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Disciplina:
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Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Guia de Turismo das Escolas Estaduais
de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado/organizado pela professora Luiziânia da Silva Gonçalves -
2018
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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Caros estudantes!
SEDUC
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SUMÁRIO
UNIDADE I
1. História da Arte 05
1.1 Breve história da arte 05
1.2 Conceito 07
1.3 Arte popular e arte erudita 07
1.4 Arte nas localidades 08
1.4.1.Arte brasileira 08
1.4.2.Arte no Ceará 09
1.4.2.1.Artistas cearenses 16
2. Aspectos da História da Arquitetura e Estilos Arquitetônicos 39
2.1 Estilos arquitetônicos 40
2.1.1.Arquitetura egípcia 40
2.1.2.Arquitetura clássica 40
2.1.3.Arquitetura romana 40
2.1.4.Arquitetura contemporânea 42
2.1.5. Arquitetura gótica 43
3. Patrimônio 44
3.1. Conceito 44
3.2. Classificação 45
3.2.1.Patrimônio histórico 45
3.2.2.Patrimônio cultural 45
3.2.3.Patrimônio ambiental 46
3.3. Preservação e Proteção 46
4. Identidade Cultural 47
4.1. Conceito 47
4.2. Memória 48
UNIDADE II
5. Educação Patrimonial 48
5.1. Patrimônio cearense 49
5.1.1.Patrimônio histórico, artístico e cultural do Ceará 49
6. Cultura popular tradicional 54
6.1.História 54
6.2.Conceitos 57
6.3.Manifestações da cultura popular tradicional 58
6.4.Formação étnica brasileira - Ceará 61
7. Manifestações da Cultura Popular Tradicional Cearense 62
7.1.Mitos e lendas 64
7.1.1. Lendas e curiosidades de Fortaleza e interior do Ceará 64
7.1.2. Lendas urbanas 65
7.2.Uso e costumes 68
7.3.Teatro Popular 69
7.4.Danças e folguedos 69
7.5.Artesanato 76
7.6.Gastronomia 77
7.7.Festas e tradições populares 79
7.8.Grupos de projeção folclórica 82
7.9.Espetacularização, aculturação e uso turístico 87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 89
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UNIDADE I
1. HISTÓRIA DA ARTE
1.1. Breve história da arte
A História da Arte acompanha todo o desenvolvimento da história da humanidade. E isso pode ser visto desde a arte
rupestre até os nossos dias.
A História da Arte é muito vasta e complexa, pois acompanha todo o desenvolvimento do
ser humano. Sendo assim, ela está dividida em vários períodos, nos quais se verificam as
variadas formas de produção artística de inúmeras civilizações ao longo da história humana.
Alguns historiadores entendem que a História da Arte, desde a Pré História até os nossos dias,
traduz a própria história da humanidade, isto é, revela o processo de auto compreensão humana.
Um dos temas iniciais em história da arte, por exemplo, é ―A Arte na Pré-História‖, período
no qual podem ser colhidas informações sobre os sistemas simbólicos desenvolvidos pelos
homens primitivos, suas técnicas (como a arte rupestre) e os principais lugares do mundo onde
esse tipo de arte pode ser encontrado atualmente.
Não podemos deixar de falar também sobre a arte desenvolvida pelas grandes civilizações
da Antiguidade no Ocidente e no Oriente Médio, como a arte da Mesopotâmia, a arte do Egito
Antigo, a Arte Persa, a Arte Grega, a Arte Romana, a Arte Bizantina e a Arte Cristã Primitiva,
essa última divide-se entre a fase da produção artística oficial e a produção
nas catacumbas romanas.
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Seguindo cronologicamente, temos a arte no período da Idade Média, com temas como
a Arte Gótica, que pode ser esmiuçada no estudo dos vitrais góticos e na especificidade do gótico
alemão, além das catedrais medievais e as técnicas de pinturas que estabeleceram as bases
para os artistas do Renascimento.
Outros temas também estão inseridos no campo da História da Arte, como aqueles dos
séculos XVIII e XIX, isto é, o Romantismo, o Simbolismo e o Impressionismo; bem como os
temas relacionados com a arte moderna, ou seja, a arte de vanguarda do século XX, sendo
o surrealismo um dos exemplos prementes.
Ao longo do tempo, as artes visuais têm sido classificadas de várias formas diferentes,
desde a distinção medieval entre as artes liberais e as artes mecânicas, até à distinção moderna
entre belas artes e artes aplicadas, ou às várias definições contemporâneas, que definem arte
como a manifestação da criatividade humana. O alargamento da lista das principais artes durante
o século XX definiu nove: arquitetura, dança, escultura, música, pintura, poesia (aqui definida em
sentido lato como forma de literatura com um propósito ou função estética, o que inclui também
o teatro e a narrativa literária), o cinema, a fotografia e a banda desenhada. Quando considerada
a sobreposição de termos entre as artes plásticas e as artes visuais, inclui-se também o design e
as artes gráficas. Para além das formas tradicionais de expressão artística, como a moda ou
a gastronomia, estão a ser considerados como arte novos meios de expressão, como
o vídeo, arte digital, performance, a publicidade, a animação, a televisão e os jogos de
computador.
A "história da arte" é uma ciência multidisciplinar que procura estudar de modo objetivo a
arte através do tempo, classificando as diferentes formas de cultura, estabelecendo a
sua periodização e salientando as características artísticas distintivas e influentes. O estudo da
história da arte teve início durante o Renascimento, ainda que limitado à produção artística
da civilização ocidental. No entanto, ao longo do tempo foi-se impondo uma visão alargada da
história artística, procurando-se compreender e analisar a produção artística de todas
as civilizações sob a perspectiva dos seus próprios valores culturais.
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Hoje em dia, a arte desfruta de uma ampla rede de estudo, difusão e preservação de todo
o legado artístico da humanidade ao longo da História. Durante o século XX assistiu-se à
proliferação de instituições, fundações, museus, e galerias, tanto no setor público como privado,
dedicados à análise e catalogação de obras de arte e exposições destinadas ao público em geral.
Os eventos internacionais, como as bienais de Veneza ou de São Paulo ou
a Documenta contribuíram bastante para a formação de novos estilos e tendências. Os prémios,
como o Prémio Turner, o Prémio Wolf de Artes, o Prémio Pritzker de arquitetura, o Prémio
Pulitzer de fotografia ou os Óscares do cinema promovem também as melhoras obras criativas a
nível internacional. As instituições como a UNESCO, através da criação de listas do Património
Mundial, apoiam também a conservação dos mais significativos monumentos mundiais.
1.2. Conceito.
História da arte é a história de qualquer atividade ou produto realizado pelo homem com
propósito estético ou comunicativo, enquanto expressão de ideias, emoções ou formas de ver o
mundo.
A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto a
sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma
obra. Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais
e culturais dentro da sociedade.
Para ficar mais evidente a diferença entre arte popular e arte erudita, é fundamental
traçarmos algumas pontuais diferenças.
A arte popular é a arte da intuição, aquela em que o artista exerce seu ofício sem ter
frequentado escolas de artes para esse fim. Apesar disso, suas obras são de altíssimo
reconhecimento estético e artístico.
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A arte brasileira surgiu da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da pré-
história há mais de 5 mil anos, até a arte primitiva. Ela também foi influenciada pelo estilo artístico
de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da pré-história brasileira, com vários sítios arqueológicos
espalhados pelo território e tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional). Outra a ser citada é a arte indígena, na época do descobrimento do Brasil, quando no
início, havia cerca de 5 milhões de índios. Atualmente, esse número foi reduzido, assim como
parte de sua cultura.
Na invasão dos holandeses que ficaram no nordeste do Brasil por quase 25 anos, no início
de 1624, se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem
defendido o Brasil de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram
para o Recife, trazendo a cultura holandesa.
Outro estilo que surgiu foi o Barroco, ligado ao catolicismo. A influência da Missão Artística
Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população
começou a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens
dos índios brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica,
sendo que era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas
Artes).
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O Ceará abriga obras de arte realizadas por grandes nomes que souberam dignificar a
comunidade artística cearense nas últimas décadas. Aldemir Martins, que é um dos artistas de
maior visibilidade nacional, emigrou jovem para o sul do país, onde fez carreira brilhante. Desde o
começo, trabalhou na realização de obras em mosaico para a empresa Vidrotil em São Paulo, ali
pelos anos 50. Decorrido quase meio século, Aldemir retornou ao seu Estado para produzir um
belíssimo painel, colocado no Centro Cultural Dragão do Mar, um dos pontos de maior visibilidade
do turismo de Fortaleza.
E é preciso lembrar também que o artista cearense Zenon Barreto, que faleceu em 2002,
aos 84 anos de idade, também deixou um legado de obras em Fortaleza, das quais se destaca a
que está hoje à frente da Procuradoria Geral da Justiça do Estado do Ceará, na Rua Assunção,
1100, onde outrora ficava a sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Além
desta obra, Zenon produziu o painel "Estivadores" colocado à frente do Centro de Exportadores
do Ceará.
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Aldemir Martins
Criado em 1996 pelo governo do Ceará, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é uma
área construída em 30 mil metros quadrados dentro de Fortaleza que engrandece o estado por se
tornar em tão pouco tempo um espaço de referência para o turismo e para a cultura nacional.
O Dragão do Mar não é simplesmente uma expressão pitoresca e folclórica. Longe disso,
trata-se do apelido do jangadeiro Francisco José Nascimento, nascido em 1839, que se tornou
um herói popular em função da luta que desencadeou pela libertação dos negros cativos no
Ceará.
Oito anos após sua morte, nascia em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Aldemir Martins, que se
tornaria em muito pouco tempo um dos maiores artistas brasileiros do século XX, responsável por
uma obra cheia de claridade, de luz e de cores, com as quais cobriu o Brasil de norte a sul. Além
de telas, murais, gravuras e desenhos, teve milhares de obras reproduzidas em todos tipos de
produtos industrializados, como pratos, xícaras, tecidos, embalagens e até mesmo na abertura de
novelas da Globo.
Mesmo quem disser que não o conhece, com certeza já terá, uma ou mais vezes na vida,
cruzado com alguns de seus trabalhos, diretamente, ou mediante reproduções de suas obras em
revistas, jornais, catálogos ou por lembrança de seus desenhos na abertura da novela ―Gabriela,
Cravo e Canela‖.
É uma carreira vastíssima para ser lembrada aqui, mas cabe observar que foi um dos
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artistas brasileiros que mais cedo alcançou os cumes da glória. Deixou o Ceará em 1945,
viajando para o Rio e no ano seguinte foi para São Paulo, onde acumulou prêmios e projetou uma
obra vigorosa, na qual se incluem muitas obras murais, incluindo painéis em mosaicos para
prédios em São Paulo. Há presença de um deles na fachada de residência no bairro do Brooklin
em pastilhas da Vidrotil, realizado em 1955.
