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RELATÓRIO CONSOLIDADO
TOMO I-TEXTO
AGOSTO DE 2010
ÍNDICE
ÍNDICE ...............................................................................................................................................................II
ÍNDICE DE QUADROS.................................................................................................................................... V
ÍNDICE DE FIGURAS...................................................................................................................................... X
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 1
13.1 APRESENTAÇÃO
O Relatório 05 tratou da apresentação dos Projetos para adequação de dispositivos
existentes e de dispositivos propostos em estudos anteriores e soluções não-estruturais
propostas na presente Atualização do Plano Diretor de Macrodrenagem; bem como
apresentar análise de Custo-Benefício das medidas estruturais propostas.
As propostas de adequação de dispositivos existentes e proposição de novos
dispositivos no presente estudo foram realizadas a partir de análise da rede de drenagem
do município de Ribeirão Preto e de visitas técnicas empreendidas aos pontos críticos e
potenciais; tendo sido os barramentos previamente localizados e otimizados por meio de
simulação e de iterações efetuadas por meio de Modelagem Computacional. Com base
nos resultados obtidos nesta otimização foram efetuados os cálculos de dimensionamento
em nível de projeto hidráulico, e a partir destes elaborados os desenhos técnicos
referentes as estruturas de cada um dos dispositivos.
Ao todo serão apresentados 43 dispositivos e respectivos dimensionamentos e
anteprojetos, sendo que destes 5 são dispositivos existentes onde se propuseram
adequações para atendimento das necessidades futuras de amortecimento de pico de
cheias, e/ou para atendimento das novas Instruções Técnicas do DPO-DAEE,
Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo.
A Atualização do Plano Diretor de Macrodrenagem prevê ainda alternativas para
implantação de medidas não-estruturas, seja no nível macro, sejam nos níveis da meso e
micro-drenagem, tendo sido abordados alguns parâmetros de projeto para cada uma
destas alternativas. Observa-se, entretanto, que, diferentemente dos barramentos, não há
propostas de implantação destas medidas não-estruturais que demandem a elaboração
de dimensionamentos/anteprojetos destas medidas.
Por fim, o presente relatório apresenta análise de custo-benefício da implantação
dos dispositivos propostos, verificando-se a prioridade de construção de cada um dos 43
dispositivos, para que o sistema de drenagem possa obter sua máxima eficiência,
conforme projeto simulado e otimizado, bem como os custos e benefícios decorrentes da
construção destes dispositivos.
Os custos de construção dos barramentos consideram tanto os valores referentes à
aquisição do material necessário, como da mão-de-obra e aquisição da área a ser
inundada.
Os benefícios, por sua vez, referem-se ao amortecimento dos picos de vazão, aos
danos evitados aos bens particulares (edificações) nos trechos marginais ao canal, danos
evitados no tráfego de veículos ao longo destes trechos, e os custos evitados com a
limpeza das vias públicas decorrente das inundações.
Os resultados obtidos no presente relatório, referente à localização,
dimensionamento, anteprojetos de dispositivos e a priorização para implantação dos
dispositivos; bem como os parâmetros de projeto para medidas compensatórias,
parâmetros de projetos para medidas não-estruturais; foram avaliados e consolidados
pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização para composição da Lei de
Regularização dos Sistemas de Drenagem Urbana de Ribeirão Preto, cuja minuta de
projeto também consta do presente relatório.
13.2 INTRODUÇÃO
As ações não-estruturais podem ser eficazes com custos mais baixos e horizontes
mais longos de atuação comparados com as medidas estruturais. Elas podem ser
agrupadas em:
• Seguro de enchente;
Trincheiras de Infiltração
Características Limitações
Área de superfície
2,4 a 6,1
mínima (metros)
Largura 0,6 a 1,2
Comprimento 1,2 a 2,4
Solos Permeáveis, com infiltração de 1,32 cm/h são recomendados.
Não é uma limitação usualmente, mas deve ser considerado no
Declividades projeto. Deve ser locado abaixo do nível das construções e
fundações
Nível do lençol ou leito
0,6 a 1,2 metros de espaço livre entre água e o leito de rocha
de rocha
Proximidade de
Distância mínima de 3,05 metros
fundações
Profundidade máxima 1,8 a 3,0 metros dependendo do solo
Manutenção Moderada a alta
Fonte: Prince George’s County
Estas estruturas são mais efetivas e tem vida útil maior quando algum pré-
tratamento é incluído em seu projeto, como filtros de faixas vegetadas ou canais
vegetados.
As especificações para implantação de trincheiras de infiltração consistem nos
seguintes aspectos:
• Fácil manutenção.
• Manutenção periódica;
• Poluição do lençol.
Valos de infiltração
to
<
S
en
de
im
la
1
Va
v
Pa
L>9m Escoamento
2W
Grama
Camada Acostamento
de areia Faixa de cascalho
de grama
W
h > 1,25 m
Maior nível sazonal do lençol freático ou
camado do impermeável
ENTRADA SAÍDA
Pavimentos permeáveis
• Dispositivo que pode ser utilizado em locais onde não há rede disponível;
• Asfalto Poroso;
• Concreto Poroso; ou
• Camada impermeável;
As desvantagens são:
Bacias de Detenção
Obras de retenção
• Aspectos Sócio-econômicos.
