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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO DE ARQUITETURA

THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

MERCADO JANGADEIRO : PROJETO DE UM MERCADO PÚBLICO


PARA A CIDADE DO PAULISTA-PE

RECIFE
2021
2

THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

MERCADO JANGADEIRO : PROJETO DE UM MERCADO PÚBLICO


PARA A CIDADE DO PAULISTA-PE

Projeto apresentado ao Curso de Graduação de


Arquitetura do Centro Universitário Maurício de
Nassau do estado de Pernambuco, como pré-
requisito para obtenção de nota da disciplina
Trabalho de Graduação II, sob orientação da
Mestra Mary da Silva Rached.

RECIFE
2021
3

Dedico este trabalho de conclusão do curso a minha avó


Nair Magalhães (in memoriam) por ter participado da
formação da minha vida e que hoje ilumina o meu caminho
em meio a tantas adversidades e conquistas.
Dedico este trabalho aos meus pais pela formação do meu
caráter e valores e por sempre terem me incentivado ao
longo do curso e formação profissional.
4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela vida, pela luz de viver cada dia de estudo com
bastante força e ânimo em passar por desafios e por me permitir a continuar esse
caminho de trabalho com bastante saúde em meio a uma fase pandêmica.
Aos meus pais, Adriana e Jailson, por terem me incentivado ao longo do curso e me
ajudado em todas as etapas do trabalho e que foram essenciais na formação do meu
atual caráter e busca incessante pelo conhecimento.
Aos meus amigos da faculdade, Alice, Evellyn, Williane, Rafaella, Julianne entre
outros que sempre estiveram juntos comigo em todos os momentos do curso e que
sempre compartilharam experiências e troca de conhecimento e são pessoas que
tenho um amor imenso e as levarei para a vida toda.
A minha professora orientadora Mary Rached, por ser uma pessoa incrível e que me
proporcionou material para pesquisa dos mercados públicos no Recife.
Aos meus professores que foram essenciais para minha formação profissional e
responsáveis pelo meu primeiro contato na área de arquitetura.
5

“Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena tentar”
Zaha Hadid
6

RESUMO

O seguinte trabalho tem como objetivo a elaboração do projeto de um mercado


público para a cidade do Paulista-PE, mais especificamente no bairro do Janga, local
de maior densidade demográfica do município. O mercado público em um edifício
para comercialização de produtos e possibilita o encontro de pessoas, bem como
grandes valores culturais. Para a elaboração desse trabalho, foram elaboradas duas
etapas. Na primeira etapa foram realizadas pesquisas bibliográficas para produção de
referencial teórico, relacionado ao comércio, tipologias de mercados públicos
existentes e vitalidade urbana. Na segunda etapa foram levantados dados
demográficos e urbanísticos do local, bem como suas necessidades comerciais,
necessários para dar início ao projeto. A diversidade de tipologias comerciais e
conceitos relacionados a vitalidade urbana foram fatores norteadores para o
desenvolvimento do tema. Por fim, teve como resultado o projeto de um mercado
público que possa suprir as demandas populacionais e econômicas locais e que tenha
um partido diversificado em conjunto com o potencial natural da região. A realização
do projeto teve sucesso por obter e levantar informações urbanísticas e populacionais
do local afim de realizar um diagnóstico para implantação do projeto, o que também
levou em consideração todos os aspectos socioculturais da cidade.

Palavras Chave: Arquitetura comercial, Cultura, Sustentabilidade ambiental,


Centralidade urbana, Turismo, Dinamização
7

ABSTRACT

The following work has as its objective to elaborate the project of a public market for
the city of Paulista-PE, more specifically in the neighborhood of Janga, place of
greatest demographic density of the municipality. The public market in a building for
the commercialization of products and allows people to meet, as well as great cultural
values. For the elaboration of this work, two stages were elaborated. In the first stage,
bibliographical research was carried out to produce a theoretical referential, related to
commerce, typologies of existing public markets, and urban vitality. In the second
stage, demographic and urbanistic data of the place were collected, as well as its
commercial needs, necessary to start the project. The diversity of commercial
typologies and concepts related to urban vitality were guiding factors for the
development of the theme. Finally, the result was the design of a public market that
can supply the local population and economic demands and that has a diversified party
in conjunction with the natural potential of the region. The project was successful
because it obtained and collected urban and population information from the local
population in order to make a diagnosis for project implementation, which also took
into consideration all the socio-cultural aspects of the city.

Key-words: Commercial architecture, Culture, Environmental sustainability, Urban


centrality, Tourism, Dynamization
8

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Feira livre em espaço público ................................................................... 23
Figura 2 - Atividades comerciais na Idade Média ...................................................... 24
Figura 3 - Acesso do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia ....................................... 25
Figura 4 - Planta baixa do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia ............................... 27
Figura 5 - Interior do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia ........................................ 27
Figura 6 - Interior da Galeria Colbert ......................................................................... 29
Figura 7 - Planta baixa das galerias Colbert e Vivienne ............................................ 30
Figura 8 - Interior do Burlington Arcade .................................................................... 30
Figura 9 - Interior do Grand Magasin Bon Marché - França ...................................... 31
Figura 10 - Vista do Grand Magasin Bon Marché - França ....................................... 32
Figura 11 - Áreas de venda no Grand Magasin Bon Marché – França ..................... 33
Figura 12 – Mercado da Candelária, no Rio de Janeiro ............................................ 34
Figura 13 – Acesso principal do Mercado de São José em Recife/PE ...................... 36
Figura 14 – Planta baixa do mercado de São José em Recife/PE ............................ 37
Figura 15 – Pavilhão de frutos do mar do Mercado de São José .............................. 37
Figura 16 – Área externa do Mercado Ver-o-Peso em Belém/PA ............................. 39
Figura 17 – Planta baixa do mercado Ver-o-Peso em Belém/PA .............................. 39
Figura 18 – Mercado da Encruzilhada em Recife/PE ................................................ 41
Figura 19 – Praça de alimentação do Mercado da Encruzilhada .............................. 41
Figura 20 – Porta do tipo Vai e Vem ......................................................................... 43
Figura 21 – Espaço de uma cozinha industrial de acordo com as normas da ANVISA
.................................................................................................................................. 44
Figura 22 - Vista do Shopping Iguatemi, em São Paulo ............................................ 49
Figura 23 - Grande concentração de pessoas no Shopping Riomar - Recife ........... 51
Figura 24 - Circulação interna da Galerie Colbert - Paris .......................................... 52
Figura 25 - Corredor principal do Shopping Tacaruna - Recife ................................. 53
Figura 26 - Vista do Mercado de Areias, em Recife .................................................. 54
9

Figura 27 - Área externa do Mercado de Abastos de Curacautín ............................. 57


Figura 28 - Planta baixa do pavimento térreo............................................................ 58
Figura 29 - Circulação interna do mercado de Abastos ............................................ 58
Figura 30 - Área das cozinhas do mercado ............................................................... 59
Figura 31 - Volumetria dos pilares da área externa .................................................. 60
Figura 32 - Acesso principal do Mercado Estação Báltica ........................................ 61
Figura 33 - Área interna do mercado......................................................................... 62
Figura 34 - Planta baixa do pavimento térreo............................................................ 63
Figura 35 - Planta baixa do pavimento superior ........................................................ 63
Figura 36 - Espaço de circulação com pé direito alto ................................................ 64
Figura 37 - Quiosques em madeira ........................................................................... 65
Figura 38 - Boxes comerciais com formato retangular .............................................. 66
Figura 39 - Fachada principal do Mercado da Encruzilhada ..................................... 68
Figura 40 - Planta esquemática do Mercado da Encruzilhada .................................. 69
Figura 41 - Fachada principal do Mercado da Boa Vista ........................................... 71
Figura 42 - Bicicletário e painel de informações no Mercado da Boa Vista ............... 72
Figura 43 - Pátio interno do Mercado da Boa Vista ................................................... 73
Figura 44 - Circulação frontal no Mercado da Boa Vista ........................................... 73
Figura 45 - Planta esquemática do Mercado da Boa Vista ....................................... 74
Figura 46 - Madeiramento do telhado do Mercado da Boa Vista .............................. 75
Figura 47 - Vista de situação do lote ......................................................................... 76
Figura 48 - Vista frontal do lote do TCC .................................................................... 79
Figura 49 - Vista aérea do bairro do Janga ............................................................... 80
Figura 50 - Calçadão da Praia do Janga ................................................................... 80
Figura 51 - Vista da Av. Dr. José Cláudio Gueiros Leite, lote do TCC ao lado ......... 81
Figura 52 - Vista lateral do lote do TCC (R. de Belém Maria) ................................... 82
Figura 53 - Vista frontal do lote (Beira mar)............................................................... 82
Figura 54 - Uso do calçadão pela população ............................................................ 83
Figura 55 - Presença do comércio ambulante no calçadão do Janga ....................... 84
10

Figura 56 - Feira de artesanato no calçadão do Janga ............................................. 84


Figura 57 - Bar na faixa do calçadão ......................................................................... 85
Figura 58 - Degradação do mobiliário urbano no calçadão ....................................... 86
Figura 59 - Degradação do passeio público no calçadão .......................................... 86
Figura 60 - Vista superior do bairro. Grandes condomínios residenciais ao fundo .. 88
Figura 61 - Estabelecimentos comerciais na Av. Cláudio José Gueiros Leite ........... 90
Figura 62 - Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite ......................................................... 93
Figura 63 - Ônibus circulando na avenida principal................................................... 93
Figura 64 - Vista da mata do Janga .......................................................................... 95
Figura 65 - Presença de arborização em trecho próximo ao lote .............................. 96
Figura 66 - Edifícios de grande porte no bairro ......................................................... 98
Figura 67 - Edifício de grande porte no bairro ........................................................... 98
Figura 68 - Croqui para desenvolvimento do projeto ............................................... 103
Figura 69 - Croqui para desenvolvimento da implantação ...................................... 104
Figura 70 - Moodboard produzido a partir de imagens de referência para o projeto
................................................................................................................................ 104
Figura 71 - Vista isométrica do mercado ................................................................. 105
Figura 72 - Circulação principal do mercado ........................................................... 106
Figura 73 - Circulação interna do mercado ............................................................. 107
Figura 74 - Setor de hortifruti................................................................................... 108
Figura 75 - Setor de frios ......................................................................................... 109
Figura 76 - Vista interna da praça de alimentação .................................................. 110
Figura 77 - Espaço externo do bar .......................................................................... 111
Figura 78 - Vista frontal do bar ................................................................................ 112
Figura 79 - Croqui para desenvolvimento do mobiliário externo ............................. 112
Figura 80 - Área dos bancos e canteiros ................................................................. 113
Figura 81 - Iluminação noturna dos bancos e canteiros .......................................... 114
Figura 82 - Obra de arte aplicada na parede........................................................... 115
Figura 83 - Croqui do zoneamento preliminar ......................................................... 118
11

Figura 84 - Fluxograma do zoneamento final do mercado ...................................... 119


Figura 85 - Zoneamento final do pavimento térreo .................................................. 120
Figura 86 - Zoneamento final do 1º pavimento ........................................................ 121
Figura 87 - Diagrama de implantação do projeto .................................................... 122
Figura 88 - Acesso do mercado pela beira mar....................................................... 123
Figura 89 – Pergolado de madeira sobre acesso a beira mar ................................. 123
Figura 90 - Acesso do mercado pela Av. Dr. Cláudio Gueiros Leite ....................... 124
Figura 91 - Acesso lateral do mercado (R. De Belém Maria) .................................. 125
Figura 92 - Elevações humanizadas do projeto ...................................................... 126
Figura 93 - Corte humanizado do projeto ................................................................ 126
12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipologia de plantas de mercados no mundo


Tabela 2 - Parâmetros de uso de acordo com as normas sanitárias
Tabela 3 - Dados técnicos do Mercado de Abastos de Curacautín
Tabela 4 - Dados técnicos do Mercado Estação Báltica
Tabela 5 - Dados técnicos do Mercado da Encruzilhada
Tabela 6 - Dados técnicos do Mercado da Boa Vista
Tabela 7 - Quadro de parâmetros urbanísticos da área
Tabela 8 - Tipologia de boxes comerciais
Tabela 9 - Programa de necessidades do projeto
13

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 - Área de situação do estado de Pernambuco


Mapa 2 - Área de situação da Região Metropolitana do Recife
Mapa 3 - Delimitação da cidade do Paulista e demarcação do bairro do Janga
Mapa 4 - Cheios e vazios
Mapa 5 - Usos
Mapa 6 - Vias
Mapa 7 - Massas vegetativas
Mapa 8 - Gabarito
Mapa 9 - Mapa de condicionantes climáticos
Mapa 10 - Zoneamento do Plano Diretor
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LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANVISA – Associação Nacional de Vigilância Sanitária

NBR – Norma Brasileira

VISA – Vigilância Sanitária da cidade do Paulista

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ZAD – Zona de Alta Densidade


15

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................18
2.REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................22
2.1 ATIVIDADE E ESPAÇO COMERCIAL ..............................................................22
2.2 MERCADOS NO MUNDO .................................................................................25
2.2.1 Bazaar Árabe .................................................................................................25
2.2.2 Feiras .............................................................................................................28
2.2.3 Galerias ..........................................................................................................28
2.2.4 Lojas de departamento ..................................................................................31
2.3 MERCADOS PÚBLICOS NO BRASIL...............................................................34
2.3.1 Mercado de São José.....................................................................................35
2.3.2 Mercado Ver-o-Peso ......................................................................................38
2.3.3 Mercado da Encruzilhada ...............................................................................40
2.4 NORMAS SANITÁRIAS E LEGISLATIVAS .......................................................42
2.4.1 Nacional ........................................................................................................42
2.4.2 Estadual ........................................................................................................45
2.4.3 Municipal .......................................................................................................47
2.5 CONFLITOS E SEMELHANÇAS ENTRE MERCADOS PÚBLICOS E GRANDES
CENTROS COMERCIAIS .......................................................................................49
3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS ...........................................................................56
3.1 MERCADO DE ABASTOS DE CURACAUTÍN ..................................................56
3.2 MERCADO ESTAÇÃO BÁLTICA ......................................................................61
3.3 MERCADO DA ENCRUZILHADA .....................................................................67
3.4 MERCADO DA BOA VISTA ..............................................................................71
4. APRESENTAÇÃO DA ÁREA .............................................................................76
4.1 ÁREA DE ESTUDO ...........................................................................................76
5. ANÁLISE DO TERRENO E DO ENTORNO .......................................................81
16

5.2 Mapa de Nolli (Cheios e vazios) ........................................................................87


5.3 Mapa de uso......................................................................................................89
5.4 Mapa de vias .....................................................................................................91
5.5 Mapa de massas vegetativas ............................................................................94
5.6 Análise de gabarito ............................................................................................97
5.7 Mapa de condicionantes climáticos ...................................................................99
5.8 Zoneamento do Plano Diretor ...........................................................................101
6. ANTEPROJETO .................................................................................................103
6.1 Conceito Projetual .............................................................................................103
6.2 Partido Arquitetônico .........................................................................................105
6.3 Diretrizes Projetuais ..........................................................................................106
6.3.1 Boxes comerciais ...........................................................................................106
6.3.2 Boxes de hortifruti ..........................................................................................107
6.3.3 Boxes de frios .................................................................................................109
6.3.4 Praça de alimentação .....................................................................................109
6.3.5 Bares ..............................................................................................................110
6.3.6 Banco com canteiros ......................................................................................112
6.3.7 Cobertura .......................................................................................................114
6.3.8 Estacionamento ..............................................................................................114
6.3.9 Obra de arte ...................................................................................................115
6.4 Programa de Necessidades ..............................................................................116
6.5 Zoneamento ......................................................................................................118
6.6 Implantação e Acessos .....................................................................................121
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................127
8. REFERÊNCIAS...................................................................................................129
APÊNDICE – PRANCHAS DO PROJETO .............................................................135
Prancha de situação e locação e coberta ...............................................................135
Planta baixa - pavimento semi enterrado ................................................................135
Planta baixa humanizada – pavimento térreo .........................................................135
17

Planta baixa - pavimento térreo...............................................................................135


Planta baixa humanizada – 1º pavimento ...............................................................135
Planta baixa – 1º pavimento ....................................................................................135
Cortes ......................................................................................................................135
Fachadas.................................................................................................................135
Detalhe – Banco com canteiros...............................................................................135
Detalhe – Brise ........................................................................................................135
Especificação das fachadas ....................................................................................135
Detalhe – Boxe de comércio geral ..........................................................................135
Detalhe – Boxe de hortifruti .....................................................................................135
Perspectivas ............................................................................................................135
18

1. INTRODUÇÃO

O comércio é uma das atividades fundamentais dos primórdios humanos. É toda a


forma de troca de produtos entre as relações humanas, seguido de valor econômico.
Outros processos são intimamente interligados com a atividade comercial, entre elas
valores históricos e culturais que foram transmitidos entre as civilizações. De acordo
com Vargas (2012) O caráter social da atividade comercial surge quando existe a
necessidade do encontro e troca de ideias, palavras e sensações que fazem parte do
ato de comercialização de um produto. Dessa maneira o comércio depende de
aspectos sociais e subjetivos que vão além da mercadoria a ser negociada.
As atividades comerciais eram realizadas sem espaço definido, ocorrendo em locais
públicos da cidade. Antes do mercado público se consolidar de forma sólida, ele era
realizado em praças, no mesmo local de outras atividades corriqueiras (PINTAUDI,
2006). A necessidade do mercado enquanto local surgiu após necessidade de
ordenação e maior suprimento de alimentos diante do crescimento das cidades.
Pintaudi (2006) também menciona que o mercado como edificação surgiu após a
separação de suas atividades, instalando uma concepção burguesa de espaço.
Romano (2004) ressalta sobre o mercado como estrutura física que abrange vitalidade
de pessoas das mais diversas classes sociais e proporciona a diversidade dos
sentidos :

“Um mercado público pode ser um edifício em planta basilical, dividido


em naves, encimado por lanternins, ou igualmente um edifício que
concentra um espaçoso átrio geralmente quadrado, circundado por
galerias. Pode ser um ponto de encontro sem comparação, o coração
da cidade, onde se reúnem executivos, operários, donas-de-casa,
cortesãs, desocupados, estudantes e empregadas domésticas, bem
como uma lembrança impregnada de cheiros entrelaçados de peixes,
legumes, carnes, frutas, especiarias, grãos, queijos, flores, vinhos,
pastéis, fumos, incensos... “ (ROMANO, 2004, p. 16).

O Mercado público é uma instalação que abriga diversas atividades comerciais e


sociais nas cidades. A temática foi escolhida por ser um equipamento que reúne
19

elementos culturais e comerciais, além de gerar centralidades na malha urbana.


Danielli e Mackmillan (2018) mencionam que os mercado públicos são locais que
reúnem pessoas das mais diversas classes sociais com infinitas finalidades, sendo
legitimador de coletividades. Se torna evidente que os mercados são espaços públicos
que possibilitam o uso coletivo, permitindo diversas formas de usos. Estes espaços
propiciam vitalidade nas cidades. Os mesmos autores também abordam os mercados
públicos como papel essencial como integrador da sociedade e vitalidade urbana.
Vale lembrar que a diversidade e sociabilidade são valores marcantes de um mercado
público, elementos que são atrelados com a atividade comercial. Essa condição de
atividade social e abastecimento permite relacionar a atividade comercial do o
cotidiano das pessoas (VARGAS, 2012). Dessa forma, os mercados estão
relacionados com as atividades rotineiras da cidade, reunindo o fervor da sociabilidade
e comércio.
As cidades dependem de suprimentos, seja alimentares ou não para seu
funcionamento e suprimento da população. Em boa parte essas mercadorias são
comercializadas por meio dos mercados públicos que estão localizados nas regiões
centrais das cidades. Oliveira Júnior (2006) menciona que os mercados públicos e
feiras livres formam um dos principais tentáculos do sistema de abastecimento
urbano, em principal na distribuição de alimentos.
A demanda por suprimentos alimentícios nas cidades aumentou diante do aumento
populacional, o que obrigou os mercados a acompanharem seu crescimento por meio
da expansão de suas estruturas. Em contrapartida, a remoção dos mercados das ruas
e formações de redes de mercados tinham como intuito garantir o abastecimento
alimentar pleno (SILVA, 2017). A partir dessa necessidade, os mercados públicos
passaram a se materializar como edifício comercial que foi aplicado em diversos
países do mundo, inclusive no Brasil.
Os mercados públicos no Brasil surgiram em meados do século XIX como solução
para a crise sanitária na época, pois as atividades comerciais eram realizadas nas
ruas, envolta de todo o cotidiano da cidade. Além disso, havia uma demanda muito
maior por suprimentos diante do crescimento populacional nas áreas urbanas o que
exigiu um novo olhar sobre a contextualização dos equipamentos de varejo nas
cidades (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006) .
20

Quanto ao material desses mercados, Murilha e Salgado (2011) mencionam que o


ferro foi responsável pelo surgimento de uma nova tipologia de mercados. Em geral
os espaços foram projetados com moldes dos mercados europeus, principalmente
marcados pelo uso do ferro.
Entretanto, foram encontradas falhas no funcionamento dos mercados públicos no
Brasil. Por mais que existam novas tecnologias e protocolos de higienização e
organização, os mercados públicos não vêm seguindo essa mesma linha, básica para
seu funcionamento de forma regular. Chaves e Gonçalves (2013) mencionam que as
tecnologias de higienização dos espaços e acondicionamento de alimentos não foram
acompanhadas nos mercados públicos, tornando pouco atraentes para o consumidor.
Desta forma é possível encontrar essa realidade em vários mercados do Brasil, sendo
marcado pela ineficiência do poder público em promover a estrutura adequada para
higienização e disposição dos boxes.
A função de um mercado depende em sua maioria das vezes por comércio de
mercadorias, sejam elas artesanais ou não. O mal funcionamento dos mercados por
ausência de estrutura e higiene adequada acaba por ocasionar na evasão de usuários
do mercado. Quando a vitalidade no acesso e troca de produtos deixa de existir, se
torna impossível manter a função do mercado (PINTAUDI,2006). Desta forma, são
observadas ausências de novas formas e funções para o mercado público,
necessitando atrair novos perfis de usuários e diferentes formas de sustento financeiro
para o local.
Em relação a infraestrutura, os mercados públicos entraram em processo de
sucateamento, sem condições para enfrentar a forte concorrência dos
supermercados, tornando reféns da própria ineficácia (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006). O
autor também menciona que estes mercados possuem dificuldade para atender as
novas expectativas populacionais.
Os mercados de grande porte, como atacados e hipermercados vêm se tornando
equipamentos de maior acessibilidade e melhor estrutura para realizar suas compras
em detrimento das péssimas condições dos mercados públicos, resultante do descaso
do poder público.
O trabalho tem como objetivo geral elaborar o projeto um mercado público na cidade
do Paulista para o bairro do Janga com o intuito de dinamizar a economia e suas
relações urbanas.
21

Serão analisadas como as formas tipológicas de mercados públicos existentes podem


contribuir no desenvolvimento da cultura local e diversidade comercial do bairro. Além
disso, serão compreendidos os valores construtivos e características de ocupação do
local.
O projeto deverá trazer conforto térmico, lumínico e visual para os usuários do
mercado afim de gerar maior atratividade e potencializar as atividades comerciais e
de lazer.
O mercado público será consolidado como uma centralidade urbana que propõe
vitalidade para a interação social e gerar relações de troca e mobilidade para o bairro.
Serão propostos ambientes dimensionados e funcionais de forma a suprir as
necessidades e trocas comerciais.
O potencial ambiental existente no local será evidenciado para que esses elementos
sejam fatores norteadores do projeto.
Para o desenvolvimento da proposta, a metodologia consiste na pesquisa bibliográfica
sobre temas e conceitos relacionados ao comércio e levantamento dos dados
relacionados ao bairro e município e análise do local, sendo utilizado como estudo os
elementos urbanos e populacionais a fim de obter um entendimento da dinâmica do
local de estudo.
22

2.REFERENCIAL TEÓRICO

Para o desenvolvimento do trabalho, o referencial teórico foi estruturado em tópicos


relacionados ao comércio e respectivos mercados públicos como objeto de estudo
bem como as demais condicionantes para o projeto, como normas técnicas e
sanitárias.

