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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 2/85
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
2. ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS ............................................................................... 8
Série histórica de chuvas máximas ....................................................................................... 8
Análise de independência da série histórica de chuvas máximas ...................................... 8
Análise de estacionariedade da série histórica de chuvas máximas.................................. 9
Análise local de frequência das chuvas máximas.............................................................. 10
Relação altura-duração-frequência ..................................................................................... 11
Relação entre as chuvas máximas de 1 dia e de 24 horas ..................................................... 11
Relações entre chuvas de diferentes durações....................................................................... 11
3. HISTÓRICO DE ALAGAMENTOS NA ÁREA DO PERCURSO DO MONOTRILHO DO
SUBÚRBIO FERROVIÁRIO ................................................................................................... 13
Informações da literatura ..................................................................................................... 13
Notícias de alagamentos em jornais digitais ...................................................................... 16
Inspeção em campo.............................................................................................................. 17
4. EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO NO ESCOAMENTO
SUPERFICIAL ........................................................................................................................ 34
Delimitação das bacias de drenagem às paradas do Monotrilho...................................... 34
Declividade e tempo de concentração ................................................................................ 35
Cenário de Ocupação 1 – Uso atual .................................................................................... 37
Tipo de solo hidrológico .......................................................................................................... 37
Área impermeável ................................................................................................................... 38
Cenário de Ocupação 2 – Com o empreendimento ............................................................ 40
Cenário de Ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro ...................................... 40
Simulação hidrológica dos Cenários .................................................................................. 41
Modelo hidrológico .................................................................................................................. 41
Tempo de Retorno .................................................................................................................. 41
Duraçao da chuva de projeto .................................................................................................. 41
Magnitude da chuva de projeto ............................................................................................... 41
Distribuição temporal da chuva de projeto .............................................................................. 41
Definição da precipitação efetiva ............................................................................................ 41
Valor do CN ............................................................................................................................ 42
Vazões máximas ................................................................................................................... 43
Cenário de ocupação 1 – uso atual......................................................................................... 43
Cenário de ocupação 2 – Com o empreendimento ................................................................. 44
Cenário de ocupação 3 – Com o empreendimento e uso futuro ............................................. 45
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
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1. INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho foi realizar a análise e diagnóstico da situação atual e futura do sistema
de macrodrenagem e microdrenagem, considerando a implantação do Monotrilho do Subúrbio
Ferroviário – Fase 01.
O veículo leve sobre trilhos (VLT) do tipo Monotrilho será implantado nas cidades de Salvador
e Simões Filho totalizando o percurso de 23,28km, constituído de duas fases. A Fase 01
corresponde ao trecho entre Comércio e Ilha São João, com 21 estações e um percurso de
19,2km, passando pelos bairros do Comércio, Calçada, Santa Luzia, Lobato, Plataforma,
Itacaranha, Alto da Teresinha, Periperi, Coutos e Paripe em Salvador, entrando no município
de Simões Filho até a parada final chamada de Ilha de São João (Figura 1). O projeto se
desenvolve praticamente sobre o mesmo trajeto da linha de trem existente.
Conforme a publicação Monorail Society (2010), o monotrilho é definido como um tipo de VLT
que, ao invés de circular em um par de trilhos como as ferrovias tradicionais, circula em um
único trilho que pode ser metálico ou em concreto armado, sendo movido a energia elétrica.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 8/85
Salvador -
1338005 Salvador DNOCS -13,0167 -38,4833 01/1943 - 12/1964
Ondina
Salvador -
1338007 Salvador INMET -13,0167 -38,8833 01/1904 - Atual
Ondina
Fonte: baseado em dados do SNIRH (ANA, 2020).
A partir dos registros disponíveis na estação do INMET - 01338007 foi montada a série de
chuvas diárias máximas mensais característica da área de estudo, na qual consta, para cada
mês, a maior altura pluviométrica (acumulado de 1 dia) dentre aquelas observadas nas estações
de referência. Essa série serviu de base para a seleção da amostra de chuvas diárias máximas
anuais, utilizada para fins de prognóstico das chuvas intensas.
É importante destacar que as máximas observadas nos anos com falhas foram incluídas na
amostra de máximas anuais, em razão desses eventos apresentarem altura igual ou superior
ao menor valor observado nos anos sem falhas. Dessa forma, não se descartam eventos de
chuvas intensas que poderiam representar a condição mais severa observada em períodos
anteriores.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 9/85
A independência significa que não há correlação entre um evento de precipitação máxima anual
e o evento seguinte que o sucedeu, ou mesmo os demais. Para a avaliação da independência
da série, ou seja, da correlação dos valores que compõem a série de precipitações máximas
anuais selecionada, foi aplicado o Teste de Autocorrelação (KUNDZEWICZ e ROBSON, 2000).
A Hipótese Nula para o teste é que não há correlação entre os valores da série analisada.