- Infiltração
- Freqüência da descarga
- Volume
- Espaço disponível
- Declividade
- Modelo de drenagem
- Oportunidades e Limitações
Adotou-se neste método que o pico da vazão efluente passa pela curva
ascendente do hidrograma de entrada. Assim, para localizar-se a vazão máxima efluente,
basta encontrar o ponto naquela curva que represente um volume do hidrograma de
entrada restante. A vazão máxima efluente é calculada conforme equação a seguir:
Q pico.efluente ⋅ t base
Vafluente − Vespera =
2
3 Q pico.efluente
Q pico.efluente = C vertedor ⋅ Lefetivo ⋅ Δh 2
→ Lefetivo = 3
C vertedor ⋅ Δh 2
Em que:
Em que:
Lefetiva
: largura efetiva do vertedor, (m);
Lútil : largura útil do vertedor, (m);
n : número de pilares;
K pilar
: coeficiente de contração devido aos pilares;
K emboque
: coeficiente de contração devido ao emboque.
y1 y 0 ; a y c ; y1 y c ; dt y c
Em que:
• a - altura do degrau;
y 0 (1º degrau ) = y c .
Por meio do índice K, calculado para toda a escada, o índice X, definido a seguir, e
os ábacos do método é possível calcular o comprimento do primeiro patamar após a
primeira queda e a altura da lâmina d’água mínima sobre o mesmo:
• y 0 (1º degrau ) = y c
y 0 (1º degrau )
• X (1º degrau ) =
yc
• dt (1º degrau )
• y1 (1º degrau )
A altura da lâmina d’água sobre o segundo degrau é igual à altura da lâmina d’água
sobre o primeiro degrau. Atualiza-se o índice X relativo ao 2º degrau o comprimento de
seu patamar e a altura mínima da lâmina d’água sobre o mesmo:
y 0 (2º degrau )
• X (2º degrau ) =
yc
• dt (2º degrau )
• y1 (2º degrau )
15.1 BARRAMENTOS
Neste sentido, a Lei Complementar nº. 2157 de 08/01/2008 que dispõe sobre o
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo no município de Ribeirão Preto prevêem os
termos expostos a seguir para aprovação do empreendimento, conforme Artigo 145º:
Estas estruturas têm por objetivo retificar a calha ou leito de corpos d’água cuja
seção tornou-se insuficiente para o transporte de vazões de enchente. Esta seção artificial
pode ser escavada mantendo o solo natural ou feita com a introdução de revestimentos. A
principal dificuldade encontrada nestes casos é manter a velocidade de escoamento,
exigindo maiores investimentos para adequação das demais estruturas componentes do
sistema. Os canais escavados, mas não revestidos, necessitam de manutenção periódica
para evitar a ocorrência de processos erosivos e o assoreamento do leito.
De acordo com o Manual de Diretrizes Básicas de Projeto de Drenagem Urbana
para o município de São Paulo, elaborado pelo FTCH – Fundação Centro Tecnológico de
Hidráulica, tem-se que a adoção de canais abertos em projetos de drenagem urbana
sempre é uma solução que deve ser cogitada como primeira possibilidade, pois com isto é
possível garantir:
Os projetos de travessias também devem ser elaborados com base nas legislações
acima descritas (Decreto nº. 41.258, de 31/10/96 e Lei nº. 7.663/91 e Instruções
Normativas nos. 01, 02, 03 e 04 de 2007), sendo estas estruturas outorgáveis pelo DAEE.
• Aéreas:
• Subterrâneas:
Como se pode observar nos dados do Quadro 71, não há necessidade de vertedor
para esse barramento, já que esse tem capacidade de reservar todo o volume afluente.
No entanto, para a segurança da barragem, propõem-se a construção de um vertedor
com as características apresentadas a seguir, para escoamento de uma lamina d´água
mínima.
tp 48,29 min
tb 128,92 min
V.afluente 315.459 m³
Saída de fundo
Altura (h) 2,50 m
Largura total da travessia 19,17 m
Quantidade de pilares 2 -
Largura dos pilares 1,00 m
Largura útil (molhada) 17,17 m
Largura útil dos vãos (entre os pilares) 5,72 m
Coeficiente de contração devido aos pilares (K) 0,05 -
Coeficiente de contração devido ao emboque (Ka) 0,1 -
Largura efetiva dos vãos (entre os pilares) 4,72 m
Área molhada 23,62 m²
Perímetro molhado 29,17 m
Raio hidráulico 0,81 m
n de Manning 0,015 -
Declividade do trecho 1,00% -
Erro da Q.pico efluente 0,00 m³/s
# Cota h Área (m²) Volume (m³)
Fundo 560,00 - 34.980 -
NA.soleira 560,00 - 34.980 -
NA.máx.max 562,50 2,50 58.532 116.237
Coroamento 563,00 3,00 63.619 146.769
Saída de fundo
Altura (h) 3,50 m
Largura total da travessia 17,91 m
Quantidade de pilares 2 -
Largura dos pilares 1,00 m
Largura útil (molhada) 15,91 m
Largura útil dos vãos (entre os pilares) 5,30 m
Coeficiente de contração devido aos pilares (K) 0,05 -
Coeficiente de contração devido ao emboque (Ka) 0,1 -
Largura efetiva dos vãos (entre os pilares) 3,90 m
Área molhada 27,31 m²
Perímetro molhado 32,71 m
Raio hidráulico 0,84 m
n de Manning 0,015 -
Declividade do trecho 1,00% -
Erro da Q.pico efluente 2,82 m³/s
# Cota h Área (m²) Volume (m³)
Fundo - - 29.954 -
NA.soleira - - 29.954 -
NA.máx.max 3,50 3,50 63.434 163.217
Coroamento 4,00 4,00 68.275 196.144