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I.M.T.

– Instituto de Medicina Tradicional


DEPARTAMENTO DE TÉCNICAS MANIPULATIVAS

CURSO DE

MASSAGEM AYURVÉDICA
TERAPÊUTICA

Versão actualizada a 09 de Março

Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa


Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt
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CURSO DE MASSAGEM AYURVÉDICA TERAPÊUTICA

Índice

I - Apresentação.....................................................................................................5
II – História da massagem ...................................................................................8
III – Benefícios da massagem .............................................................................16
IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações ...........................................18
V – Indicações gerais para a prática da massagem ayurvédica ....................20
VI – Os óleos da massagem ayurvédica ..........................................................24
VII – Os circuitos da na M.A. .............................................................................33
VIII – Os chakras e os sete corpos subtis ........................................................34
IX – Meditação Mântrica .....................................................................................54
X – Desbloquear energias ..................................................................................60
XI – Breve abordagem da Medicina Ayurvédica ..............................................64
XII – Os cinco elementos ...................................................................................66
XIII –Tridoscha – Vata, Pitta, Kapha ..................................................................68
XIV –Os Pontos Marma ......................................................................................79
XV – Aplicação prática da massagem ayurvédica ..........................................83
XVI - Bibliografia ..............................................................................................167

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OBJECTIVOS

No final deste curso os formandos deverão ser capazes de:

Identificar os benefícios e contra-indicações da prática de massagem;

Identificar correctamente os principais pontos da anatomia humana, as


suas funções e interacções;

Elaborar diagnósticos de acordo com os métodos e preceitos da Ayurveda;

Ter noções históricas e do funcinamento das várias ferramentas


terapêuticas da Ayurveda;

Aplicar correctamente uma sequência de massagem ayurvédica, tendo em


conta o conhecimento anatómico e os preceitos da Ayurveda, entre os
quais a identificação do biótipo e diagnóstico correctos, a preparação e
aplicação de óleos terapêuticos.

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PROGRAMA DO CURSO

I – Apresentação
II – História da massagem Ayurvédica
III – Benefícipos da massagem Ayurvédica
IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações
V – Indicações gerais para a prática da massagem Ayurvédica
VI – Os óleos na massagem Ayurvédica
VII – Os circuitos de energia na massagem Ayurvédica
VIII – Os chakras e os sete corpos subtis
IX – Meditação mântrica
X – Desbloquear energias
XI – Breve abordagem da medicina Ayurvédica
XII – Os cinco elementos
XIII – Tridocha – Vata, Pitta, Kapha
XIV – Os pontos marma
XV – Aplicação prática da massagem Ayurvédica
XVI – Manobras especiais – aplicação com os pés
XVII – Tracções e alongamentos

DURAÇÃO: 60 HORAS

FORMA DE ORGANIZAÇÃO: PRESENCIAL

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I – Apresentação

O toque das mãos é uma forma de comunicação. Ou seja, todas as formas de


toque das mãos comunicam uma mensagem.Através desta formação pretende-se
demonstrar como se deve fazer para transmitir, por meio da massagem, uma
poderosa mensagem terapêutica. Isso é possível porque o sistema ayurvédico de
saúde proporciona a mais abrangente de todas as estruturas terapêuticas de
massagem que existem no mundo.
A essência da compreensão do sistema ayurvédico está na compreensão do
prana (( pra = antes, ana = sopro; a força vital; vayu; Qi; Ki; Chi. Nasce do
substracto da consciência pura com inteligência (agni) e amor (soma); juntos
criam a consciência individualizada. No corpo humano existem cinco pranas
principais: prana, apana, samana, udana e vyana. Nascem do prana cósmico e do
guna rajas ( guna = qualidade, atributo da inteligência. São três: sattva, rajas e
tamas; rajas = um dos três gunas: acção, movimento, brilho, energia,
agressividade, irritação, conquista e emoções fortes). Prana também é o nome
específico do principal dos cinco pranas do corpo, chamado de sopro
exteriorizante, que reside na cabeça e no coração)). No corpo, não há nada mais
subtil que o prana. Até um processo mental subtil, como o pensamento, pode ser
compreendido e utilizado e pode tornar-se objecto de raciocínio. Com o prana não
é assim, pois ele é inatingível e inconcebível. Dá poder e força à mente e ao
corpo e é intimamente ligado à alma. Na Ayurvédica , manifesta-se sobre a forma
dos três humores (( um conceito singular que resume em si várias funções do
corpo; as forças que equilibram os cinco elementos no corpo. Os humores são
três: vata (vento), pitta (fogo) e kapha (água)).
Sem uma boa compreensão do prana e das cinco funções que desempenha no
corpo, a massagem ayurvédica não pode ser compreendida enquanto ciência
terapêutica. Como ocorre com muitos outros métodos que provêm da tradição
védica indiana, a apresentação que se faz da massagem ayurvédica no Ocidente
geralmente não comporta os aspectos subtis que fazem dela uma verdadeira
terapia de cura. São esses segredos, coligados ao uso de óleos e plantas

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medicinais, que diferenciam a massagem ayurvédica dos outros métodos de


trabalho corporal.
É importante que, para se trabalhar com a massagem ayurvédica, se tenha
consciência e conhecimento desse sistema terapêutico que permita a sua
correcta aplicação para o bom funcionamento e equilíbrio do complexo corpo-
mente-espírito. Com efeito, o objectivo principal da massagem ayurvédica é o de
harmonizar o Vata Dosha, ou seja, o humor que controla o movimento e é a causa
principal das doenças.
As terapias ayurvédicas podem ser classificadas em dois ramos: terapias de
fortalecimento e terapias de redução, ou Brimhana e Langhana. As terapias de
fortalecimento são relativamente simples e têm como objectivo aumentar a força
do paciente. As de redução são mais complexas. Geralmente são aplicadas antes
das terapias de fortalecimento, para limpar e preparar o sistema orgânico para a
regeneração e o rejuvenescimento. A massagem ayurvédica pode ser usada de
ambas as maneiras – quer para fortalecer a pessoa, quer para limpar e reduzir os
excessos.
A massagem é extremamente importante nos tratamentos de estilo de vida e na
preparação do Pancha Karma (as cinco acções; cinco terapias de redução na
Ayurveda). As terapias de estilo de vida englobam as coisas que se fazem todos
os dias. São essas coisas que, com o tempo, determinam a saúde, assim como é
a repetição contínua de uma acção que lhe dá poder. No contexto dos hábitos
quotidianos, a massagem é usada para conter Vata, o humor do vento, do ar ou
do movimento.
O Pancha Karma é uma combinação de cinco terapias de redução diferentes,
concebida para eliminar os excessos dos três humores. Para que essas terapias
funcionem , os excessos dos humores têm de se acumular nos seus lugares
próprios no tubo digestivo. Isso realiza-se de duas maneiras: o uso de óleos e a
terapia de suor. A aplicação de óleo no exterior do corpo prepara-o para receber
as cinco terapias redutivas do Pancha Karma. Nessa terapia, o importante é o
óleo, não a técnica da massagem. O sistema é complexo e só pode ser aplicado
por um bom médico ayurvédico. O resultado do Pancha Karma é a pacificação
dos três humores, principalmente do Vata. A consequência disso é a saúde.

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Depois de qualquer terapia de redução, é preciso aplicar uma terapia de


fortalecimento para recompor ou conservar a força do paciente. A terapia de
redução prepara o corpo para a assimilação de remédios que vêm sob a forma de
alimentos, plantas medicinais ou hábitos de vida. Se se ingerir substâncias tóxicas
ou se se alimentar pensamentos e emoções igualmente tóxicas, elas penetrarão
directamente nas camadas mais profundas do corpo – onde têm origem as
doenças mais graves. O Pancha Karma é um método excelente quando é feito
correctamente e administrado no tempo correcto. Nessa estratégia, a massagem
desempenha um papel importante, como desempenha também na preparação
para o Pancha Karma.

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II – História da massagem ayurvédica


Significado
Ayurvédica ou Ayurveda é uma palavra sânscrita que traduzida literalmente
significa: Veda = ―conhecimento ou saber‖ e Ayur = ―vida‖; indicando assim ―o
corpo vivo ligado ao mundo através dos cinco sentidos ― mostrando a estrita união
entre a vida fisiológica e a vida psíquica.
Assim, Ayurvédica pode ser traduzida literalmente como ―conhecimento da vida
humana‖ ou ―ciência da vida humana‖.
Para melhor compreender o vasto mundo da Ayurveda deve-se começar por
entender a definição de Ayur. De acordo com a antiga escola Ayurvédica
Charaka, Ayur é composto por quatro partes essenciais: é uma combinação da
mente, do corpo, dos sentidos e da alma.
De uma certa forma as pessoas têm tendência de se identificarem mais com o
corpo físico; no entanto existe muito mais para além daquilo que os nossos olhos
vêem. Pode-se verificar que por baixo desta nossa estrutura física, está a mente
que não só controla todos os pensamentos como todas as actividades constantes,
tais como a respiração, a circulação, a digestão e os processos de eliminação.
A mente e o corpo actuam em conjunto,de modo a regular todo o sistema
fisiológico. Para que a mente actue de modo apropriado e ajude o corpo físico,
tem de usar as informações recolhidas pelos sentidos.
Pode-se comparar a mente a um computador e os sentidos a uma base de
dados. O olfato e o paladar são dois sentidos importantes que ajudam no
processo digestivo.
Quando a mente regista que um determinado alimento está a entrar na região
gastrointestinal, dá o comando ao corpo para agir de acordo, lançando várias
enzimas no processo digestivo.
Contudo, se sobrecarregarmos as papilas gostativas de um determinado sabor,
por exemplo doce, percebe-se que a sensibilidade da mente em identificar esse
sabor foi prejudicada e que o corpo vai ter dificuldades nesse processo. Por isso é
importante que se mantenham os sentidos a funcionar correctamente de modo a
permitir que a mente e o corpo actuem adequadamente, pois assim a pessoa
mantém-se saudável e bem disposta.

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Pode-se então dizer que a Ayurvédica é uma ciência da vida, prevenção e


longevidade e é tida como o sistema médico holístico mais antigo que se
conhece.

Origem
A massagem Ayurvédica faz parte da milenar e tradicional medicina Ayurvédica,
corporificada nos Vedas e possui várias ramificações dentro do vasto panorama
das correntes espirituais da Índia.
Literalmemte, o termo veda significa conhecimento ou sabedoria, mas é usado
para designar o Livro do Conhecimento, o livro mais antigo do mundo; os vedas
são compostos por quatro textos: Rig Veda, Yajur Veda, Sama Veda e Atharva
Veda.
Rig Veda, sendo o mais antigo dos Vedas, consiste em mais de 1000 hinos.
Todos os outros Vedas baseiam-se nele. Muitos dos aspectos da ciência védica,
como o ioga, a meditação, os mantras e o Ayurveda, estão contidos no Rig Veda.
Sama Veda consiste na transformação de vários hinos do Rig Veda em
cânticos. Diz-se que representam o êxtase e a bênção da auto-realização.
Enquanto o Rig Veda é o passo, o Sama Veda é a dança; o Rig Veda é a palavra,
o Sama Veda é a compreensão.
Yajur Veda tem a ver com diversos rituais e sacrifícios do ioga no sentido da
purificação da mente e do acordar da consciência. O objectivo destes rituais é
estimular o universo no interior do indivíduo, e por esse meio, unir os dois.
Atharva Veda, considerado como o último e o mais recente dos quatro Vedas,
este texto contém cânticos e encantamentos para apaziguar os deuses e mantras
para afastar o mal, o azar, os inimigos e a doença. Inversamente aos outros
Vedas, contém feitiços mágicos utilizados pelos sacerdotes atharvânicos.
Cada um dos quatro Vedas é dividido em duas partes distintas: o mantra, que é
a oração e louvor aos vários aspectos do Absoluto; e o brahmana, que contém
directrizes pormenorizadas para as cerimónias nas quais os mantras são usados.
A Índia da qual provém a Ayurvédica é, em grande parte, desconhecida. O que
se sabe é que o fértil vale do rio Indo fornecia a vida e o alimento a muitas
cidades-estado que existiam entre 3500 e 1500 a.C.. Esta região corresponde a

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um dos hoje considerados cinco berços da civilização: China, Egipto, Suméria,


Perú e o vale do Indo. Sabe-se que as cidades-estado indianas de há 4000 anos
eram sofisticadas e estáveis, compreendendo áreas entre 400 e os 500 000
quilómetros quadrados.
O solo fértil do grande sistema de rios do Noroeste da Índia actual tornou
possível a produção de um excedente alimentar, o que levou ao desenvolvimento
do comércio e, com a formação das cidades, ao início da urbanização. As cidades
eram bem organizadas e compartilhavam um complexo sistema de escrita
pictográfica, sistemas standarizados de pesos, medidas e padrões de construção
cuidadosamente pensados. Duas grandes cidades, Mohenjodaro e Harappa,
eram os centros desta grande civilização e o seu cuidadoso planeamento reflectia
uma ordem política coerente e bem defenida. Eram servidas por um avançado
sistema de esgotos e drenagem, tendo, na generalidade, um padrão sanitário
extraordinariamente alto, o que se reflecte na grande ênfase dada à higiene
patente na literatura ayurvédica. As casas eram construídas em pedra e tijolo de
maneira a unificar toda a cidade, promovendo um fluxo de energia vital a toda a
comunidade.
Era uma cultura rica e orientada para a Natureza e que adorava a Mãe Deusa.
Tal como outras civilizações contemporâneas, cultivavam-se grandes áreas de
terreno com algodão, trigo e outros cereais. Faziam-se trocas comerciais com a
Suméria através do Golfo Pérsico e do Mar da Arábia. Foram encontrados
testemunhos de complexos brinquedos de argila, o que atesta ainda mais a
prosperidade e o discernimento desta antiga cultura.
No entanto, esta civilização começou a desmoronar-se no início de 1700 a.C.,
devido a uma série de invasões, alterações climatéricas e desvios no leito do rio
Indo.
O conhecimento do Ayurveda teve a sua origem nesta civilização sofisticada e
desenvolvida. A ciência tradicional do Ayurveda descreve a maneira como os
Rishis, os sábios da Índia, se aperceberam da necessidade de se isolarem da sua
civilização para encontrarem a serenidade e clareza de espírito necessárias para
receberem o conhecimento que procuravam um grande grupo de Rishis,
originários desta cultura, reuniu-se no sopé dos Himalaias para falar sobre a
doença e os seus efeitos na vida humana. O seu objectivo era erradicar as

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doenças, não só da raça humana mas de todas as criaturas, e meditaram sobre


isso. Foi destes períodos de meditação que surgiu todo o conhecimento e
informação do Ayurveda.

As múltiplas práticas – os três toques


A prática da massagem Ayurvédica, que vamos desenvoler e aplicar, tem o seu
fundamento na Abhianga que consiste na massagem terapêutica ou cotidiana.
Não se sabe ao certo a quantidade de variações que hoje em dia a massagem
Ayurvédica comporta. São muitas e variadas. Umas com mais outras com menos
fundamento é necessário que o terapeuta que a aplica seja o mais honesto
possível e que cumpra todas as regras e princípios da Ayurveda.
Mais importante que a técnica é o praticante estar dentro do espírito da
Ayurveda e saber aplicá-lo aos seus pacientes. Para isso há um longo trabalho a
fazer muito além desta formação.
A Ayurveda reconhece três espécies de toque, correspondentes aos três gunas
– Sattva, Rajas e Tamas. Elas constituem estratégias terapêuticas que podem ser
adequadas aos diversos indivíduos e às necessidades destes. As três espécies
de toque podem ser usadas tanto no Abhyanga quanto no Snehana (massagem
com óleos). Entretanto, é melhor defini-las como membros do Abhianga, pois o
Snehana é, antes de tudo, uma técnica de aplicação de óleo, na qual o agente
terapêutico é o óleo e não o toque por si só. Não obstante, mesmo nesse caso, o
toque deve ser adequado à constituição e ao estado actual do paciente.
As três espécies de toque dirigem-se, antes de mais nada, aos três tipos
constitucionais (prakruti). Dirigem-se também aos três tipos de desequilíbrio
(vakruti). Dizem respeito, ainda, ao estado psicológico das pessoas
(predominância dos gunas e prakruti mental). Dessa maneira, a Ayurveda tem
sempre um toque ou uma combinação de toques adequada a todas as pessoas e
às suas necessidades terapêuticas.

Toque Sátvico
Sattva manifesta-se na harmonia e num estado de flexibilidade. O toque sátvico
é um toque amoroso, gentil e suave; é sensível e intuitivo. Promove o aumento do
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guna sattva na pessoa e tem efeito relaxante, harmonizante, equilibrante e


rejuvenescente para as emoções. Afecta a mente e, por meio dela, as emoções e
os sentimentos; nutre os nervos, os nadis e os pranas. De todas as espécies de
toque, é o que mais pacifica e harmoniza os cinco pranas e, por meio deles, o
corpo. É sinal de uma actitude e de uma técnica refinadas por parte do
massagista. É a melhor para acalmar os nadis (canais de prana nos meridianos)
que terminam nos órgãos dos sentidos.
O toque sátvico é mais adequado para as pessoas de costituição Vata (os
Tridosha – Vata, Pitta, Kapha a vêr noutro capítulo). As prakrutis (a energia
dinâmica da consciência; constituição natal, natureza) mistas, como vata/pitta e
vata/kapha, também devem ser tratadas com um toque sátvico, ao menos de
início. Aliás, muitas pessoas recomendam que todo o paciente deve ser tratado
com um toque sátvico para começar. Esse tipo de toque é indicado para acalmar
as pessoas rajásicas e torná-las receptivas a um trabalho mais profundo. O toque
sátvico é bom para pessoas magras ou frágeis.
O óleo é um elemento importante do toque sátvico. Com o seu efeito lubrificante
facilita a acção suave de sattva. Além disso, o próprio óleo, dependendo das
ervas que lhe forem acrescentadas, pode ter uma qualidade altamente sátvica – é
o caso dos óleos de Shatavari, Ashwagandha e Brahmi. O óleo funciona como um
veículo físico de transmissão do prana do terapeuta para o paciente. Os óleos
vegetais em geral são de qualidade sattva e, por isso, colaboram para esta
espécie de toque. No tratamento de pessoas vata, o óleo é usado em quantidades
generosas.
O toque sátvico é apropriado para todas as perturbações mentais ou
emocionais, qualquer que seja a prakruti do paciente. Também nesses casos, tem
a função de abrir a pessoa ou criar condições para que ela se abra. É bom para
muitas coisas, mas não tem efeito estimulante nem purificante. Por isso, deve ser
usado sempre que não se souber o que fazer, ou nos casos de distúrbios
nervosos crónicos. O mais sátvico de todos os toques é aquele em que não se
toca o corpo físico da pessoa, mas sim o seu corpo prânico. É muito eficaz para
várias doenças e para pessoas sensíveis, mas não é adequada para pessoas
tamásicas ou rajásicas.

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Toque Rajásico
Rajas manifesta-se num estado de mudança, actividade e movimento. O toque
rajásico é um toque intermediário entre o sátvico, que é leve, e o tamásico, que é
profundo. É firme mas não dói; é forte, mas não brusco. É um toque que procura o
movimento, que procura abrir e estimular. É extremamente eficaz para os
trabalhos feitos nos primeiros níveis de tecido (dhatus) – plasma, sangue e
músculos. É moderado e cuidadoso; com esse toque, o terapeuta vai sondando o
corpo do paciente na procura de focos de congestão. No geral, é considerado
adequado para pessoas do tipo constitucional pitta ou de estatura média.
O toque rajásico é apropriado para o trabalho de massagem dos marmas
(pontos sensíveis do corpo que estimulam o fluxo do prana – a ver noutro
capítulo). É o toque que mais estimula esses pontos. No geral, o toque sátvico é
leve demais para os marmas, a menos que se saiba projectar grandes
quantidades de prana directamente no ponto da massagem. Os marmas precisam
ser descongestionados e estimulados para activar o Nadi ou os Nadis aos quais
se relacionam. No toque rajásico, deve-se usar uma pequena quantidade de óleo,
que colabora para a lubrificação geral da massagem e nutre a pele. Deve-se
tomar cuidado para não aquecer demais a pessoa com este toque, pois as
pessoas de tipo Pitta já são quentes. Por isso, usa-se uma quantidade suficiente
de óleo refrescante.
O toque rajásico é aplicado com firmeza e com um ritmo constante, que cria
calor e mudança. É o mais adequado para o uso em pessoas de saúde
relativamente boa, pessoas de prakruti Pitta, para as tensões musculares, dores
crónicas, problemas de circulação sanguínea e congestionamento do sistema
linfático, pessoas com falta de vigor e que levam vida sedentária. É um toque que
funciona pela estagnação e abre a circulação do plasma, da linfa, do sangue, dos
nervos e do prana.

