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com domínio Q = [1, 3] ⇥ [1, 2]. O volume a ser calculado está representado na
figura 18.1.
Sabemos então que o volume V desta região satisfaz 6 V 28, o que não
é uma aproximação muito boa. Podemos melhorar esta aproximação da seguinte
maneira.
Dividimos o retângulo Q em quatro sub-
y
Q2 Q4
retângulos Q1 , Q2 , Q3 e Q4 de áreas
iguais como na figura ao lado. Em
cada sub-retângulo podemos calcular os
1.5
querdo.
Seja Mi o máximo global de f (x, y) no retângulo Qi e mi o mínimo global, onde
i varia de 1 a 4. A união dos quatro paralelepípedos definidos pelos máximos
forma uma região que contém a região V original, enquanto a união dos quatro
paralelepípedos definidos pelos mínimos forma uma região contida na região V
original, como ilustrado na figura (18.3).
que neste exemplo específico temos que 10.25 V 21.25. A aproximação su-
perior diminuiu enquanto a aproximação inferior aumentou, o que pode ser obser-
vado comparando as figuras (18.3) e (18.2). Temos neste caso uma aproximação
melhor para o volume V , mas ainda com uma diferença indesejada.
606 Integrais de campos escalares
N = 1 =) 6.00 V 28.00
N = 4 =) 10.25 V 21.25
N = 16 =) 12.68 V 18.18
N = 64 =) 13.98 V 16.73
N = 256 =) 14.65 V 16.02
N = 1024 =) 14.99 V 15.67
N = 4096 =) 15.16 V 15.50
N = 16384 =) 15.24 V 15.41
N = 65536 =) 15.29 V 15.37
N = 262144 =) 15.31 V 15.35
N = 1048576 =) 15.32 V 15.34
N = 4194304 =) 15.32 V 15.33
N = 16777216 =) 15.33 V 15.33
y =d
y1
x
definimos
a=x x1 x2 x3 x =b
n m n m
  mi j DxiDy j V   Mi j DxiDy j (18.8)
i=1 j=1 i=1 j=1
n m
I( f , P) = Â Â mi j DxiDy j , (18.9)
i=1 j=1
n m
S( f , P) = Â Â Mi j DxiDy j . (18.10)
i=1 j=1
n m
I( f , P) Â Â f (x̄i, ȳ j )DxiDy j S( f , P) . (18.11)
i=1 j=1
608 Integrais de campos escalares
y y
y =d y =d
y3
y1 y2
y1
c=y c=y
a=x x1 x2 x =b x a=x x1 x2 x3 x4 x5 x =b x
y y
y =d y =d
y2
y1
y1
c=y c=y
a=x x1 x2 x =b x a=x x1 x2 x3 x =b x
l
 min{ f (x, y) | (x, y) 2 Qi j(k)}Dxk Dyk min{ f (x, y) | (x, y) 2 Qi j }Dxi Dy j .
k=1
(18.15)
I( f , P0 ) I( f , P) . (18.17)
I( f , P) S( f , P0 ) . (18.19)
O que este corolário quer dizer é que a soma inferior de uma função sobre
qualquer partição nunca pode ser maior que a soma superior da mesma função
sobre qualquer outra partição. Estes dois teoremas nos permite definir as seguintes
sequências. Seja P0 , P1 , P2 , P3 , . . . partições do retângulo Q = [a, b] ⇥ [c, d] tais que
cada partição refina a anterior, ou seja, P1 é refinamento de P0 , P2 é refinamento
de P1 e assim por diante. Seja Sk a soma superior de f sobre a partição Pk e Ik a
soma inferior. O teorema 18.1 implica que a sequência S0 , S1 , S2 , . . . é decrescente,
enquanto o teorema 18.2 implica que esta sequência é limitada inferiormente por
qualquer valor Ik . Portanto existe um número real chamado ínfimo para o qual
este sequência converge quando o número de refinamentos tende ao infinito, isto
é,
Por enquanto tudo o que podemos afirmar sobre estes limites é que
Exemplo 18.1 (Função constante). Seja f (x, y) = K para todo (x, y) 2 Q = [a, b] ⇥
[c, d]. Para qualquer partição P de Q temos que Mi j = mi j = K. A soma superior
é dada por
n n n n
S( f , P) = Â Â Mi j DxiDy j = K Â Â DxiDy j = K(b a)(d c) , (18.29)
i=1 j=1 i=1 j=1
1 Supondo que todos os sub-retângulos tenham a mesma área ou que a área do maior sub-
pois a soma das áreas Dxi Dy j resulta na área do retângulo Q. A soma inferior vale
n n n n
I( f , P) = Â Â mi j DxiDy j = K Â Â DxiDy j = K(b a)(d c) . (18.30)
i=1 j=1 i=1 j=1
Exemplo 18.2 (Função não integrável). Seja Q = [0, 1] ⇥ [0, 1] e uma função dada
por
⇢
1 se x é irracional
f (x, y) =
0 se x é racional
portanto esta função não é integrável e a integral de Riemann desta função não
existe. 2
2 Esta função não é Riemann integrável mas é Lebesgue integrável.
18.1 Integrais duplas 613
o que prova que a função é integrável no retângulo Q e a integral dupla pode ser
calculada pelo limite de uma destas somas de Riemann,
46
¨
(1 + x2 + y2 )dxdy = lim lim S( f , P) = = 15.333 . . . (18.41)
Q n!• m!• 3