2.1 Atividade e espaço comercial

A atividade comercial é considerada uma prática tradicional e está vinculada com o


caráter de troca, seja de mercadorias ou serviços que geram retorno econômico, ou
seja, a realização da compra entre o vendedor e cliente. E essa efetivação comercial
se torna bastante expressiva, pois depende da comunicação e outras atividades
sociais que permitem a difusão da prática comercial como o cruzamento do fluxo de
pessoas, estes geralmente em conjunto com outras atividades sociais (VARGAS,
2018).
A relação comercial com outras atividades urbanas políticas, religiosas e de lazer
permite que o comércio seja agente social e responsável pelo abastecimento
alimentício das cidades, no qual se estabelece o espaço físico do mercado. A origem
do mercado está no ponto de encontro de indivíduos que trazem seus produtos para
troca, geralmente localizados em pontos equidistantes dos pontos de produção
(VARGAS,2012).
Desta forma, se observa que o espaço do comércio irá depender da proximidade e
centralidade com as demais cidades para que a comercialização seja feita com
facilidade. O local do mercado também pode proporcionar uma centralidade para a
região, característica frequente no centro das cidades.
O espaço físico pode ser estabelecido em diversos locais, seja na esfera pública ou
privada (shoppings, centros comerciais). O comércio público se torna frequente em
praças e vias públicas (Figura 1). Em alguns casos a atividade não possui autorização
regular de funcionamento, do qual é chamado de comércio informal. Se trata de uma
prática antiga, pois se deve levar em consideração que antes do mercado se
consolidar de forma sólida, ele era realizado em praças e outros locais onde eram
23

desenroladas outras atividades corriqueiras (PINTAUDI, 2006). O espaço público


também pode interferir nas atividades comerciais, bem como a relação entre o
indivíduo comerciante e a cidade. Os espaços de troca, compra e venda de
mercadorias conseguem mostrar que a ocupação do espaço público demonstra a
forma que o indivíduo atua e mantém a relação de suas atividades (MORAES, 2017).
Desta forma, o espaço urbano se torna um agente condicionante da atividade
comercial, possibilitando identificar os seus valores socioculturais e o pertencimento
do indivíduo com a cidade.

Figura 1 - Feira livre em espaço público

Fonte : Prefeitura de Campo Grande/MS, 2020.

Quanto ao aspecto cronológico, as atividades comerciais eram realizadas nos


espaços abertos até o período da Idade Média conforme a Figura 2:
24

Figura 2 - Atividades comerciais na Idade Média

Fonte : CulturaMix, s/d.


O mercado público se tornou consolidado como espaço físico após a separação das
atividades urbanas, conforme Danielly e Mackmillan (2018) :

“A consolidação dos mercados da forma que se entende hoje,


cobertos, para uso cotidiano e como parte de um sistema de
abastecimento, está diretamente ligada à separação das atividades
que antes aconteciam simultaneamente na praça do mercado. Pois
além do comércio, esses eram os espaços fundamentais de
sociabilidade, agregando diversas formas de manifestações culturais
e da vida cívica.”
(DANIELLY, MACKMILLAN , 2018, p. 1108).

O processo de evolução do mercado também esteve relacionado por alguns fatores


como a crescimento das cidades, o que necessitou de maior demanda de suprimento
alimentício e bens de uso comum, além de políticas sanitaristas que promoveram
modificações no espaço urbano, o que também interferiu nas atividades comerciais e
na maneira que as mercadorias eram manipuladas.
25

2.2 Mercados no mundo


Serão abordadas as definições e características das edificações comerciais no âmbito
internacional, bem como suas origens (história, cronologia, análise arquitetônica) a fim
de obter exemplares dos locais destinados ao comércio.

2.2.1 Bazaar Árabe

O Bazaar é considerado um dos espaços comerciais mais tradicionais de origem


árabe, com primeiros registros encontrados no século IV a.C. Possui origem no
Oriente Médio e surgiu diante do alto fluxo de pessoas das mais variadas classes
sociais nas cidades de Meca e Medina. Os artesãos e comerciantes locais ocupavam
uma posição privilegiada pela localização de encontro com as rotas de comércio entre
a Europa, Índia e norte de África.

Figura 3 - Acesso do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia

Fonte : Casal Wanderlust, s/d.

De acordo com Vargas (2018) a atmosfera do bazaar induz a um universo de


sensações com cores, sabores e odores onde a experiência faz parte do processo de
troca.(Figura 3) A atividade comercial de venda e troca de mercadorias também
26

dependia de diversos fatores para ser efetivada, como o diálogo e auxílio dos órgãos
sensoriais, como o olfato e tato. Machado (2008) aborda que o bazaar constituia as
atividades essenciais da sociedade islâmica e era retratado como espaço público, pois
diferentes grupos sociais conviviam harmonicamente. Desta forma, é possível
evidenciar que esses locais tinham a característica principal de ser um espaço
democrático e agente potencializador da interação social e demais atividades que
eram realizadas nas cidades do Oriente Médio.
Arquitetonicamente. o bazaar é formado por pequenos vãos fechados do espaço
externo, geralmente aberto para um pátio interno por motivos ambientais, pois são
locais áridos com tempestades de areia frequentes. As construções tinham poucas e
elevadas aberturas que demonstravam a busca por privacidade e contraste do
domínio interno e externo. O interior aparenta ser bastante decorado, seguido da
composição das mercadorias e outros elementos que proporcionavam toda a
diversidade do local.
O edifício era formado por vários pavimentos e dividido por estreitas lojas medindo
aproximadamente dois metros quadrados e eram elevadas do nível da rua. Seu
acesso se dava por uma única entrada e os pavimentos superiores eram formados
por estabelecimentos de menor fluxo de pessoas, em principal salas de escritório,
cambistas e negociadores.
Quanto ao seu planejamento, a setorização do bazaar e o espaço urbano nas cidades
árabes era feita conforme o tipo de atividade a ser realizada, conforme menciona
Vargas (2018) :
“A localização dos diversos tipos de mercadorias tinha suas razões
funcionais. Era desejável que atividades incômodas, como as de
tintureiros, coureiros, açougueiros, ceramistas, serralheiros e
vendedores de pólvora, permanecessem na periferia. Não apenas por
causa do cheiro, barulho e sujeira, mas também pelo risco de incêndio
ou necessidade de espaços maiores.”
(VARGAS, 2018, p. 85).

Logo, é possível encontrar as primeiras formas de planejamento urbano e setorização


na civilização árabe, levando em consideração seu uso e geração de incômodo para
a vizinhança e frequentadores do bazaar, além da expectativa pela expansão
comercial.
27

Figura 4 - Planta baixa do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia

Fonte : Archnet, s/d.

Figura 5 - Interior do Grand Bazaar em Istanbul - Turquia

Fonte : Serif Yenen, s/d.


28

2.2.2 Feiras

As feiras eram instalações itinerantes situadas em locais abertos ao público. Em geral


as mercadorias eram oriundas de locais distantes, na maioria das vezes eram
aplicadas taxas e pedágios para a realização das feiras em algumas cidades da
Europa.
Eram especializadas em vender alguns tipos de mercadorias, o que atraía muitas
pessoas na procuradora de itens e suprimentos com maior exclusividade. A intensa
atividade das feiras provocava um alto fluxo de pessoas que vinham de diversos locais
apenas para apreciá-las (VARGAS, 2018)

2.2.3 Galerias

As galerias, também conhecida como passagens, são edificações que surgiram no


começo do século XIX em Paris e conectam o espaço público e privado de forma que
o espaço interior é aberto e conectado ao meio externo. Sua tipologia foi impulsionada
pelo positivo cenário econômico e oportunidade de negócios em Paris. De acordo com
Rossi (2015) as galerias foram disseminadas na Europa como reflexo da inovação,
refletindo a descoberta dos prazeres de consumo pelas novas elites que se formavam.
Desta forma, se tornaram um emblema da ascenção da burguesia em conjunto com
a descoberta do desejo pelo consumo na época.
As galerias são formadas por corredores de lojas entre uma ou mais edificações. O
acesso é restrito para pedestres, o que proporcionou a expansão da vida pública e
comodidade, pois era possível transitar entre quadras nos corredores internos da
galeria. A nova malha urbana existente e a evolução do ferro e do vidro foram
importantes para o sucesso do padrão arquitetônico das galerias (VARGAS, 2018). O
vidro e ferro foi um dos materiais mais utilizados, permitindo amplos corredores e luz
natural que adentrava as passagens. Hertzberger (1996) menciona sobre a amplitude
das galerias e sua fluidez entre o espaço interno e externo :
29

“As passagens altas e compridas, iluminadas de cima graças ao


telhado de vidro, nos dão a sensação de um interior : deste modo,
estão do lado de “dentro” e de “fora” ao mesmo tempo. O lado de
dentro e o de fora acham-se tão fortemente relativizados um em
relação ao outro que não se pode dizer quando estamos dentro de um
edifício ou quando estamos no espaço que liga dois edifícios
separados.”
(HERTZBERGER, 1996, p. 77).

Também foram construídas em parceria das autoridades com a iniciativa privada no


intuito de embelezar a cidade e se tornar um símbolo do comércio parisiense
(MACHADO, 2008)
Para Machado (2008), as passagens serviram para maior utilização dos espaços
interiores abertos e seu surgimento possibilitou o aumento das áreas comerciais
centrais sem a necessidade de expandir o perímetro central. As galerias
proporcionaram uma notória e fundamental expansão do mundo público (MACHADO,
2008).

Figura 6 - Interior da Galeria Colbert

Fonte : TimeOut
30

Figura 7 - Planta baixa das galerias Colbert e Vivienne

Fonte : Wikipédia

Figura 8 - Interior do Burlington Arcade

Fonte : WorthPoint
31

2.2.4 Lojas de departamento

As lojas de departamento surgiram na segunda metade do século XIX após o processo


revolucionário de transformação urbanística nas cidades europeias, em principal pela
intervenção de Haussmann na cidade de Paris, o que permitiu melhor controle no
espaço público e maior velocidade de circulação das mercadorias. O setor industrial
também foi beneficiado e o comportamento impulsivo pelo luxo e vaidade se tornou
frequente na alta sociedade e no setor comercial. O comércio de produtos supérfluos
alimentava a cultura do consumo e conduzia as normas das relações sociais na época
(MACHADO, 2008). As lojas passaram a ter maior apego estético e preocupação em
promover a boa aparência dos negócios comerciais. (Figura 9).

Figura 9 - Interior do Grand Magasin Bon Marché - França

Fonte : LAPS

As grandes magazines eclodiram com formas inovadoras de comercialização dos


produtos, em principal pela exibição e valor fixo do preço dos produtos e maior
espontaneidade de acesso aos consumidores, dispensando a obrigação social de
efetuar alguma compra ao entrar na loja. Conforme menciona Rossi (2015) as grandes
lojas encorajavam os consumidores a passear pelos corredores contemplando os
cenários de bens de consumo exóticos, de forma que poderiam participar desse
ambiente dispensados de qualquer obrigação.
32

As lojas eram compostas por elementos que seduziam os consumidores, assumindo


artifícios estéticos na publicidade e da qualidade arquitetônica. Eram edificações de
dois ou mais pavimentos formadas por grandes vãos e iluminação artificial em
abundância, além das luzes pelos vitrais brancos. Sua arquitetura era leve, tornando-
se uma realização moderna e sofisticada de um palácio dos sonhos (VARGAS, 2018)
A grandiosidade e verticalidade das grandes magazines gerou a necessidade em
facilitar o acesso aos pavimentos superiores, o que levou a surgir os elevadores e
escadas rolantes, invenções inéditas que possibilitaram a construção de edificações
comerciais com múltiplos pavimentos.

Figura 10 - Vista do Grand Magasin Bon Marché - França

Fonte : Les Cartes Postales


33

Figura 11 - Áreas de venda no Grand Magasin Bon Marché – França

Fonte : iartnouveau.co

Tabela 1 - Tipologia de plantas de mercados no mundo

TIPOLOGIA DAS PLANTAS BAIXAS DE MERCADOS


Tipo Características
Baazar Árabe Pequenos compartimentos
Poucas aberturas
Pátio interno
Acesso das lojas conectado por galerias abertas

Feiras Realizadas em espaços abertos


Locais itinerários

Galerias Grandes corredores


Repetição dos módulos comerciais
Circulação interna com iluminação natural
Ritmo
Lojas de departamento Grandes vãos
Verticalidade
Múltiplos pavimentos
Edifício fechado para o interior

Fonte : Autor
34

2.3 Mercados públicos no Brasil

Os mercados públicos surgiram a partir da metade do século XIX diante do


crescimento das cidades que necessitou de maior demanda no suprimento
alimentício. Também decorre da crise sanitária que ocorria na época e de propostas
higienistas. Esse discurso higienista surgiu diante do contexto do crescimento do
capitalismo fomentado pela industrialização nas grandes cidades europeias,
ocasionando um espaço de insalubridade e pobreza diante do avanço industrial
(MORAES, 2017).
Os ideais higienistas refletiram no contexto brasileiro, da mesma forma que foram
difundidos os materiais e tipologias construtivas dos mercados europeus. De acordo
com Vargas (2018), o sistema varejista no Brasil foi fortemente influenciado pelo
modelo europeu e em seguida pelo modelo americano.
No período da última década do século XIX até o início do XXI foram construídos
mercados públicos nas cidades brasileiras utilizando como modelo o Grande Mercado
de Paris projetado por Félix-Emmanuel Callet (MURILHA, SALGADO, 2011). Em sua
grande maioria, os mercados públicos foram projetados aos moldes dos mercados
europeus, em principal pelo uso do ferro.
O Mercado da Candelária foi o primeiro mercado público no Brasil, construído em
1841 no Rio de Janeiro. Porém, foi sua demolição ocorreu em 1911 após a
inauguração de um novo mercado municipal no local.
Figura 12 – Mercado da Candelária, no Rio de Janeiro

Fonte : Diário do Rio


35

Oliveira Júnior (2006) destaca sobre a demasiada expansão populacional das cidades
que obrigou a criação de uma nova infraestrutura comercial :

“Devido ao vertiginoso crescimento populacional e ao intenso


processo de urbanização, as cidades adquiriram novas feições e a
sociedade novas aspirações , exigindo um outro olhar sobre a
contextualização e inserção dos equipamentos de varejo na malha
urbana.”
(OLIVEIRA JÚNIOR , 2006, p. 14).

2.3.1 Mercado de São José

O Mercado de São José está situado na cidade do Recife, mais especificamente no


tradicional bairro de São José. Se trata de um bairro formado por estreitos sobrados
de porta e janela que sofreu diversas modificações com o intuito de torna-lo moderno
e salubre conforme os padrões da modernidade europeia (GUILLEN, 2009). Foi
inaugurado em setembro de 1875 e possui uma sistema estrutural de ferro típica dos
moldes europeus, inspirada no mercado parisiense de Grenelle. Sua execução foi
realizada pelo engenheiro Louis Vauthier, que também foi responsável por outros
mercados públicos cobertos na França.
O mercado é dividido por dois pavilhões que abrangem uma área de 3.541m², dos
quais possui dimensões de 48.88m X 75.44m (Frente e fundo), constituído por 377
boxes que vendem produtos variados, como suprimento alimentício, comércio de
pescado e artesanato em geral. Possui grande atração turística, em principal pelo
artesanato regional. (Figura 13)
36

Figura 13 – Acesso principal do Mercado de São José em Recife/PE

Fonte : Gabriel Melo / Diário de Pernambuco

Algumas modificações foram realizadas no mercado para se adequar aos serviços


prestados. Uma câmera frigorífica foi instalada no ano de 1941 para armazenamento
dos pescados e frios. Nos anos 50, as venezianas de vidro e madeira foram trocadas
por cobogós de cimento na justificativa de ter maior durabilidade e segurança para os
frequentadores do mercado, ainda que sua estrutura de ferro tenha sido mantida. Em
1989, uma parte do mercado foi destruída por um incêndio que atingiu o pavilhão
norte. O acidente ocasionou no prejuízo dos comerciantes que viram a perda do seu
patrimônio e da lentidão do processo de restauração do mercado de São José,
conforme menciona Guillen (2009) :

“Apesar da decisão política dos administradores municipais de


reerguer o mercado, retirando das cinzas todo o material que pudesse
ser reaproveitado, a sua restauração foi um processo lento e
tecnicamente complicado. O Mercado de São José ficaria anos
fechado (em alguns momentos parcialmente), para ser reaberto em 12
de março de 1994. Muitos locatários lembram-se desse período com
amargura, anos das vacas magras, de muito trabalho e pouco lucro..”
(GUILLEN , 2009, p. 6).
37

O mercado foi restaurado e reaberto em 1992, desta vez aos padrões originais e as
venezianas de madeira e vidro foram recolocadas.

Figura 14 – Planta baixa do mercado de São José em Recife/PE

Fonte : Oliveira Júnior (2006, p.42)

Figura 15 – Pavilhão de frutos do mar do Mercado de São José

Fonte : Ricardo Costa / TripAdvisor


38

2.3.2 Mercado Ver-o-Peso

Foi inaugurado em 1625 no antigo porto do Pirí em Belém. Seu nome originou pela
Casa de “Haver o Peso” que havia função semelhante a uma alfândega na qual se
calculava e arredava os impostos dos produtos que chegavam à cidade por
embarcações. Inicialmente era constituído por um grande mercado aberto situado na
área central da cidade de Belém que havia uma grande relevância como centro de
comércio de produtos oriundos da região Norte destinados ao mercado nacional e
internacional, o que proporcionava um movimento intenso, o que acarretou na criação
do Ver-o-Peso. Houve necesidade de organização do espaço ao longo do tempo, pois
a comercialização de produtos era intensa, cabendo ao poder público em promover
ações na estrutura urbana e propor espaços para atender a alta demanda de
abastecimento alimentício (MORAES, 2017).
O Mercado foi resultado da demanda comercial e da ausência de infraestrutura na
cidade de Belém, o que conseguiu cumprir todas as necessidades comerciais e
logísticas da época. Moraes (2017) descreveu sobre o espaço de chegada das
mercadorias e transformações na esfera urbana :

“Era um posto de fiscalização portuguesa, pois a Província era uma


importante sede das capitanias, onde chegavam as mercadorias para
haver o peso e controle da quantidade e distribuição de produtos. No
entanto, esta área passou por diversas mudanças físicas e sociais
que, no futuro, teve sua função acentuada e um novo mercado foi
edificado.”
(MORAES , 2017, p. 41).

O Ver-o-Peso passou por grandes modificações de razão funcional e estética para o


molde dos gostos da época e para ampliação do abastecimento alimentício de Belém
A partir do século XIX o mercado passou por ampliações, o que deu início a
construção do Mercado Francisco Bolonha (Mercado de carne) e ao Mercado de
Ferro (Mercado de Peixe) (Figura 16).
39

Figura 16 – Área externa do Mercado Ver-o-Peso em Belém/PA

Fonte : Todos os rumos

Moraes (2017) aborda que o Mercado do Ver o Peso foi responsável por ser um dos
propagadores do ideal de modernidade, do qual se justificava a chegada de uma nova
tecnologia e uma arquitetura inédita para a cidade de Belém.

Figura 17 – Planta baixa do mercado Ver-o-Peso em Belém/PA

Fonte : Oliveira Júnior (2006, p.44)


40

2.3.3 Mercado da Encruzilhada

Localizado em tradicional bairro da cidade do Recife, foi inaugurado em 18 de outubro


de 1924 pelo governador de Pernambuco Sérgio Loreto. Apresentava uma estrutura
pequena que passou a não suprir toda a demanda da cidade, além de condições
precárias de higiene. Todas essas insatisfações acarretaram na construção de uma
nova edificação que foi inaugurada no em dezembro de 1950. O novo mercado
abrange uma área de 2.800m² e 150 boxes com identificação clara dos produtos a
serem comercializados além de 200m² de área contemplada por jardins. A volumetria
do mercado remete a um avião, segmentado por alas onde se encontram os mais
variados tipos de mercadorias, das quais variam de suprimentos alimentícios até
mesmo utensílios domésticos e serviços em geral (GOMES,2019)
Possui sistema estrutural de concreto armado com paredes revestidas de azulejos, o
que resolveu alguns problemas anteriores de higienização. Gomes (2019) aborda
sobre o processo evolutivo do Mercado da Encruzilhada e o processo de
transformação do bairro como centralidade :

“O mercado, nos moldes preestabelecidos até hoje, foi construído


apenas na década de 1950. Ao longo das décadas, com a
implementação de diferentes atividades tais como instituições,
habitações e uma vasta disponibilidade de estabelecimentos no ramo
do setor terciário, o bairro se firmou como centralidade secundária na
cidade e o Mercado da Encruzilhada como o mais importante
equipamento comercial da localidade.”
(GOMES , 2019, p. 29).
41

Figura 18 – Mercado da Encruzilhada em Recife/PE

Fonte : Arquivo/G1, 2017.

