Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ayurvédica
Módulo I
Direitos de Autor
Todo o material deste manual, incluindo textos, imagens e sistema de ensino está registado
e como tal, protegido por lei. É proibida a sua cópia, reprodução total ou parcial sem
autorização expressa da Associação Luso Brasileira de Ayurveda e Disciplinas Associadas.
Tel: 217930167
Website: http://www.ayurvedica.org
E-mail: info@ayurvedica.org
Nota: Este manual pretende informar sobre tradições Ayurvédicas, mais especificamente a arte
da Massagem Tradicional Ayurvédica. O seu conteúdo é meramente informativo e não pretende
examinar, diagnosticar e tratar doenças, pelo que a ALBA, não se responsabiliza pelo mau uso
ou má interpretação das técnicas aqui descritas.
Conteúdo Programático
Parte A
4 – Os Pilares da Ayurveda
- Alimentação
- Actividade Física
- Rotina Diária
- Harmonia Mental
- A Doença e Ayurveda;
- O Tratamento das Enfermidades
8 – Os Pontos Marma
Parte B – Prática
1 – Introdução
- Tórax Inferior
- Tórax Superior e Ombros
- Membros Superiores
- Pescoço
- Face
- Cabeça
- Olhos
4 – Final da Sessão
Parte D – Anexos
I – Pontos para o Exame Teórico e Prático
II – Esquema Básico – Monofolha
III – Ficha de Cliente
IV – Bibliografia
Ayurveda é o nome dado à ciência médica com raízes na antiga Índia, desenvolvida há mais
de 6 mil anos, fazendo dela o mais antigo sistema médico e holístico da humanidade. A medicina
ayurvédica é reconhecida como sendo a mãe da medicina moderna, pois os seus princípios,
estudos, e aplicação prática foram a base para o posterior desenvolvimento das medicinas
chinesa, árabe, romana e grega. Este reconhecimento não é meramente honorário, mas sim
reforçado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ayurveda é uma palavra que em sânscrito significa literalmente, Ciência (veda) da vida
(ayur), mas sendo a sua interpretação correcta a de “Ciência da Vida Saudável”. A sua filosofia
baseia-se na teoria dos cinco elementos, os Pancha Mahabhutas, elementos que formam toda a
manifestação material do universo. São eles éter, ar, fogo, água e terra. Toda a matéria que
existe no universo provém destes 5 elementos, inclusive o corpo humano (que além da matéria,
também é formado por budhi (discernimento), ahamkara (ego) e manas (mente)). De acordo
com a Ayurveda, quando algum dos 5 elementos está em desequilíbrio no corpo do indivíduo,
dá-se início ao processo da doença.
A Ayurveda pode ser definida com a arte de viver em harmonia com as leis da natureza,
assumindo-se assim uma natural e antiga sabedoria sobre saúde e cura. O seu objectivo
principal é:
Utiliza ainda um grande número de terapias adjacentes tais como o som, aromoterapia,
cromoterapia, entre outros.
A Ayurveda não pretende impor regras, receitas ou terapias, mas sim levar o indivíduo a
tomar conhecimento sobre os métodos e princípios ayurvédicos de forma a poder fazer as suas
escolhas, ouvindo o seu corpo e características únicas, respeitando as suas reacções. Assim,
desenvolverá um conhecimento instintivo sobre as modalidades adequadas de auto-cura de
forma a criar, manter e recuperar uma saúde equilibrada.
De acordo com a Ayurveda cada indivíduo é uma criação única da natureza, que através do
ser humano encontra também uma forma de se exprimir, tal como acontece com os outros
animais, rios, montanhas e toda a existência cósmica.
A maioria das outras disciplinas estão mais concentradas em se especializar apenas num
plano que inclui a eliminação do sintoma, sendo a parte da prevenção completamente deixada à
mercê da disponibilidade interior do indivíduo.
A Origem histórica
Através de escavações e outros registos chegou-se à conclusão que entre os anos de 3500 a
4000 A.C. as civilizações antigas como a do Vale do Rio Hindu, tinham já desenvolvidos sistema
de higiene pública e tratamentos médicos avançados que abrangiam a nutrição, exercícios,
códigos éticos sociais, tratamento de doenças, pequenas intervenções cirúrgicas e tratamento de
dentes cariados.
revelado, não através da mente humana mas através da meditação e inspiração divina
transmitida aos Rishis que nas cavernas e montanhas da Índia entravam em profundos estados
de meditação e partilhavam as suas experiências.
Mais tarde, Vedavasya, o famoso sábio de Vishnu passou para a escrita toda a sabedoria
ayurvédica até então existente, ligada à sabedoria espiritual da auto-realização, numa obra a
que chamou de Vedas.
Os Vedas são compostos por quatro grandes obras que abordam os mais diversos assuntos
dentro dos quais a saúde, astrologia, espiritualidade, assuntos de estado e bélicos, artes, vida e
comportamentos espirituais. Ficaram conhecidos com Rik, Sama, Yayur e Atharva Vedas.
O Rik Veda contém versos sobre a natureza da saúde e da doença, das patologias e seus
princípios de tratamento. É neste Veda que se encontra descrito o sistema Tridosha (em que
assenta toda a medicina ayurvédica), descrições sobre a utilização de ervas para o equilibro do
corpo, mente, espírito e como alcançar maior longevidade.
Já o Atharva Veda refere as oito divisões da medicina ayurvédica: Medicina Interna; Cirurgia
da Cabeça e pescoço; Oftalmologia e otorrinolaringologia; Cirurgia; Toxicologia; Psiquiatria;
Pediatria, Geriatria e ciência da fertilidade
Desenvolvimento
Depois de ter saído vencedor da Guerra de Kalinga, o Imperador Ashoka (304 AC-232 AC),
influenciado pelos ensinamentos budistas, baniu todas as formas de violência e “derramamentos
de sangue” no seu reino em 250 BC. A partir daí muitos terapeutas ayurvédicos, que praticavam
a cirurgia juntamente com medicina, abandonaram as intervenções cirúrgicas e adoptaram
formas completamente novas para tratamentos. Neste período a Ayurveda evoluiu em termos de
novos medicamentos, novas metodologias e outras inovações, passando a prática da cirurgia
para segundo plano.
Mas com o apoio dos budistas e com a criação de universidades, a Ayurveda foi além
fronteiras tendo afectado a medicina praticada em Roma, Grécia e China de onde os estudiosos
viajavam até à Índia para aprender a ciência, artes e medicina.
Na última parte da Idade Média, desenvolveu-se o uso intensivo de preparações com metais
para o tratamento da febre, doenças pulmonares, diarreia e icterícia. Alguns fármacos utilizavam
o mercúrio e esta foi uma herança ou influência da medicina árabe.
Devemos considerar a força que a Ayurveda tem como sistema de saúde que persiste
apesar de haver sido limitada durante treze séculos e proibida durante mais de 700 anos.
A chegada dos ingleses foi outro principal feito a destacar e que contribuiu para o declínio
do Ayurveda. Eles não só negaram o apoio estatal ao Ayurveda como tiveram uma atitude
destrutiva para com este sistema médico.
Em 1833 a Companhia das Índias Orientais fechou as escolas médicas existentes em Calcutá
e em 1835, os britânicos pararam com o pagamento dos cursos de Ayurveda nos colégios
médicos governamentais.
Por este motivo, no começo do século XX, não havia já instituições que ensinassem a
Ayurvédica e todo o ensino se dava sob o sistema Gurukul, um estilo de docência personalizado,
não sistemático, em que o mestre passava a sua sabedoria para os discípulos.
Durante os 150 anos de domínio inglês, por motivos políticos, esteve proibido o ensino e a
prática do Ayurveda. As famílias de classe alta enviavam os seus filhos para estudar medicina na
Europa, mas grande parte dos cuidados com a saúde dos hindus continuou a fazer-se pela
Ayurveda, quase em secretismo e a Ayurveda continuava atendendo ás necessidades de saúde
de cerca de 80% da população.
A medicina alopática, por seu próprio nexo com a dominação britânica, estava baseada
numa concepção militar, centrando a sua atenção nos regimentos e nas grandes cidades, e foi
uma mestra do espírito da ocupação britânica.
Actualidade
A Índia não se manteve alheia ás possibilidades comerciais de explorar esta nova ciência,
especialmente junto dos curiosos ocidentais, turistas e terapeutas holísticos entusiasmados com
novas ofertas. Assim hoje, nas principais zonas turísticas da índia, é enorme a oferta de centros
de Ayurveda, que efectuam o panchakarma, massagens, diversas terapias e planos de
rejuvenescimento.
Os nativos locais oferecem massagens nas ruas, praias e cafés a troco de uma dúzia de
rupias. Existem ainda inúmeras ofertas de escolas, centros e institutos a ministrar cursos de
Ayurveda e todas as suas ramificações, especialmente a massagem.
O efeito negativo desta abertura é que se torna necessário ter cuidado e obter boas
referências dos terapeutas e escolas, tanto na índia como no estrangeiro, pois muitos são
apenas curiosos que tentam ganhar dinheiro à custa da ingenuidade dos outros.
No ocidente a Ayurveda conta cada vez com mais adeptos, tendo recebido os melhores
elogios pela OMS (Organização Mundial de Saúde) pela sua abordagem holistica e natural da
saúde e felicidade. Podemos encontrar inúmeros centros, universidades, institutos e hospitais
ayurvédicos em todo o mundo, mas em especial no Reino Unido e EUA.
Em países como Portugal, que não possui legislação efectiva na área das terapias
complementares, a Ayurveda manifesta-se essencialmente pela massagem, que é uma parte
centesimal das práticas ayurvédicas, mas a que os ocidentais mais se identificam. Não existem
praticamente centros de Ayurveda e médicos diplomados a fazer o acompanhamento dos
tratamentos, pelo que reina a falta de conhecimento sobre os seus fundamentos práticos e
filosóficos. O ponto de atracção tem sido mais o seu exotismo e curiosidade do que a proposta
de um estilo de vida natural e integrado.
literária.
No passado a medicina da Índia difundiu-se através do mundo oriental até o Tibete, Ásia
Central, Indochina, Indonésia e Japão, cumprindo o mesmo papel que a medicina Grega
desempenhou no ocidente.
A Ayurveda exerceu uma forte influência através da história em muitos sistemas de medicina,
desde a antiga Grécia no ocidente até a Medicina Tradicional Chinesa no Oriente. As ervas e
fórmulas Ayurvédicas aparecem na Medicina Tradicional Chinesa, e já se praticava na Índia
técnicas de acupunctura, muito antes de os Chineses a defenderem como sua.
A Ayurveda manteve-se viva pela transmissão oral de geração em geração até os nossos
dias, tradição esta que permitiu que em distintas regiões da Índia, os sábios se especializassem
em diferentes patologias, linhas de medicamentos e técnicas terapêuticas.
Os Vaidyas (médicos ayurvédicos) formavam parte de uma sub casta dentro das cinco
castas principais, e por este motivo, a tradição médica seguia pela linha familiar, assegurando
assim a continuidade do conhecimento. Como dado interessante, em alguns lugares da Índia, há
médicos que tem uma tradição que se estende por mais de 15 gerações seguidas de Vaidyas na
família. Também era comum que famílias inteiras se especializassem na plantação de ervas e
outras na produção de remédios ayurvédicos.
A Ayurveda foi o primeiro sistema médico que manifestou uma concepção holistica
integrada entre o corpo, a mente e o espírito e que defende uma relação profunda entre o
universo ou macrocosmos e a pessoa ou microcosmos.
A Ayurveda concebe a vida como a união do corpo, sentidos, mente e o espírito, e toda a
experiência positiva ou negativa a nível corporal tem seu efeito sobre a mente e vice-versa.
As suas bases filosóficas regem-se pela Teoria dos cinco elementos (éter, ar, fogo, água e
terra), do sistema Tridosha (Vata, Pitta e Kapha) ou dos três tipos corporais, os sete Dhatus
(Rasa, Rakta, Mansa, Meda, Asthi, Majja e Shukra ) ou tecidos, os três Malas ou produtos de
O ser humano é uma interacção dos três doshas, dos sete dhatus (ou tecidos básicos) e os
malas (ou produtos de eliminação corporal) como as fezes, a urina e o suor.
Os 5 elementos (Panchamahabhutas)
A Teoria dos Cinco Elementos também é conhecida como Pancha Mahabutha (pancha =
cinco e mahabutha = elemento) e foi usada pelos sábios para explicar de que modo as forças
do macro e do microcosmos estão unidas entre si.
