Você está na página 1de 85

Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01

Análise e diagnóstico da situação


atual e futura do sistema de
macrodrenagem e microdrenagem,
considerando a implantação da Fase
01 do Monotrilho do Subúrbio de
Salvador.
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA.
VERSÃO 2.0 – JANEIRO/2021

Revisão 0
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 11/2020
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 2/85

Análise e diagnóstico da situação atual e futura do sistema de macrodrenagem e


microdrenagem, considerando a implantação da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio de
Salvador.

Rajendra Consultoria Ltda.

Coordenação: Eng.° Fernando Genz


Colaboração: Eng.° Franz Rangel da Silva

Versão 2.0 – Janeiro de 2021

Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
2. ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS ............................................................................... 8
Série histórica de chuvas máximas ....................................................................................... 8
Análise de independência da série histórica de chuvas máximas ...................................... 8
Análise de estacionariedade da série histórica de chuvas máximas.................................. 9
Análise local de frequência das chuvas máximas.............................................................. 10
Relação altura-duração-frequência ..................................................................................... 11
Relação entre as chuvas máximas de 1 dia e de 24 horas ..................................................... 11
Relações entre chuvas de diferentes durações....................................................................... 11
3. HISTÓRICO DE ALAGAMENTOS NA ÁREA DO PERCURSO DO MONOTRILHO DO
SUBÚRBIO FERROVIÁRIO ................................................................................................... 13
Informações da literatura ..................................................................................................... 13
Notícias de alagamentos em jornais digitais ...................................................................... 16
Inspeção em campo.............................................................................................................. 17
4. EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO NO ESCOAMENTO
SUPERFICIAL ........................................................................................................................ 34
Delimitação das bacias de drenagem às paradas do Monotrilho...................................... 34
Declividade e tempo de concentração ................................................................................ 35
Cenário de Ocupação 1 – Uso atual .................................................................................... 37
Tipo de solo hidrológico .......................................................................................................... 37
Área impermeável ................................................................................................................... 38
Cenário de Ocupação 2 – Com o empreendimento ............................................................ 40
Cenário de Ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro ...................................... 40
Simulação hidrológica dos Cenários .................................................................................. 41
Modelo hidrológico .................................................................................................................. 41
Tempo de Retorno .................................................................................................................. 41
Duraçao da chuva de projeto .................................................................................................. 41
Magnitude da chuva de projeto ............................................................................................... 41
Distribuição temporal da chuva de projeto .............................................................................. 41
Definição da precipitação efetiva ............................................................................................ 41
Valor do CN ............................................................................................................................ 42
Vazões máximas ................................................................................................................... 43
Cenário de ocupação 1 – uso atual......................................................................................... 43
Cenário de ocupação 2 – Com o empreendimento ................................................................. 44
Cenário de ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro ............................................. 45

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 3/85

5. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES COSTEIRAS ........................................ 47


Registros maregráficos ........................................................................................................ 47
Processamento dos registros maregráficos....................................................................... 48
Análise harmônica das marés ................................................................................................. 48
Preenchimento e consistência dos registros maregráficos ...................................................... 49
Séries históricas de alturas da superfície do mar .............................................................. 49
Análise de independência da série histórica de marés máximas ..................................... 49
Análise de estacionariedade da série histórica de marés máximas ................................. 49
Análise local de frequência das marés máximas ............................................................... 49
Projeção das altitudes da superfície do mar ...................................................................... 51
Risco de inundação costeira das estações de parada ....................................................... 53
6. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES PLUVIAIS ............................................. 56
Modelagem Hidrológico-Hidráulica das Inundações Pluviais ........................................... 56
Risco de Inundações Pluviais nas Estações de Parada .................................................... 58
7. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES COMBINADAS ..................................... 60
Modelagem Hidrológico-Hidráulica das Inundações Combinadas ................................... 60
Risco de Inundações Combinadas nas Estações de Parada ............................................ 62
8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 63
9. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 66
10. APÊNDICE .................................................................................................................. 69
Apêndice 1 - Amostra de chuvas diárias máximas ............................................................ 69
Apêndice 2 - Análise de independência da série histórica de chuvas máximas .............. 72
Apêndice 3 - Análise de estacionariedade da série histórica de chuvas máximas.......... 75
Apêndice 4 - Análise local de frequência das chuvas máximas........................................ 78
Apêndice 5 - Séries históricas de alturas da superfície do mar ........................................ 82
Apêndice 6 - Análise de independência da série histórica de marés máximas ............... 83
Apêndice 7 - Análise de estacionariedade da série histórica de marés máximas ........... 84
Apêndice 8 - Análise local de frequência das marés máximas ......................................... 85

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 4/85

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Traçado do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário. ........................................................ 6


Figura 2. Bacias hidrográficas do munícipio de Salvador e trajeto do Monotrilho. ..................... 7
Figura 3. Aderência da distribuição teórica à amostra de chuvas diárias máximas. ................ 10
Figura 4. Comércio – Indicação da cota de inundação – Concessionária Guebor................... 17
Figura 5. Porto – Indicação da cota de inundação – Loja de veículos San Diego. .................. 18
Figura 6. Calçada – Barraca de lanches na praça em frente à estação da CTB. .................... 19
Figura 7. No entorno do Pátio de Manutenção da Calçada – Rio Nilo Peçanha. ..................... 20
Figura 8. No entorno do Pátio de Manutenção da Calçada – Rio Nilo Peçanha. ..................... 20
Figura 9. Baixa do Fiscal - Casa de D. Ana, em frente ao canal da lateral da estação da
Embasa/Subestação Coelba, do outro lado do trilho, na tampa de concreto do esgoto. .. 21
Figura 10. Entre a Parada Baixa do Fiscal e Parada Santa Luzia, em frente a uma quadra de
futebol com grade azul - casa de D. Maria Cristina. ......................................................... 22
Figura 11. Santa Luzia – Soleira da casa 3111. ...................................................................... 23
Figura 12. Parada Santa Luzia – caixa de registro da EMBASA da casa de esquina em frente.
........................................................................................................................................ 23
Figura 13. Parada Viaduto Suburbana - cota de soleira na porta da casa do Sr. Antônio. ...... 24
Figura 14. Parada Praia Grande - cota na boca de lobo na casa do Sr. Washington. ............. 25
Figura 15. Periperi – direção Paripe – Calçada, próximo a rotatória da Av. Afrânio. ............... 26
Figura 16. Baixa do Fiscal – canaletas parcialmente obstruídas pela vegetação. ................... 29
Figura 17. Baixa do Fiscal – canal parcialmente obstruídas pela vegetação. .......................... 29
Figura 18. Viaduto Suburbana – canaletas obstruídas pela vegetação. .................................. 30
Figura 19. Periperi – estrutura do dispositivo de drenagem danificada e obstruída pela
vegetação. ....................................................................................................................... 30
Figura 20. Paripe – canal parcialmente obstruído por tubulações. .......................................... 31
Figura 21. Viaduto Suburbana – estrutura precária de drenagem sob os trilhos e pontilhão sobre
a canaleta improvisado. ................................................................................................... 31
Figura 22. Viaduto dos Motoristas........................................................................................... 32
Figura 23. Viaduto da Av. Suburbana. .................................................................................... 32
Figura 24. Viaduto da BA-528 – lixo e vegetação embaixo do viaduto. ................................... 33
Figura 25. Viaduto da BA-528 – queda de água na lateral. ..................................................... 33
Figura 26. Bacias de drenagem as Paradas – Trecho 1. ........................................................ 34
Figura 27. Bacias de drenagem as Paradas – Trecho 2. ........................................................ 35
Figura 28. Curva densidade populacional versus AI ajustada para os bairros Jabotiana, São
Conrado, Inácio Barbosa, Luzia, Ponto Novo e Grageru - Aracaju/SE. ............................ 38
Figura 29. Aderência da distribuição teórica à amostra de marés máximas. ........................... 50
Figura 30. Projeção da subida do nível do mar na zona costeira de Salvador. ....................... 51
Figura 31. Bordo livre em relação à inundação costeira.......................................................... 63

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Estações pluviométricas/climatológicas. ................................................................... 8


Tabela 2. Probabilidade de excedência das chuvas diárias máximas anuais. ......................... 11
Tabela 3. Relação altura-duração-frequência para as chuvas máximas. ................................ 12
Tabela 4. Características físicas das bacias hidrográficas. ..................................................... 36
Tabela 5. Densidade populacional, área impermeável e efetiva nas sub-bacias. .................... 39
Tabela 6. Zoneamento e permeabilidade mínima pelos PDDUs e impermeabilização máxima.
........................................................................................................................................ 40
Tabela 7. CN para área impermeável e permeável nas sub-bacias. ....................................... 42
Tabela 8. Vazões máximas – Uso atual. ................................................................................. 43
Tabela 9. Alteração na ocupação do solo devido a implantação do empreendimento. ........... 44

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 5/85

Tabela 10. Situacao atual da AI e possibilidade de expansão da ocupação nas sub-bacias. .. 45


Tabela 11. Estação maregráfica. ............................................................................................ 47
Tabela 12. Componentes harmônicas. ................................................................................... 48
Tabela 13. Probabilidade de excedência das marés máximas. ............................................... 50
Tabela 14. Altitudes das marés máximas para os anos de 2019 e de 2100. ........................... 52
Tabela 15. Avaliação do risco de inundações costeiras. ......................................................... 53
Tabela 16. Parâmetros adotados na modelagem hidrológica das subáreas permeável e
impermeável. ................................................................................................................... 57
Tabela 17. Parâmetros adotados na modelagem do processo de infiltração das águas pluviais.
........................................................................................................................................ 58
Tabela 18. Avaliação do risco de inundações pluviais no Cenário 01. .................................... 58
Tabela 19. Avaliação do risco de inundações pluviais no Cenário 02. .................................... 59
Tabela 20. Avaliação do risco de inundações combinadas. .................................................... 62
Tabela 21. Resumo das cotas obtidas nas avaliações das inundações pluviais e combinadas.
........................................................................................................................................ 64

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 6/85

1. INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho foi realizar a análise e diagnóstico da situação atual e futura do sistema
de macrodrenagem e microdrenagem, considerando a implantação do Monotrilho do Subúrbio
Ferroviário – Fase 01.

O veículo leve sobre trilhos (VLT) do tipo Monotrilho será implantado nas cidades de Salvador
e Simões Filho totalizando o percurso de 23,28km, constituído de duas fases. A Fase 01
corresponde ao trecho entre Comércio e Ilha São João, com 21 estações e um percurso de
19,2km, passando pelos bairros do Comércio, Calçada, Santa Luzia, Lobato, Plataforma,
Itacaranha, Alto da Teresinha, Periperi, Coutos e Paripe em Salvador, entrando no município
de Simões Filho até a parada final chamada de Ilha de São João (Figura 1). O projeto se
desenvolve praticamente sobre o mesmo trajeto da linha de trem existente.

Figura 1. Traçado do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário.

Fonte: elaborado pelo autor.

Conforme a publicação Monorail Society (2010), o monotrilho é definido como um tipo de VLT
que, ao invés de circular em um par de trilhos como as ferrovias tradicionais, circula em um
único trilho que pode ser metálico ou em concreto armado, sendo movido a energia elétrica.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 7/85

Um aspecto importante, do ponto de vista da análise de drenagem, consiste do Monotrilho do


Subúrbio ser quase que exclusivamente elevado, apenas passando próxima a superfície do
solo ao cruzar embaixo dos viadutos dos Motoristas, da Avenida Suburbana e da BA-528. Nessa
concepção, o empreendimento não tem previsão de intervenção no sistema de drenagem
existente.

Em relação ao recursos hídricos municipais, o trabalho intitulado “O Caminho das Águas em


Salvador” (Santos et al, 2010) estabeleceu a delimitação de bacias hidrográficas do munícipio
de Salvador, das quais são percorridas pelo Monotrilho as seguintes:
 Bacia de Drenagem Natural do Comércio;
 Bacia de Drenagem Natural de Itapagipe;
 Bacia de Drenagem Natural de Plataforma;
 Bacia do Rio Paraguari;
 Bacia de Drenagem Natural de São Tomé de Paripe.

Os limites das bacias hidrográficas do munícipio de Salvador e o trajeto do Monotrilho são


apresentados na Figura 2.

Figura 2. Bacias hidrográficas do munícipio de Salvador e trajeto do Monotrilho.

Fonte: Adaptado de PMS (2019).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 8/85

2. ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS


O Estudo de Chuvas Intensas compreendeu a aplicação de métodos estatísticos e hidrológicos
sobre amostras pluviométricas registradas na região onde será implantada a Fase 01 do
Monotrilho do Subúrbio de Salvador. Esse estudo resultou em prognósticos na forma de
relações do tipo altura-duração-frequência que possibilitam deduzir a probabilidade de
determinado evento de chuva (altura e duração) ser igualado ou excedido em um ano qualquer.

Série histórica de chuvas máximas


Para a caracterização do regime de chuvas intensas da área de estudo foram utilizadas como
referências, as séries históricas de precipitações diárias máximas mensais registradas nas
estações pluviométricas/climatológicas relacionadas na Tabela 1. Os dados pluviométricos
foram selecionados mediante consulta à base de dados do Sistema de Informações
Hidrológicas da Agência Nacional de Águas (ANA, 2020), sendo utilizados como critérios de
seleção, (i) a proximidade do posto de observação em relação à área de implantação da Fase
01 do Monotrilho do Subúrbio de Salvador e (ii) a extensão/qualidade da série disponível.

Tabela 1. Estações pluviométricas/climatológicas.


Codigo Nome Municipio Operadora Latitude Longitude Período

1338003 Salvador Salvador SUDENE -13,0167 -38,5167 01/1911 - 12/1985

Salvador -
1338005 Salvador DNOCS -13,0167 -38,4833 01/1943 - 12/1964
Ondina
Salvador -
1338007 Salvador INMET -13,0167 -38,8833 01/1904 - Atual
Ondina
Fonte: baseado em dados do SNIRH (ANA, 2020).

A partir dos registros disponíveis na estação do INMET - 01338007 foi montada a série de
chuvas diárias máximas mensais característica da área de estudo, na qual consta, para cada
mês, a maior altura pluviométrica (acumulado de 1 dia) dentre aquelas observadas nas estações
de referência. Essa série serviu de base para a seleção da amostra de chuvas diárias máximas
anuais, utilizada para fins de prognóstico das chuvas intensas.

O Apêndice 1 - Amostra de chuvas diárias máximas apresenta a série de chuvas diárias


máximas mensais característica da área de estudo, bem como a amostra de chuvas diárias
máximas anuais correspondente.

É importante destacar que as máximas observadas nos anos com falhas foram incluídas na
amostra de máximas anuais, em razão desses eventos apresentarem altura igual ou superior
ao menor valor observado nos anos sem falhas. Dessa forma, não se descartam eventos de
chuvas intensas que poderiam representar a condição mais severa observada em períodos
anteriores.

Análise de independência da série histórica de chuvas máximas

A aplicação da série histórica selecionada na análise de probabilidades de chuvas exige que os


valores da amostra sejam independentes (TUCCI, 1993). Os eventos de uma série temporal
são considerados independentes caso a ocorrência de determinado valor não interfira na
probabilidade de ocorrência dos demais.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 9/85

A independência significa que não há correlação entre um evento de precipitação máxima anual
e o evento seguinte que o sucedeu, ou mesmo os demais. Para a avaliação da independência
da série, ou seja, da correlação dos valores que compõem a série de precipitações máximas
anuais selecionada, foi aplicado o Teste de Autocorrelação (KUNDZEWICZ e ROBSON, 2000).

A Hipótese Nula para o teste é que não há correlação entre os valores da série analisada.
Considerando que, para amostras de grande extensão, a estatística de teste apresenta
distribuição de probabilidades do tipo normal com média nula e desvio padrão unitário, a
Hipótese Nula pode ser rejeitada caso a quantidade z assuma valores superiores a 1,96 (teste
bilateral com nível de significância de 5%).

O resultado da análise de independência da amostra de chuvas diárias máximas indica que não
há evidências estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de
precipitações analisada não são independentes. Para detalhes ver Apêndice 2 - Análise de
independência da série histórica de chuvas máximas.

Análise de estacionariedade da série histórica de chuvas máximas

Outro pressuposto para a realização do estudo de probabilidades, é que os valores da amostra


utilizada são provenientes de um processo estacionário. Uma série temporal é considerada
estacionária, caso não sejam identificadas evidências de modificação nas suas características
estatísticas ao longo do tempo (TUCCI, op cit).

Para avaliar a estacionariedade da série selecionada foi adotado o teste estatístico denominado
Spearman's Rho (KUNDZEWICZ e ROBSON, op cit). Este é um teste baseado em
classificações, pelo qual é verificado se a correlação entre duas variáveis é significativa. Para
efeito de análise de tendência,uma variável é o tempo (ano) e a outra é a série de dados
correspondente ao tempo (chuva máxima). Para efeito de realização do teste, as variáveis são
padronizadas considerando a classificação decrescente dos elementos que compõem as
amostras.

A estatística de teste é o coeficiente de correlação, o qual é obtido da mesma maneira que o


coeficiente de correlação amostral usual, exceto pelo uso de valores baseados na classificação
segundo a ordem cronológica (variável tempo) e a magnitude dos eventos registrados (variável
precipitação).

A Hipótese Nula para o teste é que não há tendenciosidade na série de chuvas máximas
analisada. A validade da hipótese é avaliada com base na quantidade Z=ρs×√(n-1), a qual, para
amostras de grande extensão, assume uma distribuição de probabilidades normal com média
nula e desvio padrão unitário. Dessa forma, para que a Hipótese Nula seja rejeitada, a
quantidade Z deve assumir valores superiores a 1,96 (teste bilateral com nível de significância
de 5%).

O resultado da aplicação do Teste Spearmans Rho indica que não há evidências estatísticas,
para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações analisada não
são provenientes de um processo estacionário. Para detalhes ver Apêndice 3 - Análise de
estacionariedade da série histórica de chuvas máximas.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 10/85

Análise local de frequência das chuvas máximas

A análise de frequência tem o objetivo de identificar a probabilidade de ocorrência de eventos


extremos por meio de uma distribuição teórica de probabilidades, a qual, a priori, deve ser
ajustada aos valores da série histórica de precipitações máximas anuais. A distribuição de
probabilidades é um modelo estatístico que atribui probabilidades a valores de determinada
variável que são possíveis de ocorrer.

As probabilidades de excedência das chuvas diárias máximas foram inferidas mediante a


função de quantis da distribuição de Gumbel para máximos, com parâmetros de posição (β) e
de escala (α) estimados pelo método dos momentos, conforme relações apresentadas por
Naghettini e Pinto (2007). A aderência do modelo de distribuição de probabilidades ajustado foi
avaliada por meio do Teste de Kolmogorov-Smirnov (PINTO et al, 1976).

O Apêndice 4 - Análise local de frequência das chuvas máximas apresenta os parâmetros


obtidos com o ajuste da distribuição teórica pelo Método dos Momentos e o resultado do teste
de aderência Kolmogorov-Smirnov para o nível de significância de 5%. A Figura 3 apresenta a
representação gráfica do ajuste da distribuição teórica aos valores estimados com base na
distribuição empírica.

Figura 3. Aderência da distribuição teórica à amostra de chuvas diárias máximas.


