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O objetivo dos ensaios é o de medir a resistência de aterramento da malha e os potenciais no solo de passo
e toque da Subestação Primária SE RUEETE, e verificando se os potenciais de toque e passo medidos
atendem os requisitos de segurança pessoal na área, bem como o valor de resistência de aterramento
medido atende o valor máximo operativo da mesma.
2. ASPECTOS GERAIS
Trata-se de uma subestação de 138/13,8kV nova.
A malha de terra (de acordo com o projeto executado pela TSE Tecnologia em Sistema Elétricos) é
constituída por cabos de cobre têmperado meio duro nú de seção 70mm² enterrados a 0,60m e hastes de
aterramento com 3m de comprimento e ¾” de diâmetro.
Toda a área dentro da cerca e até o arruamento encontra-se recoberta por brita com a espessura média de
10cm, o que deve ser mantido durante toda a operação futura da citada Subestação.
3. PROCEDIMENTOS SEGUIDOS:
Os ensaios foram realizados utilizando um grupo gerador trifásico de 9,5kVA, 220-127 Volts.
A tensão de ensaio foi de 169,7 Volts e com freqüência de 44,3 Hz, resultando em uma corrente de ensaio
de 12,3A.
Para a correta injeção da corrente de ensaio foi confeccionada um sistema de aterramento auxiliar à
aproximadamente 150 metros de distância da malha a ser ensaiada. As hastes deste sistema de aterramento
auxiliar foram interligadas entre si com cabo de cobre de 4,0 mm² , tendo o circuito sido concluído através
da utilização de cabo de cobre de 2 x 4,0 mm² , conforme indicado na figura 1.
FIGURA-1
Freqüência = 44,3Hz
Malha terra Malha terra
Principal V = 169,7 V I = 12,3A Auxiliar
Cabo # 2 x 4,0 mm²
G A
SUBESTAÇÃO
PRIMÁRIA
SE RUETTE Haste de prova deslocando-se do terra
V auxiliar à malha da Subestação
Distância = 150m
O ensaio para obtenção do valor da resistência de aterramento, consiste basicamente na injeção de uma
corrente de ensaio de valor conhecido, entre a mesma e um sistema de aterramento auxiliar localizado a
uma distância convenientemente escolhida de tal maneira que os valores obtidos não sejam afetados
pelo volume de influência da malha sob medição, ou seja, localizado no chamado terra remoto, isto é
onde a queda de potencial entre dois pontos possa ser considerada desprezível.
Fazendo-se então circular como dito anteriormente, uma corrente de valor conhecido entre esses dois
pontos, medindo-se em seguida a queda de tensão entre o ponto escolhido para injeção desta corrente e
pontos intermediários de modo que a resistência de aterramento possa ser calculada pela equação:
O método supra citado é conhecido como Método Volt-Amperimétrico, processo este constante do projeto
de norma brasileira desenvolvido pela CE -102 (Comissão de Estudos – 102) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), o qual pode ser visto na figura-1 anterior.
Após a montagem dos equipamentos/instrumentos indicados na figura 1, foi injetada e medida através de
um amperímetro a corrente do gerador. Tendo sido executadas
várias medições, através de um voltímetro do potencial resultante no solo devido a circulação da corrente
citada.
Os quocientes entre os valores de tensão e corrente serão considerados iguais o valor da resistência de
aterramento, quando houver uma estabilização em vários pontos sucessivos, trecho que normalmente e
chamado de “patamar”, e que normalmente se estabelece à uma distância de aproximadamente 61,7% da
distância entre a malha sob medição e o sistema de aterramento auxiliar.
Com base nos valores medidos como citado anteriormente, traça-se a chamada curva da Resistência de
aterramento x Distância do eletrodo auxiliar de potencial (eletrodo auxiliar móvel), a qual pode ser vista no
GRAFICO 1 anexo.
Tempo : Bom
Temperatura ambiente: : 30º C
Umidade relativa do ar : 56%
Solo : Ligeiramente úmido
4. CONCLUSÃO:
TABELA-1
1,500
1,400
1,300
1,200
Resistência (ohms)
1,100
1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
10 30 50 70 82 86 90 94 98 102 106 110 120 130
Distância (metro)
O potencial de toque é a diferença de potencial que se verifica entre um ponto ao alcance da mão de uma
pessoa e um ponto no solo correspondente à posição de seus pés.
Esta distância por norma (IEEE 80/86, e Projeto de norma brasileira, apresentado pelo CE-102 da
ABNT) é considerada como sendo de 1 metro.
Medição dos valores de corrente e tensão, e consequente cálculo com base nos valores medidos da
resistência de aterramento da Subestação Ruettei e dos potenciais no solo, de passo e toque.
Observação: Foram utilizados nas medições um voltímetro de alta impedância, e alta precisão, bem como
um amperímetro;
O potencial de passo é considerado como sendo a diferença de potencial que aparece entre dois pontos no
solo distanciados de 1m. Essa distância é também normalizada conforme citado anteriormente, sendo
considerado como o caso mais crítico do passo de uma pessoa.
O procedimentos durante as medições dos potenciais de passo são similares aos descritos anteriormente,
mudando-se somente os pontos de medição, para dois pontos do solo convenientemente escolhidos.
As extrapolações foram calculadas para uma corrente de curto-circuito de malha que é de 1880A
(conforme constante no projeto executado pela Copem Engenharia).
Os potenciais máximos toleráveis a serem considerados neste relatório de acordo com o projeto executado
pela TSE Tecnologia em Sistema Elétricos são:
TABELA 2
7. CONCLUSÕES/OBSERVAÇÕES:
Não foram medidos valores de potencial de passo e toque acima dos valores máximos permitidos pelo projeto,
podendo a malha da Subestação Ruette ser considerada
segura do ponto de vista pessoal, desde que mantida a camada de brita de aproximadamente 10 centímetros.