Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JÉSSICA PEREIRA
LUCAS STEFANES
LAGES
2023
2
JÉSSICA PEREIRA
LUCAS STEFANES
LAGES
2023
3
JÉSSICA PEREIRA
LUCAS STEFANES
______________________________________________
UNIPLAC
______________________________________________
UNIPLAC
______________________________________________
4
UNIPLAC
Jéssica Pereira
Lucas Stefanes
RESUMO
A pessoa idosa requer atenção daqueles que convivem com a mesma no auxílio em suas
atividades diárias, pois apresenta necessidades biopsicossocioespirituais em graus
diferenciados. No ambiente hospitalar é de extrema importância que o cuidado seja de forma
humanizada para que o paciente idoso se sinta acolhido e confie sua saúde e bem-estar aos
profissionais que estão prestando o cuidado. OBJETIVO: Conhecer a percepção do idoso e
de seu acompanhante sobre o cuidado humanizado no ambiente hospitalar, tendo em vista a
qualidade da assistência em saúde. METODOLOGIA: A presente pesquisa utilizou uma
abordagem qualitativa. O estudo foi desenvolvido em um hospital de grande porte da serra
catarinense, que contém no momento 295 leitos ativos. Participaram do estudo 6 pacientes
idosos internados no referido setor e seus respectivos acompanhantes, também em número de
6, que aceitaram participar voluntariamente. Para a coleta de dados foi realizada entrevista
semiestruturada individual tanto com o idoso quanto com o acompanhante e analisados
através de análise temática. O projeto foi analisado pelo Comitê de ética e pesquisa (CEP) da
Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC, sob protocolo nº CAAE:
71938323.5.0000.5368, e obteve aprovação. RESULTADOS: A presente pesquisa
possibilitou conhecer e comparar a percepção do idoso e de seu acompanhante sobre o
cuidado humanizado no âmbito hospitalar, com foco na qualidade da assistência humanizada
em saúde.
ABSTRACT
Elderly people require attention from those who live with them to help them with their daily
activities, as they have different degrees of biopsychosocial and spiritual needs. In the hospital
environment, it is extremely important that care is provided in a humanized way so that the
elderly patient feels welcomed and trusts their health and well-being to the professionals who
are providing the care. OBJECTIVE: To understand the perception of the elderly and their
companions about humanized care in the hospital environment, with a view to the quality of
6
health care. METHODOLOGY: This research used a qualitative approach. The study was
carried out in a large hospital in the Santa Catarina mountains, which currently has 295 active
beds. The study included 6 elderly patients admitted to the hospital and their respective
companions, also 6 in number, who agreed to take part voluntarily. To collect the data,
individual semi-structured interviews were carried out with both the elderly and their
companions and analyzed using thematic analysis. The project was analyzed by the Ethics and
Research Committee (CEP) of the Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC, under
protocol number CAAE: 71938323.5.0000.5368, and was approved. RESULTS: This study
made it possible to understand and compare the perceptions of the elderly and their
companions about humanized care in hospitals, with a focus on the quality of humanized
healthcare.
INTRODUÇÃO
A pessoa idosa requer atenção daqueles que convivem com a mesma no auxílio em
suas atividades diárias, pois apresenta necessidades biopsicossocioespirituais em graus
diferenciados. A atenção redobrada se faz necessária à medida que suas funções fisiológicas
vão sendo mais afetadas, bem como suas funções cognitivas que podem inclusive dificultar a
autopercepção sobre seus atos e consequências.
O envelhecimento é um processo natural e funcional do corpo humano (Brasil, 2020),
que é também influenciado pelos determinantes sociais que afetam a saúde dos indivíduos,
tornando os idosos mais ou menos vulneráveis aos eventos de vida (Duque, 2019).
Dessa forma, em situações que ocorram uma sobrecarga como doenças, acidentes e estresse
emocional, podem gerar uma condição patológica que requeira assistência (Brasil, 2006a).
A lei Nº 10.741 de 2003, conhecida como Estatuto da Pessoa Idosa define que é
considerada idosa a pessoa que tem idade igual ou superior a 60 anos (Brasil, 2003). Segundo
levantamento realizado pelo IBGE em 2021, há cerca de 31,23 milhões (14,7%). Essa
população vem crescendo consideravelmente, pois, em 2012, no Brasil moravam cerca de
22,34 milhões de idosos, o que representava cerca de 11,3% de toda a população do país
(Rodrigues, 2022).
7
acompanhante do idoso e escutá-lo para ter uma percepção mais abrangente do serviço de
saúde oferecido.