1,00

0,90

0,80
PROBABILIDADE DE EXCEDÊNCIA

0,70

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00
CHUVA MÁXIMA (MM)

Distribuição Empírica (Gringorten) Distribuição Teórica (Gumbel)

Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 11/85

Os valores das chuvas diárias máximas correspondentes a diferentes tempos de recorrência –


calculados com base na distribuição teórica de probabilidades ajustada – são apresentados na
Tabela 2.

Tabela 2. Probabilidade de excedência das chuvas diárias máximas anuais.


Tempo de Retorno Probabilidade de Excedência Chuva Máxima
(Ano) Anual (mm)

2 50% 110,3

10 10% 172,2

25 4% 203,3

50 2% 226,4

100 1% 249,3
Fonte: elaborado pelo autor.

Relação altura-duração-frequência
Relação entre as chuvas máximas de 1 dia e de 24 horas

Trata-se do coeficiente empregado na dedução da chuva máxima de 24 horas (P24h) –


correspondente a registros pluviográficos – a partir da chuva máxima de 1 dia (P01d) –
correspondente a registros pluviométricos – e mesmo tempo de retorno. Para fins de avaliação
do regime de chuvas intensas da área de estudo, foi adotado o fator P24h/P01d igual 1,143
(WEISS, 1964), valor baseado em solução teórica, mas que se mostra ajustado aos valores
empíricos recomendados pela CETESB (1986) e pelo U.S. Weather Bureau (apud TUCCI,
1993), que são de 1,14 e 1,13, respectivamente.

Relações entre chuvas de diferentes durações


Conhecidos os valores das chuvas máximas com duração de 24 horas, os eventos de menor
duração e mesmo tempo de retorno foram deduzidos mediante coeficientes de desagregação
estimados com base na relação proposta por Silveira (2000), ajustada aos dados de altura-
duração-frequência da cidade de Salvador, publicados pela CETESB (op cit) e que têm como
base, estudos realizados na década de 50. A relação adotada para desagregação das chuvas
de 24 horas é apresentada a seguir:

, ,

Sendo, “C(d)” o coeficiente de conversão da chuva de 24 horas para a chuva com duração “d”
(minutos).

Os coeficientes de desagregação calculados a partir da relação anterior, foram utilizados para


calcular as alturas pluviométricas correspondentes a diferentes durações com base nas chuvas
máximas de 1 dia, resultantes da análise de frequência de eventos extremos. A

Tabela 3 apresenta os resultados do Estudo de Chuvas Intensas.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 12/85

Tabela 3. Relação altura-duração-frequência para as chuvas máximas.


Altura (mm)
Duração C(d)
2 anos 10 anos 25 anos 50 anos 100 anos

5 min 0,064 8,1 12,6 14,9 16,6 18,2

10 min 0,123 15,5 24,2 28,6 31,8 35,0

15 min 0,165 20,8 32,5 38,3 42,7 47,0

20 min 0,198 25,0 39,0 46,0 51,2 56,4

25 min 0,226 28,5 44,5 52,5 58,5 64,4

30 min 0,250 31,5 49,2 58,1 64,7 71,2

1h 0,351 44,3 69,1 81,6 90,8 100,0

2h 0,466 58,7 91,7 108,3 120,6 132,8

3h 0,541 68,2 106,5 125,7 140,0 154,2

4h 0,597 75,3 117,5 138,7 154,5 170,1

6h 0,680 85,7 133,8 158,0 176,0 193,8

8h 0,742 93,5 146,0 172,4 192,0 211,4

10 h 0,791 99,7 155,7 183,8 204,7 225,4

12 h 0,833 105,0 164,0 193,6 215,6 237,4

14 h 0,869 109,6 171,0 201,9 224,9 247,6

24 h 1,143 126,1 196,8 232,4 258,8 284,9

1 dia - 110,3 172,2 203,3 226,4 249,3


Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 13/85

3. HISTÓRICO DE ALAGAMENTOS NA ÁREA DO PERCURSO


DO MONOTRILHO DO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO

O histórico de alagamentos na área do percurso do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário foi


construído a partir de informações da literatura, de notícias em jornais em mídia digital e da
inspeção em campo. Vamos iniciar com as informações da literatura.
Informações da literatura
Santos et al (2010) destacaram a situação de drenagem nas bacias hidrográficas municipais do
percurso:
Bacia de Drenagem Natural do Comércio
Localizada na porção sudoeste do Município, a Bacia de Drenagem Natural do
Comércio possui uma área de 1,73 km². A impermeabilização do seu solo é expressiva,
com taxas de infiltração mínimas, sobrecarregando a rede de drenagem pluvial local.
Esta bacia apresenta semelhanças topográficas e morfológicas, em relação à bacia de
drenagem natural de Itapagipe, com o paredão da falha geológica a montante e os
caminhos naturais das águas interceptados ou indefinidos pela declividade. O
escoamento da drenagem pluvial também é caótico, com redes lançando em outras
redes, com concentração de lançamentos em poucos pontos, por baixo de galpões e
áreas, como a da CODEBA.
Bacia de Drenagem Natural de Itapagipe
Com localização lindeira à Baía de Todos os Santos, topografia suave e clima
refrescante, a Península de Itapagipe, compõe a área da bacia de drenagem natural
de Itapagipe, que possui uma área de 9,98 km².
No que se refere à drenagem das águas pluviais, essa bacia caracteriza-se pelo aterro
da área de maré. A baixa declividade, a impermeabilização do solo e a influência da
maré na vazão de escoamento, são fatores determinantes do sistema de macro e
microdrenagem das águas pluviais desta área.
As intervenções de macrodrenagem, características da região, são os canais das ruas
Regis Pacheco, Lopes Trovão e Princesa Isabel, de um lado da bacia; do outro, há as
galerias de drenagem pluvial em arruamentos de urbanização planejada com
adensamento posterior, com seus acréscimos de redes nem sempre adequados. Há
ainda os canais que recebem contribuição da falha geológica a montante e que
formavam seções naturais de escoamento, embora hoje, em sua maioria, encontrem-
se confinados por redes ou por edificações, como é o caso das ruas Nilo Peçanha,
Voluntários da Pátria, Luiz Maria e do Imperador.
Bacia de Drenagem Natural de Plataforma
Localizada na região do Subúrbio Ferroviário de Salvador, a Bacia de Drenagem
Natural de Plataforma possui uma área de 3,96 km². Na bacia existe o canal de
drenagem pluvial Aliança em Escada, o Canal da Terezinha, a macrodrenagem da Ilha
Amarela, a macrodrenagem da Rua dos Ferroviários e os sangramentos dispersos do
Dique de Campinas para a enseada do Cabrito, como ocorre com o Canal da Travessa
União. Torna-se necessária a adequada manutenção desta rede de drenagem pluvial,
merecendo especial atenção para o descarte de lixo nas vias públicas e nas redes de
drenagem, o que contribui para o assoreamento das mesmas e para a inundação nos
períodos de chuva intensa.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 14/85

Bacia do Rio Paraguari


Localizada no Subúrbio Ferroviário do município de Salvador, a Bacia do Rio
Paraguari, tem uma área de 5,84 km². Seu principal rio, o Paraguari, tem suas
nascentes em várias lagoas e áreas embrejadas e alagadiças na região da Estrada
Velha de Periperi, em Coutos. Seu curso passa pelo bairro de Nova Constituinte, área
de ocupação espontânea, que possui diversos imóveis situados em cima da calha
inundável, edificados em áreas ocupadas sobre o Rio, com lançamentos de excretas
humanos e esgotos sanitários ocorrendo diuturnamente.
Boa parte do rio, sobretudo no terço final, sofreu intervenção com processos de
impermeabilização, encontrando-se retificado e revestido e suas águas apresentam
resíduos sólidos e forte odor de esgotos, com ausência total da mata ciliar marginal.
Bacia de Drenagem Natural de São Tomé de Paripe
Localizada na extrema porção continental noroeste do Município, a bacia de drenagem
natural de São Tomé de Paripe possui área de 15,81 km². Essa bacia possui solo do
tipo massapé, cuja característica é o aspecto pegajoso, textura argilosa, coloração
escura e alto teor de fertilidade, porém, com alto grau de instabilidade em função da
sua expansão sob as águas, tornando essa área vulnerável a deslizamentos de terra
ou inundações. Portanto, as características pedológicas associadas aos processos de
impermeabilização, tornam a área potencialmente propensa a riscos e a saturação dos
canais de drenagem pluvial.
Os canais de macrodrenagem pluvial, em sua maioria, recebem a denominação das
vias por onde passam ou de algum ponto de referência local, como é o caso dos canais
da Companhia de Cimento São Salvador (COCISA), São Luís, Tamandaré, da Bélgica
e da Rua do Colégio da Fazenda Coutos. Além deles existem as contribuições para a
bacia do rio Paraguari, interceptadas por elementos diversos, formando canais naturais
no Parque Setúbal, acima da bacia anteriormente mencionada.

Brandão et al (2016) analisou as áreas afetadas por eventos hidrológicos extremos na cidade
de Salvador a partir da espacialização dos dados de precipitação de oito estações
pluviométricas e dados de distribuição pontual das ocorrências mensais de alagamentos
registrados pela CODESAL entre 2006 e 2009. Os resultados mencionam várias ocorrências
de alagamentos em Maio de 2006 nos bairros do Subúrbio Ferroviário, a saber Fazenda Coutos,
Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma, assim como em Lobato. Em 2008 novamente
constam Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma. O ano de 2009 foi o que apresentou
maior número de ocorrências do período analisado, tendo registros de alagamento em Alto de
Teresinha e Paripe. Os autores mencionam como áreas críticas da cidade os bairros Lobato,
Paripe, Fazenda Coutos, Periperi, Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma.

O Plano de Drenagem e Manejo de Aguas Pluviais PMDU (PMS, 2018) apresenta um


diagnóstico do sistema de drenagem de Salvador, do qual daremos destaque para as
informações da área de interesse.

O PMDU cita o trabalho da Embasa intitulado de “A problemática dos Trechos Críticos”,


divulgado em abril/2001. Decorre dos problemas encontrados pela Embasa durante a
implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador, integrante do Programa Bahia
Azul. De uma maneira geral, essas dificuldades foram decorrentes da forma de ocupação nas
áreas de ocupações não programadas, constituídas basicamente de populações de baixa
renda. Essas áreas se caracterizam pela topografia acidentada, elevada densidade das
edificações, precário sistema viário, urbanização insuficiente, habitações singelas e inexistência

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 15/85

ou deficiência do sistema de drenagem e coleta de lixo. Na área de interesse constam “Trechos


Críticos” nas bacias de Lobato, Península de Itapagipe e Periperi.

O PMDU apresenta um cadastro das áreas de risco à inundação ou alagamentos para os anos
de 1999 e 2000, com base em levantamentos realizados pela CODESAL. Na área de interesse
constam alagamentos na Baixa do Fiscal, Calçada, Paripe e Lobato (Quadro 1). Desses pontos
relacionados, houve intervenção da PMS na Rua Luiz Maria em 2013 e 2016.

Quadro 1. PONTOS DE ALAGAMENTOS 1999/2000


N Localização 1999 2000
04 Rua Luiz Maria (Baixa do Fiscal) X X
05 Rua Nilo Peçanha (Calçada) X X
08 Rótula da Estação Ferroviária (Paripe) X X
13 Baixa de Santa Luzia (Lobato) X X
Fonte: PMDU (PMS, 2018).

A partir de diagnóstico realizado no contexto do PMDU em conjunto com técnicos da SUCOP,


foram identificados 119 pontos de alagamento no Município de Salvador (PMS, 2018). Para
efeito de avaliação preliminar, os pontos foram classificados em duas categorias, de acordo
com a gravidade do alagamento:
• Pontos críticos – alagamentos que comprometem apenas a malha viária;
• Pontos graves – alagamentos que atingem as edificações, provocando danos materiais
e deslocamento de famílias.

Na área de estudo aparecem reunidas as bacias do Subúrbio e Península de Itapagipe com 29


pontos críticos e 17 pontos graves, constituindo-se nas bacias com maior número de pontos de
todo o município (Quadro 2).

Quadro 2 - Pontos críticos de alagamentos em Salvador


N Bacias Pontos críticos Pontos graves Total
01 Barra/Centenário 2 2
02 Ondina 1 1 2
03 Garibaldi 1 1
04 Lucaia 10 9 19
05 Camarajipe 6 17 23
06 Cobre 4 4
07 Jaguaribe 2 15 17
08 Subúrbio/Península 29 17 46
09 Pituaçu/Pedras 1 4 5
TOTAIS 52 67 119
Fonte: PMDU (PMS, 2018). Grifo nosso.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 16/85

Notícias de alagamentos em jornais digitais


As notícias de alagamento obtidas através de pesquisa na web resultaram na identificação de
22 eventos que fazem referência a área em estudo, abrangendo eventos ocorridos entre os
anos de 2008 à 2020 (Quadro 3). Foram pesquisados os termos “alagamentos”, “inundação”,
“Cidade Baixa”, “Baixa do Fiscal”, “Lobato”, “Paripe”, “Periperi”.

Em praticamente todos os anos tem notícia de alagamento mencionando a Baixa do Fiscal e a


Calçada. Lobato aparece com menos frequência. Em Paripe e Periperi tem várias notícias de
alagamento, porém abrangem áreas que não tem influência direta com as paradas do
Monotrilho.

Quadro 3 – Notícias de alagamentos em Salvador


DATA LOCAL FONTE OBSERVAÇÃO
27/04/2020 Baixa do Fiscal, Calçada opetroleo.com.br Chuva de 550 mm no
mês
20/04/2020 Calçada, Cidade Baixa bahia24horas.com.br
07/03/2020 Baixa do Fiscal, Cidade Baixa gazetadabahia.com
26/11/2019 Cidade Baixa todabahia.com.br Chuva de 170 mm até o
meio da tarde
13/11/2019 Calçada salvadornoticia.com
29/07/2019 Baixa do Fiscal correio24horas.com.br
07/07/2019 Baixa do Fiscal bahia.ba Chuva de 27,9 mm Alto
do Peru
06/06/2019 Baixa do Fiscal globoplay.com.br Vídeo
10/05/2019 Cidade Baixa atarde.uol.com.br
25/12/2018 Cidade Baixa globoplay.com.br Vídeo
29/09/2018 Cidade Baixa globoplay.com.br Vídeo
31/05/2018 Cidade Baixa globoplay.com.br Vídeo
13/03/2018 Baixa do Fiscal, Lobato tiacandia.com.br
10/12/2017 Lobato bahianominuto
27/06/2015 Cidade Baixa correio24horas.com.br
15/12/2014 Rua Luis Maria (Cidade Baixa) atarde.uol.com.br
24/04/2013 Rua Maria das Graças, Lobato atardeuol.com.br
20/05/2012 Calçada, Baixa do Fiscal atarde.uol.com.br
11/11/2011 Baixa do Fiscal, Comércio, Calçada, Ibahia.com.br
Cidade Baixa
19/05/2011 Comércio/ Calçada/ Baixa do Fiscal gazetadopovo.com.br Chuva de 104 mm - 24hs
11/10/2009 Rua Nilo Peçanha, Calçada; Baixa do atardeuol.com.br
Fiscal
26/06/2008 Vila Emidio na Baixa do Fiscal noticias.bol.uol.com.br
Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 17/85

As notícias de alagamentos na mídia digital abrangem o recorte do que constava disponível na


web no início de dezembro de 2020 e tendem a relatar eventos mais recentes, devido a
ampliação das notícias nesse formato nos últimos anos.

Inspeção em campo
A inspeção realizada em campo nos dias 17 e 18 de setembro de 2020 abrangeu todo o
percurso da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário. A seguir são apresentados os locais
onde foram identificados alagamentos através de relatos dos moradores.

Figura 4. Comércio – Indicação da cota de inundação – Concessionária Guebor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 18/85

Figura 5. Porto – Indicação da cota de inundação – Loja de veículos San Diego.

a) Cota do piso no ínicio da loja

b) Cota do piso no fundo da loja

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 19/85

Figura 6. Calçada – Barraca de lanches na praça em frente à estação da CTB.

Na região entorno do Pátio de manutenção da estação Calçada, no degrau da escada


do bar de esquina na Rua Nilo Peçanha (Figura 7), esquina com a Rua Monteiro Lobato
dos Mares e Rua São Domingos Gusmão.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 20/85

Figura 7. No entorno do Pátio de Manutenção da Calçada – Rio Nilo Peçanha.

Figura 8. No entorno do Pátio de Manutenção da Calçada – Rio Nilo Peçanha.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 21/85

Figura 9. Baixa do Fiscal - Casa de D. Ana, em frente ao canal da lateral da estação da


Embasa/Subestação Coelba, do outro lado do trilho, na tampa de concreto do esgoto.

Na região entre a Parada Baixa do Fiscal e Parada Santa Luzia, em frente a uma
quadra de futebol com grade azul, cota de inundação na parte inferior do ferro do
batente da grade de ferro na casa da D. Maria Cristina (Figura 10).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 22/85

Figura 10. Entre a Parada Baixa do Fiscal e Parada Santa Luzia, em frente a uma quadra
de futebol com grade azul - casa de D. Maria Cristina.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 23/85

Figura 11. Santa Luzia – Soleira da casa 3111.

Figura 12. Parada Santa Luzia – caixa de registro da EMBASA da casa de esquina em
frente.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 24/85

Figura 13. Parada Viaduto Suburbana - cota de soleira na porta da casa do Sr. Antônio.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 25/85

Figura 14. Parada Praia Grande - cota na boca de lobo na casa do Sr. Washington.

boca

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 26/85

Figura 15. Periperi – direção Paripe – Calçada, próximo a rotatória da Av. Afrânio.

a) loja de bebidas que fica na entrada da passagem para a linha do trem.

b) Cota de alagamento frequente.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 27/85

Na área da Parada Ilha de São João foram coletadas as cotas no piso da área do fundo do
Mercadinho Pontual do Sr. Diego.

Após a inspeção em campo, as cotas foram levantadas pela equipe de topografia. As


coordenadas e o detalhamento das informações estão inseridas no relatório e desenho do
cadastro das estruturas de drenagem. O Quadro 4 apresenta um resumo das cotas de
inundação identificadas.

Quadro 4 - Pontos de alagamentos nas paradas ou próximo delas.


Parada Local Referência Cota (m)
Comércio Concessionária Guebor COTA 2,716
Porto Loja San Diego - Início Cota Piso 1 3,332
Porto Loja San Diego - Fundo Cota Piso 2 3,509
Calçada Barraca - Batente Topo Batente 3,651
Calçada Barraca - Batente Pé Batente 3,504
Calçada Escada do Bar Degrau 3,450
Canteiro Alberoni – Pátio de Marca na
Calçada 3,787
Manobras parede
Caixa de
Calçada CCO – Pátio de Manobras 3,972
passagem
Baixa do Fiscal Casa de D. Ana PV 2,997
Entre Santa Luzia e a
Casa D. Maria Cristina COTA 3,598
Baixa do Fiscal
Santa Luzia CASA 3111 COTA 3,460
Santa Luzia Registro Embasa COTA 3,809
Viaduto Suburbana Casa do Sr. Antônio SOLEIRA 4,335
Praia Grande Casa do Sr. Washington BUEIRO 2,660*
Periperi Loja de Bebidas COTA 3,182
Cota Piso 1 2,250
Ilha de São João Mercadinho Pontual - Sr Diego
Cota Piso 2 2,410
Obs. * O proprietário informou que a inundação ocorre até 40 cm acima da cota da boca do dreno (2,26 m).
Fonte: Elaboração própria.

