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Liam McMillian anseia pelo futuro após seu passado trágico. Querendo
ajudar a matilha de lobos que o acolheu, arruma um emprego no Bala de
Prata. Uma noite, enquanto recolhia os copos vazios, percebe um lindo
estranho o verificando do outro lado do salão. Quando o vampiro vai para o
calabouço, Liam o segue.
Oscar Fitzgerald é um regular no clube. Quando vê Liam trabalhando,
a atração é instantânea. Ele vai para o calabouço quando seus amigos chegam
e o tigre o segue. O que começa como um jogo sexy de gato e rato logo se
transforma em algo totalmente diferente quando o shifter começa a entrar em
pânico.
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
****
Oscar estava pronto para ir para casa.
Estava sentado em torno do calabouço por quase uma hora, mas não
conseguia parar de pensar em Liam. O rosto do tigre parecia ter sido tatuado
em seu cérebro. Estava irritado. Queria o homem fora de sua cabeça. Era tão
diferente dele se importar. Inferno, nem sequer sabia quem era Liam.
Então por que estou pensando nele?
Um homem magro com grandes olhos azuis se aproximou dele. Sem
dizer uma palavra, ele caiu de joelhos em um movimento fluido ao lado da
cadeira do Oscar.
— Mestre Oscar, ficaria honrado em ser seu sub esta noite.
— Não, obrigado, já estou saindo, quem sabe uma outra vez. — Disse
Oscar tão educadamente quanto pôde antes de se levantar e sair.
Não se incomodou em dizer adeus a seus amigos. Saiu do calabouço,
deixou o clube e não parou até que estava do lado de fora no ar fresco ao lado
do seu carro. Respirou profundamente algumas vezes e passou a mão pelos
cabelos em frustração. O que tinha aquele maldito tigre que o chamava? Uma
ideia o golpeou e Oscar sabia que não seria capaz de relaxar até que testasse
sua teoria.
Olhando em volta, viu um homem encostado a parede fumando um
cigarro.
Ele vai servir.
Aproximando-se do homem com uma confiança que não sentia, Oscar
ordenou.
— Incline a cabeça para o lado. — O homem obedeceu
imediatamente.
Levantando uma mão, a envolveu em torno da parte de trás do
pescoço do homem para segurá-lo no lugar. Seus dentes alongaram e
cresceram em pontas afiadas. Ele o golpeou, suas presas perfurando a veia no
pescoço do desconhecido. Sangue encheu sua boca e engoliu rapidamente.
Depois de um minuto, se afastou e lambeu a marca da mordida fechando-a.
— Obrigado. — Murmurou antes de caminhar de volta para o seu
carro.
Sentia-se muito melhor. Agora, poderia empurrar Liam fora de sua
cabeça. Provou o seu ponto ingerindo o sangue de outra pessoa. Não havia
nenhuma maneira que Liam fosse seu Verdadeiro Companheiro.
Quando chegou ao seu carro, seu estômago começou a se agitar e
suor irrompeu ao longo de sua testa.
Merda, não me sinto bem.
Abriu a porta do lado do motorista, se sentou e se inclinou para
frente, colocando sua cabeça entre as pernas. Bile subiu em sua garganta e
antes que pudesse se conter, Oscar vomitou sangue.
Ouviu pés batendo contra o concreto e ergueu os olhos, ao mesmo
tempo em que Jack parou ao seu lado.
— Jesus, Oscar, o que diabos está acontecendo?
— Ele é meu Verdadeiro Companheiro. — Conseguiu dizer entre
arfadas até enquanto despeja tudo o que havia em seu estomago. Ele ofegava,
tentando recuperar o fôlego. — Porra. É verdade. Eu não queria acreditar,
mas é verdade.
— Quem? — Jack perguntou a Oscar antes de virar a cabeça para o
seu Verdadeiro Companheiro, Holden. — Querido, pode ir lá dentro e trazer
para Oscar uma garrafa de água?
— Sim, já volto. Aguenta aí, Oscar. — O jovem disse antes de
decolar para dentro do clube.
— Liam McMillian. Eu o vi do outro lado do salão e algo dentro de mim
disse que era importante. Senti coisas que nunca senti antes. — Ele balançou
a cabeça, sentindo-se perdido.
O jovem tinha problemas. Era óbvio pela sua reação a uma cena
bastante simples dentro do calabouço.
O que aconteceu em seu passado? O que trouxe o medo em seus
olhos?