Considerando que, para amostras de grande extensão, a estatística de teste apresenta
distribuição de probabilidades do tipo normal com média nula e desvio padrão unitário, a
Hipótese Nula pode ser rejeitada caso a quantidade z assuma valores superiores a 1,96 (teste
bilateral com nível de significância de 5%).
O resultado da análise de independência da amostra de chuvas diárias máximas indica que não
há evidências estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de
precipitações analisada não são independentes. Para detalhes ver Apêndice 2 - Análise de
independência da série histórica de chuvas máximas.
Para avaliar a estacionariedade da série selecionada foi adotado o teste estatístico denominado
Spearman's Rho (KUNDZEWICZ e ROBSON, op cit). Este é um teste baseado em
classificações, pelo qual é verificado se a correlação entre duas variáveis é significativa. Para
efeito de análise de tendência,uma variável é o tempo (ano) e a outra é a série de dados
correspondente ao tempo (chuva máxima). Para efeito de realização do teste, as variáveis são
padronizadas considerando a classificação decrescente dos elementos que compõem as
amostras.
A Hipótese Nula para o teste é que não há tendenciosidade na série de chuvas máximas
analisada. A validade da hipótese é avaliada com base na quantidade Z=ρs×√(n-1), a qual, para
amostras de grande extensão, assume uma distribuição de probabilidades normal com média
nula e desvio padrão unitário. Dessa forma, para que a Hipótese Nula seja rejeitada, a
quantidade Z deve assumir valores superiores a 1,96 (teste bilateral com nível de significância
de 5%).
O resultado da aplicação do Teste Spearmans Rho indica que não há evidências estatísticas,
para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações analisada não
são provenientes de um processo estacionário. Para detalhes ver Apêndice 3 - Análise de
estacionariedade da série histórica de chuvas máximas.
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0,90
0,80
PROBABILIDADE DE EXCEDÊNCIA
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00
CHUVA MÁXIMA (MM)
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 11/85
2 50% 110,3
10 10% 172,2
25 4% 203,3
50 2% 226,4
100 1% 249,3
Fonte: elaborado pelo autor.
Relação altura-duração-frequência
Relação entre as chuvas máximas de 1 dia e de 24 horas
, ,
Sendo, “C(d)” o coeficiente de conversão da chuva de 24 horas para a chuva com duração “d”
(minutos).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 14/85
Brandão et al (2016) analisou as áreas afetadas por eventos hidrológicos extremos na cidade
de Salvador a partir da espacialização dos dados de precipitação de oito estações
pluviométricas e dados de distribuição pontual das ocorrências mensais de alagamentos
registrados pela CODESAL entre 2006 e 2009. Os resultados mencionam várias ocorrências
de alagamentos em Maio de 2006 nos bairros do Subúrbio Ferroviário, a saber Fazenda Coutos,
Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma, assim como em Lobato. Em 2008 novamente
constam Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma. O ano de 2009 foi o que apresentou
maior número de ocorrências do período analisado, tendo registros de alagamento em Alto de
Teresinha e Paripe. Os autores mencionam como áreas críticas da cidade os bairros Lobato,
Paripe, Fazenda Coutos, Periperi, Praia Grande, Alto da Teresinha e Plataforma.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 15/85
O PMDU apresenta um cadastro das áreas de risco à inundação ou alagamentos para os anos
de 1999 e 2000, com base em levantamentos realizados pela CODESAL. Na área de interesse
constam alagamentos na Baixa do Fiscal, Calçada, Paripe e Lobato (Quadro 1). Desses pontos
relacionados, houve intervenção da PMS na Rua Luiz Maria em 2013 e 2016.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 16/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 17/85
Inspeção em campo
A inspeção realizada em campo nos dias 17 e 18 de setembro de 2020 abrangeu todo o
percurso da Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário. A seguir são apresentados os locais
onde foram identificados alagamentos através de relatos dos moradores.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 18/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 19/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 20/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 21/85
Na região entre a Parada Baixa do Fiscal e Parada Santa Luzia, em frente a uma
quadra de futebol com grade azul, cota de inundação na parte inferior do ferro do
batente da grade de ferro na casa da D. Maria Cristina (Figura 10).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 22/85
Figura 10. Entre a Parada Baixa do Fiscal e Parada Santa Luzia, em frente a uma quadra
de futebol com grade azul - casa de D. Maria Cristina.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 23/85
Figura 12. Parada Santa Luzia – caixa de registro da EMBASA da casa de esquina em
frente.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 24/85
Figura 13. Parada Viaduto Suburbana - cota de soleira na porta da casa do Sr. Antônio.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 25/85
Figura 14. Parada Praia Grande - cota na boca de lobo na casa do Sr. Washington.
boca
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 26/85
Figura 15. Periperi – direção Paripe – Calçada, próximo a rotatória da Av. Afrânio.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 27/85
Na área da Parada Ilha de São João foram coletadas as cotas no piso da área do fundo do
Mercadinho Pontual do Sr. Diego.
