Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO UNIVERSITÁRIO
Notas:
1. TFG 2. Centro Cultural
ANDREA PEREIRA RIOS
Ao meu pai Raimundo (in memoriam), que me inspirou na escolha desta profissão,
mas infelizmente não pode estar presente neste momento tão feliz da minha vida.
Saudades eternas!
Croqui de estudo
Acervo pessoal
AGRADECIMENTOS
A Deus, pоr ser essencial e estar presente еm minha vida, nos momentos de
angústia pousando paz em meu coração, pois sеm ele еυ nãо teria forças pаrа enfrentar
esta longa jornada.
Aos familiares que se pronunciaram com carinho sobre o orgulho que eu poderia
lhes proporcionar com esta conquista.
A minha irmã Silvia, que me apoia, incentiva e sempre esteve ao meu lado nos
momento de ansiedade e angústia.
As minhas amigas, que, dentro do meu coração representam mais do que uma
simples amizade. Irmãs de coração, unidas por Deus. Compartilhamos momentos de
alegria, tristezas, superações e milagres. São elas: Aline Santos, Mirian Zani, Valeria
Marasco e Viviane Cristina.
A um grande amigo de trabalho que veio a se tornar meu melhor amigo, André
Baltieri, do qual com toda paciência e bondade, me ajudou, apoiou, aconselhou,
incentivou e esteve ao meu lado neste projeto desde o início. Muito do processo inicial
sua participação foi imprescindível.
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
10
Às companheiras de turma com quem partilhei grande parte do curso, com a qual
passamos por momentos de alegria, tristezas, desesperos, angústia e agora conquista!
Ao meu orientador Ricardo Felipe Gonçalves, por acreditar na minha proposta, por
exigir de mim muito mais do que eu supunha ser capaz de fazer, por transmitir seus
conhecimentos e me orientar dedicando parte do seu tempo.
Croqui de estudo
Acervo pessoal
“A gente tem é que sonhar,
senão as coisas não acontecem”
Oscar Niemeyer
Croqui de estudo
Acervo pessoal
SUMÁRIO
16
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
INTRODUÇÃO
Hoje o município de São Paulo apresentar um projeto que visa que fundamentaram a concepção do
possui localizados na região central, incorporar os equipamentos culturais projeto.
grandes centros culturais, museus, nas regiões periféricas e agregar
teatros, galerias de exposições, dentre valores a vida das pessoas que logram O terceiro capítulo apresenta
outros equipamentos do gênero. No nesta região. estudos de caso, analisando seus
entanto, muitas vezes, a sua localização aspectos arquitetônicos e urbanísticos
dificulta o acesso da população que Dividido em quatro capítulos, que agregaram elementos para
reside nas regiões periféricas. o primeiro destina-se a apresentar conceber o projeto do Centro Cultural.
uma análise das questões culturais
A instalação de centros culturais e o seu desenvolvimento na O quarto capítulo explana o
nessas regiões é de grande importância contemporaneidade, até identificar o projeto do Centro Cultural Pedreira,
para a obtenção de um aumento processo de surgimento dos centros apresentando questões projetuais e
cultural e econômico, uma vez que culturais. fornecendo dados técnicos juntamente
proporciona, além do desenvolvimento com as peças gráficas, plantas,
da região, melhorias na qualidade de O segundo capítulo aborda a programas, e imagens.
vida da população de forma direta e análise urbana realizada na área
indireta. de intervenção onde é proposta a
implantação do centro cultural. Nele,
O objetivo deste trabalho é serão aprofundadas questões urbanas
17
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
19
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
20
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
21
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
As diversas formas de
desenvolvimento contribuem para a
valorização e disseminação da arte,
cultura e lazer, como no setor econômico
com a produção cultural geradora de
bens e serviços e criação de empregos,
22
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
23
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
cultura e o desenvolvimento1.
