Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Z 0− = { L , − (n + 1) , − n , L , − 3 , − 2 , − 1 , 0 };
m
Q - o conjunto dos números racionais; Q = : m, n ∈ Z ∧ n ≠ 0 .
n
Ir - o conjunto de números irracionais é constituído pelos números reais que não
podem ser obtidos pela divisão de alguns dois números inteiros (na representação
decimal são fracções decimais infinitas não periódicas).
R - o conjunto dos números reais. Ir = R \ Q
São óbvias as inclusões N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R e ainda tem-se
Ir = R \ Q ⇔ R = Q U Ir .
R − = { x ∈ R : x < 0 }, R 0− = { x ∈ R : x ≤ 0 }.
1
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
Sabe-se que entre os números reais R e os pontos duma recta r , em qual são fixados
dois pontos O e M ( O corresponde ao número 0 e M corresponde ao número 1) se
define uma aplicação bijectiva entre os números reais e os pontos da recta.
2
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
Seja A um subconjunto de R ( A ⊆ R ).
b ∈ R é um majorante do conjunto A ⇔ x ≤ b, ∀x ∈ A .
a ∈ R é um minorante do conjunto A ⇔ x ≥ a, ∀x ∈ A .
3
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
+
Aplicando as definições obtemos que qualquer número do conjunto R 0 é um
− −
majorante dos conjuntos R 0− , R e qualquer número do conjunto R 0 é um
4
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
+ −
R 0 é o conjunto dos majorantes para o conjunto R 0 e porque
M ( A ) = { b ∈ R : x ≤ b, ∀ x ∈ A }.
► Denotamos por m( A ) o conjunto dos minorantes, isto é,
m ( A ) = { a ∈ R : x ≥ a , ∀ x ∈ A }.
Obviamente tem-se: M ( A ) = Ø , se A não é majorado e m( A ) = Ø , se A não é
minorado. Por exemplo temos:
5
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
M ( R ) = Ø , M ( R + ) = Ø , M ( Z ) = Ø , M ( N ) = Ø , M ( Ø) = Ø ;
m( R ) = Ø , m( R − ) = Ø , m ( Z ) = Ø , m ( Ø) = Ø .
Definição 8. Chama-se supremo de A e denota-se por su p ( A) o elemento mínimo do
conjunto dos majorantes de A , isto é, su p ( A) = m i n ( M ( A)) .
Quando o supremo de A existe, é evidente que pode pertencer ou não pertencer
ao conjunto A , mas certamente pertence ao conjunto dos majorantes, M (A ) . Se um
conjunto B ⊂ R tem máximo, m a x (B ) , facilmente concluímos que B tem supremo,
su p (B ) , sendo m a x ( B ) = su p ( B ) . A conversão desta afirmação, isto é, se um
conjunto B ⊂ R tem supremo, su p (B ) , então B tem máximo, m a x (B ) , não é
Exemplo 4. Seja
C = [ 2 , 5 [ U x ∈ R : x = , n ∈ N = [ 2 , 5 ] U x ∈ R : x = , n ∈ N, n ≥ 3 =
5 5
n n
5 5 5
= [ 2 , 5 ]U ,
5 5 5
, , , , , L .
3 4 5 6 7 8
Para o conjunto C tem-se:
M (C ) = [ 5 , + ∞ [ ; m (C ) = R0− = ] − ∞ , 0 ] ; m a x (C ) = s u p (C ) = 5 ; i n f (C ) = 0 ;
6
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
Seja a ∈ R e ε ∈ R + .
Definição 11. Chama-se vizinhança ε de a , e denota-se por Vε (a ) ou V (a, ε ) , o
Porque
x−a <ε ≡ −ε < x − a < ε ≡ a −ε < x < a +ε ≡ x∈] a −ε, a + ε [
temos
Vε (a ) = { x ∈ R : x ∈ ] a − ε , a + ε [ }, Vε (a ) = ] a − ε , a + ε [
isto é, uma vizinhança de um número (ponto) a é um intervalo aberto centrado em a ,
geometricamente é o intervalo ] a − ε , a + ε [ (sem extremos) com centro no número
(ponto) que corresponde à a e comprimento 2 ε .
Por exemplo:
V1 (−2) = ] − 2 − 1, − 2 + 1 [ = ] − 3 , − 1 [ ; V2 (1) = ] 1 − 2, 1 + 2 [ = ] − 1 , 3 [ ;
V1,3 (0) = ] 0 − 1,3 , 0 + 1,3 [ = ] − 1,3 , 1,3 [ ;
7
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
V (a , ε 1 ) I V (b , ε 2 ) = Ø , se ε 1 + ε 2 < d ( a, b ) = a − b .
