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Módulo de Resiliência

Como andam as nossas estradas!?

2
Principais defeitos que provocam a
ruptura dos pavimentos

3 Tricamento por fadiga


Principais defeitos que provocam a
ruptura dos pavimentos

4 Deformação permanente
Comportamento de Tensão-Deformação
nos Solos

5
Exemplo de equipamento triaxial de cargas repetidas

Célula triaxial

Corpo-de-prova

6
Módulo de
Resiliência ?

σ - Tensões normais ao plano


σ1 – tensão principal maior
τ - Tensões tangenciais σ2 – tensão principal
(cisalhantes) intermediária

σ3 – tensão principal menor

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Tensões num ponto de um plano qualquer Estado de tensões referentes aos planos principais
OBTENÇÃO DO MÓDULO DE RESILIÊNCIA
Módulo Resiliente (MR)
σd = tensão desvio MR=σd/εr
εr = deformação específica axial resiliente (recuperável)

σ1 = σ3 + σd

σ3

σ2

σ1: tensão principal maior ou axial (kN/m2)


σ3: tensão principal menor ou de confinamento (kN/m2)
σd: tensão-desvio (kN/m2)
8 εr: deformação resiliente ou recuperável (εr=δr / L) (mm/mm)
Módulo de Resilência (MR): Resumo do Ensaio

 Normalizado pela AASHTO (T274-82) e pelo DNER-ME-131/94

 Uma tensão axial repetida de magnitude pré-fixada é aplicada na


forma senoidal por 0,1 segundos e removida por 0,9 segundos a um
corpo de prova, resultando em ciclos de 1 s.

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Módulo de Resilência (MR): Resumo do Ensaio
 Durante o ensaio, o corpo de prova é submetido aos pares de
tensão axial cíclica dinâmica (ρ1) e a tensão confinante estática (ρ3).

 Os deslocamentos axiais resilientes (recuperáveis) do corpo-de-


prova são medidos e empregados para calcular o módulo de
resiliência.
 O ensaio se divide em duas fases: a de condicionamento e a de
registro das deformações pelo equipamento

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Fases do Ensaio

1) CONDICIONAMENTO: Eliminar deformações plásticas iniciais

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CONDICIONAMENTO: Arenosos (DNER)
500-COPPE

Aplicação 200 repetições à freqüência de 20 ciclos/min e duração de 0,1s


TENSÃO CONFINANTE (σ3) TENSÃO DESVIO (σd) RAZÃO
ETAPA
(kgf/cm2) (kgf/cm2) (σ1/ σ3)

1ª 0,70 0,70 2
2ª 0,70 2,10 4
3ª 1,05 3,15 4
-Aplicar tensão confinante σ3 = 0,70 kgf/cm2 (10 psi)

- Aplicar 200 vezes a tensão desvio σd = 2,10 kgf/cm2 (30 psi), com uma freqüência de 20
ciclos por minuto e duração de 0,10 segundo;

- Aplicar tensão confinante σ3 = 1,05 kgf/cm2 (15 psi)

12 - Aplicar 200 vezes a tensão desvio σd = 3,15 kgf/cm2 (45 psi), com uma freqüência de 20
ciclos por minuto e duração de 0,10 segundo
RG DAS DEFORMAÇÕES: Arenosos (DNER)

Note que: σd / σ3 = 1, 2 e 3
ETAPA CONFINANTE (σ3) DESVIO (σd)
kgf/cm2) (kgf/cm2)
1ª 0,21 0,21/0,42/0,63
2ª 0,35 0,35/0,70/1,05
3ª 0,52 0,52/1,05/1,57
4ª 0,70 0,70/1,40/2,10
5ª 1,05 1,05/2,10/3,15
6ª 1,40 1,40/2,80/4,20

DNER- 200 repetições


13 COPPE - 10 repetições
Exemplo de Planilha de Ensaio εr=deslocamento/h
LABORATÓRIO DE GEOTECNIA-MECÂNICA DOS PAVIMENTOS
MR=σd/εr
ENSAIO TRIAXIAL DINÂMICO
o
Amostra: Furo 01 Origem: Ceará C.P. N 01
Rodovia: Aeroporto Camada: Brita graduada Est. / km:
Operador: Marcos Interes.: Data: 25/08/1999
Diâmetro do c.p. (cm): 15 Altura do c.p. (cm): 30
Constante dos LVDTs (mm/mV): 0,00401769 Dist. entre apoios (mm): 300