Frente a essa contextualização, o tema de pesquisa surgiu da observação e vivência
acadêmica dos autores, quando em contato com a realidade dos serviços de saúde ficou
evidente que a assistência exige que os profissionais estabeleçam uma comunicação de
qualidade com os pacientes e seus acompanhantes, desenvolvam empatia e exercitem a
virtude da paciência na sua prática diária, principalmente com o paciente idoso.
Mesmo frente a implementação da PNH, há registros de falhas na humanização da
assistência nos vários níveis de atenção à saúde, dentre elas a falta de ética profissional, o
tempo prolongado de espera, equipamentos e instalações sucateados, falta de acolhimento e
aglomeração de usuários (Noleto et al., 2019).
Dessa forma, esse estudo contribuiu para o melhor entendimento de como a pessoa
idosa e seu acompanhante percebem o cuidado e a partir desse conhecimento, propor
melhorias no sentido de acolhê-los da melhor maneira para promover a humanização no
ambiente hospitalar.
Assim, essa pesquisa teve como objetivos conhecer a percepção do idoso e de seu
acompanhante sobre o cuidado humanizado no ambiente hospitalar frente as premissas de
humanização, de acordo com a PNH.
Acolhimento: envolve postura empática que garanta conforto, dando maior atenção,
construção de relações de confiança, compromisso e vínculo com o idoso e sua rede
socioafetiva, promovendo qualidade no atendimento (Brasil, 2020).
Direito dos usuários: “Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser
informado sobre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria
com sua rede social” (Brasil, 2013, p. 12).
Para Dutra et al (2022), a comunicação efetiva requer que o profissional considere que
clareza e respeito são tão importantes quanto a realização de procedimentos técnicos. Além
disso, acolher o idoso e sua família promove bem-estar físico e mental, o que beneficia todos
os envolvidos no processo - paciente, acompanhante/equipe.
Ambiência: Para a PNH, a humanização se constrói em ambiente favorável que
implica na oferta de espaços saudáveis, acolhedores, que respeitem a privacidade e propiciem
o encontro entre as pessoas, no caso entre paciente e seu acompanhante (Brasil, 2013).
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva que respeitou os preceitos éticos da
resolução CNS Nº 510, de 07 de abril de 2016, que determina procedimentos éticos
específicos para investigações com seres humanos, e foi aprovada pelo Comitê de ética em
pesquisa (CEP) da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC, sob protocolo nº
CAAE: 71938323.5.0000.5368. Foi realizada em um setor de clínica médica de um hospital
de grande porte da serra catarinense junto a 6 idosos internados e seus acompanhantes em
igual número, que respeitaram os critérios de inclusão.
A estratégia proposta para coleta de dados foi a entrevista semiestruturada que ocorreu
no segundo semestre de 2023. As entrevistas com os idosos e respectivos acompanhantes
ocorreram separadamente, para que não houvesse influência mútua dos participantes nas
respostas. As falas dos entrevistados foram gravadas em gravador digital após consentimento
dos mesmos, foram transcritas na íntegra, e, identificadas por meio de códigos sendo “I” para
idoso e “A” para acompanhante, seguidos de numeração progressiva.
Após transcrição, os dados foram submetidos à análise temática, segundo as
respectivas etapas: Fase 1: Familiarização com os dados; Fase 2: Geração dos códigos
iniciais; Fase 3: Busca por temas; Fase 4: Revisão dos temas; Fase 5: Definição e
denominação dos temas; Fase 6: Produção do relatório (Rosa; Mackedanz, 2021). Assim,
seguindo essas etapas foi realizada a leitura das entrevistas transcritas e agrupadas as
10
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Integraram este estudo 12 participantes, sendo 6 idosos e 6 acompanhantes. Os idosos
possuíam idade entre 64 e 77 anos, metade do sexo feminino e metade do sexo masculino,
internados há pelo menos 03 dias na clínica médica, acometidos por doenças crônicas com
diagnósticos de insuficiência cardíaca, pneumonia, embolia pulmonar, edema pulmonar,
dispneia e inflamação do membro inferior direito. Em relação aos acompanhantes, o grau de
parentesco deles era esposo(a), neta e filho(a).
A análise temática dos dados possibilitou uma descrição detalhada sobre o tema, a
partir das três categorias: Acolhimento para humanização da assistência: nesta categoria
discute-se que o acolhimento deve garantir ao usuário um atendimento humanizado e
resolutivo. Ambiência para humanização da assistência: nesta categoria discute-se acerca
da estrutura física e os recursos disponíveis para o atendimento humanizado. Preservação dos
direitos dos usuários como significados de humanização da assistência: nesta categoria
discute-se que o os serviços devem assegurar que o cidadão seja incentivado a ter
conhecimento quanto a sua saúde.