Com investimento em cultura,
Nos dias atuais, século XXI, os com o desenvolvimento ocorrendo em
meios culturais são muito utilizados diversos setores, políticas culturais
pelos órgãos públicos e privados, privilegiando e expandindo a cultura,
inserindo a cultura no desenvolvimento foi necessário incorporar espaços para
econômico. Os recursos aplicados este fim, visando atingir a população e
a cultura valorizaram tanto a ponto expandir a cultura como um todo.
de esta ser indagada como objeto de
investimento, conforme afirma Yudice:
“É quase impossível
encontrar declarações
políticas que não
arregimentem a
instrumentalização da arte e
da cultura, ora para melhorar
as condições sociais (...),
ora para estimular o
crescimento econômico
através de projetos de
desenvolvimento cultural
urbano e proliferação de
museus para incrementar o
turismo cultural” (YÚDICE,
2004, p.27).
1 disponível em http://www.cultura.gov.br
24
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
25
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
1959-1964, em Nice, França por lugares agradáveis de restaurantes, cafés, livrarias, lojas,
ficar até mesmo
Josep Lluis Sert e muitos outros que independentemente de áreas para exposição temporárias e
seus motivos-objeto, o
seguiram. acervo exposto. Para isso as mais diversas expressões de arte.
foram agregados novos
serviços como
A arquitetura modernista de restaurantes, lojas, Tais mudanças e a popularização
parques e jardins, além de
museus também marcou o Brasil, outras facilidades e, mais cultural afetaram a sociedade como
do que tudo, em
sendo os que mais se destacam são contraposição ao museu um todo, apresentando novos
antigo, muita luz natural
o Museu de Arte Moderna do Rio de iluminando amplas espaços de apropriação cultural, e
circulações e grandes
Janeiro (MAM-RJ) projeto de Reidy espaços de exposição segundo Castillo (2008), possibilitou
muito mais integrados e
(1954), (Imagem 3) e Museu de Arte fluidos (KIEFER, 2000, acesso a toda população, não apenas
de São Paulo (MASP) de Lina Bo p. 20).
a elite.
Bardi (1957) (Imagem 4).
Assim, configurações Hoje o objeto da arte não é
simplesmente exposto
A mudança gradativa do museológicas, bem como a num espaço, pressupondo,
programa arquitetônico pelo recolhimento, um
voltado para os museus necessidade de atendimento ao mergulho em seu interior
foi um fator importante [...] Contrariamente, o
para o surgimento dos novo consumo cultural da sociedade que se pretende nas
centros culturais, exposições atuais é atingir
conforme afirma Kiefer:
capitalista, proporcionaram o não só um único sujeito,
Mas não era apenas a mas toda a esfera pública,
surgimento das novas tipologias por meio de sensação,
forma do museu que
estava mudando, havia voltadas à cultura, como espaços entretenimento, diversão,
toda uma nova evento, ou seja, do
conceituação por trás com programas diversificados, espetáculo como imagem
desses projetos. Os e distração. (CASTILLO,
museus agora eram com ou sem áreas para exposição 2008).
projetados para serem
e que neste momento agregaram
26
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
28
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
29
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
30
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Os ingleses criaram seus um marco pós-moderno por de órgãos públicos para a construção
sua arquitetura, pluralismo
primeiros centros culturais no século funcional não só contendo de espaços culturais. Esses locais
áreas de exposição, e
XIX, conhecidos como centros de artes. proporcionando um grande atendem a política cultural de oferecer a
espaço de domínio público,
Ao final da década de 1950, na França, mas também por gerar um sociedade programas de cunho cultural,
como opção de lazer aos operários pólo de convivência, o que com exposições, cinema, dança, teatro,
veio a ser uma característica
franceses, surgiram espaços culturais marcante nessa nova biblioteca e manifestações artísticas,
tipologia (ALVES, 2010;
com áreas de convivência, quadras SPERLING, 2005). conforme afirma Coelho (1997):
esportivas e centros sociais. Esses Equipamento cultural
No Brasil, os centros culturais só entendendo-os como
lugares posteriormente passaram a ser edificações destinadas a
passaram a ser construídos a partir práticas culturais (teatros,
denominados “Casa de Cultura”. Foi cinemas, bibliotecas,
da década de 1980 com a construção centros de cultura,
em 1977 no Pós Moderno conforme
filmotecas, museus), quanto
do Centro Cultural do Jabaquara do grupo de produtores
Alves e Sperling com a construção do
arquiteto Gustavo Neves da Rocha culturais abrigados ou não,
Centro Cultural Georges Pompidou na fisicamente, numa
Filho e Shieh Arquitetos Associados edificação ou instituição
França (Imagem 5), que outros países (orquestras sinfônicas,
(Imagem 06) e do Centro Cultural São corais, corpos de baile,
foram incentivados a criação de centros companhias estáveis, etc.)