Não havia nenhuma maneira que o jovem voltasse a pisar naquele
lugar novamente e Oscar sabia que não forçaria a questão. Oscar realmente
era o companheiro certo para alguém como ele? Ele era um homem duro e
Liam precisava de um toque suave e palavras doces. Seria capaz de fazer isso?
Poderia realmente ser o homem certo para alguém que pode estar danificado
devido ao seu passado?
Não conseguia se lembrar da última vez que sentiu emoção real por
alguém que não a amizade pelos os homens que conhecia pela maioria de sua
vida. Agora, era como se houvesse uma corda firmemente em volta dele,
puxando-o para o clube e para o tigre dentro de seus muros.
— Deve voltar para o clube e deixar que sinta o seu perfume. Ele é
um shifter. Vai encontrá-lo. — Jack sugeriu e Oscar balançou a cabeça,
sentindo-se derrotado.
— Não sou um homem gentil. — Ele disse honestamente.
Nunca falou palavras de amor antes. Gostava do sexo duro e áspero.
Pensando sobre Liam, sabia que não havia nenhuma maneira de que fosse
capaz de ser assim. Ele foi a escolha errada.
— Não me venha com essa besteira. É um grande homem e um
amigo maravilhoso. O destino não comete erros. Ele é seu Verdadeiro
Companheiro. Isso significa que ele precisa de você em sua vida e você precisa
dele. — A voz de Jack estava firme. O homem estava usando sua voz de Dom
voz e os lábios de Oscar contraíram.
— Você não entende. — Oscar insistiu, erguendo a voz ligeiramente.
Jack não estava lá. Não viu Liam ou a reação do homem.
— Então me faça entender. Faça-me entender por que você não seria
um bom companheiro para Liam. Você nem sequer conhece o homem.
Conhece? Você ao menos falou com ele? — Jack pressionou e Oscar exalou
alto.
— Foram seus olhos, tudo bem? Havia tanta dor e medo. — Oscar
balançou a cabeça, lembrando a reação de Liam. — Quando estava dentro do
calabouço, ele estava apavorado. Nunca vi nada parecido.
— O que aconteceu? Que tipo de cena? Pode ser que simplesmente
não saiba muito sobre o estilo de vida. Ou talvez a cena fosse um pouco
intensa demais. Pode ser um pouco intimidante para iniciantes. — Jack ignorou
a preocupação de Oscar.
— Não. Ele não estava observando a cena. Foi outra coisa. Acho que
os sons podem ter desencadeado alguma lembrança do seu passado. Algo ruim
aconteceu com ele. — Oscar sabia no fundo do seu coração. Essa foi a razão
que havia enviado Jayden para escoltar Liam para fora do calabouço. O
homem parecia estar com dor, enquanto suas memórias o agrediam.
— Oh, merda. — Sam sussurrou e Oscar virou a cabeça para o lado.
Não tinha sequer ouvido a abordagem do homem.
— Quanto você ouviu? — Perguntou Jack, cruzando os braços e Oscar
estava curioso também.
— O suficiente para saber que Liam é o Verdadeiro Companheiro de
Sangue do Oscar. — Declarou Sam e Oscar gemeu. — Me desculpe. Não
deveria ter escutado. Holden entrou e disse que estava vomitando sangue.
Aqui... — Ele entregou a Oscar uma garrafa de água e ele imediatamente
tomou um gole, enxaguando a boca. — Liam estava perguntando sobre você
antes.
— Então você o enviou para o calabouço? — Ele praticamente rosnou.
Como Sam poderia enviar seu próprio irmão até o calabouço sem
prepará-lo? Por que colocaria Liam nessa situação?
— O calabouço não é um lugar perigoso... Sabe disso. Há regras
rígidas e todos estão seguros lá e tudo é consensual. Sam não fez nada de
errado. — Jack defendeu o tigre e olhou para Sam. Ele parecia triste e Oscar
estava feliz por estar sentindo um pouco de remorso.
— Olha. — Oscar exalou alto. — Estou indo para casa. Preciso ficar
sozinho por um tempo e pensar.
— O que sobre o sangue? Huh? Não pode ficar sem se alimentar por
muito tempo ou vai acabar morrendo de fome. — Salientou Jack e Oscar se
absteve de revirar os olhos. Sabia que precisaria do sangue do homem.
— Obrigado por sua preocupação, Jack. Posso cuidar de mim mesmo.
— Disse Oscar.