Toque Tamásico
Tamas manifesta-se num estado de bloqueio, contenção ou estagnação – como
o apego cego a uma determinada crença. O toque tamásico é um toque que abre
e liberta. É forte, profundo e penetrante. Quando malfeito, pode ser doloroso e
violento. A dor não é uma decorrência inevitável do trabalho com os tecidos

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profundos. Na Ayurveda, quando ela acontece, geralmente é sinal de que o


paciente não foi bem preparado para o trabalho que se ia fazer. O Ocidente está
cheio de terapeutas que sorriem de prazer quando ―desfazem os nós‖, quase
matando o paciente de tanta dor (o que é um reflexo da ignorância do terapeuta, e
não necessariamente do carácter inadequado do método).
O toque tamásico deve ser usado naqueles pontos ou regiões do corpo em que
o toque rajásico não teve eficácia. Muitas vezes é necessário para desbloquear
ou descongestionar uma massa de tensões do corpo. No nível dos tecidos
profundos, é ingenuidade pensar que os hábitos físicos do paciente ou as
situações exteriores em que ele vive são as únicas causas do problema. A
natureza de Tamas, e portanto dos níveis profundos com os quais se relaciona, é
a da contenção e da estagnação. Esses tipos de bloqueios relacionam-se
directamente com a mente e o corpo subtil – ou seja, com o funcionamento
mental, as emoções, os sentimentos e a actividade prânica. Quando o terapeuta
tenta trabalhar os tecidos profundos sem preparar o paciente e explicar-lhe o que
acontece, o trabalho tende a dar errado ou ser muito menos eficaz.
Tamas significa um limite ou uma barreira erigidos em algum lugar da mente ou
do corpo. A função do toque tamásico é a de quebrar essa barreira. Entretanto,
como Tamas é imóvel por natureza, o terapeuta, para ter êxito, deve transmitir
uma certa qualidade Rajas (um dos três gunas: acção, movimento, brilho, energia,
agressividade, irritação, conquista e emoções fortes) à mente e ao sistema
energético do paciente. No Yoga, rajas é sempre usado para modificar Tamas ou
pô-lo em movimento, aproximando-o de sattva. Na Ayurveda, o pricípio é o
mesmo. Daí a necessidade da preparação correcta para que o toque tamásico
seja realmente eficaz, e não simplesmente doloroso.
Este toque é feito sem óleo ou com pouquíssimo óleo; usa-se, em vez do óleo,
pós de ervas secas. A sua acção é aspera, estimulante e irritante. É adequado
para pessoas Kapha. É um toque bom para os programas de controle do peso,
especialmente quando é inserido dentro de um programa mais amplo. É
extremamente eficaz para estimular o metabolismo e acender os agnis dos
Dhatus (os fogos dos tecidos, ou funções metabólicas dos tecidos – ou seja, para
queimar gordura). É indicado para pessoas que têm o corpo grande e pele

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grossa. Para aplicá-lo, o terapeuta deve usar de força e ter um objectivo claro em
mente. Quando é usado em excesso, pode criar bloqueios e uma forte resistência.
A melhor estratégia é a do equilíbrio. Deve-se escolher o toque adequado à
prakruti da pessoa e depois adequá-lo à vakruti (a constituição do momento,
aquela que recobre prakruti). O toque rajásico é necessário para abrir e estimular
o tecido muscular. Na maioria das vezes, o melhor é usar os toques tamásicos e
rajásicos juntos e usar o toque sátvico nas fases de preparação e finalização. O
toque tamásico nunca, ou quase nunca, é apropriado para pessoas Vata. Se
quiser perder um paciente Vata, basta fazer-lhe uma massagem tamásica logo na
primeira sessão.

A massagem Snehana é muito diferente da Abhyanga, na medida em que nela,


a técnica não tem muita importância. Os agentes terapêuticos usados são
principalmente os óleos e as plantas medicinais, aplicados com a massagem de
activação. A massagem Snehana é usado primordialmente no método de
tratamento Pancha Karma. A sua outra aplicação importante é na massagem do
tecido conjuntivo profundo, que exige que o paciente seja muito bem preparado.
Existem outros usos, mas eles têm funções exclusivamente medicinais e só
podem ser praticados por um bom médico ayurvédico.
Os preparativos para a Snehana são mais complicados, na medida em que é
necessário desenvolver um método para conter, e se possível reciclar, o óleo
utilizado. Tipicamente, usam-se de dois a quatro litros de óleos por sessão.
Geralmente o óleo é aplicado por uma pessoa enquanto dois outros massagistas,
um de cada lado do paciente, esfregam-no vigorosamente para fazer o óleo
penetrar na pele. Às vezes os massagistas são em número de quatro, dois para a
parte de cima do corpo e dois para as pernas. É assim que se faz em muitas
regiões da Índia.

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III – Benefícios da massagem Ayurvédica

A massagem Ayurvédica consiste numa técnica de massagem profunda que


junta movimentos vigorosos em toda a massa muscular juntamente com
manobras de tracção e alongamentos, além da estimulação de pontos e órgãos
vitais visando o equilíbrio físico, mental e psíquico.

Benefícios físicos e energéticos

Sendo um sistema de terapia holística a massagem Ayurvédica, auxiliada por


óleos vegetais e essênciais, estimula os músculos e a circulação, libertando as
toxinas presas nos músculos e tecidos. Reestabelece o bom funcionamento dos
complexos capilar e linfático libertando-os dos venenos, ácidos e toxinas que se
alojam no corpo e que o estão a prejudicar, eliminando-os naturalmente do
organismo. Através de toques profundos com as mãos, cotovelos e pés, a
massagem Ayurvédica propicia um realinhamento postural, alívio das tensões
(por vezes crónicas) no corpo físico e fortalece o sistema imunológico. A fadiga
muscular diminui ao mesmo tempo que recebe, com o seu benefício, a sua
revitalização. Proporciona uma maior flexibilidade do corpo e mobilidade nas
articulações, possibilitando o circuito livre da energia vital. Tem efeitos anti-
stresse e anti-depressivos o que ajuda na agitação mental que a vida moderna
provoca.
Normalmente as pessoas que recebem sessões de massagem Ayurvédica,
experimentam uma grande sensação de bem-estar, relaxamento, tranquilidade,
sono profundo e um novo ânimo.

Uma boa massagem ajuda a:

Pele a ficar bonita e lustrosa;

Tonificar e relaxar os tecidos musculares subcutâneos, nutrindo assim a


pele e formando curvas harmónicas no corpo;

Aumentar a temperatura corporal, facilitanda a circulação;

Incrementar o fluxo de oxigénio e a eliminação de toxinas do corpo;

Incrementar a resistência corporal ao elevar o sistema imunológico;

Abrir os canais do corpo, possibilitando um fluxo sem obstáculos da


energia vital;

Dar ao corpo uma sensação de leveza, agilidade e energia;

Flexibilizar a coluna, melhorando a comunicação nervosa aos órgãos e


demais partes do corpo;

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Aumentar o vigor e a vitalidade sexual;

Activar a concentração e a vitalidade mental;

Rejuvenescer e preservar as propriedades da juventude;

Afirmar a auto-estima, criar confiança, abertura mental, segurança e


concentração;

Libertar emoções bloqueadas;

Produzir relaxamento;

Produzir pensamentos positivos e a consciência de todo o corpo.

Benefícios para quem recebe e para quem dá

Como já vimos são muitos os benefícios da massagem Ayurvédica para quem a


recebe regularmente. A pessoa sente-se revigorizada e rejuvenescida o que
provoca uma melhoria tanto física como mental; causa uma postura mais positiva
no seu dia-a-dia contribuindo para o seu bem-estar e o bem-estar de quem a
rodeia.
Mas para quem a dá, ou seja o terapeuta, os benefícios também são muitos e
gratificantes. Para isso é necessário, que o terapeuta ayurvédico, tenha
consciência que cada indivíduo é um indivíduo. Compreender a prakruti do
paciente é muito mais importante do que ser um especialista nas técnicas
ayurvédicas.
O objectivo da compreenção dos diversos tipos constitucionais na massagem é
de primordial importância. A assimilação e o uso dessa única informação bastará
para mudar completamente a sua maneira de aplicar a massagem.
Todos sabem que a massagem não se ensina em manuais, mas podemos
transmitir a essência primordial. A compreensão da prakruti é o passo
fundamental para o uso da massagem ayurvédica como terapia de cura.
Tendo essa consciência, juntamente com a experiência que só a prática a dará,
o terapeuta sentirá a gratificação de uma missão cumprida com profissionalismo o
que vai contribuir para o seu bem-estar e a sua auto-estima.

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IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações


A massagem Ayurvédica é recomendada como terapia complementar a outros
tratamentos para manutansão da saúde e como terapia de relaxamento e bem
estar físico, psíquico e espiritual.

Indicações

No capítulo III ―benefícios da massagem Ayurvédica‖ enumerámos uma série de


motivos pelos quais a massagem Ayurvédica deve ser feita os quais resumem, de
uma forma geral, as suas indicações.
Resumindo:

Dores musculares e tensões do corpo e da mente;

Problemas articulares e rigidez dos ligamentos;

Correcção postural e realinhamento da coluna vertebral;

Problemas específicos da coluna, ex: lordose, cifose, escoliose, etc.;

Problemas respiratórios e hipoactividade circulatória do corpo;

Problemas de stresse;

Activa a assimilação de oxigénio e dos nutrientes que o corpo necessita;

Liberta toxinas;

Purifica os circuitos internos da energia;

Aumento da circulação linfática e do fluxo sanguíneo sem esforço do


coração;

O pulso baixa porque o coração passa a funcionar mais lentamente, tendo


um descanço natural;

A pele e o cabelo ganham vitalidade;

Ajuda no relaxamento local e geral;

Auxilia no aproveitamento físico para desportistas, dançarinos, praticantes


de yoga e todos aqueles que querem melhorar a sua forma física,
independente da idade, através de um trabalho específico de consciência
corporal.

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Contra-indicações

É muito importante que o terapeuta tenha consciência de quando não deve


aplicar massagem a um paciente. Mais importante do que saber o que ―deve
fazer‖ é saber o que ―não deve fazer‖. Tem de apelar ao seu bom senso e quando
tiver dúvidas ou não aplica ou executa apenas uma massagem simples para
relaxamento.

As contra-indicações podem ser consideradas absolutas ou circunstanciais:

Em caso algum deve massajar pessoas com cancro maligno, seropositivos,


grávidas salvo indicação médica;

Com infecções;

Com febre;

Com osteoporose grave;

Com problemas de pele;

Com problemas circulatórios graves;

Após uma refeição completa;

Com problema cardíacos graves;

Deve sempre ter em consideração que o acompanhamento médico é


fundamental para a resolução de muitos problemas aos quais a massagem só por
si não basta.

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V – Indicações gerais para a prática da massagem


Ayurvédica

Postura do terapeuta e do paciente

A massagem Ayrvédica deve ser aplicada no chão com o paciente deitado num
colchão coberto com um lençol.
É fundamental que o paciente esteja confortável e descontraído para poder
receber uma massagem plena. Deve ser criado um ambiente propício e uma
pureza de energias que auxiliem o tratamento de forma a atrair boas vibrações.
Durante um tratamento e, ao tocarmos num paciente, as energias integram-se o
que faz com que o terapeuta teva ter consciência da necessidade de limpar o seu
campo energético e até o espaço onde está a trabalhar. Antes do tratamento, e
entre tratamentos, o terapeuta deve ter uns minutos de descanço e de
introspecção. Durante a execução da massagem o terapeuta deve entregar-se e
concentrar-se no que está a fazer esquecendo-se de todos os problemas que
possa estar a viver na altura. Se o não conseguir é preferível desmarcar a terapia
porque o paciente ficará sobrecarregado das energias negativas que o próprio
terapeuta lhe possa transmitir.
O terapeuta deve ter o cuidado de, ao longo da massagem, manter uma postura
física o mais correcta possível para preservar a sua saúde. A roupa deve ser
folgada e confortável para que todos os gestos sejam executados com precisão.

Princípios a ter atenção:

Vestir roupa confortável;

Desligar telefone e telemóvel;

Verificar se a temperatura ambiente é agradável;

Não ter luzes intensas;

Não usar anéis nem relógio durante a massagem;

Aquecer as mãos antes de começar a massagem e manter sempre o


contacto;

Cuidar da sua higiene pessoal;

Ter particular cuidado com as mãos mantendo sempre as unhas curtas;

Lavar sempre as mãos antes e depois de cada tratamento;

Realizar a massagem de forma rítmica, constante, com movimentos


suaves, uniformes e vigorosos de forma a evitar transições bruscas;
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Colocar perto de si todos os produtos a utilizar;

Não alimentar conversa poque o silêncio faz parte da terapia;

Ter o cuidado de colocar uma música suave e nunca com um som


demasiado alto;

Não comentar sobre as tenções do paciente;

Não provocar dores nem desconforto ao paciente;

Mudar os lençóis ou toalhas entre cada paciente.

Materiais

Colchão;

Lençóis ou toalhas;

Óleos vegetais;

Óleos essenciais;

Velas e incensos (facultativo);

Música ambiente;

Lamparina para poder aquecer o óleo se for o caso.

Sessões

De forma geral a massagem deve ter a duração de 60 minutos tendo em


atenção que o paciente (e o terapeuta) deve permanecer 10 a 15 minutos em
repouso após o tratamento. A massagem geral deve ser distribuida por igual mas
deve-se dar mais importância à parte ou partes de maior tensão.
Um tratamento deve ter pelo menos de 8 a 10 sessões para resultar
convenientemente. Não deve esquecer que a manutenção é necessária.

Portanto:

Se a pessoa estiver de boa saúde e possuir uma idade igual ou inferior a


40 anos, a massagem pode ir de 30 a 45 minutos se fôr só de
relaxamento.

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Se o paciente tiver tensões, dores, obstruções energéticas ou má


circulação, deve-se dar especial atenção às zonas afectadas; neste caso a
massagem deve durar entre 45 a 60 minutos.

As pessoas que tiverem uma saúde frágil não devem receber uma
massagem que dure mais do que 30 a 45 minutos. Lenta e gradualmente a
massagem pode ser aumentada de 45 para 60 minutos.

Para quem recebe uma massagem diariamente são suficientes 40


minutos.

Para adultos com idade superior a 40 anos a duração deve ser


determinada de acordo com o estado de saúde do mesmo.

Pessoas inválidas devem ser massajadas de 30 a 45 minutos.

As crianças até 1 ano de idade ou recém nascidas podem receber uma


massagem que dure 15 a 20 minutos.

As crianças até 3 anos podem ser massajadas de 20 a 25 minutos.

Nos jovéns até aos 17 anos a massagem deve durar 30 a 45 minutos.

Gabinete

O terapeuta deve ter o máximo de cuidado com o sítio onde aplica as suas
massagens.
O local de trabalho deve encontrar-se no mais rigoroso asseio. O local deve
estar limpo e arrumado não necessitando de grandes decorações. As cores
devem ser claras. A luz não deve ser directa nem muito intensa. Não deve haver
correntes de ar e a temperatura deve ser amena e adequada à estação do ano.
Deve ter uma música ambiente e apropriada e o som não deve estar demasiado
alto. Todos os materiais necessários devem estar ao alcance do terapeuta. O uso
de velas e incenssos devem ser deixados à consideração do terapeuta. Não
esquecer que os aromas permanecem no ar durante muito tempo e que não são
bem tolerados por todas as pessoas.

Profissionalismo

O terapeuta deve, em todas as suas actitudes, ser um profissional.


É necessário que se mantenha actualizado e esteja constantemente a melhorar
a sua técnica e os seus conhecimentos. Deve saber partilhar com colegas os
seus conhecimentos e experiências para com isso enriquecer o seu trabalho.
Deve saber receber mas manter sempre a postura de terapeuta-paciente.

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Não deve de forma alguma intrometer-se na vida pessoal e íntima do seu


paciente.
Não deve prescrever qualquer tipo de medicamento se para isso não estiver
habilitado.
Deve ter sempre em atenção que como terapeuta o sigilo é fundamental. Nunca
comentar casos de outros pacientes. Em resumo, o terapeuta deve ter uma
actitude pessoal e profissional o mais correcta possível.

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VI – Os óleos na massagem Ayurvédica


Tipos de óleos a utilizar

A pele é um órgão de assimilação. As coisas que se aplicam sobre ela podem


nutrir ou prejudicar a função metabólica do corpo. As substâncias nutritivas
deixam a pele saudável e fornecem os nutrientes correctos ao plasma, ao sangue
e aos músculos (o primeiro, o segundo e o terceiro níveis de tecidos, chamados
Rosa Dhatu, Rakta Dhatu e Mansa Dhatu). A diminuição da actividade metabólica
acontece quando uma substância inadequada é posta sobre a pele.
Qualquer substância colocada sobre a pele é imediatamente absorvida pelo
plasma e, depois dele, pelo sangue e pelos músculos. Assim, as substâncias
inorgânicas aplicadas sobre a pele são distribuídas pelo corpo inteiro; não ficam
somente na pele. Quando essas substâncias entram no corpo, o metabolismo
perturba-se em maior ou menor grau, dependendo da substância e da sua
frequência de aplicação. A longo prazo, a consequência do uso de substâncias
inorgânicas sobre a pele é a diminuição ou mesmo a cessação dos processos
metabólicos. Com isso, formam-se no corpo matérias tóxicas, chamadas ama.
Na Ayurveda, ama é geralmente definido como os alimentos que não foram
digeridos. Porém, a sua natureza não é somente física, mas também mental.
Outras espécias físicas de ama (toxinas) são criadas pelas substâncias
absorvidas pela pele. Quando a substância é orgânica, provoca a nutrição dos
tecidos e a eliminação de toxinas. Quando porém é de natureza inorgânica, acaba
por se transformar em ama, que entope os canais subtis da pele, do plasma, do
sangue e dos músculos. No que diz respeito ao ama em todas as suas formas, o
principal factor de combate é agni. Em geral traduz-se agni como o puro e simples
fogo da digestão dos alimentos. Existe um agni (fogo) para cada nível do corpo.
Isso significa que cada um dos sete tecidos tem um princípio de digestão que
processa todas as substâncias que chegam aos tecidos, sejam orgânicos ou
inorgânicos.
Agni é um factor importantíssimo do sistema ayurvédico, até mesmo na terapia
da massagem. Através da massagem, podemos intensificar o agni do rasa dhatu,
que corresponde ao plasma e ao sistema linfático. Como o plasma é o principal
componente do corpo e o sistema linfático é o responsável pela filtragem desse
componente, é razoável pensar que o agni – a actividade do metabolismo celular
– desse nível de tecido é extremamente importante para a nossa saúde a longo
prazo.
O uso do óleo é importantíssimo para a prevenção e a eliminação de ama nas
camadas exteriores do corpo. Já o uso de cremes, loções e óleos refinados não
só é prejudicial como suprime a função metabólica e faz aumentar a quantidade
de toxinas no corpo, piorando a sua saúde a longo prazo. Talvez isso não seja
evidente de imediato, mas não há dúvida de que as substâncias que as pessoas
pôem sobre a pele hoje em dia são indirectamente responsáveis, entre outras
coisas, pelo enfraquecimento do sistema imunológico que se tem vindo a
transformar em epidemia no mundo ocidental. A actividade imunológica é
enfraquecida por ama e fortalecida pelo uso de óleos nutritivos que expelem ama
do corpo. Segundo a Ayurveda, só se deveria pôr sobre a pele as coisas que se
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poriam na boca, ou seja, alimentos. Porque é que os óleos são tão bons para o
corpo? Porque são alimento.
Cada tipo constitucional deve usar o óleo mais adequado à sua constituição. No
entanto o óleo de sésamo é vulgarmente prescrito para a massagem da cabeça e
dos pés independentemente da constituição natal (desde que não haja um
desequilíbrio muito forte, caso em que a vakruti teria de ser tratada primeiro).
Os óleos vegetais contêm muitas vitaminas, minerais, enzimas e prana que
fortalecem e nutrem o corpo. Porém, para apresentar essas qualidades, o óleo
tem de ser extraído a frio. Isso significa que não se pode usar calor ou
substâncias químicas para extrair o óleo das sementes, ou seja lá do que for. O
óleo não deve chegar ao ponto de fervura no processo de extracção. Se isso
acontecer as suas propriedades medicinais serão extremamente diminuídas ou
mesmo eliminadas.
Os óleos são muito úteis na massagem porque nutrem e suavizam a pele e os
músculos. Além disso, depois de absorvidos pelo corpo, colaboram para a
lubrificação dos pulmões e do intestino grosso, que são os lugares do corpo onde
mais se acumula o humor vata. Alguns óleos também nutrem os tecidos mais
profundos – os ossos, a medula óssea, o tecido nervoso e os fluidos reprodutivos.
Uma vez que a massagem com óleo pode ser classificada como uma terapia de
fortalecimento, é muito útil para revigorar as pessoas doentes e convalescentes.
Os óleos são necessários, no corpo, para lubrificar o tecido conjuntivo e colaborar
para a conservação do tecido adiposo. Também são eles que lubrificam os canais
por onde passam as diversas secreções e excreções.
Existem na Ayurveda fórmulas clássicas para cada uma das prakrutis e para
cada doenças e mal-estares específicos. A todos os óleos vegetais se podem
juntar plantas medicinais ou óleos essenciais para potencializar a sua acção.