A condição de escoamento nos dispositivos de drenagem, embora não tenha sido foco do
estudo, nos locais inspecionados e no cadastramento topográfico não fugiu dos problemas que
são bastante conhecidos da drenagem urbana de Salvador (Neto, 2005), tais como o
crescimento de vegetação e o acumulo de lixo nas grades, canaletas, canais e galerias,
acrescentados da existência tubulações dos sistemas de esgotamento sanitário e
abastecimento de água implantados ao longo da via do trem, os quais diminuem a capacidade
de fluxo da água da chuva. Embora esses problemas sejam pontuais, também existem outras
questões importantes devido ao assoreamento e desgaste das estruturas implantadas à
décadas. A seguir ilustramos com alguns exemplos encontrados em campo.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 28/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 29/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 30/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 31/85
Figura 21. Viaduto Suburbana – estrutura precária de drenagem sob os trilhos e pontilhão
sobre a canaleta improvisado.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 32/85
Os locais com viadutos (dos Motoristas, Av. Suburbana e BA-528) também foram
inspecionados.
No Viaduto dos Motoristas há relatos de alagamentos nas proximidades. A área que margeia a
linha do trem tem sido usada para descarte de entulho e lixo, podendo afetar as canaletas
laterais (Figura 22). A cota de alagamento da Baixo do Fiscal, casa de D. Ana, situada a 130 m,
serve como referência.
O Viaduto da Av. Suburbana se encontra num divisor de águas local, não havendo relato de
alagamentos.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 33/85
O Viaduto da BA-528 se localiza no divisor de águas das bacias de Paripe e do Rio do Macaco.
No entanto, no dia da inspeção (17 de setembro) o local estava com bastante umidade. A área
acumula lixo e está coberta com vegetação (Figura 24). Na lateral direita da cabeira do viaduto,
sentido Paripe – Valéria, corria permanente uma queda de água (Figura 25), liberada por uma
fábrica de gelo nas proximidades, segundo os moradores. Há inclusive uma canaleta de
concreto na lateral da pista conduzindo esse escoamento.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 34/85
Os limites definidos para as bacias hidrográficas nos Trechos 1 e 2 podem ser observados na
Figura 26 e Figura 27.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 35/85
Neste estudo foi adotada a Declividade equivalente constante (Ieq) que considera um conceito
cinemático em que o tempo de translação dos vários subtrechos somados é igual ao tempo de
translação para todo o trecho com declividade constante.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 36/85
O tempo de concentração das sub-bacias em questão foi definido pela equação de Kirpich,
modificada pelo CTH, dada por:
0 , 385
L2 Equação 2
tc = 57
Ieq
onde tc = tempo de concentração (minutos); L = comprimento do rio (km); Ieq = declividade
equivalente (m/m).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 37/85
Em termos da avaliação hidrológica, a ocupação do solo em área urbana pode ser caracterizada
por dois parâmetros: tipo de solo hidrológico e área impermeável.
Na área de estudo os tipos de solos foram inferidos a partir da informações do Plano Diretor de
Encostas no Mapa – Carta Geologico-Geotécnica (Salvador, 2004). Os Domínios geológico-
geotécnicos do PDE e respectivos solos são:
I. DEPÓSITOS SEDIMENTARES INCONSOLIDADOS QUATERNÁRIOS: solos
arenosos;
II. DEPÓSITOS DE COBERTURA SEDIMENTAR CONTINENTAL TERCIÁRIA: solos
residuais arenosos a areno-siltosos;
III. ROCHAS SEDIMENTARES CRETÁCEAS DO RIFT DO RECÔNCAVO SUL: solos
argilosos – massape;
IV. EMBASAMENTO CRISTALINO PRÉ-CAMBRIANO: manto de alteração clássico, com
solos siltosos a silte-argilosos;
V. ESCARPA DA FALHA DE SALVADOR: solos residuais argilosos ou argilo-siltosos.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 38/85
O tipos de solos hidrológicos associados aos Domínios, para a área de estudo são: I – C, II –
B, III – C, IV – A e V – A.
Área impermeável
O grau de impermeabilização em áreas urbanas tem sido obtido através de geotecnologias,
utilizando imagens de satélite de alta resolução. Para fins de análise e planejamento urbano, o
grau de impermeabilização tem sido relacionado a densidade populacional (Campana e Tucci,
2001; Fagundes, 2002; Reis et al, 2011; Menezes Filho e Tucci, 2012).
Os autores observaram que a partir de 100 hab/ha a taxa de área impermeável é da ordem de
80 a 95%, sendo predominantemente de unidades habitacionais (Figura 28).