Paulo Arquitetos Eurico Prado Lopes e (COELHO, 1997, p165).
culturais.
Luiz Telles (Imagem 7).
Embora o seu espaço seja Podemos dizer que não existe
pautado na caixa modernista,
o Centro Cultural Georges um modelo defino de centro cultural,
Pompidou, projetado por Com a Lei Federal de Incentivo
Richard Rogers e Renzo mas possuímos uma variedade de
a cultura (Lei nº 8.313/91), ocorreu
Piano em 1977, tornou-se
equipamentos que servem como base
nos últimos anos grande investimento
31
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
32
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
33
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
34
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
35
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
2. ASPECTOS URBANÍSTICOS
O local de intervenção está localização do lote, o mapa da
inserido na zona sul de São Paulo, no Subprefeitura de São Paulo (imagem
bairro de Pedreira e faz parte do distrito 8) apresenta as estruturas dos distritos
de Santo Amaro. de São Paulo.
36
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
2.1.1 SANTO AMARO A primeira vila de Santo Amaro paroquial, elegendo sete vereadores
surgiu em 12 de Agosto de 1560, para a constituição do legislativo da
data em que os jesuítas tomaram cidade de Santo Amaro.
posse oficial de duas léguas de terra
localizadas à margem esquerda do Em 1935 o Decreto nº 6.988 de
Rio Jurubatuba. 22 de fevereiro extingue o município
de Santo amaro, cujo território
Em 1829, ocorre a primeira passa a fazer parte do município
instalação efetiva de uma colônia da Capital. Em 1936 Santo Amaro
de imigrantes no Estado de São já é considerado bairro (Imagens 9
Paulo, na região de Santo Amaro e 10). 1
(Parelheiros).
37
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 9 | Alameda Santo Amaro, 1936 Imagem 10 | Praça Floriano Peixoto, 1936
Fonte: CETRASA/Centro de Tradições de Santo Amaro Fonte: CETRASA/Centro de Tradições de Santo Amaro
38
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
O bairro de Cidade Ademar surgiu diversas partes do Brasil em busca de A partir de 1997 a Subprefeitura-CD
na década de 1960 com o povoamento uma vida melhor. foi criada por decreto pelo prefeito da
de migrantes de outros estados. Este época Paulo Maluf. Um novo decreto
local tem uma característica de região O êxodo rural ocorrido na do ex-prefeito Celso Pitta em dezembro
dormitório, que ocorreu devido à década de 1970, conhecido como a de 2000 corrige algumas distorções
explosão industrial de 1960. expulsão do homem do campo para em relação à divisão geográfica por
as grandes cidades, contribuiu para o distrito.1
Seus bairros e vilas surgiram aumento populacional da região. Além
devido ao grande impulso do processo disso, eram atraídos pela possibilidade
de urbanização com decadência dos de parcelamento dos loteamentos.