Só precisava de um tempo sozinho para pensar e depois conversaria
com Liam. Fechando a porta do carro, Oscar ligou o motor e partiu, deixando
Jack e Sam parados no estacionamento.
Capítulo 5
lidar com sua personalidade áspera, temo de que pode não procurá-lo. — Jack
não parecia muito positivo e preocupou Sam.
— Vou levar Liam para casa depois do trabalho. Vou pegar meus
irmãos e Charles, e podemos falar com ele. — Liam só estava na vida de Sam
por um tempo curto. Esperava ser capaz de ter Conner e Kevin a bordo. Se
todos falassem com Liam, talvez o homem entendesse e, pelo menos, enviasse
um pouco de sangue para Oscar.
— Acha que pode ser capaz de convencê-lo a encher um saco de
de sangue para Oscar esta noite. E vou falar com Liam sobre BDSM e dar-lhe
algumas informações. — Ele ajudou Jayden, quando o jovem estava com medo
de se aproximar seu companheiro, Andrew. — Eu não deveria tê-lo enviado
para a masmorra sozinho. Eu nunca pensei... — Ele balançou a cabeça.
— Não se culpe. Ele vai ficar bem. — Jack acariciou suas costas, e os
*****
Liam terminou seu turno, trabalhando lado a lado com Sam. Sentia-
se bem sobre o trabalho. Gostou do trabalho e os frequentadores que teve
contato. A noite passou rapidamente depois que deixou o calabouço. Tentou
parar de pensar em Oscar, mas, por alguma razão, não podia tirar o lindo cara
de sua mente. A única coisa positiva sobre a experiência no calabouço era que
o homem não o tinha visto surtar.
Olhando para fora do para-brisa do carro de Sam, Liam observou o
cenário voando.
Mal podia esperar para chegar à casa da matilha. Ele queria se
despir, tomar um chuveiro e dormir. Os dois sentaram num silêncio confortável
quando chegaram mais perto do Castelo. Inclinando a cabeça para trás, Liam
fechou os olhos. Estava exausto.
Quando o carro rolou para uma parada abrupta, abriu os olhos,
surpreso que tinha realmente cochilado por um tempo. Liam esticou e saiu do
carro, fechando a porta. Sorriu para Sam e subiu as escadas que levavam para
a casa.
— Ei, viria para a clínica comigo? — Perguntou Sam e Liam deu de
— Uh... Por quê? Há algo de errado comigo que não estou ciente? —
Perguntou Liam, à espera que alguém lhe dissesse o que diabos estava
acontecendo.
Isso estava começando a irritá-lo. Estava de pé num lado da sala com
todos os outros do outro, de frente para ele.
— Lembre-se do cara da noite anterior? Oscar Fitzgerald? — Sam
num compromisso de verdade, ou devo dizer, não me quer. Mas quer o meu
sangue, porque não quer morrer. — Liam não podia acreditar que isso estava
acontecendo com ele.
Quando avistou Oscar, quis o homem instantaneamente. Não
conseguia entender seus sentimentos naquela hora, mas agora entendia.
Sabia, lá no fundo, que o homem era significativo. Agora, o pensamento o fez
sentir-se mal do estômago. Estava muito cansado para lidar com isso.
— Não, acho que não. — Liam sacudiu a cabeça, enquanto olhava ao
redor da sala. — Não vou te dar o meu sangue. Se aquele bastardo quer viver,
pode vir e me enfrentar, como um homem. — Girando nos calcanhares, ignorou
as vozes gritando após correr até as escadas em direção de seu quarto.
Batendo a porta do quarto, Liam a fechou. Estava frustrado. Oscar foi
o primeiro homem que chamou a besta dentro dele e o idiota não o queria.
Como isso era possível? Não havia algo instintivo em todos os paranormais que
os empurrava a querer estar com seus companheiros? Com raiva de andar,
movia-se para trás e para frente, sentindo-se como um animal enjaulado.
Queria mudar e ir para uma corrida, mas não queria ver qualquer um dos
homens lá embaixo.
Por que se sentiu como se Sam não estivesse do seu lado? Por que
todos os homens na sala o olhavam como se fosse um tipo de idiota por não
dar o seu sangue? Quanto mais pensava sobre isso, mais queria gritar a sua
dor. Seu companheiro o havia encontrado e o... Rejeitou? Por quê?