Figura 28. Curva densidade populacional versus AI ajustada para os bairros Jabotiana,
São Conrado, Inácio Barbosa, Luzia, Ponto Novo e Grageru - Aracaju/SE.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 39/85
Adotou-se para o presente estudo a relação que corresponde a uma situação usual de
conectividade, onde:
! 0,1 ,# , sendo AI≥1.
A informação sobre a população residente nas sub-bacias em estudo foram definidas a partir
dos microdados do universo do Censo Demográfico 2010, disponibilizados pelo IBGE no
formato de Grade Estatística em formato shapefile (IBGE, 2016). Para cada sub-bacia foi
recortada a grade e calculada a população e respectivas densidades, AI e AIE (Tabela 5).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 40/85
O empreendimento definiu a área de ocupação da parada padrão em 0,1 ha, sendo exceção a
ocupação no Pátio de Manutenção onde a área construída chegara a 2,35 ha.
Na ZEIS, para os terrenos com área inferior a 64m² será igual a 0,05; para os terrenos com área
igual ou superior a 64m² e inferiores a 125m² será igual a 0,10; para terrenos com área igual ou
superior a 125 m² será igual a 0,15. Em virtude da não disponibilidade dessa informação,
adotou-se o valor de 0,10.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 41/85
No caso do estudo em questão, foi adotado o valor de TR igual a 25 anos, compatível com
estruturas de macrodrenagem.
Duraçao da chuva de projeto
A chuva de projeto foi definida inicialmente com base no tempo de concentração das sub-bacias
em questão. Em seguida, foram testadas diversas durações até identificar o tempo que resulta
na máxima vazão.
Magnitude da chuva de projeto
A magnitude da chuva de projeto foi definida a partir das curvas de intensidade – duração –
frequência definidas para Salvador no Capitulo 2.
Distribuição temporal da chuva de projeto
Tendo em vista a baixa disponibilidade de dados para analisar adequadamente a distribuição
temporal da precipitação de Salvador, adotou-se a distribuição proposta por Huff.
O Método de Huff foi definido com base em eventos de chuvas observados no centro leste de
Illinois, EUA, com período de dados de 1955 a 1966. Huff (1990) classificou todas as tormentas
conforme o quartil (quarta parte) de duração, dentro do qual se verificavam as maiores
intensidades da precipitação. Obteve, então, tormentas de primeiro, segundo, terceiro e quarto
quartil, com diferentes probabilidades de ocorrência.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 42/85
A precipitação efetiva é definida, com base no CN, através das seguintes equações:
$ &,'( '
$% $)&,*(
para h > 0,2S Equação 3
Sendo, + 25,4 10
./
Valor do CN
O valor do coeficiente CN foi definido com base na descrição no uso e tipo de solo hidrológico
(descrito acima), sendo atribuído a cada sub-bacia para a área permeável e impermeável,
conforme apresenta a Tabela 7.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 43/85
Vazões máximas
A verificação do efeito da implantação do empreendimento do ponto de vista de alteração no
escoamento superficial foi realizada através da vazão máxima do cenário de ocupação 1 das
sub-bacias e avaliação do aumento no grau de impermeabilização dos cenários 2 e 3.
Cenário de ocupação 1 – uso atual
As vazões máximas obtidas para TR de 25 anos e o cenário de uso e ocupação atual nas sub-
bacias são apresentadas na Tabela 8. A duração da precipitação (P) indicada na tabela foi
aquela que resultou na maior valor de vazão. As vazões máximas variam de 0,04 m3/s em São
João a 5,78 m3/s em Paripe.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 44/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 45/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 46/85
Observa-se que a maioria das sub-bacias atingiu o limite ou está acima dele. Somente as sub-
bacias das paradas Lobato, Uniao, São Joao e Setubal estariam passiveis de novas ocupações,
todas elas localizadas na Costa, sem potencial impacto sobre o sistema de drenagem.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 47/85
Registros maregráficos
Para a caracterização do regime de inundações costeiras na área de estudo foi utilizada como
referência, a série histórica de alturas da superfície do mar registrada na estação maregráfica
EMSAL, a qual é operada pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), juntamente com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fica localizada na Capitania dos Portos
de Salvador. A Tabela 11 apresenta os principais dados relativos à estação maregráfica
selecionada.
Para fins de estudo foi selecionada a série histórica de registros com intervalos de 1 minuto,
compreendendo o período entre 01 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2019, intervalo de
tempo superior a 10 anos, no qual opera o marégrafo digital formado por um sistema boia –
contrapeso (encoder) com taxa de aquisição dos dados de 5 minutos, juntamente com um radar
que apresenta intervalo de aquisição dos dados de 1 minuto. Os registros maregráficos foram
selecionados mediante consulta à base de dados da Rede Maregráfica Permanente para
Geodésia (RMPG) mantida pelo IBGE (2020).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 48/85
0 1 0 23 4 5 cos 94 5 1 :4
4<
Na qual, “z(t)” é o nível do mar observado em um instante “t”, “z0” o nível médio do mar, “ωk” a
frequência angular presente nas forças geradoras de maré ou criada por interações não
lineares, “R” o número de componentes harmônicas significantes ou resolvíveis, enquanto que
“Ak” e “ak” são a amplitude e o atraso de fase das componentes de índice “k”.