Figura 19 – Praça de alimentação do Mercado da Encruzilhada

Fonte : Cecília de Sá Pereira/AQUIPE, s/d.


42

2.4 Normas sanitárias e legislativas

As normas sanitárias municipais e estaduais são necessárias para o funcionamento


de um mercado público, bem como a legislação da cidade que diz a respeito dos
estabelecimentos comerciais. Moraes (2017) aborda sobre a transformação da
conduta da salubridade nas cidades brasileiras, a partir do momento em que foram
estabelecidas normas para a construção de mercados e outros estabelecimentos
comerciais :

“Intervenções como a higienização das ruas, do ar e dos


estabelecimentos, como os mercados públicos, constituíram lugares
em potencial para retirada do acúmulo de material em decomposição,
pois eram, e ainda hoje continuam sendo, responsáveis pelas
atividades de abastecimento e comercialização de alimentos,
provocando a construção de novos mercados que atendessem as
diretrizes higienistas. Assim o poder público estabelece normas para
a construção de edifícios comerciais apropriados para as atividades
de comercialização de alimentos”
(MORAES , 2017, p. 74).

As cidades passaram a ter uma nova visão sobre o manejo dos alimentos e a
estruturação dos espaços comerciais que refletiam na higiene, e sobretudo na saúde
da população. Várias doenças eram acometidas em detrimento da insalubridade do
espaço urbano e do tratamento inadequado aos mercados e locais que produziam
bens alimentícios.

2.4.1 Nacional

A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabelece o RDC 216/04


(2004), correspondente ao Regimento de Boas Práticas para Serviços de
Alimentação. Responsável por normas quanto a edificação comercial e suas
43

respectivas instalações e equipamentos de trabalho. Aplicada aos serviços que


realizam a manipulação, armazenamento, distribuição, transporte, exposição e venda
de alimentos, como lanchonetes, padarias, mercados públicos e demais
estabelecimentos que realizam a venda de produtos alimentícios.
De acordo com a RDC 216/04 (2004), o artigo 4 estabelece os protocolos relacionados
a edificação, instalações, equipamentos, móveis e utensílios. A norma estabelece os
principais parâmetros, dos quais correspondem com o objeto de estudo do trabalho :
A edificação deve ser projetada para possibilitar a organização e divisão dos fluxos de
pessoas de acordo com as etapas de produção e facilitar a manutenção e limpeza dos
setores. O acesso deve ser controlado e separado de acordo com os usos . O local
deve ser bem dimensionado e compatível com as atividades a serem desenvolvidas,
além de separar as atividades para impedir a contaminação cruzada.
Quanto ao acesso aos ambientes, não deve haver comunicação direta no acesso
entre os sanitários e vestiários com a área de armazenamento e preparo de alimentos
e as portas devem ser de preferência fechamento automático, como por exemplo do
tipo Vai e Vem. As áreas de manipulação de alimento necessitam de lavatórios de uso
exclusivo, de preferência em locais estratégicos para atender toda a área de
preparação.
Figura 20 – Porta do tipo Vai e Vem

Fonte : Rebiplast, s/d.


44

Quanto ao material do edifício, os espaços físicos como piso, parede e teto devem ter
revestimento liso e lavável, sendo mantidos de rachaduras, vazamentos e
deterioração do material de forma a impedir a contaminação dos alimentos. Os móveis
e revestimentos de contato com os alimentos devem ser de material que não
transmitam odores, sabores ou quaisquer substâncias que possam afetar a
composição do alimento. Os materiais também devem ter manutenção e limpeza
frequente, sendo resistentes à corrosão e limpeza constante.
Todos os estabelecimentos devem ser abastecidos de água e dispor de tubulação
com material e conexões de acordo com a norma técnica responsável. As tampas e
caixas de inspeção devem estar situadas fora da área de produção e armazenamento
de alimentos.

Figura 21 – Espaço de uma cozinha industrial de acordo com as normas da ANVISA

Fonte : Nutrimix, s/d.

A iluminação deve ser adequada para a visualização dos alimentos e suas


características no momento de produção e manejo. As fontes de luz (lâmpadas)
devem ser protegidas do risco de queda e contato com os alimentos, sendo
recomendadas luminárias embutidas. A ventilação do local deve proporcionar a
renovação do ar e manter o ambiente livre de fumaça, gases e quaisquer partículas
que comprometam a higiene e características do alimento.
45

2.4.2 Estadual

No âmbito estadual, está regulamentado o Código Sanitário de Pernambuco,


correspondente ao decreto estadual nº 20.786/98 (1998) da secretaria estadual de
saúde. O código está atrelado em manter a vigilância em saúde, responsável pelo
compromisso do setor público e privado na garantia de proteção e defesa da qualidade
de vida. Estabelece vigilância e parâmetros em estabelecimentos de saúde e
comerciais, como bares, restaurantes, lanchonetes, pousadas e mercados públicos.
A norma aborda critérios como uso e qualidade da água, aparelhos sanitários e
acondicionamento dos produtos, levando em consideração aspectos de higienização
do estabelecimento e exigências técnicas no edifício comercial, no qual corresponde
ao objeto de estudo do trabalho.
Quanto ao uso da água, a norma estabelece que todas as edificações deverão ter
abastecimento direto da rede pública, sendo obrigatória a construção de reservatórios
em edificações de mais de dois pavimentos e em escolas, motéis, internatos,
hospitais, pensões e edificações similares.
O reservatório e as instalações relacionadas (casa de bombas, tubulações) devem ser
protegidas contra respingos, infiltrações e demais materiais estranhos que possam
comprometer a qualidade da água. As tubulações devem atender as exigências da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e o projeto hidráulico deve ser
realizado por um profissional na área. Quanto a capacidade do reservatório, deverá
ter um armazenamento que atenda no mínimo as necessidades do consumo diário da
edificação, o que varia bastante de acordo com o uso do prédio.
Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, a edificação deverá ter um conjunto de
aparelhos sanitários e as correspondentes tubulações destinadas a coletar todos os
dejetos e conduzir ao local adequado. Os despejos oriundos das pias de cozinhas de
restaurantes e estabelecimentos relacionados devem passar por uma caixa de
gordura antes da sua destinação final. O ramal principal de esgoto deverá ter um
diâmetro mínimo de 10cm da tubulação, não sendo permitida sua ligação com a rede
de águas pluviais.
Os aparelhos sanitários, bem como bacias e demais locais de despejo deverão ser
em louça, ferro ou outro material que obedeça as normas técnicas. A norma proíbe a
46

instalação de aparelhos sanitários de cimento. Nas cozinhas, lavanderias e demais


ambientes sanitários deverão ter pelo menos um ralo, sendo proibida a instalação de
caixas de gordura e de passagem no interior desses espaços.
Em relação a coleta do lixo, as edificações deverão ter compartimento próprio para
armazenamento com área útil de acordo com o volume calculado e os resíduos devem
ser coletados em até 24 horas desde o despejo. A norma estipula que o cálculo diário
de lixo corresponde a 2,5 litros por pessoa. O espaço deve ser feito em alvenaria e
deve ser revestido de material liso, lavável e resistente, além de ter um ralo para
limpeza e ocasionais vazamentos de líquido provenientes do lixo.
A comercialização e o manejo dos alimentos deverão ser feitos em boas condições
sanitárias, garantindo a conservação e acondicionamento da forma correta. As feiras
e espaços abertos similares devem obedecer as mesmas exigências e ter bancas
padronizadas e aprovadas pela autoridade sanitária. A venda de carnes, frios,
laticínios e pescados é permitida em feiras, desde que tenha condicionamento em
expositor protegido de poeiras, moscas e sol, mantendo livre de contato direto com o
consumidor. O transporte dos frios poderão ser feitos em caixas fechadas em plástico
transparente, permitindo a visualização com nitidez do produto. A mesa de
manipulação e cortes de carne deverá ter superfície em material liso e lavável.
Quanto aos estabelecimentos comerciais destinados a produção e venda de
alimentos, deverão ser projetados de forma a setorizar o edifício de acordo com as
atividades a serem desenvolvidas, bem como o fluxo de alimentos e de pessoas. Não
é permitido ter comunicação direta entre compartimentos sanitários, como vestiários
e toaletes com os locais de produção e armazenamento de produtos. Devem ter
sanitários de uso exclusivo aos operadores do estabelecimento, evitando a
contaminação cruzada.
As áreas de manipulação e venda de mercadorias devem ter piso e parede revestidos
em material liso e lavável, impedindo o acúmulo de sujeira e sedimentos. As cores
dos revestimentos devem ser claras para facilitar a visualização e limpeza das
superfícies.
A iluminação do local poderá ser natural ou artificial, a depender da disposição do
edifício. Ambas poderão ser utilizadas, desde que permitam a realização dos trabalhos
sem comprometer a higiene e nem alterar as cores dos alimentos. As luminárias
devem ter sua fonte de luz revestida para proteção de eventuais quedas. Podem estar
47

instaladas na parede ou teto, não sendo permitido fiações expostas nos locais de
produção e venda de produtos.
Quanto ao armazenamento de frios, a norma estabelece que as câmaras frigoríficas
deverão ser separadas de acordo com o gênero alimentício (carnes, laticínios,
pescados) e deverão ter acesso por ante-câmara. Os açougues e peixarias devem ter
uma área mínima de 15m², sendo sua largura mínima de 3 metros. O balcão deve ter
revestimento liso e de fácil limpeza.

2.4.3 Municipal

A superintendência da vigilância em saúde – VISA da prefeitura do Paulista dispõe de


uma documentação para licenciamento dos estabelecimentos comerciais de acordo
com a sua função. Para o objeto de estudo do trabalho, o mercado público está
enquadrado como “Açougues, restaurantes, padarias, supermercado, cozinha
industrial/refeitório, e padaria com delicatessen” e estabelece as seguintes
documentações :

“ 1. Declaração de Responsabilidade Técnica – RT (Modelo padronizado)


assinada pelo proprietário e por profissional habilitado, com o número do
respectivo Conselho Regional;

2. Cópia do Diploma do Responsável Técnico, emitido por instituição de ensino


técnico e/ou da Certidão de Regularidade Técnica (CRT) expedida pelo
Conselho de Classe dos responsáveis;

3. Declaração com relação nominal de Recursos Humanos com as respectivas


funções, e comprovações, assinada pelo responsável técnico;
Base legal:
✓ Dec. Estadual 20.786/98 – SES;
✓ RDC 216/04 – ANVISA;
✓ Portaria 2914/2011 – MS; “

(Documentação para licenciamento VISA – Paulista).

A documentação possui uma base legal nas normas nacionais e estaduais. Portanto,
deverá cumprir as demais legislações para o funcionamento do local. Quanto a
normas de edificações, a lei nº 3.772/2003 estabelece a Lei de Uso e Ocupação da
cidade do Paulista.
48

Tabela 2 – Parâmetros de uso de acordo com as normas sanitárias

PARÂMETROS DE USO DE ACORDO COM AS NORMAS SANITÁRIAS


Atividade Parâmetro
Uso da água •Abastecimento da rede pública
•Uso de reservatórios
•Tubulações de acordo com a NBR 5626
Esgotamento sanitário •Tampas e caixas de gordura fora das áreas de
produção e venda de alimentos
Coleta de lixo •Espaço de armazenamento em alvenaria com
material lavável
Iluminação •Instalações elétricas devem atender a NBR 5410
•Iluminância adequada para atividade de trabalho e
uso geral
•Fonte de luz revestida para evitar quedas
•Índice de reprodução de cor alto, sem deformar as
cores dos alimentos
Material •Revestimento liso e lavável
•Cores claras
•Sem transmitir odores e sabores para o alimento
•Livre de rachaduras
Venda de frios •Balcão com revestimento liso
•Pia de uso exclusivo para limpeza e manipulação
dos frios

Armazenamento de frios •Separação de acordo com o gênero alimentício


•Acesso por ante-câmara
Área de produção •Revestimento liso e lavável
•Livre de rachaduras
Circulação •Sem comunicação direta de sanitários e áreas de
manipulação de alimentos

Fonte : Autor
49

2.5 Conflitos e semelhanças entre mercados públicos e


grandes centros comerciais

Os grandes centros comerciais e shoppings vêm se tornando cada vez mais


frequentes nas cidades, sendo o principal agente no espaço urbano que promove a
alta comercialização e fluxo de pessoas todos os dias. A criação das grandes lojas de
departamento e sua chegada ao Brasil no século XX se tornou um marco para a
modernização do comércio varejista, proporcionando mudanças na exposição dos
produtos e do ato de comercializar de forma a garantir rapidez e eficiência, atraindo
os consumidores para os novos hipermercados e grandes centros comerciais. Os
primeiros shoppings centers no Brasil surgiram a partir dos anos 60 e tem como
localização os espaços mais centrais das cidades, ao contrário do modelo americano
que ocupam os espaços do subúrbio (VARGAS, 2018). O Iguatemi foi o primeiro
shopping center do Brasil, inaugurado em São Paulo no ano de 1966.

Figura 22 - Vista do Shopping Iguatemi, em São Paulo

Fonte : São Paulo In Foco, 1966.

Na maneira que os grandes centros comerciais passaram a ter maior atratividade, os


mercados públicos passaram a ter uma redução na quantidade de público, diminuindo
a quantidade de frequentadores e consequentemente a renda dos comerciantes foi
prejudicada, bem como o investimento e capital nos mercados, geridos pelo poder
público. No período anterior aos grandes centros comerciais, compras cotidianas eram
realizadas em feiras livres e mercados públicos, no qual havia a troca e interação entre
50

o cliente e comerciante. Nos hipermercados, a relação comercial se torna cada vez


mais mecanizada, levando como prioridade o lucro de grandes empresas e apelo pela
publicidade.
Os shoppings se tornaram equipamentos que tomaram o protagonismo do espaço
urbano, sendo considerados espaços privativos de maior qualidade, conforto e
segurança em detrimento dos mercados públicos que se tornaram sucateados e vistos
como sujos e inseguros pela população. Gomes (2019) menciona sobre os artifícios
de atração utilizados pelos shoppings centers, além da imagem negativa dos
mercados públicos formada pela sociedade :

“A eliminação de aspectos considerados malvistos ou sujos e a


adaptação de seus ambientes internos a espaços tais como praças de
alimentação, como as encontradas nos shopping centers, contribuem
para o apagamento de suas particularidades e são algumas das
características impostas a estes equipamentos para a sua entrada no
rol dos mercados públicos reconhecidos internacionalmente..”
(GOMES , 2019, p. 151).

Se torna evidente que os shoppings buscam por espaços cada vez mais atraentes na
contrapartida de espaços insalubres de mercados públicos. A imagem negativa dos
mercados públicos na sociedade ocorre por algumas características, como falta de
limpeza, organização e insegurança nos espaços comerciais públicos.
O fator da insegurança é bastante presente pela evasão dos mercados e demais locais
públicos. De acordo com Machado (2008) o mercado mobiliário e agentes do espaço
privado propagam a ideia que viver em ambiente fechado e distante da esfera pública
é mais seguro, proporcionando espaços que funcionam como barreiras do contato
social. A sensação de insegurança passa a ter mais efeito quando os espaços públicos
passam a ser cada vez menos ocupados, tornando-os apenas como local de
passagem e com menos vigilância social. O predomínio das atividades em locais
privados acaba por negligenciar o caráter de uso e demais atividades nos espaços
públicos.
No quesito arquitetônico, os espaços privados apresentam uma tipologia predatória
que dificulta a interação do meio interno com o entorno do local. Os grandes centros
comerciais e redes de hipermercados adotaram artifícios físicos no objetivo de
51

promover a segregação do edifício com o entorno e seus pedestres, tornando claro


que essas formas de distanciamento são cúmplices com a arquitetura (GOMES, 2019)
Entretanto, podem ser encontradas similaridades tipológicas e arquitetônicas entre
shoppings centers e mercados públicos. Existem algumas semelhanças na
dinamização interna desses equipamentos urbanos, pois ambos os espaços são
divididos em ruas internas repletas de estabelecimentos comerciais, além de uma
praça central (CORDEIRO, 2015).
Logo, é possível encontrar uma reprodução de elementos urbanos dentro desses
espaços comerciais privados que de certa forma promovem uma dinamização no
acesso e trajeto até as lojas e restaurantes, bem como pontos de encontro e
alimentação no interior dos shoppings. Os corredores são conectados entre si e são
encontrados elementos semelhantes ao mobiliário urbano encontrado nas ruas e
avenidas. Quiosques situados na parte central dos corredores chamam a atenção dos
visitantes e se tornam espaços de consumo rápido, se assemelhando a bancas que
vendem jornais, flores e frutas no espaço público.O mobiliário urbano aparenta
semelhança com os bancos e cadeiras, destinados ao conforto e consumo de
alimentos pelos frequentadores dos shoppings.

Figura 23 - Grande concentração de pessoas no Shopping Riomar - Recife

Fonte : Bobby Fabisak/ JC Imagem

No aspecto cronológico, as arcadas e galerias parisienses foram edificações que


serviram como base arquitetônica para os surgimentos dos shoppings centers. Em
52

sua estrutura, se encontravam largos vãos e corredores formados por uma série de
boxes comerciais que muitas vezes eram dispostos por telhados de vidro que
forneciam iluminação natural. As mesmas características são encontradas nos
equipamentos comerciais da atualidade, porém em ambientes fechados desprovidos
de interação com a rua e o entorno urbano (Figura 24). Os grand magasins também
se firmaram como uma base para o surgimento dos shoppings, destacando pela
presença de grandes vãos compostos por múltiplos pavimentos, além do apelo
comercial pela publicidade. As figuras 24 e 25 permitem a observação das
semelhanças arquitetônicas entre esses centros comerciais.

Figura 24 - Circulação interna da Galerie Colbert - Paris

Fonte : Pierrot Heritier Photos


53

Figura 25 - Corredor principal do Shopping Tacaruna - Recife

Fonte : Shopping Tacaruna

Também são encontradas semelhanças no contexto de ambas as edificações. Os


mercados públicos no Brasil surgiram na metade do século XIX com objetivo de
melhorar as condições de comércio e fornecer boa infraestrutura e higiene para esses
locais com o ideal de modernização utilizando materiais sofisticados, como o aço e
vidro, que permitiam um maior número de boxes e vãos maiores. As cidades
brasileiras estavam se expandindo em um cenário de insalubridade e o comércio
aberto e não planejado era mal visto. Na atualidade, os shoppings centers surgem no
mesmo pretexto de modernidade e reinvenção na maneira de comercialização,
fornecendo qualidade em espaços sofisticados que seduzem os frequentadores ao
consumo e permanência nos grandes espaços comerciais, entretanto, gerido pelo
poder privado. Cordeiro (2015) menciona sobre a importância de ambos os
equipamentos urbanos para a sociedade, destacando a busca pelo desenvolvimento
e modernidade :

“No século XXI, o Shopping agrega, mais e mais, os desejos da


sociedade no contexto urbano, com suas lojas, cinemas, teatros e
restaurantes. É importante ressaltar a importância desses
empreendimentos para a cidade e é notável o desenvolvimento e a
valorização existente em torno destes equipamentos urbanos, bem
como ocorreu no passado com o Mercado Público”
(CORDEIRO , 2015, p. 150).
54

Em contrapartida, os mercados públicos conseguem sobreviver em meio a estrutura


precária e evasão de frequentadores. Por mais que os shoppings e hipermercados
tenham domínio na comercialização e atividades nas cidades, alguns mercados
públicos conseguem manter sua notoriedade e valorização como equipamento cultural
e histórico. Os mercados da Encruzilhada e São José atraem diversas pessoas todos
os dias, atraídos pela tradição e venda de produtos artesanais, impulsionados pelo
turismo local. Além do comércio, são realizadas outras atividades como o lazer, em
que existe um palco para apresentação de músicos e bandas no pátio interno do
mercado da Encruzilhada.
Os mercados situados em regiões periféricas da cidade não apresentam a mesma
dinâmica devido à ausência de valorização histórica e cultural. São equipamentos
sucateados e na maioria das vezes a estrutura não proporciona a higiene e segurança
adequada. Existem poucas propostas de requalificação e incentivo a atividades
culturais e de lazer em mercados públicos periféricos, tornando-os diferente dos
mercados históricos situados em áreas centrais da cidade. O mercado de Areias,
situado no bairro de Areias em Recife pode ser considerado como exemplo. Foi
destinado para ter apenas boxes comerciais, dificultando as demais atividades
relacionadas a lazer e cultura. Atualmente, sua estrutura apresenta péssimas
condições e número de frequentadores vem diminuindo drasticamente por condições
precárias de uso.
Figura 26 - Vista do Mercado de Areias, em Recife

Fonte : Hesíodo Goes/ Diário de Pernambuco


55

Cordeiro (2015) expõe que é muito importante entender as reinvindicações do


mercado público como desejo de não consumir apenas a mercadoria, como também
o espaço. Esse desejo é responsável por alavancar o desenvolvimento desses
espaços multifuncionais e com diversidade de atividades e frequentadores e sua
ausência é responsável pela decadência dos mercados públicos.
56

3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Para o desenvolvimento do projeto, foram selecionados quatro projetos de mercados


públicos, sendo dois internacionais e dois localizados na cidade do Recife. O critério
foi realizado para ter maior diversidade em edifícios comerciais e ao mesmo tempo se
adequar ao contexto construtivo e arquitetônico local.

3.1 Mercado de Abastos de Curacautín

Tabela 3 - Dados técnicos do Mercado de Abastos de Curacautín

DADOS TÉCNICOS – MERCADO DE ABASTOS DE CURACAUTÍN


País Chile
Arquitetos Taller Viga Maestra
Ano 2021
Área 848m²
Número de pavimentos 2
Número de boxes 32 lojas e 4 cozinhas
Sistema estrutural Madeira com treliças em aço

O Mercado de Abastos de Curacautín está inserido na região de Araucanía, província


de Malleco no Chile. O local é formado por zonas montanhosas com cachoeiras e
lagos que promove o turismo como atividade de maior importância para a economia
local. Curacautín dá o acesso a zona da Araucanía Andina onde se encontra o
geoparque Kütralkura que faz parte da rede global de geoparques da UNESCO. Logo.
O mercado de Abastos possui um contexto de polo articulador do turismo com
comércio e serviços, em geral destinado ao viajante que deslumbra as paisagens
Andinas do Chile.
O projeto faz parte do novo contexto local em que visa a minimizar a exploração de
recursos florestais e assumir um novo objetivo de valorização turística do local em que
foram realizadas uma série de melhorias na infraestrutura pública e fortalecimento dos
57

estabelecimentos locais. O mercado está situado em conjunto com dois equipamentos


urbanos : O novo terminal ferroviário, que foi reconstruída da antiga estação ferroviária
de Púa e a tradicional praça da estação que funciona como ponto de encontro dos
usuários e habitantes de Curacautín.