fazendeiros que eram obrigados a
lotear suas terras. Assim começou Até 1996, Cidade Ademar
o processo de urbanização com o pertencia à região Administrativa de
surgimento de loteamentos vendidos Santo Amaro e era a região periférica 1 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
do centro urbano de Santo Amaro. secretarias/subprefeituras/cidade_ademar/
aos operários migrantes que vieram de
historico
39
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 11 | Avenida Cupecê no ano de 1958 Imagem 12 | Rua Garcia D’avila, subindo à esquerda
Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias Fonte: Acervo família Luccats
40
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
1 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
No inicio do seculo XX após a secretaria/subprefeitura/capela_do_socorro
41
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
42
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
43
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
45
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
AREA DE
INTERVENÇÃO
46
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
47
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
2.3.2 O LOCAL
48
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
1 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/upload/meio_ambiente/20%20
GTAC_Out_2015.pdf
49
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
50
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
51
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
52
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
53
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
54
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
55
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
56
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
57
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
2.3.6 CONDICIONANTES
A área de intervenção, situada ônibus com acesso a bairros de periferia períodos de chuva, devido a falta de
entre a Avenida Nossa Senhora e estações de metrô e CPTM. obras de infraestrutura, o córrego alaga,
do Sabará e Miguel Yunes, vias de dificultando o acesso de pedestres e
trânsito rápido, apresenta calçamento A Estação Autódromo da CPTM é veículos no local.
e pavimentação em bom estado e área a mais próxima, à 2,8 Km do local, e
de passeio em torno do terreno de 2,00 a Estação Jurubatuba da CPTM está a A região se encontra em
a 2,5 metros. 4,7 Km do local. desenvolvimento habitacional,
condomínios habitacionais estão se
A iluminação noturna na Av. Nesta região está localizada a instalando ao longo da Avenida Nossa
Nossa Senhora do Sabará é adequada. Usina Termelétrica de Piratininga e Senhora do Sabará e principalmente
Na Av. Miguel Yunes a iluminação é o antigo aterro sanitário Jurubatuba, da Av. Miguel Yunes. A região também
considerada precária, em parte pela além do próprio Rio Jurubatuba. Nas apresenta uma vasta área verde,
presença de vegetação. Em ambas proximidades há galpões industriais em principalmente por estar próxima a
as avenidas há pontos de ônibus na atividade e a presença de um córrego represa Billings, que é uma área de
calçada do terreno, com linhas de que corta a área objeto de estudo. Em preservação ambiental.
58
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
3. ESTUDOS DE CASO
Os estudos de caso aqui utilizados Outros estudos foram realizados
agregaram ao projeto do Centro ao longo do processo, cujos detalhes
Cultural Pedreira, elementos de grande estão descritos no capítulo 4.
importância. O projeto do Plassen
Cultural Center, possui um amplo
programa de necessidades básicas.
O projeto do Concurso Centro Cultural
de Eventos e Exposição Paraty foi um
norteador para chegarmos à forma
do projeto em estudo, contribuindo na
evolução do partido arquitetônico. O
Projeto do Parque Tecnologico de òbidos
- Portugal, apresenta composição
estrutural , materiais e forma, similares
ao projeto desenvolvido.
59
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
60
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Ano: 2012 interação urbanística. A cobertura, cujo linearidade, que em conjunto ao uso
acesso se dá pela “escada-anfiteatro” de materiais como granito e vidro,
Área: 5.800,00 M²
cria uma utilização pública quando expressam leveza ao edifício de três
incorpora um café e área infantil pavimentos, quando visto de fora.
Apesar do projeto Plassen (Imagem 31). (Imagem 31)
Cultural Center ter sido utilizado como
a principal referência do programa
de necessidades, o mesmo é dotado
de elementos arquitetônicos muito
interessantes. Notamos que o projeto
parte de uma implantação na qual a
interação do terreno com a rua (Imagem
30), cria um vínculo entre o espaço
público e privado através de uma
escadaria, formando três anfiteatros ao
ar livre.