A análise harmônica consiste na determinação das amplitudes “Ak” e atraso de fase “ak” para
cada constituinte para fins de previsão das alturas da superfície do mar em determinado ponto.
Esse método de avaliação das marés foi empregado para a geração de séries sintéticas de
intervalo horário a partir dos registros obtidos na Estação EMSAL. Para cada ano do período
avaliado, foram inferidas as constantes correspondentes às componentes harmônicas
relacionadas na Tabela 12.
M2 12,42 0,5059
S2 12 0,5236
K1 23,93 0,2626
O1 25,82 0,2433
N2 12,66 0,4963
M4 6,21 1,0118
S4 6 1,0472
M6 4,14 1,5177
Fonte: Adaptado de Pugh (1987).
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 49/85
A independência da série histórica de marés máximas anuais foi avaliada mediante a aplicação
do Teste de Autocorrelação (KUNDZEWICZ e ROBSON, 2000), já descrito no Estudo de
Chuvas Intensas. O resultado da análise de independência indica que não há evidências
estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações
analisada não são independentes. Para detalhes ver o Apêndice 6 - Análise de independência
da série histórica de marés máximas.
Para avaliar a estacionariedade da série histórica de marés máximas anuais foi empregado o
Teste Spearman's Rho (KUNDZEWICZ e ROBSON, op cit), já descrito no Estudo de Chuvas
Intensas. O resultado da aplicação do Teste Spearmans Rho indica que não há evidências
estatísticas, para o nível de significância α = 0,05, de que os valores da série de precipitações
analisada não são provenientes de um processo estacionário. Para detalhes ver o Apêndice 7
- Análise de estacionariedade da série histórica de marés máximas.
As probabilidades de excedência das marés máximas anuais foram inferidas mediante a função
de quantis da distribuição de Gumbel para máximos, com parâmetros de posição (β) e de escala
(α) estimados pelo método dos momentos e validados por meio do Teste de Kolmogorov-
Smirnov, conforme descrito no Estudo de Chuvas Intensas. O Apêndice 8 - Análise local de
frequência das marés máximas apresenta os parâmetros obtidos com o ajuste da distribuição
teórica pelo Método dos Momentos e o resultado do teste de aderência Kolmogorov-Smirnov
para o nível de significância de 5%. Enquanto que a Figura 29 apresenta a representação
gráfica do ajuste da distribuição teórica aos valores estimados com base na distribuição
empírica.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 50/85
0,90
0,80
PROBABILIDADE DE EXCEDÊNCIA
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00
MARÉ MÁXIMA ANUAL (M)
¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.
2 50% 1,461
10 10% 1,536
25 4% 1,574
50 2% 1,602
100 1% 1,630
¹ Alturas máximas anuais da superfície do mar em relação ao nível médio do mar no mesmo ano.
Fonte: elaborado pelo autor.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 51/85
As alturas das marés máximas relacionadas na Tabela 13 foram projetadas para o ano de 2100,
mediante a aplicação da taxa de subida do nível do mar (NMM) inferida para a região onde está
inserida a área de estudo. A taxa de subida do NMM foi estimada a partir de dados resultantes
de modelo de regressão quadrática do tipo:
No qual, > , > e > são os parâmetros do modelo quadrático inferidos pelo método dos
Mínimos Quadrados. A variável explicativa 1 corresponde ao ano no qual o NMM foi observado
ou estimado pelo modelo.
Nessa análise de regressão foram utilizados dados históricos de alturas da superfície do mar
disponibilizados pelo Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO)
(CHURCH et al., 2016). Trata-se de uma grade numérica de escala quase global (65°S to 65°N),
com resolução espaço-temporal de 1° × 1° × 1 mês e sinal sazonal removido, que inclui a
correção inversa do barômetro e a correção do ajuste isostático glacial feita para os dados de
marégrafos. As alturas da superfície do mar foram reconstruídas por pesquisadores do CSIRO
para o período de 1950 a 2001, como descrito por Church et al. (2004), e atualizadas para o
ano de 2012, de acordo com Church e White (2011).
400
300
NMM (MM)
200
100
-100
-200
1940 1980 2020 2060 2100
ANO
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 52/85
A projeção do nível do mar na zona costeira de Salvador indica que, entre os anos de 2019 e
2100, o nível médio do mar local subirá 418 mm. Dessa forma, a altitude média do nível do mar
passará de 0,459 m para 0,877 m, refletindo nas altitudes máximas das marés conforme
exposto na Tabela 14.
Tabela 14. Altitudes das marés máximas para os anos de 2019 e de 2100.