[...] chegam com nariz torcido e me sinto ruim, parece que não
querem colocar a mão na gente, às vezes nem é, mas é assim que me
sinto. Isso é mais da enfermagem e médico. I1
[...] depende das pessoas, tem umas pessoas que não tem um
atendimento tão legal, meio grosso. São educados, mas depende das
pessoas, como comentário dá para dizer que pode melhorar a forma
de falar, ser mais empáticos, pois nem todos são. A1
[...] tem respeito, mas também muita pressa em atender, em querer ir
embora e deixa a desejar bastante. A2
A instituição hospitalar onde a pesquisa foi realizada possui um leito individual para
cada paciente, onde a equipe de enfermagem tem como rotina diária a arrumação da cama dos
pacientes. Assim, o profissional deve deixar o lençol estendido completamente na cama para
evitar dobras, pois ocasionam lesão por pressão, especialmente em pacientes idosos por
possuírem maior predisposição a adquiri-la, além de proteger as áreas de proeminências
ósseas, estimulando os movimentos dos membros (Andrade; Machado; Araújo; 2022).
Já em relação a poltrona, que fica disponível para o acompanhante, quatro dos seis
entrevistados referem que a mesma é desconfortável:
A poltrona para dormir é ruim. A1
Poltrona é complicada, porque não tem para todos os
acompanhantes, então tem gente sentado em cadeira. A2
Dois entrevistados relataram que as poltronas são viáveis para a finalidade a que se
destinam:
Dá para passar o tempo na poltrona. A3
A poltrona é boa para dormir. A6
A pessoa idosa possui maior propensão a risco de quedas, seja do leito, no banheiro ou
em qualquer outro local da instituição, por ser mais frágil e apresentar maior número de
comorbidades. Dessa forma, o âmbito hospitalar onde está inserido precisa conter
características para que a mesma se adapte ao seu espaço, possuindo uma boa iluminação,
grades elevadas do leito e cama baixa, fazendo com que o risco de queda seja reduzido para a
sua segurança (Santos et al., 2017).
Quanto à alimentação que é oferecida para os usuários de saúde da instituição, a
maioria dos idosos e seus acompanhantes relataram gostar, ressaltando a temperatura
adequada e o paladar.
A comida vem quente, gostosa, o café também. I3
A comida é boa, vem quentinha. A6
A comida é boa, vem quente, na hora. I6
Para Nightingale (apud Santos, 2017, p.52), quanto aos ruídos no âmbito hospitalar:
[…] A equipe de enfermagem deve se preocupar com os ruídos que podem trazer
algum incômodo ao paciente, sendo estes considerados por Nightingale como
“ruídos desnecessários, pois poderiam promover no indivíduo incerteza, aumento de
expectativa sobre o seu estado de saúde, interferindo no seu sono e no
restabelecimento de sua saúde.
Desse modo, foi possível perceber com as falas dos participantes que o ambiente
hospitalar é um determinante essencial em relação a humanização dos cuidados realizados
naquele local, porque colabora para a qualidade do serviço prestado e faz com que os usuários
se sintam vistos e confortáveis em um momento que pode ser estressante, corroborando com
Oliveira et al. (2022, p. 2) quando afirmam que “a arquitetura associada ao acolhimento e a
ambiência são dispositivos estratégicos de indução da humanização hospitalar.”
Segundo o conselho estadual dos direitos do idoso (Brasil, 2015), outro direito que a
pessoa idosa possui é ter acesso rápido aos serviços, sendo que dentro de uma visão de
atenção que preserva a equidade, essa parcela da população deve ser atendida com prioridade,
observando suas queixas. Esse direito pode ser constado nas seguintes falas:
Agora internam a gente mais rápido, não demora tanto para ser
internada. I5
A gente não passa dor porque não deixam, qualquer coisa que a gente
reclama eles dão um jeito, tanto que eles vêm três, quatro, cinco vezes
perguntar se tá com dor, tá sentindo isso, sentindo aquilo, porque a
senhora tá aqui não é pra passar dor, é pra ser tratada. Já que tá no
hospital não vai passar dor. No início passei bastante dor, mas com o
tempo foram me dando medicação, hoje não tenho dor, estou só
esperando a adaptação para ir pra casa. I1
Fomos bem recebidos. A6
A forma respeitosa como são tratados os pacientes têm grande importância para esses
e reflete na evolução de seu quadro clínico, “incluindo diálogo e afeto, tanto quanto
habilidades técnicas em geral” (Lopes; Brito, 2009 apud Bernardes, 2020, p.14).
Isso pode ser constatado nas falas de alguns participantes.