Figura 27 - Área externa do Mercado de Abastos de Curacautín

Fonte : Archdaily, 2021.

Desta forma, o projeto tem o objetivo principal de difundir o tradicional comércio local
e se tornar um ponto turístico para fortalecimento da economia local e sustentável,
reforçando a presença dos elementos naturais presentes na região, como o uso da
madeira e pedra.
A edificação comercial possui 848m² de área construída que conta com 32 boxes
comerciais, praça de alimentação com refeitórios, 4 cozinhas de culinária típica da
região além dos demais ambientes destinados a serviço.
58

Figura 28 - Planta baixa do pavimento térreo

Fonte : Archdaily, 2021.

O partido foi obtido a partir de dois volumes que contém um espaço central em que
são realizadas as atividades rotineiras de comércio e cultura. Também existe um
volume interior destinado as cozinhas, que foram projetadas seguindo o conceito de
fogão nas tradicionais tipologias das rukas (casas andinas).

Figura 29 - Circulação interna do mercado de Abastos

Fonte : Archdaily, 2021.


59

Em aspectos bioclimáticos, o mercado possui uma película climática formada por


treliças de madeira que são totalmente ajustáveis, permitindo o controle da
luminosidade e fluxo dos ventos.
Quanto ao seu partido arquitetônico, é possível identificar o uso de materiais como a
madeira e pedra vulcânica, que resgata ao contexto geográfico do local.
No aspecto viário, o projeto está amplamente conectado à avenida principal da
comunidade, considerada uma rota que conecta os pontos turísticos e a estação
ferroviária local. Logo, o projeto é um dos formadores do nó urbano que permitem a
inclusão da comunidade local aos espaços públicos, incluindo o mercado.
A estrutura é constituída por madeira de pinus com principais elementos de madeira
laminada.

Figura 30 - Área das cozinhas do mercado

Fonte : Archdaily, 2021.


O projeto foi escolhido por se tratar de um mercado inserido no contexto de um
ambiente natural em que o turismo é uma atividade predominante, pois o trabalho
pretende desenvolver o projeto baseado nos elementos naturais do entorno.
Além disso, o mercado de Abastos visa fortalecer a economia local dos habitantes por
meio dos estabelecimentos comerciais, o que foi um ponto principal para a escolha do
projeto. O uso dos materiais também foi bastante favorável e se relaciona
harmonicamente com a paisagem natural do entorno.
60

Em se tratando de pontos positivos, foram encontrados o uso da madeira, pele


climática, alusão a elementos naturais, fortalecimento do comércio local. Em seu
interior a articulação dos pilares que se remetem a copa de árvores foi bastante
proveitoso, seguido do uso da iluminação natural.

Figura 31 - Volumetria dos pilares da área externa

Fonte : Archdaily, 2021.


Em pontos negativos, foram encontradas áreas livres estáticas e pouca possibilidade
de personalização dos boxes. O uso excessivo de madeira e pedra provocou certa
monotonia. O uso da chaminé apresenta pouca compatibilidade para o projeto a ser
desenvolvido.
61

3.2 Mercado Estação Báltica

Tabela 4 - Dados técnicos do Mercado Estação Báltica

DADOS TÉCNICOS – MERCADO ESTAÇÃO BÁLTICA


País Estônia
Arquitetos KOKO Architects
Ano 2017
Área 16.300m²
Número de pavimentos 3
Número de boxes -
Sistema estrutural Aço e alvenaria

O mercado está situado na cidade de Tallinn, na Estônia. Localiza-se entre a estação


ferroviária da cidade e um bairro com grande adensamento populacional.

Figura 32 - Acesso principal do Mercado Estação Báltica

Fonte : Archdaily, 2017.


62

O Mercado da Estação Báltica teve como proposta a criação de um mercado


diversificado e contemporâneo, seguido da preservação da história da essência do
mercado como local de natureza movimentada e caótica. Por ser um espaço próximo
a uma estação ferroviária, foram adicionados artifícios para atrair os passageiros que
viajam de trem, seja os residentes locais, turistas ou quaisquer pessoas que realizem
a passagem pela cidade.
O projeto reutilizou a estrutura de três armazéns de pedra do século XIX, composto
por dois pavimentos. Foi adicionado um telhado de formato inclinado que segue a
forma das edificações originais, além de um subsolo para abrigar as novas instalações
comerciais.

Figura 33 - Área interna do mercado

Fonte : Archdaily, 2017.

Três pavimentos distribuem todo o projeto dentro da composição de edificações


existentes e novos espaços construídos entre eles. Uma parte da coberta foi deixada
aberta para a criação de um mercado ao ar livre, bem como quiosques de madeira
que comercializam produtos alimentícios de diversos segmentos, como padarias,
lanchonetes, doces etc.
63

Figura 34 - Planta baixa do pavimento térreo

Fonte Archdaily, 2017.

Figura 35 - Planta baixa do pavimento superior

Fonte : Archdaily, 2017.


64

Figura 36 - Espaço de circulação com pé direito alto

Fonte : Archdaily, 2017.


O pavimento térreo foi projetado com a proposta de transmitir a agitação e demais
elementos de mercado tradicionais. Isso foi conseguido através da criação de
diferentes formas de boxes e espaços de comércio. São encontradas seções de carne,
peixe e frios, seguidos do mercado de orgânicos e um corredor de comida situado no
bloco central. Portanto, o projeto teve como objetivo a combinação de diferentes
funções e produtos a serem comercializados como reprodução da essência de
mercado.
65

Figura 37 - Quiosques em madeira

Fonte : Archdaily, 2017.

O projeto foi escolhido por se tratar de um equipamento que potencializa a


centralidade em um bairro de grande densidade populacional. O mercado Estação
Báltica surgiu em uma localidade próxima a uma estação ferroviária, o que atrai um
público-alvo de usuários do transporte público ao mesmo tempo em que frequentam
a população do bairro local.
66

Figura 38 - Boxes comerciais com formato retangular

Fonte : Archdaily, 2017.

A dinamicidade das cobertas também foi um fator predominante para o projeto. O uso
da madeira e iluminação natural compõem com a declividade das cobertas, o que
proporciona um local acolhedor e ao mesmo tempo dinâmico. Os caimentos da
coberta na fachada frontal são elementos de força e demarcam o acesso principal do
mercado.
Em se tratando de pontos positivos, foram encontradas a formação da centralidade
local, o uso da madeira, dinamicidade das cobertas e iluminação natural. O pé direito
alto e diversidade nos boxes e quiosques comerciais também foi bastante positivo.
Em se tratando de pontos negativos, a área externa apresenta ser bastante
impermeabilizada, o que deixou a desejar no paisagismo e arborização do local.
67

3.3 Mercado da Encruzilhada

Tabela 5 - Dados técnicos do Mercado da Encruzilhada

DADOS TÉCNICOS – MERCADO DA ENCRUZILHADA


Cidade Recife
Arquitetos Não há informações
Ano 1950
Área 3.858m²
Número de pavimentos 2
Número de boxes 214
Sistema estrutural Concreto armado

O mercado surgiu no local onde existia a estação da Encruzilhada por onde passavam
os bondes que conectavam o centro do Recife até diversos locais da cidade. Os
primórdios do mercado da encruzilhada foram a concentração de feiras que existiam
ao redor da estação de bondes. Era uma localidade privilegiada, pois a circulação de
pessoas era intensa em vários horários do dia (GOMES, 2019). De acordo com Lins
(2007), o surgimento do Mercado da Encruzilhada teve sua origem popular, ao
contrário dos demais mercados do Recife.
68

Figura 39 - Fachada principal do Mercado da Encruzilhada

Fonte : Robson Vasconcelos/ Itinari, 2019.

Foi em 1924 que o Mercado da Encruzilhada teve a sua primeira instalação física
quando o governador da época, Sérgio Loreto desapropriou a estação da Companhia
de Trilhos Urbanos do Recife para a construção do primeiro mercado, diferente do
comércio que era realizado em feiras livres nas ruas do entorno. O objetivo era instalar
um mercado que tenha higiene, estética e comodidade, pois os feirantes atrapalhavam
o acesso à estação dos bondes da Encruzilhada.
A primeira edificação do mercado foi construída em alvenaria e abrigava 162 boxes,
dos quais obedeciam as normas mais recentes de higiene e acomodação. Os
materiais utilizados eram mais duráveis, como o passeio interno em paralelepípedo
de granito e uso de azulejos até meia parede em boxes de frios e carnes.
Duas décadas após sua construção, o mercado apresentava péssimas condições em
sua estrutura e a demanda comercial cresceu no bairro, o que foi necessário propor
um novo mercado que possa suprir uma melhor infraestrutura e maior número de
boxes. Em 1949, o mercado foi demolido e passou a ser construído uma nova
instalação em um terreno próximo ao mercado antigo.
O atual Mercado da Encruzilhada foi inaugurado em 9 de dezembro de 1950, tendo
como construtor o engenheiro Edgar dos Santos. O projeto arquitetônico tem estilo
69

dos anos 50, o que constituiu como orgulho da engenharia pernambucana da época
(LINS, 2007)
A nova edificação contempla 156 boxes bem arejados e com maior espaço em
comparação ao mercado antigo. Foram utilizados materiais duráveis, como granito,
cerâmica e azulejo revestido nas paredes para facilitar a higienização dos
compartimentos. O mercado foi construído em concreto armado e foram instaladas
câmeras frigoríficas para melhorar a durabilidade dos alimentos a serem
comercializados.
Atualmente, o Mercado da Encruzilhada possui uma área coberta de 3.858m² e
formada por 214 boxes . Sua volumetria é semelhante a um avião por ser formado por
dois segmentos em formato simétrico (GOMES,2019). O mercado é formado por duas
alas : Sul e Norte, que possuem pátios internos. Os boxes possuem uma área que
varia entre 7 a 6m² de área utilizável.

Figura 40 - Planta esquemática do Mercado da Encruzilhada

Fonte : Gomes (2019,p.61), modificado pelo autor


70

Em sua locação, o mercado se encontra centralizado no lote com formato poligonal


que ocupa todo o quarteirão. Ao redor do edifício, massas vegetativas são
encontradas em grande quantidade em consequência do bom planejamento
paisagístico do projeto original, onde foram implantados diversos canteiros e
palmeiras imperiais. Entretanto, houve uma descaracterização nesses jardins.
As fachadas do mercado são compostas por cobogós compostos por um ritmo
contínuo de aberturas quadradas e esquadrias basculantes que seguem uma
repetição semelhante, sendo acompanhado por uma marquise que rodeia todo o
edifício. As paredes externas são revestidas por alvenaria com reboco e tinta, contudo
não há registros das cores originais do mercado (GOMES, 2019)
A cobertura do projeto é formada por telhas francesas que são estruturadas da
maneira tradicional, composta por tesouras e terças de madeira (GOMES, 2019). O
madeiramento da coberta é aparente em todas as instalações do mercado, o que
remete a aparência interna de um mercado tradicional, enquanto as fachadas
demonstram uma edificação de alvenaria mais recente. Em alguns trechos, são
encontradas telhas transparentes que permitem a iluminação natural nos corredores
e nos pátios internos. O piso é composto por ladrilhos cerâmicos na cor terracota.
Em se tratando de pontos positivos, foram encontradas a setorização espacial bem
definida, sendo encontrados acessos de serviço em cada lado do mercado. Todo o
zoneamento se organiza de acordo com a linha de eixo que corta o Mercado da
Encruzilhada, definindo uma simetria. O uso dos materiais e dimensionamento
apresenta ser bastante favorável e bastante atual.
Em pontos negativos, foram encontradas a descaracterização do paisagismo proposto
na construção original do mercado.
71

3.4 Mercado da Boa Vista

Tabela 6 - Dados técnicos do Mercado da Boa Vista

DADOS TÉCNICOS – MERCADO DA BOA VISTA


Cidade Recife
Arquitetos Não há informações
Ano 1822
Área 3.858m²
Número de pavimentos 1
Número de boxes 63 (Atual)
Sistema estrutural Alvenaria

O Mercado da Boa Vista está situado na Rua de Santa Cruz, tradicional localidade do
bairro da Boa Vista. Foi construído na primeira metade do século XIX, em 1822. Surgiu
a partir da demanda da população local que necessitava se deslocar até a Mercado
da Praça da Polé, atual Praça do Diário, para compra e venda de mercadorias.

Figura 41 - Fachada principal do Mercado da Boa Vista

Fonte : Autor, 2021.


72

Em seu interior, são comercializados legumes, frutas, carnes e cereais, além de bares
dispostos em um pátio interno. Parte dos boxes se abrem para o lado externo. O uso
do mercado é formado em sua grande maioria por bares e restaurantes, seguido de
mercearias e boxes que vendem frutas e legumes. Apresenta ser bastante
democrático, reunindo diversos perfis de usuários das mais variadas faixas etárias,
atraídos na maioria das vezes pelos tradicionais e movimentados bares.

Figura 42 - Bicicletário e painel de informações no Mercado da Boa Vista

Fonte : Autor, 2021.


Quanto ao partido arquitetônico, o Mercado da Boa Vista é formado por uma
edificação que mede aproximadamente 45 metros de frente X 60 metros de
profundidade. Em seu centro, possui um pátio interno de forma quadrada coberto por
árvores onde se encontram as mesas dos bares e restaurantes do mercado. Com seu
pátio central interno, sua arquitetura remete aos claustros de conventos (LINS, 2007).
A disposição dos boxes é organizada seguindo o contorno do pátio interno e no acesso
para a rua, além de uma pequena circulação na área de trás do mercado, onde se
concentram depósitos a instalações de serviço na área dos fundos.
73

Figura 43 - Pátio interno do Mercado da Boa Vista

Fonte : Autor, 2021.

Figura 44 - Circulação frontal no Mercado da Boa Vista

Fonte : Autor, 2021.


74

Figura 45 - Planta esquemática do Mercado da Boa Vista

Fonte : Melo (2011,p.106), modificado pelo autor

A fachada principal é formada por arcos que remetem ao antigo Mercado da Ribeira,
tendo o arco mais alto demarcando o acesso ao mercado.
O mercado passou por uma reforma recente. Foi realizada a requalificação da
pavimentação e canteiros do pátio central, além da implantação de um bicicletário e
mural artístico.
75

Figura 46 - Madeiramento do telhado do Mercado da Boa Vista

Fonte : Autor, 2021.


Em se tratando de pontos positivos, se destaca a implantação do mercado em forma
de pátio interno, o que permitiu a concentração de restaurantes e estabelecimentos
comerciais de grande movimentação em meio a arborização no seu interior. O uso da
telha aparente também foi um fator decisivo para melhor conforto térmico do local.
Em pontos negativos, foram encontradas a ausência de estacionamento e sub
utilização dos boxes na circulação de trás do mercado. Atualmente, boa parte desses
boxes periféricos possuem a função de depósito, o que não corresponde com o uso
original do mercado.
76

4. APRESENTAÇÃO DA ÁREA

4.1 Área de estudo

A área de estudo corresponde a um lote de 4.760m² situado na Av. Dr. Cláudio


Gueiros Leite e delimitado pela R. Belém de Maria e R. Arcoverde no bairro do Janga,
localizado na cidade do Paulista-PE (Figura 47). Se trata de uma região litorânea
adjacente a reserva florestal do Parque do Janga delimitada por 654 hectares de mata
atlântica, colinas e manguezais. Possui uso predominantemente residencial com
edificações comerciais ao longo da avenida principal (PE-001) e da praia. A faixa
litorânea é composta por comércio formal e informal com barracas e outros
vendedores itinerantes ao longo da orla.

Figura 47 - Vista de situação do lote

Fonte : Google Earth, 2021.


77

A cidade do Paulista está localizada no litoral do estado de Pernambuco e está


inserida na Região Metropolitana do Recife. De acordo com os dados do IBGE, possui
300.466 habitantes, sendo colocada como a 5º cidade mais populosa da Região
Metropolitana. O território ocupa uma área de 96,93km², tendo seu bioma principal a
Mata Atlântica. A cidade apresenta uma economia com um PIB de R$12.731.32 e um
salário mensal médio de 1,8 salários mínimos.

Mapa 1 - Área de situação do estado de Pernambuco

Fonte : Autor, 2021.

O Janga está localizado na região de Administração Regional IV, delimitado na faixa


litorânea em divisa com a cidade de Olinda. Seu acesso principal se dá pela Av. Doutor
José Cláudio Gueiros Leite (PE-01) que também conecta os bairros de Pau Amarelo
e Maria Farinha.
78

Mapa 2 - Área de situação da Região Metropolitana do Recife

Fonte : Autor, 2021.


79

Mapa 3 - Delimitação da cidade do Paulista e demarcação do bairro do Janga

Fonte : Autor, 2021.

Figura 48 - Vista frontal do lote do TCC

Fonte : Autor, 2021.


80

Figura 49 - Vista aérea do bairro do Janga

Fonte : Wikipedia

Figura 50 - Calçadão da Praia do Janga

Fonte : Autor, 2021.


81

5. ANÁLISE DO TERRENO E DO ENTORNO

A acessibilidade nas proximidades do lote do TCC apresenta ter estrutura favorável a


partir da calçada na Av. Dr. Cláudio Gueiros Leite, porém não foram encontradas
rampas e acessos nivelados de acordo com a NBR 9050. Possui fácil acesso a partir
do transporte público com disponibilidade de 7 linhas de ônibus que trafegam na
avenida. A parada de ônibus mais próxima se encontra aproximadamente a 150
metros de distância do lote.
A calçada situada na R. Belém de Maria possui uma largura estreita e impede o pleno
acesso pela microacessibilidade.
A face voltada para a beira mar apresenta ter passeio de pedestres e acesso de
automóveis, entretanto não há a completa infraestrutura do calçadão em frente ao
lote, sendo encontrada a faixa de areia logo em seguida. O passeio público se inicia
logo após a quadra do projeto.

Figura 51 - Vista da Av. Dr. José Cláudio Gueiros Leite, lote do TCC ao lado
82

Fonte : Autor, 2021.

Figura 52 - Vista lateral do lote do TCC (R. de Belém Maria)

Fonte : Autor, 2021.


Figura 53 - Vista frontal do lote (Beira mar)

Fonte : Autor, 2021.


83

O calçadão da beira mar do Janga possui uma extensão de aproximadamente 2,1km,


tendo seu início próximo ao lote do projeto. O passeio público abrange diversas
atividades, como convivência, prática de esportes, manifestações culturais e
comércio, em principal pela forma itinerante.
Desta forma, o calçadão pode ser considerado o principal equipamento urbano do
bairro, visto que não são encontradas praças e outros espaços públicos de grande
uso pela população.

Figura 54 - Uso do calçadão pela população

Fonte : Autor, 2021.

As atividades comerciais apresentam ser bastante diversificadas, sendo possível


encontrar bares, restaurantes, comércio ambulante e feiras que são realizadas em
determinados dias da semana, sendo comercializados desde produtos alimentícios ao
artesanato local. Portanto, o bairro apresenta uma demanda por um equipamento
comercial público que possa reunir estabelecimentos comerciais fixos e itinerários e
ao mesmo tempo proporcionar uma integração com a praia do Janga.
84

Figura 55 - Presença do comércio ambulante no calçadão do Janga

Fonte : Autor, 2021.

Figura 56 - Feira de artesanato no calçadão do Janga

Fonte : Autor, 2021.


85

Figura 57 - Bar na faixa do calçadão

Fonte : Autor, 2021.

Entretanto, foram encontradas algumas fraquezas no calçadão. O mobiliário urbano,


composto por bancos e equipamentos de musculação de concreto apresentam ter
baixa qualidade, sendo possível encontrar o mobiliário danificado com frequência.
Também foi encontrada a degradação do passeio público em decorrência do avanço
do mar, além de peças soltas do piso intertravado.
86

Figura 58 - Degradação do mobiliário urbano no calçadão

Fonte : Autor, 2021.

Figura 59 - Degradação do passeio público no calçadão

Fonte : Autor, 2021.


87

5.2 Mapa de Nolli (Cheios e vazios)


Mapa 4 - Cheios e vazios
88

Fonte : Autor, 2021.

O bairro apresenta alta densidade de edificações distribuídas de forma bastante


uniforme. A região de menor densidade só é encontrada na área próxima a
comunidade Jardim Justiça e Paz.
O Janga apresenta domínio da especulação imobiliária, motivada pelo baixo custo de
lotes e alta disponibilidade de terrenos vagos, conforme mostra a figura 60. Áreas de
menor densidade são encontradas em loteamentos mais distantes da avenida
principal, entretanto vêm sendo cada vez mais ocupados por privês, edificações
multifamiliares de baixo custo que permitem até 10 unidades residenciais em um lote
de tamanho médio.

Figura 60 - Vista superior do bairro. Grandes condomínios residenciais ao fundo

Fonte : Autor, 2021.


89

5.3 Mapa de uso


Mapa 5 - Usos

Fonte : Autor
90

O bairro apresenta uma tipologia de uso residencial com estabelecimentos comerciais


localizados na avenida principal e em outras vias de destaque no bairro do Janga. As
quadras mais distantes da Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite apresentam predomínio
residencial.
Colégios e demais edifícios educacionais apresentam uma melhor distribuição ao
longo do bairro, situados até mesmo em quadras distantes da avenida principal. O
perfil de usuários apresenta ser diversificado, atendendo pessoas de todo o bairro do
Janga e demais localidades. Entretanto, foram encontradas dificuldades no acesso
por meio do transporte público.
As Igrejas e demais edificações religiosas apresentam uma ocupação semelhante aos
colégios, porém sendo encontrados em maior frequência na comunidade do Tururu.
Seu uso apresenta ter um perfil de usuários de suas respectivas localidades.
Logo, é possível compreender que as ofertas de serviços e comércio do bairro se
encontram nas vias de maior importância e acesso a micro centralidades da região,
enquanto as demais quadras são ocupadas por residências.

Figura 61 - Estabelecimentos comerciais na Av. Cláudio José Gueiros Leite

Fonte : Autor, 2021


91

5.4 Mapa de vias


Mapa 6 - Vias

Fonte : Autor, 2021.