Tempo de Retorno Probabilidade de Maré Máxima Anual¹ (m)
(Ano) Excedência Anual 2019 2100
25 4% 2,03 2,45
50 2% 2,06 2,48
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 53/85
Parada
3,75 1,66 1,24
Comércio
Parada São
4,20 2,11 1,69
Joaquim
Parada
4,00 1,91 1,49
Calçada
Complexo de
4,06 1,97 1,55
Manutenção
2,089 2,507
Topo da viga
(Viaduto 7,20 5,11 4,69
Motoristas)
Parada Baixa
3,70 1,61 1,19
Do Fiscal
Parada Santa
4,30 2,21 1,79
Luzia
Parada Viaduto
4,65 2,56 2,14
Suburbana
Topo da viga
(Viaduto 8,20 6,11 5,69
Suburbana)
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 54/85
Parada São
4,00 1,91 1,49
João
Parada
4,30 2,21 1,79
Plataforma
Parada São
9,60 7,51 7,09
Braz
Parada
5,90 3,81 3,39
Itacaranha
Parada Praia
3,50 1,41 0,99
Grande
Parada São
15,20 13,11 12,69
Luiz
Topo da viga
(Viaduto BA- 19,77 17,68 17,26
528)
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 55/85
Parada Ilha De
4,70 2,61 2,19
São João
¹ Altura das soleiras das estações de parada, em relação ao Datum de Imbituba SC, fornecidas pela SKYRAIL –
BAHIA,
² Altura máxima anual da superfície do mar em relação ao Datum de Imbituba SC, com probabilidade de excedência
de 1%,
³ Distância vertical medida entre a superfície do mar máxima anual e a soleira da estação de parada,
Fonte: elaborado pelo autor.
É importante destacar que os resultados para o cenário futuro estão sujeitos às incertezas
inerentes (i) aos métodos de projeção e dados disponíveis e, principalmente, (ii) à evolução do
processo de aquecimento do clima global. Portanto, recomenda-se o acompanhamento
sistemático do processo de subida do nível local do mar, de modo a consolidar os resultados
apresentados no presente estudo.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 56/85
A avaliação do risco de inundações pluviais nas estações de parada situadas no trecho entre
os bairros Comércio e Calçada e na estação de parada São Luiz, foi realizada mediante
modelagem numérica da produção e propagação do escoamento superficial ao longo da malha
viária que envolve as áreas de implantação das obras objeto de estudo. Em razão da
indisponibilidade de dados relativos ao sistema de galerias pluviais existente, a abordagem da
avaliação de risco de alagamentos foi baseada em dois cenários hipotéticos, construídos a partir
de premissas relativas à performance da drenagem urbana, quais sejam:
Neste estudo o Storm Water Management Model (SWMM), versão 5.0, foi utilizado como
plataforma de simulação numérica de cheias naturais. No processo de modelagem foram
considerados os três principais fenômenos relacionados à formação de cheias em bacias
urbanas de pequeno porte, onde a contribuição do escoamento de base não é relevante para a
formação das ondas de cheia, quais sejam: (i) produção do volume escoado superficialmente;
(ii) propagação do escoamento superficial nos interflúvios; e (iii) propagação do escoamento
superficial ao longo, no caso em estudo, das calhas viárias.
O espaço geográfico objeto de estudo foi discretizado em duas malhas compostas por
elementos que sintetizam os processos de produção e propagação das águas superficiais. A
malha produzida para a simulação dos processos de produção e propagação do escoamento
superficial nos interflúvios, denominada de malha de sub-bacias, apresenta estrutura irregular
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 57/85
Subárea d (mm) n
O processo de infiltração foi simulado pelo método de Green Ampt, modelo baseado na Lei de
Darcy que assume a formação de uma frente de umedecimento, que se move para baixo a
partir da superfície, separando o solo saturado (acima) do solo mais seco (abaixo) (ROSSMAN;
HUBER, 2016). A condutividade hidráulica saturada (Ks), o potencial matricial na frente de
umedecimento (Ψs) e o déficit inicial de umidade (θi), parâmetros do método de Green-Ampt
inerentes às subáreas permeáveis, foram estimados de forma indireta mediante o uso de
funções de pedotransferência (SAXTON; RAWLS, 2006, BRAKENSIEK; ENGLEMAN; RAWLS,
1981) e na descrição das características texturais e hidrológicas dos solos típicos dos principais
domínios geológicos presentes na área de estudo (SALVADOR, 2014). A Tabela 17 apresenta
os valores adotados na simulação do processo de infiltração das águas pluviais.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 58/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 59/85
É importante destacar que os resultados estão sujeitos às incertezas inerentes (i) à abordagem
metodológica baseada em cenário hipotéticos, (ii) aos métodos de modelagem, (iii) aos dados
disponíveis e, principalmente, (iv) à evolução do processo de ocupação do solo e manejo das
águas pluviais urbanas. Portanto, recomenda-se o acompanhamento sistemático das chuvas e
níveis d’água no entorno das estações de parada.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 60/85
• Para fins de análise do efeito de remanso, foi considerada como condição de contorno,
a altitude da superfície do mar com probabilidade de excedência anual igual a 1%, no
cenário atual (TW = 2,09 m).