A condição de escoamento nos dispositivos de drenagem, embora não tenha sido foco do
estudo, nos locais inspecionados e no cadastramento topográfico não fugiu dos problemas que
são bastante conhecidos da drenagem urbana de Salvador (Neto, 2005), tais como o
crescimento de vegetação e o acumulo de lixo nas grades, canaletas, canais e galerias,
acrescentados da existência tubulações dos sistemas de esgotamento sanitário e
abastecimento de água implantados ao longo da via do trem, os quais diminuem a capacidade
de fluxo da água da chuva. Embora esses problemas sejam pontuais, também existem outras
questões importantes devido ao assoreamento e desgaste das estruturas implantadas à
décadas. A seguir ilustramos com alguns exemplos encontrados em campo.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 28/85

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 29/85

Figura 16. Baixa do Fiscal – canaletas parcialmente obstruídas pela vegetação.

Figura 17. Baixa do Fiscal – canal parcialmente obstruídas pela vegetação.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 30/85

Figura 18. Viaduto Suburbana – canaletas obstruídas pela vegetação.

Figura 19. Periperi – estrutura do dispositivo de drenagem danificada e obstruída pela


vegetação.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 31/85

Figura 20. Paripe – canal parcialmente obstruído por tubulações.

Figura 21. Viaduto Suburbana – estrutura precária de drenagem sob os trilhos e pontilhão
sobre a canaleta improvisado.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 32/85

Os locais com viadutos (dos Motoristas, Av. Suburbana e BA-528) também foram
inspecionados.

No Viaduto dos Motoristas há relatos de alagamentos nas proximidades. A área que margeia a
linha do trem tem sido usada para descarte de entulho e lixo, podendo afetar as canaletas
laterais (Figura 22). A cota de alagamento da Baixo do Fiscal, casa de D. Ana, situada a 130 m,
serve como referência.

Figura 22. Viaduto dos Motoristas.

O Viaduto da Av. Suburbana se encontra num divisor de águas local, não havendo relato de
alagamentos.

Figura 23. Viaduto da Av. Suburbana.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 33/85

O Viaduto da BA-528 se localiza no divisor de águas das bacias de Paripe e do Rio do Macaco.
No entanto, no dia da inspeção (17 de setembro) o local estava com bastante umidade. A área
acumula lixo e está coberta com vegetação (Figura 24). Na lateral direita da cabeira do viaduto,
sentido Paripe – Valéria, corria permanente uma queda de água (Figura 25), liberada por uma
fábrica de gelo nas proximidades, segundo os moradores. Há inclusive uma canaleta de
concreto na lateral da pista conduzindo esse escoamento.

Figura 24. Viaduto da BA-528 – lixo e vegetação embaixo do viaduto.

Figura 25. Viaduto da BA-528 – queda de água na lateral.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 34/85

4. EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO NO


ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Delimitação das bacias de drenagem às paradas do Monotrilho
A delimitação das bacias de drenagem às paradas do Monotrilho foi realizada com base nas
informações de relevo disponíveis. No trecho que abrange as paradas Comércio até União os
dados de relevo foram disponibilizados pela PMS através Mapeamento Cartográfico de
Salvador (cartografia.salvador.ba.gov.br/index.php) – Cartografia Digital – Modelo Digital do
Terreno – MDT. No trecho das paradas de São João até Ilha de São João foram utilizados os
dados de relevo do SICAR/RMS (CONDER, 1995).

A fim de representar graficamente as bacias delimitadas, adotaremos uma subdivisão do


percurso do Monotrilho, chamando de Trecho 1 que abrange as paradas Comércio até União e
de Trecho 2 as paradas de São João até Ilha de São João. Além da diferença nos dados de
relevo, há também características geológicas e pedológicas que diferenciam-se nesse trechos
como será visto mais adiante.

Os limites definidos para as bacias hidrográficas nos Trechos 1 e 2 podem ser observados na
Figura 26 e Figura 27.

Figura 26. Bacias de drenagem as Paradas – Trecho 1.

Fonte: Elaborado a partir das informações da PMS (2020).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 35/85

Figura 27. Bacias de drenagem as Paradas – Trecho 2.

Fonte: Elaborado a partir das informações do SICAR/RMS (CONDER, 1995).

Declividade e tempo de concentração


A declividade é a relação entre duas grandezas lineares: a diferença de cotas ou desnível (ΔH)
e o comprimento do curso d’água (L), portanto ela é adimensional. Para efeito de melhor
compreensão tem-se utilizado m/m ou %. Ela tem sido muito utilizada para definir o tempo de
concentração de uma bacia hidrográfica.

Neste estudo foi adotada a Declividade equivalente constante (Ieq) que considera um conceito
cinemático em que o tempo de translação dos vários subtrechos somados é igual ao tempo de
translação para todo o trecho com declividade constante.

Subdivide-se o comprimento total em vários trechos homogêneos (Li) e calculam-se as


declividades (Ii). A declividade equivalente Ieq e dada por:
2
 
  Equação 1
 L 
Ieq =  n

 Li 
  
I i 
 1

Onde: L = comprimento do talvegue, Ii = declividade de cada trecho, Li = comprimento de


cada trecho do talvegue.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 36/85

O tempo de concentração das sub-bacias em questão foi definido pela equação de Kirpich,
modificada pelo CTH, dada por:
0 , 385
 L2  Equação 2
tc = 57  

 Ieq 
onde tc = tempo de concentração (minutos); L = comprimento do rio (km); Ieq = declividade
equivalente (m/m).

As características físicas das sub-bacias são apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4. Características físicas das bacias hidrográficas.


Área Desnível L Ieq tc
Trecho Parada (ha) (m) (m) (m/m) (min)
Comércio 15,4 0,52 474 0,0006 39
Porto 48,8 44,0 695 0,0194 14
São Joaquim 26,0 40,9 300 0,0005 28
Calçada 13,4 1,7 281 0,0004 30
Patio 1 23,2 51,2 683 0,0014 37
Patio 2 8,9 33,2 356 0,0108 10
1 Baixa do Fiscal 1 8,8 1,2 173 0,0013 13
Baixa do Fiscal 2 55,0 51,8 1193 0,0124 25
Santa Luzia 1 26,6 24,3 626 0,0022 30
Santa Luzia 2 26,1 40,3 627 0,0138 15
Viaduto Suburbana 1 16,6 38,3 484 0,0016 27
Viaduto Suburbana 2 49,8 1,7 999 0,0014 50
Lobato 5,1 18,2 279 0,0405 5
União 1,6 15,2 117 0,0530 2
Sao Joao 0,27 0,45 25 0,0174 1
Plataforma 45,2 53,3 1312 0,0004 99
Sao Braz 2,8 35,4 173 0,1562 2
Itacaranha 3,6 19,1 190 0,0228 5
Escada 24,8 57,5 718 0,0007 52
Praia Grande 1 3,8 3,2 275 0,0018 17
Praia Grande 2 14,1 35,8 417 0,0160 10
2 Periperi 1 15,8 0,44 105 0,0019 8
Periperi 2 6,9 1,8 408 0,0008 32
Setubal 3,0 28,8 233 0,0517 4
Coutos 14,6 2,0 129 0,0013 11
Paripe 1 90,0 78,0 1812 0,0001 212
Paripe 2 28,6 23,3 683 0,0012 40
Paripe – Canal Av São Luiz 1 17,4 30,1 484 0,0041 19
Paripe – Canal Av São Luiz 2 36,3 39,1 868 0,0016 43
Paripe – Canal Av São Luiz 3 5,5 1,5 297 0,0016 19
São Luiz 11,1 15,7 191 0,0578 3
Ilha S Joao 10,8 14,7 392 0,0041 16
Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 37/85

Cenário de Ocupação 1 – Uso atual


A condição de referência foi estabelecida considerando a situação atual de ocupação do solo
na área de drenagem às paradas.

Em termos da avaliação hidrológica, a ocupação do solo em área urbana pode ser caracterizada
por dois parâmetros: tipo de solo hidrológico e área impermeável.

Tipo de solo hidrológico


As classes hidrológicas dos solos brasileiros foram propostas por Sartori et al (2005). Os solos
são classificados em 4 grupos (A, B, C e D) de acordo com o grau de resistência à erosão e
taxa de infiltração. No grupo A estão os solos com alta resistência à erosão e maior infiltração,
sendo que os grupos B, C e D compreendem os solos com graus de resistência à erosão
moderada, baixo e muito baixo, respectivamente, bem como menores taxas de infiltração. As
características dos grupos hidrológicos dos solos apresentadas pelo SCS são:
Grupo A: Compreende os solos com baixo potencial de escoamento e alta taxa de
infiltração uniforme quando completamente molhados, consistindo principalmente de
areias ou cascalhos, ambos profundos e excessivamente drenados. Taxa mínima de
infiltração: > 7,62 mm/h;
Grupo B: Compreende os solos contendo moderada taxa de infiltração quando
completamente molhados, consistindo principalmente de solos moderadamente
profundos a profundos, moderadamente a bem drenados, com textura moderadamente
fina a moderadamente grossa. Taxa mínima de infiltração: 3,81-7,62 mm/h;
Grupo C: Compreende os solos contendo baixa taxa de infiltração quando
completamente molhados, principalmente com camadas que dificultam o movimento
da água através das camadas superiores para as inferiores, ou com textura
moderadamente fina e baixa taxa de infiltração. Taxa mínima de infiltração: 1,27-3,81
mm/h;
Grupo D: Compreende os solos que possuem alto potencial de escoamento, tendo uma
taxa de infiltração muito baixa quando completamente molhados, principalmente solos
argilosos com alto potencial de expansão. Pertencem a este grupo, solos com grande
permanência de lençol freático elevado, solos com argila dura ou camadas de argila
próxima da superfície e solos expansivos agindo como materiais impermeabilizantes
próximos da superfície. Taxa mínima de infiltração: < 1,27 mm/h.

Na área de estudo os tipos de solos foram inferidos a partir da informações do Plano Diretor de
Encostas no Mapa – Carta Geologico-Geotécnica (Salvador, 2004). Os Domínios geológico-
geotécnicos do PDE e respectivos solos são:
I. DEPÓSITOS SEDIMENTARES INCONSOLIDADOS QUATERNÁRIOS: solos
arenosos;
II. DEPÓSITOS DE COBERTURA SEDIMENTAR CONTINENTAL TERCIÁRIA: solos
residuais arenosos a areno-siltosos;
III. ROCHAS SEDIMENTARES CRETÁCEAS DO RIFT DO RECÔNCAVO SUL: solos
argilosos – massape;
IV. EMBASAMENTO CRISTALINO PRÉ-CAMBRIANO: manto de alteração clássico, com
solos siltosos a silte-argilosos;
V. ESCARPA DA FALHA DE SALVADOR: solos residuais argilosos ou argilo-siltosos.

Na área de estudo, o Trecho 1 tem ocorrência de DEPÓSITOS SEDIMENTARES


INCONSOLIDADOS QUATERNÁRIOS na parte baixa da cidade, ESCARPA DA FALHA DE
SALVADOR, DEPÓSITOS DE COBERTURA SEDIMENTAR CONTINENTAL TERCIÁRIA na

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 38/85

parte alta da cidade e EMBASAMENTO CRISTALINO PRÉ-CAMBRIANO predominando nas


vertentes das sub-bacias da Baixa do Fiscal. O Trecho 2, por sua vez, tem a ocorrência de
DEPÓSITOS SEDIMENTARES INCONSOLIDADOS QUATERNÁRIOS nas partes baixas e
planas, ROCHAS SEDIMENTARES CRETÁCEAS DO RIFT DO RECÔNCAVO SUL e
DEPÓSITOS DE COBERTURA SEDIMENTAR CONTINENTAL TERCIÁRIA nas vertentes e no
topo.

O tipos de solos hidrológicos associados aos Domínios, para a área de estudo são: I – C, II –
B, III – C, IV – A e V – A.

Área impermeável
O grau de impermeabilização em áreas urbanas tem sido obtido através de geotecnologias,
utilizando imagens de satélite de alta resolução. Para fins de análise e planejamento urbano, o
grau de impermeabilização tem sido relacionado a densidade populacional (Campana e Tucci,
2001; Fagundes, 2002; Reis et al, 2011; Menezes Filho e Tucci, 2012).

Aragão et al (2017) buscaram estabelecer a relação de grau de impermeabilização versus


densidade populacional para a cidade de Aracaju/SE. A densidade habitacional variou entre 25
hab/ha (bairro Jabotiana, em fase de expansão imobiliária) e 389 hab/ha (bairro São Conrado,
de ocupação desordenada). Para fins do presente estudo, adotou-se a curva definida para os
bairros Jabotiana, São Conrado, Inácio Barbosa, Luzia, Ponto Novo e Grageru, visto que nas
sub-bacias predomina o tipo de ocupação desordenada. A equação obtida para esses bairros
de Aracaju é dada por:
,
89,35 1

Onde: Ai = área impermeável (%) e D = densidade populacional (hab/ha).

Os autores observaram que a partir de 100 hab/ha a taxa de área impermeável é da ordem de
80 a 95%, sendo predominantemente de unidades habitacionais (Figura 28).

Figura 28. Curva densidade populacional versus AI ajustada para os bairros Jabotiana,
São Conrado, Inácio Barbosa, Luzia, Ponto Novo e Grageru - Aracaju/SE.

Fonte: Aragão et al (2017).

A fim de complementar a informação da área impermeável nos estudos hidrológicos em áreas


urbanas, Sutherland (2000) elaborou expressões empíricas para determinar a Área
Impermeável Efetiva (AIE). A AIE representa a parte da AI que está diretamente ligada sistema
de drenagem, ou seja, a chuva que cai sobre essas áreas vai ser direcionada imediatamente
para o sistema de drenagem. Em geral, ela inclui as vias, estacionamentos ligados às vias,
passeios e telhados que se conectam ao sistema de drenagem.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 39/85

Adotou-se para o presente estudo a relação que corresponde a uma situação usual de
conectividade, onde:
! 0,1 ,# , sendo AI≥1.

A informação sobre a população residente nas sub-bacias em estudo foram definidas a partir
dos microdados do universo do Censo Demográfico 2010, disponibilizados pelo IBGE no
formato de Grade Estatística em formato shapefile (IBGE, 2016). Para cada sub-bacia foi
recortada a grade e calculada a população e respectivas densidades, AI e AIE (Tabela 5).

Tabela 5. Densidade populacional, área impermeável e efetiva nas sub-bacias.


Area População D AI AIE
Trecho subbacia (ha) (hab) (hab/ha) (%) (%)
Comércio* 15,4 353 23 80 72
Porto* 48,8 5034 103 90 85
São Joaquim* 26,0 1682 65 85 78
Calçada* 13,4 586 44 94 91
Patio 1 23,2 6021 259 89,2 84
Patio 2 8,9 2220 248 89,1 84
1 Baixa do Fiscal 1 8,8 1949 222 88,9 84
Baixa do Fiscal 2 55,0 17256 314 89,3 84
Santa Luzia 1 26,6 7132 268 89,2 84
Santa Luzia 2 26,1 7623 292 89,3 84
Viaduto Suburbana 1 16,6 5284 319 89,3 84
Viaduto Suburbana 2 49,8 11749 236 89,1 84
Lobato 5,1 810 158 87,4 82
União 1,6 180 114 83,6 77
São João + 0,3 4 14 34,0 20
Plataforma 45,2 8297 184 88,3 83
Sao Braz 2,8 461 167 87,8 82
Itacaranha 3,6 397 111 83,3 76
Escada 24,8 3494 141 86,4 80
Praia Grande 1 3,8 682 180 88,2 83
Praia Grande 2 14,1 2588 184 88,3 83
2 Periperi 1 15,8 2926 186 88,4 83
Periperi 2 6,9 545 80 76,3 67
Setubal 3,0 337 114 83,7 77
Coutos 14,6 1799 123 84,8 78
Paripe 1 90,0 19947 222 88,9 84
Paripe 2 28,6 7158 250 89,1 84
Paripe – Canal Av São Luiz 1 17,4 6532 210 88,8 84
Paripe – Canal Av São Luiz 2 36,3 13538 209 88,8 84
Paripe – Canal Av São Luiz 3 5,6 2107 213 88,8 84
São Luiz 11,1 1377 124 84,9 78
Ilha São João 10,8 975 90 79,3 71
Obs. *sub-bacias de ocupação comercial antiga, estável, sendo AI determinada em imagem de satélite. + Área
pequena para a amostragem da população – AI determinada em imagem de satélite.
Fonte: População-IBGE (2016).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 40/85

Cenário de Ocupação 2 – Com o empreendimento


Este cenário contempla a condição de ocupação futura das sub-bacias, considerando as suas
características locais, ou seja, a urbanização já existente, mais aquela que pode vir a ocorrer
com a implantação do empreendimento.

O empreendimento definiu a área de ocupação da parada padrão em 0,1 ha, sendo exceção a
ocupação no Pátio de Manutenção onde a área construída chegara a 2,35 ha.

Cenário de Ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro


A ocupação do solo em área urbana é definida pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
- PDDU. Os PDDUs de Salvador e de Simões Filho tem sua última versão estabelecidas em
2016, Lei Municipal n. 9.069/2016 e Lei Municipal n. 995/2016, respectivamente. Em relação ao
grau de impermeabilização, ambos os PDDUs definem para cada zona o índice de
permeabilidade mínima, estabelecendo o máximo de área impermeável. Na área em estudo
foram analisados os zoneamentos estabelecidos pelos PDDUs e identificados os índices de
permeabilidade mínima para as sub-bacias, conforme apresenta a Tabela 6.

Tabela 6. Zoneamento e permeabilidade mínima pelos PDDUs e impermeabilização máxima.


Permeabilidade Impermeabilizacao
Parada Zoneamento mínima máxima (%)
Comércio ZCMe - CA 0,1 90%
Porto ZPR 3 0,2 80%
São Joaquim ZCMu 0,2 80%
Calçada ZCMu 0,2 80%
Baixa do Fiscal ZEIS / ZPR 3 0,2 80%
Santa Luzia ZEIS 0,1 90%
Viaduto Suburbana ZEIS 0,1 90%
Lobato ZEIS 0,1 90%
União ZEIS 0,1 90%
São João ZEIS 0,1 90%
Plataforma ZPR 2 0,3 70%
São Braz ZPR 2 0,3 70%
Itacaranha ZPR 2 0,3 70%
Escada ZPR 2 0,3 70%
Praia Grande ZEIS 0,1 90%
Periperi ZCMu / ZPR 2 0,25 75%
Setubal ZEIS 0,1 90%
Coutos ZEIS / ZPR 2 0,225 78%
Paripe ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 0,2 80%
São Luiz ZPR 2 0,3 70%
Ilha de São João ZPR-17 (Simões Filho) 0,3 70%
Fonte: PDDU Salvador e PDDU Simoes Filho

Na ZEIS, para os terrenos com área inferior a 64m² será igual a 0,05; para os terrenos com área
igual ou superior a 64m² e inferiores a 125m² será igual a 0,10; para terrenos com área igual ou
superior a 125 m² será igual a 0,15. Em virtude da não disponibilidade dessa informação,
adotou-se o valor de 0,10.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 41/85

Simulação hidrológica dos Cenários


Modelo hidrológico
O método do hidrograma de Santa Bárbara foi adotado para a simulação do escoamento
superficial direto. Ele desenvolvido para bacias urbanas por James M. Stubchau e foi
apresentado pela primeira vez em 1975 (Silveira, 2010). Uma característica importante reside
no fato do método considerar a contribuição da chuva para o escoamento em parcelas
separadas para as áreas impermeáveis e permeáveis.
Tempo de Retorno
O Tempo de Retorno, ou Tempo de Recorrência, representa o tempo médio em anos, em que
um evento hidrológico é igualado ou superado ao menos uma vez, representando o inverso da
probabilidade de excedência. Assim, ao se decidir que um projeto utilizar para uma vazão com
período de retorno com TR anos, automaticamente se decide o grau de proteção conferido à
população.

