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PMF BUENOS AIRES

Relatório das Medições da Malha de Aterramento

MEDIÇÕES REALIZADAS POR:

Empresa: Pontual Energia Sistemas Elétricos LTDA


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Armando Justo Baptista Filho
Mateus de Almeida Souza
1. OBJETIVO.

O objetivo dos ensaios é medir a resistência de aterramento da malha e os potenciais no solo de passo e
toque da Subestação PMF BUENOS AIRES, verificando se os potenciais de toque e passo medidos
atendem os requisitos de segurança pessoal na área, bem como se valor de resistência de aterramento
medido atende o valor máximo operativo da mesma.

2. ASPECTOS GERAIS

Trata-se de uma subestação de 88kV nova.


A malha de terra (de acordo com o projeto executado pela GM2 Engenharia Ltda) é constituída por cabos
de cobre têmperado meio duro nú de seção 120mm² enterrados a 0,60m e hastes de aterramento com 3m de
comprimento e ¾” de diâmetro.
Toda a área dentro da cerca e até o arruamento encontra-se recoberta por brita com a espessura média de
10cm, o que deve ser mantido durante toda a operação futura da citada Subestação.

3. PROCEDIMENTOS SEGUIDOS:

3.1 Fonte de alimentação

Os ensaios foram realizados utilizando um grupo gerador trifásico de 9,5kVA, 220-127 Volts.
A tensão de ensaio foi de 152,8 Volts e com freqüência de 42,06 Hz, resultando em uma corrente de ensaio
de 18A.

3.2 Malha Terra Auxiliar

Para a correta injeção da corrente de ensaio foi confeccionada um sistema de aterramento auxiliar à
aproximadamente 120 metros de distância da malha a ser ensaiada. As hastes deste sistema de aterramento
auxiliar foram interligadas entre si com cabo de cobre de 4,0 mm² , tendo o circuito sido concluído através
da utilização de cabo de cobre de 2 x 4,0 mm² , conforme indicado na figura 1.

FIGURA-1

Freqüência = 42,06Hz Malha terra


Malha terra Auxiliar com
Principal V = 152,8 V I = 18A 6 hastes
Cabo # 2 x 4,0 mm²
G A
PMF
BUENOS
Haste de prova deslocando-se do terra
AIRES V auxiliar à malha da Subestação

Distância = 120m
3.3 Ensaio da malha de aterramento:

Medição da resistência de aterramento:

O ensaio para obtenção do valor da resistência de aterramento consiste basicamente na injeção de uma
corrente de ensaio de valor conhecido, entre a mesma e um sistema de aterramento auxiliar localizado a
uma distância convenientemente escolhida de tal maneira que os valores obtidos não sejam afetados
pelo volume de influência da malha sob medição, ou seja, localizado no chamado terra remoto, isto é
onde a queda de potencial entre dois pontos possa ser considerada desprezível.

Fazendo-se então circular como dito anteriormente, uma corrente de valor conhecido entre esses dois
pontos, medindo-se em seguida a queda de tensão entre o ponto escolhido para injeção desta corrente e
pontos intermediários de modo que a resistência de aterramento possa ser calculada pela equação:

Volt medidos/I injetada.

O método supra citado é conhecido como Método Volt-Amperimétrico, processo este constante do projeto
de norma brasileira desenvolvido pela CE -102 (Comissão de Estudos – 102) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), o qual pode ser visto na figura-1 anterior.

Após a montagem dos equipamentos/instrumentos indicados na figura 1, foi injetada e medida através de
um amperímetro a corrente do gerador. Tendo sido executadas várias medições, através de um voltímetro
do potencial resultante no solo devido a circulação da corrente citada.
Os quocientes entre os valores de tensão e corrente serão considerados iguais o valor da resistência de
aterramento, quando houver uma estabilização em vários pontos sucessivos, trecho que normalmente e
chamado de “patamar”, e que normalmente se estabelece à uma distância de aproximadamente 61,7% da
distância entre a malha sob medição e o sistema de aterramento auxiliar.