Imagem 31 | Escadaria Anfiteatro
Fonte: http://www.archdaily.com – Acesso em 18/3/2015
61
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
As cores fortes aplicadas no para ver a paisagem. Os visitantes e acesso a “escada-anfiteatro” externa
interior do edifício junto ao uso da podem subir a escada e permanecer (imagem 34). No segundo pavimento,
madeira e a iluminação artifícial em diferentes níveis, com mesinhas há uma sala de aula, biblioteca jovem e
apresentam um olhar atraente ao que permitem apreciar a paisagem. O sala de ensaios.
edifício à noite. (Imagem 32) Edifício Plassen desempenha também
um papel importante na comunicação, O programa arquitetônico do
Segundo a 3xn Architects, as trazendo cultura para o “nível” da praça Plassem Cultural Center, possui uma
escadarias são lugares de permanência da cidade e entretenimento integrado distribuição ampla. Conceitualmente
e contemplação. A fachada passa ao ambiente urbano. a setorização dos ambientes estão
a ideia de movimento com formas dispostos de forma a proporcionar
simétricas em formato de losango e a O Plassen Cultural Center integração entre as áeas do programa.
circulação é uma das definidoras da possui um amplo programa. O térreo
forma de um edifício. é o pavimento mais importante desta Analisando a planta baixa do térreo
edificação. Nele, estão localizadas as (imagen 35), a forma como a biblioteca,
A intenção deste projeto funções principais do edifício, como a o café, o palco flexível, a loja e a área
claramente sugere que o edifício seja biblioteca de acervo adulto, o auditório, de exposição interagem, proporcionam
usado como um espaço aberto para a loja e o café (imagem 33). Seguindo uma maior circulação e movimentação
a cidade, servindo como um ponto pelo primeiro pavimento, há uma área de no térreo, caracterizando este
de encontro e local de observação exposição, biblioteca de acervo infantil, pavimento como o portal de chegada
62
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
63
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
3.1.2 DESENHOS
65
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
66
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
67
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 41 | Elevação
Fonte: http://www.archdaily.com – Acesso em 18/3/2015
Imagem 42 | Elevação
Fonte: http://www.archdaily.com – Acesso em 18/3/2015
68
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
69
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
70
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Yuri Vital
Paraty
71
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
72
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
casos comunitária.
73
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
O Centro Cultural Paraty salas de exposições criam uma circulação continua através de
expressa visualmente uma visão poética quando vistas de rampas e escada, que direcionam o
continuidade de planta, de forma a fora. (Imagem 48) público diretamente aos ambientes.
manter a circulação frequente e sem Esta circulação é vista pelo
interrupções. Na concepção do partido interior do pátio, cujos ambientes
arquitetônico, o projeto se distribui internos e extenos se articulam
As rampas que acessam as em dois amplos pavimentos com sem barreiras visuais.
74
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
3.2.2 DESENHOS
75
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 51 | Corte AA
Fonte: http://www.archdaily.com - Acesso em 22/3/2015
Imagem 52 | Corte BB
Fonte: http://www.archdaily.com - Acesso em 22/3/2015
76
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
77
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Ano: 2014
78
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
projetual. tecido urbano foi um fator chave para O projeto traz uma grande
buscar e encontrar espaços públicos estrutura construída para marcar a
O projeto, foi realizado através alternativos. perspectiva do território com finas linhas
de um concurso que exigia que o horizontais onde o desenvolvimento do
programa deveria possuir uma praça A decisão do projeto foi centrada projeto é de importância crucial. Uma
principal (imagem 54), no centro do no objetivo de criar um grande espaço área interior do terreno foi parcialmente
parque tecnológico. público, seja como uma relação fácil e pavimentada. Colinas foram criada
flexível com os edifícios que o rodeiam, reutilizando os movimentos de terra
Conforme afirmou Jorge ou como complemento da paisagem necessários para inserir todo o
Maelha, desenhar uma praça sem natural. programa do térreo do edifício.