No caso do estudo em questão, foi adotado o valor de TR igual a 25 anos, compatível com
estruturas de macrodrenagem.
Duraçao da chuva de projeto
A chuva de projeto foi definida inicialmente com base no tempo de concentração das sub-bacias
em questão. Em seguida, foram testadas diversas durações até identificar o tempo que resulta
na máxima vazão.
Magnitude da chuva de projeto
A magnitude da chuva de projeto foi definida a partir das curvas de intensidade – duração –
frequência definidas para Salvador no Capitulo 2.
Distribuição temporal da chuva de projeto
Tendo em vista a baixa disponibilidade de dados para analisar adequadamente a distribuição
temporal da precipitação de Salvador, adotou-se a distribuição proposta por Huff.

O Método de Huff foi definido com base em eventos de chuvas observados no centro leste de
Illinois, EUA, com período de dados de 1955 a 1966. Huff (1990) classificou todas as tormentas
conforme o quartil (quarta parte) de duração, dentro do qual se verificavam as maiores
intensidades da precipitação. Obteve, então, tormentas de primeiro, segundo, terceiro e quarto
quartil, com diferentes probabilidades de ocorrência.

Adotou-se a distribuição temporal do primeiro quartil, com a probabilidade de ocorrência de


50%, conforme recomendado em SMDU/SP (2012).
Definição da precipitação efetiva
A precipitação efetiva é aquela parcela excedente à infiltração no solo, sendo a chuva que
efetivamente gera o escoamento superficial. O método do SCS (SCS/TR55, 1986) foi adotado
para a determinação da precipitação efetiva.

A aplicação do método do SCS necessita somente a definição de um único parâmetro: o CN


(Curve Number). O CN depende do tipo e do uso do solo, refletindo, portanto, as condições de
urbanização do local, assim como da umidade antecedente (AMC – Antecedent Moisture
Condition). Adotou-se a AMC do tipo II, que representa a situação média na época das cheias
(as chuvas nos últimos 5 dias totalizaram entre 15 e 40 mm).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 42/85

A precipitação efetiva é definida, com base no CN, através das seguintes equações:
$ &,'( '
$% $)&,*(
para h > 0,2S Equação 3

Sendo, + 25,4 10
./

Valor do CN
O valor do coeficiente CN foi definido com base na descrição no uso e tipo de solo hidrológico
(descrito acima), sendo atribuído a cada sub-bacia para a área permeável e impermeável,
conforme apresenta a Tabela 7.

Tabela 7. CN para área impermeável e permeável nas sub-bacias.


Área Impermeável Área Permeável -
Trecho Sub-bacia Área (ha) - CN CN
Comércio 15,4 94 58
Porto 48,8 74 49
São Joaquim 26,0 73 49
Calçada 13,4 94 79
Patio 1 23,2 77 49
Patio 2 8,9 77 49
1 Baixa do Fiscal 1 8,8 77 49
Baixa do Fiscal 2 55,0 77 49
Santa Luzia 1 26,5 77 49
Santa Luzia 2 26,1 77 49
Viaduto Suburbana 1 16,6 77 49
Viaduto Suburbana 2 49,8 77 49
Lobato 5,1 77 49
União 1,6 77 49
São João 0,3 85 69
Plataforma 45,8 85 69
São Braz 2,2 85 69
Itacaranha 3,9 85 69
Escada 24,5 85 69
Praia Grande 1 6,5 85 69
Praia Grande 2 11,3 85 69
2 Periperi 1 3,2 85 69
Periperi 2 18,3 85 69
Setubal 3,0 85 69
Coutos 1,1 85 69
Paripe 1 90,0 85 69
Paripe 2 28,6 85 69
Paripe – Canal Av São Luiz 1 17,4 85 69
Paripe – Canal Av São Luiz 2 36,3 85 69
Paripe – Canal Av São Luiz 3 5,6 85 69
São Luiz 11,1 85 69
Ilha São João 10,8 85 69
Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 43/85

Vazões máximas
A verificação do efeito da implantação do empreendimento do ponto de vista de alteração no
escoamento superficial foi realizada através da vazão máxima do cenário de ocupação 1 das
sub-bacias e avaliação do aumento no grau de impermeabilização dos cenários 2 e 3.
Cenário de ocupação 1 – uso atual
As vazões máximas obtidas para TR de 25 anos e o cenário de uso e ocupação atual nas sub-
bacias são apresentadas na Tabela 8. A duração da precipitação (P) indicada na tabela foi
aquela que resultou na maior valor de vazão. As vazões máximas variam de 0,04 m3/s em São
João a 5,78 m3/s em Paripe.

Tabela 8. Vazões máximas – Uso atual.


Sub-bacia Qmax (m3/s) Duracao P
(horas)
Comércio 1,73 2
Porto 4,28 2
São Joaquim 1,60 2
Calçada 2,17 2
Patio 1 1,54 2
Patio 2 0,91 2
Baixa do Fiscal 1 0,85 2
Baixa do Fiscal 2 4,27 2
Santa Luzia 1 2,11 2
Santa Luzia 2 2,71 2
Viaduto Suburbana 1 1,38 2
Viaduto Suburbana 2 3,12 2
Lobato 0,68 1
União 0,21 1
São João 0,04 1
Plataforma 2,85 4
São Braz 0,50 1
Itacaranha 0,76 1
Escada 2,07 3
Praia Grande 1 0,91 2
Praia Grande 2 1,87 1
Periperi 1 0,54 1
Periperi 2 1,95 3
Setubal 0,60 1
Coutos 0,18 1
Paripe1 5,78 4
Paripe – canal Av São Luiz1 5,77 4
São Luiz 2,39 1
Ilha São João 1,43 2
Obs. 1 – as sub-bacias drenam para uma única saída.
Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 44/85

Cenário de ocupação 2 – Com o empreendimento


A implantação do empreendimento resulta na alteração da quantidade de área impermeável da
sub-bacia, podendo afetar a geração do escoamento superficial. A área da parada padrão (0,1
ha) e área do Pátio de Manobras (2,35 ha) foram comparadas à área das sub-bacias, conforme
apresenta a Tabela 9. As sub-bacias mais afetadas foram aquelas de menor área. Em grande
parte das sub-bacias a alteração foi menor que 2%. Acima desse percentual, em ordem
crescente, temos as paradas Itacaranha (2,6%), Periperi (3,1%), Setubal (3,3%), São Braz
(4,5%), Patio (6,2%), União (6,3%), Coutos (9,1%) e São João (33,3%).

Tabela 9. Alteração na ocupação do solo devido a implantação do empreendimento.


Área da
Área Alteração Posição
Trecho Sub-bacia parada
(ha) (%) geográfica
(ha)
Comércio 15,4 0,1 0,6% Interior
Porto 48,8 0,1 0,2% Interior
São Joaquim 26 0,1 0,4% Costa
Calçada 13,4 0,1 0,7% Interior
1 Patio 1+2* 37,7 2,35 6,2% Interior
Baixa do Fiscal 2 55 0,1 0,2% Interior
Santa Luzia 2 26,1 0,1 0,4% Interior
Viaduto Suburbana 1 16,6 0,1 0,6% Interior
Lobato 5,1 0,1 2,0% Costa
União 1,6 0,1 6,3% Costa
São João 0,3 0,1 33,3% Costa
Plataforma 45,8 0,1 0,2% Costa
São Braz 2,2 0,1 4,5% Costa
Itacaranha 3,9 0,1 2,6% Costa
Escada 24,5 0,1 0,4% Costa
2 Praia Grande 1 6,5 0,1 1,5% Costa
Periperi 3,2 0,1 3,1% Costa
Setubal 3 0,1 3,3% Costa
Coutos 1,1 0,1 9,1% Costa
Paripe CSL3 5,6 0,1 1,8% Costa
São Luiz 11,1 0,1 0,9% Interior
Ilha São João 10,8 0,1 0,9% Interior
Obs. * soma da sub-bacias Patio 1 e 2, mais a área interna do pátio. CSL3: sub-bacia do Canal
da Av São Luiz 3.
Fonte: Elaboração própria.

A Tabela 9 também apresenta o que convencionamos chamar de Posição geográfica, no


sentido de identificar a implicação da localização sobre o sistema de drenagem. As paradas
situadas na Costa estão à beira mar e não tem dificuldade de drenar as águas pluviais, não
impactando no sistema de drenagem, mesmo que apresentem percentuais de alteração
significativos, como União, Coutos e São João. As paradas situadas no interior são aquelas cuja
impermeabilização do solo pode afetar o sistema de drenagem. Destas, a alteração resultou
menor que 1%, com exceção do Pátio de Manobras onde percentual foi igual a 6,2%. É
importante destacar que o Pátio de Manobras não drena para a sub-bacia da parada Calçada
e sim para o canal que vai desaguar na Enseada dos Tanheiros, tendo sido analisado nos
capítulos a seguir que tratam das inundações.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 45/85

Cenário de ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro


O cenário de ocupação com o empreendimento e o uso futuro nas sub-bacias foi construída a
partir da avaliação da possibilidade de aumento da população residente ou seja, em termos
hidrológicos, o aumento do grau de impermeabilização. A Tabela 10 apresenta os dados da
área impermeável definida para a situação atual e os limites estabelecidos pelos PDDUs de
Salvador e Simões Filho, indicando se ainda há possibilidade de expandir a ocupação. Os graus
de AI acima de 88% foram considerados como tendo atingido o limite permitido pelo PDDU,
pois a curva subestima o AI, conforme destacado no item que descreve ela.

Tabela 10. Situacao atual da AI e possibilidade de expansão da ocupação nas sub-bacias.


Imperm.
T Sub-bacia AI (%) Zoneamento - PDDU máxima situação futura
(%)
Comércio* 80 ZCMe - CA 90 atingiu o limite
Porto 90 ZPR 3 80 acima do limite
São Joaquim 85 ZCMu 80 acima do limite
Calçada 94 ZCMu 80 acima do limite
Patio 1 89,2 ZEIS / ZPR 3 80 acima do limite
Patio 2 89,1 ZEIS / ZPR 3 80 acima do limite
1 Baixa do Fiscal 1 88,9 ZEIS / ZPR 3 80 acima do limite
Baixa do Fiscal 2 89,3 ZEIS / ZPR 3 80 acima do limite
Santa Luzia 1 89,2 ZEIS 90 atingiu o limite
Santa Luzia 2 89,3 ZEIS 90 atingiu o limite
Viaduto Suburbana 1 89,3 ZEIS 90 atingiu o limite
Viaduto Suburbana 2 89,1 ZEIS 90 atingiu o limite
Lobato 87,4 ZEIS 90 pode adensar
União 83,6 ZEIS 90 pode adensar
São João 34,0 ZEIS 90 pode adensar
Plataforma 88,3 ZPR 2 70 acima do limite
São Braz 87,8 ZPR 2 70 acima do limite
Itacaranha 83,3 ZPR 2 70 acima do limite
Escada 86,4 ZPR 2 70 acima do limite
Praia Grande 1 88,2 ZEIS 90 atingiu o limite
Praia Grande 2 88,3 ZEIS 90 atingiu o limite
2 Periperi 1 88,4 ZCMu / ZPR 2 75 acima do limite
Periperi 2 76,3 ZCMu / ZPR 2 75 acima do limite
Setubal 83,7 ZEIS 90 pode adensar
Coutos 84,8 ZEIS / ZPR 2 78 acima do limite
Paripe 1 88,9 ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 80 acima do limite
Paripe 2 89,1 ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 80 acima do limite
Paripe – Canal Av São Luiz 1 88,8 ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 80 acima do limite
Paripe – Canal Av São Luiz 2 88,8 ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 80 acima do limite
Paripe – Canal Av São Luiz 3 88,8 ZCMu / ZPR 2 / ZEIS 80 acima do limite
São Luiz 84,9 ZPR 2 70 acima do limite
Ilha São João 79,3 ZPR-17 (Simões Filho) 70 acima do limite
Obs. *sub-bacia de ocupação comercial antiga, estável, sem perspectiva de aumento da AI.
Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 46/85

Observa-se que a maioria das sub-bacias atingiu o limite ou está acima dele. Somente as sub-
bacias das paradas Lobato, Uniao, São Joao e Setubal estariam passiveis de novas ocupações,
todas elas localizadas na Costa, sem potencial impacto sobre o sistema de drenagem.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 47/85

5. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES COSTEIRAS


O traçado da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio de Salvador recorta planícies e vertentes
bordejadas pelas águas da Baía de Todos os Santos, terrenos costeiros sujeitos aos efeitos
das variações do nível do mar, cuja dinâmica se mostra fortemente influenciada pelo
aquecimento do sistema climático. Nesse contexto, o regime atual e futuro das inundações
costeiras, fenômenos que resultam na submersão dos terrenos costeiros pelas águas do mar,
assumem relevada importância para o planejamento e gestão da infraestrutura urbana.

A avaliação do risco de inundações costeiras das estações de parada previstas na Fase 01 do


Monotrilho do Subúrbio de Salvador, compreendeu análises de frequência dos níveis máximos
e de tendência de subida do nível do mar local, que resultaram na dedução e projeção da
distribuição de probabilidade de excedência dos níveis de maré máximos anuais registrados na
Baía de Todos os Santos. Nessas análises foram empregadas séries históricas resultantes do
monitoramento sistemático do nível do mar local e da modelagem numérica da superfície do
mar na região onde está inserida a área de estudo

Registros maregráficos

Para a caracterização do regime de inundações costeiras na área de estudo foi utilizada como
referência, a série histórica de alturas da superfície do mar registrada na estação maregráfica
EMSAL, a qual é operada pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), juntamente com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fica localizada na Capitania dos Portos
de Salvador. A Tabela 11 apresenta os principais dados relativos à estação maregráfica
selecionada.

Tabela 11. Estação maregráfica.

Gloss ID Nome Municipio Operadora Latitude Longitude Período

334 EMSAL Salvador CHM/IBGE 12°58'26.29"S 38°31'1.95"O 11/2004 - Atual


Fonte: baseado em dados do SNIRH (ANA, 2020).

Para fins de estudo foi selecionada a série histórica de registros com intervalos de 1 minuto,
compreendendo o período entre 01 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2019, intervalo de
tempo superior a 10 anos, no qual opera o marégrafo digital formado por um sistema boia –
contrapeso (encoder) com taxa de aquisição dos dados de 5 minutos, juntamente com um radar
que apresenta intervalo de aquisição dos dados de 1 minuto. Os registros maregráficos foram
selecionados mediante consulta à base de dados da Rede Maregráfica Permanente para
Geodésia (RMPG) mantida pelo IBGE (2020).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 48/85

Processamento dos registros maregráficos


Análise harmônica das marés

A análise harmônica das marés é um processo de modelagem do comportamento temporal da


superfície do mar. Nessa abordagem, a maré resultante em qualquer local é composta de um
número finito de constituintes, cada um com sua própria periodicidade, ângulo e amplitude de
fase e que tais constituintes são harmônicos simples no tempo e são mutuamente
independentes, conforme a seguinte expressão matemática (PUGH, 1987):
;

0 1 0 23 4 5 cos 94 5 1 :4
4<

Na qual, “z(t)” é o nível do mar observado em um instante “t”, “z0” o nível médio do mar, “ωk” a
frequência angular presente nas forças geradoras de maré ou criada por interações não
lineares, “R” o número de componentes harmônicas significantes ou resolvíveis, enquanto que
“Ak” e “ak” são a amplitude e o atraso de fase das componentes de índice “k”.

A análise harmônica consiste na determinação das amplitudes “Ak” e atraso de fase “ak” para
cada constituinte para fins de previsão das alturas da superfície do mar em determinado ponto.
Esse método de avaliação das marés foi empregado para a geração de séries sintéticas de
intervalo horário a partir dos registros obtidos na Estação EMSAL. Para cada ano do período
avaliado, foram inferidas as constantes correspondentes às componentes harmônicas
relacionadas na Tabela 12.

Tabela 12. Componentes harmônicas.


Período, T Frequência Angular, ω
Componente
(h) (rad/h)

M2 12,42 0,5059

S2 12 0,5236

K1 23,93 0,2626

O1 25,82 0,2433

N2 12,66 0,4963

M4 6,21 1,0118

S4 6 1,0472

MS4 6,1 1,03

M6 4,14 1,5177
Fonte: Adaptado de Pugh (1987).

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 49/85

Preenchimento e consistência dos registros maregráficos

Os registros maregráficos foram submetidos à análise de consistência para identificação e


eliminação de dados espúrios associados à interrupção ou mau funcionamento dos sensores
do nível d’água. Dados inconsistentes e falhas foram identificados, tanto visualmente como por
meio de rotinas desenvolvidas para remoção de valores localizados, e substituídos/preenchidos
pela altura correspondente na série sintética produzida mediante análise harmônica das marés.

Séries históricas de alturas da superfície do mar

A partir dos registros consistidos foram selecionadas as amostras de alturas da superfície do


mar características na área de estudo. O Apêndice 5 - Séries históricas de alturas da superfície
do mar apresenta as amostras selecionadas para fins de caracterização do regime de marés e
inferência do risco de inundações costeiras.

Análise de independência da série histórica de marés máximas

A independência da série histórica de marés máximas anuais foi avaliada mediante a aplicação
do Teste de Autocorrelação (KUNDZEWICZ e ROBSON, 2000), já descrito no Estudo de
Chuvas Intensas. O resultado da análise de independência indica que não há evidências
estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações
analisada não são independentes. Para detalhes ver o Apêndice 6 - Análise de independência
da série histórica de marés máximas.

Análise de estacionariedade da série histórica de marés máximas

Para avaliar a estacionariedade da série histórica de marés máximas anuais foi empregado o
Teste Spearman's Rho (KUNDZEWICZ e ROBSON, op cit), já descrito no Estudo de Chuvas
Intensas. O resultado da aplicação do Teste Spearmans Rho indica que não há evidências
estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações
analisada não são provenientes de um processo estacionário. Para detalhes ver o Apêndice 7
- Análise de estacionariedade da série histórica de marés máximas.

Análise local de frequência das marés máximas

As probabilidades de excedência das marés máximas anuais foram inferidas mediante a função
de quantis da distribuição de Gumbel para máximos, com parâmetros de posição (β) e de escala
(α) estimados pelo método dos momentos e validados por meio do Teste de Kolmogorov-
Smirnov, conforme descrito no Estudo de Chuvas Intensas. O Apêndice 8 - Análise local de
frequência das marés máximas apresenta os parâmetros obtidos com o ajuste da distribuição
teórica pelo Método dos Momentos e o resultado do teste de aderência Kolmogorov-Smirnov
para o nível de significância de 5%. Enquanto que a Figura 29 apresenta a representação
gráfica do ajuste da distribuição teórica aos valores estimados com base na distribuição
empírica.

Os valores das marés máximas correspondentes a diferentes tempos de recorrência –


calculados com base na distribuição teórica de probabilidades ajustada – são apresentados na
Tabela 13.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 50/85

Figura 29. Aderência da distribuição teórica à amostra de marés máximas.


1,00

0,90

0,80
PROBABILIDADE DE EXCEDÊNCIA

0,70

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00
MARÉ MÁXIMA ANUAL (M)

Distribuição Empírica (Gringorten) Distribuição Teórica

¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Tabela 13. Probabilidade de excedência das marés máximas.