• Parte das galerias existentes que funcionam como emissários pluviais, não foram
cadastradas, em razão da dificuldade de acesso – ausência de estruturas visitáveis ou
edificações que impedem o acesso aos dispositivos. Nesses casos os emissários foram
modelados como orifícios com seção delimitada pela menor dimensão cadastrada à
montante ou à jusante do trecho onde não foi possível o acesso.
Neste estudo o Storm Water Management Model (SWMM), versão 5.0, foi utilizado como
plataforma de simulação numérica de cheias naturais. No processo de modelagem foram
considerados os três principais fenômenos relacionados à formação de cheias em bacias
urbanas de pequeno porte, onde a contribuição do escoamento de base não é relevante para a
formação das ondas de cheia, quais sejam: (i) produção do volume escoado superficialmente;
(ii) propagação do escoamento superficial nos interflúvios; e (iii) propagação do escoamento
superficial ao longo, no caso em estudo, dos canais de drenagem urbana.
O espaço geográfico objeto de estudo foi discretizado em duas malhas compostas por
elementos que sintetizam os processos de produção e propagação das águas superficiais. A
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 61/85
O processo de infiltração foi simulado pelo método de Green Ampt, modelo baseado na Lei de
Darcy que assume a formação de uma frente de umedecimento, que se move para baixo a
partir da superfície, separando o solo saturado (acima) do solo mais seco (abaixo) (ROSSMAN;
HUBER, 2016). A condutividade hidráulica saturada (Ks), o potencial matricial na frente de
umedecimento (Ψs) e o déficit inicial de umidade (θi), parâmetros do método de Green-Ampt
inerentes às subáreas permeáveis, foram estimados de forma indireta mediante o uso de
funções de pedotransferência (SAXTON; RAWLS, 2006, BRAKENSIEK; ENGLEMAN; RAWLS,
1981) e na descrição das características texturais e hidrológicas dos solos típicos dos principais
domínios geológicos presentes na área de estudo (SALVADOR, 2014). A Tabela 17 apresenta
os valores adotados na simulação do processo de infiltração das águas pluviais.
Na modelagem hidráulica das cotas de inundação da estação de parada Paripe (E42), foram
aproveitados os hidrogramas de cheia resultantes dos estudos hidrológicos destinados à
avaliação do impacto das estações de parada previstas na Fase 01 do Monotrilho do Subúrbio
de Salvador sobre o regime de cheias naturais. Para detalhes, ver Capitulo 3.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 62/85
Ilha de São João - E46 4,7 2,64 2,79 2,87 2,92 2,98
Fonte: elaborado pelo autor.
É importante destacar que os resultados estão sujeitos às incertezas inerentes (i) à abordagem
metodológica baseada em cenário hipotéticos, (ii) aos métodos de modelagem, (iii) aos dados
disponíveis e, principalmente, (iv) à evolução do processo de ocupação do solo e manejo das
águas pluviais urbanas. Portanto, recomenda-se o acompanhamento sistemático das chuvas e
níveis d’água no entorno das estações de parada.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 63/85
8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trabalho atingiu os objetivos de caracterizar a situação relacionada a alagamentos na área e
entorno do percurso do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário, analisar o efeito da implantação do
mesmo, bem como avaliar o risco de inundação das paradas e viadutos.
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 64/85
O resumo das cotas obtidas nas avaliações das inundações pluviais e combinadas, com
destaque (em negrito) para aquelas que superam a altitude das soleiras das estações de parada
e viadutos consta na Tabela 21.
Tabela 21. Resumo das cotas obtidas nas avaliações das inundações pluviais e
combinadas.