Parando na frente de um espelho de corpo inteiro, olhou para si
mesmo. Não era bonito o suficiente? Umidade encheu seus olhos e tentou
segurar as lágrimas, mas não podia. Não era forte o suficiente.
Caiu no chão e passou os braços em volta dos joelhos, tentando dar a
si mesmo o conforto de que precisava.
Não importa. Não quero ser uma parte de sua vida também. Não
quero ir para aquele calabouço horrível, nunca mais. Essa coisa toda tem que
ser um erro.
Uma batida na porta puxou-o de seus pensamentos. Antes que
pudesse dizer uma palavra, a porta abriu e Sam entrou, fechando a porta atrás
de si.
— Sinto muito. — Sam se sentou ao lado dele. — Não deveria ter
envergonhá-lo. Não deve se sentir assim. A masmorra pode ser intensa. Você
deve saber que BDSM não é apenas sobre chicotes e correntes. Às vezes, é
simples como um homem deixando outro tomar as decisões em seu
relacionamento. Se tiver alguma dúvida, estou aqui para você. — Disse Sam,
inclinando o ombro contra Liam em apoio.
— Não acho que posso voltar para o calabouço novamente. Não é sua
culpa. Não o culpo por nada. Esse lugar só trouxe de volta muitas memórias do
passado. Nunca serei capaz de ser pressionado ou amarrado, sem entrar em
pânico. Se for disto que Oscar gosta, não sou o jogo certo para ele. Talvez ele
estivesse certo em ir para casa. — E me deixar para trás. Liam olhou para o
tapete na frente dele.
— Um bom Dom cuida de seu submisso e todas as suas necessidades.
Oscar é um bom homem. Vai cuidar de você. Por favor, mantenha a mente
aberta, se puder, e dê uma chance a Oscar. Ele é um vampiro muito velho,
mas tenho certeza que ainda pode aprender novos truques. — Sam resmungou
e abriu um sorriso para isso.
— É esse o tipo de relacionamento que tem com Charles? Ele é seu
Dom? — Perguntou.
— Não, ele é meu mestre. — Liam sacudiu a cabeça para o lado e
olhou para Sam, surpreso. — Charles me ajudou de uma forma que ninguém
mais poderia. Há limites e palavras seguras, mas sei que Charles nunca faria
nada para me machucar. Ele me ama, orienta e protege. Ele me dá o que
preciso.
— O que você precisa? — Perguntou Liam.
Capítulo 6
*****
Desde descobrir que Oscar era seu companheiro, Liam guardava
tudo para si. Trancava a porta do quarto e ficava lá dentro, querendo ficar
sozinho. A primeira noite foi um choque, mas a cada dia que passava, percebia
que Oscar não viria reivindicá-lo. Depois de uma semana, sua raiva se
transformou em preocupação. Não queria que o vampiro morresse de fome.
Indo para a clínica, encheu um saco de sangue e entregou-o a Sam.
Sabia que seu irmão levaria para Oscar. Depois que seus irmãos saíram, tirou
a roupa e mudou. Correr ao redor da propriedade de propriedade da matilha
ajudava a se sentir um pouco melhor sobre toda a situação. Não queria pensar
sobre Oscar ou o seu futuro. Estava sozinho e odiava ficar sozinho.
Distinguindo uma grande árvore, Liam usou o último de sua energia.
Deu um início de corrida e subiu a árvore, usando seus músculos poderosos.
Os ramos balançavam sob o seu peso, mas não o impediram de subir.
Encontrou um ramo forte, deitou-se e ficou mole. Fechou os olhos e relaxou
quando a brisa soprou em seu rosto, despenteando seu pêlo.
Liam acordou de sua soneca com um aroma doce enchendo seu nariz.
Abriu os olhos, olhou para baixo e viu Oscar de pé na base da árvore. Rosnou
baixo, lambendo os lábios. Era verdade. Oscar realmente era seu companheiro.
Liam olhou para ele, o momento de silêncio se estendendo até que finalmente
Oscar falou.
— Eu... uh... Nem sei por onde começar. Pratiquei um discurso no
caminho para cá, mas agora... — Ele balançou a cabeça, parecendo incerto. —
Não consigo encontrar as palavras certas. Você não é o único com um passado
e bagagem. Não sou nada especial, confie em mim. Não sou um prêmio. — As
palavras de Oscar machucaram Liam.
Não gostava de ver a luta vampiro autoconfiante para falar. O
homem era seu companheiro. Ele era perfeito, perfeito para ele.