O painel já se tornou um cartão postal do local, tornando-se uma obra fundamental que
assinala um gesto importante na carreira de Aldemir por marcar seu retorno, já octogenário, a
uma linguagem plástica da qual se afastara por quase cinco décadas. Ele será sempre lembrado
pelo muito que fez pelas artes plásticas brasileiras, mas a marca visual que ficará para sempre,
com certeza, será este painel no espaço do Dragão do Mar.
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Um livro foi lançado há menos de uma década pelo professor e ensaísta Vamireh Chacon,
da Universidade de Brasília, examinando as raízes da formação brasileira e de sua matriz
portuguesa e hispânica no contexto ibérico. De ponta à ponta do livro há informações que indicam
sucessivos episódios em que as Casas Reais da Península Ibérica buscam juntar os dois Reinos
através de consórcios conjugais ou por outros caminhos como protocolos de integração, de
amizade ou ainda por dispensa alfandegária e outras atitudes amistosas que levam a
integração progressiva, não apenas a nível de Estado como também através da Igreja, enlaçando
a histórica vocação católica dos dois países.
Trata-se de uma proposta polêmica, mas de grande alcance e descortino para o debate
em torno da globalização e das associações internacionais que vêm moldando o mundo
contemporâneo, como a comunidade europeia, a Alca, o Mercosul e tantas outras.
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É no corpo desse conjunto de ideias que ganha mais destaque e significado o painel em
pastilhas vítreas realizado pelo artista Estrigas, que o inaugurou em outubro de 2004, aos 85
anos de idade, na cidade de Fortaleza. A obra é uma visão própria sobre a chegada do
navegador espanhol Vicente Yanez Pinzón à ponta do Mucuripe, no Ceará.
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Estrigas é o pseudônimo empregado por Nilo de Brito Firmeza, um dos artistas mais
conceituados do Ceará, que transformou sua casa, no Mondubim, em Fortaleza, num museu
aberto à visitação pública, que funciona desde 1969, sempre com muita dificuldade pela falta de
apoio público.
Ao festejar o episódio, o mural de Estrigas traduz o espírito novo que preside a história
brasileira, sem mutilações e sem preconceitos. E projeta no espaço cearense uma obra plena de
vitalidade e cores, arrojada pela força do tema e pelo uso da linguagem musiva que traduz o que
há de mais atual na retomada do muralismo (pintura de murais) nas artes contemporâneas.
Zenon Barreto
Dentre muitas obras é autor da estátua Iracema Guardiã, na Praia de Iracema, ícone da
cidade de Fortaleza. O artista desenhou o Painel de Pastilhas (1960/61) localizado nos pilotis do
prédio que abriga atualmente a Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará, imóvel onde
no passado funcionou o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) - Rua
Assunção 1.100-Fortaleza.
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O painel "Os Estivadores", criado em 1965 pelo artista plástico Zenon Barreto foi
restaurado e entregue, à sociedade fortalezense, durante a solenidade de inauguração do Anexo
4 da Secretaria da Fazenda. O histórico prédio do antigo "Centro dos Exportadores" foi reformado
para abrigar agora três departamentos da Sefaz. O mural é uma das poucas obras do período
modernista cearense é também uma das mais significativas, retrata a atividade de trabalhadores
portuários no Ceará.
A dimensão do painel é da ordem de 9,4 metros por 7,7. Devido ao desaparecimento das
pastilhas originais, algumas cores tiveram que ser alteradas, mas outras foram procuradas com
tonalidades bem próximas das que despencaram da obra. O filho de Zenon, Fred Barreto, foi
consultado permanentemente ao longo do trabalho.
Hgougon, julho de 2010
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ATORES
Chico Anysio
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido artisticamente como Chico
Anysio (Maranguape, 12 de abril de 1931 — Rio de Janeiro, 23 de março de 2012), foi
um humorista, ator, comentarista, compositor, diretor de cinema, escritor, pintor, radialista e roteirista
brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, emissora
onde trabalhou por mais de 40 anos.
Ao dirigir e atuar ao lado de grandes nomes do humor brasileiro no rádio e na televisão,
como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte
Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, José Vasconcellos e muitos outros, tornou-se o mais famoso,
criativo e respeitado humorista da história do Brasil.
Edmilson Filho
Edmilson Filho (nascido em 21 de setembro de 1976, Fortaleza, Ceará) é
um comediante e ator brasileiro de cinema e teatro.
Ainda envolvido com as artes marciais, Edmilson iniciou sua carreira como stand up
comedian aos 17 anos de idade, em Fortaleza, cidade em que nasceu. Conheceu Halder
Gomes ainda na adolescência e por convite dele, participou do curta-metragem O Astista contra o
caba do mal que futuramente seria adaptado para um longa-metragem e conhecido apenas
por Cine Holliúdy. Com o longa Cine Holliúdy, Edmilson ganhou prêmios como "Prêmio Quem
2013 de melhor ator".
No teatro, Edmilson teve mais de 300 aparições em peças de 1993 até 2002, e depois
ficou um tempo sem fazer teatro. Com o tempo em que morou nos Estados Unidos, Edmilson
teve de perto a percepção das diferenças culturais entre brasileiros e americanos e com isso teve
a ideia de fazer uma peça juntamente com Halder Gomes, a Made In Ceará, que realiza desde
2013 e atualmente novo espetáculo Notas – Uma Comédia de Relacionamentos. Em 2015, atuou
no primeiro episódio da série Os Experientes como um segurança atrapalhado e paralelamente
protagonizou as três temporadas da websérie Tome Prumo. Em 2018, retorna ao papel de Francis
nos cinemas com a sequência de Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral[5] e na TV, estrelando ao
lado de Letícia Colin,Cine Holliúdy, agora como série, exibida pela Rede Globo.
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Emiliano Queiroz
Emiliano de Guimarães Queiroz (Aracati, Ceará, 01 de janeiro de 1936) é
um ator, radialista, locutor, radioator, autor, diretor e roteirista brasileiro.
Quando tinha 4 anos, seu pai o levou para assistir a O Mártir do Gólgota, peça de Henrique
Perez Escrich, despertando definitivamente a sua vocação. Aos 10 anos, sua família se mudou
para Fortaleza. Decidido a seguir a carreira artística, aos 14 anos entrou para o Teatro
Experimental de Arte, uma importante companhia cearense. Pouco depois, começou a trabalhar
na Ceará Rádio Clube. Aos 17 anos, pegou carona num caminhão e foi para São Paulo, onde
chegou a fazer pequenos papéis em peças como O Pagador de Promessas, de Dias Gomes,
no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Três anos mais tarde, voltou para Fortaleza, onde
trabalhou por dois anos como ator, humorista, apresentador de programas, produtor, cenógrafo e
contrarregra na TV Ceará.
Fez parte da primeira turma de formandos do curso de Artes Dramáticas da Universidade
Federal do Ceará. A partir de 1964, Emiliano participou de inúmeras telenovelas, minisséries
e filmes.
José Wilker
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Gabus Mendes e Roque Santeiro, na telenovela homônima de Dias Gomes e Aguinaldo Silva.
Em 1976, o participou dos filmes Xica da Silva e Dona Flor e Seus Dois Maridos, em que
interpretou o papel do boêmio Vadinho. Em 1979, foi Lorde Cigano em Bye Bye Brasil.
No início dos anos 1980, passou a dirigir a Escola de Teatro Martins Pena. Dirigiu as
telenovelas Louco Amor em 1983, e no ano seguinte Transas e Caretas. Em 1985,
interpretou Roque Santeiro, personagem tema da telenovela homônima.
Em 1987, passou rapidamente pela extinta TV Manchete, acumulando as funções de
diretor e ator nas telenovelas Carmem e Corpo Santo. Retornando à Globo, destacou-se em
minisséries como Anos Rebeldes (1992) e Agosto(1993). Em 1996, foi também diretor do
programa humorístico Sai de Baixo, e no mesmo ano publicou uma coletânea de crônicas em seu
livro Como Deixar um Relógio Emocionado, como resultado de seu trabalho como crítico de
cinema na TV Cultura, escrevendo também regularmente crônicas sobre o assunto para o Jornal
do Brasil.
Viveu o personagem Antônio Conselheiro, no filme Guerra de Canudos lançado em 1997,
em que também atuou como produtor. Em 2000, foi Dom Diego na minissérie A Muralha. Em
2003, assumiu o cargo de diretor-presidente da RioFilme. Em 2004 viveu Giovanni Improtta, um
ex-bicheiro, na telenovela Senhora do Destino. Ficaram famosos seus bordões "felomenal" e "o
tempo ruge, e a Sapucaí é grande". No mesmo ano, atuou no filme O Homem da Capa Preta,
como Tenório Cavalcanti. Em 2006, atuou na minissérie JK, no papel do presidente Juscelino
Kubitschek e em 2007, viveu Luis Gálvez na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes,
e Francisco Macieira na telenovela Duas Caras. No ano seguinte, atuou na telenovela Três
Irmãs e em 2009 na minissérie Cinquentinha.
Em 2010, foi Dr. Mourão na série Na Forma da Lei e em 2011, viveu Zeca Diabo na
minissérie em quatro capítulos O Bem-Amado, adaptada do filme homônimo de 2010, em que
também havia atuado. Ainda em 2011 foi Umberto Brandão na telenovela Insensato Coração e no
ano seguinte foi a vez de Gabriela, interpretando o Coronel Jesuíno Mendonça, personagem que
ficou marcado pelo bordão "eu vou lhe usar". A telenovela foi um remake da trama original de
1975, em que o ator havia vivido Mundinho Falcão. Em 2013, um dos seus personagens mais
famosos saiu da TV e foi para o cinema: Giovanni Improtta.
Luíza Tomé
Luíza Francineide Coutinho Tomé Fachini (Distrito de São Bento da
Amontada, então Itapipoca, 10 de maio de 1964) é uma atriz brasileira.
O sucesso não ocorreu até 1989, quando ela interpretou a teúda e manteúda de Modesto
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Matheus Ceará
Matheus Lourenço Souza Martone (Fortaleza, 18 de maio de 1984), mais conhecido pelo
seu nome artístico de Matheus Ceará, é um humorista, ator, produtor e redator brasileiro.
Atualmente faz parte do elenco principal da A Praça é Nossa no SBT desde 2012.