Prakruti: Vata
O vata dosha é frio, seco, rápido, irregular, móvel, leve, áspera e tem o efeito de
dispersar.
Os melhores óleos para vata são: sésamo, amêndoa, rícino e mostarda.
As melhores plantas medicinais para usar em vata são: gengibre, canela,
alcaçuz, ashwagandha, cálamo, jatamansi, dashamula (dez raízes) e valeriana.
Os melhores óleos essênciais são: sândalo, almíscar, mirra e gualtéria.

É de reparar que os óleos, ervas medicinais e óleos essenciais mais


apropriados para vata têm, em geral, a qualidade oposta à desse dosha. Vata é
frio; por isso, os óleos que aquecem têm mais o efeito de pacificar vata do que os
óleos mais frios. No geral, os óleos têm qualidades opostas a vata. Por isso,
qualquer que seja a constituição da pessoa, o uso de óleos é um dos principais
métodos de tratamento para a harmonização dos distúrbios de vata que decorrem
inevitavelmente da vida moderna.

O óleo de sésamo tem uma quantidade extraordinária de vitaminas e minerais.


Além disso, as sementes de sésamo possuem uma enzima especial que é muito
benéfica para o cérebro. Na Ayurvédica, não há nenhum outro óleo que seja tão
nutritivo quanto o de sésamo. Cada óleo tem um aspecto terapêutico específico; o
de sésamo, porém, é indicado para a nutrição do corpo inteiro e também da
mente. É dotado de forte qualidade sátvica, que auxilia todas as actividades
mentais e nervosas.
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O óleo de amêndoas doces tem propriedades antioxidantes e é facilmente


absorvida pela pele. Se o óleo de sésamo fôr muito pesado, use óleo de
amêndoa. Trata-se de um óleo bom para as pessoas que não estão habituadas a
receber massagem com óleo; a sua quantidade de nutrientes também é bastante
alta. Tanto o óleo de sésamo quanto o de amêndoa são usados nas terapias de
rejuvenescimento e fortalecimento. São contra-indicados para intoxicações ou
pessoas que sofrem de uma excessiva congestão da energia.

O óleo de rícino é famoso pelos seus muitos usos. Tem uma grande
quantidade de certos minerais que nutrem os tecidos e fortalecem o corpo. No
Ocidente, é geralmente ingerido para auxiliar na eliminação. O óleo de rícino é
bastante eficaz para eliminar o ama dos tecidos mais superficiais. Tem uma
afinidade especial com o sistema reprodutor das mulheres. A aplicação externa,
várias vezes por dia, pode ajudar a aliviar as cólicas pré-menstruais e menstruais.

O óleo de mostarda é leve e quente e, por isso, pode ser muito útil para a
aplicação em tipos vata mais pesados ou em constituições mistas nas quais vata
está em evidência. É o óleo específico para o uso em tipos kapha, mas combate a
letargia decorrente dos obstáculos à acção de vata no corpo. Um vata
enfraquecido é praticamente igual a um excesso de kapha. A massagem vigorosa
com óleo de mostarda é muito eficaz para estimular vata e limpar os nadis e
sistemas de circulação. No geral, as pessoas do tipo vata devem ser massajadas
com óleos aquecidos.

Quando se mistura uma erva ou outra planta ao óleo, as propriedades naturais


da planta acrescentam-se às do óleo. Assim, obtém-se um princípio activo
terapêutico mais abrangente do que caso se usasse o óleo ou a planta
isoladamente.

A fórmula e a confecção de óleos para o trabalho terapêutico é uma arte e


obriga a um conhecimento profundo da fitoterapia. Quem o quiser fazer tem de
estudar e compreender bem os pricípios da Ayurveda.

Os óleos essenciais desempenham um importante papel na massagem, na


medida em que nutrem o sentido do olfato e dão prazer a todos os órgãos dos
sentidos. É importante acrescentá-los aos óleos de massagem devido ao seu
forte aroma e também às suas propriedades terapêuticas. São óleos muito
concentrados por isso devem ser usados em pequenas quantidades – 20 gotas
para 100 ml de óleo. São poderosos e agem fortemente sobre os nadis para
estimular os pranas. Devem ser usados com respeito e cuidado especialmente os
mais fortes.

Prakruti: Pitta
O pitta dosha é quente, oleoso, móvel, húmido, agudo, malcheiroso, penetrante
e leve.
Os melhores óleos para pitta são: oliva, coco, girassol e ghee.
As melhores plantas medicinais para pitta são: coentro, alcaçuz, açafrão-da-
índia, cola de gotu, nardo indiano e shatavari (aspargo).
Os melhores óleos essenciais para pitta são: sândalo, rosas, alfazema e
jasmim.
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Os óleos, as ervas medicinais e os óleos essenciais prescritos para pitta são


frios. O humor pitta, além disso, é oleoso por natureza; por isso, usa-se menos
óleo externamente do que no caso da prakruti vata. Os próprios óleos são mais
leves do que os usados para vata. Provavelmente, o melhor óleo a ser usado
pelos ocidentais é o de oliva, que é o mais acessível em marcas de alta
qualidade. Se não for bem absorvida pelo corpo, experimente outra marca, pois a
primeira provavelmente terá sido adulterada. O óleo de oliva também é melhor
para usar durante o dia, pois tem menos efeito sedativo do que os óleos mais
pesados e nutritivos.
Para os tipos pitta, os óleos devem ser aplicados mornos no inverno e frios no
verão. Atenção, porém, à vakruti do paciente antes de aplicar óleos frios, que têm
a propriedade de aumentar rapidamente a quantidade de ama. Certifique-se de
que o paciente é capaz de digerir o óleo frio antes de cobrir-lhe o corpo com ele.
Como? Examine a língua dele para ver se está recoberta de ama ou se está
saudável e avermelhada (sinal do bom estado de agni).
Segundo os textos clássicos, o melhor óleo para o tipo pitta é o de coco. Esse
óleo é dotado de excelentes propriedades e é muito bom para a pele. Tem muito
colesterol e, por isso, pode não ser adequado a um bom número de pacientes. O
óleo de girassol é muito bom para o uso geral. É nutritivo, mas não muito pesado.
É o mais equilibrado de todos os óleos no que diz respeito aos seus efeitos sobre
os três humores. Nutre a pele e o sistema linfático.
Ghee não é um óleo, mas sim uma manteiga cozida até provocar a separação
entre a sua parte sólida e a sua parte líquida. Os sólidos são removidos e o
líquido amarelo-dourado endurece até virar uma espécie de pasta. Essa pasta
pode ser usada na cozinha, como veículo para a aplicação de ervas medicinais
em pomada, e também na massagem de pessoas do tipo pitta. Na Ayurveda, a
ghee é um dos principais remédios de rejuvenescimento. Tem a propriedade de
intensificar o agni (fogo metabólico) de todos os níveis de tecido sem perturbar
pitta. Nutre os sete dhatus e faz aumentar a quantidade de ojas ( a essência do
alimento; a base do sistema imunológico. Nós nascemos com oito gotas de ojas
no chakra do coração; se essa quantidade diminuir, morreremos. Existe um ojas
secundário que é o resultado dos elementos de todos os tecidos; pode variar em
quantidade, mas, quando é pouco, ficamos doentes). Porém, pode ser pesada
demais para os tipos kapha e para os que estão a sofrer de forte intoxicação. Em
caso de intoxicação, deve ser combinada a gengibre, a uva-espim (berberis
vulgaris) e o açafrão-da-índia para ajudar a queimar as toxinas. Pode não ser
adequada para alguns dos pacientes pitta, pois tem um cheiro forte e permanece
na pele por algum tempo. Pode-se aplicar algum tipo de pó sobre a pele para
remover o excesso.
A cola de gotu (Brahmi) é uma planta extraordinária para o controle de pitta. É
extremamente sátvica e não só acalma pitta como também nutre o cérebro e os
nervos. É a favorita para os óleos que são aplicados em pessoas do tipo pitta.
Todos os óleos essenciais para pitta são frios e devem ser acrescentados ao
óleo que se vai usar para a massagem. Eles aumentam o efeito terapêutico do
óleo e o prazer que o paciente sente ao ter o óleo no corpo. O aroma é
importantíssimo (especialmente para as mentes críticas do tipo pitta!). Ninguém
gosta de uma substância adequada do ponto de vista terapêutico mas que cheira
mal.

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Prakruti: Kapha
O kapha dosha é frio, húmido, lento, estável, obtuso, pesado, denso,
escorregadio, oleoso e mole.
Os melhores óleos para kapha são: mostarda, girassol, milho e sésamo.
As melhores plantas medicinais para kapha são: canela, gengibre, zimbro,
cálamo, dashamula e malva-do-campo.
Os melhores óleos essenciais para kapha são: almíscar, cedro, mirra e
eucalipto.

Kapha geralmente é frio e congestionado em alguma medida; por isso, os óleos,


plantas medicinais e óleos essenciais que damos acima têm a qualidade oposta.
É preciso usar óleos e ervas quentes e estimulantes para fazer o metabolismo
das pessoas kapha voltar a funcionar. O principal problema dos tipos kapha – em
geral, porém nem sempre; cuidado! – é a baixa actividade metabólica. Os óleos
que geram calor e os pós abrasivos são utilíssimos para corrigir essa tendência.
O óleo de mostarda é o melhor para kapha, pois é leve e aquece. O óleo de
girassol é um óleo muito bom para o uso geral. O óleo de gergelim é útil quando
não há intoxicação. O óleo de milho é bastante útil para kapha, pois tem pouco
colesterol e pode ser usado em situações em que o uso dos outros óleos não é
indicado. Como kapha é oleoso por natureza, deve-se usar pouquíssimo óleo na
aplicação dos métodos de Abhyanga. O óleo mesmo deve ser aplicado quente no
inverno e morno no verão. O óleo frio nunca é adequado para os tipos kapha.
As plantas medicinais que aquecem e estimulam são boas para kapha.
Geralmente são aplicadas em forma de pós sobre as pessoas de constituição
kapha, embora os óleos com ervas sejam também melhores que os óleos simples
para esse tipo. O óleo de cálamo é especialmente estimulante e nutritivo para os
tipos kapha, sem perder a qualidade sátvica. Os óleos essenciais desempenham
um papel mais significativo nas massagens feitas nesse tipo de pessoa, pois são
extremamente concentrados. O melhor é aplicá-los com movimentos vigorosos
das mãos; têm forte efeito estimulante sobre a circulação e o sistema linfático.

As energias dos óleos ayurvédicos

Óleo de Amêndoas doces (prunus amygdalus):

Gosto: doce, levemente amargo


Atributo: pesado
Potência: aquece
A longo prazo: doce
Acção geral: bom para os rins e os pulmões, nutre a pele e os músculos, alivia as
dores e tensões musculares
Acção específica: emoliente, expectorante, tónico
Acção terapêutica: diminui vata, aumenta pitta e kapha

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Óleo de Rícino (ricinus communis):

Gosto: acre, doce, adstringente


Atributo: pesado
Potência: aquece
A longo prazo: acre
Acção geral: estimula a digestão, reduz a rigidez muscular, reduz a quantidade de
ama
Acção específica: emoliante, analgésico, actua sobre os nervos, afrodisíaco,
antiespasmódico, alivia a artrite, melhora a compleição e a pele,
reduz a quantidade de ama e promove a cicatrização de
feridas; em compressas quentes ou frias, diminui as
inflamações, as cólicas e as dores
Acção terapêutica: diminui vata, aumenta pitta

Óleo de Côco (cocus nucifera):

Gosto: doce
Atributo: pesado
Potência: arrefece
A longo prazo: doce
Acção geral: nutre os pulmões e a pele
Acção específica: refrigerante, emoliente, tónico, reduz as inflamações, bom para
psoríase,eczema e queimaduras, é afrodisíaco
Acção terapêutica: diminui pitta e vata, aumenta kapha e o colesterol

Óleo de Milho (zen mays)

Gosto: doce
Atributo: pesado, secante
Potência: arrefece
A longo prazo: acre
Acção geral: sistema urinário, pele
Acção específica: diurético, emoliente, bom para programas de convalescência,
nutre a pele, tem pouquíssimo colesterol
Acção terapêutica: diminui pitta, é neutro para kapha e aumenta vata

Ghee ou ghrta ( manteiga líquida)

Gosto: doce
Atributo: pesado
Potência: arrefece
A longo prazo: doce
Acção geral: tónico, rejuvenescedor, afrodisíaco, digestivo, estimulante, fortalece
o fígado, os rins e o cérebro
Acção específica: tónica, rejuvenescedor, nutre os sete dhatus, aumenta a
quantidade de ojas, faz bem à voz e à vista; aumenta agni em
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todas as suas formas


Acção terapêutica: diminui vata e pitta, aumenta ligeiramente kapha

Óleo de Mostarda (brassica alba)

Gosto: acre
Atributo: leve
Potência: aquece
A longo prazo: acre
Acção geral: estimulante, alivia a congestão e a lentidão corporal
Acção específica: estimulante, emoliente, expectorante, antiflatulento, antifúngico
e antiparasítico
Acção terapêutica: diminui kapha e vata, aumenta pitta e as condições tóxicas do
Sangue

Óleo de Oliva ( olea europaea)

Gosto: doce
Atributo: leve
Potência: neutro
A longo prazo: doce
Acção geral: nutre a pele e os cabelos
Acção específica: limpa e fortalece o fígado e a vesícula biliar, é laxante e nutre a
pele
Acção terapêutica: diminui vata e pitta, aumenta kapha

Óleo de Sésamo (sesamum indicum)

Gosto: doce
Atributo: pesado
Potência: aquece
A longo prazo: doce
Acção geral: nutre os ouvidos, a cabeça, os cabelos, os olhos, os dentes, os
ossos e o sistema reprodutor da mulher; é digestivo e tónico
Acção específica: tónico, nutritivo, emoliente, rejuvenescedor, promove o
crescimento dos cabelos e dos ossos
Acção terapêutica: diminui vata, pode aumentar pitta no verão ou quando já há
pitta em excesso; não deve ser usado quando há excesso de
ama no organismo

Óleo de Girassol (helianthus annuus)

Gosto: doce
Atributo: pesado
Potência: arrefece
A longo prazo: doce
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Acção geral: fortalece os pulmões e o sistema linfático


Acção específica: emoliente, bom para os pulmões, trata queimaduras, feridas e
erupções na pele
Acção terapêutica: é equilibrado; é melhor para pitta e para o tratamento de
Inflamações

A raiz Vacandi – o uso de pós de ervas na massagem

Na Ayurveda, quando se fala de pó, é isso mesmo que se quer dizer: um pó


dotado de qualidade medicinal, finíssimo, sem bolotas e grãozinhos maiores, mas
peneirado de modo a ficar perfeitamente uniforme.
As ervas são usadas sob a forma de pó para dar uma qualidade áspera e
abrasiva à massagem. Existe todo um sistema de qualidades ou gunas (que não
são, neste caso, os três gunas – sattva, rajas e tamas). Trata-se de um sistema
que engloba dez pares de opostos. É preciso compreemdê-lo para perceber o uso
de pós. Os vinte gunas são os seguintes:

Pesado --------------------- Leve


Lento (ou Obtuso) --------------------- Rápido (ou Agudo)
Frio ---------------------- Quente
Oleoso ---------------------- Seco
Escorregadio ---------------------- Áspero
Denso ---------------------- Líquido
Mole ---------------------- Duro
Estáctico ---------------------- Móvel
Subtil --------------------- Grosseiro
Enevoado --------------------- Nítido

O oposto de escorregadio é o áspero. Kapha e Pitta, por conterem ambos o


elemento água, são oleosos e às vezes escorregadios. Quando a qualidade
escorregadia é predominante no corpo, o uso de pós é indicado. Além disso, o
oposto do oleoso é o seco. Quando a pele é muito oleosa, o uso de pós é
igualmente recomendado. Como as ervas são todas leves, os pós também são
indicados para aqueles casos em que o corpo é dominado por uma sensação de
peso. As ervas, por fim, são sbtis quanto à energia, e podem ser usadas para
combater certas manifestações grosseiras do corpo e da mente, como a letargia
mental e física que decorre da vida sedentária.
Os pós são usados principalmente para kapha, depois para pitta, e por último,
quase nunca, para vata. Para os tipos vata, os pós podem ser usados para
eliminar o excesso de óleo que fica depois da massagem. Quando há muito
nervosismo e agitação, pode-se usar pó de cálamo, jatamansi ou valeriana.
Gengibre e canela podem ser usados para estimular e ashwaganda, alcaçuz e
dashamula para nutrir o corpo.
Os tipos pitta devem receber aplicações de pó junto com as de óleo. Eles
costumam sofrer de inflamações e erupções da pele, deve-se levar esse facto em
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conta ao escolher os óleos e pós que se vão usar. Os óleos de côco e girassol
são os melhores para as inflamações da pele, e devem ser associados aos pós
de coentros e/ou açafrão-da-índia. O açafrão é uma erva excepcionalmente boa
para curar todos os problemas de pele e é boa para aplicar a todos os humores.
Quando existe de facto um problema de pele, o melhor é tratá-lo primeiro
internamente, com ervas frias e amargas que limpam o sangue, o fígado e o baço,
que são os responsáveis pelo estado da pele. Sempre que a pele se encontre
fortemente irritada, a causa está nesses órgãos e no sub-humor brajaka pitta. A
pessoa, antes de se submeter a qualquer trabalho de massagem externa, deve
procurar um especialista ayurvédico para obter um tratamento de dieta e de ervas
medicinais.
Os tipos kapha são os que mais se beneficiam do uso dos pós na terapia de
massagem. As qualidades áspera, dura, seca e leve são opostas às de kapha.
Quando procuramos pós que tenham essas qualidades e aplicamo-los de maneira
profunda e vigorosa, conseguimos enviar kapha de volta ao seu lugar de origem
ou pacificar esse humor. Os pós desempenham um papel de destaque nos
métodos de Abhyanga e um papel secundário nos de Snehana.
Todos os pós de ervas recomendados para kapha são quentes e estimulantes.
Devem ser aplicados em quantidades generosas depois de uma leve aplicação de
um óleo apropriado. O importante neste caso é procurar fazer o óleo e o pó
penetrarem nos poros da pele com movimentos profundos, firmes e vigorosos das
mãos. Os tipos kapha precisam de uma massagem estimulante e de uma pressão
mais profunda para ter o seu metabolismo estimulado. A cultura indiana é
predominantemente kapha. Por isso, muita gente pensa que a massagem
ayurvédica é exclusivamente profunda, vigorosa e penetrante – o que não é
verdade. A confusão acontece porque a maioria dos indianos, independentemente
da constituição natal, gostam desse tipo de massagem, o que é perfeitamente
normal para os tipos kapha e para uma cultura kapha.

Na Índia utiliza-se muito na massagem o pó de uma raiz chamada Vacandi. É


aplicado por todo o corpo, excepto na cabeça e rosto, após ser aquecido com a
massagem, em deslizamentos e fricções activando a circulação.

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VII – Os circuitos de energia na m.a.


Antes de se iniciar uma massagem é necessário que o terapeuta, além de
outros cuidados já mensionados, tenha em atenção o circuito da massagem a
aplicar para dinamizar a energia nos canais internos do paciente.
Consoante essa necessidade poderá ser centrípeta ou centrífuga.
Podem-se estipular dois circuitos:

Circuito 1:

Aqui a massagem direcciona-se no sentido centrípeto, no sentido da circulação,


portanto caudal-cefálico na direcção do coração. Nos membros superiores a
direcção será centrífuga, na direcção das palmas das mãos.
A circulação eleva-se da terra, dos pés e pernas em direcção ao sétimo
chakra e na direcção das palmas das mãos.

Circuito 2:

Aqui a massagem é direccionada na totalidade no sentido centrípeto. Neste


caso as energias são canalizadas na totalidade no sentido ascendente na
direcção do sétimo chakra.

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VIII – Os Chakras e os sete corpos subtis


Os sete chakras principais e as suas funções
Vórtices de energia

A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta
forma eles são percebidos por vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais
girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais do nosso corpo. Os chakras
são pontos de intersecção entre vários planos e através deles o nosso corpo
etérico manifesta-se mais intensamente no corpo físico.