— Eu criei um personagem quando me mudei para Nova Orleans. Não
queria que ninguém me visse tão fraco como estava há muito tempo. Sofri um
monte de abuso de meu próprio pai. — Começou e Liam sentiu como se não
pudesse respirar.
Suas garras cresceram para fora, segurando o grande galho de
árvore quando pensou em tudo que o seu companheiro tinha sofrido. Não tinha
certeza do quão semelhantes eram seus passados, mas tinha uma melhor
compreensão de por que Oscar ficou afastado. Fazia sentido por que Oscar
ficou interessado em BDSM. O homem precisava do poder de um papel
dominante, para provar que tinha poder sobre sua própria vida.
— Meu pai não era um homem fácil de agradar e aprendi rapidamente
que eu não era suficientemente bom, que nunca seria bom o suficiente. A
verdade é que sou filho bastardo do homem. Centenas de anos atrás era uma
coisa muito ruim de ser. Ele teve uma amante antes de encontrar sua
verdadeira companheira de sangue e, embora não seja comum engravidar
alguém que não seja uma verdadeira companheira, aconteceu. — Ele deu uma
profunda respiração, antes de continuar. — Quando finalmente sai e me
mudou para cá, tornou-se fácil desempenhar um papel e manter todos a
distância. Não quero que ninguém veja o homem no interior. Não queria que
ninguém soubesse que me sentia quebrado e indigno de amor. E, agora, estou
com medo de que vou decepcioná-lo. Não preciso do calabouço. Eu preciso
apenas de você.
Liam começou a escalar a árvore. Quando estava perto do chão,
pulou e facilmente caiu em suas patas ao lado de Oscar. Tentando dar a seu
companheiro conforto, esfregou seu corpo contra as pernas do homem,
ronronando suavemente.
— Obrigado. — Oscar passou os dedos pelo pêlo de Liam, acariciando-
o e arranhando-o atrás da orelha. — Me desculpe, fiquei longe por tanto
tempo. Não tive a intenção de te machucar. — Ele fez uma pausa e Liam sabia
que o pedido de desculpas era sincero. — Eu só precisava pensar. Não quero
fingir com você. Não quero ser o personagem que criei. Quero ser só eu, mas
não consigo lembrar quem sou.
Liam mudou, querendo dar mais conforto. Assim que estava de volta
em sua pele humana, passou os braços ao redor de Oscar e puxou o homem
para um abraço. Ficaram ali, abraçados, e Liam suspirou. Sentia-se bem por
finalmente ter Oscar com ele. E, independentemente do que Oscar disse, ele
realmente era um prêmio. O exterior duro foi embora e Liam pode dar uma
espiada no homem no interior. Ele tinha um coração de ouro.
— Vamos aprender juntos. Temos tempo. Vamos conhecer um ao
outro. Quero ser um bom companheiro para você. — Liam limpou a garganta,
sua voz soando um pouco instável.
— Pode me perdoar por ficar longe tanto tempo?— Perguntou Oscar.
— Você não precisa pedir o meu perdão. Nós dois precisávamos de
algum tempo para nos adaptar e pensar. Estou feliz que esteja aqui agora. —
Liam lhe disse honestamente.
— Você já é um companheiro incrível. Você me deu compreensão e
paciência, quando muitos não o fariam. — Oscar deu um beijo na garganta de
Liam e ele estremeceu, arrepios irrompendo por sua pele. — Quero que me
marque. Vai me deixar reivindicar você? — Liam congelou. Estava esperando
ouvir essas palavras, pois eram a concretização de que tinha um companheiro.
— Sinto muito, é cedo demais?
Liam sacudiu a cabeça.
— Não. Quando o vi no clube, foi uma atração instantânea. Senti isso
e sabia que seria alguém importante na minha vida. Só não sabia que éramos
companheiros.
— Vai ser um homem tão fácil de se apaixonar... — Disse Oscar e os
olhos de Liam ficaram úmidos, porque se sentia da mesma maneira.
Estava tão aliviado por finalmente ter seu companheiro tão perto e
queria mais, mas, primeiro, precisavam de uma cama. Deixando cair os
braços, Liam estendeu a mão e pegou a de Oscar, entrelaçando os dedos. —
Vamos entrar. Vou te mostrar o meu quarto. — Oscar sorriu e acenou
ansiosamente. Juntos caminharam para o interior do castelo até o quarto de
Liam.
Capítulo 7
FIM