Tempo de Retorno Probabilidade de Excedência Maré Máxima Anual¹
(Ano) Anual (m)

2 50% 1,461

10 10% 1,536

25 4% 1,574

50 2% 1,602

100 1% 1,630
¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 51/85

Projeção das altitudes da superfície do mar

As alturas das marés máximas relacionadas na Tabela 13 foram projetadas para o ano de 2100,
mediante a aplicação da taxa de subida do nível do mar (NMM) inferida para a região onde está
inserida a área de estudo. A taxa de subida do NMM foi estimada a partir de dados resultantes
de modelo de regressão quadrática do tipo:

= 1 > 2> 12 > 1

No qual, > , > e > são os parâmetros do modelo quadrático inferidos pelo método dos
Mínimos Quadrados. A variável explicativa 1 corresponde ao ano no qual o NMM foi observado
ou estimado pelo modelo.

Nessa análise de regressão foram utilizados dados históricos de alturas da superfície do mar
disponibilizados pelo Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO)
(CHURCH et al., 2016). Trata-se de uma grade numérica de escala quase global (65°S to 65°N),
com resolução espaço-temporal de 1° × 1° × 1 mês e sinal sazonal removido, que inclui a
correção inversa do barômetro e a correção do ajuste isostático glacial feita para os dados de
marégrafos. As alturas da superfície do mar foram reconstruídas por pesquisadores do CSIRO
para o período de 1950 a 2001, como descrito por Church et al. (2004), e atualizadas para o
ano de 2012, de acordo com Church e White (2011).

A Figura 30 apresenta o modelo de regressão quadrática empregado na inferência da taxa de


subida do nível do mar local.

Figura 30. Projeção da subida do nível do mar na zona costeira de Salvador.


500

400

300
NMM (MM)

200

100

-100

-200
1940 1980 2020 2060 2100
ANO

Amostra Regressão Quadrática


Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 52/85

A projeção do nível do mar na zona costeira de Salvador indica que, entre os anos de 2019 e
2100, o nível médio do mar local subirá 418 mm. Dessa forma, a altitude média do nível do mar
passará de 0,459 m para 0,877 m, refletindo nas altitudes máximas das marés conforme
exposto na Tabela 14.

É importante destacar que os resultados da projeção realizada estão sujeitos às incertezas


inerentes (i) aos métodos aplicados e dados disponíveis e, principalmente, (ii) à evolução do
processo de aquecimento do clima global.

Tabela 14. Altitudes das marés máximas para os anos de 2019 e de 2100.
Tempo de Retorno Probabilidade de Maré Máxima Anual¹ (m)
(Ano) Excedência Anual 2019 2100

2 50% 1,92 2,34

10 10% 2,00 2,41

25 4% 2,03 2,45

50 2% 2,06 2,48

100 1% 2,09 2,51


¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao Datum de Imbituba SC.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 53/85

Risco de inundação costeira das estações de parada

A avaliação do risco de inundação costeira consistiu na comparação entre as altitudes das


soleiras das estações de parada e estruturas críticas previstas das obras da Fase 01 do
Monotrilho do Subúrbio de Salvador e as altitudes máximas anuais da superfície do mar com
probabilidade de excedência de 1% (tempo de retorno igual a 100 anos) no cenário atual (2019)
e futuro (2100). A Tabela 15 apresenta a síntese da avaliação.

Os resultados do estudo indicam que as edificações e estruturas avaliadas apresentam risco


de inundação costeira inferior a 1%, mesmo considerando o cenário futuro. A Parada Praia
Grande, com bordo livre de 1,24 m e 0,99 m no cenário atual e futuro, respectivamente, é a
obra mais susceptível à submersão pelas águas do mar.

Tabela 15. Avaliação do risco de inundações costeiras.


Estação de Parada/Estruturas Altitude Máxima Anual da
Bordo Livre³ (m)
Críticas Superfície do Mar² (m)
Altitude da
Identificação Cenário Atual Cenário Futuro Cenário Atual Cenário Futuro
Soleira¹ (m)

Parada
3,75 1,66 1,24
Comércio

Parada Porto 3,75 1,66 1,24

Parada São
4,20 2,11 1,69
Joaquim

Parada
4,00 1,91 1,49
Calçada

Complexo de
4,06 1,97 1,55
Manutenção
2,089 2,507
Topo da viga
(Viaduto 7,20 5,11 4,69
Motoristas)

Parada Baixa
3,70 1,61 1,19
Do Fiscal

Parada Santa
4,30 2,21 1,79
Luzia

Parada Viaduto
4,65 2,56 2,14
Suburbana

Topo da viga
(Viaduto 8,20 6,11 5,69
Suburbana)

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 54/85

Estação de Parada/Estruturas Altitude Máxima Anual da


Bordo Livre³ (m)
Críticas Superfície do Mar² (m)
Altitude da
Identificação Cenário Atual Cenário Futuro Cenário Atual Cenário Futuro
Soleira¹ (m)

Parada Lobato 5,45 3,36 2,94

Parada União 7,00 4,91 4,49

Parada São
4,00 1,91 1,49
João

Parada
4,30 2,21 1,79
Plataforma

Parada São
9,60 7,51 7,09
Braz

Parada
5,90 3,81 3,39
Itacaranha

Parada Escada 5,05 2,96 2,54

Parada Praia
3,50 1,41 0,99
Grande

Parada Periperi 3,75 1,66 1,24

Parada Setúbal 7,60 5,51 5,09

Parada Coutos 7,10 5,01 4,59

Parada Paripe 3,85 1,76 1,34

Parada São
15,20 13,11 12,69
Luiz

Topo da viga
(Viaduto BA- 19,77 17,68 17,26
528)

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 55/85

Estação de Parada/Estruturas Altitude Máxima Anual da


Bordo Livre³ (m)
Críticas Superfície do Mar² (m)
Altitude da
Identificação Cenário Atual Cenário Futuro Cenário Atual Cenário Futuro
Soleira¹ (m)

Parada Ilha De
4,70 2,61 2,19
São João

¹ Altura das soleiras das estações de parada, em relação ao Datum de Imbituba SC, fornecidas pela SKYRAIL –
BAHIA,
² Altura máxima anual da superfície do mar em relação ao Datum de Imbituba SC, com probabilidade de excedência
de 1%,
³ Distância vertical medida entre a superfície do mar máxima anual e a soleira da estação de parada,
Fonte: elaborado pelo autor.

É importante destacar que os resultados para o cenário futuro estão sujeitos às incertezas
inerentes (i) aos métodos de projeção e dados disponíveis e, principalmente, (ii) à evolução do
processo de aquecimento do clima global. Portanto, recomenda-se o acompanhamento
sistemático do processo de subida do nível local do mar, de modo a consolidar os resultados
apresentados no presente estudo.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 56/85

6. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES PLUVIAIS


As inundações pluviais, também denominadas de alagamentos, resultam da extrapolação da
capacidade de escoamento de sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de água
em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas, em decorrência de precipitações intensas.

O traçado da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio de Salvador recorta terrenos com topografia


e traçado urbano favoráveis a ocorrência de alagamentos, especialmente, no trecho entre os
bairros Comércio e Calçada, onde serão implantadas as estações de parada Comércio (E02),
Porto (E06), São Joaquim (E08) e Calçada (E10). A estação de parada São Luiz (E44) também
se encontra em situação topográfica sujeita a alagamentos.

A avaliação do risco de inundações pluviais nas estações de parada situadas no trecho entre
os bairros Comércio e Calçada e na estação de parada São Luiz, foi realizada mediante
modelagem numérica da produção e propagação do escoamento superficial ao longo da malha
viária que envolve as áreas de implantação das obras objeto de estudo. Em razão da
indisponibilidade de dados relativos ao sistema de galerias pluviais existente, a abordagem da
avaliação de risco de alagamentos foi baseada em dois cenários hipotéticos, construídos a partir
de premissas relativas à performance da drenagem urbana, quais sejam:

• Cenário 01 – Falência do sistema de drenagem superficial. Trata-se do cenário de maior


criticidade, no qual as captações pluviais se encontram obstruídas e o todo o volume de
escoamento superficial produzido se propaga ao longo da malha viária, vertendo para o
mar em locais onde não há obstáculos entre a calha viária e o mar, ou acumulando nos
pontos baixos do greide viário.

• Cenário 02 – Operação de sistema de drenagem superficial projetado para eventos com


tempo de retorno igual a 10 anos. Trata-se do cenário mais provável, admitindo a gestão
adequada do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Nesse cenário,
as estruturas de captação foram representadas por vertedores com dimensões
selecionadas de modo a manter a altura do escoamento superficial igual ou inferior a 10
cm em todas as vias modeladas. Deve-se destacar que, para fins de modelagem, face
à indisponibilidade de dados sobre a rede existente – rede antiga, implantada em
diferentes etapas, sem registros de obra disponíveis, formada, em sua maior parte, por
estruturas não-visitáveis –, foi admitido que a capacidade hidráulica das galerias é
suficiente para o esgotamento das vazões captadas, sem exercer influência sobre a
performance dos dispositivos de captação superficial (bocas de lobo).

Modelagem Hidrológico-Hidráulica das Inundações Pluviais

Neste estudo o Storm Water Management Model (SWMM), versão 5.0, foi utilizado como
plataforma de simulação numérica de cheias naturais. No processo de modelagem foram
considerados os três principais fenômenos relacionados à formação de cheias em bacias
urbanas de pequeno porte, onde a contribuição do escoamento de base não é relevante para a
formação das ondas de cheia, quais sejam: (i) produção do volume escoado superficialmente;
(ii) propagação do escoamento superficial nos interflúvios; e (iii) propagação do escoamento
superficial ao longo, no caso em estudo, das calhas viárias.

O espaço geográfico objeto de estudo foi discretizado em duas malhas compostas por
elementos que sintetizam os processos de produção e propagação das águas superficiais. A
malha produzida para a simulação dos processos de produção e propagação do escoamento
superficial nos interflúvios, denominada de malha de sub-bacias, apresenta estrutura irregular

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 57/85

formada por polígonos de voronai, que discretizam as macrobacias delimitadas mediante


interpretação de dados topográficos.

A malha linear utilizada na modelagem da propagação do escoamento superficial ao longo das


calhas, denominada de malha de drenagem, compreende nós (confluências e exutórios) e links
(condutos; orifícios e vertedores). Os parâmetros que descrevem as características físicas dos
elementos que compõem as malhas de sub-bacias (área de drenagem, largura característica e
declividade) e de drenagem (extensão, seções, cotas e declividades) foram estimados mediante
a avaliação das linhas de fluxo superficial e do processamento de modelos numéricos do terreno
resultantes de aerolevantamento fotogramétrico e perfilamento à laser para aquisição das
imagens na escala urbana 1:1000 (SALVADOR, 2017).

No SWMM, as áreas de produção e propagação do escoamento superficial, as sub-bacias, são


tratadas como reservatórios não-lineares, que recebem aportes da precipitação ou das áreas
de produção adjacentes e reproduzem numericamente os processos de produção e propagação
do escoamento superficial nos interflúvios (ROSSMAN; HUBER, 2016). O escoamento
superficial é gerado quando a altura precipitada ou o volume afluente excede a capacidade de
armazenamento nas depressões superficiais e de infiltração nos solos, sendo as vazões
produzidas em cada intervalo de tempo estimadas pelo método de Manning com parâmetros
de rugosidade ajustados ao escoamento superficial laminar. As sub-bacias são particionadas
em duas subáreas, uma subárea permeável e outra subárea impermeável, com parâmetros
hidrológicos (altura das depressões, d, e coeficiente de rugosidade, n) específicos. A Tabela 16
apresenta os valores adotados na parametrização hidrológica das parcelas permeável e
impermeável das sub-bacias.

Tabela 16. Parâmetros adotados na modelagem hidrológica das subáreas permeável e


impermeável.

Subárea d (mm) n

Permeável 5,0 0,40

Impermeável¹ 2,5 0,10


¹ Fixada em 80%.
Fonte: elaborado pelo autor.

O processo de infiltração foi simulado pelo método de Green Ampt, modelo baseado na Lei de
Darcy que assume a formação de uma frente de umedecimento, que se move para baixo a
partir da superfície, separando o solo saturado (acima) do solo mais seco (abaixo) (ROSSMAN;
HUBER, 2016). A condutividade hidráulica saturada (Ks), o potencial matricial na frente de
umedecimento (Ψs) e o déficit inicial de umidade (θi), parâmetros do método de Green-Ampt
inerentes às subáreas permeáveis, foram estimados de forma indireta mediante o uso de
funções de pedotransferência (SAXTON; RAWLS, 2006, BRAKENSIEK; ENGLEMAN; RAWLS,
1981) e na descrição das características texturais e hidrológicas dos solos típicos dos principais
domínios geológicos presentes na área de estudo (SALVADOR, 2014). A Tabela 17 apresenta
os valores adotados na simulação do processo de infiltração das águas pluviais.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 58/85

Tabela 17. Parâmetros adotados na modelagem do processo de infiltração das águas


pluviais.
Ks Ψs
Solo θi
(mm/hr) (mm)

Sedimentos arenosos quaternários 114 143 0,37

Sedimentos argilosos da F. Pojuca 1 729 0,07

Solos Residuais do Cristalino 6 376 0,13


Fonte: elaborado pelo autor.

Para a modelagem da propagação do escoamento superficial ao longo de canais e reservatórios


(malha de drenagem) foi selecionado o método da Onda Dinâmica (ROSSMAN, 2017). Nesse
método, o SWMM resolve a forma completa das equações de conservação da massa e da
quantidade de movimento para o escoamento de superfície livre em regime não-permanente e
gradualmente variado.

Risco de Inundações Pluviais nas Estações de Parada

A avaliação do risco de inundação pluvial consistiu na comparação entre as altitudes das


soleiras das estações de parada objeto de estudo e as altitudes da superfície de escoamento
pluvial produzidas por chuvas com probabilidades de excedência anual preestabelecidas. A
Tabela 18 e a Tabela 19 apresentam a síntese da avaliação.

Tabela 18. Avaliação do risco de inundações pluviais no Cenário 01.

Altitude das Superfícies de Escoamento (m)


Altitude da Soleira
Parada
(m) TR =2 TR =10 TR =25 TR =50 TR =100
50% 10% 4% 2% 1%

Comercio - E02 3,75 3,69 3,70 3,71 3,71 3,72

Porto - E06 3,75 3,62 3,76 3,82 3,87 3,91

S Joaquim - E08 4,20 4,16 4,20 4,22 4,23 4,23

Calcada - E10 4,00 3,76 3,88 3,93 3,97 4,00

São Luiz - E44¹ 15,20 16,43 16,48 16,50 16,52 16,54


¹Parada posicionada na meia encosta, abaixo da Av. Olindina. O transbordamento da Av. Olindina ocorre quando a
cota de inundação ultrapassa a altitude 16,38 m.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 59/85

Tabela 19. Avaliação do risco de inundações pluviais no Cenário 02.

Altitude das Superfícies de Escoamento Pluvial (m)


Altitude da Soleira
Parada
(m) TR =2 TR =10 TR =25 TR =50 TR =100
50% 10% 4% 2% 1%

Comercio - E02 3,75 3,68 3,69 3,70 3,70 3,71

Porto - E06 3,75 3,13 3,17 3,19 3,21 3,24

S Joaquim - E08 4,20 4,09 4,12 4,13 4,13 4,14

Calcada - E10 4,00 3,25 3,30 3,34 3,39 3,45

São Luiz - E44¹ 15,20 16,30 16,34 16,37 16,39 16,40


¹Parada posicionada na meia encosta, abaixo da Av. Olindina. O transbordamento da Av. Olindina ocorre quando a
cota de inundação ultrapassa a altitude 16,38 m.
Fonte: elaborado pelo autor.

É importante destacar que os resultados estão sujeitos às incertezas inerentes (i) à abordagem
metodológica baseada em cenário hipotéticos, (ii) aos métodos de modelagem, (iii) aos dados
disponíveis e, principalmente, (iv) à evolução do processo de ocupação do solo e manejo das
águas pluviais urbanas. Portanto, recomenda-se o acompanhamento sistemático das chuvas e
níveis d’água no entorno das estações de parada.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 60/85

7. AVALIAÇÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES COMBINADAS


O traçado da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio de Salvador recorta planícies costeiras
recortadas por canais fluviais com escoamento influenciado pelo regime de marés. Nesses
ambientes, as preamares favorecem o efeito de remanso, o qual, mesmo durante cheias de
maior frequência, cria condições hidráulicas favoráveis ao extravasamento das calhas fluviais.
Nesse contexto se encontram as seguintes estações e obras objeto de estudo: Pátio de
Manutenção (E12); Viga sob o Viaduto dos Motoristas; Parada Baixa do Fiscal (E14); Parada
Santa Luzia (E16); Parada Viaduto Suburbana (E18); Viga sob o Viaduto da Suburbana e;
Parada Paripe (E42).

A avaliação do risco de inundações combinadas nas estações de parada situadas no trecho


entre os bairros Comércio e Suburbana, na estação de parada Paripe e Ilha de São João, foi
realizada mediante modelagem numérica da produção e propagação do escoamento superficial
ao longo das calhas de drenagem cadastradas nesses locais. A seguir são relacionadas as
principais premissas e simplificações adotadas no processo de modelagem:

• Para fins de análise do efeito de remanso, foi considerada como condição de contorno,
a altitude da superfície do mar com probabilidade de excedência anual igual a 1%, no
cenário atual (TW = 2,09 m).

• Parte das galerias existentes que funcionam como emissários pluviais, não foram
cadastradas, em razão da dificuldade de acesso – ausência de estruturas visitáveis ou
edificações que impedem o acesso aos dispositivos. Nesses casos os emissários foram
modelados como orifícios com seção delimitada pela menor dimensão cadastrada à
montante ou à jusante do trecho onde não foi possível o acesso.

• A propagação superficial dos volumes que transbordam ao longo da calha principal da


macrodrenagem da Baixa do Fiscal, foi simulada mediante vertedores posicionados no
topo das calhas, interligando o ponto de extravasamento com o nó à jusante.

• Não foram avaliados os volumes de amortecimento ao longo das vias e terrenos


marginais. A modelagem considerou apenas os volumes de armazenamento limitados
pelas dimensões dos condutos simulados.

É fundamental destacar o estado de degradação do sistema de drenagem atual. Na maioria dos


canais, o assoreamento promove alterações significativas na geometria e impossibilitam o
cadastro das dimensões originais dos dispositivos de drenagem existentes.

Modelagem Hidrológico-Hidráulica das Inundações Combinadas

Neste estudo o Storm Water Management Model (SWMM), versão 5.0, foi utilizado como
plataforma de simulação numérica de cheias naturais. No processo de modelagem foram
considerados os três principais fenômenos relacionados à formação de cheias em bacias
urbanas de pequeno porte, onde a contribuição do escoamento de base não é relevante para a
formação das ondas de cheia, quais sejam: (i) produção do volume escoado superficialmente;
(ii) propagação do escoamento superficial nos interflúvios; e (iii) propagação do escoamento
superficial ao longo, no caso em estudo, dos canais de drenagem urbana.

O espaço geográfico objeto de estudo foi discretizado em duas malhas compostas por
elementos que sintetizam os processos de produção e propagação das águas superficiais. A

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 61/85

malha produzida para a simulação dos processos de produção e propagação do escoamento


superficial nos interflúvios, denominada de malha de sub-bacias, apresenta estrutura irregular
delimitada mediante interpretação de dados topográficos.