Em 2006, Matheus estrela o show ―Sorrir é Arte, Chorar de Rir faz Parte‖, no qual
apresenta ao público outros de seus personagens, tais como o bêbado Chico Manguaça e a drag
queen Rose Pink. Em 2008, Matheus Ceará participa do 5o. Festival de Piadas do Show do Tom,
exibido pela Rede Record, e é um dos finalistas do concurso. Porém, desponta de fato para o
cenário nacional, em 2010, ao ser vencedor de outro concurso da mesma emissora, ―O mais novo
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Tadeu Mello
Tadeu dos Santos Mello (Fortaleza, 22demaio de 1965) é
um ator, apresentador, dublador, humorista e escritor brasileiro. É mais conhecido
por dublar a preguiça Sid nos cinco filmes da franquia A Era do Gelo, pelo personagem Tatá
dos humorísticos A Turma do Didi e as Aventuras do Didi e por ter interpretado o atrapalhado
Cabo Citonho no filme e na peça homônima de Guel Arraes Lisbela e o Prisioneiro de 2003.
Tom Cavalcante
Antônio José Rodrigues Cavalcante (Fortaleza, 8 de março de 1958) mais conhecido como
Tom Cavalcante, é humorista, ator, apresentador, radialista e dublador brasileiro.
Em 1979, aos dezesseis anos, começou a carreira se apresentando em bares
no Ceará fazendo números de humor em esquetes onde fazia imitações de diversos artistas. Em
1982 Tom foi ao Rio de Janeiro e pediu emprego em algum humorístico da emissora, alegando
ser promissor como humorista, porém foi recusado pela emissora. Em 1984 tentou participar
do Show de Calouros, no SBT, porém não foi selecionado pela produção para se apresentar no
palco. No mesmo ano conquistou uma vaga como radialista na Rádio Verdes Mares, onde
apresentou o programa humorado Ligação Direta por cinco anos. Durante as eleições de 1986,
trabalhou abrindo comícios políticos com esquetes imitação. Em 1987 apresentou o telejornal VM
Notícias, na TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo. Em 1989 conhece Chico Anysio, que o
convida a retornar a capital carioca para participar do Chico Anysio Show. Com o final deste,
passa a participar de outro programa de Chico: a Escolinha do Professor Raimundo, vivendo o
bêbado João Canabrava, personagem criado por ele mesmo. Em 1996, Daniel Filho o convida
para participar do Sai de Baixo, vivendo o porteiro Ribamar.
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PINTORES
O movimento de maior destaque na história da pintura cearense foi o modernismo com o
surgimento da Sociedade Cearense de Artes Plásticas em 1944 que reuniu vários pintores
como Antônio Bandeira, Otacílio de Azevedo, Aldemir Martins, Camelo Ponte, Inimá de
Paula, Zenon Barreto e outros. Bandeira é considerado um dos maiores
pintores abstracionistas do Brasil. Antes desse movimento alguns importante pintores cearenses
foram Raimundo Cela e Vicente Leite que no começo do século XX retrataram várias paisagens
do sertão e litoral do estado.
Na segunda metade do século XX o suíço Jean-Pierre Chabloz em passagem pelo Ceará
descobriu a arte do acreano de origem cearense Chico da Silva no Pirambu retratando figuras
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primitivas de dragões e outros animais com carvão e tinta guache. Seu estilo foi classificado
como arte naïf (artista sem formação acadêmica) e teve grande destaque até a década de 1980.
No final do Século XX o pintor Leonilson foi o maior destaque cearense na pintura.
ESCULTORES
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Brasileira/Desenho e Gravura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Faz parte do grupo de
artistas que revolucionou o meio artístico brasileiro com a retomada do ―prazer‖ da pintura,
conhecido como Geração 80. A obra de Leonilson inclui pinturas, desenhos, bordados e algumas
esculturas e instalações. Para a crítica Lisette Lagnado, o artista foi movido pela necessidade de
registrar sua subjetividade. Assim suas peças são construídas como cartas para um diário íntimo.
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Para expor o trabalho, Zé Pinto reinventou a galeria. Derrubou muros e socializou a arte em
espaços ao ar livre. Em 1975, Zé Pinto expôs no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes
uma escultura do cantor Luiz Gonzaga, confeccionada a partir de pára-choques, parafusos e
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outras sucatas de carro. Na década de 1980, quando o álcool veio como promessa para substituir
a gasolina, Zé Pinto pegou um fusca e colocou na placa a inscrição ―coma alcoólica‖. Espirituoso,
Zé Pinto batizou de Pintódromo o canteiro que funcionou como a vitrine de suas obras.
O sucesso chegou rapidamente. Inicialmente, as criações de Zé Pinto foram expostas nos
museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza, para rapidamente transpor as fronteiras do Ceará,
do Nordeste e do Brasil. Sua produção artística pode ser encontrada em museus de Portugal e do
Vaticano, além de figuras em acervos particulares nas cidade de Frankfurt e Colônia, na
Alemanha, bem como em Nova York e New Hampshire, nos Estados Unidos.
Ele parou de produzir em 1996, ano da morte de sua esposa, dona Zenor. Zé pinto faleceu
em 2004.
Fonte: Wikipédia/Imagens: Claudio Lima / Blog Ceará é Notícia
ARQUITETOS
Falcão (cantor)
Marcondes Falcão Maia (Pereiro, 16 de setembro de 1957), mais conhecido pelo seu nome
artístico Falcão, é um humorista, cantor, apresentador e compositor brega notado pelo estilo
irreverente e cômico. Tem nove discos gravados, com sucessos como as canções "I'm not dog
no", "Black People Car", "Holiday Foi Muito" e "I Love You Tonight".
Por gostar de desenhar, opta pela área de arquitetura. Após se formar técnico em
edificações na Escola Técnica Federal do Ceará em 1978, Falcão começa a trabalhar como
desenhista enquanto tentava o vestibular da Universidade Federal do Ceará, na qual ingressou
no curso de Arquitetura depois de cinco tentativas em 1982. Ao mesmo tempo, investia na
carreira artística. Em 1980 funda, juntamente com Flávio Paiva, Matos, Eugênia Nogueira e
outros estudantes de comunicação social, a publicação Um Jornal Sem Regras, cujos integrantes
também formaram um grupo musical, o Bufo-Bufo. As composições eram irreverentes mas com
consciência política, já que Matos e Paiva queriam fazer uma coisa mais séria pendendo
para MPB, mas Falcão mudava as letras para ficarem mais cômicas. Formou-se em Arquitetura
em 1988 e abriu um escritório com colegas no qual trabalhou por três anos, até resolver focar
mesmo na música.
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Fausto Nilo
Fausto Nilo Costa Júnior (Quixeramobim, 5 de abril de 1944) é
um compositor, arquiteto e poeta brasileiro.
Deixou a cidade natal aos onze anos de idade e foi para a capital, Fortaleza, onde viria a
se formar em Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará. Junto
com Antônio Carlos Aires Medina. Em 1971 mudou-se para Brasília e depois São Paulo e Rio de
Janeiro. Gravou o primeiro grande sucesso, Fim do mundo, em 1972. É considerado até hoje, ao
lado de Paulo César Pinheiro, Ivan Lins, Vítor Martins, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim,
Roberto & Erasmo Carlos Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Noel Rosa, um dos compositores
com maior número de composições, cerca de 400 sucessos.
Fausto Nilo é arquiteto formado há 41 anos pela Faculdade de Arquitetura da Universidade
do Ceará. Hoje, é sócio presidente da empresa Fausto Nilo Arquitetura, na qual desenvolve
projetos de edificações, complexos de uso público, equipamentos turísticos, planos diretores e
projetos de urbanismo em diversas escalas. Entre as obras de edificação se destacam aquelas de
uso público em que foi coautor, como a reforma e adaptação da Ponte dos Ingleses, o Mercado
São Sebastião, a Nova Praça do Ferreira, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a reforma e
adaptação do Hotel Oásis Atlântico, vários centros educacionais e edifícios residenciais
multifamiliares, todos em Fortaleza.
MÚSICOS
O gênero musical mais identificado com o Ceará é o forró, em suas variadas formas,
inicialmente caracterizado especialmente pelo tradicional forró pé-de-serra, contando apenas com
alguns poucos instrumentos como sanfona e triângulo. Nos anos 40, o cearense Humberto
Teixeira formou uma famosa parceria com o pernambucano Luiz Gonzaga, criando o baião, que
se tornou muito apreciado. Uma das principais tradições da música cearense - e, principalmente,
do Cariri - são também as bandas cabaçais, que utilizam pífanos, zabumbas e pratos e
frequentemente fazem acompanhar sua música com movimentos e acrobacias com facões, com
destaque para a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto. Outros representantes tradicionais da
música cearense são os seresteiros e repentistas.
Dos anos 80 em diante, cresceu bastante o chamado forró eletrônico, que adotou novos
instrumentos e absorveu muitas influências de diversos estilos populares, afastando-se um pouco
da tradição do "pé-de-serra" e ganhando grande popularidade no estado.
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No entanto, o papel do Ceará na música se estende para muito além do forró. O importante
momento musical dos anos 60, no qual floresceram a MPB e o tropicalismo no Brasil, também
teve grande influência no Ceará, através de artistas como Ednardo, Belchior, Fagner, Amelinha, J.
Camelo Ponte e outros, alguns dos quais conseguiram projeção nacional, recebendo da crítica
musical o apelido de "pessoal do Ceará".
Inusitadamente, o Ceará tem também tido certo destaque na música clássica brasileira,
embora aí não encontre grandes incentivos. Um dos mais destacados compositores clássicos
brasileiros foi o cearense Alberto Nepomuceno, considerado o "pai" do nacionalismo na música
erudita do Brasil. Outro representante da música clássica foi o renomado regente Eleazar de
Carvalho, um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Brasileira e professor de maestros célebres,
como Claudio Abbado e Zubin Mehta. Em sua homenagem foi criada a Orquestra de Câmara
Eleazar de Carvalho. Nessa seara, há também iniciativas que unem a música à filantropia como a
Orquestra Filarmônica da Chapada do Araripe, em Araripe e a Sociedade Lírica do Belmonte, no
Crato.
Alcymar Monteiro
Antonio Alcymar Monteiro dos Santos (Aurora, 13 de fevereiro de 1950) é
um cantor e compositor brasileiro de forró e frevo. É considerado um dos grandes intérpretes da
música nordestina, mais especificamente do Forró tradicional, sendo conhecido como o Rei do
Forró.
O cantor e compositor Alcymar Monteiro nasceu no distrito de Ingazeiras, em Aurora,
no Ceará, e se mudou para Juazeiro do Norte, onde passou sua infância. Filho de Artur Monteiro
dos Santos e Maria Fernandes dos Santos. Estudou música no Conservatório Alberto
Nepomuceno, em Fortaleza. Porém foi em Recife, onde reside atualmente, que Alcymar Monteiro
conseguiu se destacar no cenário musical.
Pesquisador dos ritmos nordestinos, Alcymar faz um trabalho versátil sem perder o foco na
autêntica música nordestina. Em mais de três décadas de carreira já teve suas músicas gravadas
por grandes nomes da MPB como Zé Ramalho e Alceu Valença. Já fez duetos com Luiz
Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Marinês entre outros.
