A história é entrelaçada por Carlos Biagioni e Laura Biagioni, eles
têm uma filha chamada Beatriz. Carlos Biagioni é físico nuclear brasileiro, “um perfeito exemplo de homem bem-sucedido. Com 42 anos e considerável conta bancaria, é dono de um currículo invejável. Doutor em física nuclear por uma prestigiada universidade norte-americana, autor de três livros e diversos artigos publicados em revistas científicas, dirige a filial brasileira de um avançado instituto multinacional de pesquisas, com sede na Alemanha”. Carlos não acredita na existência de Deus, já Laura sua esposa toma a decisão de viver ao lado de Jesus junto com Beatriz. Isso causa discórdia na família, pois as ideias de Laura vão à contra mão do que Carlos acredita. Para manter seu currículo crescendo a cada dia, Carlos não perdia a oportunidade de ficar horas, e horas dentro do seu laboratório, achando respostas para as perguntas científicas. Porem sua família chegava há ficar 48 horas sem vê-lo, quando ele retornava para casa estava muito cansado e não tinha tempo para sua filha, que muitas vezes só queria dar um abraço e dizer que o amava. O casamento de Carlos e Laura começou a se distanciar, sendo inevitável o divórcio. Quando Carlos menos esperava, aconteceu um acidente com Beatriz. O abalando muito. Beatriz foi atropelada na calçada com apenas 16 anos. Tudo mudaria depois deste acontecimento. Carlos a pedido da filha começou uma jornada em busca de resposta sobre a existência de Deus. Com a ajuda do seu amigo criacionista George, ele começa ler livros renomados sobre o tema e assim tomar suas próprias conclusões. Pois como já escreveu o filósofo e matemático Blaise Pascal: “Que os homens aprendam pelo menos qual a fé que rejeitam antes de rejeitá-la. CRITICA
A gente enxerga alguns motivos pelos quais os alguns céticos e
ateus brigam pela razão de seus argumentos sobre a não existência de Deus. A formação das ideias se inicia durante a infância e os traumas vividos durante essa primeira etapa da vida muitas vezes interferem na crença pessoal de cada pessoa nas fases da adolescência e vida adulta. Pelos abusos psicológicos e outros tipos de violência, a gente é provocado a duvidar da existência de Deus e busca outras respostas pra explicar o surgimento da vida e seu propósito e até tendemos a crer nas mentiras pra tentar colocar debaixo do tapete as muitas mágoas de Deus que se acumula por pedidos não respondidos ou problemas não solucionados. E é isso que acontece na vida do Biagioni. Ele se afasta da figura paternal divina após traumas vividos por causa de seu pai terreno. E decide crer que Deus não existe, já que sua oração pedindo por livramento aparentemente é rejeitada por Deus. E vive um segundo desapontamento com Deus camuflando sua mágoa com frieza e ceticismo enquanto vê sua filha entre a vida e a morte. É exatamente assim que muita gente faz. Apoiam-se em seus argumentos científicos pra explicar as dores e as flores do mundo passando a acreditar em mentiras que a má ciência propõe, dando valor a tudo o que destrói as evidências da existência de Deus. O livro está cheio de argumentos e contra-argumentos muito bons. Gostei bastante.