Os Sete Chakras maiores, vistos de frente e de costas

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Vê-se a energia fluir para todos os chakras, proveniente do Campo da Energia


Universal. Cada vórtice rodopiante de energia parece sugar ou levar consigo a
energia do Céu. Os chakras dão a impressão de funcionar como os vórtices
fluidos com os quais estamos familiarizados na água ou no ar, como remoinhos,
ciclones, trombas d’água e furacões. A extremidade aberta de um chakra normal
na primeira camada da aura tem cerca de seis polegadas (152,34 mm) de
diâmetro a uma distância de uma polegada (25,39 mm) do corpo.
São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até
ao alto da cabeça e cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do
corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com
certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos
esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a "prana", flua
para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros
começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou
bloqueado e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico ( Nadi )
principal chamado "sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por
onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à
esquerda de sushumna e "pingala" à direita ( na mulher estão invertidas estas
posições ).
Os nadis conduzem e regulam a "prana" (energias Yin e Yang) em espirais
concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o
corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis
são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o iogue deixa o seu corpo físico,
entra em contacto com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a
memória das suas experiências.
O nosso corpo físico tem uma ligação subtil com o mundo astral. É através do
desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam por obstruir
esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises
emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam a somatizar e a transformar
as energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como
tumores e outras mais graves. O nosso corpo físico tem pontos, que quando
activados, fazem fluir a energia vital, trazendo-nos alegria e, principalmente,
saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso
organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos
chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme
veremos a seguir:

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Muladhara - O primeiro chakra (conhecido como Chakra Base ou Raiz), situado


na base da espinha dorsal em cima do cóccix, relaciona-se com o poder criador
da energia sexual. Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da
sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado,
indica excesso de hormonas, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença
de um tumor no local. Está associado com a cor vermelha e regula as glândulas
supra-renais, governa a coluna vertebral e os rins. Possui um vórtice de energia.
O mantra correspondente é LAM.

cor vermelha 4 petalas Vermelhas


Elemento: Terra Mantra: Lam
Astro: Saturno Emoção

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Svadhisthana - O segundo chakra também chamado esplênico ou sacral está


localizado ao nível da quinta vértebra lombar. É responsável pela energização
geral do organismo e por ele penetram as energias cósmicas mais subtis, que a
seguir se distribuem pelo corpo. Quando este chakra é estimulado, propicia uma
boa captação energética. Está associado com a cor laranja e regula as gónodas e
governa o sistema reprodutor. Possui dois vórtices de energia. O mantra
correspondente é VAM.

cor: laranja 6 petalas Vermelhas


Elemento: Água Mantra: Vam
Astro: Júpiter Memória

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Manipura - O terceiro chakra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se


na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções.
Quando está muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e
prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo,
suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas. Está associado
com a cor amarela. Regula o pâncreas e governa o estômago, o fígado, a
vesícula biliar e o sistema nervoso. Possui dois vórtices de energia. O mantra é
RAM.

cor: amarelo 10 petalas Douradas


Elemento: Fogo Mantra: Ram
Astro: Marte Sensação

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Anahata - O quarto chakra (conhecido por chakra Cardíaco) situa-se na direção


do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. A sua energia
corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Na
tradição católica, este chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo.
Quando activado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando
enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior
dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças
cardíacas. Está associado com a cor verde. Regula o Timo e governa o coração,
o sangue, o nervo vago e o sistema circulatório. Possui dois vórtices de energia.
O mantra é YAM.

cor: verde 12 petalas Douradas


Elemento: Ar Mantra: Yam
Astro: Venus Amor

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Vishuddha - O quinto chakra ( conhecido por chakra Laríngeo) fica na frente da


garganta, ao nível da sétima vértebra cervical, e está ligado à tiróide. Relaciona-
se com a capacidade de percepção mais subtil, com o entendimento e com a voz.
Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de carácter, grande
capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças
tiroidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais. Está
associado com a azul turquesa. Regula a tiróide e governa o sistema respiratório
e o canal alimentar. Possui dois vórtices de energia. O mantra é AM.

cor: Azul turquesa 16 petalas Douradas


Elemento: Éter Mantra: Ham
Astro: Mercúrio Clariaudiência

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Ajna - O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas ao nível da


primeira vértebra cervical e é conhecido como chakra Frontal ou "terceiro olho" na
tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção subtil. Quando
bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta
para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração
craniana. Está associado com a cor azul índigo. Regula a glândula pituitária e
governa o cérebro inferior, o olho esquerdo, os ouvidos, o nariz e o sistema
nervoso. Possui dois vórtices de energia. O mantra é OM.

cor: azul índigo 2 petalas Brancas


Elemento: Mental Mantra: OM
Astro: Lua Clarividência

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Sahasrara - O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da


cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido
como chakra da coroa ou Coronário, é representado na tradição indiana por uma
flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A
tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste
chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do
ser humano. Está associado com a cor violeta, lilás, branca ou dourada. Regula a
glândula pineal e governa o cérebro superior e o olho direito. Possui um vórtice de
energia que conecta com as energias cósmicas superiores. O mantra é AUM.

cor: Ouro 1000 petalas Douradas


Elemento: Akásha União
Astro: Sol Mantra: AUM

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Os chakras secundários

Os 21 chakras menores estão localizados em pontos em que a energia


permanece cruzada 14 vezes. Encontram-se nas seguintes localizações: um à
frente de cada orelha, um acima de cada lado do peito, um onde se juntam as
clavículas, um na palma de cada mão, um na sola de cada pé, um logo atrás de
cada olho (que não se mostram na figura), um relacionado com cada gónada, um
perto do fígado, um ligado ao estômago, dois ligados ao baço, um atrás de cada
joelho, um perto do timo e um perto do plexo solar.
Esses chakras têm apenas cerca de três polegadas (76,17 mm) de diâmetro e
estão a uma polegada (25,39 mm) de distância do corpo. Os dois chakras
menores, localizados nas palmas das mãos, são muito importantes para a cura.
Nos pontos em que as linhas de energia se cruzam sete vezes, criam-se até
vórtices menores. Existem muitos centros minúsculos de força onde as linhas se
cruzam menos vezes. Diz-se que esses vórtices diminutos podem corresponder
aos pontos de acupuntura dos chineses.
Cada chakra principal na parte dianteira do corpo faz parelha com a sua
contraparte na parte traseira e, juntos, são considerados o aspecto anterior e o
posterior do chakra. Os aspectos frontais relacionam-se com os sentimentos da
pessoa, os dorsais com a sua vontade e os três localizados na cabeça com os
seus processos mentais.

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Os chakras e a Coluna vertebral


É muito importante que o terapeuta tenha um bom conhecimento sobre a coluna
vertebral e as vértebras que estão associadas a cada chakra.
A manipulação ayurvédica considera em destaque a coluna vertebral e os seus
ossos vizinhos, pois muitas áreas de tratamento estão associadas a eles.
A coluna vertebral é chamada ―merudanda‖, em sânscrito e é conhecida
também como ―ráquis ou espinha raquidiana‖. Sob o ponto de vista da engenharia
actual, é uma verdadeira obra de arte e de técnica, sendo considerada a mais
complexa e perfeita estrutura móvel criada até hoje, pois os seus ossos chegam a
suportar a incrível pressão de 17Kg/cm2.
Está situada na parte posterior do tronco. Sustenta o crâneo, as costelas, o
osso ilíaco e uma grande parte dos órgãos internos. Serve ainda de protecção à
medula espinhal e o seu tamanho varia entre os 60 e os 70 cm.
A coluna vertebral divide-se em quatro regiões: a cervical com 7 vértebras; a
toráxica com 12 vértebras; a lombar com 5 vértebras; a sacrococcígena com 9
vértebras fundidas (5 sagradas e 4 coccígenas).
Os ossos que a formam chamam-se vértebras e a sua movimentação é
harmoniosa, dinâmica e desembaraçada. A quebra dessa harmonia provoca
―bloqueios energéticos‖. As vértebras são separadas entre si (excepto as duas
primeiras e as fundidas) por discos intervertebrais fibrosos e de núcleo pulposo
que funcionam como verdadeiros ―amortecedores‖.
A coluna vertebral apresenta 4 curvaturas correspondendo a cada região. A
curvatura cervical, de grande mobilidade, forma uma lordose ( concavidade
posterior) que pode ser patológica devido a más posturas e a grande tensão
emocional. A curvatura dorsal apresenta uma cifose (concavidade anterior). A
coluna lombar apresenta uma lordosa (concavidade posterior). É uma região de
grande mobilidade e susceptível de grandes cargas o que provoca grandes
danos. A curvatura sacral é uma cifose constituída pelas vértebras
sacrococcígenas.
A área sacral é chamada também de ―sede de Shakti‖. Nessa área encontra-se
a entrada da energia Kundalini. Por esse motivo, o termo sacro é um adjectivo
que significa ―sagrado, venerável‖.

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Os chakras e os pontos de reflexo no corpo físico


O nosso corpo físico tem uma ligação subtil com o mundo astral. É através do
desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam por obstruir
esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises
emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam por somatizar e transformar
as energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como
cancros e outras mais graves. O nosso corpo físico tem pontos, que quando
activados, fazem fluir a energia vital, trazendo-nos alegria e, principalmente,
saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso
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organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos
chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme
veremos à seguir:
Muladhara - O primeiro chakra (conhecido como Chakra Base ou Raiz), situado
na base da espinha dorsal, relaciona-se com o poder criador da energia sexual.
Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou
disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de
hormonas, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no
local.
Svadhisthana - O segundo chakra também chamado esplênico, sacro ou do
baço, é responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as
energias cósmicas mais subtis, que a seguir as distribuem pelo corpo. Quando
esse chakra é estimulado, propicia uma boa captação energética.
Manipura - O terceiro chakra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se
na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções.
Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e
prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo,
susceptibilidade emocional e a possibilidade de doenças crónicas.
Anahata - O quarto chakra situa-se na direção do coração. Relaciona-se
principalmente com o timo e o coração. A sua energia corresponde ao amor e à
devoção, como formas sutis e elevadas da emoção. Na tradição católica, este
chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo. Quando activado
desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a
necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo.
No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.
Visuddha - O quinto chakra fica na frente da garganta e está ligado à tiróide.
Relaciona-se com a capacidade de percepção mais subtil, com o entendimento e
com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de carácter, grande
capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças
tiroidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.
Ajna - O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como
"terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à
percepção subtil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto
grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto
físico, para tumoração craniana.
Sahasrara - O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da
cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido
como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus
de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de
coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo
a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.

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Exercícios para abertura dos chakras


Várias terapias, como o Reiki e a cromoterapia utilizam-se dos chakras como
base para diagnóstico e tratamento de males que atingem desde o corpo físico
até ao espiritual. Através de gestos, que podem ser incorporados no dia-a-dia é
possível activar estes pontos de energia, procurando a harmonização do corpo e
da alma.
Concentrar-se no que está a fazer e pensar na região do chakra já é uma forma
de reactivá-lo. Procure ficar num lugar tranqüilo, para que nenhum barulho possa
perturbar a sua concentração. Coloque uma das suas mãos aberta em frente ao
chakra e faça movimentos circulares no sentido horário, como se estivesse a
massajar o local, à distância ou a tocar.
Sentar-se na posição de lótus - pernas cruzadas - tronco erecto - e fixar o olhar
na ponta do nariz estimula o chakra frontal ou do terceiro olho.
As cores e os cristais são formas visuais de estimulação dos chakras. Utilize
uma pedra com a cor correspondente à do chakra e direccione as suas vibrações.

Os chakras podem ter vários níveis de actividade. Quando estão "abertos", eles
actuam de uma forma normal.
O ideal seria que todos os chakras estivessem em equilíbrio, para poderem
trabalhar em conjunto com os nossos sentimentos, pensamentos e instintos.
Entretanto, este não é geralmente o caso. Alguns chakras não estão abertos o
bastante sendo sob-activos, e para compensar, outros chakras são sobre-activos.
O estado ideal é conseguir o equilíbrio.
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1º - O Chakra da Raiz
É sobre segurança. Se estiver aberto, a pessoa sente-se ―aterrada‖, estável e
segura. Não desconfia desnecessariamente das pessoas. Sente-se actual no aqui
e agora e conectada com o seu corpo físico. Sente ter território suficiente.
Se a pessoa se encontra medrosa ou nervosa, o seu Chakra da Raiz é
provavelmente sob-activo. A pessoa não se sente facilmente bem-vinda. É
insegura.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode ser muito materialista e
gananciosa. É provavelmente obsessiva em ser segura e resistir a mudanças.

2º - O Chakra Sacral
É sobre o sentimento e a sexualidade. Quando está aberto, os seus sentimentos
fluem livremente, e expressam-se sem a pessoa perceber que é sobre-emocional.
Está aberta à intimidade e pode ser passional e vivido. Não tem nenhum
problema em tratar da sua sexualidade.
Se a pessoa tender a ser dura e fria ou a ser indiferente, o Chakra Sacral é sob-
activo. Não está muito aberta às pessoas.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa tende a ser emocional a toda a hora.
Sente-se emocionalmente unido às pessoas e pode ser sexualmente muito
activo.

3º - O Chakra Umbigo
É sobre o afirmar-se em grupo. Quando está aberto, a pessoa sente-se no
controle e tem suficiente auto-estima.
Quando o Chakra Umbigo é sob-activo, a pessoa tende a ser passiva e
indecisa. É provavelmente tímida e não tem o que quer.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa é dominadora e provavelmente até
mesmo agressiva.

4º - O Chakra do Coração
É sobre o amor, a bondade e a afeição. Quando está aberto, a pessoa é
piedosa e amiga e pode trabalhar em relacionamentos harmoniosos.
Quando o Chakra do Coração é sob-activo a pessoa é fria e distante.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode ―sufocar‖ as pessoas com o seu
amor e este provavelmente tem razões completamente egoístas.

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5º - O Chakra Garganta
É sobre o falar e o escutar. Quando está aberto, a pessoa não tem nenhum
problema em expressar-se. Sabe falar mas também escutar. É uma boa ouvinte e
normalmente extrovertida.
Quando este chakra está sob-activo, a pessoa tende a não falar muito, é
provavelmente introvertida e tímida. Contar mentiras pode bloquear este chakra.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa tem tendência a falar demasiado,
geralmente domina as pessoas e mantém-as à distância. É uma má ouvinte se
este for o caso.

6º - O Chakra Terceiro Olho


É sobre a introspecção e a visualisação. Quando está aberto, a pessoa tem uma
boa intuição. Tende a fantasiar.
Se for sob-activo, a pessoa não é muito boa a pensar por si mesma. Tem
tendencia a confiar em autoridades e pode ser rígida na sua forma de pensar.
Confia em demasiadas opiniões o que a leva a ser confundida facilmente.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode viver num mundo de fantasia. Em
casos excessivos pode sofrer de alucinações.

7º - O Chakra Coroa
É sobre a sabedoria e ser-se uno com o mundo. Quando este chakra está
aberto, a pessoa é completamente ciente do mundo e de si mesma.
Se for sob-activo, a pessoa não está muito ciente da espiritualidade.
Provavelmente é completamente rígida na sua forma de pensar.
Se este chakra for sobre-activo, a pessoa intelectualiza coisas demais. Pode ser
viciada em temas espirituais e ignorar as suas necessidades corporais.

Abrir os Chakras
Meditações chakrais que usam mudras e sons para abrir os chakras.
Estas meditacões chakrais usam os mudras, que são posições especiais das
mãos, para abrir os chakras. Os mudras têm o poder de emitir mais energia aos
chakras.
Para realçar o efeito, os sons são cantados. Estes sons são em Sânscrito e
quando cantados, causam uma ressonância no corpo, provocando um efeito nos
chakras que ―entendem‖ o seu significado.

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Para a pronúncia, mantenha na mente isto:


o "A" é pronunciado como em "ah",
o "M" é pronunciado como "mng".
Faça a meditação de 7 - 10 respirações. Cante o som prolongando-o (Ex.:
LAAAAAAAAAAAMMMM), repetindo 3 vezes.

Para abrir o Chakra Raiz


Unir as pontas dos dedos polegar e indicador.
Concentrar-se no ponto entre os genitais e o anus.
Cante o som LAM.

Para abrir o Chakra Sacral


Por as mãos no colo, palmas para cima, uma sobre a outra. Mão esquerda
embaixo com a palma a tocar na parte traseira dos dedos da mão direita. As
pontas dos polegares tocam-se delicadamente. Concentre-se no chacra
sacral no osso sacral (na parte traseira mais baixa da coluna).
Cante o som VAM.

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Para abrir o Chakra Umbigo


Pôr as mãos em frente do estômago. Dedos juntos esticados para a frente. Cruze
os polegares. É importante endireitar os dedos. Concentrar-se no chacra umbigo
situado na coluna vertebral, um bocado acima do nível do Umbigo.
Cante o som RAM.

Para abrir o Chakra do Coração


Sente-se de pernas cruzadas. Deixe as pontas de seu dedo indicador e do
polegar tocarem-se. Ponha a sua mão esquerda sobre o seu joelho esquerdo e a
sua mão direita na frente da parte mais inferior do seu osso do peito (assim um
bocado acima do pulmão).

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Concentre-se no chakra do coração na coluna vertebral, no nível do coração.


Cante o som YAM.

Para abrir o Chakra da Garganta


Cruze os seus dedos no interior das suas mãos, sem os polegares. Deixe os
polegares no alto, e puxe-os para cima ligeiramente.
Concentre-se no chakra da garganta na base da garganta.
Cante o som HAM.

Para abrir o Chakra do Terceiro Olho


Pôr as mãos em frente da parte mais inferior do peito. Os dedos médios, rectos
tocam-se no alto, apontando para a frente. Os outros dedos são dobrados e

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tocam nas duas falanges superiores. Os polegares apontam para si e tocam-se.


Concentre-se no chakra do terceiro olho ligeiramente acima do ponto entre as
sobrancelhas.
Cante o som OM.

Para abrir o Chakra Coroa


Ponha as suas mãos em frente do seu estômago. Deixe os dedos anelares
apontarem para cima tocando-se. Cruze o resto dos seus dedos, com o polegar
esquerdo debaixo da direita. Concentre-se no chacra da coroa no alto da cabeça.
Cante o som AUM.
Aviso: não use esta meditação para o chakra da coroa enquanto não tiver o
chakra Raiz adequadamente forte (é necessário para um bom equilíbrio).

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IX – Meditação Mântrica
Significado de Mantra

Podemos reduzir a explicação de mantra simplesmente por ―palavras sagradas


de poder‖.
Os mantras em geral são muito curtos, um breve verso comportando algumas
sílabas e com sentido bem claro. Mas eles também podem consistir numa
extensa combinação de sílabas aparentemente desprovidas de sentido. Os "sons-
semente", formados de uma única sílaba e que terminam quase sempre por uma
nasal, como o m ou n, constituem mantras ainda mais complexos e enigmáticos.
Dentro desta categoria, o mantra mais conhecido é OM (AUM), palavra que diz-se
contém a chave do universo. OM corresponde às três principais divindades -
Brahma, Vishnu e Shiva.
Os mantras são compostos de diferentes formas, eles podem ser o produto de
uma inspiração comunicada directamente pelo Cosmos ou podem resultar
também de uma meditação, e nesse caso, ser uma emanação do espírito
inconsciente de um iogue. Alguns são recolhidos diretamente no akasha, o éter
cósmico ou memória universal, por adeptos de altíssimo grau, outros mantras são
obras de poetas, cantores ou de místicos. Muitos mantras, considerados dentre
os mais eficazes, foram compostos através de um dos vários métodos usados
para reduzir a uma curta fórmula hermética toda uma obra importante, este
procedimento é, às vezes, utilizado em proporções inimagináveis, é desta forma
por exemplo, que um livro sagrado contendo milhares e milhares de versos pode
ser resumido num só capítulo. Este capítulo pode, em seguida, ser reduzido a um
só parágrafo, depois a um verso e, finalmente, a uma única sílaba . Esta sílaba
última tem um poder tão grande que de forma análoga a um micro ponto da
moderna computarização, encerra a essência de todo o tratado. O domínio desse
mantra conferirá imediatamente ao discípulo uma compreensão intuitiva do
conjunto do texto.
Além de OM , existem outros mantras do tipo "som-semente", tais com krim,
hrim, vam, gam, ram, shrim, etc ..., cujas vibrações são inicialmente concentradas
e depois projetadas, seja para o interior de si mesmo, seja para o exterior, na
forma de invocações , ordens, bençãos com o propósito de agir como instrumento
de protecção, de poderes curativos e armas de defesa.
Os mantras "internos" são dirigidos para uma parte do corpo, tal como a
cabeça, o espaço entre as sobrancelhas, o plexo solar ou os órgãos sexuais,
onde produzem vibrações de energias precisas. Dessa forma, os mantras
orientais dirigidos para o crânio provocam ressonância nos alvéolos do cérebro,
criando um tipo de iluminação mística. Afirma-se mesmo, na mantra ioga, que
certos mantras efectuam uma viagem circular no corpo humano, e que as suas
reverberações provocam o desaparecimento de tecidos usados e gastos,
substituindo-os por tecidos novos. Os mantras podem ser dirigidos para uma
parte específica do corpo que tenha necessidade de ser revigorada ou curada.