Estes cinco elementos, éter, ar, fogo, água e terra, são os distintos estados da matéria. A
terra representa o estado sólido; a água o estado liquido; o ar, o estado gasoso; o fogo, o
poder para trocar o estado de qualquer substância; o éter (ou espaço), o campo ou o espaço
em que a matéria existe.
Ar (Vayu)
Fogo (Tejas)
Onde existe movimento existe fricção, o que gera calor e logo a terceira manifestação da
consciência é o fogo, o princípio do calor. O elemento fogo é o poder de transformar uma
substância sólida a líquida, em gás e vice-versa.
Existem muitas representações de calor no corpo humano. O plexo solar é a principal zona
que regula o calor no corpo. É ainda responsável pela digestão, absorção e assimilação. Está
presente nos olhos e por isso nos percebemos da luz. O fogo do cérebro é representado através
da compreensão, aprendizagem e juízo. No pequeno universo o sol é uma bola de fogo que nos
dá luz e calor. No corpo o fogo é essencialmente representado pelo fogo interno: o plexo solar
que nos aquece, o processo digestivo e a função do fígado.
Água (Jala)
A água representa o estado líquido da matéria cujos atributos característicos são a fluidez,
peso, viscosidade, densidade e coesão. A água é a substância que carece de estabilidade ou
forma e que se percebe mediante o gosto.
Devido ao calor do fogo a consciência torna-se em água. Segundo a química a água é H2O,
Segundo a Ayurveda a água é a liquefacção da consciência. A água existe no corpo em diversas
formas, tais como plasma, citoplasma, soro, saliva, muco, lágrimas e liquido cerebrospinal. Nós
eliminamos o excesso de água sobre a forma de urina e suor. A água é necessária para nutrir e
manter o equilíbrio do corpo e sem ela as células não vivem.
Terra (Prithvi)
Todos estes cinco elementos estão presentes em todas as células humanas. De acordo com
a Ayurveda, o homem é a criação da consciência universal. O que está presente no cosmos, o
macrocosmo, está presente no corpo, o microcosmo. O Homem é uma miniatura da natureza.
Concluindo:
Se é líquido, frio, oleoso, suave móvel, brando, nos encontramos com o elemento Água.
Se é quente, intenso, seco e transformador podemos definir que tem predominância do Fogo.
Se é pesado, duro, estável, áspero, grosso e sólido podemos defini-lo como Terra
Cada um dos elementos está relacionado com habilidade inata no homem de perceber o
meio que o rodeia através dos sentidos e estes, estão por sua parte relacionados
especificamente com alguma acção que é levada a cabo por um órgão do corpo. Desta maneira,
a Ayurveda estuda os órgãos de percepção e os órgãos de acção.
O éter é o meio pelo qual se transmite a onda sonora, pelo que está relacionado com a
função auditiva. A fala representa a acção do éter. O ouvido é o órgão de percepção e todo o
aparato de fonação (cordas vocais, língua, boca).
O fogo está relacionado com a visão e seu órgão sensorial é o olho. Eles dão a direcção
apropriada e governam a acção do caminhar, cujo órgão de acção são os pés.
A terra relaciona-se com o olfacto sendo o nariz o órgão sensorial. A excreção é a acção
específica e o ânus o órgão correspondente.
Os Gunas
Constituição Mental
forem servidos. São bons, carinhosos, amigos e fiéis apenas para aqueles que lhes são úteis.
Não são honestos para com a sua própria consciência interior. As suas actividades têm como
polo central o seu ego e os seus caprichos.
O Sistema Tridosha
Tal como todas as pessoas têm uma cara única ou impressão digital, para a Ayurveda, cada
pessoa tem um padrão de energia particular, uma combinação individual de características
físicas e mentais na sua constituição. Esta constituição é determinada na concepção através de
um determinado número de factores e é o mesmo durante toda a vida.
Muitos factores, tanto internos como externos, influenciam em nós este equilíbrio e
reflectem-se como uma mudança da constituição original. Alguns exemplos destes stresses
emocionais e físicos são: o estado emocional, as escolhas de comida e regime alimentar,
estações e estado do tempo, traumas físicos, trabalho e relações familiares. Uma vez
conhecidos estes factores como causas de desequilíbrio, podem-se tomar as medidas
necessárias para anular ou minimizar os seus efeitos ou eliminar as causa e restabelecer a
harmonia da constituição original.
A Ayurveda identifica três tipos básicos de energia ou princípios funcionais que estão
presentes em todas as pessoas, e são conhecidos como os Doshas, Vata, Pitta e Kapha.
É necessário energia que crie movimento para que os fluidos cheguem ás células e façam o
organismo cumprir as suas funções. É ainda necessária energia para metabolizar os nutrientes
e nutrir as células. Vata é a energia do movimento, pitta a energia da digestão e Kapha a
energia da lubrificação e estrutura.
Todos os indivíduos têm características de Vata, Pitta e Kapha, mas regra geral um dos
doshas é predominante em relação aos outros. A causa da doença na Ayurveda é vista como a
falta de um funcionamento celular correcto devido ao excesso ou deficiência de Vata, pitta ou
Kapha e a acumulação de toxinas (Ama). Na Ayurveda, corpo, mente e consciência trabalham
indissociavelmente juntos de forma a manterem este equilíbrio. São vistos como características
psico-fisicas únicas de cada indivíduo.
O aspecto estrutural do corpo é composto pelos cinco elementos, mas o aspecto funcional é
gerido pelos três humores ou doshas. O espaço ou éter e ar dão origem a Vata; o fogo a pitta e
água e terra a Kapha. Vata, Pitta e Kapha são os três humores biológicos do organismo.
Controlam as alterações psico-biológicas do organismo tal como as alterações fisio-patologicas
do mesmo. Vata-Pitta-Kapha estão presentes em todas as células, tecidos e órgãos, diferindo e
assumindo diversas combinações em todos os indivíduos.
dominados pelo elemento Fogo, mostram um grande interesse e capacidade intelectual sendo
por isso os mais executivos, organizados e empreendedores. São bons oradores e gostam de
expor e impor as suas ideias aos outros. Têm uma personalidade forte e geralmente pouco
flexível. As proporções corporais são medianas e as extremidades são quentes. A transpiração é
fácil e o apetite e a digestão são fortes. O seu sono não é muito prolongado mas é profundo,
necessitando de poucas horas de descanso. Quando desequilibrados tendem a desenvolver
sentimentos de ira, irritabilidade e mesmo violência frente aos desequilíbrios quotidianos.
Lugar e clima
Traumas
Supressão de desejos naturais
Género de vida
Ocupação
Mau emprego da mente
Acções e palavras inapropriadas
Dieta
Digestão e metabolismo
Idade
Constituição
Época do ano
Imunidade
Mau emprego, abuso ou pouco uso dos sentidos
Emoções
4 – Os Pilares da Ayurveda
Alimentação
Os postulados sobre a alimentação da Ayurveda são para todos e podem ser utilizados sem
inconvenientes por toda a família, mesmo no seio de nossa cultura e origem, pois na sua
essência trata-se de conhecer o nosso corpo e metabolismo, clima, produtos e alimentos
originários da zona, etc, agindo em conformidade com a natureza para o equilíbrio individual.
Actividade Física
Yoga e Ayurveda estão intimamente relacionados desde que se tem conhecimento. O Yoga
é uma ciência e um método para adquirir harmonia espiritual através do controle do corpo e da
mente. As asanas (posturas) e o pranayama (controle da respiração) são práticas que não só
nos ajudam no caminho da perfeita saúde mas também nos permitem desenvolver a força
interior para atravessar situações stressantes com a mente calma e serena.
A Ayurveda inclui temas que não são abordados habitualmente pela medicina moderna, tais
como levar em conta sistematicamente o estilo de vida baseando-se nos doshas. O
conhecimento das rotinas diárias relacionadas com o sono, a alimentação, o trabalho, etc.,
permitem utilizar este caminho na busca do equilíbrio pessoal.
A Harmonia Mental
A Doença e a Ayurveda
Devemos pois encarar a saúde como um todo, que envolve um bem-estar físico e
psicológico, de realização social e profissional. A medicina ocidental falha em grande escala
neste sentido, desenvolvendo drogas para o tratamento dos sintomas e não a sua causa.
“O ser humano destrói a sua saúde para ganhar dinheiro, e depois gasta-o tentar
recuperá-la. Acaba por viver como se não fosse morrer e depois morre como se não tivesse
vivido” – adaptação dum texto do Dahlai Lama.
Para além destes 8 ramos para o tratamento das doenças do ser humano, existem ainda
outras duas especializadas para a cura das doenças do reino animal.
Mesmo dentro do sistema Ayurvédico, houve uma altura na história (por influência tibetana)
em que a cirurgia começou a perder terreno para o desenvolvimento de novos medicamentos
preventivos e curativos. A psiquiatria moderna, por sua vez, está a tomar um novo impulso
baseando-se em muitos dos conceitos da medicina ayurvédica, da relação mente-corpo e da
inter-relação entre a saúde e a espiritualidade.
Neste sentido a Ayurveda é actualmente uma síntese entre o melhor que existe em torno
da ciência e da natureza num plano de acção holístico e integral.
Assim, o que define uma massagem ayurvédica não é uma técnica ou o óleo utilizado, mas
sim o facto de se ter em consideração a individualidade e especificidade de cada indivíduo como
expressão única da natureza e utilizar produtos naturais adequados com vista ao equilíbrio.
Assim, para chamarmos uma massagem de Ayurvédica é necessário:
Desde sempre que a massagem foi tomando o seu rumo de forma autónoma, inclusive na
Índia, adaptando-se ás suas mais diversas culturas e regiões. Hoje em dia, as técnicas de
massagem variam de uma região para a outra e são desenvolvidas de acordo com a orientação
e convicção específica de cada médico ou terapeuta.
A ciência médica ayurvédica sempre confiou nas massagens como um dos seus
complementos mais importantes, com variadas técnicas e inúmeras aplicações, podendo ser
enumeradas mais de 200 formas específicas de terapias manuais ayurvédicas.
Uma vez que a pele é um dos mais importantes órgãos do corpo, as manipulações e
massagens realizadas nela com óleos facilitam o processo de cura, pois a pele assimila
rapidamente as propriedades nutritivas, antioxidantes e curativas dos óleos.
A massagem é utilizada para incrementar a efectividade de outras terapias, tais com Langhama
(redução de peso); Brinhana (revitalização), Abhyanga (manutenção), entre muitas outras.
Baseia-se nos seguintes princípios: no uso de óleos específicos; no trabalho em pontos
energéticos (marmas) e em centros vitais (chakras); e no estímulo mediante técnicas manuais.
Podemos observar em muitos spas e health clubs que oferecem serviços de massagem
ayurvédica apenas para criar no consumidor ocidental a necessidade de fazer algo diferente e
exótico. Na realidade, a este tipo de massagens podemos chamar apenas de aplicação de
técnicas baseadas em tradições ayurvédicas, uma vez que estão desligadas da sua origem e
essência, aplicação prática e espiritual. Tratam-se no fundo e apenas de massagens de
relaxamento clássicas ás quais se juntam óleos aromáticos e algumas técnicas mais arrojadas.
A Índia não se tornou alheia a este atractivo comercial e nas zonas mais turísticas pode-se
observar uma oferta incontável de terapias ayurvédicas, massagens e cursos, sendo necessário
alguma atenção e conhecimento para evitar “fraudes” e más experiências.
No ocidente muitos outros nomes são por vezes associados e utilizados nas massagens
ayurvédicas, mas que no fundo não passam de outro tipo de tratamentos ayurvédicos.
Precauções na Massagem
Tal como em qualquer técnica manipulativa, existem algumas situações em que é necessário
avaliar individualmente se é seguro aplicar a massagem e/ou determinadas técnicas,
nomeadamente em casos de:
Existem porém outras situações, que pela sua gravidade ou potencialidade de desenvolver
um estado mais grave, têm que ser encaradas como contra-indicações absolutas.
Feridas abertas
Doenças infecciosas como sida, hepatite, etc.
Cancros
Epilepsia
Sujeitos alcoolizados e perturbados psicologicamente
Febre elevada
Trombo flebites e tromboses recentes
Queimaduras solares
Pessoas que possuem problemas de descalcificação óssea não podem receber
massagem com os pés e técnicas de tracção exagerada
É importante que o terapeuta coloque o cliente à vontade, tanto antes da massagem como
durante, para que este lhe possa dar o máximo de informação útil quanto ao seu estado de
saúde, objectivo da massagem e feedback durante o decorrer da mesma em situações de
desconforto exagerado. A Massagem Ayurvédica Tradicional é composta por um conjunto de
técnicas vigorosas, mas cujos objectivos primeiros são tratar, prevenir, equilibrar e dar
satisfação ao cliente e terapeuta.