A malha linear utilizada na modelagem da propagação do escoamento superficial ao longo das


calhas de drenagem cadastradas, denominada de malha de drenagem, compreende nós
(confluências e exutórios) e links (condutos; orifícios e vertedores). Os parâmetros que
descrevem as características físicas dos elementos que compõem as malhas de sub-bacias
(área de drenagem, largura característica e declividade) e de drenagem (extensão, seções,
cotas e declividades) foram estimados mediante a avaliação das linhas de fluxo superficial e do
processamento de modelos numéricos do terreno resultantes de aerolevantamento
fotogramétrico e perfilamento à laser para aquisição das imagens na escala urbana 1:1000
(SALVADOR, 2017) e do cadastro de drenagens existentes executado no âmbito do contrato
da RAJENDRA CONSULTORIA LTDA.

No SWMM, as áreas de produção e propagação do escoamento superficial, as sub-bacias, são


tratadas como reservatórios não-lineares, que recebem aportes da precipitação ou das áreas
de produção adjacentes e reproduzem numericamente os processos de produção e propagação
do escoamento superficial nos interflúvios (ROSSMAN; HUBER, 2016). O escoamento
superficial é gerado quando a altura precipitada ou o volume afluente excede a capacidade de
armazenamento nas depressões superficiais e de infiltração nos solos, sendo as vazões
produzidas em cada intervalo de tempo estimadas pelo método de Manning com parâmetros
de rugosidade ajustados ao escoamento superficial laminar. As sub-bacias são particionadas
em duas subáreas, uma subárea permeável e outra subárea impermeável, com parâmetros
hidrológicos (altura das depressões, d, e coeficiente de rugosidade, n) específicos. A Tabela 16
apresenta os valores adotados na parametrização hidrológica das parcelas permeável e
impermeável das sub-bacias.

O processo de infiltração foi simulado pelo método de Green Ampt, modelo baseado na Lei de
Darcy que assume a formação de uma frente de umedecimento, que se move para baixo a
partir da superfície, separando o solo saturado (acima) do solo mais seco (abaixo) (ROSSMAN;
HUBER, 2016). A condutividade hidráulica saturada (Ks), o potencial matricial na frente de
umedecimento (Ψs) e o déficit inicial de umidade (θi), parâmetros do método de Green-Ampt
inerentes às subáreas permeáveis, foram estimados de forma indireta mediante o uso de
funções de pedotransferência (SAXTON; RAWLS, 2006, BRAKENSIEK; ENGLEMAN; RAWLS,
1981) e na descrição das características texturais e hidrológicas dos solos típicos dos principais
domínios geológicos presentes na área de estudo (SALVADOR, 2014). A Tabela 17 apresenta
os valores adotados na simulação do processo de infiltração das águas pluviais.

Para a modelagem da propagação do escoamento superficial ao longo de canais e reservatórios


(malha de drenagem) foi selecionado o método da Onda Dinâmica (ROSSMAN, 2017). Nesse
método, o SWMM resolve a forma completa das equações de conservação da massa e da
quantidade de movimento para o escoamento de superfície livre em regime não-permanente e
gradualmente variado.

Na modelagem hidráulica das cotas de inundação da estação de parada Paripe (E42), foram
aproveitados os hidrogramas de cheia resultantes dos estudos hidrológicos destinados à
avaliação do impacto das estações de parada previstas na Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio
de Salvador sobre o regime de cheias naturais. Para detalhes, ver Capitulo 3.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 62/85

Risco de Inundações Combinadas nas Estações de Parada

A avaliação do risco de inundação combinada consistiu na comparação entre as altitudes das


soleiras das estações de parada objeto de estudo, as altitudes da superfície de escoamento de
cheias produzidas por chuvas e marés com probabilidades de excedência anual
preestabelecidas. A Tabela 20 apresenta a síntese da avaliação.

Tabela 20. Avaliação do risco de inundações combinadas.

Altitude das Superfícies de Escoamento (m)


Altitude da Soleira
Parada/Estrutura
(m) TR =2 TR =10 TR =25 TR =50 TR =100
50% 10% 4% 2% 1%

Pátio de Manutenção - E12 4,06 3,36 3,78 4,03 4,22 4,40

Viaduto dos Motoristas 7,20 4,03 4,08 4,11 4,13 4,15

Baixa do Fiscal - E14 3,70 2,78 3,27 3,52 3,71 3,87

Santa Luzia - E16 4,30 3,23 3,64 3,67 3,69 3,71

V Subrubana - E18 4,65 3,27 3,79 4,01 3,99 4,08

Viaduto da Av. Suburbana 8,20 3,25 3,75 3,96 3,99 4,10

Paripe - E42 3,85 2,09 2,10 2,11 2,11 2,12

Ilha de São João - E46 4,7 2,64 2,79 2,87 2,92 2,98
Fonte: elaborado pelo autor.

É importante destacar que os resultados estão sujeitos às incertezas inerentes (i) à abordagem
metodológica baseada em cenário hipotéticos, (ii) aos métodos de modelagem, (iii) aos dados
disponíveis e, principalmente, (iv) à evolução do processo de ocupação do solo e manejo das
águas pluviais urbanas. Portanto, recomenda-se o acompanhamento sistemático das chuvas e
níveis d’água no entorno das estações de parada.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 63/85

8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trabalho atingiu os objetivos de caracterizar a situação relacionada a alagamentos na área e
entorno do percurso do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário, analisar o efeito da implantação do
mesmo, bem como avaliar o risco de inundação das paradas e viadutos.

O levantamento da situação de alagamentos na área e entorno do percurso do Monotrilho,


realizado através de pesquisa na literatura, notícias de jornais digitais e inspeção em campo,
demostrou que os alagamentos são frequentes na região das paradas Calçada, Baixa do Fiscal,
Santa Luzia e Viaduto Suburbana, mas também ocorrem na área das paradas Comércio e
Porto, bem como na região do Viaduto dos Motoristas. Ou seja, existe um passivo de problemas
de drenagem histórico.

A análise do efeito da implantação do Monotrilho na geração do escoamento superficial


demostrou que as sub-bacias estão com uma alta ocupação e alto grau de impermeabilização,
não indicando possibilidade de expansão e aumento nas vazões. As sub-bacias com maior
alteração são aquelas situadas na Costa e não impactam o sistema de drenagem. A
implantação do Pátio de Manutenção implica no aumento de área impermeável para a
drenagem a jusante e recomenda-se a adoção de sistema sustentável de drenagem urbana,
utilizando dispositivos para facilitar a infiltração e armazenamento temporário no Pátio, de forma
evitar o aumento da vazão máxima.

A avaliação do risco de inundação costeira consistiu na comparação entre as altitudes das


soleiras das estações de parada e estruturas críticas previstas das obras da Fase 01 do
Monotrilho e as altitudes máximas anuais da superfície do mar com probabilidade de
excedência de 1% (tempo de retorno igual a 100 anos) no cenário atual (2019) e futuro (2100).
Os resultados do estudo indicam que as edificações e estruturas avaliadas apresentam risco
de inundação costeira inferior a 1%, mesmo considerando o cenário futuro. A Parada Praia
Grande, com bordo livre de 1,24 m e 0,99 m no cenário atual e futuro, respectivamente, é a
obra mais susceptível à submersão pelas águas do mar. Nas demais paradas a folga é maior
(Figura 31).

Figura 31. Bordo livre em relação à inundação costeira.

Fonte: Elaboração própria.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 64/85

As inundações pluviais, também denominadas de alagamentos, resultam da extrapolação da


capacidade de escoamento de sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de água
em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas, em decorrência de precipitações intensas.
No cenário de falência das estruturas de drenagem, as paradas Porto, São Joaquim e São Luiz
podem ficar sujeitas a inundação com alto risco, o que não deve ocorrer se a drenagem operar
segundo o dimensionamento com tempo de retorno de 10 anos.

A avaliação do risco de inundação combinada consistiu na comparação entre as altitudes das


soleiras das estações de parada objeto de estudo, as altitudes da superfície de escoamento de
cheias produzidas por chuvas e marés com probabilidades de excedência anual
preestabelecidas. O Pátio de Manutenção e a parada Baixa do Fiscal podem estar sujeitas a
inundações com baixo risco (tempo de retorno de 50 e 100 anos).

O resumo das cotas obtidas nas avaliações das inundações pluviais e combinadas, com
destaque (em negrito) para aquelas que superam a altitude das soleiras das estações de parada
e viadutos consta na Tabela 21.

Tabela 21. Resumo das cotas obtidas nas avaliações das inundações pluviais e
combinadas.
Estação de Altitude da Risco de TR = 2 anos - TR = 10 anos - TR = 25 anos - TR = 50 anos - TR = 100 anos -
Parada/Estruturas Soleira¹ inundação 50% 10% 4% 2% 1%
(m) C01 C02 C01 C02 C01 C02 C01 C02 C01 C02
Comércio 3,75 3,69 3,68 3,7 3,69 3,71 3,7 3,71 3,7 3,72 3,71
3,76 3,82 3,87 3,91
PLUVIAL

Porto 3,75 3,62 3,13 3,17 3,19 3,21 3,24


São Joaquim 4,2 4,16 4,09 4,2 4,12 4,22 4,13 4,23 4,13 4,23 4,14
Calçada 4,0 3,76 3,25 3,88 3,3 3,93 3,34 3,97 3,39 4,0 3,45
2
São Luiz 15,2 16,43 16,3 16,48 16,34 16,5 16,37 16,52 16,39 16,54 16,4
Pátio de Manutenção 4,06 3,36 3,78 4,03 4,22 4,4
Viaduto Motoristas 7,2 4,03 4,08 4,11 4,13 4,15
COMBINADA

Baixa do Fiscal 3,7 2,78 3,27 3,52 3,71 3,87


Santa Luzia 4,3 3,23 3,64 3,67 3,69 3,71
Suburbana 4,65 3,27 3,79 4,01 3,99 4,08
Viaduto Suburbana 8,2 3,25 3,75 3,96 3,99 4,1
Paripe 3,85 2,09 2,1 2,11 2,11 2,12
Ilha de São João 4,7 2,64 2,79 2,87 2,92 2,98
Lobato 5,45
União 7,0
São João 4,0
Plataforma 4,3
INEXISTENTE*

São Braz 9,6


Itacaranha 5,9
Escada 5,05
Praia Grande 3,5
Periperi 3,75
Setúbal 7,6
Coutos 7,1
Viaduto BA-528 19,8
¹ Altura das soleiras das estações de parada, em relação ao Datum de Imbituba SC, fornecidas pela SKYRAIL – BAHIA,
C01 - Cenário de falência do sistema de drenagem superficial; C02 - Cenário de operação do sistema de drenagem para eventos
com TR = 10 anos.
2
Parada posicionada na meia encosta, abaixo da Av. Olindina. O transbordamento da Av. Olindina ocorre quando a cota de
inundação ultrapassa a altitude 16,38 m.
* Considerando as situações analisadas, metodologia e tempos de retorno utilizados.
Fonte: elaborado pelo autor.

A estação de parada São Luiz, por se situar na meia encosta, merece atenção especial do
projeto da drenagem da parada, de forma que os eventuais transbordamentos da Av. Olindina

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 65/85

sejam direcionados para jusante e não resultem em alagamentos na mesma, adotando um


tempo de retorno de 10 anos.

É importante destacar que os resultados da avaliação das inundações estão sujeitos às


incertezas inerentes (i) à abordagem metodológica baseada em cenário hipotéticos, (ii) aos
métodos de modelagem, (iii) aos dados disponíveis e, principalmente, (iv) à evolução do
processo de ocupação do solo e manejo das águas pluviais urbanas. Portanto, recomenda-se
o acompanhamento sistemático das chuvas e níveis d’água no entorno das estações de parada.

É fundamental enfatizar o estado de degradação do sistema de drenagem atual. Na maioria dos


canais, o assoreamento promove alterações significativas na geometria e impossibilitam o
cadastro das dimensões originais dos dispositivos de drenagem existentes, além disso
pontilhões e tubulações diminuem a seção de escoamento projetada.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 66/85

9. BIBLIOGRAFIA

ANA, 2018. Produção de base vetorial com o Curve Number (CN). Nota Técnica 46/2018/SPR.
Agência Nacional de Águas. Acesso em 13/ago/2020.

ANA, 2019. Inventário do Hidro. Disponível em: http://hidroweb.ana.gov.br/. Acessado em:


28/03/2019.

ANA, 2020. Dados hidrológicos. Disponível em:


http://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas. Acessado em: agosto/2020.

Aragão, R., Cruz, M.A.S. Correia, E.C.O., Machado, L.F.M., Figueiredo, E.E. 2017. Impacto do
uso do solo pelo aumento da densidade populacional sobre o escoamento numa área urbana
do Nordeste Brasileiro via geotecnologias e modelagem hidrológica Revista Brasileira de
Geografia Física v.10, n.02 (2017) 543-557.

Brandão, T..F., Santos, L.S., Carelli, L. 2016. Eventos Hidrológicos Extremos na Cidade de
Salvador-BA: Análise Espacial de Ocorrências de Alagamentos. Investig. Geogr. Chile, 51:
115-137.

Campana, N., Tucci, C.E.M., 2001. Predicting floods from urban development scenarios:
Case study of the Dilúvio basin, Porto Alegre, Brazil. In: Urban Water, Oxford, pp. 113-124.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB. Drenagem


urbana: manual de projeto. 476 p. São Paulo, 1979.

CONDER. Sistema Cartográfico da Região Metropolitana de Salvador – SICAR/RMS. 2ª ed.


Salvador. 1995.

Fagundes, L., 2002. Elaboração de índice ambiental urbano através da análise de densidade
populacional e superfície impermeável em bacias hidrográficas. Dissertação (Mestrado).
Faculdade de arquitetura e urbanismo. Porto Alegre, UFRGS.

HUFF, F. A., 1990. Time Distribution of Heavy Rainstorms in Illinois (Circular 173). Illinois State
Water Survey.

IBGE, 2016. Grade Estatística. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro.

Menezes Filho, F.C.M., Tucci, C.E.M. Alteração na relação entre densidade habitacional x área
impermeável: Porto Alegre - RS., 2012. REGA. Revista de Gestão de Águas da América Latina
9, 49-55.

PMS, 2019. CONFIGURAÇÃO DO SERVIÇO WFS DO CONJUNTO DADOS GEOESPACIAS


VETORIAIS (CDGV) PRELIMINAR. MT 010/2010. PROJETO CARTOGRAFIA DE SALVADOR.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR. Acesso em 10/9/2020.

Reis, J.T., Filho, W.P., Silveira, A.L.L., 2011. Estimativa entre densidade habitacional e áreas
impermeáveis na região urbana da sub-bacia hidrográfica do arroio Cadena em Santa Maria,
RS. Ciência e Natura 33, 145-160.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 67/85

Silveira, G.M. 2010. Análise de sensibilidade de hidrogramas de projeto aos parâmetros de sua
definição direta. Dissertação. Escola Politécnica. USP.

SMDU/SP. 2012. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: aspectos tecnológicos;


diretrizes para projetos. Vol 3. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Santos, E., de Pinho, J.A.G., Moraes, L.R.S, Fischer, T. 2010. Caminho das Águas em Salvador:
Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes. Salvador: CIAGS/UFBA; SEMA. 486p. Coleção Gestão
Social.

Sutherland, R.C. 2000. Methods for Estimating the Effective Impervious Area of Uban
Watersheds. Watershed Protection Techniques. Technical Note #58. p 282-284.

Agência Nacional de Águas, ANA, Sistema de Informações Hidrológicas, Disponível em: <
http://hidroweb,ana,gov,br/ >, Acesso em: 24 ago, 2020

BRAKENSIEK, D. L.; ENGLEMAN, R. L.; RAWLS, W. J. Variation within Texture Classes of Soil
Water Parameters. Transactions of the ASAE, v. 24, n. 2, p. 0335-0339, 1981.

CETESB, Drenagem urbana: manual de projeto, São Paulo: CETESB/ASCETESB, 1986

CHURCH, J, A,; WHITE, N, J,; COLEMAN, R,; LAMBECK, K,; MITROVICA, J, X, Estimates of
the regional distribution of sea level rise over the 1950-2000 period, Journal of Climate, v, 17, n,
13, p, 2609–2625, jul, 2004,

CHURCH, J, A,; WHITE, N, J, Sea-Level Rise from the Late 19th to the Early 21st Century,
Surveys in Geophysics, v, 32, n, 4-5, p, 585-602, set, 2011,

FOREMAN, M, G, G,; HENRY, R,F, The harmonic analysis of tidal model time series, Advances
in Water Resources, v, 12, n,3, p, 109-120, set 1989,

KUNDZEWICZ, Z, W,; ROBSON, A, (Editores) Detecting Trend and Other Changes in


Hydrological Data, Geneva: WMO, 2000, 157 p, (World Climate Program – Water, UNESCO,
WCDMP-45),

NAGHETTINI, M, C,; PINTO, E, J, A, Hidrologia Estatística, Belo Horizonte: CPRM, 2007,

PINTO, N, L, S,; HOLTZ, A, C, T,; MARTINS, J, A,; GOMIDE, F, L, S, Hidrologia Básica, São
Paulo: Edgard Blücher, 1976, 279 p,

PUGH, D,T, Tides, surges and mean sea-level, Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd,, 1987,
486 p.

ROSSMAN, L. A. Storm Water Management Model Reference Manual, Volume II – Hydraulics.


Cincinnati: USEPA, 2017. Disponível em: < https://www.epa.gov/water-research/storm-water-
management-model-swmm.>. Acesso em: 19 dez. 2017.

ROSSMAN, L. A.; HUBER, W. C. Storm Water Management Model Reference Manual, Volume
I – Hydrology (Revised). Cincinnati: USEPA, 2016. Disponível em: <https://www.epa.gov/water-
research/storm-water-management-model-swmm.>. Acesso em: 19 dez. 2017

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 68/85

SALVADOR. Secretaria Municipal da Fazenda. Cartografia Digital de Salvador, 2017.


Disponível em: < http://cartografia.salvador.ba.gov.br/index.php/dados-geoespaciais/baixar-
dados-geoespaciais>, Acesso em: 01 out, 2020.

SALVADOR. Secretaria Municipal do Saneamento, Habitação e Infraestrutura Urbana.


Coordenadoria de Áreas de Risco Geológicos. Relatório Conclusivo do Diagnóstico das Áreas
de Risco. Plano Diretor de Encosta do Município de Salvador. Salvador: [s.n.], 2004.

SAXTON, K. E.; RAWLS, W. J. Soil Water Characteristic Estimates by Texture and Organic
Matter for Hydrologic Solutions. Soil Science Society of America Journal, v. 70, n. 5, p. 1569-
1578, set. 2006.