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Acredita-se que existe um mantra para todos os estados e todas as doenças e


melhor ainda, para todos os problemas, de qualquer natureza. Todos podem ser
resolvidos com a entoação dos sons convenientes e apropriados, porque cada
mantra é um som, e as vibrações sonoras constituem a própria base do universo.
As doutrinas orientais atribuem enorme importância ao conhecimento e uso dos
mantras.
É comum admitir que os efeitos de um mantra são reforçados com a repetição
do mesmo: a entoação sem fim da fórmula aumenta o efeito de seus benefícios.
O mantra age sobre o espírito, permitindo gradualmente ao praticante
compreender o seu significado profundo. A sua constante repetição, sobretudo
quando combinada com os pranayamas, ou técnicas respiratórias, contribui para
suscitar um estado de transe e provocar uma iluminação mística. O mantra
penetra nos reinos sobrenaturais, e de certa forma, compele aos deuses
responder às preces que lhes são feitas. Se uma pessoa repete (com correcção)
cem mil vezes um certo mantra que objetiva poder, homens e mulheres obedecer-
lhe-ão implicitamente; se essa pessoa o repete duzentas mil vezes, ela poderá
dominar todos os fenómenos naturais ; com um milhão de vezes, conseguirá a
faculdade de viajar através de todo o universo. Utilizam-se rosários especiais para
controlar o número de repetições. São feitos geralmente de grãos secos, enfiados
num cordão.
Por meio de um único mantra pronunciado em voz alta, ou murmurado, ou
repetido mentalmente, podemos obter aquilo que procuramos, pois todas as
coisas são formas de manifestação do som. E o próprio Brahma é o Som do qual
se nutre o universo.
Hoje em dia, o uso de expressões védicas em assuntos místicos, esotéricos,
ocultismo é tão comum que fazem algumas palavras começarem a ter o seu
sentido deturpado, às vezes, vulgarizado.
Palavras que têm a sua origem no sânscrito, a Língua Mãe, tais como: guru,
karma, dharma, samsara, maya, budha, yoga, nirvana, tantra, mantra; são
usadas, muitas vezes, em sentido completamente corrompido, por pessoas
inescrupulosas ou mal informadas.
Entre as palavras supracitadas, o mantra, circunstancialmente tem vindo a ser
confundido com palavras mágicas, orações, fórmula milagrosa, feitiçaria ou mera
superstição; completamente distante do seu sentido real e científico.
O mantra não é uma oração porque nelas o devoto escolhe as suas próprias
palavras.
O mantra não é magia porque não deve ser usado para interferir no curso dos
fenómenos naturais e nem se trata de fórmula milagrosa porque é uma regra,
uma lei e não um facto isolado sem explicação.
Os mantras são tecnicamente estudados no Tantra Shastra (escrituras védicas
apropriadas para a era actual, Kali-yuga).

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Os mantras são representações sonoras das Divindades, assim como as


imagens são as Suas representações formais. O nosso mundo é constituído de
nomes e formas (namarupa).
No princípio era o Verbo (OM), e o Verbo estava com Deus (Brahman), e o
Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele
nada do que foi feito se fez.(João 1.1-3)
Nas escrituras védicas aprendemos que o mantra original é o OM, formado
pelas três letras A,U,M;.significando : Brahma, Vishnu, Shiva - o princípio da
criação, manutenção e dissolução (ou absorção) do Universo.
Do OM saem todos os outros mantras, conforme ensina a ciência do
Mantravidya, que podem ser constituídos por algumas das 50 letras do alfabeto
sânscrito chamadas de matrikas (matrizes, ou mãezinhas). Os mantras
monossilábicos são chamados de bijas (semente) e são vocábulos inetimológicos.
O OM é o bija que dá origem aos demais bijas tântricos.
É ensinado que o Mantra é formado por um conjunto ordenado de letras em
certa e determinada sequência sonora. Para que produza os efeitos específicos é
necessário entoação apropriada com relação ao som e ritmo. Se o mantra for
traduzido, ele perde a sua potência como tal (shakti), tornando-se mera palavra
ou frase.
Nota: Os mantras devem ser pronunciados somente na língua sânscrito.
O Mantra precisa ser despertado (prabuddha) do mesmo modo que qualquer
forma de energia (shakti) para se obter o resultado esperado. O conhecimento do
seu significado é uma condição necessária, mas não suficiente para produzir bons
frutos. De igual modo uma devoção ignorante não é uma condição ideal. O
princípio é a união do som com a idéia através do conhecimento do mantra e do
seu significado. Em Yoga ensina-se que o homem se identifica com o objecto da
sua meditação, ou seja, unifica-se com o objecto em que concentra a sua mente.
O Mantra no qual a Divindade se revelou, pode revela-La para o devoto
iluminado ou para iluminá-lo. O Mantra é a Divindade em forma de vibração
sonora. Mediante a recitação (japa) constante do Mantra atinge-se o Mantrasiddhi
(perfeição) que é quando o devoto alcança a unidade com o seu objecto de culto,
a Divindade do seu Mantra. Nesta unidade o sádhaka (devoto) torna-se um
mantrasiddha. A japa é feita em estado de recolhimento e meditação, absorção no
mantra para, no final, ser absorvido na Divindade. Não tem nada a haver com a
crítica que Jesus fez às vãs repetições, ele referia-se exactamente às vãs
repetições e não às práticas mantricas em estado meditativo.
Esta é a prática (sadhana) recomendado pelo Tantra Shastra e confirmado por
diversos Avatares para esta nossa era (yuga). Ela não é um processo de
repetição mecânica, pois de nada adiantaria. Diz-se que a prática da japa é como
o homem que sacode o outro para acordá-lo, despertá-lo. Os Tântricos ensinam-
nos que os lábios do devoto ao movimentarem-se para pronunciarem o mantra
são como Shiva e Shakti em maithuna (relação sexual) que finalmente concebem
a Deidade adorável do devoto. Deidade esta que é uma expansão do Absoluto

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(Brahmam), que, por amor aos Seus devotos, manifesta-se neste mundo de
formas e nomes. Nesta ocasião o iniciado diz: Eu e o Pai, somos um só. Eu Sou.

Importância da meditação mântrica no equilíbrio energético

O Mestre Egípcio Guardião da Luz Prateada (foi na vida terrena irmão do


conhecido Serapis Bey e também chegou à ascensão ou nirvana) ensina que
para um mantra dar certo temos que faze-lo com o coração, isto é, com vontade
ou motivação própria e sem inibição.
Ter motivação significa ter motivos para o fazer, por exemplo: vou fazer um
mantra para ser mais feliz, evoluir espiritualmente, ter saúde, equilíbrio,
protecção, ser uma pessoa melhor, resolver os meus problemas, porque gosto de
fazer e etc, etc.
Na anatomia humana, o esterno é o conjunto dos ossos na parte da frente do
corpo humano que junta quase todas as costelas. Quando fazemos um mantra
com motivação o osso que une a parte inferior do esterno com a parte superior,
vibra.

Veja na figura o esterno na anatomia:

Ele está todo pintado da cor violeta, diferente das outras partes, cujo só os
contornos estão pintados.
Para sabermos se estamos a praticar o mantra de forma efectiva, podemos
tocar neste osso que une a parte superior e a inferior do esterno quanto
estivermos a praticar o mantra e ver se ele vibra.
Veja nas figuras abaixo onde se localiza o osso que une a parte inferior do
esterno com a parte superior:

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Para que tenha mais uma referência, nesta parte mostrada pela figura acima, é
o osso mais alto, é facil de senti-lo.
A vibração interna sentida vai ajudar também no equilíbrio energético dos
chakras e como tal na nossa saúde física, mental e espiritual.

Sequências mântricas
Podería mensionar inúmeras sequências de mantras com e para diversas
finalidades. Apresento algumas para equilibrar os chakras e para a cura.

MANTRAS PARA OS CHAKRAS


OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação)
OM MANE PADME HUM HRI
OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa)
OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho)
OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta)
OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração)
OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo)
OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma)
OM AIM NAMAHA (mantra chakra base)
OM AH HUM (Purifica o corpo e activa os chakras)

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MANTRAS PARA CURA


UM TARE TUTTARE TURE MAMA SARVA RANDZA DUSHEN DRODA (Ajuda a
superar problemas de saúde e auxilia no tratamento de doenças graves)
OM TARE TUTARE TURE SARVA DZARA SARVA DHUKKA BRASHA MANAYA
PEH SOHA (Mantra que cura as enfermidades)
AOM TAT SAT TAM PAM PAZ (Mantra que traz a força curativa do Sol - Mantra
do Arcanjo Miguel)
IN EN (Envoca as forças curativas do Espírito Santo)
ADONAI (Mantra curativo da Lua)
GU RU (Mantra que cura o fígado)
BHUR (Mantra que cura o Baço)
KRIM (cura o estômago, congestões, úlceras etc...)
EFTAH (cura as cordas vocais e tiróide)
OMNIS BAUN IGNEOS (Mantra dos médicos Maias)
ABRAXAS (cura pelos Seres do Fogo)
Mantras do Buda da Medicina:
TEYATA OM BECATSE
BECATSE MAHA BECATSE .
RADSA SAMUNG GATE SOHA

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X – Desbloquear Energias
Teorias da biopsicoenergética quanto a bloqueios e desequilíbrios

O Campo da Energia Humana é a manifestação da energia universal intima-


mente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que
cerca o corpo físico e o penetra, emite a sua radiação característica própria e é
habitualmente denominado ―aura‖. Os pesquisadores criaram modelos teóricos
que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, às vezes, chamadas
corpos, interpenetram-se e cercam-se umas às outras em camadas sucessivas.
Cada corpo compõe-se de substâncias mais finas e de ―vibrações‖ mais altas à
medida que se afasta do corpo físico.

A aura normal

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A Anatomia da Aura
Existem muitos sistemas que os estudiosos criaram, a partir das suas
observações, para definir o campo áurico. Todos eles dividem a aura em
camadas, que definem pela localização, pela cor, pelo brilho, pela forma, pela
densidade, pela fluidez e pela função.

As Sete Camadas do Campo Áurico


A primeira, a terceira, a quinta e a sétima camadas têm, todas, uma estrutura
definida, ao passo que a segunda, a quarta e a sexta compõem-se de
substâncias semelhantes a fluidos, sem nenhuma estrutura particular. Estas
assumem forma pelo facto de fluírem através da estrutura das camadas ímpares
e, assim, de certo modo, adoptam a forma das camadas estruturadas. Cada
camada penetra completamente todas as camadas situadas abaixo dela,
incluindo o corpo físico. O corpo emocional estende-se além do corpo etérico e
incluí tanto o corpo etérico como o corpo físico. Na realidade, cada corpo não é
uma ―camada‖, embora seja isso o que se pode perceber. É, antes, uma versão
mais dilatada do nosso eu, que carrega dentro de si as outras formas, mais
limitadas.
Do ponto de vista do cientista, cada camada pode ser considerada um nível de
vibrações mais elevadas, que ocupa o mesmo espaço dos níveis de vibrações
inferiores e estende-se além deles. Visando perceber cada nível consecutivo, o
observador terá de mover-se com a consciência para cada novo nível de
frequência. Temos, assim, sete corpos que ocupam todos o mesmo espaço ao
mesmo tempo, cada qual estendendo-se para fora além do último, coisa a que
não estamos acostumados na vida ―normal‖ de todos os dias. Muitas pessoas
presumem erroneamente que a aura se parece com uma cebola, da qual se
descascam camadas sucessivas. Masnão é assim.
As camadas estruturadas contêm todas as formas que o corpo físico possui,
incluindo os órgãos internos, os vasos sanguíneos, etc., e formas adicionais, que
o corpo físico não contém. Um fluxo vertical de energia pulsa para cima e para
baixo do campo da medula espinhal. Estende-se para fora, além do corpo físico,
acima da cabeça e abaixo do cóccix. Existem no campo vórtices turbilhantes, em
forma de cones, os chakras. As suas pontas apontam para a corrente principal de
força vertical, e as suas extremidades abertas estendem-se para a borda de cada
camada do campo em que estão localizados.

As Sete Camadas e os Sete Chakras do Campo Áurico


Cada camada parece diferente das outras e exerce a sua função particular.
Cada camada da aura está associada a um chakra: a primeira camada associa-
se ao primeiro chakra, a segunda ao segundo chakra, e assim por diante. Estes
conceitos, gerais, tornar-se-ão muito mais complicados à medida que nos
aprofundamos no assunto. A primeira camada do campo e o primeiro chakra
estão ligados ao funcionamento físico e à sensação física — a sensação da dor
ou do prazer físicos. Está ligada ao funcionamento automático e autónomo do
corpo. A segunda camada e o segundo chakra, em geral, associam-se ao
aspecto emocional dos seres humanos. São os veículos através dos quais temos
a nossa vida emocional e os nossos sentimentos. A terceira camada liga-se à
nossa vida mental, à reflexão linear. O quarto nível, associado ao chakra do
coração, é o veículo através do qual amamos, não somente os companheiros,
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mas também a humanidade em geral. O quarto chakra é o chakra que metaboliza


a energia do amor. O quinto é o nível associado a uma vontade mais alta, mais
ligada à vontade divina. O quinto chakra associa-se ao poder da palavra, criando
coisas pela palavra, prestando atenção e assumindo responsabilidade pelos
nossos actos. O sexto nível e o sexto chakra estão vinculados ao amor celestial,
um amor que se estende além do âmbito humano do amor e abrange toda a vida.
Proclama o zelo e o apoio da protecção e do nutrimento de toda a vida. Considera
todas as formas de vida preciosas manifestações de Deus. A sétima camada e o
sétimo chakra estão vinculados à mente mais elevada, ao saber e à integração da
nossa constituição espiritual e física.
Existem, por conseguinte, localizações específicas, no interior do nosso sistema
de energia, para as sensações, as emoções, os pensamentos, as lembranças e
para outras experiências não-fisicas que costumamos confiar aos nossos médicos
e terapeutas. Se compreendermos o modo com que nossos sintomas físicos se
relacionam com essas localizações, ser-nos-á mais fácil compreender a natureza
das diferentes enfermidades e também a natureza da saúde e da doença. Dessa
forma, o estudo da aura pode ser uma ponte entre a medicina tradicional e as
nossas preocupações psicológicas.

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Sistemas Energéticos de Defesa


Segundo as teorias biopsicoenergéticas os organismos vivos mobilizam-se,
metabilizam-se e libertam energia dentro da faixa electromagnética ou etérica.
Assim, todos os seres humanos, com as suas acções, pensamentos e emoções
criam obstruções porque o mundo nos parece controverso e inseguro. Obstruímos
modelos que envolvem todo o nosso sistema de energia e assim criamos
bloqueios, perigosas situações energéticas que chegam a comprometer a saúde e
o equilíbrio físico, psíquico e mental. Os nossos sistemas energéticos de defesa
destinam-se a repelir, a defender-nos, agressiva ou passivamente, contra uma
força que entra. Destinam-se a mostrar força e, dessa maneira, a assustar um
possível agressor, ou a chamar a atenção para nós indirectamente, sem admitir
que é isso o que desejamos.
Como o ―porco-espinho‖ (de cor geralmente cinzento-esbranquiçada), a aura da
pessoa torna-se espinhosa e dolorosa ao toque. A maioria das pessoas responde
a essa defesa distanciando-se.
Na forma de defesa do ―recuo‖, a porção da consciência e da aura da pessoa
ameaçada deixa simplesmente o corpo numa nuvem de energia azul-clara. Os
olhos terão uma expressão vidrada.
O mesmo vale para a pessoa que está ―fora de si‖. A duração dessa
configuração é mais prolongada que a do recuo, que varia entre alguns segundos
e algumas horas. A manifestação ―fora de si‖ costuma durar mais, dias ou anos.
A negação verbal está associada a muita energia, geralmente amarela, na
cabeça, a uma severa obstrução no pescoço e à estagnação da energia na
metade inferior, que é pálida e imóvel. A pessoa permanece verbalmente activa a
fim de sustentar alguma sensação de estar viva. A troca verbal mantém a energia
fluindo na cabeça.

Temos também de ter noção do quanto a energia ambiental pode actuar no


campo da energia humana. Isso pode determinar o aparecimento de algumas
formas de bloqueios.

A Ayurvédica pode ter uma acção significativa e actuante na remoção de todos


estes bloqueios. Nestes casos, o terapeuta deve estar atento, e ter
conhecimentos para poder ajudar o paciente. Deve de estabelecer um plano de
tratamento eficaz, conforme o grau e a sua origem, podendo ser classificados
como bloqueios autogerados, externos ou dirigidos.

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XI – Breve abordagem da medicina ayurvédica


História da medicina Ayurvédica

O Ayurveda, como já vimos, é um sistema de tratamento que se desenvolveu no


sub-continente indiano há 5000 anos. Foi estabelecido pelos grandes sábios
(Rishis) que inventaram os sistemas indianos originais de meditação, ioga e
astrologia. O Ayurveda tem uma base tanto espiritual como material, sendo a
perspectiva espiritual que engendra a prática. De acordo com o ayurveda, os
seres humanos são compostos por três corpos ou aspectos: o físico, o subtil e o
causal. Em linguagem ocidental podiam ser referidos como corpo,mente e
espírito. O sistema de saúde ayurvédico afirma que a saúde consiste no
funcionamento harmonioso das três partes desta trindade.

A matéria da literatura hindu relativa à medicina e saúde é chamada de


―Ayurveda‖: a ciência da longa vida. Tem sido sugerido que o Ayurveda seja, de
facto, um Veda menor, um membro suplementar ou de suporte, especialmente do
Atharva Veda. Outros eruditos contestam este ponto de vista. Mas, seja qual for a
sua colocação literária, estes escritos são tidos como sagrados. Os primeiros
textos védicos, cuja elaboração se situa entre 1500 e 1200 a.C., preocupavam-se
especialmente com a velhice e problemas a ela inerentes, prescrevendo curas
que envolviam a oração e a utilização de ervas. Mas o mais importante é que o
ponto de vista inicial da formação do ser humano concorda com as descrições
ayurvédicas posteriores.
A origem do conhecimento médico ayurvédico parece ser uma combinação
daquilo que é directamente recebido do divino e dos ensinamentos dos sábios
antigos. O Charaka Samhita, o mais antigo texto ayurvédico conhecido, começa
com uma reunião de grandes sábios. Os homens mais sábios e santos das
cidades-estado do Vale do Indo reuniram-se algures no sopé dos Himalaias para
meditarem sobre o problema da doença. Desejavam uma sociedade livre de
doenças, não só para os seres humanos como para todos os seres vivos, para
que o povo pudesse dedicar-se às suas obrigações religiosas e continuasse na
procura do autoconhecimento. Assim, e tal como narra a história do Charaka
Samhita, os sábios nomearam Bhardwaja para ir falar com Indra, deus
reconhecido pelas suas curas e remédios. Indra tinha recebido os seus
ensinamentos dos ashwins (médicos divinos), que por sua vez o tinham recebido
do próprio Brama. No Sushruta Samhita, outro texto ayurvédico muito importante
que foca especialmente a cirurgia, a fonte do conhecimento é igualmenye divina,
embora diferente da indicada no Charaka. Aqui é Dhanvantari que traduz o
conhecimento directamente dos deuses.

A prática ayurvédica inclui oito ramos ou subespecialidades: Clínica Geral,


Cirurgia, Cirurgia Plástica, Otorrinolaringologista, Toxicologia, Obstetrícia e
Ginecologia, Pediatria e Oftalmologia.
Além disto, os vaidyas (médicos ayurvédicos) estão familiarizados com os
princípios nutricionais, a psicologia, a astrologia, as terapias com cristais e a
cromoterapia, os preparados com ervas e a meteorologia. Visto num todo, o

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Ayurveda representa um modelo dinâmico e indiscutível para aqueles que


procuram um sistema prático e integrado de cuidados de saúde.
A cura provém da graça do Absoluto que age através das leis da Natureza.
Tudo o que podemos fazer é auxiliar a Natureza, levando uma vida equilibrada de
acordo com as suas leis. A mensagem da Ayurveda é harmonizar o indivíduo com
a Natureza, da qual ele provém.
Pode constatar-se que os textos ayurvédicos implicam uma ligação entre o
conhecimento médico, o pensamento filosófico e as tradições religiosas ou até
talvez uma evolução delas.
A base de todos os tratamentos do sistema ayurvédico consiste no equilíbrio
das nossas energias vitais. Para este fim, ele fornece-nos regimes
individualizados diários que tratam do corpo, da mente e do espírito. Utiliza a
meditação como instrumento fundamental, incluindo ainda dietas, ervas,
substâncias minerais e aromas. Preocupa-se tanto com a sociedade como com o
indivíduo e procura dar-nos a oportunidade de compreender e realizar a nossa
verdadeira atureza.

De acordo com a sabedoria do Ayurveda, o corpo-mente tem a capacidade de


se auto-curar. A mesma Inteligência que actua no macrocosmos – que governa a
migração dos pássaros, a mudança de estação, as marés, as órbitas dos planetas
– também opera ao nível do microcosmos, a psicologia humana. O único objectivo
do Ayurveda é promover o fluxo desta grande Inteligência através de cada ser
humano.

Princípios básicos

No Charaka Samhita diz-se que alguém é saudável se preencher as seguintes


condições:

Quando os três ―doshas‖ (vata, pitta, kapha) estão em perfeito equilíbrio.


Quando todos os‖dhatus‖, ou tecidos, do corpo funcionam correctamente.
Quando os três ―malas‖, ou dejectos (urina, fezes e transpiração), são
produzidos e eliminados em quantidades normais.
Quando os ―srotas‖, ou canais, do corpo estão desimpedidos.
Quando o ―agni‖, ou fogo digestivo, está estimulado e o apetite é normal.
Quando os cinco sentidos estão a funcionar correctamente.
Quando o corpo, a mente e a consciência estão em armonia e o indivíduo
goza de felicidade.

