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VALORIZAÇÃO ARQUITETÔNICA E CULTURAL DOS


PATRIMÔNIOS MATERIAIS DE ARCOVERDE - PE

Cleonécia Nayara Tenório de Medeiros *


RESUMO:
O presente artigo apresenta breves notas a respeito da história de Arcoverde,
relacionando a valorização do patrimônio histórico e cultural, junto a seus traços arquitetônicos.
O interesse em desenvolver uma pesquisa nesse âmbito surgiu através de danos presenciados
ao patrimônio local, provenientes de observações e reflexões, bem como da necessidade
vivenciada à cerca da história da cidade de Arcoverde, especialmente, a valorização
arquitetônica dos prédios, nos quais residiam alguns valores simbólicos para a cultura do povo
arcoverdense, que foram e estão sendo destruídos e esquecidos por falta de valorização e
conscientização da população, como também, a falta de apoio de uma política de preservação
ao patrimônio local. A metodologia utilizada neste trabalho privilegiou a pesquisa bibliográfica.
O artigo conclui-se com algumas considerações sobre a relação entre a valorização
arquitetônica, e o patrimônio histórico – cultural da cidade de Arcoverde.
Palavras-Chave: Arquitetura; Patrimônio Cultural; Arcoverde.

ABSTRACT: This article presents brief notes about the history of Arcoverde, relating the
development of the historical and cultural heritage together with its architectural features. The
interest in developing a research in this area came about through witnessed damage to the local
from observation and reflections heritage context by that we need about the city’s history
Arcoverde especially the architectural, recovery of the buildings, in which lived some symbolic
values for the culture of the people arcoverdense, that have been and are being destroyed and
forgotten for lack of appreciation and awareness of the population, also, the lack of support for
a policy of preserving the local heritage. The methodology used in this work has focused on
literature, as well as, research data collection. This article concludes with considerations on the
relationship between architectural appreciation, and historical heritage – cultural city
Arcoverde.
Keywords: Architecture; Cultural Heritage; Arcoverde

*Graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Ipojuca- UNIFAVIP/DEVRY.


Participante do Projeto de Iniciação Cientifica: “Memória: Registro do Patrimônio Cultural de Caruaru-PE”.
Origem do trabalho: Município Arcoverde-PE. Residente: Rua José Tadeu, na cidade de Arcoverde-PE
E-mail: cleotenorio@hotmail.com
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1. INTRODUÇÃO

O texto que ora se apresenta tem por finalidade sensibilizar as pessoas para a rápida
destruição de referências culturais da cidade de Arcoverde, situada no Sertão pernambucano,
bem como, despertar o interesse na valorização cultural dos mesmos. Olhando e caminhando
pelo espaço da cidade de Arcoverde, passando por diferentes lugares, uma inquietação vem à
tona, originária de observações e reflexões à cerca do patrimônio como memória social, que
não parece fazer parte do olhar e do reconhecimento social. São praças, monumentos, prédios
e ruas que contam a história de Arcoverde –PE, que se encontram sem preservação. A
apropriação que deles se faz são das mais variadas: pichamentos, depredação, moradia, sem
nenhum sentimento de reconhecimento do que aquilo representa como memória da cidade.
Devido à ausência absoluta de uma política pública de preservação para estas instituições,
encontram-se com um precário estado de conservação.
A reflexão se pauta na perspectiva de que nos espaços citadinos pode-se entender a
memória como representação social. Percebe-se a cidade na perspectiva do que nela podemos
encontrar de memória e de história como um discurso de construção de sua história. Roland
Barthes nos revela que a cidade é local de lutas sociais, encontro de gerações e geradora de
capital, sendo composta por linguagens capazes de manter relações com seus habitantes. É,
enfim, considerar a cidade como um discurso, verdadeiramente uma linguagem, uma vez que
fala a seus habitantes: falamos a nossa cidade, onde nos encontramos, quando a habitamos, a
percorremos, a olhamos, como propõe BARTHES (1987), no ensaio "Semiologia e urbanismo".