A duração de uma massagem deve ser determinada pelo massagista de acordo com o
estado de saúde do paciente e com as suas necessidades. Como vimos anteriormente, é
importantíssimo o terapeuta comunicar com o cliente de forma clara e directa de forma a poder
efectuar uma triagem correcta de necessidades e situações específicas de cada indivíduo. De
qualquer forma podemos definir a duração média de uma massagem da seguinte maneira:
Se este tiver boa saúde, possuir uma idade igual ou inferior a 40 anos e o seu
interesse estiver relacionado apenas em obter um relaxamento, a massagem deve durar
entre 30 a 45 minutos.
Se o paciente tiver tensões, dores, obstruções energéticas ou má circulação,
deve-se dar especial atenção às zonas afectadas, e neste caso a massagem deve durar
entre 45 a 60 minutos.
As pessoas que estiverem com uma saúde frágil não devem receber uma
massagem que dure mais do que de 30 a 45 minutos. Este período deve ser dividido em
duas ou três partes com intervalos de descanso conforme necessário. Lenta e
gradualmente a massagem pode ser aumentada para um tempo de 45 a 60 minutos.
Para quem recebe uma massagem diariamente ou pratica a auto-massagem,
cerca de 40 minutos são suficientes.
Para adultos com idade de 40 a 60 anos a duração da massagem deve ser
determinada de acordo com o estado de saúde do mesmo, prevalecendo a sensibilidade
do terapeuta.
Pessoas inválidas devem ser massajadas de 30 a 45 minutos.
As crianças até um ano de idade ou recém nascidos podem receber uma
massagem que dure de 15 a 20 minutos e as crianças até 3 anos podem ser massajadas
Assim, não podemos assumir que existem regras fixas relativamente à duração de uma
massagem, apenas indicações, sendo necessário aplicar um dos princípios básicos da Ayurveda
em que o mais importante é o indivíduo, a sua especificidade, condição física e mental.
Os folículos conectam-se com as fibras nervosas e estas são fortalecidas pelos óleos
vegetais, essencialmente os de oliva (azeite) e sésamo. O óleo previne a secura da pele,
aumenta a sua flexibilidade e evita muitos dos efeitos do envelhecimento prematuro. Suaviza a
pele, elimina as escoriações, dispersa o calor de modo uniforme em todo o corpo e proporciona
brilho à pele.
Se por exemplo se aplica azeite no umbigo antes de dormir, elimina-se a secura de todo o
corpo. Quando se aplica óleo numa articulação da coluna e no crânio, normalmente o sistema
nervoso acalma-se, a memória é fortalecida e a vista melhora.
Na Índia, costuma-se aplicar óleo diariamente no corpo para evitar picadas de insectos; nos
órgãos genitais, para prevenir as infecções; no nariz, com o fim de evitar a secura; nos olhos,
para limpá-los e fortalecê-los; nas orelhas, para limpá-las, e no umbigo, para curar a secura de
todo o corpo e acalmar o fogo do aparelho digestivo.
Na Ayurvédica dá-se muita importância ao umbigo porque é através dele que uma rede de
setenta e dois nervos subtis (nadis), se interligam com o resto do corpo. O umbigo é também a
primeira fonte de nutrição e de vida para o feto. O corpo, tal como uma máquina, necessita de
óleo. O óleo é utilizado na cozinha devido à sua capacidade para distribuir uniformemente o
calor.
Para cada tipo de dosha existe um óleo que se melhor se adapta para atenuar os
desequilíbrios associados. De uma forma geral para os Vatas recomenda-se o óleo de sésamo,
para os pittas o óleo de coco e para o Kapha o óleo de mostarda é o mais benéfico mas
podendo ser substituído por uma mistura com sésamo e azeite. Esta recomendação é
importante mas não se pode sobrepor à boa prática manual do terapeuta, ou seja, é mais
importante a qualidade e experiência do terapeuta do que a utilização do óleo mais apropriado.
É possível utilizar diversos tipos de óleo para massagem, devendo-se ter sempre em conta
o dosha do paciente, que necessita de ser equilibrado. Os óleos aconselhados são aqueles
extraídos por pressão a frio que se obtêm a partir de sementes e vegetais cultivados
organicamente. Beneficiam a pele, nutrem o organismo, melhoram o sistema imunitário e
atrasam o envelhecimento.
Caso o terapeuta não tenha o tipo de óleo mais adequado para o tipo de constituição e
problema do seu paciente, e tiver que utilizar qualquer um, deve ter a precaução de informar o
paciente para tomar banho depois do seu corpo voltar à temperatura normal.
Óleo de Sésamo
O óleo de sésamo é um dos óleos mais populares em toda a Índia e é sem dúvida o mais
procurado e utilizado nas massagens. É também o favorito dos médicos ayurvédicos, que o
utilizam a grande escala como base para compor os óleos medicinais.
Este óleo é grosso, pesado, amargo, adstringente e gerador de calor. Elimina eficazmente
as enfermidades e desordens causadas por Vata e incrementa Pitta. Pode ser utilizado
moderadamente em indivíduos Kapha. O óleo de sésamo conserva-se por um longo tempo sem
se tornar rançoso porque contém antioxidantes naturais. Contém minerais como o ferro, fósforo,
magnésio, cobre, ácido silício, cálcio e outros micro-elementos. É rico em ácido linoleico e o seu
conteúdo em lecitina tem um efeito benéfico sobre as glândulas endócrinas e especialmente
sobre os nervos e células cerebrais. Contém oito aminoácidos essenciais fundamentais para o
cérebro, e talvez por este motivo tem uma longa história como óleo para todo o corpo incluindo
massagens na cabeça.
As sementes de sésamo de cor negras são utilizadas na Índia em todas as formas de rituais,
desde o nascimento até a morte, e oferecem-se aos deuses através do sacrifício do fogo. Na
Índia durante o Inverno é obrigatório comer refeições variadas em que se utilizam bastante as
sementes de sésamo.
Absorve mais prana que os outros óleos vegetais. Por ser neutro não irrita a pele como
pode ocorrer com o óleo de mostarda, e por não ser pegajoso como o azeite, é um óleo para
massagem excelente. As sementes cinzentas são de qualidade média e as brancas servem
apenas para comer. O óleo de sésamo prensado a frio deve ser extraído de uma mistura de
sementes negras, grisadas e brancas. O óleo de sementes negras é melhor para o cabelo e não
deve ser perfumado de forma a não envelhecer prematuramente o cabelo.
Óleo de Mostarda
Este óleo possui a capacidade de aliviar a rigidez dos músculos, por isso pode ser aplicado
nos desportistas e nas pessoas que fazem exercícios físicos muito intensos.
O óleo de mostarda extraído das sementes de mostarda amarela pode ser aplicado nos
olhos sem que resultem reacções, mas não se recomenda sem aconselhamento médico.
Nenhum outro óleo é tão efectivo quando aplicado em zonas delicadas, como o nariz, a
garganta, o ânus ou os genitais. Também fortalece a pele e melhora a pigmentação.
Pode ser usado também para qualquer tipo de inflamações. A massagem com ele favorece
óptimos resultados e, se for usado em toda a região abdominal, impede o aumento do volume
do baço e ajuda à sua recuperação. Para qualquer tipo de secura, irritação da pele ou
borbulhas (espinhas) é apropriado dar uma massagem com óleo de mostarda combinado com
um pouco de corcuma em pó. O uso regular e prolongado deste óleo no cabelo previne sua
queda e a aparição de caspas.
No entanto, se o óleo de mostarda for de baixa qualidade pode provocar irritação na pele
das pessoas que a tenham muito sensível. O óleo de mostarda que é encontrado no mercado
actualmente provém de sementes negras de mostarda, que é aceitável para a massagem,
desde que seja de boa qualidade. Deve-se adquirir sempre o óleo fresco e que tenha sido
prensado a frio.
Tendo em conta o seu forte cheiro é possível diluir com um pouco de óleo de sésamo na
base e adicionar umas dotas de óleos essenciais.
Azeite
Trata-se de um óleo com consistência grossa, amarga e que dá calor e aumenta Pitta. É
muito nutritivo, contém proteínas, minerais e oleína, sendo muito popular nos países do Oriente
Médio e do Ocidente, onde é empregado para cozinhar e para preparar as saladas. Algumas
investigações científicas concluíram que ele actua na prevenção da osteoporose, infecções e
tem um efeito benéfico sobre a flora do trato digestivo. Activa ainda o fluxo da bílis e estimula o
metabolismo para eliminar as gorduras em excesso.
Pode perfeitamente ser utilizado para massagem, apesar de ser espesso e mais pesado do
que os outros óleos e por ser caro, na Índia ele é empregado somente em massagens
terapêuticas. Os médicos ayurvédicos e muçulmanos que seguem o sistema grego de medicina
recomendam o azeite para quem padece de gota, artrite, dores musculares, luxações e pólio.
Muitos médicos Ayurvédicos e Ocidentais dizem que é muito nutritivo e que gera mais calor que
o óleo de sésamo ou de mostarda, e é tão bom ou melhor para o corpo do que o óleo de
amêndoas.
Por ser pesado, absorve a radiação solar e se o corpo for massajado com ele antes de
tomar banhos de sol, este será mais receptivo aos raios solares, pelo que é necessário algum
cuidado.
É possível reduzir a sua forma pesada e untuosa adicionando um pouco de óleo de sésamo
juntamente com umas poucas gotas de um óleo aromático essencial, como o de jasmim, rosa
ou alfazema, convertendo-o, assim, num óleo ideal para as massagens terapêuticas. É
especialmente vantajoso para as crianças, especialmente nas de constituição frágil, mas
também para as pessoas adultas. Fortalece os músculos, a pele e os nervos; cura as
inflamações e melhora a pigmentação.
Óleo de Coco
O óleo de coco, base de vários cosméticos e sabonetes, é também um óleo muito popular
para a massagem. Encontra-se geralmente em zonas costeiras tropicais e subtropicais. Como se
solidifica facilmente, é muito fácil de transportar.
Quando é utilizado como alimento aumenta Kapha, a menos que se siga regras especiais.
A massagem com óleo de coco apazigua o calor do corpo que acompanha a excitação
sexual. Os homens massajados com este óleo afirmam que aumenta a vitalidade e que detém a
ejaculação precoce. A pele absorve de imediato o óleo de coco e deste modo sua textura se
enriquece.
Por ser relativamente fino, não forma uma película sobre a pele e desta maneira o corpo
pode absorver mais prana da atmosfera em forma de oxigénio, iões negativos e radiação solar
sendo esta a razão que faz dele um bom óleo bronzeador. Se guardado num recipiente de cor
azul ao sol durante 40 dias, é capaz de curar queimaduras e por isso é vantajoso conservá-lo
na cozinha. Se este óleo for curado ao sol e for aplicado no couro cabeludo, na palma das mãos
e na planta dos pés, reduz a febre. Na Índia os cocos são considerados como uma fruta
sagrada com muitas propriedades curativas.
Este óleo é também ideal para massagem. Pode ser utilizado principalmente nas crianças,
inválidos e pessoas maiores. É um óleo doce, untuoso, pesado e adequado para as pessoas
dominadas pelo humor Kapha porque proporciona calor. Contém proteínas, minerais e oleína,
em quantidades semelhantes ao azeite. Devido às suas sãs e rejuvenescedoras qualidades é
muito utilizado na Índia pelos desportistas profissionais que o bebem com leite depois de
curado ao Sol, como um tónico que melhora a sua capacidade para reter a respiração e
fortalecer os seus corpos.
Quando utilizado para dar massagem é excelente para os músculos e ligamentos, cura as
queimaduras da pele, aumenta o sémem e a vitalidade dos homens, e cura qualquer tipo de
inchaço e de secura. Pode ainda ser utilizado como tónico para o cabelo, não só elimina a caspa
e a secura do couro cabeludo, mas também é benéfico para o cérebro.
Quando é de boa qualidade este óleo é bastante dispendioso, pelo que a maioria das
fórmulas que se encontram à venda não passam de sucedâneos de fraca qualidade.
Óleo de Castor
Este óleo é doce, amargo, adstringente, pesado, gordurento e também gera calor. É
adequado para os indivíduos dominados por Vata. Elimina a pele seca e melhora a cútis quando
utilizado externamente. Tem propriedades curativas e um efeito nutritivo e alcalino sobre o
corpo. Penetra profundamente na capa protectora que se encontra abaixo da pele.