SILVEIRA, A, L, L, Equação para coeficientes de desagregação de chuva, Revista Brasileira de


Recursos Hídricos, v, 5, n,1, p, 143 - 147, 2000,

TUCCI, C, E, M, Hidrologia Ciência e Aplicação, Porto Alegre: Editora da Universidade, 1993,


952 p,

WEISS, L, L, Ratio of True to Fixed-Interval Maximum Rainfall, Journal of the Hydraulics


Division, v, 90, n, 1, p, 77 - 82, 1964,

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 69/85

10. APÊNDICE
Apêndice 1 - Amostra de chuvas diárias máximas
Chuva Diária Máxima (mm)
Período
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1904 16,2 7,5 6,8 162,5 49,4 99,8 26,4 9 15,2 30,7 15 3,6 162,5
1905 44,1 11,2 147 51,4 37,4 48,1 11 12 40 51,5 60,3 38,5 147
1906 4 27,5 27 240 55 18,2 32 17,2 2,6 16 66 51,6 240
1907 9,8 34 51,5 18 21 14,8 66,3 31,8 7,8 61,8 11,3 50,8 66,3
1908 24,1 -999 32 108 61,3 23,1 33,7 12,6 8,2 20,6 90,1 20,3 108
1909 6 8,4 7,2 280,1 90,6 93 94 7,4 13,6 16,8 18,3 25,1 280,1
1910 38 52,5 71 16 58,3 22 33,3 14 24,1 40,6 70 93 93
1911 39,9 50,7 36,5 52 72,5 35,1 37,2 31 44 24,8 24,1 20 72,5
1912 33,7 58,2 35,9 51,8 65,6 62,5 34,6 24,7 46,4 70,6 15,8 19,4 70,6
1913 2,4 16 25,1 64,3 66,5 109,2 67,4 49,1 45,5 80,6 65,9 90,5 109,2
1914 46,4 28 43,1 52 61,4 27,6 59 16,6 32,5 66,9 29,9 128,7 128,7
1915 17 23,5 64 82,5 27 43,6 26,8 17,9 31,1 66,1 37,6 48,6 82,5
1916 8,2 65,1 30,8 65,6 56,2 31,2 33,9 14,8 16,9 67,5 76,4 38 76,4
1917 17,4 18,5 70 79,8 64 64 35,6 55 16,4 67 67,5 36,1 79,8
1918 39,2 67 62,5 85,3 67,9 35 68,2 59,2 25,8 25,4 29 66,1 85,3
1919 30 30 66,5 27,1 66,2 71 59 43,4 30 8,5 12 22,8 71
1920 38,1 18,1 91,3 101,7 77 40,1 15,1 35 95,3 13,2 22,8 13,1 101,7
1921 15,5 37,9 16,8 100,9 34 41,8 21,4 12,2 16 44,1 26 123 123
1922 7,1 90,2 26,9 82,5 50,6 45 91,1 34,5 23,2 24,3 27,2 44,1 91,1
1923 7 69,2 14,2 37,4 29,3 51,7 30 30,2 54 9,6 33 21,1 69,2
1924 21 50,2 67,6 48,5 133,2 35,5 28 8,1 9 38 21,6 46,7 133,2
1925 59,6 22,9 25 62,4 23,5 28,3 78,4 21 12,7 38,5 58 69,8 78,4
1926 19,7 80,3 66,3 103,9 82,7 110,3 42,9 17,9 4,7 6,5 10,2 15,4 110,3
1927 19,4 44,8 32,1 42,5 36,6 39,7 31,5 9,5 19,5 3,6 30,3 43,7 44,8
1928 18,2 26,4 22,5 12,8 54,4 11,2 16,2 26,2 30,2 56,2 120 37 120
1929 2,3 55,4 15,1 63 72,7 61,9 22,9 66,4 27,1 18,6 12,6 80,5 80,5
1930 15 11,8 158 57,6 44,5 56,3 16,2 5,1 17,9 41,7 101,1 34,6 158
1931 3,3 20 11,6 50,6 110,6 39,7 25,6 17,2 16 68 58 24,2 110,6
1932 80,2 4,2 80 16,8 57,8 31 53,6 29 6 29,4 62 10,4 80,2
1933 45,3 48,3 50,4 105,1 63,5 41,6 29,3 23,6 36,9 99,9 34,8 29,5 105,1
1934 27,6 33,6 23,8 77,4 37,6 55,1 20,6 30,4 35,6 45,4 33,2 47 77,4
1935 54,6 30,3 67 103,3 156,1 48,7 52,1 21,2 49,2 8 55 50,8 156,1
1936 46,7 50,2 34,8 72,5 41,4 51 44,4 25,5 12,7 21,4 55,8 65 72,5
1937 15,2 47,6 86 51,2 44,8 68,6 38 23,9 40 38,6 13,4 11,8 86
1938 38,2 8,8 106 41,4 109,2 92 81 22,4 20 73,2 197 6,6 197
1939 47 11 20,3 161,2 26 26,1 67,5 45,7 34,4 36,5 44,8 84,5 161,2
1940 20,1 88,6 68,4 144,9 65,7 22,7 26,8 13,2 41,8 15,8 49,8 5,4 144,9
1941 17,5 31,8 111,5 59,2 134,6 59,3 105,6 17,2 31,7 28,9 49,6 26 134,6

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 70/85

Chuva Diária Máxima (mm)


Período
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1942 14 30,6 33,3 111,9 94,9 51,5 34 32,9 42,5 101 75,1 43,8 111,9
1943 53,1 67,5 77 68 108 53,4 64,3 33,8 30,8 16 53 11 108
1944 51,3 4,1 12,2 62,8 52,6 45,4 39 23 11,3 17,4 32,6 190,1 190,1
1945 13,4 24,1 4,8 86,7 77,7 59,2 31,7 18 59 181,1 26,5 30,1 181,1
1946 19 12,5 9,8 69,1 37,8 40,5 51,8 15,6 45,4 6,3 25 50,3 69,1
1947 55,1 8,3 46,1 108,9 31,8 23,3 19,1 49,3 11 70,2 118 52,3 118
1948 21,7 1,1 115 97,1 56,4 65,4 26 34,7 22,9 33,1 78,3 40 115
1949 3,2 26,2 23,6 83,1 41,8 89 30,5 18,1 36,6 41,6 82,6 9,5 89
1950 19,3 96,8 57,5 57,3 86,3 33,6 50 18,3 9 14,2 57,5 20,3 96,8
1951 33 19,3 63,4 159,3 64,9 80,9 26,9 7,2 45 13 12,6 58 159,3
1952 4,9 5,4 43,4 68,5 139,4 34,3 64,2 23,2 8,7 28,3 11,6 69,7 139,4
1953 20 31,8 31,2 47,1 37,6 20,8 16,7 18,4 28,1 53,6 49,8 23,4 53,6
1954 40,3 33,8 113,5 76,4 22 21,4 70,1 18,6 7,6 2,2 36,1 92,1 113,5
1955 124,6 12,2 19,8 24,1 35,7 31 66 23,6 35,1 17,2 55,2 19,6 124,6
1956 5,2 39 92,7 60,4 179,6 20,6 64,7 50,6 13,5 35,7 130,3 18,4 179,6
1957 36,6 62,2 41 93,6 62,2 29,6 39,4 52,8 12,1 43,8 12,6 6 93,6
1958 26,8 14,2 61,7 48,2 72,4 73,4 138,9 26,8 68,4 33,3 16,1 17,7 138,9
1959 16,8 66 23,3 15 87,9 39 -999 -999 -999 -999 -999 -999 87,9
1960 34,8 9,1 64 82,4 45,6 38,2 25,4 14,8 6,8 12,6 38,4 15 82,4
1961 19,2 3,9 25,3 37,5 25,2 30,7 15,1 31,4 2,5 13,1 3 44 44
1962 17 48,5 55,1 77,6 34,2 46,4 42 17,4 11,9 21,9 77,1 18 77,6
1963 10 140 30,2 64,4 84,4 20,5 33,3 30,1 17,4 9,9 39,9 84,2 140
1964 112,4 118,2 109,4 106,2 65 94 58,8 60,4 14,2 141,6 161,4 78,6 161,4
1965 30,3 14 17,6 121,5 50,3 40,6 30,1 31,4 15,3 31,4 84,5 11,6 121,5
1966 22,5 30,7 22,4 39,1 208,4 29,9 24,3 47,6 26,4 53,1 27,6 39,5 208,4
1967 4,2 15,8 23,6 73,8 69,4 47,3 21,5 21,3 30,6 22,7 29,4 60,8 73,8
1968 56,9 69,2 47,1 78 123,5 81,1 51,6 21,4 36,1 31,2 66,4 30,9 123,5
1969 27,8 49,7 100,9 111,2 102,3 109,1 43,4 56,7 41 21,6 22,5 78,3 111,2
1970 62 74,4 12,2 33 161,1 48 51,1 29,1 51,3 59,1 73,2 7,2 161,1
1971 30 11,7 33 147 92,4 74,1 79,2 86,1 68,7 42,2 11,4 44,8 147
1972 13,1 40,1 9,1 66,7 69 47,7 18,5 60,1 60 46,9 21,6 20,3 69
1973 26 60 18,4 50 156,4 80,8 70,1 36,1 29 105,3 62,2 21,6 156,4
1974 50 144,8 70 177,8 90,9 57 100,1 17,6 24,6 50 51,8 80 177,8
1975 51 42,7 29,7 137,8 80,2 70 70,2 20,2 40 22,9 54,7 48,1 137,8
1976 18,5 38 23,4 47,2 85 10,2 90,2 70 17,3 59,4 41,7 12,1 90,2
1977 76,2 34,3 15,1 61,7 138,6 134,6 36 5,9 151,7 86 3,2 89,9 151,7
1978 18,5 14,7 49,8 68,8 67 212,8 49,5 53,4 33,6 107,1 35,6 39,3 212,8
1979 46,1 38,5 18,8 114,2 31,4 80,3 62,5 70,1 11,5 7,5 49,5 14,4 114,2
1980 80 160,7 70,1 13,6 29,5 90,1 31,6 70 43,5 31,2 84,2 20,6 160,7
1981 15 14,5 48,1 57,5 29,3 90 32,8 15,7 6,5 19,1 20 40 90
1982 6 48,4 4,8 136,5 78,6 82,6 27,5 40 55,6 41,8 4,9 30 136,5
1983 20 50 67,6 31,2 20 98,2 80 65,9 38,9 41,5 23,8 14,5 98,2

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 71/85

Chuva Diária Máxima (mm)


Período
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1984 15,8 7,6 86,3 133,4 86,4 24,2 49,2 29,6 54,9 60 90 17,2 133,4
1985 48,1 30,1 16,2 139,5 71,8 25,4 100,1 -999 40 100 75,6 40 139,5
1986 45,8 14 60 113,2 65,1 -999 34,6 42,4 -999 69 -999 45,5 113,2
1987 8,8 15,2 20,4 36,2 99,8 70,5 0 19,4 14,9 7 79,5 18,6 99,8
1988 130,8 -999 85 76,2 59,9 56,4 -999 26 8,2 43,6 39,6 0 130,8
1989 106 -999 25,4 -999 -999 -999 -999 -999 -999 -999 -999 -999 106
1990 13,1 17 21,8 11 94 62,1 97,8 -999 -999 -999 -999 -999 97,8
1991 124 25,7 31,9 95,8 46,7 59,2 17,3 12,6 14 6,2 47,1 19,4 124
1992 24,4 51,8 27,6 36,4 34,6 39,9 33,1 47,8 39,6 9 87,3 58 87,3
1993 4,4 3,2 5,6 25,5 68,7 34,3 53 40,4 30,7 38,8 16,6 11 68,7
1994 10 18,2 74 59,8 30,2 114 60,9 79 21,3 33,8 19,6 20,6 114
1995 7,6 17,8 22 51,1 95,3 63,1 53,6 22,4 14,6 9,3 34 25 95,3
1996 29,3 27,6 20,1 232,5 56,8 51 39 29,2 51,6 34,9 42 47,6 232,5
1997 12,1 51,2 49,2 51,1 20,2 46,4 51,2 11,6 9 84 15 7 84
1998 22,9 33,5 45,4 81,5 47,1 141 87 30,1 14,5 41,4 38,1 15,5 141
1999 57,4 32,5 180,2 87,7 57,5 25,6 56,7 66,9 63,8 51,2 55,4 36,2 180,2
2000 6,4 23,6 41,6 75,7 39,8 75,8 43,4 32 55,2 10,8 58 45,4 75,8
2001 29,6 10,2 45,1 19,7 38,8 33,3 66,2 28,5 27,9 73,9 15,6 43,7 73,9
2002 58,5 40,2 15,4 14,8 87,2 54 108,6 50,4 90,7 8,4 5,6 13,9 108,6
2003 8,4 34,4 29,8 73,8 112,2 51,6 54,5 32,3 34,6 31 49,6 4,6 112,2
2004 89,3 83 58,5 67,9 46,8 72,8 31,7 31,6 17,4 25,5 80 7,6 89,3
2005 14,2 82,9 144,8 89,3 48,2 49,1 40,6 35 20,8 9 46 34,4 144,8
2006 7,6 5 20,5 110,6 85,8 95,2 21,8 49,2 41,5 82,4 77,2 15 110,6
2007 9,1 67,8 17,8 20 56,1 34,3 30,5 35,8 16,2 30,2 9,7 7,2 67,8
2008 10 130,8 31,8 34,8 71,2 45 29,5 9,4 12,5 12,2 37,6 29,3 130,8
2009 12,8 19,4 6,7 123 68,1 47,5 29,7 18,8 19,6 76 22,4 4,8 123
2010 18,9 5,4 36,6 118 51 16,6 90,8 25 16,9 40,2 14,4 43 118
2011 39,7 34,2 79 97,6 82,4 51 10 20,8 20,8 70,3 97 34,6 97,6
2012 6,5 14,9 29 11,4 186,4 35,5 61,2 24,6 10 26,1 19,3 4,2 186,4
2013 15,2 7,3 0 59,3 96,6 61,8 38,5 39,6 19,8 0 117,7 88,1 117,7
2014 9,6 31,6 44,1 39,7 78,5 104,9 26,6 9,5 41,8 7,8 7,5 64,2 104,9
2015 22,9 16,1 14,2 93 105,4 61,6 35,7 12,8 5,6 5,1 1,5 5,4 105,4
2016 50,4 25,6 17,5 17,6 46,6 27,9 13,8 97,5 30,8 23,8 20,9 26,7 97,5
2017 8 24,7 57,6 27,5 58,9 19,6 42,6 8,2 33,9 55,6 61,9 50,3 61,9
2018 24,5 23 51 45,9 40,5 40,6 8,5 19,8 40,8 34,8 25 81,8 81,8
2019 22,4 0,7 121 88,2 112,7 62,6 -999 -999 -999 -999 -999 -999 121
¹ -999 falha ou registro incompleto elaborado pelo autor.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 72/85

Apêndice 2 - Análise de independência da série histórica de chuvas


máximas
Ano Chuva Máxima (mm) xi - xm xi+1 - xm (xi - xm)2
1904 162,5 45,24 29,74 2046,94
1905 147 29,74 122,74 884,65
1906 240 122,74 -50,96 15065,87
1907 66,3 -50,96 -9,26 2596,61
1908 108 -9,26 162,84 85,69
1909 280,1 162,84 -24,26 26517,88
1910 93 -24,26 -44,76 588,40
1911 72,5 -44,76 -46,66 2003,18
1912 70,6 -46,66 -8,06 2176,87
1913 109,2 -8,06 11,44 64,91
1914 128,7 11,44 -34,76 130,94
1915 82,5 -34,76 -40,86 1208,04
1916 76,4 -40,86 -37,46 1669,29
1917 79,8 -37,46 -31,96 1403,02
1918 85,3 -31,96 -46,26 1021,24
1919 71 -46,26 -15,56 2139,70
1920 101,7 -15,56 5,74 242,02
1921 123 5,74 -26,16 32,98
1922 91,1 -26,16 -48,06 684,18
1923 69,2 -48,06 15,94 2309,47
1924 133,2 15,94 -38,86 254,18
1925 78,4 -38,86 -6,96 1509,86
1926 110,3 -6,96 -72,46 48,40
1927 44,8 -72,46 2,74 5250,00
1928 120 2,74 -36,76 7,52
1929 80,5 -36,76 40,74 1351,07
1930 158 40,74 -6,66 1660,00
1931 110,6 -6,66 -37,06 44,31
1932 80,2 -37,06 -12,16 1373,21
1933 105,1 -12,16 -39,86 147,79
1934 77,4 -39,86 38,84 1588,57
1935 156,1 38,84 -44,76 1508,79
1936 72,5 -44,76 -31,26 2003,18
1937 86 -31,26 79,74 976,99
1938 197 79,74 43,94 6358,96
1939 161,2 43,94 27,64 1931,00
1940 144,9 27,64 17,34 764,14
1941 134,6 17,34 -5,36 300,78
1942 111,9 -5,36 -9,26 28,70
1943 108 -9,26 72,84 85,69
1944 190,1 72,84 63,84 5306,12
1945 181,1 63,84 -48,16 4075,94
1946 69,1 -48,16 0,74 2319,09

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 73/85

Ano Chuva Máxima (mm) xi - xm xi+1 - xm (xi - xm)2


1947 118 0,74 -2,26 0,55
1948 115 -2,26 -28,26 5,09
1949 89 -28,26 -20,46 798,45
1950 96,8 -20,46 42,04 418,48
1951 159,3 42,04 22,14 1767,62
1952 139,4 22,14 -63,66 490,32
1953 53,6 -63,66 -3,76 4052,20
1954 113,5 -3,76 7,34 14,11
1955 124,6 7,34 62,34 53,92
1956 179,6 62,34 -23,66 3886,66
1957 93,6 -23,66 21,64 559,65
1958 138,9 21,64 -29,36 468,42
1959 87,9 -29,36 -34,86 861,83
1960 82,4 -34,86 -73,26 1215,00
1961 44 -73,26 -39,66 5366,57
1962 77,6 -39,66 22,74 1572,67
1963 140 22,74 44,14 517,25
1964 161,4 44,14 4,24 1948,61
1965 121,5 4,24 91,14 18,00
1966 208,4 91,14 -43,46 8307,07
1967 73,8 -43,46 6,24 1888,50
1968 123,5 6,24 -6,06 38,98
1969 111,2 -6,06 43,84 36,69
1970 161,1 43,84 29,74 1922,22
1971 147 29,74 -48,26 884,65
1972 69 -48,26 39,14 2328,73
1973 156,4 39,14 60,54 1532,18
1974 177,8 60,54 20,54 3665,47
1975 137,8 20,54 -27,06 422,02
1976 90,2 -27,06 34,44 732,08
1977 151,7 34,44 95,54 1186,33
1978 212,8 95,54 -3,06 9128,48
1979 114,2 -3,06 43,44 9,34
1980 160,7 43,44 -27,26 1887,30
1981 90 -27,26 19,24 742,94
1982 136,5 19,24 -19,06 370,30
1983 98,2 -19,06 16,14 363,17
1984 133,4 16,14 22,24 260,60
1985 139,5 22,24 -4,06 494,76
1986 113,2 -4,06 -17,46 16,46
1987 99,8 -17,46 13,54 304,74
1988 130,8 13,54 -11,26 183,42
1989 106 -11,26 -19,46 126,72
1990 97,8 -19,46 6,74 378,57
1991 124 6,74 -29,96 45,47
1992 87,3 -29,96 -48,56 897,42