Assim como os seus contemporâneos Oswaldinho, Flávio José, Assisão, Jorge de Altinho e
outros, Alcymar Monteiro é um artista que agregou novos elementos ao forró. As mudanças
ocorreram na instrumentação (acrescentou percussões, metais, novos vocais, etc.), na forma
musical (adição de vocalizações, coro com vozes do próprio cantor), nos arranjos (ampla
diversificação instrumental em vários discos e shows), no figurino (estabelece a cor branca como
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base do seu figurino, em contraponto às tonalidades do couro estabelecida por Luiz Gonzaga), na
interpretação, nos ritmos, na performance e nas temáticas das letras (busca uma leitura mais
abrangente do Nordeste, não se reportando apenas ao Sertão, mas estendendo-se às
manifestações culturais de diversos estados nordestinos).
No entanto, Alcymar Monteiro não se restringe à música; ele tem sido também um corajoso
ativista político no mercado nordestino. Tudo começou nos anos 1990, quando Alcymar tornara-
se o que podemos chamar de porta-voz das vaquejadas que despontavam como uma das mais
populares manifestações em todo o Nordeste e em outras regiões do Brasil.
Amelinha
Amélia Cláudia Garcia Collares, mais conhecida como Amelinha (Fortaleza, 21 de
julho de 1950), é uma cantora e compositora brasileira.
Amelinha iniciou sua carreira na década de 1970, ao lado de outros cantores cearenses
como Fagner, Belchior e Ednardo. O grupo ficou conhecido no meio artístico como "pessoal do
Ceará". Partiu de sua terra natal, no ano de 1970, para cursar comunicação na cidade de São
Paulo. Cantando inicialmente como amadora, Amelinha participou de shows do cearense Fagner,
de quem é amiga.
A partir do ano de 1974, inicia sua carreira profissional na música, se apresentando em
programas televisivos. Em 1975, viaja para Punta del Este, no Uruguai, na companhia de Vinicius
de Moraes e Toquinho.
Dois anos depois, Amelinha lança o disco Flor da Paisagem, sob produção de Fagner, e foi
apontada como cantora revelação da MPB. Em 1979, ganha o disco de ouro com o lançamento
do LP Frevo Mulher. Mas foi em 1980 que Amelinha foi consagrada como uma grande intérprete
da Música Popular Brasileira, com a canção Foi Deus que fez você, composta por Luiz Ramalho,
no festival MPB 80, da Rede Globo. A canção foi classificada em 2º lugar, e vendeu mais de um
milhão de discos compactos, alcançando o 1º lugar nas paradas das rádios FM e AM.
Nessa época, já possuía diversas gravações e alguns discos produzidos por Zé Ramalho.
Em 1982, interpreta a canção-tema da minissérie Lampião e Maria Bonita, exibida na Rede
Globo, intitulada Mulher nova, bonita e carinhosa, faz o homem gemer sem sentir dor, e o disco
homônimo ficou entre os 50 mais vendidos do ano de 1982. Romance da lua, lua, lançado
em 1983, é uma tradução de um poema de Garcia Lorca em Romanceiro Cigano (no original
em espanhol, Romancero Gitano).
Em 2011, lançou Janelas do Brasil, com canções de Belchior, Zeca
Baleiro, Ednardo, Fagner, Geraldo Espíndola, Alceu Valença e uma das mais recentes revelações
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Belchior
Antônio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior (Sobral, 26 de outubro de 1946 –
Santa Cruz do Sul, 30 de abril de 2017), foi um cantor e compositor brasileiro. Um dos membros
do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha, Rodger, e outros, Belchior
foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em
meados da década de 1970.
Em certa época, Belchior fez uma brincadeira adicionando os sobrenomes dos pais ao seu,
dizendo que seu nome completo seria: "Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes",
para dizer que seria o "maior nome da MPB".
Seu álbum Alucinação, de 1976, é considerado por vários críticos musicais como o mais
revolucionário da história da MPB e um dos mais importantes de todos os tempos para a música
brasileira. Não à toa, em 2012, Belchior apareceu na posição 58 da lista As 100 Maiores Vozes da
Música Brasileira pela Rolling Stone Brasil.
Belchior ganhou o primeiro lugar no IV Festival Universitário de 1971 com a música "Hora
do Almoço", interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Entre os seus maiores sucessos estão
"Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Como Nossos Pais", "Mucuripe" e "Divina Comédia
Humana". Outras composições de Belchior de grande sucesso foram "Paralelas" (gravada por
Vanusa) e "Galos, Noites e Quintais" (regravada por Jair Rodrigues)
Ednardo
José Ednardo Soares Costa Sousa, cujo nome artístico é Ednardo nasceu em
Fortaleza, Ceará, em 17 de abril de 1945), é um cantor e compositor brasileiro, compositor da
canção Pavão Misterioso, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará. Ednardo é pai da
atriz Joana Limaverde.
Ednardo iniciou a carreira musical em Fortaleza, Ceará, no início da década de 1970,
juntamente com outros artistas conterrâneos, como Fagner, Belchior e Amelinha. Já no início da
carreira, venceu o Festival Nordestino da Música Brasileira, momento a partir do qual passou a ter
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maior projeção na cena musical cearense. Atualmente possui projeção internacional, sendo suas
músicas tocadas em vários países da América Latina, Europa e EUA. Lançou 14 álbuns musicais
e fez várias parcerias, possuindo mais de 300 músicas compostas. Atua também
no cinema e teatro, onde compõe inúmeras trilhas musicais.
Ednardo teve importantíssimo papel no cenário musical cearense, com grande contribuição
para a promoção da cultura, música e artistas do Ceará. Em 1979, em plena Ditadura Militar, foi
protagonista do movimento Massafeira, que reuniu vários artistas cearenses, inclusive o poeta
sertanejo Patativa do Assaré, no Teatro José de Alencar, onde foi gravado o disco homônimo.
Dentre seus maiores sucessos constam: Terral, Ingazeiras, Lagoa de Aluá, Longarinas, Artigo 26,
Pavão Misterioso, Enquanto Engoma a Calça, Flora, A Manga Rosa, Beira-mar, Carneiro, etc.
Suas músicas tem sido interpretadas por vários cantores da MPB, como Elba
Ramalho, Fagner, Belchior, Ney Matogrosso, Vânia Abreu, Amelinha, Nonato Luiz, dentre muitos
outros.
Fagner
Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de
outubro de 1949), é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos
integrantes do chamado Pessoal do Ceará
Mais jovem dos cinco filhos de José Fares, imigrante libanês, e Dona Francisca, Fagner
nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.
O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina,
principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes
Sosa.
Grandes nomes da música brasileira como Luiz Gonzaga, Orlando Silva, Nelson
Gonçalves são referências em sua carreira.
Fagner se torna um nome respeitado no mercado musical. Seus álbuns lhe rendem
sucessivamente discos de ouro (vendas acima de 100 mil cópias) e/ou platina (acima de 500 mil
cópias).
Em 2000 lança a Fundação Social RAIMUNDO FAGNER (www.frfagner.com.br). O
trabalho social desenvolvido pela Fundação tem recebido vários prêmios, entre eles o
Itaú/UNICEF (duas vezes), Cultura Viva (do Ministério da Cultura) e Criança Esperança.
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Patativa do Assaré
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homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava
nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos.
Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no
interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus
poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante
poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os
noventa anos de idade.
A complexidade da obra de Patativa é evidente pela sua capacidade de criar versos tanto
nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica
populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos
feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia a dia (denominada por ele de poesia
"matuta"). Sua música mais famosa é ―Vaca Estrela e Boi Fubá‖, entoada até os dias de hoje por
diversos e diferentes cantadores.
CINEASTA
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Rosemberg Cariry
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destes festivais. Atualmente realiza uma séria de nove documentários, de longa-metragem, sobre
o escritor Ariano Suassuna e o nordeste.
Wolney Oliveira
Nasceu em Fortaleza, 1960, formou-se como cineasta pela Escola Internacional de Cinema
e Televisão de San Antonio de los Baños (EICTV), em Cuba, com especialização em fotografia.
Atualmente é diretor da Casa Amarela Eusélio Oliveira, do departamento de cinema
da Universidade Federal do Ceará, e também Diretor Executivo do Festival Ibero-americano de
Cinema Cine Ceará.
Zelito Viana
Nasceu em Fortaleza, 5 de maio de 1938, mais conhecido como Zelito Viana, é
um cineasta brasileiro. Filho de Francisco Anysio de Oliveira Paula e de Haydee Viana, é irmão
do comediante Chico Anysio e da atriz e comediante Lupe Gigliotti, o que o faz tio da atriz e
diretora Cininha de Paula, do roteirista e ator Bruno Mazzeo e do comediante Nizo Neto.
Casado com a produtora Vera de Paula, é pai da diretora Betse de Paula e do ator Marcos
Palmeira.
HUMOR
O Ceará se tornou conhecido nacionalmente como berço de talentos humorísticos
como Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante, dentre vários outros. Embora a percepção
de que há um Ceará moleque, como verdadeira identidade do povo cearense, seja controversa, a
história do estado é repleta de casos verídicos e curiosos que parecem corroborar com essa
ideia, destacando-se, sobretudo, figuras populares como o Bode Ioiô, que era famoso
em Fortaleza e inclusive foi eleito vereador da cidade, e o Seu Lunga, de Juazeiro do Norte,
famoso pela sua intolerância com perguntas óbvias, assim como eventos como a vaia ao
sol também em Fortaleza, depois de quase um dia inteiro de céu nublado na cidade. A novela
humorística da Record Ceará contra 007 de 1965 ajudou a formar esse imaginário de um Ceará
Moleque.
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LITERATURA CEARENSE
O Ceará é terra de muitos escritores e poetas importantes, podendo-se citar, dentre muitos
outros: José de Alencar, Domingos Olímpio, Rachel de Queiroz, Adolfo Caminha, Antônio
Sales, Jáder Carvalho, Moreira Campos, Gustavo Barroso, Patativa do Assaré, João Clímaco
Bezerra, Ana Miranda etc.
A literatura cearense foi sempre caracterizada por florescer em torno de grupos literários.
José de Alencar, nascido em Messejana (hoje anexada como bairro a Fortaleza), é
considerado o principal romancista do Romantismo brasileiro. Suas obras tornaram-se bastante
famosas, especialmente O Guarani, Iracema e Senhora.
No final do século XIX, surgiu a Padaria Espiritual, uma agremiação cultural formada por
jovens escritores, pintores e músicos. Marcada pela ironia, irreverência e espírito crítico, bem
como por um "sincretismo" literário, a Padaria Espiritual se expressava por meio do jornal O Pão.
Muitos autores criticavam as instituições e valores então vigentes. Para alguns críticos literários e
historiadores, a Padaria Espiritual pode ser considerada um movimento pré-modernista que já
apresentava alguns aspectos do Modernismo, que só surgiria com força em São Paulo quase
trinta anos depois.