O conhecimento Ayurvédico é muitíssimo vasto e interessante mas não cabe a


esta formação o seu estudo. Os interessados poderão consultar literatura
adequada para essa finalidade. Iremos no entanto, para melhor compreender a
prática da Ayurvédica, fazer uma abordagem aos cinco elementos e a relação
com os tridoshas.

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XII – Os cinco elementos

Significado dos cinco elementos


A Ayurveda baseia-se no sistema filosófico samkhya nos cinco elementos que
formam toda a manifestação material do universo.
O ser humano possui cinco órgãos dos sentidos, podendo assim captar o
mundo de cinco maneiras diferentes. Os órgãos dos sentidos são os ouvidos, a
pele, os olhos, a língua e o nariz. Cada um deles tem uma maneira única de
captar uma forma especial de energia externa e de a absorver para dentro do
corpo. As cinco energias, ou elementos, que são captados pelos cinco sentidos
são conhecidas por ―pancha mahabhutas‖ ou cinco elementos. São conhecidos
pelos seguintes nomes:

Akasha (Éter)

Vayu (Ar)

Tejas (Fogo)

Jala (Água)

Prthivi (Terra)
É importante compreender que, apesar dos mahabhutas serem completamente
distintos uns dos outros, partilham muitos atributos comuns. Por exemplo, os
protões, os neutrões, os electrões e outras partículas subatómicas do átomo
representam o prthivi (terra) mahabhuta. As forças que operam dentro do átomo e
que atraem e mantêm os electrões na proximidade do núcleo representam jala
(água) mahabhuta. A grande quantidade de energia que se desprende com a
cisão do átomo e a energia latente que está presente quando intacto, reflectem os
atributos do tejas (fogo) mahabhuta. A força que faz girar os electrões à volta do
seu núcleo demonstra os traços dominantes do vayu (ar) mahabhuta e o espaço
em que se movem representa o akasha (éter) mahabhuta. Assim, os cinco
grandes elementos existem em todas as formas de matéria.

Combinação dos cinco elementos


De acordo com a Ayurveda, no início do mundo existia um estado não manifesto
de conhecimento puro. A partir desse estado começaram a manifestar-se as
vibrações do primeiro som, o som Aum inaudível. Foi a partir daqui que nasceu o
elemento éter. Algum tempo depois, o éter começou a movimentar-se, dando
origem ao elemento ar. O movimento do éter produziu fricção a partir da qual
surgiu o calor. Das partículas deste calor primário formou-se luz que gerou o
elemento fogo. Através do calor do fogo dissolveram-se e liquefizeram-se
algumas partes do éter, dando origem à água. A água solidificou-se, formando as
moléculas do elemento terra. Como tal, a partir do som divino Aum surgiu o éter

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do qual surgiram os outros elementos. Todas as substâncias orgânicas e


inorgânicas derivam da terra: os seres vivos do reino vegetal como as ervas, os
grãos e as árvores, assim como todo o reino animal incluindo o homem. A terra
também inclui as formas inorgânicas que constituem o reino mineral. Assim, toda
a matéria em toda a sua diversidade deriva dos cinco elementos.

Os cinco elemento

Elemento (Mahabhuta) Sentido Órgão Qualidades do elemento


Éter (Akasha) Audição Ouvidos Som subtil, não resistência,
ilimitado, leve
Ar (Vayu) Tacto Pele Pressão, frio, duro, seco
Fogo (Tejas) Visão Olhos Calor, leve, activo, claro,
ácido
Água (Jala) Paladar Língua Líquido, frio, viscoso, suave
Terra (Prthivi) Olfacto Nariz Sólido, pesado, estável,
lento, imóvel
_________________________________________________________________

De acordo com o Ayurveda, quando algum dos 5 elementos está em


desequilíbrio no corpo do indivíduo, inicia-se o processo da doença.

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XIII – Tridosha – Vata, Pitta, Kapha


Com já vimos toda a matéria é composta de cinco elementos que constituem os
blocos formadores da existência. No entanto, apenas a matéria viva possui os
doshas ou tridoshas, as três forças que governam todos os processos biológicos.
O termo ―dosha‖ significa ―aquilo que escurece ou causa a decadência‖. Quando
os doshas estão em desequilíbrio, inicia-se o processo da doença. Os nomes dos
três doshas são vata, pitta e kapha.

Portanto os seres humanos são influenciados pelos 5 elementos através do


dosha. Os doshas são Vata, regido por ar e éter, Pitta, regido por fogo e água, e
Kapha, regido por terra e água. Todas as pessoas possuem os três doshas, mas
em diferentes proporções. Ao nascermos, tal proporção está em equilíbrio mas
com o tempo e a vida desregrada surge o desequilíbrio em um ou mais desses
doshas, contribuindo para o surgimento e desenvolvimento de doenças.
Existe muito a ser dito a respeito de cada um dos doshas, mas as suas funções
básicas podem ser definidas ampla e simplesmente: o dosha Vata é o princípio
dominante no corpo que controla o movimento; o dosha Pitta controla o
metabolismo e a digestão; e o dosha Kapha é responsável pela estrutura física e
o equilíbrio dos fluidos.
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Cada célula do corpo precisa conter esses três princípios a fim de sustentar a
vida. Cada indivíduo precisa ter Vata para o movimento, para respirar, para que o
sangue circule, para que os alimentos se desloqueem através do aparelho
digestivo e para enviar impulsos nervosos ao cérebro e a partir dele. Precisa ter
Pitta a fim de assimilar e processar os alimentos, o ar e a água através dos
diversos sistemas do corpo. Tem necessidade de Kapha, ou estrutura, para
manter as células juntas e formar os músculos, a gordura, os ossos e o tecido
conjuntivo.
Embora a natureza precise dos três princípios para criar e sustentar a vida
humana, cada um de nós encerra diferentes proporções dos doshas na nossa
constituição básica. Quando se diz, por exemplo, que uma pessoa é do "tipo
Vata", quer-se dizer que certas características Vata são dominantes na estrutura
dessa pessoa. Os indivíduos do tipo Pitta ou do tipo Kapha terão as suas
características predominantes particulares.
Ao identificar e compreender o seu tipo de corpo, cada pessoa pode colocar a
sua alimentação, a sua rotina diária e até mesmo o seu comportamento casual
em perfeita harmonia com a sua fisiologia como um todo e começa a ter acesso
às próprias reservas internas de energia. Vamos examinar mais de perto as
características dos três tipos de corpo.

VATA
Vata é o princípio que governa o corpo. A influência de Vata num ser humano
individual pode ser comparada à acção do vento na natureza. Como o vento, Vata
está sempre em movimento e tende a ser rápido, frio, seco, áspero e leve. As
pessoas que são tipos Vata também são dominadas por essas qualidades.

Características do tipo Vata:

Constituição física leve e magra

Executa rapidamente as actividades

Fome e digestão irregulares

Sono leve e interrompido; tendência para a insónia

Entusiasmo, vivacidade, imaginação

Excitabilidade, disposição de ânimo variável

Capta rapidamente novas informações mas também esquece rápido

Tendência a se preocupar

Tendência a ter prisão de ventre

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Fica cansado rapidamente, tendência a se esforçar demais

A energia física e mental manifesta-se aos arranques

É extremamente Vata:

Sentir fome a qualquer hora do dia ou da noite

Amar a agitação e as constantes mudanças

Ir dormir em horas diferentes a cada noite, saltar refeições e ter hábitos


irregulares de um modo geral

Digerir bem a comida num dia e mal no outro

Ter crises emocionais de curta duração e que são logo esquecidas

Andar depressa

A característica do tipo Vata é a "mutabilidade". As pessoas de Vata são


imprevisíveis e muito menos estereotipadas do que as do tipo Pitta ou Kapha. A
sua variabilidade - de tamanho, forma, disposição de ânimo e acção - é a
característica que o distingue. No caso da pessoa do tipo Vata, a energia física e
mental manifesta-se aos arranques. Os indivíduos desse tipo tendem a andar
depressa, ter fome a qualquer hora, amar a excitação e a mudança, ir dormir a
uma hora diferente a cada noite, saltar refeições e digerir bem a comida em um
dia e mal no dia seguinte.

PITTA
O dosha Pitta governa a digestão e o metabolismo. Pitta é responsável por
todas as transformações bioquímicas que ocorrem no corpo, e está estritamente
envolvido com a produção de hormonas e enzimas. O Pitta no corpo é comparado
ao princípio do fogo na natureza - ele queima, transforma e digere. Pitta é quente,
aguçado e ácido.

Características do tipo Pitta:

Constituição física média

Força e resistência médias

Fome e sede intensas, digestão forte

Tendência a ficar zangado e irritado quando stressado

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Pele clara ou rosada, amiúde sardenta

Aversão ao sol e ao calor

Carácter empreendedor, aprecia os desafios

Intelecto aguçado

Fala precisa e articulada

Não consegue saltar refeições

Cabelo louro, castanho ou ruivo (ou com nuanses avermelhadas)

É extremamente Pitta:

Ficar faminto se o jantar atrasar meia hora

Viver em função do relógio e detestar desperdiçar o tempo

Acordar à noite a sentir calor e sede

Assumir o comando de uma situação ou sentir que deveria fazê-lo

Aprender, através da experiência,que as outras pessoas às vezes o acham


por demais exigente, sarcástico ou crítico

Ter um andar determinado

A intensidade é a principal característica do tipo Pitta. Cabelo ruivo e uma face


rosada indicam uma predominância de Pitta, bem como a ambição, a inteligência
aguçada, a franqueza, a ousadia e a tendência a ser argumentador ou ciumento.
Mas o lado combativo de Pitta não precisa expressar-se de uma forma
extravagante ou grosseira. Quando equilibradas, as pessoas Pitta são calorosas,
carinhosas e satisfeitas.

KAPHA
O dosha Kapha é responsável pela estrutura do corpo. O Ayurveda diz que
Kapha está relacionado com os princípios da terra e da água na natureza. O
dosha Kapha é tipicamente pesado, estável, firme, frio, oleoso, lento, inerte e
macio, e as pessoas do tipo Kapha caracterizam-se por essas qualidades
materiais.

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Características do tipo Kapha:

Constituição física sólida e poderosa; grande força e resistência físicas

Energia uniforme; movimentos lentos e graciosos

Personalidade tranquila e relaxada; custa a ficar zangado

Pele fria, suave, espessa, pálida e frequentemente oleosa

Custa a captar novas informações, mas depois que as assimila costuma


retê-las bem

Sono pesado e prolongado

Tendência para a obesidade

Digestão lenta, fome moderada

Afectuoso, tolerante, magnânimo

Propensão para ser possessivo, satisfeito consigo mesmo

É extremamente Kapha:

Ficar ruminando as coisas durante um longo tempo antes de tomar uma


decisão

Levantar devagar, ficar na cama um longo tempo e precisar tomar um café


logo que acorda

Ser feliz com o status quo e preservá-lo apaziguando os outros

Respeitar os sentimentos das outras pessoas (com relação às quais sente


uma genuína empatia)

Procurar conforto emocional na comida

Ter movimentos graciosos, olhos lânguidos e um andar deslizante, mesmo


quando gordo

A característica básica do tipo Kapha é "relaxado". O dosha Kapha gera


estabilidade e regularidade. Ele fornece a força e a resistência física que definem
a estrutura robusta das pessoas típicas do tipo Kapha. Elas são consideradas
afortunadas no Ayurveda porque, por via de regra, gozam de excelente saúde e
expressam uma visão do mundo serena, feliz e tranquila. É extremamente Kapha
ruminar as coisas durante um longo tempo antes de tomar uma decisão, dormir
profundamente e levantar devagar, procurar conforto emocional na comida,
mostrar-se feliz com o status quo e tranquilizar os outros para preservá-lo.

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Veja as principais características físicas e mentais dos três doshas:

CARACTERÍSTICAS VATA PITTA KAPHA


Como trabalha Com muita Com uma Vagarosamente
iniciativa velocidade
mediana
_____________________________________________________________
Memória Curta Média Longa

Digestão Irregular Muito rápida Lenta

Fome Irregular Muita Pouca

Preferências Doce, ácido, Doce, amargo, Picante,


salgado adstringente amargo,
adstringente

Desejos Comida e bebida Comida e Coisas secas


quente bebida fria

Movimentos irregulares Fezes soltas Fezes formadas


intestinais

Cor da Pele Acinzenta Morena, clara, Branca, clara,


avermelhada limpa

Peso Corporal Leve Médio Pesado

Temperatura da Baixa, mãos e Alta Baixa


pele pés frios

Intolerência Frio Calor Húmido

Maneira de andar Leve, vivaz, Estável Estável e lenta


veloz,
movimentos
rápidos

Pele Seca, dura, Levemente Untuosa, macia


resistente, untuosa, macia e lisa
áspera,
grosseira

Face Comum Atractiva, de cor Atractiva,


clara, rugas branca,
avermelhadas brilhante,
aparência lípida
e agradável
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Sonhos Terríveis, vôos, Raiva, violência, Água, lagoas,


corridas, pulos, fogo ardente, bando cisnes,
árvores e relâmpagos, flores, oceano,
montanhas ouro, sol pássaros

Estrutura corporal Esguio, alta ou Tamanho Grande, roliço,


baixa, seca, médio, suave corpulento,
emagrecida, moderadamente suave, brilhante
fraca, irregular forte
tipo pequeno

Discurso Rápido, difuso, Preciso, agudo, Doce, suave,


elequente, seco, bom falador lento, claro
débil como um
entrecortado, trovão, um
excitante, pouca tambor ou leão
fluência,
inconstante,
depressivo

Diante de Preocupa-se Obnulado, A mente


problemas ou muito, mente nervoso ou permanece
dificuldades instável, move- irritado muito estável e clara,
se para a frente facilmente resolvendo o
e para trás, problema lenta,
perde o auto mas
controle firmemente
facilmente

Descubra o seu dosha


É importante compreender que a maioria das pessoas são "bi-dóshicas". A sua
constituição é estruturada em torno de uma combinação de dois tipos de corpo e,
em alguns casos, dos três.
O efeito prático dessas idéias torna-se mais claro quando a pessoa responde ao
questionário, que se destina a ajudá-lo a determinar as suas influências
particulares dos doshas. O terapeuta não deverá iniciar nenhum traramento antes
de proceder a esse questionário. Na medicina ayurvédica isso não será suficiente
para estabelecer um diagnóstico.
O questionário que apresento é um deles mas poderá estabelecer outro que se
destine à mesma finalidade.

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QUESTIONÁRIO AYURVÉDICO
O teste que se segue está dividido em três secções. Uma para cada um dos
três doshas. Responda a cada uma delas e atribua 0, 3 ou 6 (o que mais se
aplicar a si).
0 = Não se aplica a mim
3 = Aplica-se um pouco a mim (ou parte do tempo)
6 = Aplica-se muito a mim (ou quase o tempo todo)
No final da secção, anote a sua contagem. Por exemplo, se marcar 6 na primeira
afirmação, 3 na segunda e 2 na terceira, o seu total até esse ponto seria 6 + 3 + 2
= 11. Totalize a seção inteira dessa maneira, e chegará à sua contagem final
Vata. Vá então adiante para as declarações Pitta e Kapha.
Ao terminar, terá três contagens diferentes. Ao compará-las, irá determinar o
seu dosha.
No caso dos traços relativamente objectivos, a sua escolha geralmente será
óbvia. No caso do comportamento e das características mentais, que são mais
subjectivos, deve responder de acordo com a maneira como sentiu e agiu na
maior parte da sua vida, ou, pelo menos, nos últimos anos.

1ª SEÇÃO: VATA
Aplica-se Aplica-se
Não se
algumas quase
aplica a
vezes a sempre a
mim
mim mim
1. Executo rapidamente as atividades.
2. Não sou bom em memorizar as coisas e depois lembrá-las mais
tarde.
3. Sou animado e vivo por natureza.
4. Sou magro - não engordo com facilidade.
5. Sempre aprendi coisas novas com muita facilidade.
6. O meu andar característico é leve e rápido
7. Costumo ter dificuldade em tomar decisões.
8. Tenho tendência a ter gases e prisão de ventre.
9. Tenho tendência a ter mãos e pés frios.
10. Fico ansioso ou preocupado com frequência.
11. Não tolero tão bem o frio quanto a maioria das pessoas.
12. Falo rápido e os meus amigos acham que eu falo muito.
13. A minha disposição de ânimo muda com facilidade e sou um tanto
ou quanto emotivo por natureza.
14. Frequentemente tenho dificuldade em dormir ou em ter uma noite
de sono reparador.
15. A minha pele tende a ser muito seca, especialmente no inverno.

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16.A minha mente é muito activa, às vezes inquieta, mas também


muito imaginativa.
17.Os meus movimentos são rápidos e activos;a minha energia tende
a manifestar-se em surtos.
18. Fico facilmente agitado.
19. Tenho tendência a ter hábitos alimentares e de sono irregulares.
20. Aprendo rápido, mas também esqueço rápido.

CONTAGEM VATA

2ª SEÇÃO: PITTA
Aplica-se Aplica-se
Não se
algumas quase
aplica a
vezes a sempre a
mim
mim mim
1. Eu considero-me muito eficiente.
2. Costumo ser extremamente preciso e organizado nas minhas
actividades.
3. Tenho a mente decidida e resoluta e sou um tanto ou quanto
enérgico.
4. Sinto um mal-estar ou fico facilmente fatigado no calor - mais do
que as outras pessoas.
5. Transpiro com facilidade.
6. Embora nem sempre o demonstre, fico irritado e zangado com
bastante facilidade.
7. Não me sinto bem quando salto uma refeição, ou se o almoço ou o
jantar atrasa.
8.O meu cabelo tem uma ou mais das seguintes características:
tendência a ficar grisalho ou calvo cedo / fino e liso / louro, ruivo ou
cor de areia
9. Tenho muito apetite; consigo comer uma grande quantidade de
comida se o desejar.
10. Muitas pessoas consideram-me teimoso.
11. A minha evacuação é bastante regular - é mais fácil eu ter diarréia
do que prisão de ventre.
12. Fico impaciente com muita facilidade.
13. Tenho a tendência a ser perfeccionista com relação a detalhes.
14. Fico zangado com muita facilidade, mas depois esqueço
rapidamente.
15. Gosto muito de alimentos frios, como sorvete, e também de
bebidas geladas.
16. É mais fácil eu achar que um ambiente está quente demais do que
frio demais.
17. Não tolero alimentos muito quentes e picantes.
18. Não tolero as desavenças tanto quanto deveria.
19. Aprecio os desafios, e quando quero alguma coisa sou muito
determinado nos meus esforços para conseguí-la.
20. Tenho a tendência de criticar tanto os outros quanto a mim
mesmo.

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CONTAGEM PITTA

3ª SEÇÃO: KAPHA
Aplica-se Aplica-se
Não se
algumas quase
aplica a
vezes a sempre a
mim
mim mim
1. A minha tendência natural é fazer as coisas de uma maneira lenta e
relaxada.
2. Engordo com mais facilidade do que a maioria das pessoas e
emagreço mais devagar.
3.A minha disposição é serena e tranquila - não fico agitado com
facilidade.
4. Sou capaz de saltar refeições sem nenhum mal-estar significativo.
5. Tenho a tendência a ter um excesso de muco ou secreção,
congestão crónica, asma ou sinusite.
6. Preciso dormir pelo menos oito horas para me sentir bem no dia
seguinte.
7. Tenho um sono muito profundo.
8. Sou calmo por natureza, e dificilmente fico zangado.
9. Não aprendo tão rapidamente quanto algumas pessoas, mas
retenho bem as informações e tenho uma boa memória.
10. Tenho tendência para engordar – acumulo gordura com facilidade.
11. Não gosto quando o tempo fica frio e húmido.
l 2. O meu cabelo é grosso, escuro e ondulado.
13. A minha pele é macia, suave e um tanto pálida.
14.A minha constituição física é grande e sólida.
15. As seguintes palavras descrevem-me bem: sereno, meigo, carinho
e magnânimo.
16.A minha digestão é lenta, o que me faz sentir pesado depois das
refeições.
17. Tenho vigor e resistência física, bem como um nível de energia
estável.
18. O meu andar é de um modo geral lento e cadenciado.
19. Tenho tendência a dormir demais, a ficar zonzo ao acordar e sou
geralmente lento para fazer as coisas pela manhã.
20. Como devagar e as minhas acções são lentas e metódicas.

CONTAGEM KAPHA

CONTAGEM FINAL
VATA: PITTA: KAPHA:

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Agora que somou as suas contagens, pode determinar o seu tipo de corpo.
Embora só existam três doshas, lembre-se de que o Ayurveda os combina de
várias maneiras diferentes para chegar aos tipos de corpo distintos.