A cidade é posta como um emaranhado de dimensões em que cada espaço que se


constrói é uma representação do homem e cada pedra, cada parede levantada, cada instituição
pensada, ocupam um lugar na organização da cidade e determinam a sua função. A cidade é,
portanto, lugar de memória, que abrange desde o seu traçado até a sua nomenclatura bem como
os textos escritos sobre ela, a exemplo das obras arquitetônicas e urbanísticas.

Nessa perspectiva, é notória a importância de analisar o desenvolvimento histórico


arquitetônico de um determinado local, visto que, tal análise permite a manutenção das
características culturais ao longo do tempo, bem como se mostra importante, para despertar no
seio da sociedade o interesse de conservar a estrutura física do patrimônio material. Conforme
o IPHAN:
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O patrimônio cultural não se restringe apenas a imóveis oficiais isolados,


igrejas ou palácios, mas na sua concepção contemporânea se estende a imóveis
particulares, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância
paisagística, passando por imagens, mobiliário, utensílios e outros bens
móveis.

Nesse sentido, o presente artigo se desenvolve na análise sobre tal aspecto, tendo como
foco o município de Arcoverde localizada no estado de Pernambuco.

O presente feito se dará com base na análise gradual e cronológica das construções
históricas do município de Arcoverde verificando-se inicialmente aquelas que ainda se
encontram disponíveis à sociedade bem como aquelas que se deterioraram ou foram destruídas
ao longo do tempo.

2. METODOLOGIA
A metodologia utilizada privilegiou a pesquisa in-loco, sendo complementada por
levantamento bibliográfico, identificando quais os objetos de estudo mais relevantes a serem
analisados, bem como, levantamento fotográfico, documental e iconográfico, nos acervos dos
proprietários.

O presente artigo tem por objetivo, portanto, realizar um levantamento à cerca do


patrimônio arquitetônico que se submergiu com o decorrer do processo histórico, além de
verificar o estado daqueles que ainda se encontram disponíveis, sejam preservados ou não, com
o intuito de despertar o interesse na valorização cultural dos mesmos.

Segue-se uma análise gradual e cronológica das construções históricas do município de


Arcoverde verificando-se inicialmente aquelas que ainda se encontram disponíveis à sociedade
bem como aquelas que se deterioraram ou foram destruídas ao longo do tempo. Mostrando,
entre outras coisas, que a cidade não teve tempo de envelhecer e construir sua história através
da arquitetura.

3. PATRIMÔNIO: Um conceito.

Patrimônio não tem o mesmo significado para todos, como afirma SILVA: “é procurar
profundas raízes ou tenras e novas folhas daquilo que os seres humanos andaram (e continuam)
fazendo. É interpretar pacientemente o social” (SILVA 1995, p.24).
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O patrimônio é presente, é memória do tempo, mas estamos comumente acostumados a


pensar patrimônio como passado. Não podemos, portanto, entender o presente e tão pouco
pensar no futuro sem olhar para a memória. Patrimônio representa preservar, recuperar e
conservar. Aponta-se a preservação como um registro social-histórico; recuperação estrutural
física como preservação de bens culturais; conservar, para manter sua história e sua memória.
A simbologia do patrimônio em sua significação funciona como ponto de partida para
compreensão de uma época, de uma sociedade, ou de um momento da vida social.

A atual Constituição Brasileira vem reforçar essa tendência quando adota, no artigo 216,
Seção II – Da Cultura, para patrimônio cultural a seguinte conceituação:

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,


tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I – as formas de expressão;

II – os modos de criar, fazer e viver;

III – as criações cientificas, artísticas e tecnológicas;

IV –as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às


manifestações artístico-culturais;

V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,


ecológico e cientifico (BRASIL, 1988).

O patrimônio mostra-se como importante elemento na construção de uma identidade


nacional, sendo suporte de evocação de memória. Deve-se, portanto, olhar o patrimônio como
lugar onde se projetam as significações que formarão as representações sociais, pautado
especialmente, numa cultura formada pelas ações e invenções do cotidiano.