Por via oral é um bom laxante, cura a obstipação e muitas afecções abdominais como a
flatulência, cólicas e úlceras. É útil para eliminar as toxinas que foram absorvidas pelos
alimentos indigestos. O óleo de castor, se for ingerido acompanhado com frutos e leite, para
além de ser um excelente afrodisíaco, aumenta a longevidade e a força.
O seu cheiro geralmente mais agressivo faz que não seja tão utilizado como os outros.
Apesar de este não ser um óleo de tradição Ayurvédica é importante de ser referido pois é
um óleo bastante neutro, leve podendo ser utilizado praticamente em todos os indivíduos. Não
é gorduroso e pode ser misturado com outros óleos base. A sua falta de nutrientes e
Óleos Essenciais
É possível compor os próprios óleos para a massagem ayurvédica utilizando óleos base
adequados e adicionando umas gotas de óleo essencial de acordo com o gosto do terapeuta e
do cliente. Se o terapeuta não tem conhecimentos e experiência sobre como manusear os óleos
essenciais e suas indicações então deve utilizar um aroma tolerável pela maioria das pessoas,
tal como alfazema, alecrim, jasmim, etc. Se por outro lado o terapeuta pretende desenvolver
um trabalho mais sério sobre a aromoterapia (também utilizada na ayurveda) poderá compor
óleos de uma forma mais elaborada de acordo com a constituição do cliente e consoante os
efeitos de determinado aroma no processo de equilíbrio dóshico.
Óleos medicados
Este tipo de óleos, mais importantes em massagens como a Abhyanga Tradicional, são
compostos através de diversas formas tais como a fervura das ervas e macerações, de forma a
potenciar os óleos base com todas as características medicinais das plantas utilizadas. Estas
composições são determinadas pelo médico mediante cada situação, e apesar de serem os
melhores óleos, a sua produção está confinada a poucos centro ayurvédicos onde ainda utilizam
os processos tradicionais.
Chakra, palavra sânscrita, significa literalmente, "roda da lei" ou "roda da vida ou da morte",
pois são semelhantes a rodas.
Cada chakra possui dois vórtices de energia, um na frente do indivíduo e outro atrás,
localizados ao longo da coluna e conectados entre si.
É sobre esta conexão energética interior, no fio central da coluna, que a massagem
Ayurvédica vai trabalhar para reequilibrar e harmonizar todas as energias e órgãos do corpo
humano, canalizando a energia da base da coluna (cóccix) até o ápice (1ª cervical), ou seja, do
1º para o 7º chakra. Os chakras da palma da mão e da planta dos pés completam o circuito de
conexão fazendo a ligação, no caso do chakra da planta dos pés com a terra e da palma das
mãos com a terra, com o céu e com tudo que está à nossa volta. O 4º chakra, o cardíaco,
vórtice central do corpo humano, funciona como purificador de todas as energias que são
direccionadas para cima, ou seja para o céu – para o 7º chakra. A activação ou dinamização
deste circuito energético traz não só a saúde mas também contribui para rejuvenescer o corpo.
O que são?
Num corte lateral, vê-se que o vórtice do exemplo constitui uma depressão no corpo etérico.
A boca está na parte mais externa, e o ápice do cone fica praticamente ao nível da pele
prolonga-se para algum ponto do organismo.
Camadas Etéricas
Vista Frontal do Campo de Energias Emanadas Vista Lateral dos Chakras e suas
Pelos Chacras Conexões
1º CHAKRA = MULADHARA
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: assuntos relacionados ao mundo
material, sucesso. O corpo físico, o domínio do corpo. Base (fundação), individualidade,
estabilidade, segurança, imobilidade, tranquilidade, saúde, coragem, paciência.
Pode também manifestar como qualidades negativas, se a pessoa estiver a funcionar numa
baixa vibração, as seguintes características: egocentrismo, insegurança, violência, ganância,
fúria; demasiada preocupação com a própria sobrevivência;
tensão na coluna e prisão de ventre.
2º CHAKRA = SVADHISTHANA
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: dar e receber, emoções, desejos,
prazer, amor sexual / passional, movimento, assimilação de novas ideias, saúde, família,
tolerância, abandono (entrega), trabalhar harmoniosa e criativamente com os outros.
Pode ainda manifestar como qualidades negativas, se a pessoa estiver funcionando numa
baixa vibração, as seguintes características: exagerada indulgência com a comida ou sexo,
dificuldades sexuais, confusão, ausência de objectivos, ciúme, inveja, desejo de possuir,
impotência, problemas uterinos e/ou de bexiga.
3º CHAKRA = MANIPURA
ter integridade. Tem como função vitalizar o sistema nervoso simpático bem como os processos
digestivos, o metabolismo e as emoções. As gemas e minerais a ele associados são a citrina, o
topázio dourado, o âmbar, o olho-de-tigre, a calcita dourada e o ouro. Os alimentos benéficos:
os amidos, e as frutas ou vegetais amarelos.
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: vontade, poder pessoal, autoridade,
energia, controle do desejo, auto-controle, brilho (esplendor), calor humano, despertar,
transformação, humor, riso, imortalidade, tomar mais do que se pode assimilar ou usar,
demasiado ênfase no poder e/ou identificação, fúria,
medo, ódio, problemas digestivos.
4º CHAKRA = ANAHATA
As gemas e minerais associados a ele são a esmeralda, turmalina verde e rosa, malaquita,
jade verde, aventurina verde, crisopásio, quartzo rosa, rubi. Os alimentos que lhe são benéficos
são as frutas e vegetais verdes.
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: divino / incondicional amor. Perdão,
compaixão, compreensão, equilíbrio, consciência de grupo, união com a vida. Aceitação, paz,
abertura, harmonia, contentamento.
Pode manifestar, se a pessoa estiver funcionando numa baixa vibração, como qualidades
negativas, as seguintes características: repressão do amor, instabilidade emocional,
desequilíbrio, problemas de coração e circulação.
5º CHAKRA = VISHUDHA
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: poder da palavra falada,
verdadeira comunicação, expressão criativa no discurso, na escrita, nas artes. Integração, paz,
verdade, conhecimento, sabedoria, lealdade, honestidade, confiança, amabilidade, gentileza.
Pode manifestar como qualidades negativas, se a pessoa estiver funcionando numa baixa
vibração, as seguintes características: problemas na comunicação e/ou discurso, excesso de uso
Este chakra indica como qualidades e lições a aprender: realização da alma, intuição,
"insight", imaginação; clarividência, concentração, paz de espírito; sabedoria, devoção,
percepção para além da dualidade.
Pode manifestar como qualidades negativas, se a pessoa estiver funcionando numa baixa
vibração, as seguintes características: falta de concentração, medo, cinismo, tensão, dor de
cabeça, problemas nos olhos, pesadelos e demasiado
deslocamento deste mundo.
7º CHAKRA = SAHASRARA
Pode manifestar como qualidades negativas, se a pessoa estiver funcionando numa baixa
vibração, as seguintes características: falta de inspiração, confusão, depressão, alienação,
hesitação em servir, senilidade.
7º Flor de Glândula
OM ----- ----- ----- Êxtase Psicose Libertação
Coronário Lotus Pineal
Criatividade
5º Inspiração Tiróide Glândula
Cálice HÁ Éter Audição Mercúrio Auto-
Laríngeo Repressão Gripe Tiróide
Expressão
Angina,
4º Artrite,
Cruz YM Ar Tacto Vênus Alegria Compaixão Timo
Coração Paragem
Cardíaca
Poder
Desejo Úlcera
3º Poder Adrenalina
Círculo RA Fogo Visão Marte Medo Pedra nos
Plexo Solar Força Supra Renal
Culpa Rins
Duvida
Hemorróidas,
37
I
Frustração
1º Ciática, Ovário
Quadrado LA Terra Olfato Saturno Ira Sexo
Básico Próstata, Gônadas
Paixão
Ovários, Útero
Resumidamente podemos ainda obter as seguintes informações sobre a influência dos chakras
Manual de Massagem Ayurvédica Tradicional – Módulo I
8 – Os Pontos Marma
De uma forma objectiva, o ponto Marma pode ser definido como o sendo o encontro
anatómico de músculos, veias, artérias, tendões, ossos e articulações. Quando existe algum tipo
de trauma em algum desses marmas, podem-se desenvolver e instalar bloqueios de energia,
com consequências diversas a nível físico, tais como dores ou outros desequilíbrios.
De acordo com o Sushruta Samhita um ponto marma é a união ou ponto de encontro dos
cinco princípios orgânicos: ligamentos, vasos, músculos, ossos e articulações.
Marmas Prejudiciais
Existem 5 tipos conforme o seu efeito
Em todo o corpo existem 107 marmas, que são divididos da seguinte forma:
Um trauma como uma batida ou um corte numa parte do corpo que exista um Marma,
pode proporcionar, dores nos músculos ou uma anemia, por exemplo. A força da vida ou
energia vital de acordo com a Ayurveda depende também do bom funcionamento dos pontos
marmas.
Para harmonizar estes pontos específicos a Ayurveda recomenda massagens com pressões
proporcionais para que estes pontos vitais voltem a funcionar normalmente. Os movimentos em
cada ponto, que será definido através de um diagnóstico, deverão ser realizados correctamente,
por um terapeuta especialista neste tipo de terapia. O Marmas quando trabalhados
indevidamente podem proporcionar mal-estar ou até mesmo desequilíbrio totais no corpo físico.
Na Índia antiga os médicos ayurvédicos usavam os pontos marmas para induzir uma
anestesia local e assim realizar uma cirurgia. Estes pontos têm um grande poder sobre a
consciência.
Dores musculares e articulares, muitas vezes estão ligadas ao bloqueio de algum Marma
que em épocas remotas ou recentes, foi atingido e armazenado ali, uma estagnação de energia
que impede que a mesma flua nutrindo estes tecidos tão requisitados pelos vários movimentos
diários que o corpo físico necessita.
A obesidade, causada por uma acumulação do dosha kapha, muitas vezes ligada a má
digestão e acumulação de material não digerido, pode ser auxiliado no tratamento através da
manipulação de pontos marmas proporcionando o reequilíbrio da digestão e eliminando a
acumulação do lixo orgânico.
A fadiga é uma diminuição da força da vida, um desequilíbrio do dosha vata, que está
ligada ao chacra básico, pontos marmas localizados nos membros inferiores e na região
abdominal. Quando manipulados ajudam a reequilibrar a energia vital, aumentando a força da
vida e tratando a fadiga crónica.
A massagem ayurvédica pode ser realizada, para dinamizar a energia nos canais internos, de
acordo com dois circuitos de energia.
Circuito A
Este circuito ajuda a canalizar a energia para a palma das mãos e para os Chakras
superiores, após o refinamento pelo 4º chakra – cardíaco. Portanto, a circulação eleva-se da
terra, dos pés e pernas, em direcção ao 7º chakra e palma das mãos.
É óptimo para pessoas que querem desenvolver mais intensamente as energias na palma
das mãos e criar um circuito espiritual superior, além de trazer benefícios para todo o corpo.
Circuito B
Neste caso as energias são canalizadas por inteiro no sentido ascendente, dos pés e pernas
e das mãos para o 7º chakra.
PARTE B – PRÁTICA
1 - Introdução
A arte milenar da terapia corporal tem na massagem ayurvédica tradicional uma das mais
completas e rejuvenescedoras tradições desenvolvidas e praticadas na Índia. Consiste num
conjunto de técnicas de massagem profundas, aliadas a manobras de tracção e estimulação de
órgãos vitais, visando o equilíbrio físico, psíquico, mental e energético.
Este tipo de massagem é também utilizado para aliviar problemas de saúde como asma,
bronquite, desvios de coluna, hérnias, artrites, cansaço mental, esgotamento físico, etc.
Existe uma sequência a ser seguida durante a sessão, dando-se maior atenção ao problema
ou queixa do paciente. A sessão ideal é de 30 a 45 minutos, não devendo ultrapassar uma hora
de cada vez, excepto em casos especiais ou de acordo com as orientações já explicadas
anteriormente.
Recomenda-se às pessoas interessadas em trabalhar com esta técnica, que procure um dos
instrutores credenciados da ALBA – Associação Luso-Brasileira de Ayurvédica e Disciplinas
Associadas ou da Associação Ayurvédica do Brasil e participe num dos cursos de formação
sobre a aplicação da técnica em suas múltiplas variantes.