92

O bairro apresenta três vias de maior importância de acordo com a sua dinamicidade
e classificação do Plano Diretor :

•Av. Doutor Cláudio José Gueiros Leite, via principal classificada como Arterial I de
acordo com o Plano Diretor;
•R. Nossa Senhora Aparecida, via de acesso a comunidade do Jardim Justiça e Paz
(Tururu), classificada como via Coletora;
•Av. Gilberto Freyre, via de acesso ao loteamento Gilberto Freyre, classificada como
via Coletora;
•R. Djalma Dutra, via de acesso ao Conjunto Residencial Praia do Janga e
comunidade Dom Helder, classificada como via local;
• Estrada do Sol (R. Napoleão Francisco da Cruz Neves), classificada como via Arterial
II;

O transporte público é formado por dois modais : Ônibus e Kombis (Transporte


alternativo). Cerca de 7 linhas de ônibus atendem o bairro de forma concêntrica ao
centro do Recife.
O transporte por bicicleta é visto cada vez mais no bairro, seja na avenida ou no
calçadão. Entretanto, não foram encontradas malhas cicloviárias e nem espaço para
guarda de bicicletas. O acesso por bicicleta é realizado na via principal de forma
perigosa, pois não há infraestrutura cicloviária e acidentes de trânsito ocorrem com
frequência na via. O tráfego de bicicleta apresenta ser mais seguro no calçadão,
porém precisa dividir espaço com os automóveis da mesma forma que ocorre na
avenida principal.
93

Figura 62 - Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite

Fonte : Autor, 2021.

Figura 63 - Ônibus circulando na avenida principal

Fonte : Autor,2021.
94

5.5 Mapa de massas vegetativas

Mapa 7 - Massas vegetativas

Fonte : Autor, 2021.


95

Quanto ao ambiente natural, a cidade faz parte do sistema Costeiro-Marinho. O


bairro de estudo está delimitado ao redor de uma reserva da mata atlântica
denominada de Parque do Janga (Figura 64) . Compreende a Floresta Urbana do
Janga, recategorizada pela Lei Estadual Nº14.324 de 3 de junho de 2011 e
parcialmente a área do Parque Metropolitano do Janga, instituído pela Lei
Estadual Nº9.989 de 13 de janeiro de 1987.

O desmatamento da mata atlântica e áreas de mangue vem sendo frequentes por


ineficiência da fiscalização e políticas de proteção ambiental por parte do
município. Tal agressão ocorre por parte da população e grandes construtoras que
realizam empreendimentos em áreas de proteção ecológica e áreas de
aterramento do mangue.

São encontrados trechos de arborização nas ruas locais e na avenida principal,


conforme mostra a figura 65 :

Figura 64 - Vista da mata do Janga

Fonte : Autor, 2021.


96

Figura 65 - Presença de arborização em trecho próximo ao lote

Fonte : Autor, 2021.


97

5.6 Análise de gabarito


Mapa 8 - Gabarito

Fonte : Autor, 2021.


98

O bairro apresenta em sua grande maioria, edificações de 1 a 2 pavimentos, seguido


de edifícios de até 4 pavimentos.
O Janga apresenta uma tendência de verticalização diante de novos
empreendimentos residenciais no bairro, conforme mostram as figuras 66 e 67.

Figura 66 - Edifícios de grande porte no bairro

Fonte : Autor, 2021.

Figura 67 - Edifício de grande porte no bairro

Fonte : Autor, 2021.


99

5.7 Mapa de condicionantes climáticos

Mapa 9 - Mapa de condicionantes climáticos

Fonte : Autor, 2021.


100

A partir da análise de condicionantes climáticos no local, foi possível encontra r a


ampla predominância de ventos nas direções norte e sudeste. Logo, o terreno
possui ampla ventilação por se tratar de um local na beira mar e livre de grandes
obstáculos por edificações de grande porte.

Durante o inverno, as fachadas norte e oeste apresentam maior incidência solar


ao longo do dia, enquanto no verão as fachadas leste, sul e parte do leste têm
maior incidência.

De acordo com todos os dados climáticos do local, podem ser realizadas as


seguintes estratégias bioclimáticas para o projeto : sombreamento e ventilação
natural.
101

5.8 Zoneamento do Plano Diretor


Mapa 10 - Zoneamento do Plano Diretor

Fonte : Autor, 2021.


102

O Plano Diretor da cidade classifica o bairro como Zona de Alta Densidade 1,


permitindo construções de grande porte e a verticalização do bairro do Janga. Duas
ZEIS estão inseridas dentro do bairro : Jardim Justiça e Paz (Tururu) e Dom Helder.

Tabela 7 - Quadro de parâmetros urbanísticos da área

Zona Afastamentos µ Mín. µ µ Máx. Taxa de Solo


iniciais (m) Básico Natural (%)
Frontal Lateral/
Fundos
ZAD Setor 1 5,0 1,5 0,25 3,0 4,0 30
Fonte : Autor, 2021.
103

6. ANTEPROJETO

6.1 Conceito Projetual

O conceito é baseado em um mercado público que possa proporcionar atividades


comerciais e de lazer de forma unificada ao espaço público litorâneo. Aliado ao
conceito principal, o projeto também visa em aproveitar elementos naturais existentes
no local, como a praia e a mata atlântica.
Respectivamente, a ideia é baseada em projetar um mercado público que contenha
espaços internos de boa qualidade equiparado aos shoppings e ao mesmo tempo
trazer elementos naturais em meio a um equipamento comercial e de lazer (Ver figura
68).
Por se tratar de uma área litorânea com características naturais marcantes, foi de
suma importância promover uma atmosfera praiana ao projeto.

Figura 68 - Croqui para desenvolvimento do projeto

Fonte : Autor, 2021.


104

Figura 69 - Croqui para desenvolvimento da implantação

Fonte : Autor, 2021.

Figura 70 - Moodboard produzido a partir de imagens de referência para o projeto

Fonte : Autor, 2021.

Após realizado o moodboard (Figura 70) para obter referências projetuais, foi possível
incorporar diversos elementos ligados a natureza, como madeira, palha, bambu e
vegetação, bem como cores quentes que podem ser integradas ao mercado. A
iluminação natural e elementos vazados também foram elementos cruciais para o
projeto.
105

6.2 Partido Arquitetônico

Como fruto do conceito de resgatar elementos naturais existentes, foram utilizados


materiais naturais, como madeira e pedra que se encontram em sua estrutura da
cobertura e canteiros na área externa, respectivamente.
Foi utilizada a simetria por meio de um eixo situado em uma linha central do mercado.
A simetria promove o ordenamento dos seus respectivos usos , bem como reforçar a
conexão entre a beira mar e a avenida, o que se assemelha a uma ponte.
O equipamento comercial foi integrado com o calçadão da Praia do Janga,
aproximando as relações sociais e comerciais com o espaço público.
Na etapa preliminar, o formato do edifício se assemelha a uma ferradura de forma que
a parte côncava esteja voltada para o lado da beira mar. O formato principal foi
mantido, sendo realizados ajustes para colocação da volumetria dos reservatórios e
circulação vertical (Figura 71).

Figura 71 - Vista isométrica do mercado

Fonte : Autor, 2021


106

6.3 Diretrizes Projetuais

As diretrizes são fatores essenciais que foram responsáveis pelas decisões projetuais,
divididas em seus respectivos tópicos de cada elemento do mercado e a justificativa
das soluções do projeto.

6.3.1 Boxes comerciais

Os boxes estão presentes em boa parte do mercado, com uma dimensão de 4.00m X
3.00m para o comércio geral, contabilizando uma área de 12,6m² com algumas
variações por pilares. De forma semelhante ao comércio geral, os boxes de artesanato
apresentam uma tipologia semelhante ao comércio geral, com dimensões de 4.00m X
4.30m, contabilizando uma área de 10.75m² com variações.
Com o objetivo de ter maior facilidade na higienização em concordância com as
normas sanitárias, as paredes dos boxes terão meia parede em revestimento
cerâmico 60X60 na cor branca. Se trata de um tipo de acabamento muito encontrado
em diversos mercados públicos do Recife, sendo o Mercado da Encruzilhada o
pioneiro em adotar meia parede de revestimento cerâmico.

Figura 72 - Circulação principal do mercado

Fonte : Autor, 2021.


107

Todos os boxes terão forro de gesso com o intuito de ocultar as instalações


necessárias para o funcionamento do comércio e ao mesmo tempo facilitar a
higienização do local, enquanto a circulação do mercado será em laje aparente com
o objetivo de ampliar o pé direito.
Acima da abertura dos boxes, foram implantados painéis de madeira naval que serão
pintados com tonalidade a ser escolhida pelo comerciante, sendo colocado com o
objetivo de proporcionar uma variedade de cores em sua circulação interna do
mercado e a possibilidade de maior personalização dos pontos comerciais. Os
letreiros serão instalados acima do painel, sendo posicionados de forma centralizada.

Figura 73 - Circulação interna do mercado

Fonte : Autor, 2021.

6.3.2 Boxes de hortifruti

Os boxes de hortifruti apresentam uma distribuição da sua tipologia em duas formas


comerciais : Em boxes de alvenaria e em bancadas dispostas no centro do setor.
Os balcões situados no centro do setor de hortifruti são formados por alvenaria e
revestimento cerâmico 60X60 na cor branca e revestimento laminado amadeirado na
108

face externa com o objetivo de melhorar a qualidade estética no local. Cada balcão
possui revestimento em tinta lavável na cor branca com o objetivo de facilitar a
higienização em concordância com as normas sanitárias. A face externa possui
revestimento laminado na tonalidade amadeirada com o intuito de melhorar a
qualidade estética no local (Figura 74).

Figura 74 - Setor de hortifruti

Fonte : Autor, 2021.


109

6.3.3 Boxes de frios

Os boxes de frios estão dispostos em duas tipologias comerciais : boxes de alvenaria


e balcões situados no centro do setor.
Os balcões foram realizados de forma semelhante a tipologia de hortifruti, se
adequando com o perímetro interno e com a ampliação da extensão das bancadas.

Figura 75 - Setor de frios

Fonte : Autor, 2021.

6.3.4 Praça de alimentação

Está situada para o lado voltado para a beira mar em meio a um pátio aberto, onde os
bares e restaurantes contornam todo o perímetro da praça de alimentação. Seu
acesso pode ser realizado pela circulação principal e pela entrada na praia.
Conforme o estudo de caso do Mercado da Boa Vista, o pátio interno e seus
restaurantes foram uma referência essencial para o desenvolvimento da praça de
alimentação. Entretanto, não foram implantados canteiros com vegetação para obter
maior amplitude no espaço.
O pergolado de acesso à beira mar compõe como um elemento que secciona a praça
de alimentação, podendo ser acessado livremente no lado transversal da praça
(Figura 76). O desenvolvimento do pergolado foi realizado com precaução para evitar
a formação de uma barreira. Como consequência, o pergolado apresenta ser vazado
110

em suas laterais, formado apenas por mobiliário interno e vasos de planta, eliminando
quaisquer barreiras.

Figura 76 - Vista interna da praça de alimentação

Fonte : Autor, 2021.

6.3.5 Bares

Estão inseridos na praça de alimentação e voltados para o lado da praia. O local foi
escolhido por se tratar de uma fachada privilegiada que promove melhor qualidade de
uso e dinamização dos bares, pois estão visíveis para a beira mar, principal espaço
público utilizado pela população no bairro.
Com o objetivo de ampliar a área útil dos bares, foram projetados terraços em L com
face voltada para a beira mar, destinados como área de extensão para os respectivos
bares (Figura 77). O guarda corpo e pergolado vazado de madeira proporcionam um
ambiente confortável e sua composição corresponde a atmosfera praiana no mercado,
conforme o conceito projetual desenvolvido.
111

Figura 77 - Espaço externo do bar

Fonte : Autor, 2021.

Os bares foram inseridos no projeto com o objetivo de dinamizar os usos e diversidade


de frequentadores ao mercado. Conforme visto nos estudos de caso do Mercado da
Encruzilhada e Mercado da Boa Vista, os bares são responsáveis por atrair uma
grande quantidade de frequentadores e estabelecem o entretenimento nos centros
comerciais. Desta forma, proporcionam a atratividade e dinamicidade no mercado.
A implantação dos bares também contribui para o funcionamento do mercado em
diferentes horários do dia, e consequentemente a ocupação das pessoas no tempo
diurno e noturno. Logo, os bares e restaurantes da praça de alimentação dão suporte
para uma vida noturna ao mercado.
112

Figura 78 - Vista frontal do bar

Fonte : Autor, 2021.

6.3.6 Banco com canteiros

Na face voltada para a beira mar, foram projetados bancos e canteiros com o objetivo
de fornecer espaços públicos de permanência e ao mesmo tempo suavizar a transição
entre o passeio público e o lote.
Para desenvolvimento do mobiliário, foi utilizado como referência o movimento das
ondas do mar e o desenho da faixa de areia. A primeira proposta foi desenhada em
linhas curvas, porém foram substituídas por linhas inclinadas com o objetivo de tornar
os canteiros com maior simplicidade e compatibilidade com o as formas ortogonais do
mercado. No resultado final, foi realizada uma composição de forma losangular de
forma que os losangos possuem diversos níveis, portanto formam um escalonamento
de formas. O primeiro nível corresponde a um degrau, e o segundo o banco e terceiro
o canteiro para o plantio das palmeiras, respectivamente.

Figura 79 - Croqui para desenvolvimento do mobiliário externo

Fonte : Autor, 2021.


113

Os bancos e canteiros são executados em concreto armado com aplicação de


revestimentos. O degrau e bancos são revestidos em cimento queimado, enquanto os
canteiros são revestidos em filetes de pedra São Tomé. A composição dos
acabamentos foi realizada com o objetivo de utilizar elementos naturais, em relação
com o uso de pedras naturais. Nos canteiros, serão plantadas espécies de Palmeira
Carpentária (Carpentaria acuminata).
Em conjunto com o perfil de utilização noturno dos bares e praça de alimentação, foi
instalada iluminação LED abaixo do banco e balizadores nos respectivos canteiros
com palmeiras. Foi adotada a iluminação no mobiliário com objetivo de dar
compatibilidade com o perfil de uso noturno, bem como a sofisticação e atratividade
nesses espaços, e consequentemente promove um mobiliário que desperta atenção
e interesse de uso pelas pessoas que frequentam o mercado e a praia, seja no horário
diurno ou noturno.

Figura 80 - Área dos bancos e canteiros

Fonte : Autor, 2021.


114

Figura 81 - Iluminação noturna dos bancos e canteiros

Fonte : Autor, 2021.

6.3.7 Cobertura

Toda a coberta é formada por telhados aparentes, formados de uma a duas águas de
telha colonial americana. No perímetro do 1º pavimento, foi projetado um telhado
invertido com o objetivo de dinamizar a volumetria do mercado e demonstrar leveza a
composição.
Foram implantadas duas volumetrias de alvenaria com o objetivo de atender as
necessidades técnicas e de acesso vertical que abrigam os reservatórios, elevadores
e sanitários. As paredes das volumetrias de alvenaria foram pintadas na cor areia para
amenizar o impacto em meio a composição de telhados aparentes.

6.3.8 Estacionamento

O estacionamento apresenta ter vagas distribuídas entre o pavimento térreo e semi


enterrado, sendo contabilizadas 14 e 64 vagas, respectivamente. Foram implantadas
algumas vagas no térreo com o objetivo de proporcionar melhor comodidade e rapidez
para os usuários que demandam menor tempo de permanência, visto que os
mercados públicos apresentam ter alta rotatividade de pessoas.
Ao todo, foram implantadas 78 vagas de estacionamento.
115

6.3.9 Obra de arte

Foram instaladas obras de arte na parede de duas fachadas do mercado com o


objetivo de proporcionar qualidade estética e aproveitamento de paredes que não
possuem aberturas. Tais elementos promovem um caráter cultural ao projeto,
permitindo a democratização do acesso ao mercado bem como a identidade dos
artesãos locais.

Figura 82 - Obra de arte aplicada na parede

Fonte : Autor, 2021.


116

6.4 Programa de Necessidades

De acordo com as características encontradas dos estudos de caso e demais


mercados públicos, foi possível obter um direcionamento para a formação das
tipologias de boxes comerciais.
Com o objetivo de promover a diversidade de usos no mercado e consequentemente
a maior frequência de pessoas, foram programados boxes de artesanato local, bem
como uma praça de alimentação com dois bares voltados para a face da beira mar. O
estudo de caso do Mercado da Boa Vista foi referência para a implantação da praça
de alimentação e seus respectivos restaurantes.
Tabela 8 - Tipologia de boxes comerciais

TIPOLOGIAS DE BOXES COMERCIAIS


TIPO ATIVIDADE ÁREA
Comércio seco (Uso Venda de produtos de uso geral 510,09m²
geral)
Artesanato Venda de artesanato local destinada aos 64,90m²
artesãos do bairro
Frios Venda de carnes e pescados 130,67m²
Hortifruti Venda de frutas e legumes 177,78m²
Alimentação Restaurantes destinados a venda de 198,70m²
refeições rápidas
Bares Bar de pequeno porte com área externa 72,9m²

Em seguida, foi possível desenvolver o programa de necessidades conforme os


espaços de comercialização, convívio e de serviços.
Tabela 9 - Programa de necessidades do projeto

AMBIENTE MOBILIÁRIO ÁREA


Administração Mesa de escritório, cadeiras, armário 12m²
Boxes de artesanato Variado (Expositores, mesas, 64,90m²
prateleiras, armários)
117

Bares Variado (fogão industrial, freezer, 60 a 150m²


armário, bancadas, mesa com
cadeiras)
Boxes de comércio geral Variado (Balcão, expositores, mesas, 510,09m²
prateleiras, freezer horizontal,
armário)
Câmara fria Prateleiras, ganchos 12,10m²
Depósito Prateleiras 22,14m²
DML Prateleiras 5,39m²
Estacionamento Vagas de estacionamento 1.623,32m²
Boxes de frios Variado (Balcão, pia, expositores, 32,71m²
mesas, prateleiras, freezer horizontal,
armário, equipamento de corte)
Guarita Mesa e cadeira 6,50m²
Boxes de hortifruti Variado (Balcão, pia, expositores, 58,45m²
mesas, prateleiras, freezer horizontal,
armário)
Lixo Containers, ponto de água com ralo 4,23m²
Praça de alimentação Mesas e cadeiras 355,43m²
Restaurantes Variado (Balcão, pia, expositores, 198,70m²
fogão industrial, freezer,
equipamentos auxiliares, armários)
Setor de Frios Variado (Balcão, pia, expositores, 97,96m²
mesas, prateleiras, freezer horizontal,
armário, equipamento de corte)
Setor de Hortifruti Variado (Balcão, pia, expositores, 119,28m²
mesas, prateleiras, freezer horizontal,
armário)
Sorveteria Variado (Balcão, pia, expositores, 17,65m²
mesas, prateleiras, freezer horizontal,
armário)
Vestiário Feminino Pias, bacias sanitárias e chuveiros 12m²
Vestiário Masculino Pias, bacias sanitárias e chuveiros 12m²
118

Vigilância Mesa, cadeiras e armário 10m²


WC Feminino Pias e bacias sanitárias 34m²
WC Masculino Pias, bacias sanitárias e mictórios 34m²
WC PNE Pia e bacia sanitário 6,04m²
Área de eventos Bancos de madeira 205,17m²
Área técnica Equipamentos de telecomunicações, 3,08m²
internet e elétrica
Central de gás Cilindros de gás P45 1,89m²
Fonte : Autor, 2021

6.5 Zoneamento

A partir do desenvolvimento preliminar do zoneamento, foi possível obter o predomínio


do comércio geral para a face voltada para a avenida principal, enquanto o lado para
a beira mar foi caracterizado por restaurantes e boxes de artesanato. De acordo com
o zoneamento final, foram realizadas algumas modificações após o desenvolvimento
preliminar, como a locação dos boxes de artesanato de forma concentrada na
circulação principal.

Figura 83 - Croqui do zoneamento preliminar

Fonte : Autor, 2021.


119

Figura 84 - Fluxograma do zoneamento final do mercado

Fonte : Autor, 2021.

A face voltada para a Av. Dr. Cláudio Gueiros Leite apresenta ser de comércio geral
com boxes e quiosques, seguido de boxes de artesanato ao lado do acesso pela R.
de Belém Maria e na circulação principal de acesso a praça de alimentação. Os
setores de hortifruti e frios foram ordenados de forma simétrica, sendo posicionados
um em cada lado do mercado.
O setor de serviço se encontra no lado da R. Arcoverde, onde foram implantadas as
docas, guarita, espaço para lixo e gás. A decisão foi tomada por se tratar de uma via
local e com menor circulação de pedestres. O setor de frios se encontra de forma
adjacente a zona de serviço, o que permite maior controle e manejo de resíduos
proveniente do açougue e pescados.
A praça de alimentação e seus respectivos restaurantes se encontram na face voltada
para a beira mar, seguido de dois bares em cada lado do mercado. Sua localização
no lote foi essencial por se tratar de uma visão privilegiada da praia que estimula o
convívio e permanência de pessoas.
A circulação principal percorre todo o mercado e permite o acesso direto a todos os
setores do projeto, em principal pelo setor de comércio geral e praça de alimentação,
situados em lados opostos do mercado.
120

Figura 85 - Zoneamento final do pavimento térreo

Fonte : Autor, 2021.


121

Figura 86 - Zoneamento final do 1º pavimento

Fonte : Autor, 2021.

6.6 Implantação e Acessos

A implantação do projeto foi realizada de forma centralizada no lote com o objetivo de


proporcionar a simetria e melhor aproveitamento dos espaços comerciais na área
interna do mercado. O formato do edifício apresenta ser retilíneo em formato de U
com a presença do pátio aberto voltado para o lado da beira mar.
O projeto é formado por 3 pavimentos : semi enterrado, térreo e 1º pavimento. Com o
intuito de evitar impactos na paisagem da beira mar, o 1º pavimento não ocupa toda
122

a lâmina construída do pavimento térreo, tendo sua implantação recuada para o lado
da avenida principal. Desta forma, o mercado apresenta ter o pavimento superior
afastado da praia.

Figura 87 - Diagrama de implantação do projeto

Fonte : Autor, 2021.

O mercado possui acesso para pedestres em todas as faces do lote, sendo


contabilizados 4 acessos no total. O acesso para o estacionamento se encontra na
face voltada para a R. de Belém Maria, onde está situado o estacionamento no
pavimento térreo e semi enterrado.
123

Figura 88 - Acesso do mercado pela beira mar

Fonte : Autor, 2021.

No acesso pela beira mar, foi implantado um pergolado de madeira com forro de
bambu com o objetivo de tornar o acesso convidativo e proteger os frequentadores de
intempéries, como sol e chuva (Figura 92). A cobertura de madeira foi utilizada para
proporcionar leveza e conforto para o acesso, visto que se trata de uma composição
compatível para a paisagem da beira mar.
O pergolado se inicia logo após a cobertura da praça de alimentação e se prolonga
até chegar próximo a delimitação do lote, o que proporciona uma demarcação no seu
acesso, bem como um cartão de visita para o mercado.