79
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Na parte superior, acima do espaço diversos objetivos, como a de aumentar de apoio como sala de reuniões
cívico criado e a paisagem recriada e as superfícies verdes dentro do terreno, principal e salão multifuncional, um
extensa, uma praça vazia enorme e um diminuir as necessidades de energia pequeno restaurante, algumas lojas e
claustro de escritórios tornam o projeto em termos de sistemas de ventilação as principais áreas técnicas.
um marco, que flutua apoiado somente do edifício e a criação de uma nova
em seis pontos e delimita o espaço que colina, reutilizando a terra que se moveu No claustro flutuante encontram-
filtra as perspectivas para o interior e para alocar o programa no térreo. se todas as unidades de escritórios
exterior. para as empresas “start up” e alguns
O programa é distribuído de uma laboratórios. Ambos os pavimentos
A decisão de incluir parte do maneira muito clara e simples. No apresentam grandes área organizadas
programa abaixo da paisagem possui térreo encontram-se todos os espaços através de uma estrutura modular que
80
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Também, intencionalmente, a
plasticidade do concreto em bruto foi
considerada como uma característica
expressiva e para a identidade espacial.
81
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
As paredes internas e os pisos são pavimento demonstra a geometria e de aço perfurado, e seu teto falso é
de concreto. Alguns detalhes em painéis a claridade. Um conjunto de treliças feito com folhas de alumínio.
de madeira e elementos pintados de metálicas enormes criam quatro prismas
preto (mesas de recepção, falsos tetos vazios e interconectados, construindo A fachada exterior está
acústicos, escadas) propõem um marco um claustro grande e flutuante. A completamente coberta por uma
interno de perspectivas, equilibrando a estrutura limita a modularidade das membrana branca leve, translúcida e
expressão de concreto. unidades “startup” que ocupam a transparente, construída com unidades
maioria do espaço neste nível. de andaimes de aço perfurado
Externamente, no térreo, além envernizado.
das janelas (vidro térmico duplo com Neste pavimento, a circulação foi
caixilho de alumínio), são utilizados realizada através de uma circulação
dois materiais: concreto e aço corten. interior ventilada naturalmente,
O piso de concreto é texturizado com protegida por uma grande superfície de
pó de metal com o objetivo de oxidar vidro. As paredes exteriores são feitas
o pavimento através do tempo. Partes de painéis leves, úmidos e isolantes, e
das paredes estão cobertas por painéis as paredes interiores são construídas
de aço corten oxidado. com o sistema seco de painéis leves
de gesso. No “claustro circulação” o
Oposto ao térreo, o primeiro pavimento é de unidades de andaimes
82
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 59 | Vista interna da fachada
Fonte: http://www.archdaily.com.br - Acesso em 4/11/2015
83
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
3.3.2 DESENHOS
84
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
85
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 66 | Cortes
Fonte: http://www.archdaily.com.br - Acesso em 4/11/2015
86
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 67 | Elevações
Fonte: http://www.archdaily.com.br - Acesso em 4/11/2015
87
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
88
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
A arquitetura expressa, nas mais presente, reunindo pessoas de todas se chegou ao objetivo de elevar o nível dos
variadas formas, o papel que lhe é as classes sociais e criando relações equipamentos culturais, aproximando-
estabelecido de atender as funções entre estas. os das áreas periféricas e promovendo
sociais. Os centros culturais, ambientes um maior acesso a população que os
que proporcionam espaços de lazer e Ainda, valendo-se pelas rodeiam.
cultura, promovendo relações humanas, necessidades urbanísticas, evidenciamos
cumprem com essa função social. como a expansão da cidade interfere de
forma significativa no contato direto com
Na sociedade contemporânea estes equipamentos culturais. O capitulo II
notamos que promover a cultura e nos mostra como ocorreu esta expansão
o lazer despertam o conhecimento em direção as áreas periféricas e o quanto
e interesse do homem. Assim foi são deficientes de equipamentos de
idealizado o Centro Cultural Pedreira, cultura e lazer.