A massagem Ayurvédica tem a seguinte sequência básica, a qual deve ser seguida, de
forma a optimizar e usufruir dos seus resultados:
7. Tórax – Peito
8. Membros superiores – Braços e mãos – parte dianteira: Massagem
9. Pescoço – parte dianteira e lateral: Massagem e alongamento da musculatura frontal e
lateral
10. Face – Rosto: Cordas vocais, mandíbula, sínus, orelhas, sobrancelhas, testa, células do
cérebro e olhos
11. Cabeça: Massagem e estimulação de pontos
12. Final da secção: Imposição de mãos nos olhos
A massagem nas costas é excelente para diminuir dores nesta região e contribui para
minorar problemas na coluna vertebral. Todos os órgãos do corpo humano estão ligados e
interligados com as vértebras da coluna através dos nervos raquidianos. Uma boa massagem
em toda a extensão das costas estimula-os, previne desequilíbrios e minimiza possíveis
distúrbios nos mesmos.
Região Posterior
Aquecimento
O terapeuta inicia a massagem realizando movimentos deslizantes com a palma das mãos
por toda a extensão das costas começando na região dorsal até atingir a região próxima do
pescoço, vértebras cervicais.
O terapeuta deve realizar também esses movimentos com a polpa dos dedos polegares
para conseguir um deslizamento com pressão mais vigorosa e atingir os tecidos mais profundos.
Deve lembrar-se de realizar os movimentos sempre na direcção ascendente, ou seja, iniciar na
base da coluna e terminar na região superior próxima do pescoço.
Aproveite este momento para delinear com a polpa dos polegares a junção da bacia com o
tronco – este movimento contribui para soltar a bacia e aumentar a flexibilidade da mesma no
corpo – auxiliando na correcção de possíveis desvios da coluna. A maioria das pessoas tem
problemas na bacia que se reflectem na coluna. As escolioses, por exemplo, são devidas a
essas incorrecções da bacia. A postura incorrecta, apoiar-se unicamente num dos pés, usar
sapatos que deformam os pés, são factores que tendem a provocar distúrbios e desvios na
bacia e por extensão, na coluna vertebral.
Massaje toda a região, do centro da coluna até à periferia das costas, com a palma das
mãos e com a polpa dos dedos. Esses movimentos ajudam a soltar os músculos, tecidos e
tendões, activando a circulação por toda a região das costas, contribuindo também para
aumentar o fluxo sanguíneo em direcção ao coração e cabeça.
1º) O terapeuta deve massajar bilateralmente a região glútea e lombar. Com as mãos
espalmadas em cima dos glúteos e com pressão sobre o mesmo, o terapeuta realiza
deslizamentos bilaterais e rotativos.
Assim que toda a região dos glúteos estiver aquecida, com a polpa dos dedos, uma mão
sobre a outra e com movimentos rotatórios, o terapeuta deve fazer massagens sobre as
nádegas, em especial no ponto do nervo ciático, procurando aprofundar o toque até atingi-lo.
Faça primeiro de um lado e depois no outro.
O terapeuta pode também massajar com a polpa dos polegares os dois glúteos ao mesmo
tempo, uma mão de cada lado, realizando uma ligeira pressão até atingir o nervo ciático ou
com a polpa dos dois polegares juntos realizar pressão primeiro de um lado e depois no outro.
Ou pode com o centro da palma da mão, uma mão de cada lado, realizar movimentos
rotatórios na região do ciático. Os movimentos devem ser realizados com uma firme pressão, e
têm como objectivo amassar os músculos das nádegas. Pode-se também realizar um lado de
cada vez. Uma mão faz rotação e amassamentos enquanto a outra apoia-se em cima da outra
nádega, para dar sustentação ao movimento.
2º) Com a polpa dos polegares o terapeuta mobiliza os espaços intervertebrais com
movimentos de vai e vem, opostos um ao outro. Os outros dedos das mãos servem para dar
apoio na lateral. O terapeuta deve realizar deslizamentos usando os polegares sobre o espaço
inferior e superior de cada vértebra. Inicia pela base da coluna e vai subindo até atingir o
espaço da última vértebra cervical. Este movimento deve ser repetido até três vezes e contribui
para fazer com que a energia circule pela coluna acima, desobstruindo os canais energéticos.
3º) Pressão com a polpa dos dois polegares sobre a região dos dois rins, logo abaixo da
junção da última costela flutuante com a coluna vertebral. O terapeuta deve exercer uma
pressão vigorosa por alguns segundos. Antes de iniciar, o terapeuta deve perguntar ao paciente
se possui cálculos renais ou algum tipo de problema grave nos rins, neste caso a pressão deve
ser leve, com ligeira massagem com a palma das mãos sobre a região. Rins dilatados podem se
ressentir de ligeira dor. Após ter realizado a pressão o terapeuta executa um pouco de
massagem com a palma das mãos na região dos rins, com deslizamentos laterais.
5º) Abertura da escápula com os braços estendidos ao longo do corpo. Realiza-se uma
ligeira massagem com a polpa dos polegares ao redor da escápula para aquecer os tecidos.
Posicionam-se a polpa dos dois polegares no centro da curvatura da escápula e exerce-se uma
ligeira pressão no bordo interno da escápula procurando introduzir ao máximo os dedos dentro
do espaço.
Se for difícil desprender, devido a rigidez muscular coloca-se o braço do paciente sobre as
costas. Essa postura facilita o trabalho de abertura da escápula.
6º) Movimentos rotativos com a polpa dos dedos, ao longo dos músculos para-vertebrais,
músculos espinais. O terapeuta deve iniciar na região lombar e ir seguindo em direcção à
cervical. O terapeuta deve realizar uma "dança" nos músculos, com ligeira pressão, e ir subindo
com deslizamentos curtos, no sentido lateral, por todo o prolongamento da musculatura. Pode
ser feito com uma das mãos ou com as duas ao mesmo tempo. Realiza-se primeiro um lado e
depois o outro. A soltura desses músculos contribui para a energia circular e melhora diversos
problemas de dores nas costas. Pequenos nódulos, se encontrados, deverão receber uma
massagem mais profunda. Uma atenção especial deverá ser dedicada aos mesmos, ao longo
dos tratamentos, até serem dissolvidos por completo. Dependendo da rigidez serão necessárias
várias massagens para soltá-los. Este movimento completo pode ser repetido até três vezes. À
medida que formos repetindo os movimentos vamos aumentando a pressão e aprofundando o
toque e a rotação do músculo.
Depois de espalhar um pouco de óleo, o terapeuta faz massagens com a palma da mãos
procurando aquecer toda a região dos ombros e pescoço, parte posterior e lateral. Os
movimentos deverão ser ascendentes, ou seja, da 7ª a 1ª vértebra cervical. A energia com
esses movimentos é canalizada para o 6º e 7º chakras.
O terapeuta, a seguir, deve massajar com a polpa dos polegares, com traços laterais a
coluna, partindo da região inter-escapular em direcção ao occipital, sendo que ao aproximar-se
do final, deve exercer ligeira pressão e estender a musculatura, manter e soltar. Aos poucos o
terapeuta deve ir aprofundando o toque com a polpa dos polegares procurando soltar todos os
tecidos. Esse movimento deve ser repetido na região lateral do pescoço e na nuca.
2º) Quando terminar a massagem nos espaços intervertebrais, o terapeuta faz uma ligeira
pressão com rotação horária no espaço situado logo acima da 1ª vértebra cervical, centro da
nuca, com a polpa do polegar. Este ponto é o vórtice energético traseiro do 6º chakra.
Para massajar os dois lados ao mesmo tempo, o terapeuta deverá apoiar as mãos sobre a
cabeça do paciente, na região lateral da nuca, e atentamente localizar os pontos com a polpa
dos polegares. Deve sentir se os pontos estão muito rígidos. Se estiverem, vai aos poucos
realizando pressão com rotação horária com a polpa dos polegares e lentamente vai
aprofundando o toque. O lado direito, geralmente, é muito doloroso. Esta dor pode denotar
problemas no fígado, vesícula biliar, ou excesso de tensão por retenção de emoções negativas.
4º) Se a musculatura do lado das vértebras cervicais estiver muito tensa, o terapeuta
deverá fazer o seguinte estiramento. Com uma das mãos apoiada sobre a cabeça do paciente e
com a polpa do dedo indicador e polegar da outra mão, apoiados na lateral das vértebras
cervicais, o terapeuta faz estiramento dessa musculatura. Inicia na região logo acima da 1ª
vértebra, na nuca, e vai descendo até atingir as primeiras vértebras dorsais. O terapeuta deve
exercer bastante pressão para que a tensão se dissolva e a musculatura se solte. Esse
estiramento visa dar espaço para que as vértebras naturalmente retomem a sua posição normal.
A grande maioria das pessoas desenvolve problemas nessas vértebras. Trabalhar
excessivamente sentado com uma postura incorrecta aumenta as tensões nesta região e
consequentemente desequilíbrios de saúde.
5º) O terapeuta deve a seguir realizar deslizamentos nas fibras superiores do trapézio.
Esses deslizamentos tem como objectivo alongar e estirar esse músculo. Faça, a principio, com
a polpa dos polegares. Se estes músculos estiverem muito tensos, o deslizamento deverá ser
realizado com certa pressão para que a rigidez seja dissolvida. Realize nos dois lados ao mesmo
tempo. Inicie o deslizamento na região próxima da nuca e vá em direcção aos braços. Se a
região estiver muito tensa faça no mínimo três vezes. No final dos deslizamentos faça uma boa
pressão no centro do músculo. Essa pressão tem o intuito de dissolver os nódulos de tensão
que se formam nesta região. Pode-se realizar este movimento também de um lado de cada vez.
6º) Dando continuidade ao movimento anterior, o terapeuta faz deslizamentos com a palma
da mão. Os deslizamentos deverão ser profundos e favorecer o estiramento do músculo, da
nuca para os braços. O terapeuta fixa uma mão na cabeça do paciente, na região próxima da
nuca, e do lado que vai ser feito o alongamento, para dar sustentação, e com a outra, exerce
deslizamentos profundos que vão da nuca ao ombro. Faça várias vezes procurando alongar o
músculo ao máximo. Repete-se do outro lado.
7º) Finalmente o terapeuta deve fazer movimentos deslizantes nas fibras superiores do
trapézio nos dois lados do corpo ao mesmo tempo. Deve iniciar na nuca e procurar alongar o
músculo em direcção ao ombro com firmeza. O terapeuta deve realizar esse movimento pelo
menos três vezes. Assim termina a massagem com as mãos na parte posterior das costas.
Braços e mãos
A massagem nesta região pode ser executada de duas maneiras distintas, conforme
descrevemos anteriormente, no circuito A ou B. Escolha uma delas, a melhor que se adapta às
condições e necessidades do paciente, e realize sempre da mesma maneira.
1º) da mão até ao cotovelo procurando dar maior ênfase aos pronadores.
2º) do cotovelo até ao ombro procurando dar maior ênfase aos bíceps e triceps.
Adoptando o circuito B, inicialmente o terapeuta faz massagem com a palma das mãos,
procurando soltar toda a musculatura dos braços, com deslizamentos firmes e vigorosos por
toda a extensão dos braços, do dorso da mão até ao cotovelo e do cotovelo até chegar à região
próxima dos ombros.
Após aquecer os músculos dos braços o terapeuta procura, com a polpa dos polegares,
fazer deslizamentos e soltar os músculos em toda a extensão dos braços. Da palma da mão até
ao cotovelo, do cotovelo até à região próxima do ombro.
O terapeuta faz massagens também no dorso da mão procurando massajar com a polpa
dos polegares todos os espaços entre os ossos dos dedos, no circuito adoptado, ou seja dos
dedos em direcção ao punho.
Membros Inferiores
A massagem nas pernas deve ser iniciada no Tendão de Aquiles e terminar logo abaixo da
região glútea. O movimento deve ser sempre no sentido ascendente tendo-se o cuidado de
diminuir a pressão na região poplítea, situada atrás da articulação do joelho. A medida que a
massagem for sendo realizada, o terapeuta pode ir intercalando a palma das mãos até aquecer
toda a perna.
O terapeuta deve utilizar o óleo de massagem para realizar deslizamentos com a palma das
mãos por toda a extensão da perna.
A seguir, o terapeuta pode intercalar a massagem com a palma das mãos utilizando
também a polpa dos dedos polegares. Com a polpa dos polegares o terapeuta deve ir
aprofundando o toque até soltar toda a musculatura.