Figura 89 – Pergolado de madeira sobre acesso a beira mar

Fonte : Autor, 2021.


124

Figura 90 - Acesso do mercado pela Av. Dr. Cláudio Gueiros Leite

Fonte : Autor, 2021.

O acesso principal é realizado pela Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite é feito por meio
da circulação principal e em seguida acessando o setor de comércio geral.
Foi utilizada a simetria como característica principal para a fachada e seu acesso, com
o objetivo de criar uma composição formada ordenada por linhas retilíneas. O pórtico
formado pelo revestimento de pilares com pintura na cor amarela proporciona uma
demarcação forte ao acesso, tendo uma projeção de concreto com a função de
proteção contra o sol e chuva.
Os brises de alumínio com tonalidade amadeirada foram instalados nas faces laterais
do mercado e no pórtico de acesso com o objetivo principal de proteção solar, visto
que se trata de uma fachada poente. Outro ponto a ser considerado é a qualidade
estética e o jogo de luz e sombra proporcionada pelos brises. O elemento foi um fator
importante no estudo de caso do Mercado de Abastos de Curacautín, e
consequentemente adotado como solução para a fachada do projeto. Foi utilizado o
alumínio na composição dos brises por ser um material durável e que exige menos
manutenção em comparação com a madeira, e por se tratar de um equipamento
público, a durabilidade se torna característica essencial.
Os guarda corpos foram colocados na face voltada para a avenida principal com o
objetivo de proporcionar fachada ativa, permitindo que ocorra uma visualização entre
espaço externo e interno e consequentemente maior segurança e tornar o acesso
convidativo ao mercado.
125

Figura 91 - Acesso lateral do mercado (R. De Belém Maria)

Fonte : Autor, 2021.

O acesso pelas laterais são feitos pela R. de Belém Maria e R. Arcoverde pelo setor
do comércio geral. Na fachada correspondente a R. de Belém Maria se encontra o
acesso de pedestres e de veículos, enquanto na face voltada para a R. Arcoverde se
encontra o acesso de serviço
Em sua fachada, foi criada uma composição de guarda corpos e brises em que o plano
vazado por guarda corpos se encontra de forma centralizada no 1º pavimento,
enquanto o restante das aberturas são preenchidas por brises. A composição foi feita
com o intuito de dinamizar a fachada e proporcionar visibilidade do pavimento superior
no espaço externo, conforme a mesmo objetivo criado na fachada principal.
As figuras 92 e 93 permitem o entendimento de forma humanizada quanto a suas
fachadas e disposição interna do mercado.
126

Figura 92 - Elevações humanizadas do projeto

Fonte : Autor, 2021.

Figura 93 - Corte humanizado do projeto

Fonte : Autor, 2021.


127

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo elaborar o projeto de um mercado público para
a cidade do Paulista, mais especificamente no bairro do Janga com a função de
desenvolver espaços comerciais em conjunto com o aparato cultural e de lazer. Desta
forma, o projeto objetivou dinamizar a economia local e suas relações urbanas.
O primeiro tópico dos estudos abordou sobre a atividade comercial, sendo analisadas
as suas relações humanas e de que formas as trocas de produtos ocorriam. A
atividade comercial vai muito além do mero ato de comprar e vender, envolve valores
sociais e culturais, além da necessidade do encontro e sensações que permitem que
ocorra a comercialização seja efetivada.
O estudo do local das atividades comerciais foi um tópico importante para a formação
teórica do projeto. No aspecto cronológico, não haviam critérios definidos para o local
das atividades comerciais, sendo realizadas em locais públicos de grande
movimentação de pessoas. Em um momento posterior, surgiu a necessidade de existir
um espaço determinado para a comercialização, sendo originados os mercados. Sua
tipologia teve variações em diferentes períodos e locais do mundo, podendo utilizar
como exemplos o Bazaar Árabe, Feiras, Galerias e Grand Magasins, que foram
abordados no referencial teórico.
Foi visto que os mercados públicos no Brasil surgiram na segunda metade do século
XIX em decorrência do aumento populacional e ausência de espaços comerciais
salubres, sendo construídos mercados púbicos nos moldes europeus, espaços
cobertos erguidos pelo uso do ferro. O estudo dos mercados públicos no Brasil
permitiu o entendimento dos critérios sociais e arquitetônicos que nortearam o
desenvolvimento dos mercados nas cidades brasileiras.
O estudo das normas sanitárias permitiu obter conhecimento dos parâmetros
essenciais para o desenvolvimento de um projeto comercial para produção e
comercialização de produtos, sendo estabelecidos critérios como o uso da água,
esgotamento sanitário acondicionamento de produtos, materiais a serem utilizados e
setorização do projeto. Foi de grande importância para o desenvolvimento técnico do
projeto.
128

Os mercados e grandes centros comerciais apresentam semelhanças em seu partido


e tipologia arquitetônica, entretanto ocorrem conflitos em relação a evasão de
frequentadores dos mercados públicos para grandes shoppings centers e
hipermercados. Foi visto o contexto que os grandes centros comerciais surgiram no
Brasil e sua origem foi motivada pelos anseios de modernização na época,
ocasionando em mudanças na maneira que os produtos eram comercializados e
expostos. O estudo foi essencial para entender as semelhanças e contrastes entre
mercados e grandes centros comerciais.
Por fim, o projeto do mercado público foi realizado utilizando como base todos os
estudos realizados, bem como os estudos de caso que foram essenciais para o
desenvolvimento do projeto e suas soluções arquitetônicas. O projeto está inserido
em um lote situado entre a beira mar e a avenida principal no bairro do Janga e seu
conceito foi relacionado em proporcionar atividades comerciais e de lazer no espaço
litorâneo. Em seguida, o projeto foi realizado utilizando a simetria e proporcionando
uma integração com o espaço público da beira mar, aproximando as relações
comerciais com o calçadão da praia do Janga.
129

8. REFERÊNCIAS

Archdaily . Mercado de Abastos de Curacautín / Taller Viga Maestra. Disponível em:


<https://www.archdaily.com.br/br/962687/mercado-de-abastos-de-curacautin-taller-
viga-maestra?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects>. Acesso em:
20 de out. de 2021.

Archdaily . Mercado Estação Báltica / KOKO architects. Disponível em: <


https://www.archdaily.com.br/br/884786/mercado-estacao-baltica-koko-architects>.
Acesso em: 20 de out. de 2021.

Archnet. Kapalıçarşı. Disponível em: < https://www.archnet.org/sites/3472>. Acesso


em: 22 de out. de 2021.

Aqui/ PE . Mercados. Disponível em: <


http://www.pernambuco.com/turismo/turismo_mercados//>. Acesso em: 20 de out. de
2021.

Casal Wanderlust. Grand bazaar istambul. Disponível em: <


https://casalwanderlust.com.br/o-que-fazer-em-istambul-20-principais-
atracoes/grand-bazaar-istambul/>. Acesso em: 22 de nov. de 2021.

CHAVES, Celma; GONÇALVES, Ana Paula Claudino. O mercado público em Belém


: Arquitetura e Inserção. IV Colóquio Internacional Sobre O Comércio e Cidade :
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WorthPoint. BURLINGTON ARCADE" LONDON (2) BY T. H. SHEPHERD C1830


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london-shepherd-168487692>. Acesso em: 22 de out. de 2021.
135

APÊNDICE – PRANCHAS DO PROJETO

Prancha de situação e locação e coberta


Planta baixa - pavimento semi enterrado
Planta baixa humanizada – pavimento térreo
Planta baixa - pavimento térreo
Planta baixa humanizada – 1º pavimento
Planta baixa – 1º pavimento
Cortes
Fachadas
Detalhe – Banco com canteiros
Detalhe – Brise
Especificação das fachadas
Detalhe – Boxe de comércio geral
Detalhe – Boxe de hortifruti
Perspectivas
I RA M AR
BE
ACESSO PEDESTRES

29.24

2.61
60.69

5.05

1.86
81

2.36
.4

2.23
0.67

0.50
26.54

3.85

10.31
2.89

CC DD
21

EE
0.

10.90
07 08
10

08
4.05

7.42 14.25 13.69 14.25 10.71

2.50 37.20 ÁREA DE SOLO NATURAL


A= 493,23m²
7.40 2.50 0.50 5.63 5.63 0.50 3.85 5.00 3.85 0.50 5.63 5.63 0.50 2.50 10.71
2.50

2.50
11.83
11.34

0.50
PROJ. BEIRAL PROJ. BEIRAL
ÁREA DE SOLO NATURAL
A= 296,25m²

22.60
7.71 2.50
TELHA COLONIAL AMERICANA

TELHA COLONIAL AMERICANA


SAÍDA ESTACIONAMENTO TÉRREO

i= 25%

i= 25%
PERGOLADO

14.72
15.05
5.00

0.50 11.25 0.50 12.70 0.50 11.25 0.50

10.37 12.25 3.85 5.00 3.85 12.25 13.09 1.63


0.10 1.39 1.00 8.70 0.70
22.13

6.55 6.52
3.70 5.00

0.15
2.55
0.15 4.00 0.15 LAJE IMPERMEABILIZADA
2.80

0.15
0.15
0.50
CÉLULA "A"

2.70
6.75

1.48 0.15
6.11
ÁREA DE SOLO NATURAL
A= 24,68m²
6.08
TELHA COLONIAL AMERICANA CÉLULA "B"

R. ARCOVERDE
i= 25%
RESERVATÓRIO SUPERIOR 01
BB BB
07 CAPACIDADE = 12.000l 07 i= 8,33%

1.80
CONSUMO = 19.200l
R. DE BELÉM MARIA

RESERV. INCÊNDIO = 7.200l

0.15
22.77

32.75

2.50
LAJE IMPERMEABILIZADA
ESCADA DO TIPO 3.70
MARINHEIRO
ESTACIONAMENTO

17.76
(14 VAGAS) 4.30 2.00 4.25 3.06
5.25

TELHA COLONIAL AMERICANA


4.60
i= 25%

83.43
10.99 0.50 36.05 0.15 4.00 0.15 2.00 7.31

ACESSO SERVIÇO
10.20

LAJE IMPERMEABILIZADA

11.50
CARGA E DESCARGA

9.15
75.81

i= 25%
4.95

12.55

11.17 0.50 25.70 0.15 12.25 0.15 11.32


62.98

ALÇAPÃO DE ACESSO
0.80

RUFO DE AÇO GALVANIZADO


0.15
ACESSO ESTACIONAMENTO TÉRREO

PROJ. BEIRAL

TELHA COLONIAL AMERICANA


i= 25% ALÇAPÃO DE ACESSO

L
CÉLULA "A" CÉLULA "B"

N
AA AA

S
11.25
07 07
7.26
5.00

O
6.45

6.15

6.45

6.45
LAJE IMPERMEABILIZADA
ÁREA DE SOLO NATURAL
RESERVATÓRIO SUPERIOR 01
A= 86,61m²
CAPACIDADE = 30.000l
11.45 CONSUMO = 22.800l
0.50 25.70 0.15 12.25 0.15 11.27
RESERV. INCÊNDIO = 7.200l
CA

1.03

MA
1.03

AD R
ÃO
0.15

CALHA METÁLICA DE AÇO GALVANIZADO


RUFO DE AÇO GALVANIZADO
01
02
03
04
05
06

02
01
06
05
04
03

ACESSO PEDESTRES
ACESSO PEDESTRES

AV
SOBE
SOBE
4.00

4.00

4.00
. BE
LAJE IMPERMEABILIZADA

LAJE IMPERMEABILIZADA

IRA
MA
R ORLA
7.90

7.90
7.92

°
100 60.7
6
1.20

1.20

1.20

81°
SOBE

i= 8,33% i= 8,33%
1.50

0.50 1.50

1.50

RIA
MA
.9M
0
0.65

7L5É
TELHA COLONIAL AMERICANA
1.23

BE
SAÍDA PAV. SEMI ENTERRADO

i= 25%

DE
9.76 2.00

R.
2.00 10.75 3.08 0.10 A= 4.760m²

E
RD
i= 20%

VE
DESCE
4.00

54
TELHA COLONIAL AMERICANA

CO
83.
AR
4.10

i= 30%

R.
88°
5.05

BICICLETÁRIO

5
2. 3
39
13 .
1.15

AV 62.
.D 3
8.78

0
8.74

RC

7
LÁU

4. 6
DIO 91°
JO

GU
EIR
ACESSO PAV. SEMI ENTERRADO

OS
L EIT
E
i= 20%
4.68
DESCE
4.15

FF FF
08 08
12.15 0.50 36.20 0.50 12.69

E
RD
VE
TELHA COLONIAL AMERICANA

CO
3.36

i= 35%

AR
R.
6.23

6.73

ÁREA DE SOLO NATURAL


14.92

ÁREA DE SOLO NATURAL


A= 206,74m²
A= 324,16m² PLANTA DE SITUAÇÃO
ESCALA 1 : 1000
3.36
11.15

PROJ. BEIRAL
0.50

0.50

QUADRO DE ÁREAS
EE
87


1.85

1.85

LAJE IMPERMEABILIZADA ÁREA DO TERRENO : 4.760m²


.8

08 .5

12.43 0.50 36.20 0.50 12.60 9 0


DD SOLO NATURAL : 1.442,61m² (30%)
4.50

4.50

4.50

4.50

12.43 CC 04 37.20 04 04 08 12.60 PAV. TÉRREO : 2.117m²


07 03 03 03
PAV. 1 : 941m²
2.65

2.65

02 02 02
01 01 01 ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA : 3.058m²
SOBE SOBE SOBE

24.03 3.00 1.50 5.00 1.50 3.00 24.18


62.21 ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


L

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


PLANTA BAIXA - LOCAÇÃO E COBERTA ACESSO PEDESTRES
N

ESCALA 1 : 100
O

PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTA FOLHA : 01 ESCALA :Como


AV. DR. CLÁUDIO JOSÉ GUEIROS LEITE indicado
BEIRA MAR

36.85
31.15

CC
EE DD
07
08 08
12.70 40.32 10.83
0.15 40.02 0.15
0.15

0.15
BB RESERVATÓRIO INFERIOR BB
07 CAP = 60.000l 07
R. DE BELÉM MARIA

RESERVATÓRIO INFERIOR
5.00

CAP = 25.800l

R. ARCOVERDE
14.40
14.70
4.50
5.00
28.07

0.15 1.78 0.15

0.15
0.15 CASA
1.90 0.15 1.92 0.15
DE
BOMBAS
9
AA 10 8 AA
11 7
07 12 6 07
2.05
13 5 ELEV
14 4 SERV.
15 3
16 2
0.15

17 1
18
SOBE
2.05

5.00 4.50 5.00 6.77 1.87 0.53 1.87 3.06 7.28 ELEV
SOCIAL
0.15
14.33

0.15 1.90 0.15 14.46


ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO
(64 VAGAS)
7.05

-1.70

0.15 5.03 4.50 5.00 8.68 5.00 5.30 2.40 0.15


0.35
0.15

TABELA DE ESQUADRIAS
SOBE RAMPA

i= 20%
4.00

TIPO LARGURA ALTURA PEITORIL MODELO MATERIAL QUANT.


EV1 0.80 0.75 2.00 VENEZIANA ALUMÍNIO 1
INDUSTRIAL
5.00

5.00

J1 3.00 0.50 1.60 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 6


0.15 0.85 0.15

BRONZE E VIDRO
J2 2.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
9.10

BRONZE E VIDRO
J3 1.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 2
BRONZE E VIDRO
J4 2.00 0.40 1.70 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 7
BRONZE E VIDRO
SOBE RAMPA

i= 20% J5 0.50 0.30 1.80 MAXIM-AR, 01 FOLHA ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1


4.00

BRONZE E VIDRO
4.50

4.50

J8 15.20 3.50 FIXO, 09 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1


BRONZE E VIDRO
FF FF
0.15

0.35

08 08

TABELA DE PORTAS

TIPO LARGURA ALTURA MODELO MATERIAL QUANT.


AL01 ALÇAPÃO P/
0.60 0.60 AÇO 6
INSPEÇÃO
6.11

5.90

P01 MADEIRA COM REVESTIMENTO


5.30

5.30

0.90 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 15


LAMINADO
P02 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.80 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 6
LAMINADO
0.15 2.85 0.35 7.75 0.35 3.80 0.35 5.00 0.35 3.80 0.35 7.76 0.35 2.85
P03 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.70 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 4
LAMINADO
P04 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.60 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 1
0.15

0.15

LAMINADO
P05 VAIVÉM DE 02
0.15 35.90 0.15 1.40 2.03 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 1
FOLHAS
14.36 36.05 16.45 P06 VAIVÉM DE 02
1.65 2.10 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 5
FOLHAS
EE DD P07 MADEIRA COM REVESTIMENTO
1.60 2.10 GIRO DE 02 FOLHAS 3
08 08 LAMINADO
CC
PC1 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
07 3.83 2.25 4
FOLHAS VIDRO
7.40

8.23

PC2 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E


1.90 2.25 2
FOLHAS VIDRO
PL01 0.90 2.10 GIRO 01 FOLHA ALUMÍNIO 1

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


L

PLANTA BAIXA - PAV. SEMI ENTERRADO


AV. DR. CLÁUDIO JOSÉ GUEIROS LEITE
S

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


ESCALA 1 : 100
N

PAVIMENTO SEMI ENTERRADO FOLHA : 02 ESCALA : 1 : 100


O
BEIRA MAR

ACESSO PEDESTRES

SOBE RAMPA

i= 8%
TERRAÇO
TERRAÇO
PROJEÇÃO BEIRAL PROJEÇÃO BEIRAL

BAR 01 BAR 02
SAÍDA ESTACIONAMENTO TÉRREO

RESTAURANTE RESTAURANTE

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

RESTAURANTE RESTAURANTE

CIRC. SERV.

RESTAURANTE
RESTAURANTE

LIXO

CENTRAL DE GÁS

VESTIÁRIO FEM.
CIRCULAÇÃO RESTAURANTES RESTAURANTE

CIRCULAÇÃO SERVIÇO
ÁREA DE SOLO NATURAL

R. ARCOVERDE
A= 24,68m²

CIRC. SERV. VESTIÁRIO MASC.


DEPÓSITO RESTAURANTE RESTAURANTE DEPÓSITO i= 8,33%
HORTIFRUTI FRIOS
R. DE BELÉM MARIA

WC
CÂMARA FRIA GUARITA

ESTACIONAMENTO ARTESANATO
(14 VAGAS) FRIOS
HORTIFRUTI ARTESANATO

VIGILÂNCIA
SETOR HORTIFRUTI

ACESSO SERVIÇO
SETOR FRIOS

CARGA E DESCARGA
QUIOSQUE
DOCAS
ARTESANATO ARTESANATO
FRIOS ADMIN.
HORTIFRUTI

SERVIÇO
ACESSO ESTACIONAMENTO TÉRREO

ÁREA TÉCNICA DML


HORTIFRUTI HORTIFRUTI

PÁTIO INTERNO ELEV


SORVETERIA WC MASC. WC FEM. SERV.