É importante ressaltar o valor arquitetônico e histórico dos prédios existentes, onde


atualmente, a maioria não se encontra bem preservados. De acordo com o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN que confere identidade e orientação para um
povo, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade. Assim, o patrimônio
cultural pode apresentar-se sob a forma de bens materiais e imateriais. Os bens imateriais
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incluem toda a produção cultural de um povo e os bens materiais, por sua vez, dividem-se em
bens moveis e imóveis.

Dessa forma de acordo com IPHAN:

Os bens móveis incluem pinturas, esculturas, material ritual, mobiliários e


objetos utilitários. Os bens imóveis não se restringem ao edifício isoladamente,
mas também incluem seu entorno e se constituem no patrimônio de um povo e
de um lugar. Incluem – se nesse grupo os núcleos históricos e conjuntos urbanos
e paisagísticos. O patrimônio cultural não está restrito apenas a imóveis oficiais
ou particulares, igrejas ou palácios, mas também está relacionado a trechos
urbanos, ambientes naturais de importância paisagística, imagens, mobiliário,
utensílios e outros bens. (IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico Artístico
Nacional. Patrimônio Cultural)

É fundamental que se veja o patrimônio como parte integrante da comunidade onde está
inserido, numa representação das manifestações sociais que marcam ou marcaram suas vidas,
conquistas, sonhos, realizações e que constroem a história, e a possibilidade de olhar esse
patrimônio como memória social. Ao unir passado e presente, (re) cria-se imagens da cidade,
deixando de ser apenas um conceito geográfico para torna-se um símbolo irrefutável da
existência do homem, onde é possível descobrir o que ela contém e o que ela esconde. A cidade
é, portanto, lugar de memória, que abrange desde o seu traçado até a sua nomenclatura.

4. CONTEXTO HISTÓRICO: Arcoverde em breves notas.

Durante o período colonial, o município de Arcoverde fez parte da capitania de


Pernambuco. Segundo WILSON (1973), em 1654 as mesmas terras que estão hoje pertencem
ao município de Arcoverde faziam parte de uma Sesmaria de 10 léguas de terras.

Com a criação das capitanias hereditárias, no ano de 1535, em especial a Capitania de


Pernambuco, que abrangia os atuais estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do
Norte, Ceará e parte da Bahia, tinham como donatário Duarte Coelho. Como forma de povoar
a colônia, protegê-la de invasores e garantir à coroa Portuguesa a arrecadação sobre suas
riquezas, desembarca no estado Pernambucano a comitiva Portuguesa, liderada por Duarte
Coelho, onde, Jerônimo de Albuquerque, cumpriu a função de auxilia-lo, como também, de
administrar a capitania de Pernambuco. Jerônimo foi um dos melhores Capitães-mor, lutando
nos Montes Guararapes contra os índios que impedissem a expansão e ocupação da corte
portuguesa em território Pernambucano. Durante suas andanças, passou a ter contato com a
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índia Muirá-Ubi da tribo Tabajara, filha do cacique Arcoverde, posteriormente batizada de


Maria do Espírito Santo Arcoverde, nasceram oito filhos e dessa união nasceu o ramo da
Família Arcoverde, ou Arcoverde Albuquerque Cavalcanti, da qual faz parte o homenageado
D. Joaquim Albuquerque Cavalcanti, que emprestou seu nome à cidade. A palavra Arcoverde
é tradução de Muirá-Ubi, nome do Cacique dos Tabajaras de Olinda.

No início do século XVIII em plena caatinga nas proximidades da serra de Aldeia Velha
e Caiçara, dantes habitada pelos índios de Ararobá, entre os quais, os Xucurus, começaram a
surgir às fazendas Bredos e Olho d’Água, as fazendas de gado durante esse período se
desenvolviam de maneira expressa e significativa. Em 1812, por meio de Leonardo Pacheco
Couto, o processo de desenvolvimento estrutural físico arquitetônico passou a fazer parte da
história da localidade, mandou construir a capela de Nossa Senhora do Livramento. Por volta
de 1865 o aglomerado de casas toma verdadeiramente o aspecto de um povoado, quando é
concluída a construção da capela. Em 1867, a capela sofreu a primeira reconstrução. O
desenvolvimento no então povoado era tão insignificante que só mais de duas décadas é que foi
elevada à condição de Vila em 1909 recebendo a denominação de Barão de Rio Branco. Criou-
se a agência postal e a inauguração da Estrada de Ferro ligando-o à Capital do Estado, onde a
estação Barão do Rio Branco recebeu em 1912 o primeiro trem nos trilhos da Estrada de Ferro
Central de Pernambuco, intensificando-se o comércio e, em 1928, Rio Branco elevou-se à
categoria de Município, tendo seu topônimo mudado para Arcoverde, em 1943, homenagem a
D. Joaquim de Albuquerque Cavalcanti Arcoverde, nascido no lugar e o primeiro Cardeal da
América Latina.