Se uma das contagens for muito superior às outras, você é provavelmente


um tipo único de dosha.
Tipos Únicos de Dosha:

Vata
Pitta
Kapha
É definitivamente um único tipo de dosha se a sua contagem mais elevada for
duas vezes maior do que a segunda (por exemplo, Vata – 90, Pitta – 45, Kapha -
35). Nos tipos únicos de dosha, as características de Vata, Pitta ou Kapha são
extremamente evidentes. O seu segundo dosha mais intenso poderá ainda
manifestar-se nas suas tendências naturais, porém será muito menos nítido.

Se não existe um dosha dominante, você é um tipo de dois doshas.


Tipos de Dois Doshas:

Vata-Pitta ou Pitta-Vata
Pitta-Kapha ou Kapha-Pitta
Vata-Kapha ou Kapha-Vata
Se é um tipo de dois doshas, os traços dos seus dois principais doshas serão
predominantes. O mais elevado manifesta-se primeiro no seu tipo de corpo, mas
ambos são levados em conta.
Quase todas as pessoas são tipos de dois doshas. Um tipo assim poderá ter a
seguinte contagem final: Vata - 80, Pitta - 90, Kapha - 20. Se esta for a sua
contagem, pode-se considerar um tipo Pitta-Vata.

Se as três contagens forem praticamente iguais, pode ser um tipo de três


doshas.
Tipo de Três Doshas
Vata-Pitta-Kapha
Não obstante, este tipo é considerado o mais raro de todos. Verifique
novamente todas as suas respostas ou peça a um amigo que acompanhe as
respostas consigo. Além disso, pode reler as descrições de Vata, Pitta e Kapha
para ver se um ou dois doshas se mostram mais proeminentes na sua estrutura.
Todo este princípio não é assim tão simplista mas não está no âmbito desta
formação desenvolver-mos uma matéria que requer muito mais estudo e
conhecimento.

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XIV – Os pontos marma

Segundo a Ayurveda, as nossas vidas e experiências passadas, ou remotas,


podem ser observadas na estrutura actual dos nossos corpos. Também sabemos
que este mesmo registo está presente nas nossas mentes. A crónica dos nossos
prazeres e problemas emocionais passados pode ser lida na nossa forma física.
Por exemplo, se o medo tiver sido preponderante nas nossas vidas, teremos uma
postura cifótica e uma respiração pouco profunda. No caso da raiva, ganância e
de todos os outros sentimentos humanos, os padrões físicos são notórios.
Ao mantermos inconscientemente os nossos corpos em posturas pouco
naturais, podemos limitar o fluxo de prana, ou energia vital, que por natureza
procura e expansão e o crescimento, ou então permitir que se escape livremente.
No primeiro caso, o corpo é demasiado sólido e comprimido e, no segundo,
bastante expandido e poroso. Em qualquer dos casos, o corpo-mente
desorganiza-se e afasta-se da sábia orientação das leis naturais.
Os antigos sábios ayurvédicos descobriram pontos espalhados pelo corpo e
através dos quais deve fluir o prana, mantendo assim, a saúde dos indivíduos.
São conhecidos como pontos marma. De acordo com o Sushruta Samhita, os
pontos marma estão em regiões anatómicas onde estão presentes duas ou mais
das seguintes estruturas; sira (vasos sanguíneos, asthi (ossos e nervos), snayu
(ligamentos), mamsa (músculos) e sandhi (articulações). Além disto, o ponto
marma é onde o prana se concentra. Ferido pode levar a doenças graves e até à
morte. A ayurveda refere ainda que os pontos marma são parte de vata, pitta,
kapha, rajas, tamas e sattwas (os três doshas e os gunas ou energias subtis),
tendo efeitos substanciais no corpo e mente.
Os marmas são semelhantes aos pontos de pressão usados na reflexologia e
na acupressão. Com efeito, é o sistema de marmas que deu origem a esses dois
sistemas e à acupuntura. O uso deles no contexto do sistema ayurvédico
aumenta muito a potência dos efeitos obtidos. Os marmas, como os pontos de
acupuntura, são medidos em dedos. São em número de 107 e classificados em
seis categorias por Hrdayam no seu livro Astanga Hrdayam:

1. Mamsa marmas – predomina neles o tecido muscular


2. Asthi marmas – predomina o tecido ósseo
3. Snayu marmas – predominam os tendões e ligamentos
4. Dhamani marmas – predominam as artérias
5. Sira marmas – predominam as veias
6. Sandhi marmas – predominam as articulações ósseas

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Os marmas definem-se ainda, pela sua localização no corpo:


1. Cabeça e Pescoço ---------------- 37
2. Frente do Corpo ------------------- 12
3. Membros Superiores ------------- 22
4. Parte de Trás do Corpo ---------- 14
5. Membros Inferiores --------------- 22
Total ------------------------------------- 107

Os marmas não devem ser vistos como um sistema complicado e difícil, como o
dos pontos de acupuntura e os meridianos. São pontos naturalmente sensíveis
que, qualquer massagista experiente e com um pouco de sensibilidade, sabe
identificar.
Como já dissemos, os marmas são medidos em dedos. A unidade de medida é a
largura do dedo do paciente, não a do terapeuta. As localizações são
especificadas dessa maneira porque cada pessoa tem uma constituição física
diferente, tem medidas e proporções diferentes. Em comparação com outros
sistemas, os marmas também são diferentes porque podem ter uma largura de um
a oito dedos – ou seja, muitas vezes indicam uma região do corpo e não um
simples ponto. Na massagem os marmas podem ser usados de três maneiras:

Para tratar os nadis, portanto os pranas

Para tratar um órgão ou um sistema orgânico específico

Para tratar um desequilíbrio específico dos doshas

Os principais métodos de tratamento dos marmas são a pressão, a


massagem circular e o uso de óleo e de óleos essenciais. Também podem ser
tratados pelo calor. São pontos extremamente delicados e não devem ser
estimulados com força nem de maneira agressiva. Do mesmo modo, a pressão
deve ser aplicada lentamente, com uma força crescente. A presença mental do
terapeuta é de capital importância. A respiração é um elemento crucial de todas
as técnicas de massagem, mas especialmente na massagem dos marmas, pois
eles são meios directos de acesso ao prana do paciente.

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Pontos marma – frente

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pontos marma – costas

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XV – Aplicação prática da massagem ayurvédica

Técnica da automassagem
Existem muitas técnicas de massagem ayurvédicas tradicionais, indicadas para
vários tipos de problemas e predominâncias dóshicas. A que vamos aprender a
aplicar é uma massagem apropriada para todas as estações e constituições.
Pretende fortalecer o sistema imunológico e estimular a circulação linfática e
sanguínea.
Para poder aplicar uma massagem eficaz o terapeuta deve estar bem tanto física
como mentalmente. É necessário para isso que o terapeuta se cuide e se
mantenha em forma. Propomos assim que faça assiduamente massagem e
quando isso não for possível fica aqui uma proposta de automassagem simples e
relaxante:
Utilise um bom óleo. Comece por massajar a cabeça para a frente e para trás,
com algum vigor, usando a parte anterior das palmas das mãos. Coloque depois
um pouco de óleo nas narinas e orelhas. Continue pelo pescoço, que deve ser
primeiro esfregado para cima e para baixo e depois massajado. A garganta é
massajada de baixo para cima e o rosto suavemente massajado com a palma da
mão num movimento que produza fricção. Na generalidade, os ossos longos, como
o dos braços e pernas, devem ser massajados para cima e para baixo, enquanto
as grandes articulações, como os ombros, cotovelos e joelhos, devem ser
massajados com movimentos circulares, sendo perfeitamente aceitável apertá-los
e dar-lhes pequenas pancadas. O peito e abdómen devem ser massajados na
direcção dos ponteiros do relógio com a palma da mão. As ancas e nádegas
deverão ser massajadas para cima e para baixo e ainda com movimentos
circulares. As mãos e os pés devem receber uma atenção especial. Comece no
centro da palma ou planta, onde existem muitos pontos marma. Dê pequenas
pancadas nestas áreas antes de continuar para as costas das mãos e dos pés.
Durante a massagem, lembre-se sempre que está a fornecer alimento e
vitalidade a si próprio. Acima de tudo, a massagem promove uma movimentação
de energias em todo o corpo. Tenha sempre em mente o bem que está a fazer a si
próprio. Lembre-se que a massagem limpa o corpo, ajuda a eliminar as toxinas,
abre os canais para que as energias possam fluir livremente através deles e dos
pontos marma. A massagem rejuvenesce o corpo e a mente. Após a massagem
repouse por algum tempo.

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Sequência da massagem geral

1. Costas – massagem da coluna dorsal e lombar e estimulação de pontos


2. Pescoço – massagem da coluna cervical e parte superior dos trapézios
3. Membros inferiores – parte traseira e pés
4. Membros inferiores – parte da frente e pés
5. Abdómen – massagem e estimulação de pontos
6. Tórax
7. Membros superiores – braços e mãos
8. Pescoço – parte dianteira e lateral
9. Rosto
10. Cabeça – massagem e estimulação de pontos
11. Imposição de mãos sobre o rosto

Nota – Os membros superiores também podem ser massajados na posição de


decúbito ventral logo a seguir às costas e pescoço.
A massagem é acompanhada por manobras de tracção e alongamento. O
terapeuta aplica a massagem com as mãos e efectua alguns movimentos com os
pés devendo sempre adoptar posições cómodas e que não prejudiquem a sua
saúde postural.

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Sequência da Massagem Geral


1 – Costas
A massagem Ayurvédica é geralmente praticada no chão. Coloca-se um
colchão coberto com um lençol ou toalha e cobre-se o paciente com outro. A
utilização de óleos é imprescindível para auxiliar os movimentos e não provocar
irritações na pele, lubrificando-a. Atenção às características doshas de cada
paciente para aplicação do óleo adequado.
Inicia-se pelas costas. O paciente coloca-se em decúbito ventral, com os braços
ao longo do corpo e a cabeça voltada para um dos lados. O terapeuta posiciona-
se atrás do paciente, uma perna com o joelho no chão entre os seus membros
inferiores e a outra flectida com o pé assente no chão junto da coxa do paciente.

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Massaja-se toda a região das costas, com as palmas das mãos, em


movimentos de deslizamentos caudais-cefálicos. Massage toda a região, do
centro da coluna até à periferia das costas. À medida que os tecidos forem
aquecendo deve-se aprofundar o toque. O terapeuta deve ter em atenção a sua
postura. O peso do corpo deve ser utilizado para aplicação dos movimentos sem
grande esforço físico.
As mãos deslizam, em simultâneo ou intercaladamente, de forma palmar mas
também com as polpas dos dedos e com os polegares para movimentos mais
profundos. Estes movimentos ajudam a soltar os músculos, tecidos e tendões e
activam a circulação.
A massagem das costas é importante para aliviar dores e tensões e para
auxiliar na redução de problemas na coluna vertebral. Não esquecer que todos os
órgãos do corpo estão ligados e interligados com as vértebras da coluna. Uma
boa massagem em toda a extensão das costas vai activa-los e previne
desequilíbrios e distúrbios nos mesmos.

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As nádegas devem se bem massajadas e ―abertas‖ para fora com


deslizamentos transversais. Movimentos feitos com as palmas das mãos e com
as polpas dos dedos.
Aproveitar o movimento para delinear, com os polegares, a junção da bacia
com o tronco. Este movimento vai ajudar a soltar a bacia e para aumentar a sua
flexibilidade, auxiliando na correcção de possíveis desvios da coluna (escolioses).

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A região glútea e lombar deve ser massajada bilateralmente. Com as mãos


espalmadas sobre os glúteos, devem-se realizar deslizamentos bilaterais e
rotativos

Quando estiverem bem aquecidos os glúteos devem ser massajados com as


pontas dos dedos, ao mesmo tempo com uma mão de cada lado, ou com as
mãos juntas um de cada vez, com uma certa pressão até atingir o nervo ciático.

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Com as polpas dos polegares o terapeuta deve trabalhar os espaços


intervertebrais com movimentos opostos de vai e vem. Os restantes dedos
servem apenas para dar apoio lateral. Inicia-se os movimentos de deslizamento
na base da coluna, sobre o espaço entre cada vértebra, e sobe até à 7º cervical.
Este movimento deve ser repetido três vezes e ajuda na desobestrucção dos
canais energéticos.

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O terapeuta deve exercer uma pressão vigorosa, por alguns segundos, sobre
os dois rins, seguida de uma massagem com deslizamentos laterais. Ferificar,
quando da anamenese, se o paciente possui cálculos renais ou algum tipo de
problema grave nos rins. Se assim for a pressão deve ser leve ou limitar-se a
uma massagem ligeira com a palma da mão.

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Com os polegares, fazem-se deslizamentos e pressão na musculatura


intercostal, de distal para proximal. Inicia-se nas últimas costelas flutuantes e vai
subindo de espaço a espaço paralelamente.

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Realiza-se uma ligeira massagem, com os polegares ao redor da escápula,


para aquecer os tecidos. Posiciona-se a polpa dos polegares no centro da
curvatura da escápula e exerce-se pressão, até fazer a abertura da mesma,
introduzindo ao máximo os dedos dentro do espaço. O paciente deve ter os
braços ao longo do corpo e se houver rigidez muscular que dificulte a abertura,
coloca-se o braço do paciente sobre as costas, facilitando assim o movimento

.
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O terapeuta coloca-se lateralmente ao paciente e trabalha os músculos


paravertebrais e espinhais. Inicia-se na região lombar e sobe até à cervical. Os
músculos devem ser soltos em movimentos de deslizamentos curtos e com ligeira
pressão, no sentido transversal, por todo o prolongamento da musculatura.
Trabalha-se com ambas as mãos de um lado e depois do outro da coluna. O
movimento repete-se três vezes aumentando a pressão. Se encontrarmos
pequenos nódulos deveremos trabalha-los mais profundamente e por vezes são
necessárias várias sessões até serem dissolvidos.

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2 – Pescoço (posterior)
Segue-se a região cervical. O paciente pode colocar as mãos em baixo da
testa. Não esquecer de colocar óleo sempre que necessário. Aquece-se toda a
região dos ombros e pescoço, posterior e lateral. Os movimentos ascendem da 7º
para a 1ª cervical canalizando a energia para o 6º e 7º chakras.
Com as polpas dos polegares devem-se trabalhar os espaços intervertebrais da
região inter-escapular até à occipital. Toda a musculatura desta região deve ser
solta e bem trabalhada devido às tensõs que aqui se acumulam. Trabalhar bem a
parte superior do trapézio. Este, deve ser aquecido bilateralmente e trabalhado
com amassamentos e pinçamentos. Devem-se realizar deslizamentos profundos
desde a cervical até ao ombro.

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Quando termina a massagem nos espaços intervertebrais, o terapeuta deve


pressionar, no sentido horário, o ponto acima da 1ª vértebra cervical, no centro da
nuca. É o vórtice energético traseiro do 6º chakra. Depois deve massajar os dois
pontos laterais. Estes, são pontos de grande tensão, relacionada com a retenção
de emoções negativas ou até de problemas relacionados com o fígado ou a
vesícula biliar.

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Depois de toda a zona bem trabalhada, o terapeuta deverá finalizar, com


movimentos de deslizamento nas fibras superiores do trapézio nos dois lados do
corpo em simultâneo. Deve iniciar o movimento na nuca e alongar, com firmeza,
o músculo em direcção ao ombro. Repetir este movimento pelo menos três
vezes.
A massagem das costas está terminada. O terapeuta aqui vai optar por fazer a
massagem nos membros superiores pela parte posterior ou poderá faze-lo depois
de trabalhar o tórax e aí trabalhará de ambos os lados.
O trabalho de pés e alongamentos será explicado no final da sequência final.
Cabe a cada terapeuta aplicar o trabalho de pés e alongamentos que considerar
mais útil, proveitoso e adequado, a cada caso e a cada paciente.

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3 – Membros inferiores
(região posterior)
O terapeuta coloca-se de joelhos, entre as pernas do paciente, ao fundo,
colocando o pé do paciente sobre o seu colo, dando inicio à massagem.
A massagem inicia-se no tendão de Aquiles e vai até à região glútea.
Executam-se deslizamentos, com pressão crescente, no sentido ascendente.
Deve-se ter o cuidado de aliviar a pressão na região poplítea (posterior do
joelho).

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Os movimentos podem ser executados com a palma das mãos, com os


polegares, com a base da mão, com o dorso da mão ou de punho fechado,
conforme o pretendido. Dar importância a nódulos e tensões encontradas.

Os gémeos devem se ―abertos‖ com deslizamentos profundos (atenção ao


problema de varizes) devido às tensões e bloqueios que aí se acumulam. Deve-
se também realizar deslizamentos na porção lateral da coxa. Região tensa e
dolorida.

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Os pés podem e devem ser massajados. Trabalhar o tendão de Aquiles e


aplicar movimentos de deslizamento profundos na planta dos pés. Trabalhar bem
toda a musculatura do pé. Repete-se a massagem no outro membro.

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Lateralmente faz-se uma manobra para soltar o Tensor Fáscia Lata. Com a
polpa dos polegares, movimenta-se da porção anterior até ao joelho. Se ouver
rigidez ou problemas no ciático a energia é descarregada para a terra (sentido
descendente). Se o paciente não tiver problemas podemos trabalhar no sentido
ascendente, elevando as energias.

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4 – Membros Inferiores
(região anterior)
O terapeuta localiza-se na parte de fora de uma das pernas. A massagem é
executada do pé até à região superior da coxa. Primeiro com toda a região
palmar das mãos e depois com a polpa dos dedos e polegares vai aprofundando
os movimentos. Trabalhar bem a região dos quadríceps. Não deve exercer
pressão sobre a Tíbia e os joelhos devem ser trabalhados sem grande pressão.

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O pé também pode ser massajado nesta posição:

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Para massajar a parte interna, o terapeuta flexiona a perna do paciente,


apoiando-a na sua coxa. Os movimentos devem ser feitos do tornozelo até à
virilha. Sempre ascendentes. Trabalhar com pressão crescente e das várias
formas que já se referenciou.

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A seguir o terapeuta fica de joelhos e flecte a perna do paciente prendendo-lhe


o pé entre eles. Com ambas as mãos, eleva a panturrilha em movimento
profundo de deslizamento desde o calcanhar até ao joelho e de seguida desliza
com os polegares, de forma profunda, na musculatura anterior da coxa até à
virilha. Realiza este movimento três vezes e depois trabalha o outro membro.

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5 – Abdómen
A massagem do abdómen é extremamente importante e benéfica para o
paciente. A massagem, feita no sentido horário, vai ajudar um intestino
preguiçoso a funcionar, mas também é importante para dinamizar órgãos e
vórtices energéticos situados nesta região.
O terapeuta deve colocar-se no lado direito do paciente. Os movimentos devem
ser circulares, no sentido dos ponteiros do relógio e de vai e vem, procurando
amassar os músculos abdominais, torcendo-os no centro da barriga.
A musculatura é assim aquecida e depois é feito um deslizamento circular, de
mãos alternadas, no sentido horário, trabalhando o trajecto do Cólon. A seguir, o
terapeuta realiza, com as polpas dos polegares e colocando uma mão sobre a
outra, uma boa massagem promovendo os movimentos peristálticos do intestino.

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O primeiro ponto a ser dinamizado é o do fígado. Com a polpa dos polegares o


terapeuta realiza uma pressão abaixo das costelas flutuantes (lado direito do
paciente). A pressão é exercida para baixo e para cima de forma profunda e
durante alguns segundos.
Após o fígado estimula-se o ponto da vesícula biliar. Um pouco acima do ponto
do fígado executa-se pressão para baixo e durante alguns segundos.

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Do lado esquerdo, dinamiza-se da mesma forma, primeiro o pâncreas e depois


o baço.

Também pode ser colocada uma mão de cada lado:

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De seguida o terapeuta coloca uma mão aberta na região lombar,


correspondente à região do umbigo, e com o polegar da outra mão pressiona o
umbigo verticalmente para baixo até sentir o batimento cardíaco. Conta dez
batimentos e retira lentamente. Em pacientes com problemas no pâncreas pode-
se contar até vinte batimentos. A pressão pode ser dolorosa devido há grande
concentração de energia neste chacra.

Depois pressiona, de ambos os lados do umbigo, até sentir a pulsação bilateral


e conta até dez. Se a pulsação estiver mais fraca de um dos lados deve
pressiona-lo com mais pressão.

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Segue-se a estimulação simultânea e alternada de dois pontos: apófise xifóide e


osso púbico correspondendo ao chacra do plexo solar e sexual. Três alternâncias.

Finalmente pressionam-se, bilateralmente e de forma profunda, os pontos acima


da crista ilíaca anterior, no baixo ventre. Estes pontos estimulam, particularmente
nas mulheres, os ovários.

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6 – Tórax
O terapeuta coloca-se de joelhos na parte superior da cabeça do paciente.
Sempre com a utilização de óleo, executa movimentos de deslizamento por toda
a região do peito, trabalhando a músculatura em todas as direcções.

Colocando as palmas das mãos no centro do peito faz deslizamentos oblíquos


de forma cruzada. Trabalha assim o 4º chakra cardíaco.

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O terapeuta, com as polpas dos dedos, percorre toda a zona das vértebras
flutuantes e faz deslizamentos desde o plexo solar para baixo.