Se o paciente tiver nódulos alojados nos tecidos da perna, verificar principalmente a zona
dos gémeos, os quais deverão ser massajados com mais firmeza para serem dissolvidos com o
decorrer dos tratamentos. As regiões bastante tensas deverão receber o mesmo cuidado.
Pode-se também utilizar o dorso da mão, aumentando a pressão gradualmente. Esta é uma
das maneiras a que o terapeuta pode recorrer para não sobrecarregar a polpa dos seus
polegares, muito requisitado durante a massagem, protegendo-o do desgaste excessivo de
energia e do cansaço. Com o dorso da mão podemos realizar um trabalho mais intenso.
Com a polpa dos polegares realizamos uma pressão nos gémeos de forma alternada e
contínua em toda a extensão iniciando-se no Tendão de Aquiles e terminando na região
próxima do joelho. Esta forma de massajar auxilia na dissolução de muitas tensões e bloqueios
de energia que se acumulam nas nossas pernas.
A seguir, realizamos uma nova manobra no Tensor da Fáscia Lata. Seguindo a mesma
directriz anterior e iniciando-se na sua porção superior percorrendo todo o lado do trajecto do
tendão até ao nível do joelho realizamos com a polpa dos dedos das duas mãos a "dança" do
Tensor - movimento rotatório do Tensor. Para realizar a rotação do Tensor devemos aprofundar
o toque. Geralmente o Tensor é bastante rígido e tenso. Só após algumas massagens podemos
realmente movimentá-lo.
Podemos realizar o alongamento dos músculos dos gémeos com o auxílio do antebraço. O
terapeuta apoia a perna do paciente na sua perna, segura com uma das mãos o joelho e com o
antebraço faz deslizamentos que percorrem toda a extensão da barriga da perna (região
posterior da perna), do joelho em direcção ao calcanhar. Esse movimento é realizado diversas
vezes. Deve-se realizar uma pressão no início, no mínimo média e depois mais vigorosa, para
atingir as camadas mais profundas.
Pés
O terapeuta, durante a massagem na parte traseira das pernas, aproveita para massajar
mais intensamente os pés do paciente.
Para executar a massagem na planta dos pés do paciente, o terapeuta posiciona-se atrás
da perna do paciente dobrando-a. Segura o pé do paciente com as duas mãos e executa uma
massagem com a polpa dos dedos polegares em toda a planta do pé, com movimentos firmes e
vigorosos. Aos poucos, os toques deverão ser aprofundados em toda a extensão. Essas
massagens e amassamentos também poderão ser executadas com aos pés estendidos no chão.
As partes laterais dos pés também deverão receber massagens com a polpa dos dedos. O
terapeuta não se deve esquecer de contornar a região do tornozelo e calcanhar.
Para aprofundar ainda mais o toque, o terapeuta com uma mão segura o pé do paciente na
sua parte dianteira e com a outra mão fechada, executa deslizamentos firmes na planta do pé
do paciente. Esses deslizamentos e amassamentos deverão cobrir toda a planta do pé, num vai
e vem. O terapeuta não se deve esquecer de amassar as bordas dos pés.
Região Anterior
Membros Inferiores
Toda a musculatura dos membros inferiores, em sua maior parte, encontra-se na região
posterior. A parte anterior é praticamente óssea. O joelho é uma articulação que escorrega em
rotação e não deve ser pressionado durante a massagem, tal como a região poplítea.
Realizam-se massagens com a palma das mãos em toda a extensão da perna, com o auxílio
do óleo de massagem, tendo o cuidado de não pressionar em cima da zona do joelho.
Alternadamente, com a palma das mãos, o terapeuta massaja em sentido ascendente toda a
extensão da perna iniciando no ante-pé até chegar à região das coxas em sua parte superior. O
terapeuta não deve, de forma alguma, realizar movimentos descendentes, pois como já foi
explicitado anteriormente a energia na ayurvédica deve circular de forma ascendente.
O terapeuta deve utilizar também a polpa dos dedos para atingir os tecidos e tendões mais
profundos, procurando soltar toda a musculatura em toda a extensão das pernas.
A massagem nos pés e em toda a extensão das pernas contribui para a eliminação de
toxinas e um aumento da circulação sanguínea e energética por toda a perna. Se o paciente
possuir muitas varizes, o terapeuta deve executar a massagem com um maior cuidado e sem
muita profundidade. A massagem nas pernas previne muitos males do mundo moderno, entre
eles o surgimento de varizes, formação de nódulos, má circulação energética e sanguínea,
tensão muscular, cansaço, dores, etc.
Nos joelhos o terapeuta pode massajar de duas maneiras: na primeira, pode realizar
pequenos movimentos ao redor da rótula, com a polpa dos dedos, procurando soltá-la de
alguma tensão ali existente. Ou simplesmente trabalhar, em cima do mesmo, com massagens,
procurando soltar a musculatura ali situada.
Os movimentos de massagem, com a utilização do óleo, inicialmente devem ser feitos com
a palma das mãos, procurando aquecer toda a musculatura da parte interna, sempre no sentido
ascendente, iniciando-se no tornozelo e terminando na junção da coxa com o quadril, região da
virilha.
O terapeuta faz também massagem puntiforme, pressionando parte por parte da perna,
com a polpa dos dedos polegares. Inicia no tornozelo e vai subindo até atingir a zona superior
da coxa. A musculatura pode estar bastante dolorida em certas localidades. O terapeuta
procura realizar uma massagem rotativa com a polpa dos polegares para dissolver a tensão e
os possíveis nódulos.
Uma boa massagem é extremamente vigorosa. O terapeuta deve orientar o seu paciente no
sentido dele aprender a relaxar durante a massagem, principalmente se certas zonas do seu
corpo estiverem doridas. O relaxamento, deve explicar, é o segredo para que a dor desapareça
juntamente com todos os males.
Com as duas mãos, uma do lado da outra ou uma sobre a outra, eleva aos gémeos para
cima, iniciando-se no tornozelo até chegar ao joelho e, a seguir passa para a musculatura
flexora do quadril, quadríceps, realizando nesta região uma massagem profunda com a polpa
dos polegares em todos os músculos. Nesta região a massagem é realizada do joelho em
direcção ao quadril, virilha. Repetimos o movimento completo, 1º gémeos e depois quadríceps,
pelo menos três vezes seguidas. Assim que terminar, o terapeuta passa para a outra perna. O
terapeuta realiza a massagem da mesma forma e na mesma sequência.
Para realizar um trabalho mais vigoroso na região linha do perónio, o terapeuta pode apoiar
uma das mãos no joelho, para dar sustentação ao movimento e manter a perna do paciente
firme no chão, e com a polpa dos dedos da outra mão, percorrer vigorosamente a linha do
perónio, da região do tornozelo até atingir a parte superior da mesma. Esse movimento é
indicado quando os canais energéticos estão obstruídos e quando há muita tensão nesta região,
inclusive nódulos.
Pés
Antes de efectuar os alongamentos nos pés o terapeuta pode realizar a seguinte massagem
para aquecer toda a musculatura envolvente. Com uma mão faz deslizamentos das pernas em
direcção aos dedos dos pés procurando estirar ao máximo a musculatura nesta região. Pode
realizar num pé de cada vez ou nos dois pés ao mesmo tempo.
A seguir o terapeuta passa a estirar os dedos dos pés puxando-os em direcção a si. Realiza
num pé e depois no outro.
Abdómen
círculos concêntricos e horários por toda a região da barriga. Ou também com movimentos de
vai e vem, também com a palma das duas mãos, onde o terapeuta procura amassar os
músculos abdominais torcendo-os no centro da barriga num vai e vem. O terapeuta também
pode realizar movimentos deslizatórios, com a palma das mãos e a polpa dos dedos, de ambos
os lados da barriga, que servirão para energizar os órgãos situados sob as costelas flutuantes.
A massagem no abdómen é feita em círculos horários por toda a região, com ambas as
palmas das mãos, utilizando-se quantidade suficiente de óleo para ajudar nos deslizamentos.
A seguir o terapeuta realiza, com a polpa dos dedos, uma mão sobre a outra, uma boa
massagem circular por toda a barriga. A polpa dos dedos deve penetrar profundamente na
barriga com movimentos circulares. Puntiformemente e no sentido horário percorremos todo o
circulo do abdómen, massajando pormenorizadamente todas as regiões.
O terapeuta deve aquecer toda a região do abdómen com massagens com a palma das
mãos. A seguir, passa a dinamizar alguns vórtices dos chakras e órgãos situados nesta área do
corpo na ordem a seguir exemplificada. Antes, porém, delinea com a polpa dos polegares a
região das costelas flutuantes iniciando do centro do abdómen, boca do estômago, para fora.
Uma boa massagem na região da barriga ajuda a revitalizar todos os órgãos aí situados.
1º) O primeiro ponto a ser dinamizado é o do fígado: com a polpa dos dois polegares o
terapeuta realiza uma pressão abaixo das costelas flutuantes. A direcção da pressão é para
baixo e para cima. O terapeuta procura introduzir da polpa dos dedos em baixo das costelas
flutuantes o máximo possível. O órgão, se estiver em desequilíbrio, pode estar dilatado e
dolorido. O paciente deve manter-se relaxado, com a respiração normal, procurando soltar o
peito para que a respiração seja total e completa, devendo abranger a barriga e o peito. O
terapeuta segura os dedos nesta posição por alguns segundos, soltando-os lentamente e
escorregando-os lateralmente para fora, procurando acompanhar a curvatura da costela
flutuante.
2º) Após o fígado, o terapeuta estimula o ponto da vesícula biliar, situado logo acima do
ponto do fígado, antes da boca do estômago. Neste caso o terapeuta carrega apenas com a
polpa dos dedos polegares e realiza uma pressão para baixo. Segura alguns segundos e tira
logo a seguir.
3º) O terceiro ponto a ser massajado é o do lado oposto, que corresponde ao baço-
pâncreas. O terapeuta executa a dinamização da mesma maneira anteriormente realizada para
o fígado.
4º) O terapeuta pode também realizar a dinamização dos órgãos em conjunto, fígado e
baço-pâncreas. Da mesma maneira realizada anteriormente, o terapeuta introduz a polpa dos
polegares abaixo das costelas flutuantes, um dedo de cada lado do corpo, e com o auxílio dos
outros dedos, levanta e eleva o peito para cima, em direcção aos músculos trapezoidais, para
obter uma maior abertura da caixa torácica e da respiração.
5º) Umbigo: o terapeuta dá suporte, com uma das mãos abertas, na região lombar,
correspondente à região do umbigo, e com a polpa do polegar da outra mão, pressiona
verticalmente para baixo o umbigo, até sentir o batimento cardíaco. Em indivíduos diabéticos
não pressionar de uma só vez, porque o pâncreas está alterado. Conta 10 batimentos cardíacos,
no máximo, se o indivíduo tiver diabetes, e retira o polegar lentamente. Em pessoas sem
problemas no pâncreas, pode-se contar até 20 batimentos cardíacos. Esta pressão no umbigo
pode ser dolorosa, isto indica que há uma grande concentração de energia neste chakra que
deve ser libertada e dissipada pelo corpo todo. Neste ponto estimula-se todos os órgãos
situados na região do abdómen, de uma maneira geral, e principalmente o pâncreas e a
vesícula.
6º) A seguir o terapeuta pressiona verticalmente com a polpa dos dois polegares a cerca de
2cm do umbigo na lateral, até sentir a pulsação bilateral. Caso um lado esteja com a pulsação
mais fraca do que o outro, o terapeuta deve introduzir mais a polpa do polegar para uma maior
dinamização deste ponto. Conta 10 pulsações e retira lentamente os dedos, escorregando-os
pela lateral da barriga. Nestes pontos estimulam-se também todos os órgãos da região
abdominal mais o pâncreas e a vesícula.
7º) A seguir o terapeuta estimula, ao mesmo tempo, com a polpa dos polegares e
alternadamente dois pontos: apófise xifóide e o osso púbico, chakra do plexo solar e sexual. O
ponto superior estimula baço e cólon, enquanto o inferior, ovário, útero e testículos. O
terapeuta deve realizar três alternâncias: enquanto um ponto está sendo pressionado, o outro
dedo está descansando, quando o terapeuta tira a pressão de um lado, faz do outro.
8º) Por ultimo, o terapeuta pressiona bilateralmente com a polpa dos polegares, na região
logo acima da crista ilíaca anterior, baixo-ventre. Faz uma pressão profunda, segura por alguns
segundos e lentamente solta. Nas mulheres esta pressão é realizada sobre a região dos ovários.