Assim, de certa forma, o Ceará foi pioneiro em desenvolver uma literatura irreverente,
relativamente informal e sincrética. A Academia Cearense de Letras foi fundada em 1894 e
durante muito tempo foi a principal instituição literária do estado, congregando alguns dos nomes
mais ilustres da literatura estadual. Hoje, existem diversas instituições similares em todo o Estado
do Ceará. A sua criação inspirou, porém, alguns anos mais tarde, a formação da Academia
Brasileira de Letras.
O Modernismo se consolidou no Ceará por meio do movimento Clã, fundado nos anos 40,
que congregou diversos escritores renomados cearenses: Moreira Campos, João Clímaco
Bezerra, Antônio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Otacílio Collares, Artur Eduardo
Benevides, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, Fran
Martins, José Camelo Ponte, José Stênio Lopes, Milton Dias, Lúcia Fernandes Martins e Mozart
Soriano Aderaldo.
Na década de 70, surgiram outros dois importantes grupos literários no Ceará: O Saco,
uma revista artística inusitada, pois era distribuída com folhas soltas guardadas dentro de um
saco; e o Grupo Siriará, que reuniu diversos jovens escritores, propondo uma literatura cearense
autêntica e desvinculada dos estereótipos que se estabeleceram na retratação literária do
ambiente cearense.
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históricos às ilhas artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta Terra, em linhas,
texturas e cores. Assim como acontece com quase toda atividade humana, é difícil determinar um
período histórico ou uma região e dizer que a arquitetura começou naquele momento. A primeira
notícia que se tem dela está ligada às cidades pioneiras que surgiram no Oriente Médio e na Ásia
Central no sétimo milênio a.C. quando as primeiras residências foram construídas, usando tijolos
de lama secados ao sol, conhecidos como tijolos crus — material que, ainda hoje, é um dos mais
utilizados, principalmente em construções mais populares.
Desenvolveu-se na Grécia Antiga. Grande parte das obras arquitetônica dos gregos era
feita de pedras de mármore. A presença dos arcos, típico do estilo dórico, é um exemplo de estilo
presente nos templos e palácios da Grécia Antiga. Um dos principais exemplos da arquitetura
grega é o Parthenon, templo construído no século V a.C. e dedicado à Atena (deusa protetora da
cidade de Atenas).
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Coliseu de Roma
Características principais da arquitetura romana:
- Solidez nas construções (característica que herdaram dos etruscos);
- Uso do arco nas construções;
- Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos,
muros e outros tipos de espaços);
- Construções sóbrias, funcionais e luxuosas.
Aquedutos
Arcos com canaletas que conduziam a água dos reservatórios para as cidades. Eram feitos
de pedra e significou um avanço na canalização e distribuição de água na Antiguidade.
Templos
Eram construídos em homenagem aos deuses. Eram luxuosos e bem iluminados.
Possuíam apenas um portal de entrada com escada de acesso.
Arcos de Triunfo
Eram construídos em homenagem aos imperadores, principalmente, para marcar grandes
feitos e conquistas. Eram feitos de pedra ou mármore.
Estradas
Feitas de pedra, eram importantes rotas para o comércio e também deslocamento do
exército, pois ligavam várias cidades, regiões e províncias. Eram tão resistentes que muitas delas
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O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII
ao XV). As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas
características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia com
que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos também
foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas
apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-
quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados.
Com relação às esculturas góticas, o realismo prevaleceu. Os escultores buscavam dar
um aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos).
No tocante à pintura, podemos destacar as iluminuras, os vitrais, painéis e afrescos.
Embora a temática religiosa ainda prevalecesse, observa-se, no século XV, algumas
características do Renascimento: busca do realismo, expressões emotivas e diversidade de
cores.
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Catedral de Notre-dame
Exemplos de construções medievais com arquitetura gótica:
- Catedral de Amiens (França)
- Catedral de Chartres (França)
- Catedral de Notre-Dame (França)
- Catedral de Colônia (Alemanha)
- Catedral de Reims (França)
- Catedral de Santa Maria del Fiore (Itália)
- Catedral de Metz (França)
- Catedral de Santo Estêvão (Áustria)
- Catedral de Sevilha (Espanha)
- Catedral de Toledo (Espanha)
3. PATRIMÔNIO.
3.1. Conceito
Podemos dizer que Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam
a história de um povo e sua relação com o meio ambiente. O Patrimônio pode ser classificado em
Histórico, Cultural e Ambiental.
A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 216, ampliou o conceito de patrimônio
estabelecido pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937 ―o conjunto de bens móveis e
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imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação
a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou
etnográfico, bibliográfico ou artístico‖.
3.2. Classificação.
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originais.
Mundialmente, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e
Educação) é o órgão responsável pela definição de regras e proteção do patrimônio histórico e
cultural da humanidade.
No Brasil, existe o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Este
órgão atua, no Brasil, na gestão, proteção e preservação do patrimônio histórico e artístico no
Brasil.
Quando um imóvel é tombado por algum órgão do patrimônio histórico, ele não pode ser
demolido, nem mesmo reformado. Pode apenas passar por processo de restauração, seguindo
normas específicas, para preservar as características originais da época em que foi construído.
A participação dos arquitetos e urbanistas é fundamental na preservação dos acervos
construídos.
4. IDENTIDADE CULTURAL.
4.1. Conceito.
A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos
historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os
membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade,
podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver
um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
Durante muito tempo, a ideia de uma identidade cultural não foi devidamente
problematizada no campo das ciências humanas. Com o desenvolvimento das sociedades
modernas, muitos teóricos tiveram grande preocupação em apontar o enorme ―perigo‖ que o
avanço das transformações tecnológicas, econômicas e políticas poderiam oferecer a
determinados grupos sociais. Nesse âmbito, principalmente os folcloristas defendiam a
preservação de certas práticas e tradições.
Um dos mais conhecidos exemplos dessa nova tendência que pensa a questão das
identidades pode ser encontrada na obra do pesquisador Nestor Garcia Canclini. Em vários de
seus escritos, este pensador tem a recorrente preocupação de analisar diversas situações nas
quais mostra que a cultura e as identidades não podem ser pensadas como um patrimônio a ser
preservado. Longe disso, ele assinala que o intercâmbio e a modificação são caminhos que
orientam a formulação e a construção das identidades.
Com esses referenciais, antigos problemas que organizavam os estudos culturais perdem
a sua força para uma visão de natureza mais ampla e flexível. A antiga dicotomia que propunha a
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cisão entre ―cultura popular‖ e ―cultura erudita‖, por exemplo, deixa de legitimar a ordenação das
identidades por meio de pressupostos que atestavam a presença de esferas culturais intocáveis
em uma mesma sociedade. Além disso, outras investigações cumpriram o papel de questionar
profundamente o clássico conceito de aculturação.
Partindo dessas novas noções de identidade, antigos temas relacionados à cultura que
aparentavam completo esgotamento ganharam um novo fôlego interpretativo. As identidades
passaram a ser trabalhadas com definições menos rígidas. Diversos estudos vão contra a ideia
de que uma população deve abraçar a sua cultura e garantir todas as formas possíveis de
cristalizá-la. Dessa forma, presenciamos a abertura de novas possibilidades de entender o
comportamento do homem com seu mundo.
4.2. Memória.
Conceito de memória. A memória (do latim memória) é a faculdade psíquica através da
qual se consegue reter e (re)lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à
lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de fatos, dados
ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.
UNIDADE II
5. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL.
Todas as vezes que as pessoas se reúnem para construir e dividir conhecimentos,
investigar para conhecer melhor, entender e transformar a realidade que as cerca estão
realizando uma ação educativa. Quando tudo isso é feito levando em conta algo relativo ao
patrimônio cultural, então trata-se de Educação Patrimonial.
A Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não
formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a
compreensão sócio histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de
colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considera-se, ainda, que os
processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por
meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais,
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
Conjunto arquitetônico e
Aracati Federal — 2001
paisagístico de Aracati
Conjunto arquitetônico e
Sobral Federal — 2000
urbanístico de Sobral
Conjunto arquitetônico e
Icó Federal — 1998
urbanístico de Icó
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
Academia Cearense
Fortaleza Palácio da Luz Estadual 1983
de Letras
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
Casa de José de
Fortaleza Casa natal de José de Alencar Federal 1964
Alencar
Estação Ferroviária da
Fortaleza Municipal — —
Parangaba
Fortaleza Municipal — —
Intendência Municipal da Villa de
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Esfera do Ano do
Município Monumento ou obra Uso atual
tombamento tombamento
Porangaba
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simples, iletradas, da área rural, estava associada à permanência de formas culturais livres de
interferências estrangeiras e/ou estranhas, logo, como depositária de uma singularidade capaz de
embasar uma identidade nacional, no Brasil se verificou empenho em fundar a identidade da
jovem nação brasileira na mestiçagem, decorrente da interação de três raças – o índio, o negro e
o branco – que compunham a população. Os primeiros estudos no país procuravam detectar as
contribuições específicas de uma ou de outra raça para os contos, lendas, crenças e costumes,
de modo a deslindar a composição mestiça preconizada. O movimento folclórico, como ficou
conhecido o esforço dos intelectuais brasileiros nesse campo, preocupou-se em traçar os
contornos iniciais de uma base conceitual e de uma categorização que acompanhassem o
material coletado. A evolução do campo de estudos, durante o movimento modernista brasileiro,
seguiu novas orientações e ampliou o repertório, incluindo músicas, ritmos, festejos, folguedos e
rituais nas investigações empíricas que se estenderam por várias regiões do país.
No decorrer do século XX, com o fortalecimento das disciplinas acadêmicas ligadas às
Ciências Humanas e Sociais, os estudos do folclore foram perdendo autonomia, sendo alocados
ora como parte do campo da Literatura, ora da História, da Sociologia ou da Antropologia. Por fim,
o próprio termo folclore adquiriu uma conotação pejorativa, associado, por muitos, a uma noção
de verdade infundada.
Burke (2010) sugere que é mais proveitoso analisar as interações entre a cultura erudita e
a popular do que tentar definir o que as separa, e propõe um movimento em dois sentidos: o ―de
baixo para cima‖, no qual escritores ou pintores recorrem à herança cultural popular para a
produção de suas obras; e o ―de cima para baixo‖, no qual motivos artesanais, por exemplo,
recorrem a um repertório de padrões extraídos da cultura erudita. O longo processo de interação
entre elementos eruditos e populares dá lugar, portanto, à circularidade de temas, padrões e
imagens.
A adaptação às circunstâncias de cada contexto é uma característica constante da
transmissão da tradição. A transmissão oral aciona esquemas mnemônicos que garantem a
estabilidade das estruturas musicais, plásticas e narrativas, dando margem, porém, a múltiplas
variações desse esquema, em virtude dos aspectos contingentes de cada performance. Além
disso, a própria definição de tradição sofreu forte crítica por parte de Hobsbawm e Ranger (1984),
segundo a qual várias práticas consideradas muito antigas foram na verdade inventadas há
pouco tempo.