Tensão Tensão Registro Sens. Fator de Deslocamento Deformação Módulo


ciclo Confinante Desvio Calibração Específica Resiliente
(div) (mV/div) (mm)
(MPa) (MPa) (mm/div) Resiliente (MPa)

1 0,021
2 0,021 0,041 18,0 1 0,004018 0,072318 0,000241 171
3 0,062 25,0 1 0,004018 0,100442 0,000335 184
1 0,034 12,0 1 0,004018 0,048212 0,000161 214
2 0,034 0,069 23,0 1 0,004018 0,092407 0,000308 223
3 0,103 31,0 1 0,004018 0,124548 0,000415 248
1 0,051 13,5 1 0,004018 0,054239 0,000181 285
2 0,051 0,103 27,0 1 0,004018 0,108478 0,000362 285
3 0,154 36,5 1 0,004018 0,146646 0,000489 316
1 0,069 16,0 1 0,004018 0,064283 0,000214 320
2 0,069 0,137 30,0 1 0,004018 0,120531 0,000402 342
3 0,206 41,0 1 0,004018 0,164725 0,000549 375
1 0,103 17,5 1 0,004018 0,070310 0,000234 439
2 0,103 0,206 32,0 1 0,004018 0,128566 0,000429 480
3 0,309 45,0 1 0,004018 0,180796 0,000603 512
1 0,137 20,0 1 0,004018 0,080354 0,000268 512
214 0,137 0,275 36,0 1 0,004018 0,144637 0,000482 569
3 0,412 25,5 2 0,008035 0,204902 0,000683 603
Módulo de Resiliência (MR): materiais cimentados

 O MR não depende da variação das tensões;


tende a ser constante

15
Módulo de Resiliência (MR): materiais granulares

 O MR depende principalmente da variação da


tensão de confinamento

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Módulo de Resiliência (MR): solos coesivos

 O MR depende principalmente da variação da


tensão-desvio

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OUTROS MODELOS REPRESENTATIVOS
DO COMPORTAMENTO DO MR DE SOLOS

• MR = K1.σdk2 (SVENSON, 1980 apud CUNTO, 1998) – Por causa das


dificuldades para determinação das constantes para os solos coesivos

• MR = K1.θk2 (YODER e WITCZAK, 1975) (θ=1º invariante de tensão)

• MR = K1. σ3k2. σdk2 (Macedo, 1996) (desaconselhável determinar


MR apenas em função de uma das tensões aplicadas ao CP)

OBSERVAÇÃO: O parâmetro “θ”, que corresponde ao primeiro


invariante de tensão (I1), também pode ser obtido em função da
equação I1 = σ1 + σ2 + σ3 = σ1 + 2σ3 = σd + 3σ3
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Apresentação e Análise dos Resultados - Exemplo (Souza Júnior,
2005)
Coeficientes R2 obtidos através da aplicação dos Modelos
Modelos
Amostras
1 2 3 4 5 6
1. MR = k1. σ3 k2 Am-1 0,563 0,350 - 0,729 0,726 0,631
Am-2 0,454 0,274 0,414 0,582 0,577 0,488
2. MR = k1. θ k2 Am-3 0,074 0,001 0,145 0,709 0,697 0,638
Am-4 0,602 0,408 0,576 0,711 0,709 0,627
3. MR = [k1 + k2 (k3 − σd k2)].σ
σ3 k 3 Am-5 0,330 0,125 0,415 0,784 0,776 0,670
Am-6 0,310 0,114 0,412 0,789 0,759 0,684
4. MR = k1. σ3 k2. σd k 3 Am-7 0,478 0,245 0,570 0,812 0,806 0,697
Am-8 0,357 0,167 0,388 0,639 0,632 0,532
5. MR = k1. σ3 k2. σ1 k 3 Am-9 0,838 0,621 0,892 0,949 0,946 0,803
Am-10 0,469 0,247 - 0,742 0,734 0,621
6. MR = k1. θ k2. σd k 3 Am-11 0,806 0,596 0,836 0,902 0,901 0,827