Estes pontos estimulam, nas mulheres os ovários e o intestino grosso e, nos homens, o
intestino grosso, sendo benéfica também para obstipação e gazes.
Utiliza-se o óleo para facilitar os deslizamentos com a palma das mãos. O terapeuta faz
deslizamentos por toda região do peito, para baixo, para cima e para as laterais procurando
alongar todos os tecidos e dissolver possíveis tensões musculares.
O terapeuta faz também massagens no peito, com a palma das mãos, de forma cruzada.
Inicia no centro do peito, uma mão desliza no sentido das costelas flutuantes e a outra em
direcção aos ombros, deslizamentos oblíquos sobre a caixa torácica. Esses deslizamentos visam
a abertura de todo o peito e do 4º chakra, cardíaco.
O terapeuta aproveita também para prolongar a massagem até o plexo solar com
deslizamentos do centro do plexo para baixo. O terapeuta percorre delineando as vértebras
flutuantes e aproveita para massajar os órgãos ali situados. Pode também descer pelo
estômago e esófago de um lado e intestinos do outro. Esta massagem é realizada com a palma
das mãos e polpa dos dedos. Pode fazer também um lado de cada vez.
O terapeuta deve elevar também os músculos peitorais puxando-os para cima e para trás,
juntamente com o corpo do paciente, ao mesmo tempo que pressiona os ombros para baixo. O
terapeuta mantém alguns segundos esta posição e solicita ao paciente que respire abaixando
as costelas flutuantes em direcção aos membros inferiores. Esta posição procura realizar um
alongamento dos interceptais abaixando o diafragma, respiração paradoxal. Este movimento
ajuda a soltar os músculos, abrir a caixa torácica e o 4º chakra, cardíaco.
Realiza-se uma massagem vigorosa em toda região e passa-se a estimular, regiões, pontos
e vórtices de chakras.
1º) Com a polpa dos polegares o terapeuta realiza deslizamento com pressão na
musculatura intercostal (entre as costelas).
O terapeuta trabalha sobre toda a caixa toráxica, iniciando na décima costela e terminando
na primeira, próximo da clavícula. O movimento é realizado do centro do peito para baixo para
abrir a energia dos chakras.
Se a clavícula tiver um espaço muito curto, por contracção dos ombros e tensão muscular
devido ao stress, o terapeuta procura abrir o espaço da mesma com massagens com a polpa
dos dedos, em simultâneo nos dois lados. A direcção deve ser do centro próximo da garganta
para as laterais em direcção ao ombro. A seguir pode realizar uma ligeira tracção. O terapeuta
apoia as suas mãos no peito e introduz os dedos no espaço clavicular e puxa o osso em
direcção ao peito e para os lados.
A seguir faz novamente massagem em toda a caixa toráxica e executa a estimulação dos
chakras situados nesta região.
nervoso do corpo. Na mulher, essa glândula mantém-se, mas no homem, entre a idade dos 40
aos 50 anos atrofia-se. Esta é, talvez, a causa de maior incidência de problemas cardíacos nos
homens. O paciente deve respirar livremente, manter-se relaxado durante a pressão.
3º) A seguir estimula o 5º chakras - laríngeo. O terapeuta faz uma pressão com o polegar
na fossa laríngea, cavidade localizada entre as clavículas, para baixo e em direcção ao peito. O
paciente relaxa e respira. Esse ponto regula as funções da glândula tiróide e para-tiróide.
4º) Por último o terapeuta pressiona com firmeza com a polpa dos dedos polegares em
cima do músculo trapezoidal, os dois lados ao mesmo tempo. Se estiver muito tenso, faz
pequenos deslizamentos sobre o músculo, tentando soltar a tensão.
5º) Uma variante da manobra anterior: o terapeuta segura com uma das mãos a cabeça do
paciente girando-a para o lado oposto a ser estimulado. Com a polpa do polegar da outra mão
exerce uma pressão sobre o músculo trapezoidal, neste caso um lado de cada vez. Se estiver
tenso, faz pequenos deslizamentos para remover o bloqueio de energia. É normal nesta região,
devido a tensão, existirem nódulos muito rijos. A pressão e o deslizamento deverão incidir sobre
esses pontos rijos.
A seguir o terapeuta passa a trabalhar com maior profundidade utilizando a polpa dos
dedos polegares, para soltar toda a musculatura do braço, iniciando no dorso da mão até
atingir os músculos superiores.
Neste circuito exemplificamos apenas algumas posições iniciais. O terapeuta, caso tenha
escolhido este circuito deve realizar as mesmas manobras que o circuito A para as outras
posições do braço, contudo, no sentido inverso.
Este circuito é o mais recomendado, pois direcciona a energia para a palma das mãos, por
isso vamos exemplificar todas as manobras desta massagem.
2º) Do cotovelo até à palma das mãos: dando maior ênfase aos pronadores.
O terapeuta deve iniciar a massagem, primeiro com o braço do paciente estendido com a
palma das mãos para baixo e depois com a palma das mãos para cima e, posteriormente,
A seguir, o terapeuta realiza massagens mais profundas com a polpa dos polegares em
toda a extensão dos braços. Não deve negligenciar o dorso da mão do paciente. Massajamos
até atingir os dedos. A musculatura situada junto ao cotovelo deve receber uma atenção
especial por parte do terapeuta. Ela deve ser bastante trabalhada com a polpa dos polegares e
de forma profunda. Neste local, situa-se um vórtice de energia importante. A polpa dos dedos
deve deslizar de forma descendente e de forma transversal fazendo com que o músculo rode. O
terapeuta deverá soltar, desta mesma, forma toda a musculatura do braço e antebraço.
Na palma das mãos, o terapeuta massaja com a polpa dos dedos polegares todos os
espaços entre os ossos dos dedos de forma profunda e na direcção da junção dos dedos.
A massagem pode ser estendida até à ponta dos dedos. O terapeuta aproveita este
momento para puxar os dedos procurando alonga-los.
Caso o terapeuta verifique que músculos peitorais estão enrolados por tensão, realiza a
seguinte tracção: massaja o braço do paciente com a palma das mãos até atingir o dorso da
mão do paciente, prendendo-o, e faz uma ligeira pressão sobre ele em direcção ao solo e com a
palma da outra mão, pressiona o úmero para baixo procurando alongá-lo. O terapeuta pode
também realizar massagens no músculo peitoral, se ele estiver enrolado por tensão.
As massagens com pressão no úmero podem ser prolongadas por toda a musculatura
superior do braço. O terapeuta deve realizá-la de forma profunda e firme.
Esta manobra, que a seguir vamos demonstrar, realize-se com a palma das mãos. O
terapeuta pode realizar de ambas as maneiras. Primeiro no 7º Passo com os pés e nesta fase
com as mãos. O paciente deve estar com o braço estendido ao longo do corpo e um pouco
afastado dele com a palma das mãos para baixo. O terapeuta desliza a sua palma da mão
firmemente pelos músculos do braço do paciente prendendo-os e segurando-os firmemente no
punho, com certa pressão em direcção ao solo e, com a outra mão, faz uma flexão dorsal de
máxima amplitude, elevando os dedos e a palma das mãos. Este alongamento é muito bom
para ampliar o vórtice de energia da palma das mãos, além de alongar a musculatura da
mesma.
O terapeuta inicia a massagem no braço do paciente, que está estendido ao longo do corpo,
com a palma das mãos voltadas para cima para realizar massagens na parte interior do braço.
Faz um aquecimento geral da musculatura do braço com a palma das mãos procurando aos
poucos e com firmeza soltar as tensões da musculatura. O terapeuta deve iniciar nos músculos
superiores do braço e estender o deslizamento com a palma das mãos até à palma das mãos
do paciente. A polpa dos dedos do paciente deve actuar nos músculos de forma a soltá-los.
A seguir o terapeuta passa a actuar mais intensamente realizando massagens com a palma
das mãos e com a polpa dos dedos polegares. O terapeuta procura soltar todos os músculos e
tecidos. Quando atingir o pulso do paciente, na zona central e próxima da junção com as mãos,
o terapeuta, levemente, pressiona com a polpa do polegar para estimular o vértice de energia
situado nesta zona.
O terapeuta não negligencia a palma das mãos. Para além da massagem com a palma das
mãos realiza também uma leve pressão no centro da palma das mãos do paciente para
dinamizar o vórtice energético do chakra da palma das mãos. Procura alongar também os
dedos da mão puxando-os individualmente ou juntos.
A seguir o terapeuta eleva o braço do paciente até que ele forme um ângulo de 90º com o
corpo e passa a realizar massagens nesta posição com a palma das mãos e com a polpa dos
dedos.
O terapeuta inicia nos músculos superiores do braço pressionando-os para baixo e desliza
até à palma das mãos do paciente. A polpa dos dedos deve também actuar fazendo pressão e
soltura dos músculos de todo o braço.
Pode nesta posição realizar também uma massagem elevando o braço do paciente e
dobrando-o juntamente com a mão a 90º. Faz massagens na massa muscular do braço
alongando-a, ao mesmo tempo que mantém o alongamento da musculatura do dorso da mão
que deve estar também a 90º do braço. O terapeuta inicia a massagem nos ombros e termina
prendendo a região interna do cotovelo com a sua palma da mão forçando-a em direcção ao
solo, ao mesmo tempo que faz o alongamento dos músculos dorsais da mão do paciente.
Após realizar a manobra nesta posição, o terapeuta eleva o braço do paciente até que fique
acima da cabeça do paciente e realiza com mais vigor uma massagem profunda com a palma
das mãos e com a polpa dos dedos polegares, procurando estender ao máximo toda a
musculatura para cima.
Procura também abrir ao máximo a região escapular, pressionando o meio da axila com o
polegar. Nesta região situa-se um vórtice de energia importante.
Quando o braço estiver em extensão máxima, o terapeuta realiza, após ter feito massagem
nos dois braços, a seguinte manobra de alongamento da musculatura do braço, caso seja
necessário, para dar uma maior abertura para a caixa torácica do paciente. O terapeuta coloca
os dois braços do paciente em amplitude e extensão máxima acima do corpo, posicionando-se
atrás do paciente, em pé, e prende com os seus pés a palma das mãos do paciente contra o
solo segurando-os em extensão máxima A massagem pode ser estendida até à ponta dos
dedos., e com as suas mãos força a rotação externa dos membros superiores empurrando-os a
seguir em direcção ao solo. Primeiro realiza segurando na região próxima dos ombros depois
junto aos cotovelos.
Termina assim a massagem nos braços. O terapeuta, a seguir, passa a realizar massagens
no pescoço. Pode também realizar um dos alongamentos que veremos a seguir, caso verifique
que o paciente necessite de um deles.
Pescoço
O terapeuta inicia a massagem com a palma da mão e com a polpa dos dedos deslizando-
os, bilateralmente, com o auxílio do óleo, na parte anterior do pescoço, em cima das cervicais e
em direcção à nuca. O terapeuta deve puxar na sua direcção o pescoço, procurando alongá-lo
com o deslizamento vigoroso que executa.
A seguir, passa a massajar a parte lateral do pescoço, com a palma das mãos,
bilateralmente, dos ombros até à nuca, procurando também traccionar o pescoço para trás, em
sua direcção. Realiza várias vezes esse movimento. Massaja firmemente procurando realizar de
maneira muito vigorosa.
Realiza este mesmo movimento, bilateralmente, com a polpa dos dedos juntos e com a
polpa do dedo polegar.
E depois, passa a massajar com a polpa dos dedos toda a região do pescoço, cordas vocais
e traqueia. Nas laterais do pescoço, o terapeuta deve, quando chegar na região na nuca que se
junta com o pescoço, realizar uma ligeira pressão com rotação neste ponto energético.
O terapeuta segura com uma das mãos a nuca do paciente, e gira-a levemente para um
dos lados e com a palma da outra mão realiza massagens em toda a extensão da lateral do
pescoço. Desta forma massaja-se mais vigorosamente as cordas vocais, a musculatura lateral
do pescoço.
O terapeuta aproveita esta posição girando um pouco mais para a lateral o pescoço do
paciente, segurando-o com uma das mãos em cima da orelha. Nesta posição, com a palma da
outra mão, executa massagens na região das cervicais e na região lateral do pescoço.
Realiza também deslizamentos com a polpa do dedo polegar e aproveita quando chegar à
região da nuca para estimular mais intensamente os pontos situados nesta região. Com a polpa
do polegar realiza forte pressão com rotação horária neste ponto.