Massaja toda a musculatura peitoral, com pinçamentos e elevação de toda a


estrutura muscular, realizando uma massagem vigorosa em toda a região.

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Pressionando os ombros para baixo ou alternadamente elevando as costelas


vai pedir ao paciente que faça inspirações e expirações para abertura da caixa
toráxica.

Com os polegares faz deslizamentos entre as costelas do centro para a lateral.


Inicia na décima costela e termina na primeira, próximo da clavícula. No centro do
peito os movimentos realizam-se sem tocar nos seios. Deve repetir pelo menos
três vezes.

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Ao chegar à última costela (ponto de junção com a clavícula) o terapeuta deve


estimular o ponto dos pulmões com os polegares. Movimento de pressão para
baixo e rotativos. O terapeuta deve estar com a palma das mãos e dedos
apoiados nos ombros do paciente empurrando-os para baixo.

Trabalha toda a parte superior das clavículas e em seguida faz estimulação do


4º chacra cardíaco (linha central entre os dois mamilos) pressionando com
profundidade. Este ponto também é importante porque aqui, abaixo do esterno,
está situado o Timo. O Timo faz parte do sistema linfático e influencia o sistema
nervoso do corpo. Esta glândula atrofia com a idade.

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De seguida estimula o 5º chacra, o laríngeo. Coloca o polegar na cavidade


localizada entre as clavículas e faz uma pressão para baixo em direcção ao peito.
O paciente deve respirar normalmente e de forma relaxada. Este ponto estimula e
regula as funções da glândula tiróide e para-tiróide.

Por último, o terapeuta deve pressionar firmemente com os polegares, a parte


superior e central do Trapézio. Se estiver tenso trabalha a área com
deslizamentos e pressões para desbloquear as energias que aqui se acumulam
formando nódulos.

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7 – Membros superiores
O paciente deve ter os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente
abertos e com as palmas das mãos para baixo. O terapeuta coloca-se do lado de
fora, de joelhos, na parte superior ou inferior conforme o sentido que for trabalhar
(circulação ou energia).
Com as palmas das mãos trabalha toda a musculatura do ombro até à mão do
paciente (circuito energético). De seguida, com os polegares, vai aprofundando os
movimentos. Não esquecer o dorso da mão do paciente. O cotovelo também não
deve ser negligenciado.

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Depois, de toda a musculatura bem trabalhada, o terapeuta deve deslizar com


firmeza, uma das suas mãos até ao pulso do paciente, prendendo a musculatura
e com a outra mão faz uma flexão dorsal à mão do paciente.

Volta o braço do paciente com a palma da mão para cima e repete o trabalho na
zona interna do membro. Trabalha com firmeza toda a musculatura.

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A palma da mão deve ser bem trabalhada (pressionar o centro para dinamizar o
chacra) assim como os dedos.

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8 – Pescoço (anterior e lateral)


Colocado na parte superior da cabeça do paciente, o terapeuta trabalha toda a
musculatura anterior e lateral do pescoço. Pode trabalhar da nuca para os ombros
ou dos ombros para a nuca.
Inicia a massagem com deslizamentos na direcção da nuca, puxando o pescoço
do paciente na sua direcção. Massaja bilateralmente toda a musculatura,
traccionando o pescoço na sua direcção. Massaja toda a região anterior do
pescoço, cordas vocais e traqueia (com cuidado).

Faz pinçamento do esternocleidomastoideu, bilateralmente com as polpas dos


dedos, massajando-o.
Segura, com uma das mãos, a nuca do paciente, gira a cabeça lateralmente e
massaja toda a região lateral do pescoço. De um lado e depois do outro.

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A massagem do pescoço pode terminar com alongamento lateral. Com a


cabeça de lado, coloca uma mão na nuca e a outra no ombro do paciente
alongando toda a musculatura lateral. Repete para o outro lado. De seguida,
coloca a cabeça ao centro e com uma mão na nuca e a outra no alto da cabeça,
lentamente, levanta a cabeça do paciente, procurando encostar o queixo no peito.

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9 – Rosto
O terapeuta mantem a posição em que se encontrava e inicia a massagem do
rosto colocando óleo nas mãos para facilitar as manobras.
Com uma mão de cada lado do rosto, trabalha o queixo e a mandíbula, do
centro para fora.

Trabalha muito bem toda esta zona pressionando e alongando toda a


musculatura do queixo às orelhas.

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Toda a face deve ser bem massajada com movimentos simultâneos em ambos
os lados do rosto. O terapeuta deve iniciar a massagem na região próxima do
nariz e deslizar pressionando o osso zigomático.
Para uma maior pressão puxa o nariz do paciente para o lado e com o polegar
da outra mão desliza sobre o sinus e face.

Depois de toda a àrea bem trabalhada o terapeuta vai pressionar, com os


dedos, ambas as orelhas do pacienta. A massagem deve ser enérgica de forma a
estimular os vórtices de energia que aqui se situam.

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A seguir massaja toda a testa. Horizontalmente e lateralmente exerce alguma


pressão de forma a alongar os tecidos nas várias direcções.

As sobrancelhas são trabalhadas com deslizamentos e pinçamentos do centro


para as laterais.

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Seguem-se pressões na parte interna da sobrancelha. Por vezes os bloqueios


energéticos nesta zona provocam dor. O terapeuta vai pressionando toda a
sobrancelha até à parte lateral da testa realizando aí uma pressão vigorosa.

O nariz também deve ser bem massajado. Devem-se fazer deslizamentos por
todo o nariz desde a região superior e lateral até à face.
O terapeuta, termina a massagem do rosto, executando deslizamentos em toda
a região da testa e face.
A massagem ao couro cabeludo é muito importante. Deve ser suave e
energética. Na parte central e superior da nuca encontra-se o 7º chakra
Sahasrara que nos conecta com o nosso eu superior, com o mundo divino. O
terapeuta deve ter consciencia desta importância e executar o trabalho com
entrega.
A massagem inicia-se, com pequenos toques rotativos das pontas dos dedos,
desde as laterais da cabeça até às têmporas do paciente. O couro cabeludo deve
rodar suavemente provocando relaxamento e libertando tensões.
Todos estes movimentos devem ser repetidos pelo menos três vezes e todo o
couro cabeludo deve ser trabalhado.

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De seguida o terapeuta deve estimular os vórtices energéticos da linha central


da cabeça. Partindo do topo, onde se situa o 7º chakra, com os polegares um
sobre o outro, pressiona até ao 6º chakra entre as sobrancelhas. Repetir três
vezes.

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Um pouco acima do ponto central entre as sobrancelhas situa-se a glândula


pineal. Ela produz hormonas e é responsável pelo controle do sistema
imunológico. Segundo os indianos é o 3º olho. Aqui se produz a ceratonina que é
a hormona que nos leva a entrar em meditação profunda. Sente-se na saliva e
tem um sabor adocicado.
O terapeuta quando chegar a este ponto pressiona no sentido horário, com os
dois polegares (os outros dedos ficam apoiados lateralmente na cabeça do
paciente sem fazer pressão), conta até dez e relaxa lentamente deslizando os
dedos lateralmente.
Todos estes movimentos na linha central da cabeça estimulam também a
glândula pituitária e por reflexo os outros chakras.

Por fim trabalha-se o olho. O terapeuta coloca a polpa dos polegares sobre os
olhos do paciente que devem estar fechados (atenção às lentes de contacto, que
devem ser retiradas, e a pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias aos
olhos) e massaja em pequenos movimentos. Pressiona lentamente e com
pressão o centro do olho solicitando ao paciente que relaxe. Espera alguns
segundos e retira lentamente.

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O paciente deve manter os olhos fechados e o terapeuta coloca as mãos em


concha sobre o seu rosto passando-lhe um pouco de energia e abençoando-o
mentalmente.

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A massagem termina com o paciente deitado e coberto, para poder relaxar por
alguns minutos. Se o ambiente estiver frio deve ser colocado um cobertor. O rosto
deve ser tapado para melhor relaxar. Deve-se manter ou colocar uma música
suave. Após alguns minutos destapa-se o paciente e indica-se para virar de lado
por alguns segundos e depois sentar para finalmente se levantar.

O terapeuta, assim que terminar a sessão, deve de imediato lavar as mãos,


beber água e fazer um pouco de meditação para repor as suas energias.

As manobras especiais que a seguir descrevemos (massagem com os pés e


alongamentos) podem e devem ser introduzidas na sequência da massagem. O
terapeuta deverá (especialmente nos alongamentos) fazer a selecção dos que
forem mais necessários e apropriados ao paciente que estiver a trabalhar.

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Massagem com os Pés


Costas
Depois de realizar a massagem nas costas e pescoço faz a massagem com os
pés.
O terapeuta apoia-se num banquinho e sobe para cima do paciente pisando
inicialmente nas nádegas.
A cabeça do paciente deverá estar virada para o lado oposto ao que se estiver a
trabalhar.
O terapeuta coloca primeiro e com firmesa a planta dos dois pés paralelamente
em cima da região glútea e próximos da base da coluna do paciente.
Inicia a massagem com deslizamentos alternados nas nádegas de dentro para
fora.

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Depois de soltar os glúteos massaja toda a região das costas. Desliza


alternadamente com os pés até à omoplata, mas não pisa na coluna.

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Depois de trabalhar bem toda a região, um pé permanece em cima das nádegas


e com o outro pé o terapeuta abre a omoplata do paciente. Se necessário coloca
o braço do paciente em cima das nádegas para facilitar o movimento.

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Faz novamente uns deslizamentos alternados e sai com cuidado.


Repete no outro lado.
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Membro inferior
Sempre apoiando-se num banquinho, o terapeuta apoia um pé sobre a região
superior da coxa, próximo dos glúteos, e o outro paralelamente ao primeiro
executa deslizamentos alternados para fora e ao longo de todo o membro.
Desliza várias vezes por todo o membro sem fazer pressão na zona popliteia.

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Em seguida o terapeuta (sempre apoiado no banquinho) pisa no arco do pé do


paciente e com o outro pé empurra, com o calcanhar, o calcanhar do paciente em
direcção ao chão. Retem por alguns segundos e solta. Repete três vezes.
Repete na direcção oposta por outras três vezes. Repete tudo no outro membro.

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Tracções e Alongamentos
Manobras de tracção para abrir o peito

O paciente deitado em decúbito ventral e braços estirados para tráz. O terapeuta


coloca-se em pé na região da anca do paciente e, agarramdo-se mutuamente
pelos pulsos, o terapeuta eleva o tronco do paciente cuja cabeça deve estar ao
máximo voltada para tráz.Os olhos voltados em direcção ao centro da testa.
A posição deve ser mantida por 10 a 15 segundos e lentamente retorna à
posição inicial.
Além de alongar músculos e tendões abre o peito, chakra cardíaco, chakra
laríngeo e canaliza a energia para o 6º chakra.

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O paciente mantém a posição e com o queixo apoiado no chão. O terapeuta,


posicionado acima da linha da cintura, segura o dorso da mão do paciente e
empurra os braços deste para a frente (na direcção da cabeça) até ao limita
máximo.

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Retorna um pouco para traz, junta as mãos do paciente e empurra novamente


os braços para a frente até ao limite máximo.

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Recua um pouco novamente e tenta cruzar os braços do paciente empurrando


novamente até ao limite máximo.

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Membros Inferiores
Paciente em decúbito ventral e terapeuta de joelhos atrás do paciente.
Segura o pé do paciente pela parte anterior, junto dos dedos, e empurra a perna
juntando o calcanhar ao glúteo, fazendo flexão do joelho. Com a outra mão o
terapeuta estabiliza a pelve do lado oposto.

Quando a extensão atingir o ponto máximo o terapeuta realiza a rotação do


joelho e roda a perna externamente. Deve tentar tocar o chão com o pé.
Realiza-se o mesmo no membro oposto.

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A seguir o terapeuta realiza o alongamento das duas pernas ao mesmo tempo.

Abre ambas as pernas e realiza rotação de ambos os joelhos para fora.

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NOTA – Pode reforçar a flexão colocando a mão aberta sobre a zona poplítea.
Se o paciente tiver muita flexibilidade convém oferecer uma certa resistência. O
terapeuta coloca a mão aberta transversalmente na zona poplítea do paciente e
executa a flexão. Primeiro numa perna, depois na outra e finalmente em ambas.

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Torções e Flexões nos Pés


O terapeuta realiza uma série de flexões e extensões do pé assim como de
várias tracções.

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Alongamentos vários efectuados de acordo com os problemas

O paciente deitado em decúbito ventral. O terapeuta em pé pega a perna do


paciente junto do tornozelo e faz flexão do joelho a 90º. Apoiando o pé junto da
região posterior do joelho executa movimentos de vai vem fazendo rolar a coxa e
ao mesmo tempo puxa a perna do paciente para cima.

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Tracção lombar
O paciente deitado em decúbito ventral com os membros superiores estendidos
para a frente. O terapeuta coloca-se atrás do paciente, em pé, flecte os joelhos e
apoiando os joelhos do paciente nas suas mãos eleva os membros inferiores
deste em extensão, e realiza uma tracção de toda a região lombar do paciente. O
movimento deve ser acompanhado de um vai vem lento para obter um maior
alongamento da musculatura. Ao puxar, o terapeuta pede ao paciente que
contraia o anus e prenda a respiração, para que obtenha um maior efeito na
circulação da energia para os chakras superiores.

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Abertura do peito
Abertura do peito com extensão máxima da região anterior da perna e
articulação dos joelhos.
O terapeuta posiciona-se sentado na parte posterior do paciente. Este mantém-
se em decúbito ventral. Flecte pelos joelhos, ambas as pernas do paciente, de
forma que os calcanhares batam nos glúteos e prende-as com as suas pernas.
Ambos se seguram pelos punhos. O terapeuta puxa o corpo do paciente para trás
e este deve elevar ao máximo a cabeça e os olhos em direcção à testa. A
respiração deve ser solta e a barriga relaxada. Mantém por alguns segundos e
solta lentamente. Além de estender a musculatura abre o chakra do plexo solar,
cardíaco laríngeo e terceiro olho.

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Manobras de tracção para abertura do peito, libertação de omoplatas


e alongamento da coluna

Paciente em decúbito dorsal fica sentado, pernas esticadas e semiabertas,


braços para trás segurando mutuamente os punhos do terapeuta que se senta
atrás do paciente.
O terapeuta coloca os seus pés nas costas do paciente e tenta fazer uma
abertura das escápulas. Estica lentamente as pernas puxando os braços do
paciente para trás e faz um estiramento ao máximo. O paciente deve puxar a
cabeça para trás e o olhar ao centro da testa. Permanece por alguns segundos e
alivia lentamente sem soltar os braços.

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Sem soltar os braços, o terapeuta passa um dos seus pés para o centro da
coluna do paciente, na altura do chakra cardíaco, e coloca um pé sobre o outro
repetindo o movimento anterior.

Solta lentamente e o paciente fica deitado em decúbito dorsal.

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Parte anterior dos membros inferiores


A coluna do paciente deve estar bem encostada no chão.
Alongamento da musculatura da coxa – o terapeuta flete os joelhos do paciente,
mantendo-lhe os pés no chão, e realiza uma abdução de ambas as pernas.
Segurando os joelhos, empurra-os contra o chão, até ao limite suportado pelo
paciente. Segura-os por alguns segundos e solta.

De seguida pode fazer um alongamento da musculatura posterior do tronco.


Com o paciente na mesma posição flete ambos os joelhos do paciente em
direcção ao abdómen e exerce uma leve pressão. Permanece por alguns
segundos e solta.

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Mantendo a posição coloca os pés do paciente apoiados nos seus joelhos e


realiza uma abdução de ambas as pernas do paciente.
O terapeuta exerce uma leve pressão para baixo, retém e solta lentamente.

De seguida, o terapeuta estende uma perna do paciente e coloca (apoiando-se


num banquinho) um pé sobre a parte superior da coxa, espinha ilíaca anterior do
paciente e coloca o outro pé sobre o joelho da outra perna que deve estar flectido
e com a perna abduzida. Realiza um vai vem rodando a pélvis de um lado para o
outro.

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Repete em ambas as pernas.

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Alongamento dos ísqueos tibiais com fixação da pelve


O paciente está em decúbito dorsal. O terapeuta eleva ambas as pernas do
paciente segurando-as pelos tornozelos e empurra-as para a frente. Coloca a
outra mão sobre os joelhos para que estes não se dobrem. Apoia um pé na região
abdominal do paciente para não deixar elevar a coluna. Ao atingir o limite máximo
pedir ao paciente que faça uma flexão total dos pés. Retem alguns segundos e
baixa lentamente.

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Pode realizar o mesmo com uma só perna de cada vez.

NOTA – Mais uma vez chamo a atenção para o facto que se devem executar
apenas os exercícios necessário para cada paciente.

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Especial abdómen e anca


Após a massagem do abdómen pode ser realizado um movimento especial
para realinhamento da anca, bacia, coluna vertebral e caixa toráxica.
O paciente em decúbito dorsal, braços esticados para trás. O terapeuta fica em
pé, junto da anca do paciente e introduz uma toalha grande dobrada na zona do
2º chakra. Lentamente o terapeuta eleva o corpo do paciente puxando a toalha
com as duas mãos. Todo o corpo se eleva formando uma curva. O paciente deve
relaxar, respirando normalmente. Depois de alguns segundos o terapeuta desce a
toalha lentamente.

De seguida, com a toalha em baixo do paciente, o terapeuta levanta um dos


lados com uma das mãos para o poder trabalhar em torção. O outro lado do corpo
fica apoiado no chão. O terapeuta pisa a toalha para a fixar e executa movimentos
de levantamento de um dos lados e com o outro pé empurra em vai vem.
Repete para o outro lado.

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Tracções e alongamentos para depois da massagem nos membros


superiores
O paciente sentado com as pernas ligeiramente abertas e costas direitas.
Terapeuta em pé atrás do paciente.
O paciente entrelaça os dedos em volta do pescoço do terapeuta e este, segura
os braços do paciente, na zona do cotovelo, e encosta as pernas nas suas costas.
Realiza um pequeno levantamento e empurra para a frente as costas do paciente
em movimento de vai vem. Segura alguns instantes e solta.
Este movimento alonga a coluna e auxilia na abertura da caixa toráxica e chakra
cardíaco.

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Na mesma posição, o terapeuta dobra um dos braços do paciente para trás das
costas, segurando no cotovelo, e coloca a outra mão na parte traseira do ombro
por cima da mão do paciente. O outro braço permanece caído ao longo do corpo.
Puxa para trás alongando ao máximo toda a musculatura dessa região. Com as
pernas apoiadas nas costas do paciente, empurra levemente para a frente,
realizando um movimento ligeiro de vai e vem.
Além de alongar toda a musculatura ajuda a abrir os pontos de energia do
pulmão e a caixa toráxica.
É importante que o corpo do paciente se mantenha o mais direito possível.
Repetir o mesmo no outro membro.

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O terapeuta realiza depois a mesma manobra com os dois braços dobrados ao


mesmo tempo.
Os cotovelos devem ser mantidos paralelos.
Nesta posição o terapeuta puxa ambos os braços do paciente para trás. Além
do alongamento de toda a musculatura envolviva abre o chakra cardíaco.
Se o paciente tiver uma boa abertura o terapeuta poderá reforçar o movimento
colocando os seus antebraços por trás da cabeça do paciente e puxar.

Mais uma vez reforço a ideia que só deverá aplicar as tracções e os


alongamentos necessários ao problema de cada paciente.
Tendo sempre presente os princípios da Ayurvédica, o trabalho do terapeuta
deverá ser o mais honesto e correcto possível, sem esquecer de que a
massagem deverá ser tão gratificante para o paciente como para o terapeuta.

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À turma Ayv 1 (2007-2008) os meus sinceros agradecimentos por me terem


permitido fotografar as aulas e assim poder documentar com imagens este
pequeno manual que muito ajudará as turmas seguintes.

Ivo Ricardo, Sara Carneiro, Manuela Teixeira, Manuel Garcia, Dulce Guerreiro,
Elisabete Jesuíno, Cláudia Militão, Angela Puhl, Verónica do Sul, Joana Souta,
Carla Pedro, Ana Catarina Fonseca, Débora Fontes e Chantal Alvarez
A todos desejo os maiores sucessos pessoais e profissionais e que esta
formação contribua grandemente para isso.

A Formadora
Maria Manuela Soares

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XVI - Bibliografia

- Ayurveda - a antiga medicina indiana – Scott Gerson – Editora Estampa, 1993


- Mãos de Luz - um guia para a cura através do campo de energia humana –
Bárbara Ann Brennan – Editora Pensamento, 1987
- Mantras – John Blofel – Editora Cultrix/Pensamento, 1977
- Massagem Ayurvédica – Pier Campadello – Editora Madras, 2005
- Os Segredos da Massagem Ayurvédica – Atreia – Editora Pensamento, 2000
- Saúde Perfeita - Um roteiro para integrar corpo e mente com o poder da
cura quântica – Depáck Chopra – Editora Best Seller, 1990
- Net – http://pt.wikipédia.org

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