5.ANÁLISE DAS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS DE ARCOVERDE:

5.1 Influência Arquitetônica:

As primeiras construções da cidade receberam influências arquitetônicas baseadas em


traços típicos portugueses, e aos poucos, foram perdendo essas características. Com a chegada
do Português Leonardo Pacheco do Couto nos anos de 1865, à futura cidade de Arcoverde,
mandou construir uma capela na fazenda que adquiriu no interior de Pernambuco, atualmente
Igreja Matriz Nossa do Livramento. Trazendo consigo de Portugal uma imagem de Nossa
Senhora do Livramento, foi em torno dessa capela, que a comunidade de hoje floresceu. A partir
daí começaram a surgir as primeiras casas de comércio. A exemplo, a casa Salvio Napoleão.
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A evolução dos estilos arquitetônicos em Arcoverde reflete características urbanas, sendo


reflexo da alta e rápida urbanização que a cidade enfrentou ao longo do tempo, fatores estes
que impossibilitaram a cidade criar raízes e tecer sua história por meio de sua arquitetura.

5.2 Transformações:

É, sem dúvidas, de extrema importância para compreensão do tema que se teçam alguns
comentários sobre a necessidade e conservação do patrimônio. Nesse sentido, entende-se
necessário que se preserve um bem cultural pelo seu valor arquitetônico e histórico.

Segue-se um estudo gradual e cronológico das construções históricas do município de


Arcoverde verificando-se inicialmente aquelas que ainda se encontram disponíveis à sociedade
bem como aquelas que se deterioraram ou foram destruídas ao longo do tempo. Mostrando,
entre outras coisas, que a cidade não teve tempo de envelhecer e construir sua história através
da arquitetura.
Por volta de 1865 é concluída a construção a Capela Nossa Senhora do Livramento. Em 1920 é construída a
Paróquia Nossa Senhora do Livramento, foi o primeiro símbolo arquitetônico (Imagem à esquerda). Em torno
dessa capela é que a cidade começou a surgir. Atualmente Matriz Nossa Senhora do Livramento (Imagem à direita)

Fonte: Disponível em: http://olhodaguadosbredos.blogspot.com.br/ Fonte: Arquivo Pessoal

Em 1912 chega o primeiro trem nos trilhos na Estação Barão do Rio Branco, com carros em vagões do trem
(Imagem à esquerda). Hoje encontra-se totalmente deteriorada (Imagem à direita).

Fonte: Disponível em: http//casajonasmorais.blogspot.com.br Fonte: Arquivo Pessoal


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Em 1917, inaugurava-se o Cine Rio Branco (Imagem à esquerda). A primeira reforma do Cinema Rio Branco
aconteceu na década de setenta, sendo reinaugurado em 1999. A segunda aconteceu no ano de 2010 e entregue no
ano de 2012. Apenas em 2013 voltou a funcionar (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.44.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.

Em 1926 foi fundada em Arcoverde a primeira Igreja Batista (Imagem à esquerda). Mantendo-se atualmente
inalterada (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.62.
Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal

Instalava- se na cidade no ano de 1932, a casa do DNOCS e a Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca (Imagem
à esquerda). Hoje, na “casa do DNOCS”, funciona o Ministério Público (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.65.

Fonte: Arquivo Pessoal


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Uma das primeiras escolas municipais da cidade., construída em 1932 (Imagem a esquerda). Durante muitos anos
foi o restaurante Verdes Arcos. Hoje encontra-se demolido.