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Apresentação e Análise dos Resultados - Exemplo (Souza Júnior,
2005)
Coeficientes R2 obtidos através da aplicação dos Modelos
1. MR = k1. σ3 k2

2. MR = k1. θ k2

3. MR = [k1 + k2 (k3 − σd k2)].σ


σ3 k 3

4. MR = k1. σ3 k2. σd k 3

5. MR = k1. σ3 k2. σ1 k 3

6. MR = k1. θ k2. σd k 3

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Exercício de Fixação
Ciclo ρ3 (Mpa) ρD (Mpa) Desloc (mm)
1. Em um ensaio de compressão
triaxial a cargas repetidas de uma 1 0,021 0,021 -
amostra de argila amarela laterítica 2 0,021 0,041 0,018080
obtiveram-se os dados registrados
3 0,021 0,062 0,032142
no quadro que segue.
Dados do corpo de prova: 1 0,034 0,034 0,012053
– diâmetro 10 cm; altura 20 cm; 2 0,034 0,069 0,036159
massa úmida 3476,1g; 3 0,034 0,103 0,060265
umidade 3,34%;
1 0,051 0,051 0,020088
– massa específica aparente
2,141 g/cm3; energia de 2 0,051 0,103 0,054239
compactação normal. 3 0,051 0,154 0,092407
Dados do ensaio: 1 0,069 0,069 0,028124
– freqüência 1Hz 2 0,069 0,137 0,072318
Pedem-se: 3 0,069 0,206 0,148655
– as expressões dos módulos de
1 0,103 0,103 0,036159
resiliência versus tensões
confinantes e tensões desvio e 2 0,103 0,206 0,128566
respectivos coeficientes de 3 0,103 0,309 0,345521
determinação R2
1 0,137 0,137 0,072318
2 0,137 0,275 0,265168
21 3 0,137 0,412 0,803538
Exercício de Fixação - Resolução
Ciclo ρ3 (Mpa) ρD (Mpa) Desl (mm) Def (%) MR (Mpa)
(1) (2) (3) (4)= (3)/hCP (5)=(2)/(4)
1 0,021 0,021 - - -
2 0,021 0,041 0,018080 0,000090 454
3 0,021 0,062 0,032142 0,000161 386
1 0,034 0,034 0,012053 0,000060 564
2 0,034 0,069 0,036159 0,000181 382
0,041/0,00009=454
3 0,034 0,103 0,060265 0,000301 342
1 0,051 0,051 0,020088 0,000100 508
2 0,051 0,103 0,054239 0,000271 380 0,01808/200=0,00009

3 0,051 0,154 0,092407 0,000462 333


1 0,069 0,069 0,028124 0,000141 491
2 0,069 0,137 0,072318 0,000362 379
3 0,069 0,206 0,148655 0,000743 277
1 0,103 0,103 0,036159 0,000181 570
2 0,103 0,206 0,128566 0,000643 320 MR=σd/εr
3 0,103 0,309 0,345521 0,001728 179
1 0,137 0,137 0,072318 0,000362 379 εr =desl/hCP
2 0,137 0,275 0,265168 0,001326 207
• εr(def. resiliente)
22
3 0,137 0,412 0,803538 0,004018 103 • hCP(altura do CP)
MÉDIA 368
Exercício de Fixação - Resolução
1000
Módulo de Resiliência (MPa)

100

-0,3601
y = 124,31x
2
R = 0,26
10

1
0,01 0,1 1
(Tensão Confinante-MPa)
23
Exercício de Fixação - Resolução
Módulo de Resiliência (MPa) 1000

100
-0,5217
y = 109,94x
2
R = 0,7309

10

1
0,01 0,1 1
Tensão Desvio (MPa)
24 Melhor Modelo Testado!!!!
Consideração da Resiliência no Projeto de Pavimentos
 Análise da Deformabilidade dos Pavimentos
– Indicadores mais importantes do comportamento estrutural de um perfil de
pavimento
 Deflexão na superfície
 Deformação de tração na fibra inferior do revestimento
 Tensões e deformações verticais no subleito

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