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Apesar da pequena evolução nos indicadores, a região Sudeste ainda precisa se

esforçar para cumprir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento

Sendo a região mais populosa do país, o Sudeste contém cerca de 89 milhões de


habitantes. De acordo com dados do SNIS 2020, a região fornece 91,3% de água
potável para a população e atende 80,5% dos habitantes com coleta de esgoto. Em
relação a outros indicadores de saneamento, no Sudeste somente 58,6% dos esgotos
gerados são tratados; e 38,1% da água produzida nos sistemas de distribuição não
chegam de forma oficial para a população.

Analisando dados do SNIS com ano base em 2019, no Sudeste, 91,1% dos habitantes
eram atendidos com água potável e 79,5% tinham coleta de esgoto. Além disso,
somente 55,5% dos esgotos eram tratados e 36,1% da água produzida era desperdiçada.

Observa-se uma pequena evolução nos indicadores de acesso à água, coleta e


principalmente, no tratamento dos esgotos, no qual o índice evoluiu 3,1% p.p.
Entretanto, houve uma leve piora no indicador de perdas na distribuição.

Tabela 1 – Indicadores de saneamento por estados da região Sudeste SNIS (2020)

Entre os estados da região Sudeste, o Espírito Santo tem o menor indicador de coleta de
esgoto, no qual, apenas 56,9% dos habitantes recebem atendimento deste serviço. Em
relação ao tratamento dos esgotos, Minas Gerais trata apenas 41,64%.

O estado do Rio de Janeiro apresenta um elevado índice de perdas de água, isto é,


46,7% da água produzida nos sistemas de distribuição são desperdiçadas.

Analisando o estado de São Paulo, apesar dos bons números nos indicadores de acesso à
água e coleta de esgoto, a localidade ainda precisa evoluir no índice de tratamento dos
esgotos.

Em busca da universalização, a região Sudeste precisa evoluir nos serviços básico para
atender os habitantes com acesso à água e esgotamento sanitário. Na região,
aproximadamente 8 milhões de pessoas ainda não têm atendimento à água potável e
cerca de 18 milhões não têm coleta dos esgotos.

Pensando na grande importância das atividades econômicas da região, um dos


benefícios da universalização para o Sudeste seria no aumento da produtividade e
rendimento do trabalhador. Segundo dados do IBGE 2019, a renda do trabalho das
pessoas que moram em residências com saneamento básico é de R$ 3.057,88, enquanto
daquelas que não tem saneamento é de R$ 795,06.

Os estados do Sudeste ainda precisarão investir mais para alcançar as metas de


universalização do saneamento propostas no Novo Marco Legal do Saneamento (Lei
Federal 14.026/2020), que é levar água para 99% da população e coleta e tratamento de
esgoto para 90%.

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