A seguir, realiza a tracção do pescoço. Ainda na posição com a cabeça de lado, uma mão
na nuca e a outra no queixo do paciente o terapeuta realiza uma pequena tracção para cima,
puxando o queixo para traz em seu máximo, procurando alongar intensamente o pescoço. Feito
isso, realiza as mesmas massagens e manobras do outro lado.
Após realizar as massagens do outro lado, retorna lentamente a cabeça na posição normal
e ainda com uma mão na nuca e a outra no alto da cabeça lentamente levanta a cabeça do
paciente procurando encostar o queixo no peito. O terapeuta procura ir até o ponto máximo e
lentamente retorna a cabeça para a posição normal. O paciente deve manter a cabeça e o
pescoço bem relaxados e soltos.
Façe
Realiza massagens com a polpa dos dedos, com movimentos rotatórios, uma mão de cada
lado do rosto, sobre a mandíbula, pedindo ao paciente que solte essa região e relaxe os
maxilares, muitas vezes muito tensos. Ou faz uma pressão com a polpa dos polegares em cima
Pode também, se a musculatura da região dos maxilares estiver muito tensa e os maxilares
presos, realizar o estiramento da musculatura e soltura dos maxilares da seguinte maneira.
Com uma das mãos na lateral da cabeça do paciente o terapeuta vira-a para a lateral,
suportando-a. Com a polpa dos dedos da outra mão desliza com pressão na região muscular
que envolve o queixo e as mandíbulas do paciente, do centro do queixo em direcção às orelhas
procurando alongá-la ao máximo. Repete do outro lado.
O terapeuta apoia a polpa dos dedos polegares no canto dos lábios, a polpa dos outros
dedos ficam apoiados abaixo do queixo, pressiona e estica na direcção da mandíbula.
O terapeuta, ao realizar os deslizamentos na face sobre o osso zigomático, deve fazer uma
pressão no centro dos maxilares em simultâneo. Nesta região situam-se dois vórtices de
energia, conforme ilustrado em capítulo anterior.
O terapeuta pode também realizar massagens na face do paciente utilizando a polpa dos
dedos polegares e indicadores. Um ao lado do outro deverão deslizar pela face. O terapeuta
deve iniciar a massagem na região próxima do nariz e deve contornar toda a face. Com este
movimento pretende-se alongar os tecidos da face puxando-os em direcção às orelhas.
Para realizar uma massagem mais profunda nesta região do rosto, o terapeuta vira
levemente a cabeça do paciente para o lado, e com o auxílio de uma das mãos puxa o nariz do
paciente para a lateral. Nesta posição passa a realizar, com a polpa do dedo polegar da outra
mão, uma pressão com deslizamento sobre o sinus e face.
Realiza também uma leve pressão com massagem rotatória no sentido dos ponteiros do
relógio, com a polpa do polegar, indicador ou dedo médio, na junção inferior do nariz com a
face. Ao terminar, desliza a polpa do dedo pelo contorno do osso da face até ao osso
zigomático. Este ponto é um vórtice de energia que activa as vias respiratórias superiores. O
terapeuta, a seguir, repete do outro lado.
Para finalizar a massagem nesta região, o terapeuta volta a cabeça do paciente à posição
normal e realiza novamente os deslizamentos na face com a polpa dos dedos polegares, nos
dois lados do rosto ao mesmo tempo, e repete a estimulação dos vórtices energéticos situados
da junção do nariz com a face, em simultâneo.
A seguir passa a massajar com a polpa dos dedos as orelhas, ambas simultaneamente. O
terapeuta deve dar uma atenção especial às orelhas, realizando amassamentos e alongamentos.
Deve puxá-las em várias direcções e pressionar todo o pavilhão auricular. Essa manipulação da
orelha tem como objectivo relaxá-las e estimular a circulação sanguínea e energética, assim
como estimular os diversos vórtices de energia que nela se situam.
O terapeuta massaja também de forma puntiforme, com a polpa dos dedos, a parte traseira
bem próxima da orelha, dando especial atenção ao centro desta região onde a pressão deverá
ser mais profunda. Nesta zona situam-se pontos energéticos importantes.
cabeça na parte posterior da orelha com os outros quatro dedos e, a seguir, tracciona para traz,
com o auxílio dos dedos apoiados na cabeça e nos indicadores. Esta manobra visa alongar as
vértebras cervicais.
Esta manobra pode também ser realizada de um lado de cada vez. O terapeuta segura a
cabeça do paciente com uma das mãos e vira-a para a lateral. Com o dedo indicador da outra
mão introduzido no pavilhão auricular realiza o estiramento do pescoço puxando-o para trás.
Por último dobra a orelha sobre si mesma, na sua parte média, superior e inferior.
A seguir, o terapeuta passa a massajar a testa. O terapeuta coloca a polpa dos dedos
polegares paralelos sobre a testa e massaja em linhas horizontais, com movimentos simétricos
de aproximação em direcção ao centro da testa e afastamento em direcção à lateral, com os
polegares cruzando-se no centro. Esses deslizamentos são realizados com uma pressão suave.
A seguir, estimula de forma puntiforme com pressões suaves e circulares toda a região das
sobrancelhas, bilateralmente. Inicia na parte interna, próxima do nariz, e caminha em direcção
às extremidades. O paciente pode ressentir-se de dor nesta região se houver bloqueio
energético. Assim que o terapeuta chegar às extremidades, fim da sobrancelha, parte lateral da
testa, deve realizar neste ponto uma pressão mais vigorosa, rotatória, com a polpa dos dedos
ou com a palma das mãos. O terapeuta deve pressionar as laterais da testa em direcção ao
centro da mesma. Realize várias rotações.
O nariz também não deve ser esquecido. O terapeuta após massajar as sobrancelhas
realiza deslizamentos pelo nariz, na sua região superior e lateral, com a polpa dos dedos
indicadores, procurando prolongar até a face.
Para finalizar a massagem no nariz, realiza uma pressão na junção do nariz com a testa na
sua parte inferior para estimular o vórtice de energia aí situado.
Estimulação das células do cérebro. Nesta região do corpo não utilizamos óleo de
massagem.
zonas de nosso cérebro ainda desacordados. O terapeuta deve massajar esta zona de forma
suave, com muita energia e muito consciente do trabalho que está a desenvolver.
A massagem nesta zona inicia-se com pequenos toques que percorrem o couro cabeludo.
Para realizar esses toques rotativos, o terapeuta deve utilizar a polpa de todos os dedos da mão.
O terapeuta deve iniciar na região do couro cabeludo situado nas laterais da cabeça (partindo
do chão) e executar movimentos puntiformes progressivamente em direcção às têmporas. O
couro cabeludo deve rodar o suficiente para provocar um relaxamento. Esse movimento é
executado de ambos os lados da cabeça, em simultâneo, até chegar à linha central onde se
situam os principais vórtices de energia.
O terapeuta deve cobrir toda a zona da cabeça e deve repetir os movimentos pelo menos
três vezes fazendo rodar todo o couro cabeludo.
O terapeuta pode também fazer rodar o couro cabeludo com a palma de suas mãos. O
movimento rotatório deve ser executado em simultâneo nos dois hemisférios da cabeça. O
terapeuta coloca a palma de suas mãos na cabeça realizando certa pressão contra o cérebro ao
mesmo tempo que roda o couro cabeludo. Deve ser executado nas laterais da cabeça. Esse
movimento é muito benéfico para soltar o couro cabeludo e provocar relaxamento das células
do cérebro.
Esta massagem estimula a glândula pineal, que se localiza um pouco acima do centro das
sobrancelhas, e é responsável pelo controle do sistema imunológico e produção de hormonas.
O terapeuta, quando chegar a esta região pressiona rodando levemente no sentido horário,
com os dois polegares, apoiando os outros quatro dedos lateralmente na cabeça, conta até 10,
e relaxa lentamente, deslizando os dedos lateralmente. O nome pineal, vem da forma de
pinheiro que essa glândula tem e, segundo os indianos é o 3º olho, produz a seratonina, que é
a hormona que nos leva a entrar em meditação profunda. Sente-se essa hormona na saliva, e
seu gosto é adocicado. Os movimentos na linha central da cabeça estimulam também a
glândula pituitária e por reflexo os outros chakras.
Assim que terminar as três sequências de dinamização dos chakras situados na linha central
da cabeça, o terapeuta passa a trabalhar o olho, último ponto a ser massajado. O terapeuta
coloca a polpa dos polegares sobre os olhos do paciente, que devem estar fechados, e massaja
sem pressionar com leves deslizamentos que vão da região próxima do nariz em direcção às
têmporas. A seguir realiza pequenos movimentos rotativos no sentido horário e anti-horário.
Por último, o terapeuta solicita ao paciente que relaxe a pupila e os olhos, coloca a polpa dos
dedos polegares no centro do olho e vai pressionando lentamente. Espera alguns segundos
mantendo a pressão e, aos poucos, vai aumentando a pressão até que o paciente consiga
relaxar os olhos completamente. O paciente, inicialmente, vê a cor preta e depois quando o
olho estiver em estado de relaxamento aparecem algumas cores.
O terapeuta retira lentamente a polpa dos dedos polegares de cima do olho do paciente e
solicita ao mesmo que mantenha os olhos fechados. Coloca as suas mãos em forma de concha
em cima do olho do paciente e transmite um pouco de energia, abençoando-o mentalmente. O
terapeuta deve manter as mãos em cima do olho do paciente até perceber que o fluxo de
energia foi suficiente para relaxar o paciente. A massagem encerra-se desta forma. A seguir o
terapeuta prepara o final da sessão.
Final da Sessão
O terapeuta faz um pequeno rolo com uma toalha pequena e coloca-o sob a nuca do
paciente. Pressiona levemente os ombros do paciente para baixo. Coloca uma pequena toalha
fina sobre os olhos do paciente que devem estar fechados e pressiona levemente os olhos
sobre a toalha. Assim, o paciente mantém os olhos cobertos e fechados e a nuca relaxada. O
terapeuta cobre o paciente com um lençol ou cobertor, se a temperatura ambiente estiver fria e
deixa-o descansar de cinco a quinze minutos. O terapeuta pode também examinar os pés do
paciente e, se estiverem frios, pode segurá-los com sua mão por alguns segundos para passar
um pouco de energia calórica. O terapeuta pode colocar uma música suave, de fundo, durante
a massagem ou só no final da sessão.
O terapeuta, assim que terminar a sessão deve, de imediato, lavar as mãos para
descarregar a energia. E deve também meditar por alguns minutos para se recompor
energeticamente.
1 2
3 4
5 6
Massajamento bilateral da região glútea. O Pressão exercida sobre o ponto do rim, logo abaixo
terapeuta exerce pressões com os polegares ou da última costela.
com a ponta dos outros dedos sobre toda região
glútea.
7 8
9 10
11 12
15 16
Deslizamento nas pernas, realizado com as mãos A mesma movimentação é repetida, só que neste
abertas com movimentos longos e contínuos, com movimento as mãos encontram-se fechadas e o
alternância de mãos. Os movimentos devem deslizamento é feito pelo lado dorsal dos dedos. É
percorrer desde o calcanhar até o alto das coxas. O exercida leve pressão no movimento.
terapeuta sentado sobre os calcanhares com a
perna do paciente apoiada na sua coxa.
17 18
19
20 21
22 23
24 25
26 27
30 31
32 33
Pressão bilateral no umbigo. A pressão é realizada Pressão sobre o processo xifóide e o osso púbico. A
como a anterior, mantendo-se por 10 batimentos. pressão é dada sobre o processo xifóide enquanto
Estamos também activando os intestinos. a pressão no osso púbico não é realizada e vice-
versa
34
35 36
Deslizamentos sobre a caixa toráxica na diagonal, Pressão com os polegares sobre o ponto de
fazendo pressão na crista ilíaca e na articulação do estimulação dos pulmões.
ombro
37 38
39 40
41 42
43 44
45 46
47 48
49 50
paciente com a cabeça voltada para o lado, O terapeuta segura a cabeça do paciente e com
massajar a musculatura principal e acessória do uma das mãos, na região da nuca e com a outra
pescoço. mão colocado sobre o pescoço deslizando para o
ombro, empurrando-o para baixo. Repetir a
manobra do outro lado
51 52
53 54
Com os polegares fazer pequenos movimentos Localize o meio da cabeça e faça pressão, numa
opostos, por toda a testa. Deslizamento com linha recta até chegar ao 3° olho, na testa entre as
pressão suave. sobrancelhas. Faça uma pressão rotativa
57 58
59 60
61 62
63 64
65 66
Parte D – Anexos
I
Outros_______________________________________________________________________________