A cultura popular, como expressão cultural dos segmentos menos favorecidos, apartados
do poder político e econômico, manteve-se em foco durante muito tempo, gerando
contraposições, tais como erudito x popular, moderno x tradicional, hegemônico x subalterno.
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Canclini (2013) acrescenta a cultura de massa nessa discussão, associando o termo ‗popular‘
tanto à noção de povo quanto à noção de popularidade, referindo-se ao que agrada a muitos e
alcança altos índices de venda, principalmente em decorrência das ações promocionais da
indústria cultural. Essas acepções divergentes em torno do termo concorrem para o debate
tradição x inovação. O popular atribuído aos segmentos sociais não afetados pelo cosmopolitismo
das elites e pautados na preservação das tradições repousa sobre a permanência das
expressões culturais, memória e testemunho da uma identidade cultural. Já o popular produzido
pela indústria cultural padece de uma rápida obsolescência, privilegiando sempre o novo.
As definições de cultura popular em sentido negativo – não hegemônica, não oficial, não
moderna, não cosmopolita, não erudita, e assim por diante – exploram a concepção de duas
camadas sociais, elite e povo, com base na desigualdade social. Além disso, a própria cultura
popular é segmentada em um grande conjunto produtor e preservador de práticas tradicionais e
em um pequeno conjunto estigmatizado, de práticas permeadas pela reputação de transgressão
social, alvo de fortes repressões. O carnaval, o jongo e os cultos de candomblé, para citar apenas
alguns exemplos, já sofreram prisões de participantes e apreensões de instrumentos e objetos
rituais.
Nos estudos interdisciplinares mais recentes, a cultura popular aparece como um modo de
vida marcado por uma complexa interação de fatores socioculturais, econômicos, políticos e
ecológicos, esmaecendo a divisão entre erudito e popular. Uma das maiores dificuldades continua
a ser a arbitrariedade dos limites considerados eficazes para circunscrevê-la.
Em âmbito internacional, a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e
Popular, documento gerado na 25ª Conferência Geral da Unesco em 1989, define a cultura
tradicional e popular como ―o conjunto de criações que emanam de uma comunidade cultural,
fundadas na tradição, expressas por um grupo ou por indivíduos e que reconhecidamente
respondem às expectativas da comunidade enquanto expressões de sua identidade cultural e
social: as normas e os valores se transmite oralmente, por imitação ou de outras maneiras‖.
Quando a cultura popular é fundamentada na preservação da tradição, entra em cena a
questão do caráter autoral ou coletivo das manifestações, já que as expressões da cultura
popular costumam estar associadas à ausência de estilos individuais ou de obras assinadas, ao
anonimato e à pequena margem para a inovação.
Na pauta das discussões promovidas por entidades internacionais, as proteções
concedidas às produções intelectuais (marcas, patentes, indicações geográficas, direitos de autor,
entre outras) devem se estender às manifestações e expressões da cultura popular, na medida
em que estas também derivam da criatividade, seja individual ou coletiva. O Comitê
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http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/26/cultura-popular
6.2. Conceitos
Na cultura popular, cabe de um tudo: música, canto, dança, encenações, festas, literatura,
jogos, brincadeiras, artesanato, culinária tradicional, etc. Transmitida de geração em geração, de
forma oral ou por imitação, ela nasce do conhecimento, dos costumes e tradições de um povo. E
por isso mesmo, os contornos são imprecisos, acolhendo as complexas expressões de saberes,
fazeres, práticas e artes produzidas por uma comunidade.
Uma definição, no entanto, foi cunhada na Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura
Tradicional e Popular: ―é o conjunto de criações que emanam de uma comunidade cultural,
fundadas na tradição, expressas por um grupo ou por indivíduos e que reconhecidamente
respondem às expectativas da comunidade enquanto expressão de sua identidade cultural e
social‖. O documento foi gerado na 25ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1989.
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São Pedro e São Marçal. Observa-se, no entanto, o sincretismo entre os santos juninos e os
orixás, voduns e encantados que requisitam um boi como obrigação espiritual. No Maranhão, a
manifestação comporta diversos estilos de brincar, chamados de sotaques: Baixada, Matraca,
Zabumba, Costa-de-mão e Orquestra. Apesar de ter o boi como elemento central, o Bumba-meu-
boi reúne diversas outras manifestações culturais, articulando várias formas de expressão e
saberes – como as músicas, as danças, as performances dramáticas, os personagens e os
artesanatos.
Jongo
Também conhecido pelos nomes de tambu, batuque, tambor e caxambu, o jongo é
praticado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste
brasileiro. Integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia, e ocorre nas festas
de santos católicos, divindades afro-brasileiras e em festas juninas e festas do Divino. Com raízes
nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu, baseia-se no
respeito aos ancestrais, na valorização dos enigmas cantados e no elemento coreográfico da
umbigada. No Brasil, o jongo consolidou-se entre os negros escravizados que trabalhavam em
lavouras de café e cana-de-açúcar, principalmente no vale do Rio Paraíba. A manifestação
sempre esteve, assim, em uma dimensão onde os negros falam de si e de sua comunidade,
através da crônica e da linguagem cifrada.
Tambor de Crioula
Manifestação afro-brasileira que ocorre na maioria dos municípios do Maranhão, o Tambor
de Crioula envolve dança circular feminina, canto e percussão de tambores. Dela participam as
coreiras ou dançadeiras, conduzidas pelo ritmo intenso dos tambores e pelo influxo das toadas
evocadas por tocadores e cantadores, culminando na punga ou umbigada – gesto característico,
entendido como saudação e convite. Praticado livremente, seja como divertimento ou em
devoção a São Benedito, o Tambor de Crioula não tem local definido, nem época fixa de
apresentação, embora se observe uma maior ocorrência durante o Carnaval e nas apresentações
de Bumba-meu-boi.
Congadas de Minas
São uma forma de celebração da devoção a Nossa Senhora do Rosário e/ou São
Benedito, Santa Efigênia e outros santos da devoção católica. Mas também guardam relações
com as formas expressas na religiosidade africana. Denominada ainda de Congados, Catupé ou
Reinado de Nossa Senhora do Rosário, sua origem remonta ao período da escravidão e é
tradição em diversas comunidades de Minas Gerais.
Cocos do Nordeste
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Dança típica das regiões praieiras, o Cocos do Nordeste se originou do canto dos tiradores
de coco, transformando-se, em seguida, em ritmo dançado. Apresentam uma coreografia básica:
os participantes formam filas ou rodas onde executam um sapateado característico, respondem o
coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. É
comum também a presença do mestre ―cantadô‖, que puxa os cantos já conhecidos dos
participantes ou de improviso. A dança tem influências dos bailados indígenas dos Tupis e nos
batuques africanos. Apresenta uma grande variedade de formas, sendo as mais conhecidas o
coco-de-amarração, coco-de-embolada, balamento e pagode. Utiliza instrumentos de percussão,
mas muitas vezes apenas as palmas ritmadas dão início à manifestação. É um folguedo do ciclo
junino, mas também é dançado em outras épocas do ano.
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A jangada é um dos principais símbolos do Ceará. Fruto do trabalho artesanal, elas representam a
"tenacidade" e o "espírito nômade".
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meados do século XVIII. As rendas e os labirintos possuem maior destaque nas imediações do
litoral, enquanto o interior se destaca mais pelos bordados. As pedras semipreciosas também são
exploradas na confecção de joias, sobretudo em Juazeiro do Norte, Quixadá e Quixeramobim.
Guaramiranga, cidade serrana do Maciço de Baturité, é, pelo seu clima frio e agitada cena cultural e artística,
um importante centro turístico do estado.
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Pedra lascada
A lenda de Itapipoca é indígena. Denominada ―pedra lascada‖ em tupi-guarani, há quem
diga que esta lenda data do tempo do dilúvio. Neste tempo, enquanto Noé singrava os mares por
cima da Mesopotâmia, as águas da praia da Baleia invadiam a região de Uruburetama e
tomavam conta do lugar. Noé, quando o dilúvio acabou, se deparou com o arco-íris. Em Itapipoca,
o que surgiu foi uma pedra, justamente aquela que dá nome à cidade e que ainda hoje pode ser
vista em Vila Velha do Arapari, com o nome de Itaquatiara, em tupi-guarani, ou ―pedra-d‘água‖ em
português.
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Ipu, a região para onde a índia tabajara Iracema do romance de José de Alencar se dirigia
para tomar banho em uma bica, também tem suas lendas. A Grécia fala de um velocino de ouro,
guardado por um dragão, a Alemanha de um anel, o de Nibelungo, guardado por outro dragão.
No Ipu também havia um dragão que guardava um tesouro, mas que foi vencido por um
holandês. Descobrindo uma forma de fazer o monstro dormir, este holandês, que não tem nome
conhecido, conseguiu roubar um pouco do tesouro que o monstro guardava em sua gruta. Feito
isso, levou-o para a frente da Igreja de São Sebastião, que estava sendo construída em Ipu, e o
enterrou para que toda a sua riqueza fosse protegida pelo santo. Em seguida, partiu para a gruta
novamente. A intenção, desta vez, era a de levar todo o ouro que existia no local. Mas como não
conseguiu adormecer o dragão, suficientemente, foi morto por ele.
A lenda, no entanto, pegou e, em pouco tempo, apareceu muita gente disposta a explorar a
gruta do holandês. A pessoa que se deu bem, no entanto, não precisou ir até lá. Trata-se de um
homem chamado João da Costa Alecrim que, sem precisar enfrentar nenhum monstro nem entrar
em nenhuma gruta, deu com o tesouro do holandês diante da Igreja de São Sebastião. Assim,
ficou rico da noite para o dia. Toda vez que saía de casa, porém, era recebido com indiferença
pela população do Ipu. Como ela considerava que aquele ouro todo estava sob a guarda de um
santo (São Sebastião) não admitia que ninguém se servisse dele tal como fez Alecrim. Assim,
toda vez que passava pelas ruas do povoado, a população dava-lhe as costas.
Natalício Barroso
Da Redação
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Airton defende que as lendas urbanas surgem a partir de uma mistura entre o imaginário
religioso, marcado pelas crenças e princípios, e o folclore local, com influências da população que
veio do ambiente rural e de moradores antigos da cidade, que presenciaram diferentes épocas
durante suas vidas. As histórias acabaram reproduzidas, por meio da tradição oral, de geração
para geração, tornando-se verdadeiras relíquias narrativas de Fortaleza.