Estação de Altitude da Risco de TR = 2 anos - TR = 10 anos - TR = 25 anos - TR = 50 anos - TR = 100 anos -
Parada/Estruturas Soleira¹ inundação 50% 10% 4% 2% 1%
(m) C01 C02 C01 C02 C01 C02 C01 C02 C01 C02
Comércio 3,75 3,69 3,68 3,7 3,69 3,71 3,7 3,71 3,7 3,72 3,71
3,76 3,82 3,87 3,91
PLUVIAL
A estação de parada São Luiz, por se situar na meia encosta, merece atenção especial do
projeto da drenagem da parada, de forma que os eventuais transbordamentos da Av. Olindina
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 65/85
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Análise da drenagem – Monotrilho do Subúrbio – Fase 01 66/85
9. BIBLIOGRAFIA
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10. APÊNDICE
Apêndice 1 - Amostra de chuvas diárias máximas
Chuva Diária Máxima (mm)
Período
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
1904 16,2 7,5 6,8 162,5 49,4 99,8 26,4 9 15,2 30,7 15 3,6 162,5
1905 44,1 11,2 147 51,4 37,4 48,1 11 12 40 51,5 60,3 38,5 147
1906 4 27,5 27 240 55 18,2 32 17,2 2,6 16 66 51,6 240
1907 9,8 34 51,5 18 21 14,8 66,3 31,8 7,8 61,8 11,3 50,8 66,3
1908 24,1 -999 32 108 61,3 23,1 33,7 12,6 8,2 20,6 90,1 20,3 108
1909 6 8,4 7,2 280,1 90,6 93 94 7,4 13,6 16,8 18,3 25,1 280,1
1910 38 52,5 71 16 58,3 22 33,3 14 24,1 40,6 70 93 93
1911 39,9 50,7 36,5 52 72,5 35,1 37,2 31 44 24,8 24,1 20 72,5
1912 33,7 58,2 35,9 51,8 65,6 62,5 34,6 24,7 46,4 70,6 15,8 19,4 70,6
1913 2,4 16 25,1 64,3 66,5 109,2 67,4 49,1 45,5 80,6 65,9 90,5 109,2
1914 46,4 28 43,1 52 61,4 27,6 59 16,6 32,5 66,9 29,9 128,7 128,7
1915 17 23,5 64 82,5 27 43,6 26,8 17,9 31,1 66,1 37,6 48,6 82,5
1916 8,2 65,1 30,8 65,6 56,2 31,2 33,9 14,8 16,9 67,5 76,4 38 76,4
1917 17,4 18,5 70 79,8 64 64 35,6 55 16,4 67 67,5 36,1 79,8
1918 39,2 67 62,5 85,3 67,9 35 68,2 59,2 25,8 25,4 29 66,1 85,3
1919 30 30 66,5 27,1 66,2 71 59 43,4 30 8,5 12 22,8 71
1920 38,1 18,1 91,3 101,7 77 40,1 15,1 35 95,3 13,2 22,8 13,1 101,7
1921 15,5 37,9 16,8 100,9 34 41,8 21,4 12,2 16 44,1 26 123 123
1922 7,1 90,2 26,9 82,5 50,6 45 91,1 34,5 23,2 24,3 27,2 44,1 91,1
1923 7 69,2 14,2 37,4 29,3 51,7 30 30,2 54 9,6 33 21,1 69,2
1924 21 50,2 67,6 48,5 133,2 35,5 28 8,1 9 38 21,6 46,7 133,2
1925 59,6 22,9 25 62,4 23,5 28,3 78,4 21 12,7 38,5 58 69,8 78,4
1926 19,7 80,3 66,3 103,9 82,7 110,3 42,9 17,9 4,7 6,5 10,2 15,4 110,3
1927 19,4 44,8 32,1 42,5 36,6 39,7 31,5 9,5 19,5 3,6 30,3 43,7 44,8
1928 18,2 26,4 22,5 12,8 54,4 11,2 16,2 26,2 30,2 56,2 120 37 120
1929 2,3 55,4 15,1 63 72,7 61,9 22,9 66,4 27,1 18,6 12,6 80,5 80,5
1930 15 11,8 158 57,6 44,5 56,3 16,2 5,1 17,9 41,7 101,1 34,6 158
1931 3,3 20 11,6 50,6 110,6 39,7 25,6 17,2 16 68 58 24,2 110,6
1932 80,2 4,2 80 16,8 57,8 31 53,6 29 6 29,4 62 10,4 80,2
1933 45,3 48,3 50,4 105,1 63,5 41,6 29,3 23,6 36,9 99,9 34,8 29,5 105,1
1934 27,6 33,6 23,8 77,4 37,6 55,1 20,6 30,4 35,6 45,4 33,2 47 77,4
1935 54,6 30,3 67 103,3 156,1 48,7 52,1 21,2 49,2 8 55 50,8 156,1
1936 46,7 50,2 34,8 72,5 41,4 51 44,4 25,5 12,7 21,4 55,8 65 72,5
1937 15,2 47,6 86 51,2 44,8 68,6 38 23,9 40 38,6 13,4 11,8 86
1938 38,2 8,8 106 41,4 109,2 92 81 22,4 20 73,2 197 6,6 197
1939 47 11 20,3 161,2 26 26,1 67,5 45,7 34,4 36,5 44,8 84,5 161,2
1940 20,1 88,6 68,4 144,9 65,7 22,7 26,8 13,2 41,8 15,8 49,8 5,4 144,9
1941 17,5 31,8 111,5 59,2 134,6 59,3 105,6 17,2 31,7 28,9 49,6 26 134,6
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Estatísticas
r1 n E(r1) Var(r1) z
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Estatísticas
Sx Sy Sxy ρs n z
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Parâmetros
N α β µ1 µ2 γ1 γ2
Teste de Kolmogorov-Smirnov
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