Com base nos valores medidos como citado anteriormente, traça-se a chamada curva da Resistência de
aterramento x Distância do eletrodo auxiliar de potencial (eletrodo auxiliar móvel), a qual pode ser vista no
GRAFICO 1 anexo.

O valor da resistência de aterramento é dado pelo valor correspondente ao “patamar” da curva da


resistência de aterramento, ( o qual como foi dito normalmente ocorre a aproximadamente 61,7 % da
distância entre o sistema de aterramento auxiliar e a malha sob ensaio).

Sendo no presente caso, igual à 1,10 ohm.

Os resultados obtidos durante a realização do ensaio descrito anteriormente são os seguintes:

Tensão do gerador : 152,8 Volts C. A .


Corrente do circuito : 18Ampères
Freqüência : 42,06 Hz
Distância do sistema de
aterramento auxiliar : 120m
Valor correspondente
ao patamar :74,04m
Resistência de aterramento: 1,10
encontrada
Tempo : Bom
Temperatura ambiente: : 26º C
Umidade relativa do ar : 33%
Solo : Ligeiramente úmido

4. CONCLUSÃO:

O valor da resistência de aterramento da PMF BUENOS AIRES é de 1,10 Ohms conforme


demonstra os valores e a curva apresentada na TABELA 1 e GRÁFICO 1.

TABELA-1

PMF BUENOS AIRES


MALHA DE ATERRAMENTO
Distância Tensão I ensaio Resistência
Metros Volts Amperes Ohms
10 15,30 18 0,850
20 16,40 18 0,911
30 17,20 18 0,956
40 17,70 18 0,983
45 18,00 18 1,000
50 18,30 18 1,017
55 18,40 18 1,022
60 18,60 18 1,033
62 18,90 18 1,050
64 19,10 18 1,061
66 19,30 18 1,072
68 19,50 18 1,083
70 19,60 18 1,089
72 19,70 18 1,094
74 19,80 18 1,1000
76 19,80 18 1,100
78 20,10 18 1,117
80 20,30 18 1,128
85 20,60 18 1,144
90 21,20 18 1,178
95 21,90 18 1,217
100 22,40 18 1,244
110 25,06 18 1,392
GRAFICO-1
Medição da resistência da malha terra

1,400
1,300
1,200
1,100
Resistência (ohms)

1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
10 30 45 55 62 66 70 74 78 85 95 110
Distância (metro)
5. MEDIÇÃO DOS POTENCIAIS NO SOLO, DE TOQUE E DE PASSO:

5.1 Medições dos potenciais de toque:

O potencial de toque é a diferença de potencial que se verifica entre um ponto ao alcance da mão de uma
pessoa e um ponto no solo correspondente à posição de seus pés.

Esta distância por norma (IEEE 80/86, e Projeto de norma brasileira, apresentado pelo CE-102 da
ABNT) é considerada como sendo de 1 metro.

Para a realização desse ensaio foram seguidos as seguintes etapas:

Implantação de um sistema de aterramento auxiliar, empregado para possibilitar a injeção de corrente de


ensaio.
Medição dos valores de corrente e tensão, e consequente cálculo com base nos valores medidos da
resistência de aterramento da Subestação PMF BUENOS AIRES e dos potenciais no solo, de passo e
toque.
Observação: Foram utilizados nas medições um voltímetro de alta impedância, e alta precisão, bem como
um amperímetro;

5.2 Medições de potencial de passo:

O potencial de passo é considerado como sendo a diferença de potencial que aparece entre dois pontos no
solo distanciados de 1m. Essa distância é também normalizada conforme citado anteriormente, sendo
considerado como o caso mais crítico do passo de uma pessoa.
O procedimentos durante as medições dos potenciais de passo são similares aos descritos anteriormente,
mudando-se somente os pontos de medição, para dois pontos do solo convenientemente escolhidos.
6 PROCEDIMENTOS SEGUIDOS DURANTE AS MEDIÇÕES DOS POTENCIAIS DE
TOQUE E PASSO:

Para as medições propriamente ditas dos potenciais de toque e passo foram utilizadas 2 hastes auxiliares
com 50 cm de comprimento e ¾” de diâmetro, separadas entre si de 1 metro (potencial de passo) e, também
de 1metro entre hastes e equipamento (potencial de toque).
As medições foram executadas com um voltímetro digital de alta impedância, sendo a corrente injetada a
mesma utilizada para a determinação da resistência de aterramento da malha, ou seja, 18 Ampères.