"As lendas urbanas sempre existiram em todo ambiente urbano, até mesmo nos que
possuem características de metrópole. O que faz com que elas se perpetuem é o caráter
excêntrico e mirabolante dos mistérios. Isso chama a atenção das pessoas e começa a fazer
parte dos contos fantásticos repassados entre os anos", destaca.
Conheça a seguir algumas histórias:
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mesmo enfrentar a misteriosa Bailarina Azul cara a cara, pelo menos não em sã consciência. ―No
aniversário de 90 anos do teatro houve uma grande festa, e nela um fato de arrepiar‖, recorda
Selma Santiago, diretora do TJA. ―Na ocasião uma artista foi convidada para encenar a bailarina.
Após o espetáculo, o público se dirigiu ao jardim para uma confraternização. Houve música,
dança e muita alegria naquela noite.
Um dos nossos colegas do patrimônio, que estava com a sua família, conta que uma moça
vestida de bailarina o tirou para uma valsa e, acreditando ser a artista que continuava com a
roupa da encenação, aceitou de pronto o pedido. Dançou, conversou, riu e voltou para o seu
local. Horas depois, no fim da festa, percebeu que a artista não estava mais com a roupa de
bailarina, mesmo assim se aproximou para se despedir e agradecer pela dança. Porém a artista
disse que não foi com ela a dança e acrescentou que logo após o espetáculo ela rapidamente
trocou a vestimenta e desceu para a festa no jardim‖.
Realidade ou fruto da imaginação? Segundo relatos de funcionários e artistas, a linha que
separa essa dualidade é muito tênue. O técnico em maquinaria, Gadelha Viana é sempre o último
a deixar o teatro, a rotina já vai para mais de dez anos. ―Outro dia, enquanto acontecia um evento
no anexo, fui ao porão com um colega esperar um espetáculo que estava acontecendo por lá
acabar. Sentamos no sofá para tomar um café e de repente aplausos vindos do palco principal,
logo acima de nossas cabeças‖, recorda. Gadelha garante que não haveria como ter uma pessoa
lá. ―Tudo estava fechado antes. Nos perguntamos se seria possível alguém entrar para pregar um
susto em nós, mas não tinha ninguém, era noite já. Novamente o som ecoou e eu já estava
disposto a jogar meu café quente em quem aparecesse pela frente. A coragem de ir até o palco
faltou‖, ri. Poderia ser um som qualquer, um gato que escapuliu e entrou teatro adentro fazendo
barulho, uma peça mal encaixada rangendo, mas para a imaginação dos maquinaristas aquilo era
uma manifestação clara que a Bailarina Azul estava numa apresentação. Pela terceira vez, o
―plac-plac‖ foi ouvido e então ―pernas para quê te quero?, corremos muito, sem olhar para trás‖,
acrescenta Gadelha.
A lenda da Bailarina Azul se funde com a história centenária do majestoso TJA. Misticismo,
sedução e dramas se unem num embaraçado novelo de histórias reais e fantásticas em prol das
memórias do TJA.
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O Nordeste é uma das regiões mais belas e ricas culturalmente de nosso país. Exatamente
por esse motivo, encontramos nesse cantinho do Brasil, uma série de coisas peculiares que só
poderiam acontecer mesmo por lá, porque se tem uma coisa que não falta no nordestino é
espontaneidade e muita criatividade.
Muitas vezes, nós como turistas até achamos que conhecemos mesmo o Nordeste, mas
apenas um nordestino de verdade poderia identificar e se lembrar dos pequenos detalhes e
costumes que existem por ali.
Pensando exatamente nisso, nós listamos 6 destes costumes que são exclusivos de lá, e
vamos contar tudinho para vocês, confira!
1- Cobrir os espelhos em dia de chuva
Essa tradição típica do Ceará ainda hoje é praticada pelos mais antigos, que acreditam
que em dias chuvosos que são cheios de trovões e raios é preciso cobrir os espelhos da casa
com panos, pois caso contrário o objeto poderia "atrair" as descargas elétricas.
2- Jogar o dente de leite em cima do telhado
Segundo a tradição, jogar os dentinhos de leite das crianças sobre o telhado de sua
própria casa ou até mesmo no mar, pode trazer sorte e bons presságios.
3- Adora comer Cuscuz com leite
Que o cuscuz é bastante consumido no Nordeste, isso todo mundo sabe! O prato que é
originário da Arábia, pode ser preparado como uma iguaria doce ou salgada.
Mas no Nordeste existe também uma nova "modalidade" e releitura da receita, que é o
famoso cuscuz com leite. Agora aqui entre nós, dá ou não dá vontade de comer essa tigela
todinha?
4- Dormir em rede
Se para muitos a ideia pode soar um tanto quando desconfortável, saiba que uma rede
bem "espichada" é muito valorizada pelos Nordestinos, que garantem, depois que você passa a
dormir em uma delas, nunca mais vai querer voltar para a cama!
5- Evitar comidas e bebidas quentes em dias de chuva
Se no restante do país o apreciado mesmo é tomar um chazinho ou sopinha bem quente
em dias de chuva, no Nordeste essa tradição é invertida. O motivo para isso é o medo de pegar
"trombose", o que é cientificamente conhecido como "Acidente Vascular Cerebral"
6- Reisado
Uma das festas comemorada nessa região do país, é a chamada Reisado ou festas dos
Reis, que não é celebrada nos demais estados do Brasil.
A festa celebra a visita feita pelos 3 reis magos ao menino Jesus. Nessa festa os foliões se
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caracterizam com roupas especiais, e visitam as casas das pessoas consideradas hospitaleiras.
No final dos anos 1950, surge um público interessado em ver abordadas, no palco,
questões políticas em contexto nacional. Nessa tendência podem-se identificar duas vertentes -
uma de caráter regionalista e outra de caráter ideológico. Ariano Suassuna e João Cabral de Melo
Neto podem ser incluídos no que Décio de Almeida Prado identifica como a Escola do Recife, que
atravessa vários estilos e períodos históricos, desde Hermilo Borba Filho a Luiz Marinho. Nas
peças de Suassuna, o povo é capaz de enfrentar o poder e até de vencê-lo. O nacionalismo é
aqui uma consequência do regionalismo.
Em 1960, a fundação do Centro Popular de Cultura da UNE - CPC, marca o início de uma
prática teatral voltada para a revolução social. Enquanto a vertente regionalista atribui ao teatro a
tarefa de promover sua popularização, no sentido de ir para onde o povo está e falar sua língua, o
teatro revolucionário praticado pelo CPC pretende ensinar ao povo um novo vocabulário, dando a
ele uma visão política sobre sua vida. Se o teatro regionalista cultiva a religiosidade por fazer
parte da cultura popular, o teatro revolucionário a bane por ser instrumento das classes
dominantes para promover a resignação. O golpe militar de 1964 interrompe a prática do CPC e
seus dramaturgos migram para o Grupo Opinião. No final da década de 1960, o Teatro de Arena e
Opinião serão os responsáveis pelas mais importantes peças e encenações na linha de um teatro
brasileiro voltado para os problemas sociais.
Na segunda metade da década de 1970, considerando que a censura, o Teatro de
vanguarda e o teatro comercial promovem um "vazio cultural" na história brasileira, intelectuais e
artistas se reúnem em prol de um teatro nacional-popular. O movimento retoma os princípios de
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uma dramaturgia crítica e realista, cujos melhores exemplos são Gota d'Água, de Paulo Pontes e
Chico Buarque, 1975, e O Último Carro, de João das Neves, 1978.
Surgidos na década de 1990, os grupos Folias d'Arte, a Companhia do Latão e a
Companhia de Arte e Malas-Artes são alguns representantes voltados a essa tendência,
demonstrando que uma visão específica do "popular" ainda permanece em cena. Fruto dos
tempos da censura e repressão, o teatro popular também tem seu lugar nos dias de hoje,
recontextualizado para uma circunstância política globalizada e neoliberal.
Bumba-meu-Boi ou Boi-Ceará
Auto ou drama pastoril que por tradição é representado durante o período natalino, como
sobrevivência das festividades cristãs medievais, em que o culto do boi se fazia em homenagem
ao nascimento de Cristo. De tradição luso-ibérica do século XVI, nasceu dos escravos e pessoas
agregadas aos engenhos e fazendas. No Cariri, é acompanhado por banda cabaçal.
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Pastoril
Festa de origem portuguesa, onde ―pastoras‖ vestidas de azul e encarnado, se apresentam
diante do presépio em atitude de louvor ao Menino Jesus. Representado durante o Natal.
Reisado
De origem ibérica, é caracterizada por um grupo de pessoas que se reúne para cantar e
louvar o nascimento de Cristo. Os praticantes personificam a história dos gladiadores romanos,
dos três reis magos e a perseguição aos cristãos. A época principal de exibição são as
festividades natalinas, sobretudo no período dos Santos Reis, e o local é de preferência diante de
uma lapinha ou presépio. O enredo mais autêntico é registrado em Juazeiro do Norte.
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Caninha Verde
Dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante o ciclo da cana-de-
açúcar. No Ceará começou a ser conhecida no início do presente século, nas praias de Aracati e
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Dança do Coco
Surgiu nos engenhos de açúcar, entre os negros existentes no Ceará. Nasceu da cantiga
de trabalho, ritmada pela batida das pedras quebrando os frutos, transformando-se,
posteriormente, em dança, surgindo uma variedade de temas e formas de coco (coco de praia, do
qual participa apenas o elemento masculino, e o coco do sertão, dançando aos pares, homens e
mulheres). Dançado em roda, numa forma rítmica altamente contagiante e sensual.
Maneiro Pau
Surgiu na região do Cariri na época do cangaço. Caracteriza-se por uma dança cujo
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Banda Cabaçal
Também chamada Banda de Couro, é o conjunto musical mais típico do interior cearense,
especialmente na região do Cariri. Originou-se no meio dos escravos africanos, mas se
desenvolveu e adquiriu peculiaridades próprias entre o povo do Cariri. Há também uma influência
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Torém
Dança indígena originária dos descendentes dos índios Tremembé, nativos do povoado de
Almofala, no distrito de Itarema, o Torém surgiu por volta do século XVIII no Ceará. É simples e
imitativa da fauna local, tendo como ponto alto o momento em que é servido o ―mocororó‖, uma
bebida fermentada do caju, bastante forte. O espetáculo é de grande plasticidade.
.
Maracatu
De origem africana, consiste num desfile de reis. Apresenta-se em forma de cortejo
carnavalesco que baila ao som de instrumentos de percussão, acompanhando uma mulher que
na extremidade de um bastão conduz uma bonequinha ricamente enfeitada - a calunga. A dança
se dá em passos lentos e cadenciados.
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7.5. Artesanato
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Destaca-se a Festa de Santo Antônio em Barbalha, famosa pelo pau da bandeira e comemorada
nessa forma há 78 anos.