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde, 2008.p.103.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal

Palácio Municipal em 1940. Foi construído o palácio Municipal pelo prefeito da época (Imagem à esquerda). Hoje
a prefeitura encontra-se reformada mantendo suas características físicas para funcionar a Agência do Trabalho –
órgão do Estado (Imagem à direita).

Considerado o “Gigante da Praça da Bandeira, o Cinema Bandeirantes em sua inauguração em 1947 (Imagem à
esquerda) e atualmente servindo como ponto comercial (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.68.

Fonte Imagem a direta: Arquivo Pessoal.


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Em 1948, foi fundado o Grupo Estadual Cardeal Arcoverde (Imagem a esquerda). Desde 1971, passou a ser o
Ginásio Antônio Japiassu. Atualmente (Imagem a direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.55.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.

Uma das primeiras residências da Avenida José Freire, a casa dos Jonas Morais, construída nos anos 50 (Imagem
à esquerda). Hoje funciona a “ONG- Casa Jonas Morais” (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.44.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.

Primeira casa a ser construída em uma das primeiras ruas da cidade – Rua Velha (Imagem à esquerda)
Residência restaurada mantendo seus traços arquitetônicos (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.46.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.


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Antiga residência (Imagem à esquerda) que permanece com seus traços arquitetônicos. Hoje (Imagem à direita)
funcionando o Centro de Apoio ao Idoso.

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.42.
Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.

Uma das primeiras casas comerciais da cidade: que nasceu com a cidade, Casa Sálvio Napoleão. Desde de 1912
(Imagem à esquerda)1. Hoje funcionando outro ponto comercial, loja A Movelar (Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones –


Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde, 2008.p.42.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.

O racionalismo Cristão, inaugurado em 1962 (Imagem à esquerda). Hoje mantém seus traços preservados
(Imagem à direita).

Fonte Imagem a esquerda: MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde,
2008.p.50.

Fonte Imagem a direita: Arquivo Pessoal.


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Comprova-se a quantidade de patrimônios que não foram conservados e, estão sendo, pouco
a pouco deteriorados pela ação do tempo ou mesmo pela ação do homem. Os espaços que
reavivariam a memória da população, que provocavam um contentamento e nostalgia nos mais
velhos e uma curiosidade nos mais novos, não são mais possíveis encontra-los. Diferentes
estilos arquitetônicos e construções históricas encontram-se registrados nas imagens analisadas,
que diante da realidade torna-se importantes instrumentos de valor documental, revelando o
registro do patrimônio cultural da cidade de Arcoverde.

Desenvolveu-se a finalidade de despertar o interesse em abrir um museu na cidade, que


possa expor imagens dos prédios que simbolizaram a história do povo de Arcoverde, para que
toda a sociedade possa ter acesso a sua história. Cabendo ao poder público assumir sua
responsabilidade perante a sociedade, investindo e valorizando o patrimônio material da cidade.

Espera-se que este trabalho tenha contribuído para que todos os agentes envolvidos na
preservação e uso do patrimônio de Arcoverde possam entender melhor a estrutura social na
qual estão inseridos e tentar transformá-la, colocando acima dos interesses individuais os
interesses da população como um todo.

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REFERÊNCIAS

BARTHES, R. A Aventura semiológica. Lisboa: Edições 70,1987, p.189

BASTOS, Sebastião Calado. Arcoverde – História Político – Administrativa. Brasília: Editora


LTDA, 1995.
FERRAZ, Luís Wilson de Sá. Município Arcoverde – Minha Cidade, Minha Saudade. 2ª ed.
Recife: Centro de Estudos de História Municipal – FIAM, 1973.
______. Município Arcoverde – Cronologia e Outras Notas. Recife: Secretária de Educação,
1982.
IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Patrimônio Cultural. Disponível
em: http://portal.iphan.gov.br/
MORAIS, Roberto. Muiraubi, 2003.
MORAIS, Roberto. Ícones – Patrimônio cultural de Arcoverde. Arcoverde, 2008
PÔRTO, Giovanni. Estação das lembranças, 2000.
ROSSI, A. A Arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995.p.281

SILVA, MARCOS A. História: o prazer em ensino e pesquisa. São Paulo: Brasiliense, 1995,
p.24.

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