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Cliente: Cuno Latina Ltda

Rua AMF do Brasil, 251/253


Mairinqui – SP

Relatório das Medições da Malha de Aterramento


do prédio da administração

Responsabilidade técnica:
Engenheiro: Coriolano Dias de Assumpção Neto
CREA: 060129675-8

Medições realizadas por:


Tec.: Armando Justo Baptista Filho
1. OBJETIVO.

O objetivo dos ensaios é o de medir a resistência de aterramento da malha e verificar se o


valor medido atende os requisitos de segurança pessoal na área, bem como o valor de
resistência de aterramento medido atende o valor máximo operativo da mesma conforme
norma NBR-5410.

2. ASPECTOS GERAIS

Trata-se de uma malha de terra nova realizada para o prédio da Administração.


A malha de terra é constituída por nove hastes de aterramento com 3m de comprimento e
¾” de diâmetro interligadas com cabos de cobre nú de seção 16mm² enterrados a 0,60m .

3. PROCEDIMENTOS SEGUIDOS:

3.1 Instrumento utilizado

O ensaio foi realizado utilizando um Terrometro modelo: GEOHM 2 Fabr.: GOSSEN


N.º 9F11762 registro de calibração N.º 0177.

3.2 Malha Terra Auxiliar

Para a correta injeção da corrente de ensaio foi confeccionada um sistema de aterramento


auxiliar à aproximadamente 40 metros de distância da malha a ser ensaiada. As hastes
deste sistema de aterramento auxiliar foram interligadas entre si com cabo de cobre de 2,5
mm² , tendo o circuito sido concluído através da utilização de cabo de cobre de 2,5 mm² ,
conforme indicado na figura 1.

FIGURA-1

Haste de prova deslocando-se do terra


auxiliar à malha principal

Malha terra Malha terra


Auxiliar
Principal

12
C1 P1 P2 C2

x100
Instrumento
x10

MED x1
x0,1

Distância = 40
3. Ensaio da malha de aterramento:

Medição da resistência de aterramento:

O ensaio para obtenção do valor da resistência de aterramento consiste basicamente na


injeção de uma corrente de ensaio aplicada pelo instrumento, entre a mesma e um sistema
de aterramento auxiliar localizado a uma distância convenientemente escolhida de tal
maneira que os valores obtidos não sejam afetados pelo volume de influência da malha
sob medição, ou seja, localizado no chamado terra remoto, isto é onde a queda de
potencial entre dois pontos possa ser considerada desprezível.

Fazendo-se então circular como dito anteriormente, uma corrente (C1 e C2) entre esses
dois pontos, medindo-se em seguida a queda de tensão (P1 e P2) entre o ponto escolhido
para injeção desta corrente e pontos intermediário de modo que a resistência de
aterramento possa ser medida pelo instrumento:

O método supra citado é conhecido como Queda de Potencial, processo este constante do
projeto de norma brasileira desenvolvido pela CE -102 (Comissão de Estudos – 102) da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o qual pode ser visto na figura-1
anterior.

Após a montagem do instrumento indicado na figura 1, foi medida através do instrumento


uma resistência. Tendo sido executadas várias medições, através do instrumento o
potencial resultante no solo devido à circulação da corrente citada.
Os quocientes entre os valores de tensão e corrente (P1 e P2) e (C1 e C2) serão
considerados iguais o valor da resistência de aterramento, quando houver uma
estabilização em vários pontos sucessivos, trecho que normalmente e chamado de
“patamar”, e que normalmente se estabelece a uma distância de aproximadamente 61,7%
da distância entre a malha sob medição e o sistema de aterramento auxiliar.

Com base nos valores medidos como citado anteriormente, traça-se a chamada curva da
Resistência de aterramento x Distância do eletrodo auxiliar de potencial (eletrodo auxiliar
móvel), a qual pode ser vista no GRAFICO 1 anexo.

O valor da resistência de aterramento é dado pelo valor correspondente ao “patamar” da


curva da resistência de aterramento, ( o qual como foi dito normalmente ocorre a
aproximadamente 61,7 % da distância entre o sistema de aterramento auxiliar e a malha
sob ensaio).
Sendo no presente caso, igual a 10,2 ohm.

Os resultados obtidos durante a realização do ensaio descrito


TABELA-1 anteriormente são os seguintes:

Distância Resistência Distância do sistema de


Metros Ohms Aterramento auxiliar : 40m
10 8 Resistência de aterramento: 10,2
15 8,9 Tempo : Bom
20 9,5 Temperatura ambiente: : 32º C
21 9,7 Umidade relativa do ar : 41%
22 9,8 Solo : Ligeiramente úmido
23 9,90
Os valores medidos e o gráfico seguem anexos na TABELA 1 e
24 10
GRÁFICO 1.
25 10,2
26 10,2
27 10,2 Latina Ltda – prédio da administração
Cuno
28 10,6
29 10,9 MALHA DE ATERRAMENTO
30
MEDIÇÃO 15
PARA GRÁFICO - MALHA
34 PRINCIPAL
19 O valor da resistência de aterramento é
Distância Resistência dado pelo valor correspondente ao
36 26
Distância %
Metros (omhs) “patamar” da curva da resistência de
10 25 8 aterramento, ( conforme gráfico
15 37,5 8,9 apresentado normalmente ocorre a
20 50 9,5 aproximadamente 61,7 % da distância
21 52,5 9,7 entre o sistema de aterramento auxiliar
22 55 9,8 e a malha sob ensaio).
23 57,5 9,90
24 60 10 Sendo no presente caso, igual
à
25 62,5 10,2
10,2 
26 65 10,2
27 67,5 10,2
28 70 10,6
29 72,5 10,9
30 75 15
34 85 19
36 90 26

Distância da malha principal á


40
malha auxiliar (eletrodo de corrente)
Medição da resistência de aterramento
28
26
24
22
Resistência (ohms)

20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
10 15 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 34 36
Distância (metro)

4. CONCLUSÃO:

O valor da resistência de aterramento da malha é de 10,2 Ohms conforme demonstra


os valores e a curva apresentada no GRÁFICO 1 e TABELA 1, anexas.
Conforme recomendações das normas
ABNT NBR 5410 Item 5.1.3.1.2( Ligações eqüipotencias )
ABNT NBR 5419 Item 5.1.3.2.1 ( Subsistema de aterramento)
Todos os sistemas de aterramentos deverão estar interligados através de uma ligação
equipotencial de baixa impedâcia.

Obs.: Para melhor rendimento do sistema de aterramento recomenda-se que seja inspecionado
periodicamente.

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