8
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
9
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
∀ε > 0 ] a − ε, a + ε [ I A ≠ Ø ∧ ] a − ε , a + ε [ I AC ≠ Ø.
Notamos que os pontos fronteiros podem pertencer ou não pertencer ao conjunto
analisado.
► O conjunto dos pontos fronteiros de A denota-se por fr o nt ( A) .
Com A = [2 , 4 [ U { 6 } tem-se:
∀ ε > 0 Vε (2) = ] 2 − ε , 2 + ε [ ∧ ] 2 − ε , 2 + ε [ I A ≠ Ø ∧ ] 2 − ε , 2 + ε [ I A C ≠ Ø ;
∀ ε > 0 Vε ( 4) = ] 4 − ε , 4 + ε [ ∧ ] 4 − ε , 4 + ε [ I A ≠ Ø ∧ ] 4 − ε , 4 + ε [ I A C ≠ Ø ;
∀ ε > 0 Vε (6) = ] 6 − ε , 6 + ε [ ∧ ] 6 − ε , 6 + ε [ I A ≠ Ø ∧ ] 6 − ε , 6 + ε [ I A C ≠ Ø .
10
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
e então fr ont ( A) = { 2 , 4 , 6 }.
11
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
a) B = [ − 1, 4 [ U { 6 }.
Determinamos o conjunto dos pontos interiores de B .
Porque só os pontos do conjunto podem ser pontos interiores e
B = [ − 1, 4 [ U { 6 } = { x ∈ R : − 1 ≤ x < 4 } U { x ∈ R : x = 6 }
concluímos que:
● x0 = −1 não é ponto interior do conjunto porque
∀ ε > 0 Vε (−1) = ] − 1 − ε , − 1 + ε [ ∧ ] − 1 − ε , − 1 + ε [ I B C ≠ Ø ,
● ∀ x0 ∈ ] − 1, 4 [ tem-se que
∃ ε > 0 Vε ( x 0 ) = ] x 0 − ε , x 0 + ε [ ∧ ] x 0 − ε , x 0 + ε [ I B ⊂ B .
∀ ε > 0 Vε (6) = ] 6 − ε , 6 + ε [ ∧ ] 6 − ε , 6 + ε [ I B C ≠ Ø ,
12
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
Finalmente obtemos i nt ( B) = ] − 1, 4 [ .
∀ ε > 0 Vε ( 4) = ] 4 − ε , 4 + ε [ ∧ ] 4 − ε , 4 + ε [ I B ≠ Ø ,
13
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
● ∀ x0 ∈ ] − ∞ , − 1 [ tem-se que
∃ ε > 0 Vε ( x 0 ) = ] x 0 − ε , x 0 + ε [ ∧ ] x 0 − ε , x 0 + ε [ I B C ⊂ B C .
Neste caso podemos escolher 0 < ε < x0 − (−1) , isto é, ε é menor do que a distância
de x0 ao ponto − 1 . Portanto ] − ∞ , − 1 [ ⊂ e xt ( B) .
● ∀ x0 ∈ ] 4 , 6 [ tem-se que
∃ ε > 0 Vε ( x 0 ) = ] x 0 − ε , x 0 + ε [ ∧ ] x 0 − ε , x 0 + ε [ I B C ⊂ B C .
● ∀ x0 ∈ ] 6 , + ∞ [ tem-se que
∃ ε > 0 Vε ( x 0 ) = ] x 0 − ε , x 0 + ε [ ∧ ] x 0 − ε , x 0 + ε [ I B C ⊂ B C .
Neste caso podemos escolher 0 < ε < x0 − 6 , isto é, ε é menor do que a distância de
x0 ao ponto 6 . Portanto ] 6 , + ∞ [ ⊂ e xt ( B) .
Finalmente obtemos
e xt ( B ) = ] − ∞ , − 1 [ U ] 4, 6 [ U ] 6, + ∞ [.
De i nt ( B ) U fr o nt ( B ) U ext ( B ) = R obtemos
fr ont ( B) = R \ ( i nt ( B) U ext ( B) ) = {− 1 , 4 , 6 } .
b) C = R0+ = [ 0 , + ∞ [ .
14
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
∀ ε > 0 Vε (0) = ] − ε , ε [ ∧ ] − ε , ε [ I C C = ] − ε , ε [ I ] − ∞ , 0 [ = ] − ε , 0 [ ,
neste caso ] − ε , 0 [ ⊂ CC .