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 74/85

Ano Chuva Máxima (mm) xi - xm xi+1 - xm (xi - xm)2


1993 68,7 -48,56 -3,26 2357,77
1994 114 -3,26 -21,96 10,61
1995 95,3 -21,96 115,24 482,11
1996 232,5 115,24 -33,26 13280,97
1997 84 -33,26 23,74 1106,02
1998 141 23,74 62,94 563,73
1999 180,2 62,94 -41,46 3961,83
2000 75,8 -41,46 -43,36 1718,67
2001 73,9 -43,36 -8,66 1879,82
2002 108,6 -8,66 -5,06 74,94
2003 112,2 -5,06 -27,96 25,57
2004 89,3 -27,96 27,54 781,59
2005 144,8 27,54 -6,66 758,62
2006 110,6 -6,66 -49,46 44,31
2007 67,8 -49,46 13,54 2445,98
2008 130,8 13,54 5,74 183,42
2009 123 5,74 0,74 32,98
2010 118 0,74 -19,66 0,55
2011 97,6 -19,66 69,14 386,39
2012 186,4 69,14 0,44 4780,77
2013 117,7 0,44 -12,36 0,20
2014 104,9 -12,36 -11,86 152,69
2015 105,4 -11,86 -19,76 140,59
2016 97,5 -19,76 -55,36 390,33
2017 61,9 -55,36 -35,46 3064,39
2018 81,8 -35,46 3,74 1257,19
2019 121 3,74 14,01
Estatísticas
r1 n E(r1) Var(r1) z
0.01 116 -0,009 0,008 0,16
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 75/85

Apêndice 3 - Análise de estacionariedade da série histórica de chuvas


máximas
Seqüência Ano Chuva Máxima (mm) Ordem X-Xm Y - Ym
1 1904 162,5 104 -57,50 45,56
2 1905 147 93 -56,50 34,56
3 1906 240 115 -55,50 56,56
4 1907 66,3 5 -54,50 -53,44
5 1908 108 52 -53,50 -6,44
6 1909 280,1 116 -52,50 57,56
7 1910 93 38 -51,50 -20,44
8 1911 72,5 13 -50,50 -45,44
9 1912 70,6 11 -49,50 -47,44
10 1913 109,2 55 -48,50 -3,44
11 1914 128,7 78 -47,50 19,56
12 1915 82,5 27 -46,50 -31,44
13 1916 76,4 18 -45,50 -40,44
14 1917 79,8 22 -44,50 -36,44
15 1918 85,3 29 -43,50 -29,44
16 1919 71 12 -42,50 -46,44
17 1920 101,7 47 -41,50 -11,44
18 1921 123 73 -40,50 14,56
19 1922 91,1 37 -39,50 -21,44
20 1923 69,2 10 -38,50 -48,44
21 1924 133,2 81 -37,50 22,56
22 1925 78,4 21 -36,50 -37,44
23 1926 110,3 56 -35,50 -2,44
24 1927 44,8 2 -34,50 -56,44
25 1928 120 70 -33,50 11,56
26 1929 80,5 24 -32,50 -34,44
27 1930 158 98 -31,50 39,56
28 1931 110,6 57 -30,50 -1,44
29 1932 80,2 23 -29,50 -35,44
30 1933 105,1 49 -28,50 -9,44
31 1934 77,4 19 -27,50 -39,44
32 1935 156,1 96 -26,50 37,56
33 1936 72,5 13 -25,50 -45,44
34 1937 86 30 -24,50 -28,44
35 1938 197 111 -23,50 52,56
36 1939 161,2 102 -22,50 43,56
37 1940 144,9 92 -21,50 33,56
38 1941 134,6 83 -20,50 24,56
39 1942 111,9 60 -19,50 1,56
40 1943 108 52 -18,50 -6,44
41 1944 190,1 110 -17,50 51,56
42 1945 181,1 108 -16,50 49,56
43 1946 69,1 9 -15,50 -49,44

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 76/85

Seqüência Ano Chuva Máxima (mm) Ordem X-Xm Y - Ym


44 1947 118 68 -14,50 9,56
45 1948 115 66 -13,50 7,56
46 1949 89 33 -12,50 -25,44
47 1950 96,8 41 -11,50 -17,44
48 1951 159,3 99 -10,50 40,56
49 1952 139,4 87 -9,50 28,56
50 1953 53,6 3 -8,50 -55,44
51 1954 113,5 63 -7,50 4,56
52 1955 124,6 77 -6,50 18,56
53 1956 179,6 106 -5,50 47,56
54 1957 93,6 39 -4,50 -19,44
55 1958 138,9 86 -3,50 27,56
56 1959 87,9 32 -2,50 -26,44
57 1960 82,4 26 -1,50 -32,44
58 1961 44 1 -0,50 -57,44
59 1962 77,6 20 0,50 -38,44
60 1963 140 89 1,50 30,56
61 1964 161,4 103 2,50 44,56
62 1965 121,5 72 3,50 13,56
63 1966 208,4 112 4,50 53,56
64 1967 73,8 15 5,50 -43,44
65 1968 123,5 75 6,50 16,56
66 1969 111,2 59 7,50 0,56
67 1970 161,1 101 8,50 42,56
68 1971 147 93 9,50 34,56
69 1972 69 8 10,50 -50,44
70 1973 156,4 97 11,50 38,56
71 1974 177,8 105 12,50 46,56
72 1975 137,8 85 13,50 26,56
73 1976 90,2 36 14,50 -22,44
74 1977 151,7 95 15,50 36,56
75 1978 212,8 113 16,50 54,56
76 1979 114,2 65 17,50 6,56
77 1980 160,7 100 18,50 41,56
78 1981 90 35 19,50 -23,44
79 1982 136,5 84 20,50 25,56
80 1983 98,2 45 21,50 -13,44
81 1984 133,4 82 22,50 23,56
82 1985 139,5 88 23,50 29,56
83 1986 113,2 62 24,50 3,56
84 1987 99,8 46 25,50 -12,44
85 1988 130,8 79 26,50 20,56
86 1989 106 51 27,50 -7,44
87 1990 97,8 44 28,50 -14,44
88 1991 124 76 29,50 17,56
89 1992 87,3 31 30,50 -27,44

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 77/85

Seqüência Ano Chuva Máxima (mm) Ordem X-Xm Y - Ym


90 1993 68,7 7 31,50 -51,44
91 1994 114 64 32,50 5,56
92 1995 95,3 40 33,50 -18,44
93 1996 232,5 114 34,50 55,56
94 1997 84 28 35,50 -30,44
95 1998 141 90 36,50 31,56
96 1999 180,2 107 37,50 48,56
97 2000 75,8 17 38,50 -41,44
98 2001 73,9 16 39,50 -42,44
99 2002 108,6 54 40,50 -4,44
100 2003 112,2 61 41,50 2,56
101 2004 89,3 34 42,50 -24,44
102 2005 144,8 91 43,50 32,56
103 2006 110,6 57 44,50 -1,44
104 2007 67,8 6 45,50 -52,44
105 2008 130,8 79 46,50 20,56
106 2009 123 73 47,50 14,56
107 2010 118 68 48,50 9,56
108 2011 97,6 43 49,50 -15,44
109 2012 186,4 109 50,50 50,56
110 2013 117,7 67 51,50 8,56
111 2014 104,9 48 52,50 -10,44
112 2015 105,4 50 53,50 -8,44
113 2016 97,5 42 54,50 -16,44
114 2017 61,9 4 55,50 -54,44
115 2018 81,8 25 56,50 -33,44
116 2019 121 71 57,50 12,56
Estatísticas
Sx Sy Sxy ρs n z
130065,00 130006,58 7882,50 0,06 116 0,65
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 78/85

Apêndice 4 - Análise local de frequência das chuvas máximas

Probabilidade de Excedência Teste de Kolmogorov-Smirnov


Chuva Máxima
Ordem Ano
(mm) Distribuição Distribuição
Teórica Empírica |F(xi) - S(xi-1)| |F(xi) - S(xi)|
(Gumbel) (Gringorten)
1 1909 280,1 0,004 0,005 0,004 0,001
2 1906 240,0 0,013 0,013 0,008 0,000
3 1996 232,5 0,017 0,022 0,003 0,005
4 1978 212,8 0,030 0,031 0,008 0,001
5 1966 208,4 0,034 0,039 0,004 0,005
6 1938 197,0 0,048 0,048 0,009 0,000
7 1944 190,1 0,059 0,056 0,011 0,003
8 2012 186,4 0,066 0,065 0,009 0,001
9 1945 181,1 0,077 0,074 0,012 0,003
10 1999 180,2 0,079 0,082 0,005 0,003
11 1956 179,6 0,081 0,091 0,002 0,010
12 1974 177,8 0,085 0,100 0,006 0,015
13 1904 162,5 0,132 0,108 0,032 0,024
14 1964 161,4 0,136 0,117 0,028 0,019
15 1939 161,2 0,137 0,125 0,020 0,011
16 1970 161,1 0,137 0,134 0,012 0,003
17 1980 160,7 0,139 0,143 0,005 0,004
18 1951 159,3 0,144 0,151 0,002 0,007
19 1930 158,0 0,150 0,160 0,002 0,010
20 1973 156,4 0,157 0,168 0,003 0,012
21 1935 156,1 0,158 0,177 0,011 0,019
22 1977 151,7 0,178 0,186 0,001 0,007
23 1905 147,0 0,203 0,194 0,017 0,009
24 1971 147,0 0,203 0,203 0,009 0,000
25 1940 144,9 0,215 0,212 0,012 0,003
26 2005 144,8 0,215 0,220 0,004 0,005
27 1998 141,0 0,238 0,229 0,018 0,010
28 1963 140,0 0,245 0,237 0,016 0,007
29 1985 139,5 0,248 0,246 0,011 0,002
30 1952 139,4 0,249 0,255 0,003 0,006
31 1958 138,9 0,252 0,263 0,003 0,011
32 1975 137,8 0,259 0,272 0,004 0,012
33 1982 136,5 0,268 0,280 0,004 0,012
34 1941 134,6 0,282 0,289 0,001 0,007
35 1984 133,4 0,291 0,298 0,002 0,007
36 1924 133,2 0,292 0,306 0,006 0,014
37 1988 130,8 0,310 0,315 0,004 0,005

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 79/85

Probabilidade de Excedência Teste de Kolmogorov-Smirnov


Chuva Máxima
Ordem Ano
(mm) Distribuição Distribuição
Teórica Empírica |F(xi) - S(xi-1)| |F(xi) - S(xi)|
(Gumbel) (Gringorten)
38 2008 130,8 0,310 0,323 0,005 0,013
39 1914 128,7 0,327 0,332 0,004 0,005
40 1955 124,6 0,362 0,341 0,030 0,021
41 1991 124,0 0,367 0,349 0,026 0,018
42 1968 123,5 0,371 0,358 0,022 0,013
43 1921 123,0 0,376 0,367 0,018 0,009
44 2009 123,0 0,376 0,375 0,009 0,001
45 1965 121,5 0,389 0,384 0,014 0,006
46 2019 121,0 0,394 0,392 0,010 0,002
47 1928 120,0 0,403 0,401 0,011 0,002
48 1947 118,0 0,422 0,410 0,021 0,013
49 2010 118,0 0,422 0,418 0,013 0,004
50 2013 117,7 0,425 0,427 0,007 0,002
51 1948 115,0 0,452 0,435 0,025 0,017
52 1979 114,2 0,460 0,444 0,025 0,016
53 1994 114,0 0,462 0,453 0,018 0,009
54 1954 113,5 0,467 0,461 0,014 0,006
55 1986 113,2 0,470 0,470 0,009 0,000
56 2003 112,2 0,481 0,478 0,011 0,002
57 1942 111,9 0,484 0,487 0,005 0,003
58 1969 111,2 0,491 0,496 0,004 0,005
59 1931 110,6 0,497 0,504 0,002 0,007
60 2006 110,6 0,497 0,513 0,007 0,016
61 1926 110,3 0,500 0,522 0,013 0,021
62 1913 109,2 0,512 0,530 0,009 0,018
63 2002 108,6 0,519 0,539 0,012 0,020
64 1908 108,0 0,525 0,547 0,014 0,022
65 1943 108,0 0,525 0,556 0,022 0,031
66 1989 106,0 0,547 0,565 0,009 0,018
67 2015 105,4 0,553 0,573 0,011 0,020
68 1933 105,1 0,557 0,582 0,017 0,025
69 2014 104,9 0,559 0,590 0,023 0,032
70 1920 101,7 0,594 0,599 0,004 0,005
71 1987 99,8 0,615 0,608 0,016 0,008
72 1983 98,2 0,633 0,616 0,026 0,017
73 1990 97,8 0,638 0,625 0,022 0,013
74 2011 97,6 0,640 0,633 0,015 0,007
75 2016 97,5 0,641 0,642 0,008 0,001
76 1950 96,8 0,649 0,651 0,007 0,002

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 80/85

Probabilidade de Excedência Teste de Kolmogorov-Smirnov


Chuva Máxima
Ordem Ano
(mm) Distribuição Distribuição
Teórica Empírica |F(xi) - S(xi-1)| |F(xi) - S(xi)|
(Gumbel) (Gringorten)
77 1995 95,3 0,666 0,659 0,015 0,007
78 1957 93,6 0,685 0,668 0,025 0,017
79 1910 93,0 0,691 0,677 0,023 0,015
80 1922 91,1 0,712 0,685 0,036 0,027
81 1976 90,2 0,722 0,694 0,037 0,028
82 1981 90,0 0,724 0,702 0,030 0,022
83 2004 89,3 0,732 0,711 0,029 0,021
84 1949 89,0 0,735 0,720 0,024 0,015
85 1959 87,9 0,747 0,728 0,027 0,019
86 1992 87,3 0,753 0,737 0,025 0,016
87 1937 86,0 0,767 0,745 0,030 0,021
88 1918 85,3 0,774 0,754 0,028 0,020
89 1997 84,0 0,787 0,763 0,033 0,024
90 1915 82,5 0,802 0,771 0,039 0,031
91 1960 82,4 0,803 0,780 0,032 0,023
92 2018 81,8 0,809 0,788 0,029 0,020
93 1929 80,5 0,821 0,797 0,033 0,024
94 1932 80,2 0,824 0,806 0,027 0,018
95 1917 79,8 0,828 0,814 0,022 0,013
96 1925 78,4 0,840 0,823 0,026 0,017
97 1962 77,6 0,847 0,832 0,024 0,016
98 1934 77,4 0,849 0,840 0,018 0,009
99 1916 76,4 0,858 0,849 0,018 0,009
100 2000 75,8 0,863 0,857 0,014 0,005
101 2001 73,9 0,878 0,866 0,021 0,012
102 1967 73,8 0,879 0,875 0,013 0,004
103 1911 72,5 0,889 0,883 0,014 0,006
104 1936 72,5 0,889 0,892 0,006 0,003
105 1919 71,0 0,900 0,900 0,008 0,001
106 1912 70,6 0,902 0,909 0,002 0,007
107 1923 69,2 0,912 0,918 0,003 0,006
108 1946 69,1 0,912 0,926 0,005 0,014
109 1972 69,0 0,913 0,935 0,013 0,022
110 1993 68,7 0,915 0,944 0,020 0,028
111 2007 67,8 0,921 0,952 0,023 0,031
112 1907 66,3 0,930 0,961 0,023 0,031
113 2017 61,9 0,952 0,969 0,009 0,017
114 1953 53,6 0,980 0,978 0,011 0,002
115 1927 44,8 0,994 0,987 0,016 0,007
116 1961 44,0 0,995 0,995 0,008 0,001
Parâmetros
N α β µ1 µ2 γ1 γ2

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 81/85

Probabilidade de Excedência Teste de Kolmogorov-Smirnov


Chuva Máxima
Ordem Ano
(mm) Distribuição Distribuição
Teórica Empírica |F(xi) - S(xi-1)| |F(xi) - S(xi)|
(Gumbel) (Gringorten)
116 32,814 98,312 117,252 1771,197 1,1396 5,4
Teste de Kolmogorov-Smirnov
d: 0,039 dc(0,05;116): 0,126 Resultado: OK
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 82/85

Apêndice 5 - Séries históricas de alturas da superfície do mar


Nível Médio do Altitude Média do Nível Máximo do Altitude Máxima Altura Máxima do
Ano
Mar¹ (m) Mar² (m) Mar¹ (m) do Mar² (m) Mar³ (m)

2009 7,284 0,434 8,672 1,822 1,388

2010 7,291 0,441 8,738 1,888 1,447

2011 7,292 0,442 8,793 1,943 1,501

2012 7,364 0,514 8,852 2,002 1,488

2013 7,360 0,510 8,780 1,930 1,420

2014 7,290 0,440 8,745 1,895 1,455

2015 7,306 0,456 8,813 1,963 1,507

2016 7,288 0,438 8,870 2,020 1,582

2017 7,280 0,430 8,742 1,892 1,462

2018 7,296 0,446 8,728 1,878 1,432

2019 7,309 0,459 8,793 1,943 1,484


¹ Alturas da superfície do mar em relação à cota zero do marégrafo.
² Alturas da superfície do mar em relação ao Datum de Imbituba SC.
³ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 83/85

Apêndice 6 - Análise de independência da série histórica de marés


máximas

Ano Maré Máxima Anual¹ (m) xi - x m xi+1 - xm (xi - xm)2

2009 1,388 -0,08 -0,02 0,01

2010 1,447 -0,02 0,03 0,00

2011 1,501 0,03 0,02 0,00

2012 1,488 0,02 -0,05 0,00

2013 1,420 -0,05 -0,01 0,00

2014 1,455 -0,01 0,04 0,00

2015 1,507 0,04 0,11 0,00

2016 1,582 0,11 -0,01 0,01

2017 1,462 -0,01 -0,04 0,00

2018 1,432 -0,04 0,01 0,00

2019 1,484 0,01 0,00

Estatísticas

r1 n E(r1) Var(r1) z

0,15 11 -0,091 0,067 0,94


¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 84/85

Apêndice 7 - Análise de estacionariedade da série histórica de marés


máximas

Seqüência Ano Maré Máxima Anual¹ (m) Ordem X-Xm Y - Ym

1 2009 1,388 1 -5,00 -5,00

2 2010 1,447 4 -4,00 -2,00

3 2011 1,501 9 -3,00 3,00

4 2012 1,488 8 -2,00 2,00

5 2013 1,420 2 -1,00 -4,00

6 2014 1,455 5 0,00 -1,00

7 2015 1,507 10 1,00 4,00

8 2016 1,582 11 2,00 5,00

9 2017 1,462 6 3,00 0,00

10 2018 1,432 3 4,00 -3,00

11 2019 1,484 7 5,00 1,00

Estatísticas

Sx Sy Sxy ρs n z

110,00 110,00 31,00 0,28 11 0,89


¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021
Pág.
Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 85/85

Apêndice 8 - Análise local de frequência das marés máximas

Probabilidade de Excedência Teste de Kolmogorov-Smirnov


Maré
Ordem Ano Máxima Distribuição Distribuição
Anual¹ (m) Teórica Empírica |F(xi) - S(xi-1)| |F(xi) - S(xi)|
(Gumbel) (Gringorten)
1 2016 1,582 0,033 0,050 0,033 0,018

2 2015 1,507 0,196 0,140 0,145 0,055

3 2011 1,501 0,223 0,230 0,083 0,007

4 2012 1,488 0,295 0,320 0,065 0,025

5 2019 1,484 0,321 0,410 0,001 0,089

6 2017 1,462 0,488 0,500 0,078 0,012

7 2014 1,455 0,550 0,590 0,050 0,040

8 2010 1,447 0,623 0,680 0,033 0,057

9 2018 1,432 0,758 0,770 0,078 0,012

10 2013 1,420 0,853 0,860 0,083 0,007

11 2009 1,388 0,986 0,950 0,126 0,036

Parâmetros

N α β µ1 µ2 γ1 γ2

11 0,040 1,446 1,469 0,003 1,1396 5,4

Teste de Kolmogorov-Smirnov

d: 0,145 dc(0,05;11): 0,391 Resultado: OK


¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.

Revisão 1
RAJENDRA CONSULTORIA LTDA 01/2021

Você também pode gostar