7.6. Gastronomia
As comidas típicas do Ceará: 7 pratos da gastronomia cearense
Por Otávio Cohen Postado em 01-08-2018 | Atualizado em 04-10-2018
Caranguejada
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que serve para facilitar a retirada das patinhas. Depois de uns golpes de leve (ou talvez nem
tanto), é só dar uma torcidinha na pata que ela se descola do corpo, e libera um pedacinho de
carne para você comer. Tem que pôr a mão na massa – e esse processo vai te deixar todo
melecado. Mas ninguém vai ligar se você lamber os dedos depois. Até porque o caranguejo, em
si, não tem tanta carne assim. Mas a caranguejada costuma vir com várias entradinhas (pastéis,
casquinha de siri, risoto de camarão, etc) para forrar o estômago.
Peixes e moqueca
Nos restaurantes na beira de praia, encontram-se peixes típicos da região, como a cavala,
a pescada-amarela, o robalo e o pargo. Mas nada supera a moqueca, um cozido de peixe com
legumes e ervas. A moqueca cearense é ideal para ser apreciada junto com o pirão, que é
basicamente o caldo da moqueca engrossado com farinha de mandioca – herança das culinárias
indígena e africana. Cada um faz a moqueca como preferir, e o preparo costuma esconder
segredos. No Ceará, um desses segredos é o suco de caju, que dá um gosto inconfundível.
Caju
Falando na fruta, ela merece um destaque nesta lista só porque é a origem de diversas
iguarias em terras cearenses. A castanha de caju é famosa em diversos lugares do nordeste
brasileiro. E vale a pena reservar um espacinho na bagagem de volta para ela: nas feiras, sai pela
metade do preço encontrado em São Paulo, por exemplo.
Mas a importância do caju vai além. Quem passar pelas barraquinhas da Feirinha Beira
Mar, em Fortaleza, vai ouvir um monte de vendedores oferecendo produtos derivados da fruta,
desde rapadura até vinho. Recomenda-se degustar o tal vinho de caju, junto com uma dose de
licor de jenipapo.
Baião de Dois
O baião cearense não leva carne seca (ou charque) como outras versões do prato comuns
Brasil afora. A receita, que leva arroz, feijão, cheiro verde, cebola, pimentão, tomate e geralmente
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alguma carne picadinha (linguiça ou toucinho), já é famosa no Brasil inteiro – e a fama se justifica.
Em praticamente qualquer canto do Ceará você encontra variações apetitosas do baião.
Galinha à cabidela
Talvez você conheça esse prato como ―frango ao molho pardo‖. Mas foi com outro nome
que a iguaria chegou de Portugal e criou raízes na cozinha cearense. Trata-se da galinha cozida
em seu próprio sangue, com vinagre, limão e alguns temperos. Por causa do sangue na receita,
não é qualquer um que tem a habilidade para preparar.
Paçoca
Sabe aquele docinho feito de amendoim triturado? Pois é, a paçoca nordestina não tem
nada a ver com isso. Ela é basicamente uma farofa de farinha de mandioca com carne de sol e
outros ingredientes que ―dão a liga‖.
Tudo por causa da carne de sol, que é um ingrediente frequente nos pratos nordestinos.
Aliás, o hábito de conservar a carne ―ao sol‖, com sal, veio dessa região do Brasil (para só depois
ser importada pelos gaúchos) graças aos costumes indígenas no período colonial. Pelo menos é
o que dizem os guias de turismo do Ceará.
Buchada e sarapatel
De bode ou de carneiro: a buchada é um preparado de vísceras temperadas e cozidas em
bolsas feitas do estômago (ou bucho) do próprio animal. Também não é um prato fácil de se fazer
em casa – não é todo mundo que tem no quintal um carneiro ou um bode disposto a ceder suas
entranhas.
Outro prato bem apreciado no Ceará feito a partir dos órgãos internos dos animais é o
sarapatel. Costuma-se usar carne de porco, ovelha ou cabras, com um ingrediente especial: o
sangue do bicho. No caso do sarapatel, a carne é servida em forma de guisado.
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Festa do Divino
Festa popular de rua, de caráter religioso (católico), que tem sua origem em Portugal.
Ocorre em várias regiões do Brasil, sendo que em cada uma delas assume características
diferentes. Esta festa é realizada no domingo de Pentecostes (descida do Espírito Santo nos
apóstolos de Jesus).
Fazem parte da festa as missas católicas, procissões, novenas e shows com fogos de
artifício. Tem a pomba branca, que representa o Espírito Santo, como o símbolo da festa.
Círio de Nazaré
É uma festa popular de rua, que ocorre anualmente (mês de outubro) na cidade de Belém
do Pará. De caráter religioso (católico), reúne milhares de pessoas (romeiros), que vão às ruas
para homenagear Nossa Senhora de Nazaré. Muitos romeiros vão ao evento para pagar
promessas e, no final da festa, vestem roupas novas e comem comidas típicas do Pará como, por
exemplo, o arroz com pequi, o pato no tucupi e o tacacá.
Festas Juninas
As festas juninas ocorrem em diversas cidades dos quatro cantos do Brasil, durante o mês
de junho. Também de caráter religioso, são homenagens a três santos católicos: São Pedro, São
João e Santo Antônio. São caracterizadas por danças típicas (quadrilha), barracas com jogos,
músicas regionais, barracas de comidas (principalmente as feitas com milho), queima de fogos de
artifício e uso de roupas específicas que lembram o passado rural do Brasil (chapéu de palha,
calça com remendos e camisa xadrez).
Folia de Reis
Ocorrem em várias cidades brasileiras, sendo que as de Sabará (Minas Gerais) e Parati
(Rio de Janeiro) são as mais conhecidas. Durante os dias entre o Natal e o Dia de Reis (6 de
janeiro), grupos de músicos andam pelas ruas da cidade, cantando canções que fazem referência
à viagem dos reis magos em direção a Belém (local em que conheceram o menino Jesus).
Carnaval
A origem do carnaval é incerta; parece ligada remotamente a alguma comemoração pagã
pela passagem do ano ou a chegada da primavera; é possível que se origine também das festas
da Roma antiga.
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Carnaval no Brasil
A mais popular festa brasileira é uma mistura de tradições européias adaptadas a um país
tropical e uma sociedade com uma grande presença de descendentes africanos. O carnaval de
clubes reflete os bailes de máscaras de muitos séculos atrás; as escolas de samba, os desfiles
de carros alegóricos da Europa e a música de rua mostram a influência africana; e finalmente o
entrudo, que é uma festa portuguesa onde pessoas lançavam água, pó e outras substâncias em
seus amigos. Estes quatro aspectos deram ao carnaval brasileiro um aspecto único que atrai
turistas do mundo inteiro.
Cavalhada
Festa popular típica do estado de Alagoas, mas que acontece também em outros estados
brasileiros, como Goiás e São Paulo, em diferentes versões. Este folguedo teve origem nos
torneios medievais realizados na Europa, em praças próximas às igrejas, como num grande
campo de batalha, onde cristãos e mouros se enfrentavam.
No Brasil, esta representação foi introduzida pelos jesuítas com o objetivo de catequizar os
índios e os escravos africanos, mostrando o poder da fé cristã. Em uma espécie de torneio, os
participantes formados por vinte e quatro cavaleiros, usando trajes especiais, são divididos em
pares ou cordões, onde 12 cavaleiros vestidos de azul, representando os cristãos, e os outros 12
vestidos de vermelho, representando os mouros, executam manobras numa série de jogos. A
cavalhada acontece por ocasião de festas de santos e do Natal.
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MARACATU AZ DE OURO
Tradição: Maracatu
Cidade: Fortaleza (CE)
Foi fundado em 26 de setembro de 1936. Desfilou pela primeira vez no ano seguinte, e desde
então vem mantendo a sua dedicação a esta tradição afro-brasileira em Fortaleza. É o mais
antigo grupo de maracatus do Ceará.
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Tradição :reisado
Cidade: Senador Pompeu (CE)
O grupo de reisado e dança de São Gonçalo, do distrito de São Joaquim, existe há mais de 50
anos e envolve crianças e adultos.
Tradição: reisado
Cidade: Juazeiro do Norte (CE)
O grupo de Reisado dos Irmãos Discípulos de Mestre Pedro ultrapassou fronteiras, superando as
desigualdades sociais e a exclusão.
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Tradição: incelências
Cidade: Barbalha (CE)
O grupo realiza suas atividades há mais de 50 anos na zona rural de Barbalha (Sítio Cabaceiras),
sendo composto por 17 mulheres, além de uma criança vestida de anjo. As integrantes do grupo
são convidadas a encomendarem as almas em velórios por meio do canto.
Tradição: pastoril
Cidade: Maracanaú (CE)
É conhecido como uma tradição cultural religiosa trazida pelos colonizadores. Enquanto
manifestação popular, é a principal atividade desenvolvida pelo grupo. O Nossa Senhora de
Fátima teve início ainda na década de 1940, por meio de Rita Gomes da Costa, e faz parte de
uma tradição familiar.
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Tradição: reisado
Cidade: Juazeiro do Norte (CE)
Foi criado em 1996, no bairro Romeirão, em Juazeiro do Norte, composto apenas por mulheres.
O grupo é formado por 16 integrantes fixas, além de outras eventuais.
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e pelo desenvolvimento dos meios de comunicação como a internet, representa também o que se
pode chamar de ocidentalização do mundo, uma vez que os valores e costumes ocidentais estão
cada vez mais presentes em todas as sociedades, em todos os continentes. Um cantor pop nos
dias de hoje, por exemplo, pode ter uma legião de fãs nos quatro cantos do mundo, uma vez que
os gêneros musicais que agradam os jovens brasileiros também agradam jovens japoneses,
americanos, mexicanos, ingleses, entre outros. Da mesma forma, isso se dá com relação às
tendências da moda, com os modelos da programação de TV (como as versões de reality show),
e com as produções de cinema.
Isso não significa que as identidades nacionais ou culturais irão se perder, nem que podem
ser extintas, mas que é importante, porém, pensar-se nos limites de uma massificação cultural.
Dessa forma, se a assimilação de expressões em inglês pode facilitar no desenvolvimento
cotidiano do trabalho, considerando-se as inúmeras expressões e jargões técnicos existentes, é
preciso refletir sobre o que está por trás dessa invasão de termos de uma língua estrangeira.
Assim, fica a pergunta: haveria apenas a dominação de forma truculenta, pela força e pela
violência, ou pode haver uma que se dê de maneira velada, implícita? Se refletir sobre essa
questão parece algo interessante, não se pode perder de vista a dominação ideológica que A
espetacularização das culturas populares As manifestações culturais populares têm esses grupos
ou países podem exercer sobre outros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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visão antropológica. Campinas, SP. Papirus.2001.PIRES, Mário Jorge. Lazer e
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http://www.anuariodoceara.com.br/mestres-da-cultura-do-ceara/
Guia de Turismo – História da Arte e Patrimônio Cultural
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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!