visando criar espaços onde a interação
com a arte, cultura e lazer esteja Diante destes apontamentos, é que
89
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
90
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
91
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
4.2 LEGISLAÇÃO
Conforme estabelece o Plano area de intervenção esta caracterizada ÁREA DO TERRENO: 6975,00 m²
Diretor Estratégico do Município de São como Zona de Centralidade Urbana - COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Paulo Lei nº 16.050, de 31 de julho de ZC - u. (Imagem 75) Mínimo 30% 2092,50 m²
2014, a área deve atender aos índices
Básico 100% 6975,00 m²
indicado no Quadro 3 (Parâmetro de Assim chegamos aos seguintes Máximo 200% 13950,00 m²
Ocupação do Lote). (Imagem 74) índices estabelecidos: Taxa de Ocupação Máxima 70%
4882,50 m²
Ainda conforme o plano diretor a COEFICIENTE ADOTADO: 12.257,00 m²
92
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
93
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
94
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
e escada de emergência
95
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
96
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
4.3.2 PROGRAMA
O programa acontece partindo Dando continuidade a circulação e descoberta e concede acesso ao
da setorização e circulação do edificio. que proporciona um passeio com vista jardim suspenso, planejado sobre a
(Imagem 77) para o pátio interno, a rampa de acesso cobertura do terceiro pavimento.
ao terceiro pavimento se da pela área
O térreo se conecta ao primeiro externa do edifício, agora interagindo
pavimento através de uma rampa diretamente com este pátio.
interna, que direciona o público à
Biblioteca e a entrada do primeiro O terceiro pavimento é
auditório, cuja capacidade é de 180 denominado Espaço de Artes,
pessoas. abrigando todo o programa
educacional, com salas de dança,
A partir do primeiro pavimento e música, teatro, ateliê de pintura e
também por rampa interna se chega esculturas. Este pavimento abriga
ao segundo pavimento, que da acesso também todo o setor administrativo do
a outro auditório com capacidade para centro cultural.
250 pessoas e conta também com
espaços de exposições temporárias e O quarto pavimento conta com
permanentes. uma área de alimentação com um
Imagem 77 | Esquema de programa
amplo restaurante, cuja área é coberta Fonte: Acervo pessoal
97
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
98
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
99
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Estrutura Primaria
Estrutura Secundaria
100
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
Imagem 79 | Perspectiva
Fonte: Acervo pessoal
101
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
A implantação do Centro permite o acesso a entrada do edifício. áreas de lounge, onde os usuários
Cultural Pedreira, torna-se um marco podem se apropriar destes locais como
na paisagem. Voltando o olhar para O hall com acesso também para área de estar.
Avenida Nossa Senhora do Sabará, a o pátio interno recebe o público e os
paisagem apresenta a transformação direciona para o restante do programa,
urbana e imobiliária de baixos e altos setorizado conforme a classificação
gabaritos. No lado da Avenida Miguel dos usos: Auditório, Biblioteca,
Yunes, a vista é marcada pela presença Exposição, Educacional, Administrativo
da vegetação, devido a uma área de e Alimentação.
preservação ambiental.
Com isso o projeto torna-se O edifício foi projetado de forma a
notável de forma a convidar o público articular o programa com a circulação
para se apropriar de seus espaços. e também tirar proveito das vistas que
A disposição do bloco no terreno podem ser apreciadas do seu interior.
configura o acesso principal ao interior
do mesmo que se da pela fachada Os pavimentos contam com
leste através de uma ampla rampa que espaço próprios aos programas com
102
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
103
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
104
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
105
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
106
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
107
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
108
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
109
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
110
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
111
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
112
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
113
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
CONCLUSÃO
A pesquisa aqui realizada, Os espaços de cultura e lazer vão
possibilitou entender um pouco sobre além de e quipamentos monumentais
a conceituação e o desenvolvimento incorporados a cidade. Estes
da cultura no período contemporâneo. possibilitam aos usuários o acesso
não só a movimentos artístiscos, mas
O levantamento de dados foi a construção de experiências coletivas
importante primeiramente, para que ultrapassam a linha do senso
se estabelecer parâmetros de comum.
aplicabilidade de acordo com a
legislação, podendo assim, contribuir Vimos aqui, que projetos
com as ações projetuais. arquitetônicos criados ao público
são concebidos cada qual com
Um dos principais objetivos sua particularidade, mas com uma
deste estudo, foi buscar aliar cultura e característica comun entre eles.
arquitetura em benefício da sociedade A forma como são articulados
para a promoção das relações os ambientes fornecem aos usuário
humanas tão necessárias no mundo apropriação do edificio como um todo.
contemporâneo.
