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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS CHAPECÓ
VI OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DO OESTE
CATARINENSE
SOLUÇÃO PRIMEIRA LISTA DE TREINAMENTO NÍVEL
III SEGUNDA FASE
1. Pedro, localizado a 8 metros do chão, está observando o prédio vizinho. Sabendo
que a sua distância para o prédio vizinho é de 8 m e entre as duas estruturas
forma-se um triângulo, cujo ângulo ABC é de 105º, determine a altura do prédio
que Pedro está observando. Solução:

No desenho, ao efetuarmos a projeção do ponto B no prédio que Pedro está obser-


vando, dando a ele o nome de D, criamos o triângulo isósceles DBC. O triângulo
isósceles possui dois lados iguais e, portanto, DB = DC = 8cm.
Os ângulos DCB e DBC possuem o mesmo valo, que é 450 . Observando o

triângulo maior, formado pelos vértices ABD encontramos o ângulo de 600 , pois
subtraı́mos o ângulo de ABC pelo ângulo de DBC.
ABD = 1050 − 450 = 600
Sendo assim, o ângulo DAB é de 300 , já que a soma dos ângulos internos devem
ser 1800 .
DAB = 1800 − 900 − 600 = 300 .
Utilizando a função tangente tan x = COCA
, encontramos a medida do lado AD,
que corresponde ao cateto adjacente do triângulo ABD. O cateto oposto possui o
valor de 8m.
8
tan 300 = CA
CO = tan8300
8
CO = 0,577 = 13, 86m

1
A altura do prédio representa a distância entre os vértices A e C, sendo assim:
AC = 13, 86m + 8m
AC = 21, 86m
Portanto, a altura do prédio é de 21,86m.

2. O triângulo isósceles é um tipo de triângulo que possui dois lados iguais e, conse-
quentemente, dois ângulos iguais formados com a base. Observe a figura abaixo
e determine a medida dos lados congruentes deste triângulo. Solução:

Pela Lei dos Senos, em qualquer triângulo ABC, as medidas dos lados são pro-
porcionais aos senos dos ângulos opostos, ou seja:
a
sin A
= sinb B = sinc C
Substituindo pelos valores da figura, podemos calcular o valor de x.
6
sin 1200
= sinx300
√6 x
3
2
= 21
√6 =x
3 √
6= 3·x
x = √63
Para eliminar
√ a √raiz quadrada
√ √ do denominador
√ devemos racionalizá-lo.
6 3 6 3 6 3 6 3
x = √3 · √3 = √3·3 = √9 = 3 = 2 3.

Portanto, os lados congruentes possuem a medida de 2 3.

3. Em uma pesquisa realizada, constatou-se que a população (P) de determinada


bactéria cresce segundo a expressão P (t) = 25 · 2t , em que t representa o tempo
em horas. Para atingir uma população de 400 bactérias, qual será o tempo ne-
cessário?
Solução:
Para uma população de células em crescimento exponencial, se representarmos
graficamente os valores do número de células em função do tempo de crescimento,
obtém-se uma função exponencial. Essa questão envolve a parte de funções ex-
ponenciais, que se caracteriza pela variável x estar presente no expoente de uma
base ”a”, onde ”a” é maior que zero e diferente de um.
Dada a lei:
P (t) = 25 · 2t
O tempo necessário para que a população chegue a 400 bactérias é igual a apro-
ximadamente:
P (t) = 25 · 2( t)

2
400 = 25 · 2( t)
16 = 2( t)
2( t) = 2( 4)
t = 4horas

4. Uma reserva florestal possui 10.000 árvores. Determine em quantos anos a quan-
tidade de árvores estará reduzida à oitava parte, se a função que representa a
quantidade de árvores por ano é y(t) = 10000 · 2−t .
Solução:
Y = 10000.2−t
Ele quer saber quando o Y vai ser a oitava parte: 100008
10000 −t
8
= 10000 · 2
Por propriedades de função exponencial, temos que um número a elevado a um
numero x qualquer negativo, temos que a−x = a1x
Logo, 10000
8
= 10000
2t
Podemos ”cortar”o 10000 em ambos os lados
8 = 2t → 8 = 23 , então 23 = 2t
t=3
Resposta: 3 anos.

5. As pesquisas de um antropólogo revelaram que as populações indı́genas de duas


reservas, A e B, variam de acordo com as funções f (t) = 2t+2 + 75 e g(t) =
2t+1 + 139, em que t é o tempo, em anos, e as expressões f(t) e g(t) representam
o número de indivı́duos dessas reservas, respectivamente. Pergunta-se:

(a) Daqui a quantos anos as duas reservas terão o mesmo número de indivı́duos?
Solução:
f (t) = g(t)
2t+2 + 75 = 2t+1 + 139
2t+2 − 2t+1 = 139 − 75 → 64 = 26

(b) Daqui a 7 anos, qual será o número de indivı́duos da reserva A? Solução:


Reserva A: f (t) = 2t+2 + 75 (t em anos)
Reserva B: g(t) = 2t+1 + 139
t = 7 → f (7) = 27+2 + 75 → 29 + 75 = 587

