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AULA 02

CONSTITUIÇÃO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

Art. 3º- O poder da Igreja é espiritual e administrativo, residindo na corporação,

isto é, nos que governam e nos que são governados.

§ 1°- A autoridade dos que são governados é exercida pelo povo reunido em

assembleias para:

a- eleger pastores e oficiais ou pedir a sua exoneração;

b- pronunciar-se a respeito dos mesmos, bem como sobre questões orçamentárias e


administrativas, quando o Conselho o solicitar.

c- Deliberar sobre a aquisição ou alienação de imóveis e propriedades, tudo de acordo com a


presente Constituição e as regras estabelecidas pelos concílios competentes.

§ 2º- A autoridade dos que governam é de ordem e de jurisdição. É de ordem quando exercida
por oficiais, individualmente, na administração de sacramentos e na impetração da bênção pelos
ministros e na integração de concílios por ministros e presbíteros. É de jurisdição quando
exercida coletivamente por oficiais, em concílios, para legislar, julgar, admitir, excluir ou
transferir membros e administrar as comunidades.

Comentário:

1. A Igreja Exerce poder Espiritual e Administrativo:


• Na admissão de Membros
• Nos Sacramentos
• Liturgia do Culto conforme padrões bíblicos
• Na instrução Bíblica, contida nas doutrinas do catecismo
• Disciplina e autoridade diante dos padrões bíblicos
• Admissão, Transferência, recepção de membros
• Gestão de recursos (Junto a Tesouraria)
2. Nos que governam e nos que são governados:
• Os que Governam – Concílios (CONSELHO, PRESBITÉRIO, SÍNODO, SUPREMO)
• Presbíteros Regentes eleitos representantes
• Presbíteros Docentes membros dos presbitérios e presidentes dos Conselhos
• Os que são Governados – Assembleia
• O agrupamento dos membros professos de uma comunidade
• Tem poder votivo, mas não auto regente
• Não podem provocar as próprias reuniões e pautas
• Estão submetidos ao desejo do conselho em convocação para o exercício do
seu direito a voto.
3. Sobre os Tipos de autoridades § 2º:
• Ordem: Direitos e obrigações permanentes estabelecidos por leis; funções
inerentes a um cargo legalmente constituído. No caso eclesiástico, são as
funções atributivas decorrentes da ordenação e conseqüente investimento na
função para a qual o ministro foi ordenado. Por exemplo: O presbítero regente,
por força de ordenação, torna-se “membro do Conselho” e com direito de
representá-lo nos concílios superiores, bem como “distribuir os elementos
eucarísticos.” O Pastor, em função da ordenação, recebe atribuições inerentes
ao seu ministério: Aplicar o batismo, celebrar a Ceia do Senhor, impetrar a
Bênção Apostólica, realizar casamento religioso com efeito civil e supervisionar
a liturgia da Igreja ( cf Art. 30 e seus §§ ).
• Jurisdição: Exercício de mandatos com poderes administrativos, espirituais e
judiciais sobre pessoas e instituições. Exemplo: Quando presbíteros e pastores,
em concílios, executam poderes corporativos de legislar, julgar, admitir, excluir,
transferir membros e administrar a comunidade. Os concílios, assembleias de
oficiais, exercem jurisdição na seguinte ordem: Conselho: sobre a Igreja local.
Presbitério: sobre igrejas de sua jurisdição. Sínodo: sobre presbitérios. Supremo
Concílio: sobre a Igreja nacional. A Igreja local, pois, está diretamente
subordinada ao Conselho ou jurisdicionada por ele. A autoridade jurisdicional
dos concílios é específica de cada concílio, mas com grandes poderes
eclesiásticos, canônicos, espirituais e administrativos.

CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS.

ART. 4º- A Igreja local é uma comunidade constituída de crentes professos juntamente com
seus filhos e outros menores sob sua guarda, associados para fins mencionados no Art. 2º e com
governo próprio, que reside no Conselho.

§ 1º- Ficarão a cargo dos presbitérios, Juntas Missionárias ou dos conselhos, conforme o caso,
comunidades que ainda não podem ter governo próprio.

§2º- Essas comunidades serão chamadas Pontos de Pregação ou Congregações, conforme o seu
desenvolvimento, a juízo do respectivo concílio ou Junta Missionária.

§ 3º- Compete aos presbitérios ou juntas missionárias providenciar para que as comunidades
que tenham alcançado suficiente desenvolvimento se organizem em igrejas.

Comentário:

1. O Artigo está tratando da materialidade da Igreja Visível, Rol de membros publicamente


professos, o termo igreja local aqui é de ordem institucional, já que existem crentes não
professos publicamente conforme o rito, mas salvos e parte da igreja de Cristo.
2. Esse inciso é uma abertura para um período de crescimento da IPB, principalmente em
zonas rurais, ainda incipientes e sem capacidade de sustento, por isso congregações e
pontos de pregação.
• Congregação ligadas as igrejas mães – Nasceu como primeiro modelo, mas
ao longo dos anos algumas igrejas perderam capacidade financeira de
sustento e acabaram não conseguindo dar continuidade ao trabalho de uma
congregação, que passavam a se ligar ao Presbitério.
• Congregação Presbiterial – Nasceu da falta de capacidade das igrejas mães
do sustento do trabalho e acabou se tornando muito comum nos presbitérios
do Brasil. O rol de membros é gerenciado pelo presbitério, e a CE é seu
conselho direto, estando também a congregação sujeita ao presbitério a que
estiver jurisdicionada.

Art. 5º- Uma comunidade de cristão poderá ser organizada em Igreja somente quando
oferecer garantias de estabilidade, não só quando ao número de crentes professos, mas
também quando aos recursos pecuniários indispensáveis à manutenção regular de seus
encargos, inclusive as causas gerais, e dispor de pessoas aptas para os cargos eletivos.

Comentário:

1. Esse texto estabelece em que momento uma congregação, seja presbiterial ou ligada a
alguma igreja, deve ser organizada em igreja; A palavra que define esse momento é
estabilidade (Uma tanto subjetivo a interpretação, mesmo com seus critérios, o que
deve continuar já que isso significa uma coisa diferente em cada contexto):
• Número de Crentes Professos – Não define quantos, e isso precisa ser
adequado a cada realidade e contexto
• Recursos – Os indispensáveis para manutenção da igreja, água, luz e demais
despesas fixas; A côngrua pastoral ainda é subjetiva, já que pode existir um
pastor que cuide de vários campos, como acontecia no período da escrita
dessa constituição.
• Presbíteros e Diáconos – Capacidade de treinar, e ter pessoas capazes e
dispostas ao trabalho do pastoreio da igreja. Liderança possível e capaz.

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