Locais de encontros, áreas de
114
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
115
CENTRO CULTURAL PEDREIRA
BIBLIOGRAFIA
CARDOSO & NOGUEIRA, Maria Cecília D. Projeto de im- contemporânea. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/en-
plementação do Centro de Cultura de Belo Horizonte. Belo cult2007/lucieneborgesramos.pdf>. Acessado e impresso em
Horizonte: Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, 2015.
v.23, n2. p.203-216, jul/dez. 1994
TEIXEIRA, Nísio. Um rock no meio do caminho: subsídios
COELHO, Teixeira. Dicionário Crítico de Política Cultural. para a proposição de um sistema de informação artístico-
São Paulo: Ed. Iluminuras, 1997. -cultural em Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado. Belo
Horizonte, ECI/UFMG, 2002.
COELHO, Teixeira. O Que é Ação Cultural. São Paulo:
Editora Brasiliense, 1988. Teixeira Coelho,1997 - DICIONÁRIO CRÍTICO DE POLÍTICA
CULTURAL
COELHO, Teixeira. Usos da cultura: políticas de ação cul-
tural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986
116
SITES
LOPES, Marcus. Interlagos comemora 75 anos. {online}. PREFEITURA DE SÃO PAULO . Dados socioeconomico {online}.
Disponivel na internet via http://acervo.estadao.com.br/noticias/ Disponivel em http://infocidade.prefeitura.sp.gov.br/demografia
acervo,interlagos-comemora-75-anos,9226,0.html. Acessado em 17 de abril 2015
Acessado em 15 de jul 2015
FONDATION LE COURBUSIER. Musée de la Connaissance
WIKIPEDIA . Centro Cultural. {online}. Disponivel na internet
Disponivel em http://www.fondationlecorbusier.fr
via http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_cultural 04/06/15
Acessado em 22 de abril 2015
Acessado em 04 de jun 2015
GUGGENHEIM . Guggenheim Museum, Disponivel em http://
SÃO PAULO, CENTRO CULTURAL. historico do projeto
www.guggenheim.org
{online}. Disponivel na internet via http://www.centrocultural.
Acessado em 22 de abril 2015
sp.gov.br/CCSP_historico.html.
Acessado em 04 de jun 2015
MUSEUS DO RIO . MAM Museu de Arquitetura Moderna
Disponivel em http://www.museusdorio.com.br/
PREFEITURA DE SÃO PAULO . Santo Amaro {online}.
Acessado em 22 de abril 2015
Disponivel na internet via http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/subprefeituras/santo_amaro/historico
MAPA DE CULTURA . MAM Museu de Arquitetura Moderna
Acessado em 29 de maio 2015
Disponivel em http://mapadecultura.rj.gov.br/wp-content/uploa-
ds/2012/05/MAM.jpg
PREFEITURA DE SÃO PAULO . Cidade Ademar {online}.
Acessado em 01de maio 2015
Disponivel na internet via http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/subprefeituras/cidade_ademar/historico
Acessado em 29 de maio 2015 ARCHDAILY . Parque Tecnologico Olido portugal
Disponivel em http://www.archdaily.com.br/br
PREFEITURA DE SÃO PAULO . capela do Socorro {onli- Acessado em 04 de novembro 2015
ne}. Disponivel na internet via thttp://www.prefeitura.sp.gov.br/
cidade/secretaria/subprefeitura/capela_do_socorro
Acessado em 29 de maio 2015