● ∀ x0 ∈ ] 0 , + ∞ [ tem-se que
e
∀ x0 ∈ ] − ∞ , 0 [ tem-se que
∃ ε > 0 Vε ( x 0 ) = ] x 0 − ε , x 0 + ε [ ∧ ] x 0 − ε , x 0 + ε [ I R − ⊂ R −
concluímos que e xt (C ) = ] − ∞ , 0 [ = R −
distância de x0 ao ponto 0 .
( )
fr o nt ( R0+ ) = R \ i nt ( R0+ ) U ext ( R0+ ) = {0 }
15
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
.
Porque R0+ ≠ i nt ( R0+ ) = R + resulta que o conjunto numérico R0+ não é aberto e
porque i nt ( R0+ ) U fr o nt ( R0+ ) = R0+ U { 0 } = R0+ resulta que o conjunto numérico R0+ é
fechado.
de A distinto de a , isto é,
∀ ε > 0, ( Vε (a) I A ) \ { a } ≠ ∅ .
Definição 18. O ponto a ∈ R (ou número real a ∈ R ) diz-se ponto isolado do conjunto
A ⊂ R se a ∈ R não é ponto de acumulação do conjunto A ⊂ R , isto é,
∃ε > 0, Vε (a ) I A = { a }.
Notamos que:
● os pontos de acumulação de um conjunto podem pertencer ou podem não
pertencer ao conjunto;
● os pontos isolados de um conjunto sempre são elementos do conjunto.
Para o conjunto
B = [ − 1, 4 [ U { 6 } = { x ∈ R : − 1 ≤ x < 4 } U { x ∈ R : x = 6 }
tem-se que:
● B′ = [ − 1 , 4 ] porque ∀x0 ∈ [ − 1, 4 ] ∧ ∀ ε > 0, ( Vε ( x0 ) I B ) \ { x0 } ≠ ∅ .
● x1 = 6 é ponto isolado de B = [ − 1, 4 [ U { 6 } porque ∃ε > 0, Vε (6) I B = { 6 } ,
neste caso basta escolher 0 < ε < 6 − 4 = 2 , isto é, ε menor do que a distância de x1 = 6
até ao outro ponto do conjunto que é mais próximo de x1 = 6 (neste exemplo é o ponto
x = 4 ).
16
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
2) A = A = i n t ( A) U front ( A) .
Nota.
Geralmente a definição 19 é uma sequência do teorema de Bolzano-Weierstrass:
Um conjunto do A ⊂ R é sequencialmente compacto se e só se e fechado e limitado.
Por conjunto sequencialmente compacto, entende-se que toda a sequência extraída do
conjunto possui uma subsequência convergente.
Exemplos:
● O conjunto A = [ 1, 5 ] é limitado e fechado e portanto é compacto.
17
Matemática 1 Anatolie Sochirca ACM DEETC ISEL
Exemplos:
1) Seja A = [ 1, 5 ] e B = [ 7 , 15 ] .
Neste exemplo facilmente obtemos que
A = [ 1, 5 ] ⊂ ext ( B ) = ] − ∞ , 7 [ U ]15 , + ∞ [ ∧
B = [ 7 , 15 ] ⊂ ext ( A) = ] − ∞ , 1 [ U ] 5 , + ∞ [.
Ou porque A = [ 1, 5 ] , B = [ 7 , 15 ] e A = A, B = B temos
AI B = ∅ ∧ B I A = ∅.
Portanto neste exemplo A = [ 1, 5 ] e B = [ 7 , 15 ] são separados e o conjunto
C = A U B é desconexo.
2) Seja A = [ 1, 5 ] e B = ] 5 , 15 ] .
Neste exemplo facilmente obtemos que
A = [ 1, 5 ] ⊄ ext ( B ) = ] − ∞ , 5 [ U ]15 , + ∞ [ ∧
B = ] 5 , 15 ] ⊄ ext ( A) = ] − ∞ , 1 [ U ] 5 , + ∞ [.
Ou porque A = [ 1, 5 ] , B = ] 5 , 15 ] e A = A, B = [ 5 , 15 ] temos
A I B = { 5 }∧ B I A = ∅ .
C = A U B = [ 1, 15 ] é conexo.
3) Seja A = [ 1, 5 [ e B = ] 5 , 15 ] .
Neste exemplo facilmente obtemos que
A = [ 1, 5 [ ⊂ ext ( B ) = ] − ∞ , 5 [ U ]15 , + ∞ [ ∧
B = ] 5 , 15 ] ⊂ ext ( A) = ] − ∞ , 1 [ U ] 5 , + ∞ [.
Ou porque A = [ 1, 5 [ , B = ] 5 , 15 ] e A = [ 1, 5 ], B = [ 5 , 15 ] temos
AI B = ∅ ∧ B I A = ∅.
18