ÁREA DE SOLO NATURAL


ARTESANATO ARTESANATO A= 86,61m²

SOBE
ELEV
DESCE SOCIAL
WC PNE

02
01
06
05
04
03
01
02
03
04
05
06

ACESSO PEDESTRES
ACESSO PEDESTRES

SOBE

SOBE

SOBE
SOBE

i= 8,33% COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL i= 8,33%
SAÍDA PAV. SEMI ENTERRADO

QUIOSQUE

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
i= 20%
DESCE

BICICLETÁRIO
ACESSO PAV. SEMI ENTERRADO

i= 20%
DESCE

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

QUIOSQUE

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

PROJEÇÃO BEIRAL

06 06 06
05 05 05
04 04 04
03 03 03
02 02 02
01 01 01

SOBE SOBE SOBE

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


L

ACESSO PEDESTRES
S

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


PAV. TÉRREO HUMANIZADA
AV. DR. CLÁUDIO JOSÉ GUEIROS LEITE
N

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


ESCALA 1 : 100
O

PLANTA BAIXA HUMANIZADA - PAVIMENTO TÉRREO FOLHA : 03 ESCALA : 1 : 100


BEIRA MAR

ACESSO PEDESTRES

0.91
1.71
SOBE RAMPA

R
2.31

10.02
i= 8%
EE DD

11.40
7.28 14.26 13.70 08 0814.25 10.70
CC
4.04

14.25
07 4.35 5.00 4.35 14.25
3.00 11.25 11.25 3.00

ÁREA DE SOLO NATURAL


A= 493,23m²

3.00 0.15 11.10 4.35 5.00 4.35 3.00 0.15 7.95 0.15 3.00
3.01
3.00

3.00

3.00
TERRAÇO
TERRAÇO
11.34

ÁREA DE SOLO NATURAL PROJEÇÃO BEIRAL PROJEÇÃO BEIRAL


A= 296,25m²
0.20

0.20

0.20
7.30

7.30
PC1 PC1 PC1 PC1

PC2 PC2
4.29

4.30
4.45

4.45

4.45
BAR 01 BAR 02
A =36.45m² A =36.45m²
7.64 3.00 0.15 8.10 3.50 3.85 5.00 3.85 3.50 8.10 0.15 3.00 10.64

P01 P01
0.15

0.15

0.15
1.01

P01 P01
SAÍDA ESTACIONAMENTO TÉRREO

RESTAURANTE
3.20

3.20

J1
J1

A =20m² RESTAURANTE
A =20m²
0.15 1.70 0.15 5.65 0.60 3.50 3.85 5.00 3.85 3.50 0.60 5.65 0.15 1.70 0.15

15.05
5.00

0.15

0.15

7.70
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
P01 P01
1.00

10.40
J1

J1
RESTAURANTE RESTAURANTE
3.20

3.20
A =20m² A =20m²
11.40

7.05 0.15 6.36


2.20

CIRC. SERV.
0.15

0.15

0.15
P01 P01
J1

02 CONTAINERS DE
1.200l CADA
3.81 5.00 RESTAURANTE

3.20
1.70

2.70

2.85

2.55
19.70 A 6.25
=20m² 0.15 1.70 0.15 4.00 0.15
RESTAURANTE
4.70

A =29.38m²
LIXO
A =4.23m²

0.15

0.15

0.15
P01 CENTRAL DE GÁS
J1

0.15
VESTIÁRIO FEM.

2.70
0.15 1.70 0.15

0.15

2.85
P06

3.00
J4
3.20
RESTAURANTE A =11.96m²
3.00

CIRCULAÇÃO RESTAURANTES
A =20m²
0.15 1.70 0.15 6.10 0.15 2.40 4.95 5.00 4.95 2.40 6.25 0.15 2.00 0.30 1.80 2.80 2.46
1.70

CIRCULAÇÃO SERVIÇO P02

0.15
P06

0.15
0.15
ÁREA DE SOLO NATURAL

R. ARCOVERDE
1.48
A= 24,68m²
P07 P02
2.10

3.28
DEPÓSITO RESTAURANTE RESTAURANTE DEPÓSITO
2.90

3.00
BB HORTIFRUTI FRIOS BB
2.75

2.75
A =12.93m² A =14.32m² A =14.32m² A =9.21m² CIRC. SERV. VESTIÁRIO MASC.

J4
07 A =15.54m² A =12.97m² A =12m² 07 i= 8,33%

1.80
P07
R. DE BELÉM MARIA

0.80

J3
0.15

0.15

0.15

0.15
0.15
22.77

32.75

0.15 4.70 0.15 5.50 0.15 2.30 0.15 2.50 5.00 2.48 0.15 2.33 0.15 5.00 0.15 3.35 0.15 1.70 0.15 4.00 0.15

1.53
WC

J5
P04

2.50

2.20
P05 GUARITA

J2
3.03
A =6.5m²
CÂMARA FRIA

0.60
P03
A =12.1m² 1.00
4.43

0.15
ESTACIONAMENTO HORTIFRUTI ARTESANATO ARTESANATO FRIOS
(14 VAGAS) A =10.84m² A =11.06m² A =10.95m² A =10.41m² P06 2.00 0.15 1.60 0.15 2.20J3 0.15 3.06

0.15
VIGILÂNCIA

2.50
0.15

J4
A =10m²
11.53

SETOR FRIOS

6.15
SETOR HORTIFRUTI

ACESSO SERVIÇO
P02
0.15 10.35 2.45 0.15 2.50 5.00 2.48 0.15 1.88 0.60 8.50 0.15 1.70 0.15 4.00 0.15
11.53

0.15
1.15 0.80 1.15 0.80 1.25 3.70 1.50 1.50 0.60 1.00 0.60 1.50 0.60 1.00 0.60 1.10 CARGA E DESCARGA
QUIOSQUE
ARTESANATO FRIOS DOCAS
4.30

HORTIFRUTIARTESANATO

9.15

9.15
A =10.5m² A =10.71m²
A =10.6m² A =9.33m² ADMIN.

3.00
A =12m²

J4
0.05
TABELA DE AMBIENTES
P02
0.60

DIMENSÕES

0.15
AMBIENTE (m²)
10.35 2.45 0.15 2.50 5.00 2.48 0.15 2.48 8.50 0.15 5.85 0.15 2.00 ACESSO PAV. COBERTA 11.95 m²
ADMIN. 12.00 m²
2.65

2.65

2.65

P07

2.50
P06 SERVIÇO
ARTESANATO 64.90 m²
11.76 0.15 3.43 0.15 3.43 0.15 2.60 0.60 15.20 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 1.75 0.15 1.70 0.15 1.90 0.15 1.95 0.15 2.00 7.22
BAR 01 36.45 m²
0.15

0.15

0.15

0.15 1.75 0.15

0.15
1.00 9.56 1.20 BAR 02 36.45 m²
ACESSO ESTACIONAMENTO TÉRREO

P03 P03 CASA DE BOMBAS 3.34 m²


1.83

ÁREA TÉCNICA DML CIRC. SERV. 32.61 m²


A =3.08m² A =3.29m² CIRCULAÇÃO SERVIÇO 33.15 m²
3.15

HORTIFRUTI HORTIFRUTI 12
A =10.79m² A =10.79m² 13 11 COMÉRCIO GERAL 510.09 m²
AA AA
4.67

14 10
P06 CÂMARA FRIA 12.10 m²
07 15 9
WC MASC. 07
5.00

WC FEM.
5.00

DEPÓSITO 22.14 m²
5.70

ELEV

2.05
16 8
PÁTIO INTERNO A =17m²
0.15

6.45

6.15

6.30
A =17.23m²
0.15SERV.
17 7
DML 5.39 m²
3.30

SORVETERIA 0.15 3.60 1.90 0.15 11.26


1.00 18 6

A =17.65m² 19 5
1.75 ESTACIONAMENTO 1623.32 m²
20 4
0.15 FRIOS 32.71 m²
0.15 1.75 0.15

21 3 ÁREA DE SOLO NATURAL


ARTESANATO ARTESANATO A= 86,61m²
3.15

GUARITA 6.50 m²
0.15 1.33 0.15

22 2
A =10.79m² A =10.79m² 23 1
P01
2.05
1.02 0.30

24
SOBE WC PNE ELEV HORTIFRUTI 58.45 m²
DESCE A =3.06m² SOCIAL LIXO 4.23 m²
1.03

1.03

1.03

P01 P01
0.60

1.87 0.53 1.87 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 355.43 m²


0.15

0.15

RESTAURANTE 198.70 m²

02
01
06
05
04
03
01
02
03
04
05
06

11.99 0.15 3.43 0.15 3.43 0.15 2.60 0.60 4.75 0.35 5.00 0.35 4.75 0.15 1.60 0.15 2.85 0.15 1.70 0.15 1.75 0.15 1.70 0.15 1.90 0.15

ACESSO PEDESTRES
11.26 SETOR FRIOS 97.96 m²
ACESSO PEDESTRES

SETOR HORTIFRUTI 119.28 m²


0.05
SORVETERIA 17.65 m²
SOBE

SOBE
4.00

4.00

4.00

4.00

4.00

4.00

4.00

4.00

4.00

4.00
VESTIÁRIO FEM. 11.96 m²
VESTIÁRIO MASC. 12.00 m²
2.99 0.500.500.50 0.500.50 6.65 0.35 2.65 4.15 0.15 4.00 0.15 4.15 5.00 4.15 0.15 4.00 0.15 4.15 2.65 0.35 1.50 5.15 0.50 0.50
0.50
0.50 0.50 4.12
VIGILÂNCIA 10.00 m²
WC 1.76 m²
WC FEM. 34.47 m²
1.20

1.20

1.20

WC MASC. 34.01 m²
WC PNE 6.04 m²
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
3.05

3.05
3.15

3.15

3.15

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL SOBE ÁREA DE EVENTOS 205.17 m²
SOBE

i= 8,33% i= 8,33%
1.50

A =12.92m²
0.150.50 1.50

1.50

A =12.95m² A =12.53m² A =12.92m² A =12.53m² A =12.95m² ÁREA TÉCNICA 3.08 m²


SAÍDA PAV. SEMI ENTERRADO

0.65

0.35

0.15

0.15

0.15

0.35

1.23

1.50 10.55 1.21


TABELA DE ESQUADRIAS
QUIOSQUE
11.58 1.67 TIPO LARGURA ALTURA PEITORIL MODELO MATERIAL QUANT.
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
3.15

3.15

3.15

i= 20% A =12.95m² A =12.6m² A =12.92m² A =12.92m² A =12.6m² A =12.95m² EV1 0.80 0.75 2.00 VENEZIANA ALUMÍNIO 1
DESCE
4.00

4.00

INDUSTRIAL
J1 3.00 0.50 1.60 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 6
BRONZE E VIDRO
5.05

BICICLETÁRIO J2 2.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1


0.15 0.85 0.15

22.55

BRONZE E VIDRO
22.90

J3 1.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 2


1.15

9.10

3.00

3.00

3.00

9.10

BRONZE E VIDRO
ACESSO PAV. SEMI ENTERRADO

J4 2.00 0.40 1.70 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 7


BRONZE E VIDRO
J5 0.50 0.30 1.80 MAXIM-AR, 01 FOLHA ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
BRONZE E VIDRO
i= 20% J8 15.20 3.50 FIXO, 09 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
DESCE
4.00

4.00

BRONZE E VIDRO
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
3.15

3.15

3.15

COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL A =12.92m² A =12.6m² A =12.95m²


A =12.95m² A =12.53m² A =12.92m²
FF FF
0.15

08 08
0.35

0.15

0.15

0.15

0.35

TABELA DE PORTAS
3.06 8.50 1.05 QUIOSQUE
TIPO LARGURA ALTURA MODELO MATERIAL QUANT.
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL AL01 ALÇAPÃO P/
3.15

3.15

3.15

A =12.93m² A =12.91m² 0.60 0.60 AÇO 6


A =12.51m² A =12.89m² A =12.53m² A =12.95m² INSPEÇÃO
P01 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.90 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 15
ÁREA DE SOLO NATURAL LAMINADO
5.70

5.70

ÁREA DE SOLO NATURAL


A= 206,74m² P02 MADEIRA COM REVESTIMENTO
A= 324,16m² 0.80 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 6
14.92

LAMINADO
12.79 3.00 0.60 3.55 0.15 4.00 0.15 3.55 0.60 5.00 0.60 3.55 0.15 4.00 0.15 3.56 0.60 3.00 13.11
P03 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.70 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 4
2.66

2.65

2.66

0.35 35.50 0.35 LAMINADO


P04 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.60 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 1
LAMINADO
11.26

P05 VAIVÉM DE 02
0.35

0.35

0.35

0.35

0.35

0.35

1.40 2.03 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 1


FOLHAS
P06 VAIVÉM DE 02
PROJEÇÃO BEIRAL 1.65 2.10 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 5
0.35 2.65 0.35 7.75 0.35 3.80 0.35 5.00 0.35 EE 3.80 0.35 7.76 0.35 2.65 0.35 FOLHAS
CC DD
12.86 36.20 08 13.09 P07 MADEIRA COM REVESTIMENTO
07 08 1.60 2.10 GIRO DE 02 FOLHAS 3
06 06 06 LAMINADO
05 05 05 PC1 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
5.00

3.83 2.25 4
04 04 04 FOLHAS VIDRO
PC2 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
03 03 03 1.90 2.25 2
FOLHAS VIDRO
02 02 02
PL01 0.90 2.10 GIRO 01 FOLHA ALUMÍNIO 1
01 01 01

SOBE SOBE SOBE

3.00 1.50 5.00 1.50 3.00


ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


L

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


PLANTA BAIXA - PAV. TÉRREO
ACESSO PEDESTRES
N

ESCALA 1 : 100
AV. DR. CLÁUDIO JOSÉ GUEIROS LEITE PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO FOLHA : 04 ESCALA : 1 : 100
O
PROJEÇÃO BEIRAL

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SOBE
PROJEÇÃO BEIRAL

12 19 18 17 16 15 14 13 12 11
13 11
14 10
15 9
16 8
17 7 WC MASC. WC FEM. ELEV
RESTAURANTE
18 6
SERV.
VAZIO
19 5
DML
20 4
21 3
22 2
23 1
24 ELEV
SOCIAL
WC PNE
DESCE

CIRCULAÇÃO
LAJE IMPERMEABILIZADA

LAJE IMPERMEABILIZADA

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

VAZIO

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL

ÁREA DE EVENTOS

PROJEÇÃO BEIRAL

LAJE IMPERMEABILIZADA

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


L

PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO HUMANIZADA ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


N

ESCALA 1 : 100
O

PLANTA BAIXA HUMANIZADA - 1º PAVIMENTO FOLHA : 05 ESCALA : 1 : 100


DD
ACESSO COBERTA
08

0.15 1.75 0.15


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ESCADA TIPO
MARINHEIRO

DESCE
19 18 17 16 15 14 13 12 11

AA AA
07 PL01 07

6.45
BARRILETE
CASA DE MÁQUINAS

4.25
MESA MOTORES

0.15
EV1
VENEZIANA INDUSTRIAL
0.15 8.35 0.15 3.75 0.15 EM ALUMÍNIO

12.55

PAV. COBERTA - CASA DE MÁQUINAS


DD
08
ESCALA 1 : 100

EE
08

BB BB
07 07

CC DD
07 08

38.25
PROJEÇÃO BEIRAL ACESSO PAV.
0.15 3.58 6.43 0.35 15.20 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 COBERTA 5.65 0.15
J8 J4 J4 J4
0.15

0.15 1.70 0.15 1.200.151.05 0.15 1.75 0.15

0.15 1.75 0.15


0.15

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SOBE
PROJEÇÃO BEIRAL

1.83

12 19 18 17 16 15 14 13 12 11
13 11
AA 14 10
AA
07 15 9
WC MASC. WC FEM. P02 07
2.05

16 8
A =17m² A =17.23m²
RESTAURANTE
6.45

ELEV
6.30
6.15

17 7
A =20.69m²
3.60

18 6
SERV.
VAZIO
19 5
DMLP03
0.15

20 4
21 3
22 2
23 1
P01
2.05

24 WC PNE ELEV
A =2.98m² SOCIAL
P01 P01
DESCE
0.15

1.80 0.60 1.80

0.15 3.58 6.78 10.93 CIRCULAÇÃO 4.27 0.15 1.60 0.15 2.85 0.15 1.70 0.15 1.75 0.15 1.70 0.15 1.90 0.15

4.60
4.00

4.00
LAJE IMPERMEABILIZADA

LAJE IMPERMEABILIZADA

0.35 2.65 4.15 0.15 4.15 3.80 0.35 5.00 0.35 3.80 4.15 0.15 4.15 2.65 0.35
7.05

7.05

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL


3.15

A =12.92m² A =12.95m² A =12.95m² A =12.92m²

TABELA DE ESQUADRIAS
0.35

0.15

0.35

2.50 TIPO LARGURA ALTURA PEITORIL MODELO MATERIAL QUANT.


2.50
EV1 0.80 0.75 2.00 VENEZIANA ALUMÍNIO 1
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL INDUSTRIAL
3.00

A =12.35m² A =12.45m² A =12.45m² A =12.35m² J1 3.00 0.50 1.60 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 6
BRONZE E VIDRO
J2 2.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
BRONZE E VIDRO
0.15

VAZIO J3 1.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 2


BRONZE E VIDRO
22.91

J4 2.00 0.40 1.70 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 7


COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
9.10

3.00

9.10

A =12.45m² A =12.45m² A =12.45m² A =12.45m²


BRONZE E VIDRO
J5 0.50 0.30 1.80 MAXIM-AR, 01 FOLHA ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
BRONZE E VIDRO
J8 15.20 3.50 FIXO, 09 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
0.15

BRONZE E VIDRO

COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL


3.15

A =12.88m² A =12.95m² A =12.95m² A =12.88m²

FF FF TABELA DE PORTAS
08 08
0.35

0.35

TIPO LARGURA ALTURA MODELO MATERIAL QUANT.


AL01 ALÇAPÃO P/
0.60 0.60 AÇO 6
0.35 2.65 4.15 0.15 4.15 3.80 0.35 5.00 0.35 3.80 4.15 0.15 4.16 2.65 0.35 INSPEÇÃO
2.80

P01 MADEIRA COM REVESTIMENTO


0.35 35.50 0.35 0.90 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 15
LAMINADO
P02 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.80 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 6
LAMINADO
5.70

5.70
0.35

ÁREA DE EVENTOS P03 MADEIRA COM REVESTIMENTO


0.70 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 4
LAMINADO
P04 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.60 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 1
LAMINADO
2.66

P05 VAIVÉM DE 02
1.40 2.03 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 1
FOLHAS
P06 VAIVÉM DE 02
0.35

0.35

0.35

1.65 2.10 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 5


FOLHAS
0.35 PROJEÇÃO
2.65 BEIRAL
0.35 7.75 0.35 3.80 0.35 5.00 0.35 3.80 0.35 7.76 0.35 2.65 0.35 P07 MADEIRA COM REVESTIMENTO
1.60 2.10 GIRO DE 02 FOLHAS 3
LAMINADO
2.35

11.10 14.00 11.10 PC1 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E


3.83 2.25 4
LAJE IMPERMEABILIZADA FOLHAS VIDRO
EE DD PC2 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
1.90 2.25 2
CC 08 08 FOLHAS VIDRO
PL01 0.90 2.10 GIRO 01 FOLHA ALUMÍNIO 1
07

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


L

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


S

PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO


N

ESCALA 1 : 100 1º PAVIMENTO FOLHA : 06 ESCALA : 1 : 100


O
0.20
0.90
RESERV. SUP RESERV. SUP
CÉLULA "A" CÉLULA "B"

2.10
0.72

2.95
CASA DE MÁQUINAS

1.020.14

1.85

0.85
BARRILETE PAV. COBERTA

0.20
8.10

3.30
3.50

11.25
10.04
RESTAURANTE 1º PAVIMENTO

9.25

0.20

0.20
4.60

11.95
3.40

3.40
WC MASC. WC FEM.

SORVETERIA PÁTIO CENTRAL WC MASC. WC FEM. PAV. TÉRREO

0.20

0.20
1.00

2.50 NÍVEL SOLO

2.50
1.70

1.70
0.00
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS) PAV. SEMI ENTERRADO
0.20

0.20
-1.70

1.50
CORTE AA
ESCALA 1 : 100

PAV. COBERTA
8.10

0.49
RESERV. SUPERIOR
1.150.13

0.13

1.150.13
CÉLULA "B"

BARRILETE 1º PAVIMENTO
0.20

4.60
6.80

4.75

6.37
3.60

3.60
3.40

VESTIÁRIO MASC. DEPÓSITO RESTAURANTE HORTIFRUTI DEPÓSITO PAV. TÉRREO


FRIOS RESTAURANTE
0.20

0.20

0.20
1.00

1.00
NÍVEL SOLO
2.50

2.50

2.50
TABELA DE ESQUADRIAS
1.70

1.70
0.00
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS)
PAV. SEMI ENTERRADO TIPO LARGURA ALTURA PEITORIL MODELO MATERIAL QUANT.

0.20
EV1 0.80 0.75 2.00 VENEZIANA ALUMÍNIO 1
-1.70 INDUSTRIAL
J1 3.00 0.50 1.60 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 6
BRONZE E VIDRO
J2 2.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
CORTE BB BRONZE E VIDRO
J3 1.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 2
ESCALA 1 : 100
1.59 0.33 BRONZE E VIDRO
J4 2.00 0.40 1.70 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 7
BRONZE E VIDRO
J5 0.50 0.30 1.80 MAXIM-AR, 01 FOLHA ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
0.40 1.21

BRONZE E VIDRO
PAV. COBERTA J8 15.20 3.50 FIXO, 09 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
8.10 BRONZE E VIDRO
3.52

1.51 0.26
3.20

TABELA DE PORTAS

1.31
1º PAVIMENTO TIPO LARGURA ALTURA MODELO MATERIAL QUANT.
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL
COMÉRCIO GERAL
9.41

0.20

AL01 ALÇAPÃO P/

0.20
0.40

4.60 0.60 0.60 AÇO 6


INSPEÇÃO
P01 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.90 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 15
LAMINADO

5.91
3.60

3.60

3.60
3.40

P02 MADEIRA COM REVESTIMENTO

3.32
3.20

0.80 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 6


LAMINADO
P03 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.70 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 4
ARTESANATO LAMINADO
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL HORTIFRUTI DEPÓSITO RESTAURANTE RESTAURANTE RESTAURANTE BAR 01 PAV. TÉRREO
P04 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.20

0.20
0.60 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 1
1.00 LAMINADO
1.00

1.00

1.00
P05 VAIVÉM DE 02
1.40 2.03 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 1
NÍVEL SOLO FOLHAS
2.50

2.50
1.70

P06 VAIVÉM DE 02
0.00 1.65 2.10 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 5
FOLHAS
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS) PAV. SEMI ENTERRADO
P07 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.20

1.60 2.10 GIRO DE 02 FOLHAS 3


-1.70 LAMINADO
PC1 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
3.83 2.25 4
FOLHAS VIDRO
PC2 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
1.90 2.25 2
FOLHAS VIDRO
PL01 0.90 2.10 GIRO 01 FOLHA ALUMÍNIO 1

CORTE CC
ESCALA 1 : 100 ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

CORTES FOLHA : 07 ESCALA : 1 : 100


0.20 1.85 0.200.90
RESERV. SUP
CÉLULA "B"

0.43 1.18
1.61
BARRILETE PAV. COBERTA
8.10

3.30

3.20

3.20
1.77

0.20 1.37
WC FEM. COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL 1º PAVIMENTO

0.20

0.20
0.20

0.40
4.60
6.04

3.60

3.60

3.40

3.40
3.32

3.20
BAR 02 RESTAURANTE RESTAURANTE RESTAURANTE RESTAURANTE DEPÓSITO SETOR DE FRIOS WC FEM. CIRCULAÇÃO COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL PAV. TÉRREO

0.20

0.20
1.00
1.00

1.00
NÍVEL SOLO

2.50

2.50

1.70
0.00
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS) PAV. SEMI ENTERRADO

0.20

0.20
-1.70

CORTE DD
ESCALA 1 : 100

3.20

1.42

0.40 1.21
PAV. COBERTA
8.10

3.60
3.50

3.25
0.20 1.74

1.57
1º PAVIMENTO

0.20

0.20
4.60
6.26

3.60

3.40

3.35
3.32

RESTAURANTE ARTESANATO ARTESANATO COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERALCOMÉRCIO GERAL PAV. TÉRREO

0.20

0.20
1.00
1.00

1.00
NÍVEL SOLO

2.50

2.50

1.70
0.00 TABELA DE ESQUADRIAS
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS) PAV. SEMI ENTERRADO

0.20
-1.70 TIPO LARGURA ALTURA PEITORIL MODELO MATERIAL QUANT.
EV1 0.80 0.75 2.00 VENEZIANA ALUMÍNIO 1
INDUSTRIAL
J1 3.00 0.50 1.60 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 6
BRONZE E VIDRO
J2 2.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
CORTE EE BRONZE E VIDRO
ESCALA 1 : 100 J3 1.13 0.93 1.10 CORRER, 02 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 2
BRONZE E VIDRO
J4 2.00 0.40 1.70 MAXIM-AR, 04 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 7
BRONZE E VIDRO
J5 0.50 0.30 1.80 MAXIM-AR, 01 FOLHA ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
BRONZE E VIDRO
J8 15.20 3.50 FIXO, 09 FOLHAS ALUMÍNIO NA TONALIDADE 1
BRONZE E VIDRO

2.93
TABELA DE PORTAS
PAV. COBERTA
0.13

0.13

0.40
TIPO LARGURA ALTURA MODELO MATERIAL QUANT.
8.10
AL01 ALÇAPÃO P/
0.60 0.60 AÇO 6
INSPEÇÃO
3.64

3.64
P01 MADEIRA COM REVESTIMENTO

3.60
0.90 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 15

3.20
LAMINADO
P02 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.80 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 6
LAMINADO
COMÉRCIO GERAL 1º PAVIMENTO P03 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.20