As extrapolações foram calculadas para uma corrente de curto-circuito de malha que é de 21000A .

6.1 Coeficiente de Extrapolação

As extrapolações foram calculadas, fundamentadas nos valores a seguir:

K=Icc malha / I ensaio


K= 21000 / 18
K= 1166,67

6.2 Potenciais Máximos Toleráveis


Os potenciais máximos toleráveis a serem considerados neste relatório são:

NORMA IEEE 80 2000

Valores
1 = Resistividade primeira camada solo 0 xm
2 = Resistividade segunda camada solo 0 xm
s= Resistividade superficial brita 3000  x m
c= Resistividade superficial concreto piso 80 xm
hs= Espessura da camada de brita 0,1 metros
ts= Tempo de eliminação do defeito

Cs= Fator de Redução 0,6895

K= Fator de reflexão entre camadas

6.2.1 Sem proteção de brita:


- Tensão Passo : 157 Volts
- Tensão Toque : 157 Volts
6.2.2 Com proteção brita:
- Tensão Passo : 2105,96 Volts
- Tensão Toque : 644,24 Volts

6.2.3 Os valores de Tensão de passo e de toque da PMF BUENOS AIRES estão citado na
TABELA 2.

TABELA 2

PMF BUENOS AIRES

MEDIÇÕES DOS POTENCIAIS DE PASSO E TOQUE

CORRENTE DO ENSAIO COEFICIENTE DE EXTRAPOLAÇÃO DATA


18A K= 1166,67 1/5/2007
Tensão Tensão de
Pont Extrapolada Extrapolada
de passo toque LOCAL
o
mVolt Volt mVolt Volt
1 621 724,50 1710 1995,00 Portão veículos lado esquerdo do portão
2 84,7 98,82 2460 2870,00 Portão veículos lado direito do portão
3 754 879,67 5200 6066,67 Portão veículos
4 990 1155,00 1300 1516,67 Cabine medição frente
5 1240 1446,67 Poste de iluminação
6 1460,00 1703,33 Lateral da cabine
7 183 213,50 910 1061,67 Caixa de interligação dos TC's LT VOL 1 88kV
8 1870,00 Cabine medição porta traseira
9 78 91,00 Caixa de interligação dos TP's LT VOL1 88kV
10 434 506,33 Rua
11 16,7 19,48 191 222,83 Estrutura do TP da fase BR LT VOL 1
12 165 192,50 TC LT VOL 1 entre as fases AZ e VM
13 106 123,67 313 365,17 Caixa de interligação dos TC's LT VOL 2 88kV
14 11,5 13,42 127 148,17 Caixa de interligação dos TP's LT VOL 2 88kV
15 7,5 8,75 TC e TP da LT VOL 2 entre as fases AZ e VM
16 188,6 220,03 1060 1236,67 Poste de iluminação
17 339,3 395,85 Área sem brita (Gramado)
18 723 843,50 Rua
19 16,6 19,37 Área sem brita (Gramado)
20 188,3 219,68 Entre pórtico de entrada
21 678 791,00 845 985,83 Pórtico de entrada
22 276 322,00 249 290,50 Pórtico de entrada
23 213 248,50 297 346,50 Pórtico de entrada
24 197 229,83 291 339,50 Pórtico de entrada

7. CONCLUSÕES/OBSERVAÇÕES:
Pelo valores acima obtidos pode-se concluir que os potenciais de toque e tensão de passo em destaque
devem ser observado que os mesmos estão acima dos valores máximos permitidos pela norma IEEE80 2000
e não atende requisitos de segurança.
IEEE. pessoal.

Direção da malha
auxiliar

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