6. As indicações R1 e R2 na escala Richter, de dois terremotos, estão relacionadas


pela fórmula:
M1
R1 − R2 = log( M 2
)
em que M1 e M2 medem e energia liberada pelos terremotos sob forma de ondas
que se propagam pela crosta terrestre. Houve 2 terremotos, um correspondente a
R1 = 8 e o outro correspondente a R2 = 6. Calcule a razão MM2
1
.
Solução:
Da definição de logaritmos, temos
logaN = b

3
N = ab
No caso em estudo
M1
8 − 6 = log M 2
M1
log M 2 = 2
M1
M2
= 102
M1
M2
= 100 É A RAZÃO.

7. Dois edifı́cios, X e Y, estão um em frente ao outro, num terreno plano. Um ob-


servador, no é do edifı́cio X (ponto P), mede um ângulo α em relação ao topo do
edifı́cio Y (ponto Q). Depois disso, no topo do edifı́cio X, num ponto R, e forma
que RPTS formem um retângulo e QT seja perpendicular a PT, esse observador
a PT, esse observador mede um ângulo β em relação ao ponto Q no edifı́cio Y.
Sabendo que a altura do edifı́cio x é de 10m e que 3 tan α = 4 tan β a altura de

h do edifı́cio Y, em metros é:


Solução:
Vamos chamar a distância entre os prédios(PT) de a.
co
Sendo tan = ca , então:
tan α = a , e tan β = y−10
y
a
Então, usando a relação conhecida entre as tangentes:
3 · tan α = 4 · tan β
3 · ay = 4 · y−10
a
Como ambos os lados estão sendo divididos por a, se multiplicarmos ambos por
a, ele será anulado e teremos:
3 · y = 4 · (y − 10)
3 · y = 4 · y − 40
y = 40

8. Numa reunião de 20 professores, exatamente 6 lecionam Matemática. Qual o

4
número de comissões de 4 professores que podem ser formadas de modo que
exista no máximo um professor de Matemática na comissão?
Solução:
Seguindo a mesma linha de raciocı́nio da pergunta 21, vamos pensar nas situações.
Utilizando o princı́pio fundamental da contagem, pode-se resolver:
- 1 professor de matemática e 3 de outras disciplinas:
6 · C(14,3) = 6 · 364 = 2.184
- Nenhum professor de matemática e 4 de outras disciplinas:
C(14,4) = 1.001
Somando as duas possibilidades de formar as comissões, temos
2.184 + 1.001 = 3.185.

9. Temos um baralho com 10 cartas, numeradas de 1 a 10. Depois de embaralhar,


viramos três cartas lado a lado a mesa e somando os três números que aparecem.

(a) Qual a probabilidade de a soma total ser 6?


Solução:
Primeiramente, temos que calcular quantos arranjos de 3 cartas são possı́veis
formar com 10 cartas no total.
10!
A(3,10) = (10−3)!
A(3,10) = 10!
7!
A(3,10) = 10·8·7!
7!
A(3,10) = 80
Logo, temos 80 arranjos possı́veis no total.
Temos que contar quantos arranjos de 3 cartas podemos formar, cuja soma
seja igual a 6 pontos.
(1,1,4) (2,1,3) (3,1,2) (4,1,1)
(1,2,3) (2,3,1) (3,2,1)
(1,3,2) (2,2,2)
(1,4,1)
Portanto, temos 10 arranjos possı́veis.
e(A)
P (A) = n(A)
P (A) = 10
80
P (A) = 0, 125ou12, 5%
Portanto, há 12, 5% de probabilidade da soma total ser 6 pontos.

(b) Qual a probabilidade de a soma total ser 9?


Solução:
Calculamos quantos arranjos de 3 cartas podemos formar, cuja soma seja 9
pontos.
(1,1,7) (2,1,6) (3,1,5) (4,1,4) (5,1,3) (6,1,2) (7,1,1)
(1,2,6) (2,2,5) (3,2,4) (4,2,3) (5,2,2) (6,2,1)
(1,3,5) (2,3,4) (3,3,3) (4,3,2) (5,3,1)
(1,4,4) (2,4,6) (3,4,2) (4,4,1)
(1,5,3) (2,5,2) (3,5,1)
(1,6,2) (2,6,1)

5
(1,7,1)
Portanto, temos 28 arranjos possı́veis.
e(A)
P (A) = n(A)
P (A) = 28
80
P (A) = 0, 35 ou 35%
Portanto, há 35% de probabilidade da soma total ser 9 pontos.

10. Um jogador de futebol em repouso vê uma bola passar por ele a uma veloci-
dade constante de 5m/s. Ele sai em perseguição da mesma com uma aceleração
constante igual a 1,0 m/s2 .

(a) Em quanto tempo ele alcançará a bola?


Solução:
Quando ele alcançar a bola 5t = 21 · 1, 0 · t2 → t = 10s.

(b) Qual a distância percorrida por jogador e bola, quando o jogador finalmente
alcançar a bola?
Solução:
Em 10s a bola e o jogador percorrem 10s · 5m/s = 50m.

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