0.20

0.20

0.20
0.70 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 4
LAMINADO

8.37
4.60
P04 MADEIRA COM REVESTIMENTO
0.60 2.10 GIRO DE 01 FOLHA 1
LAMINADO
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL P05 VAIVÉM DE 02
3.40

3.40

3.40

3.40
1.40 2.03 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 1
FOLHAS
COMÉRCIO GERAL
P06 VAIVÉM DE 02
1.65 2.10 ABS COM VISOR EM POLICARBONATO 5
FOLHAS
COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL COMÉRCIO GERAL PAV. TÉRREO P07 MADEIRA COM REVESTIMENTO
1.60 2.10 GIRO DE 02 FOLHAS 3
0.20

0.20

0.20
LAMINADO
1.00
1.00

1.00
PC1 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
3.83 2.25 4
FOLHAS VIDRO
NÍVEL SOLO
2.50

2.50

2.50
PC2 CORRER DE 02 ALUMÍNIO NA TONALIDADE BRONZE E
1.70

1.70
1.90 2.25 2
0.00 FOLHAS VIDRO
ESTACIONAMENTO (64 VAGAS) PAV. SEMI ENTERRADO PL01 0.90 2.10 GIRO 01 FOLHA ALUMÍNIO 1
0.20

0.20

0.20
-1.70

CORTE FF ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

ESCALA 1 : 100 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

CORTES FOLHA : 08 ESCALA : 1 : 100


OBRA DE ARTE (PAREDE)

FACHADA NORTE
ESCALA 1 : 100

OBRA DE ARTE (PAREDE)

FACHADA SUL
ESCALA 1 : 100

FACHADA LESTE
ESCALA 1 : 100

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


FACHADA OESTE
FACHADAS FOLHA : 09 ESCALA : 1 : 100
ESCALA 1 : 100
CANTEIRO DE CONCRETO A SER BANCO DE CONCRETO A SER REVESTIDO EM
REVESTIDO EM FILETES DE PEDRA CIMENTO QUEIMADO
SÃO TOMÉ

MEIO FIO

58.90
2.87 3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 3.51 5.05 2.49 3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 1.99

0 2.2 0 2.2
0 2.2 2.2 2.2
0 2.2 2.2 0 2.2 2.2 0
2.2 0
2.2
0 0 0 2.2
0 0
1.86

1.86

1.86
130.00° 130.00° 130.00° PALMEIRA CARPENTÁRIA
130.00° 130.00°
2.36

130.00° (Carpentaria acuminata)


0.50

0.50

0.50
1.93
MARANTA
(Maranta Leuconeura)

0
0.5
CASCALHO
130.00° 130.00° 130.00°

0.55
130.00° 130.00° 130.00° 130.00° 130.00° 130.00° 130.00°
130.00° 130.00°
130.00°

DETALHAMENTO BANCO COM CANTEIROS -


GERAL
ESCALA 1 : 75

PALMEIRA CARPENTÁRIA
(Carpentaria acuminata)
FITA LED 3000K A SER
INSTALADA ABAIXO DO BANCO

3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 3.99 0.76

0.70
0.62

0.62

0.62
NÍVEL SOLO

0.17
0.00
ELEVAÇÃO GERAL - CANTEIROS
DEGRAU DE CONCRETO A BANCO DE CONCRETO A CANTEIRO DE CONCRETO A SER
ESCALA 1 : 75 SER REVESTIDO EM SER REVESTIDO EM REVESTIDO EM FILETES DE PEDRA
CIMENTO QUEIMADO CIMENTO QUEIMADO SÃO TOMÉ

BANCO DE CONCRETO A SER REVESTIDO EM CANTEIRO DE CONCRETO A SER REVESTIDO EM


CIMENTO QUEIMADO FILETES DE PEDRA SÃO TOMÉ
0.03
0.02
PALMEIRA CARPENTÁRIA

0.03 0.03
(Carpentaria acuminata)

0.06
II FITA LED 3000K A SER INSTALADA
10 ABAIXO DO BANCO
MARANTA
CASCALHO (Maranta Leuconeura)
BANCO DE CONCRETO A SER
REVESTIDO EM CIMENTO QUEIMADO
HH
10

GG

0.45
0 2.2 2.2
2.2 0 10
0 0 0
2.2 2.2 2.2

0.39
0

5
0.2
1.86

8
130.00° 1.6 130.00°
130.00°
0.0
5

5
0.0

0.2
5

0.17
HH
10
0.50

NÍVEL DA CALÇADA
FITA LED 3000K A SER
INSTALADA ABAIXO DO BANCO

0.05
NÍVEL DO SOLO

GG
10
DETALHAMENTO BANCO COM CANTEIROS 2 CORTE II - DETALHE
II
ESCALA 1 : 25 ESCALA 1 : 5
10 DETALHAMENTO CANTEIROS
ESCALA

PALMEIRA CARPENTÁRIA CANTEIRO DE CONCRETO A SER PALMEIRA CARPENTÁRIA


FITA LED 3000K A SER PALMEIRA CARPENTÁRIA
(Carpentaria acuminata) REVESTIDO EM FILETES DE (Carpentaria acuminata) CANTEIRO DE CONCRETO A SER
INSTALADA ABAIXO DO BANCO (Carpentaria acuminata)
PEDRA SÃO TOMÉ REVESTIDO EM FILETES DE PEDRA
BANCO DE CONCRETO A SER 7 SÃO TOMÉ
REVESTIDO EM CIMENTO QUEIMADO 10
0.39 0.06

0.39 0.06
FITA LED 3000K A SER INSTALADA
ABAIXO DO BANCO
DEGRAU DE CONCRETO A SER
0.45

0.45
0.70

SOLO NATURAL
0.75

REVESTIDO EM CIMENTO QUEIMADO ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU


0.67

DEGRAU DE CONCRETO A SER TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


0.17

0.17
REVESTIDO EM CIMENTO QUEIMADO
0.05

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED


CORTE HH CORTE II
CORTE GG
ESCALA 1 : 25 ESCALA 1 : 25 DETALHAMENTO BANCO COM CANTEIROS FOLHA : 10 ESCALA :Como
ESCALA 1 : 25 indicado
PILAR EM CONCRETO ARMADO 0.35m X 0.35m

PERFIL HORIZONTAL A SER PARAFUSADO NA


ALVENARIA
BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO COM BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO COM
REVESTIMENTO NA TONALIDADE AMADEIRADA REVESTIMENTO NA TONALIDADE
MADEIRADA

0.75
BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO 50mm X 150mm
MONTANTE HORIZONTAL EM PERFIL DE
COM REVESTIMENTO NA TONALIDADE
ALUMÍNIO COM REVESTIMENTO NA TONALIDADE
AMADEIRADA
AMADEIRADA

3.20

1.70
MONTANTE HORIZONTAL EM PERFIL DE
ALUMÍNIO QUADRADO 30mm COM
5.70

REVESTIMENTO NA TONALIDADE AMADEIRADA

0.75
1º PAVIMENTO 1º PAVIMENTO
0.40 4.60 4.60

PERFIL HORIZONTAL A SER PARAFUSADO NA


ALVENARIA

BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO COM


0.75

BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO 50mm X 150mm REVESTIMENTO NA TONALIDADE


COM REVESTIMENTO NA TONALIDADE MADEIRADA
JJ JJ AMADEIRADA
11 11

2
11

0.03 0.15 0.18


3.20

1.70

PLANTA BAIXA - DETALHAMENTO BRISE MONTANTE HORIZONTAL EM PERFIL DE


ALUMÍNIO QUADRADO 30mm COM
ESCALA 1 : 20 REVESTIMENTO NA TONALIDADE AMADEIRADA

0.090.03 0.24

BRISE EM PERFIL DE ALUMÍNIO 50mmX150mm


0.75

COM REVESTIMENTO NA TONALIDADE


0.05 0.10 0.05 0.10 0.05 0.10 0.05 0.10 0.05 0.10 0.05

AMADEIRADA

PAV. TÉRREO PAV. TÉRREO


1.00 1.00
PERFIL VERTICAL A SER PARAFUSADO NAS
LAJES E MONTANTES HORIZONTAIS
1.00

MONTANTE HORIZONTAL EM PERFIL DE ALUMÍNIO


QUADRADO 30mm COM REVESTIMENTO NA
TONALIDADE AMADEIRADA

NÍVEL DO SOLO

0.15

ELEVAÇÃO FRONTAL - BRISE


0.25

CORTE JJ
ESCALA 1 : 20
ESCALA 1 : 20
0.10 0.05 0.10 0.05 0.10 0.05

0.03

0.06 0.06

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

DETALHE 01 - BRISE DETALHAMENTO BRISE FOLHA : 11 ESCALA :Como


indicado
ESCALA 1 : 10
PAREDE A SER PINTADA TELHA COLONIAL PAREDE A SER PINTADA BRISE EM PERFIL METÁLICO COM
OBRA DE ARTE A SER NA COR AMARELO AMERICANA NA NA COR AREIA SIRENA - REVESTIMENTO NA TONALIDADE
INSTALADA NA PAREDE DEMARCAÇÃO - CORAL TONALIDADE BEGE CORAL AMADEIRADA
DAMASCO

PERGOLADO EM MADEIRA TELHA COLONIAL BRISE EM PERFIL METÁLICO COM


AMERICANA NA REVESTIMENTO NA TONALIDADE
TONALIDADE BEGE AMADEIRADA
DAMASCO

PAREDE A SER PINTADA NA COR


AMARELO DEMARCAÇÃO - CORAL

PAREDE A SER PINTADA NA


COR AREIA SIRENA - CORAL

PORTA DE CORRER (02 FOLHAS)

GUARDA CORPO DE MADEIRA T e


n
o
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p 0
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co
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C
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0
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PAREDE DA BASE A SER PINTADA


OBRA DE ARTE (PAREDE)
NA COR AREIA SIRENA - CORAL

FACHADA NORTE - ESPECIFICAÇÃO


CORRIMÃO DE AÇO CROMADO LETREIRO EM PEÇAS DE ALUMÍNIO COM GUARDA CORPO EM PERFIL METÁLICO
ESCALA 1 : 100 OBRA DE ARTE A SER
REVESTIMENTO NA COR CINZA ESCURO COM REVESTIMENTO NA TONALIDADE
AMADEIRADA
INSTALADA NA PAREDE
BRISE EM PERFIL METÁLICO COM TELHA COLONIAL AMERICANA NA PAREDE A SER PINTADA NA COR
REVESTIMENTO NA TONALIDADE TONALIDADE BEGE DAMASCO AMARELO DEMARCAÇÃO - CORAL
AMADEIRADA

PAREDE A SER PINTADA NA COR TELHA COLONIAL AMERICANA NA PERGOLADO EM MADEIRA


AREIA SIRENA - CORAL TONALIDADE BEGE DAMASCO

PAREDE A SER PINTADA NA


COR AMARELO
DEMARCAÇÃO - CORAL

CORRIMÃO DE AÇO
CROMADO
PAREDE A SER PINTADA NA COR
AREIA SIRENA - CORAL

PORTA DE CORRER (02 FOLHAS)

GUARDA CORPO DE MADEIRA

OBRA DE ARTE (PAREDE)

FACHADA SUL - ESPECIFICAÇÃO LETREIRO EM PEÇAS DE


ALUMÍNIO COM REVESTIMENTO
NA COR CINZA ESCURO
ESCALA 1 : 100
TELHA COLONIAL AMERICANA NA
TONALIDADE BEGE DAMASCO

PAREDE A SER PINTADA NA COR


AREIA SIRENA - CORAL

PAREDE A SER PINTADA NA COR


AREIA SIRENA - CORAL

TELHA COLONIAL AMERICANA NA


TONALIDADE BEGE DAMASCO

PERGOLADO EM MADEIRA PERGOLADO EM MADEIRA

PORTA DE CORRER (04 FOLHAS)

PORTA DE CORRER (04 FOLHAS)

GUARDA CORPO DE MADEIRA

BANCO DE CONCRETO A SER REVESTIDO CANTEIRO DE CONCRETO A SER REVESTIDO PERGOLADO DE MADEIRA
EM CIMENTO QUEIMADO EM FILETES DE PEDRA SÃO TOMÉ COM FORRO DE BAMBU
FACHADA LESTE - ESPECIFICAÇÃO
ESCALA 1 : 100

PAREDE A SER PINTADA NA COR


AREIA SIRENA - CORAL
TELHA COLONIAL AMERICANA
NA TONALIDADE BEGE
DAMASCO

PAREDE A SER PINTADA NA COR


PAREDE A SER PINTADA NA COR AMARELO DEMARCAÇÃO - CORAL
AMARELO DEMARCAÇÃO - CORAL

BRISE EM PERFIL METÁLICO COM


REVESTIMENTO NA TONALIDADE GUARDA CORPO EM PERFIL
AMADEIRADA METÁLICO COM REVESTIMENTO
NA TONALIDADE AMADEIRADA

ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

FACHADA OESTE - ESPECIFICAÇÃO CORRIMÃO EM LETREIRO EM PEÇAS DE ALUMÍNIO COM PAREDE DA BASE A SER PINTADA CORRIMÃO EM
INOX CROMADO REVESTIMENTO NA COR CINZA ESCURO NA COR AREIA SIRENA - CORAL INOX CROMADO
ESPECIFICAÇÃO DAS FACHADAS FOLHA : 12 ESCALA : 1 : 100
ESCALA 1 : 100
LL
0.15 4.00 13 0.15

0.15

1.60
KK KK
13 13

2.55
COMÉRCIO GERAL
3.15

PONTO DE ÁGUA
A =12.6m² PONTOS DE ÁGUA E ESGOTO A SEREM
PONTO DE ESGOTO INSTALADOS NA PAREDE
(SERÁ ENTREGUE PRONTO PARA INSTALAÇÃO DE
PIA)

1.20
BANCADA EM CONCRETO COM REVESTIMENTO

0.200.15 0.25
EM TINTA LAVÁVEL NA COR BRANCA

0.60
0.05 3.15
0.80 3.20

0.15
LL LETREIRO DE NUMERAÇÃO DO BOXE EM PEÇAS DE
13 ALUMÍNIO A SER FIXADO NO LADO SUPERIOR
0.20 DIREITO

1.10
LETREIRO A SER INSTALADO SOBRE A PLACA DE
MADEIRA

CIRCULAÇÃO
CHAPA DE MADEIRA EM COMPENSADO NAVAL 20mm
PLACA A SER LIXADA E SELADA COM
REVESTIMENTO EM COR A SER ESCOLHIDA DE
ACORDO COM O COMERCIANTE
3.00

3.40

1.20
0.15 4.00 0.15

2.30
BANCADA EM CONCRETO COM REVESTIMENTO EM
TINTA LAVÁVEL NA COR BRANCA

MEIA PAREDE EM ALVENARIA A SER NIVELADA


PRONTA PARA REVEBER REVESTIMENTO A SER

1.10
ESCOLHIDO DE ACORDO COM O LOJISTA
(SERÁ ENTREGUE PINTADA NA COR BRANCA)

PAV. TÉRREO VISTA ISOMÉTRICA - BOXE GERAL


1.00 ESCALA

ELEVAÇÃO FRONTAL
ESCALA 1 : 25 0.60
PAV. TÉRREO - DETALHAMENTO BOXE
0.25 0.15 0.20
COMÉRCIO GERAL
ESCALA 1 : 25

0.05
BANCADA EM CONCRETO COM REVESTIMENTO
EM TINTA LAVÁVEL NA COR BRANCA

MEIA PAREDE EM ALVENARIA A SER NIVELADA


E PRONTA PARA RECEBER REVESTIMENTO A
SER ESCOLHIDO DE ACORDO COM O
COMERCIANTE
(SERÁ ENTREGUE PINTADA NA COR BRANCA)

CHAPA DE MADEIRA EM COMPENSADO NAVAL


0.70

20mm
PLACA A SER LIXADA E SELADA COM

1.10

1.05
REVESTIMENTO EM COR A SER ESCOLHIDA DE

1.10
FORRO DE GESSO H=2.70m ACORDO COM O COMERCIANTE
FORRO DE GESSO H=2.70m

LETREIRO A SER INSTALADO SOBRE A PLACA


DE MADEIRA
1.10

1.10

PAREDE A SER EMASSADA E PINTADA


NA COR BRANCA
PAREDE A SER EMASSADA E PINTADA
3.40

3.40

1.20
NA COR BRANCA

MEIA PAREDE EM REVESTIMENTO MEIA PAREDE EM REVESTIMENTO


2.70

2.70

CERÂMICO 60X60 NA COR BRANCA CERÂMICO 60X60 NA COR BRANCA


CORTE LL - DETALHE DA BANCADA
PONTO DE ÁGUA BANCADA EM CONCRETO COM
REVESTIMENTO EM TINTA LAVÁVEL NA
ESCALA 1 : 12
PONTOS DE ÁGUA E ESGOTO A COR BRANCA
SEREM INSTALADOS NA PAREDE
1.60

1.60

(SERÁ ENTREGUE PRONTO PARA MEIA PAREDE EM ALVENARIA A SER


INSTALAÇÃO DE PIA) NIVELADA E PRONTA PARA RECEBER
6 REVESTIMENTO A SER ESCOLHIDO DE
1.10

PONTO DE ESGOTO 13 ACORDO COM O COMERCIANTE


0.95

(SERÁ ENTREGUE PINTADA NA COR


BRANCA)
0.40

PAV. TÉRREO BOXE PAV. TÉRREO


1.00 1.00
ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CORTE KK CORTE LL ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO


ESCALA 1 : 25 ESCALA 1 : 25 ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

DETALHAMENTO BOXE - COMÉRCIO GERAL FOLHA : 13 ESCALA :Como


indicado
NN 3.70
14
0.22 0.58 2.30 0.60

0.15 0.05

0.60
0.40
0.20
1.00

1.00
BOXE 01

0.80
PAINEL EM TELA QUADRICULADA DE AÇO
0.05 0.15 0.60 PARA COLOCAÇÃO DO LETREIRO

0.15

3.35
MEIA PAREDE DE ALVENARIA EM
REVESTIMENTO CERÂMICO 60X60cm NA COR
BRANCA
BANCADA EM GRANITO H= 1.90m
BRANCO DALLAS

MM BOXE 01 MM

0.80
14 14
1.00

1.00
CUBA
PORTA DE GIRO PARA BALCÃO

0.20
BANCADA DE CONCRETO COM REVESTIMENTO
EM TINTA LAVÁVEL NA COR BRANCA

0.40

0.60
MEIA PAREDE DE ALVENARIA COM

0.05 0.15
REVESTIMENTO INTERNO EM CERÂMIXA 60X60
NA COR BRANCA E LAMINADO MADEIRADO NO
LADO EXTERNO
H= 1.06m

NN VISTA ISOMÉTRICA - BOXE HORTIFRUTI


14
ESCALA

PAV. TÉRREO - DETALHAMENTO BOXE


HORTIFRUTI 1
ESCALA 1 : 20

LETREIRO EM PELAS DE ALUMÍNIO PINTADO NA


COR VERDE A SER INSTALADO SOBRE A TELA

PAINEL EM TELA PAINEL EM TELA


0.40

0.40
QUADRICULADA DE AÇO QUADRICULADA DE AÇO NA
NA TONALIDADE BRONZE TONALIDADE BRONZE
PARA COLOCAÇÃO DO PARA COLOCAÇÃO DO
LETREIRO LETREIRO

MEIA PAREDE DE
ALVENARIA EM
REVESTIMENTO MEIA PAREDE DE
CERÂMICO 60X60cm NA ALVENARIA EM
COR BRANCA REVESTIMENTO CERÂMICO

0.80
H=1.90m 60X60cm NA COR BRANCA
H=1.90m

BANCADA DE CONCRETO
COM REVESTIMENTO EM
2.30

2.30
0.16 0.04

TINTA LAVÁVEL NA COR


0.04

0.04
BRANCA PORTA DE GIRO
PARA BALCÃO
1.90

BANCADA EM MEIA PAREDE EM


GRANITO BRANCO REVESTIMENTO LAMINADO
DALLAS AMADEIRADO NA FACE
EXTERNA

MEIA PAREDE DE

0.98
1.10

ALVENARIA COM
1.06

REVESTIMENTO INTERNO
0.90

EM CERÂMIXA 60X60 NA
COR BRANCA E LAMINADO
AMADEIRADO NO LADO
EXTERNO
H= 1.06m

0.08
CORTE MM
ESCALA 1 : 20 ELEVAÇÃO FRONTAL - BOXE HORTIFRUTI
ESCALA 1 : 20

PAINEL EM TELA

0.40
PAINEL EM TELA
0.40

QUADRICULADA DE AÇO
NA TONALIDADE BRONZE QUADRICULADA DE AÇO NA
PARA COLOCAÇÃO DO TONALIDADE BRONZE PARA
LETREIRO COLOCAÇÃO DO LETREIRO

MEIA PAREDE DE ALVENARIA


MEIA PAREDE DE EM REVESTIMENTO CERÂMICO
ALVENARIA EM 60X60 NA COR BRANCA

0.80
REVESTIMENTO
CERÂMICO 60X60cm NA
COR BRANCA
BANCADA DE CONCRETO H=1.90m
COM REVESTIMENTO EM
TINTA LAVÁVEL NA COR
0.04
0.04

BRANCA BANCADA DE CONCRETO


COM REVESTIMENTO EM
0.20

1.90

TINTA LAVÁVEL NA COR


BANCADA EM BRANCA
0.40 0.40
GRANITO BRANCO
DALLAS
0.98

MEIA PAREDE EM
1.10
1.06

REVESTIMENTO
0.90

LAMINADO AMADEIRADO
NA FACE EXTERNA
ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU
MEIA PAREDE DE
ALVENARIA COM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
REVESTIMENTO INTERNO
0.08

EM CERÂMIXA 60X60 NA
COR BRANCA E LAMINADO ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO
AMADEIRADO NO LADO
EXTERNO ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED
H= 1.06m

CORTE NN ELEVAÇÃO LATERAL - BOXE HORTIFRUTI DETALHAMENTO DO BOXE - HORTIFRUTI FOLHA : 14 ESCALA : 1 : 20
ESCALA 1 : 20 ESCALA 1 : 20
ARQUITETURA E URBANISMO - UNINASSAU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO : THIAGO ANTÔNIO MAGALHÃES BENTINHO

ORIENTADORA : MARY DA SILVA RACHED

PERSPECTIVAS FOLHA : 15 ESCALA :

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