a edificação e a utilização
compulsórios geram a possibilidade da instituição do IPTU progressivo no tempo e também a possibilidade
de desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública emitidos pelo Município. A
desapropriação ocorre em último caso, no mínimo 5 anos depois que tiver sido aplicado o IPTU progressivo
sem que o proprietário tenha cumprido suas obrigações. Lei específica determinará a aplicação oportuna
destes instrumentos e os imóveis a eles sujeitos.
b) o direito de preempção:
O Poder Público municipal pode assegurar para si preferência para aquisição de imóveis urbanos que
estiverem colocados à venda ou outra forma de alienação onerosa entre particulares. A preferência será
exercida para possibilitar programas e projetos de regularização fundiária, a execução de programas e
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
projetos habitacionais de interesse social e constituição de reserva fundiária. Como nos casos anteriores, o
Plano Diretor deve prever as áreas em que o Poder Público exercerá o direito de preempção. Na
oportunidade, devem ser reservados recursos orçamentários para tal finalidade.
c) o direito de construir:
O Plano Diretor pode fixar o coeficiente de aproveitamento dos imóveis urbanos. Em certos países, este
coeficiente somente é gratuito se igual a 1. O Plano Diretor pode fixar o coeficiente básico único ou
diferenciado para áreas específicas, nas quais o direito de construir seja exercido acima do coeficiente de
aproveitamento básico adotado, de forma gratuita ou onerosa para o particular.
d) a demarcação urbanística:
Um novo instrumento foi criado após a edição do Estatuto da Cidade, que é o da demarcação urbana, pela
Lei federal 11.977, de 7 de julho de 2009. É o procedimento administrativo pelo qual o poder público, no
âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel de domínio público ou privado,
definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e
qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses. Com isto, pode conferir título de reconhecimento de
posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e natureza
da posse.
O Plano Diretor de Referência Urbano-Ambiental (PRUA) foi aprovado pela Lei municipal 191, de 2 de
setembro de 2003, estabelecendo as normas para uso de parcelamento, uso e ocupação do solo, na
ausência de um Plano Diretor.
A Lei do Plano Diretor terá fundamento nas disposições do Estatuto da Cidade e revogará a Lei do PRUA, no
que for pertinente. É a Lei do Plano Diretor que deverá tratar do zoneamento e de parâmetros urbanísticos,
bem como das áreas que estarão sujeitas aos instrumentos criados pelo Estatuto da Cidade.
2. Código de Obras
O PDU vai alterar disposições do Código de Obras de Itacaré (Lei 072/1993), prevendo-se sua revogação e
oportuna substituição. O Código de Obras deve estabelecer apenas as normas para elaboração de projetos e
execução de obras e urbanização de áreas particulares, fiscalização e infrações e penalidades
administrativas. Não deverá incluir normas de parcelamento do uso do solo, abrangidas pela Lei municipal
72/93. O parcelamento do solo será objeto de projeto de lei específico, destinado a disciplinar o
licenciamento e incluirá a fiscalização e infrações e penalidades administrativas referentes a esta atividade
administrativa, facilitando o trabalho dos servidores municipais e o entendimento dos interessados
empreendedores.
3. Código de Posturas
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RELATÓRIO DO PLANO DIRETOR DE ITACARÉ
O Código de Posturas do Município de Itacaré (Lei Complementar municipal 05, de 08/10/2001), que
estabelece medidas de polícia administrativa a cargo do Município em matéria de higiene, segurança,
ordem, costumes públicos, defesa do meio ambiente e institui normas disciplinadoras dos estabelecimentos
industriais, comerciais e prestadores de serviços. trata das posturas humanas na administração da saúde
pública, deverá ser revogado. É mais adequado a utilização do modelo de Código de Vigilância Sanitária e
Epidemiológica, que é mais técnico e de acordo com a política federal relativa a esta atividade.
4. Código Tributário
O Código Tributário e de Rendas de Itacaré (Lei 4, de 11 de dezembro de 2000) deve receber um adendo
para constar o Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo, em projeto de lei específico.
O Código Municipal do Meio Ambiente está em votação na Câmara Municipal e não será afetado pelo PDDU.
O Código foi elaborado tendo em vista a nova Lei Florestal (Lei 12. 651/2012) e a Lei nº 11.428/2006, que
dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica. Não cabe ao Município
modificar esta legislação.
O Município legisla sobre sua política de saneamento, mas não sobre o uso e a qualidade das águas, que,
tanto de origem superficial quanto subterrânea, são do domínio do Estado. A Lei federal nº 11.445, de 5 de
janeiro de 2007, estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, não sendo necessário reproduzi-
las totalmente no Código de Meio Ambiente.
As normas do Plano de Manejo (Resolução CEPRAM 1.334 de 19 de dezembro de 1996) da APA da Costa de
Itacaré Serra Grande, criada pelo Decreto estadual 2.186, de 7 de junho de 1993, abrangendo partes dos
territórios dos Municípios de Itacaré e Uruçuca, com poligonal ampliada pelo Decreto estadual 8.649, de 22
de setembro de 2003, ficam inalteradas na zona rural. As normas criadas pelo Plano de Manejo não incidem
sobre a área abrangida pelo perímetro urbano, sujeita à competência municipal, exceto quanto às Áreas de
Preservação Permanente que estão disciplinadas pela nova Lei Florestal (Lei 12.651/2012).
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CHUVA DE IDÉIAS
Em reunião ocorrida no dia 03/12/2007, na sede da Câmara de Vereadores de Itacaré, foram indicadas as
seguintes questões, encontradas num documento chamado “chuvas de idéias”, cuja solução foi essencial
para a conclusão do zoneamento:
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10. Parque a) não criar Parque, mas manter o que consta no zoneamento da APA (ZPR, ZPV);
Municipal b) criar parque como categoria de Unidade de Conservação de Proteção Integral,
dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC);
c) atual: não criar Parque, mas manter o que consta no zoneamento (ZPP, ZPA e
ZPV);
11. Piracanga a) definir como área de proteção rigorosa com impedimento de qualquer uso
econômico;
b) permitir empreendimentos turísticos de baixa densidade e baixo impacto em
áreas já antropizadas (coqueirais, seringais, pastagens), respeitadas as áreas de
proteção permanente (fragmentos de mata atlântica, restingas e manguezais)
como já definido em lei federal, condicionando ainda à recuperação, revegetação
de áreas degradadas, recomposição de matas ciliares de cursos d´água e
nascentes; apresentação do projeto para apreciação do conselho Gestor da APA
e/ou conselho da Cidade;
c) atual: permitir empreendimentos turísticos de baixa densidade e baixo impacto
em áreas já antropizadas (coqueirais, seringais, pastagens), respeitadas as áreas
de proteção permanente (fragmentos de mata atlântica, restingas e manguezais)
como já definido em lei federal, condicionando ainda à recuperação, revegetação
de áreas degradadas, recomposição de matas ciliares de cursos d´água e
nascentes
12. Rezende a) manter diretrizes do zoneamento da APA.
b) atual: manter diretrizes do zoneamento da APA.
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