Tratam com respeito os pacientes. A5
Tudo o que precisamos eles têm para ajudar. [...] Só temos elogios a
fazer, sempre somos bem atendidos, e nos tratam com respeito. A6
Meu médico vem uma vez por dia, o atendimento dele é bom, está
sendo demorado, me pergunta se está tudo bem. I4
Analisando a fala acima, foi possível observar uma abordagem inadequada do médico
durante a visita no leito do paciente, demostrando pressa ao realizar o atendimento, fazendo
com que o acompanhante do paciente idoso se sentisse deixado de lado, como se o paciente
que acompanhava fosse apenas mais um número, e não um ser humano com necessidades e
que deve ser acolhido com respeito. O processo de hospitalização já resulta em mudanças no
bem-estar do paciente, como: ambiente, rotina, pessoas a sua volta, novas comunicações e
ainda o estado de adoecimento em conjunto formam um momento crítico para o ser humano
18
por conta de modificações físicas e psíquicas o que de maneira geral já lhe desperta
sentimentos de medo, angústias, ansiedades e receios. Dessa forma, uma assistência
humanizada deve ser tratada como prioridade para trazer o paciente a um ambiente acolhedor
e com pessoas que se importam não só com sua doença, mas com sua pessoa e seu dia a dia
(Takahagui et al., 2014 apud Cavalcante et al., 2017).
A humanização só começa a ser válida, a partir do momento que o profissional sabe
respeitar o paciente, quando é generoso, simpático e tem consideração por todos os indivíduos
e suas particularidades, tratando como único, dialogando de forma simples para que a pessoa
idosa compreenda (Mondadori et al., 2016).
Em relação ao direito à informação, o paciente idoso também tem o direito de saber
sobre seu quadro de saúde e optar pela recusa do tratamento, se for o caso. Assim, os
profissionais de saúde devem informar o idoso e seu acompanhante sobre os procedimentos e
cuidados que realizarão e quais medicações administrarão. Logo, a equipe de saúde deve ter
uma comunicação aberta com o paciente e seu acompanhante, fazendo com que haja
confiança entre ambos e que o paciente crie uma maior autonomia (Braga et al., 2016).
Quanto a esse direito, houve relatos positivos, como apontam as respostas:
Agora eles me informam o que tenho, o doutor me explica e o que eu
não sei pergunto. I1
Quando cheguei explicaram o que eu tinha. I2
O remédio é sempre feito na hora certa. Vem atender com calma,
sempre explicando, perguntando se aceito os remédios que vão me
dar. Quando vão dar a medicação explicam qual é e para o que serve.
I6
Explicam as medicações quando vão dar, qual é, para que vão dar.
A6
CONSIDERAÇÕES
A presente pesquisa possibilitou conhecer, pela visão dos pacientes e de seus
acompanhantes, como se dá a humanização da assistência hospitalar. Ao analisar as
categorias, evidenciou-se que os idosos, em sua maioria, no que diz respeito à ambiência, se
sentem confortáveis com o que lhes é ofertado, porém, seus acompanhantes elencaram
fragilidades em relação ao ambiente onde são acomodados.
Além disso, nem sempre os direitos dos usuários são explanados pelos profissionais e
o paciente não busca informações para participar ativamente do seu processo de tomada de
decisão, como na administração de medicamentos, por exemplo.
Havendo o acolhimento, os idosos e seus acompanhantes podem construir uma relação
de confiança com a equipe de saúde e se sentirem aceitos como pessoas que necessitam de
atenção individualizada, o que requer dos profissionais uma postura empática. Foi possível
perceber nessa pesquisa, como a comunicação promove ou não o acolhimento, exigindo
20
coerência entre palavras, gestos e expressões faciais por parte dos profissionais de saúde e
estudantes em formação.
Estes, devem considerar a boa comunicação essencial, para que o cuidado humanizado
se efetive, em especial com a pessoa idosa que é mais carente e pode apresentar muitas
fragilidades, além da doença, incluindo as relacionadas à cognição. Assim, as premissas da
PNH se fazem imprescindíveis para uma assistência humanizada em saúde, que deve ser
enfatizada já desde o início da formação.
Quanto as limitações da pesquisa, destaca-se a possível presença de ruídos de
comunicação entre pesquisadores e pesquisados, devido ao receio de
pacientes/acompanhantes ao elaborar suas respostas, além da falta de informações que
possuíam; provavelmente devido à falta de interesse dos mesmos ou à escassez de
informações concedidas a ambos pela equipe de saúde do setor. Mais estudos com essa
população são necessários, no sentido de esclarecer suas expectativas frente a humanização no
âmbito hospitalar.
21
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto da pessoa idosa. Lei n.10.741 de outubro de 2003.
2022. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.ht. Acesso em 01 mai.
2023.